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2022 PROF. LUÍS EDUARDO ARAÚJO – PROF. ALBERTO GARCIA GEOGRAFIA E HISTÓRIA DE SERGIPE PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 1 GEOGRAFIA DE SERGIPE PROF. LUÍS EDUARDO ARAÚJO 1 – (CEBRASPE 2021) O estado de Sergipe é constituído pelas regiões geoeconômicas de Cotinguiba, Litoral, Agreste, Baixo São Francisco e Sertão. Acerca dessas regiões, assinale a opção correta. A) O Baixo São Francisco tem no complexo sucroalcooleiro a base de sua economia, sendo a região mais desenvolvida de Sergipe. B) A Zona da Mata sergipana tem na agricultura de subsistência e no turismo as principais atividades econômicas. C) A cidade de Aracaju está localizada no Baixo São Francisco, região litorânea onde o mais importante rio nordestino deságua no oceano Atlântico. D) O Agreste sergipano é uma região geoeconômica de policultura, citricultura e pecuária, que abastece Sergipe e outros estados quanto a gêneros alimentícios. 2 – (CEBRASPE 2021) No que concerne a recursos hídricos, o estado de Sergipe é subdividido nas bacias dos rios São Francisco, Japaratuba, Sergipe, Vaza-Barris, Piauí e Real. Em relação a esse conjunto de bacias hidrográficas, é correto afirmar que A) a bacia do rio São Francisco é a mais importante do estado de Sergipe e estabelece limite territorial com o estado de Alagoas. B) a bacia do rio Sergipe banha Aracaju e mais quinze municípios e sofre com impactos provenientes do desvio de suas águas para irrigação. C) a bacia hidrográfica do rio Japaratuba é a maior de Sergipe e possui afluentes em Alagoas. D) o rio Vaza-Barris nasce no estado de Pernambuco e atravessa Alagoas, desaguando no litoral norte de Sergipe. 3 – (CEBRASPE 2021) Infere-se da pirâmide etária da população sergipana (ano- base 2019) apresentada anteriormente que A) há expressivo aumento na taxa de natalidade do estado na última década. B) a população jovem entre 15 e 19 anos em Sergipe é o grupo etário mais expressivo entre os demais. C) há equilíbrio entre crianças, jovens, adultos e idosos. D) a população adulta entre 20 e 65 anos apresenta proporção maior de homens do que de mulheres. 4 – (CEBRASPE 2021) Acerca dos condicionantes geoambientais do estado de Sergipe, é correto afirmar que A) os tabuleiros costeiros são formas de relevo em que os solos são profundos, de origem sedimentar oceânica e depositados sobre rochas vulcânicas. B) os tabuleiros são constituídos pela deposição de sedimentos marinhos e fluviais, formando a bacia sedimentar de Sergipe. C) os tabuleiros costeiros são formas de relevo em que os solos são de grande fertilidade, em razão da deposição de sedimentos dos rios, principalmente da bacia do rio São Francisco. D) os tabuleiros da planície costeira em Sergipe são desprovidos de morros e as altitudes médias estão abaixo de 200 metros. 5 – (IADES 2022) Antes da pandemia no ano de 2020, a economia de Sergipe ocupava a 23a posição no ranking entre os estados brasileiros, com participação de 0,6%. Em 2018, o produto interno bruto (PIB) do estado somou R$ 42 bilhões, representando uma queda em volume de 1,8% em relação ao ano anterior. Na comparação com 2017, o setor agropecuário despencou 27,3%, a indústria caiu 2,6% e o Victor Riscado Victor Riscado Victor Realce Victor Realce Victor Realce Victor Riscado Victor Realce Victor Realce Victor Realce PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 2 setor de serviços cresceu 0,2%. Disponível em: <https://www.f5news.com.br/economia/pib-saiba-quais- saoas-10-cidades-mais-ricas-do-estado-de- sergipe.html>.Acesso em: 30 out. 2021, com adaptações. A respeito do PIB sergipano, assinale a alternativa que registra o conjunto dos três municípios com maior participação no PIB, além da capital Aracaju. (A) Tobias Barreto, Santana do São Francisco e São Cristóvão, municípios do Vale do Rio São Francisco e com grande produção energética e de agricultura irrigada. (B) Laranjeiras, Barra dos Coqueiros e Propriá, municípios costeiros sergipanos com grande produção de petróleo e gás natural. (C) Nossa Senhora do Socorro, Canindé de São Francisco e Itabaiana, municípios importantes na atividade econômica estadual. (D) Nossa Senhora da Glória, Canindé de São Francisco e Laranjeiras, municípios do sertão sergipano e grandes produtores de algodão e fruticultura irrigada. (E) Nossa Senhora Aparecida, Pinhão e Carira, municípios com grande produção 6 - Partindo de Aracaju, um viajante encontra (A) a sudeste, litoral com dunas, falésias e estuários ocupados por cultivos. (B) ao norte, chapadas sedimentares e grandes plantações de cana-de-açúcar. (C) a sudoeste, litoral baixo com mangues e restingas e várias cidades populosas. (D) a noroeste, o pico mais elevado do estado e a usina de Xingó. (E) ao sul, importante área serrana que chega até o litoral formando falésias. 7 - Considere as afirmações sobre aspectos socioeconômicos do estado de Sergipe. I. Atualmente, o principal produto de exportação do estado é o suco de laranja. II. O estado tem atraído indústrias, graças aos incentivos fiscais e ao seu potencial energético. III. O estado apresenta um dos mais baixos índices de crescimento demográfico do País. IV. Mais de 90% da população sergipana tem acesso à água tratada e esgoto. Estão corretas SOMENTE (A) I e II. (B) I e III. (C) I e IV. (D) II e III. (E) III e IV. 8 - A criação da Região Metropolitana de Aracaju cumpriu integralmente seu objetivo ao promover a ocupação ordenada e planejada de toda a área dos municípios integrantes, ao sanar problemas estruturais com a plena oferta de bens e serviços públicos, oportunidades de emprego e assistência à saúde. 9 - O produto interno bruto (PIB) de Sergipe está entre os quinze primeiros no ranking nacional das economias medidas pelo PIB, contudo ainda subsiste no estado uma grave situação de desigualdade social e de renda, informalidade e desemprego. 10 – A maior altitude de Sergipe é encontrada no pediplano sertanejo, na parte oriental do estado de Sergipe. 11 - O litoral de Sergipe está associado predominantemente à mata subtropical 12 – Jackson Barreto foi eleito vice-governador em 2006 na chapa de Marcelo Déda do PT para o período de quatro anos (2007 - 2010) e reeleito para um novo mandato (2011– 2014). Com a morte de Déda, em 2 de dezembro de 2013, Jackson Barreto assumiu o Governo do Estado e foi reeleito nas eleições de 2014. O atual governador é Belivaldo Chagas Silva, do PSD, que era vice de Jackson Barreto e assumiu o posto após este abdicar do cargo para concorrer ao Senado, ao qual foi eleito em 2018. 13 - Enunciado: o turismo em Sergipe é muito voltado para a natureza e para a historicidade. Seja nas praias do litoral Victor Riscado Victor Riscado Victor Riscado Victor Realce Victor Riscado Victor Realce Victor Riscado Victor Riscado Victor Riscado Victor Realce Victor Realce ERRADO Victor Realce ERRADO. O PIB sergipano é um dos mais baixos. Victor Realce ERRADO Victor Realce PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 3 sergipano ou nas cidades do sertão e mesmo sendo o menor estado brasileiro, com 21,9 mil km², sendo pouco maior que El Salvador, Sergipe possui uma grande lista de atrativos turísticos. Assertiva: além das praias, outros pontos turísticos de Aracaju são a Ponte João Alves, que liga Aracaju a Barra dos Coqueiros; os parques dos Cajueiros, da Sementeira, da Cidade; a Catedral Metropolitana; o Museu da Gente Sergipana; além das festas populares como o Forró-Caju e o Arraiá do Povo. 14 - De acordo com o IBGE, o território sergipano é dividido em 6 regiões geográficas imediatas, são elas: Aracaju, Estância, Propriá, Itabaiana, Lagarto e Nossa Senhora da Glória. Considerando a dinâmica urbanada região metropolitana de Aracaju, composta pelos municípios de Aracaju, Barra dos Coqueiros, São Cristóvão e Nossa Senhora do Socorro, julgue os próximos itens. 15 – (CEBRASPE BANESE/2021) Os quatro municípios referidos possuem uma continuidade urbanística, sobreposta e densa em relação à alta intensidade urbana ou verticalização citadina. 16 – (CEBRASPE BANESE/2021) A capital Aracaju, além de deter a maior densidade urbana e de ser o centro econômico do estado, possui o terminal portuário mais importante da região 17 – (CESBRASPE BANESE/2021) São Cristóvão é a cidade mais antiga da região metropolitana e do estado, sendo também uma das cidades mais antigas do país. 18 – (CEBRASPE BANESE/2021) Nossa Senhora do Socorro, apesar de fazer parte da região metropolitana, é a cidade de menor densidade populacional entre as quatro destacadas no mapa. 19 – (CEBRASPE BANESE/2021) A ponte Aracaju-Barra dos Coqueiros aproximou ainda mais esses dois municípios, contribuindo para a conurbação, sinônimo de junção física entre dois ou mais centros urbanos. 20 – (CEBRASPE BANESE/2021) A segregação social e a desigualdade socioespacial urbana relacionam-se à existência dos dois grandes bolsões de pobreza de Aracaju, na zona Sul no bairro Santa Maria e na zona Norte nos bairros Porto Dantas e Japãozinho. 21 – (CEBRASPE BANESE/2021) Em relação ao produto interno bruto do estado de Sergipe, destaca-se o setor terciário da economia, principalmente o setor de serviços. 22 – (CEBRASPE BANESE/2021) O forró pé de serra, embora popular no estado de Sergipe, não gera postos de trabalho nem recebe investimentos públicos e privados no estado. 23 – (CEBRASPE BANESE/2021) Com pequena extensão de seu território abrangida pelo sertão e sendo banhado por importantes rios, como o São Francisco, o Vaza-Barris e o rio Sergipe, o estado de Sergipe é um dos poucos da região Nordeste que não sente os efeitos de secas prolongadas, sendo raro historicamente observar a morte de animais por falta de água e comida, por exemplo. 24 – (CEBRASPE PCSE/2021) Em meados do século XIX, a transferência da capital sergipana para o povoado de Santo Antônio do Aracaju foi estratégica e planejada, devido a vantagens como o porto, para a exportação do açúcar produzido, e a facilidade de se construir uma cidade em terreno favorável e de solo bastante compacto. 25 – (CEBRASPE PCSE/2021) O crescimento urbano de Aracaju teve incremento com a industrialização acontecida na segunda metade do século XX, estimulada pela Petrobras e suas afiliadas e fomentada pelos incentivos à industrialização fornecidos pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). 26 – (CEBRASPE PCSE/2021) Além de importante para economias fundadoras, como legumes, frutas e gado, o açúcar foi muito importante para a exportação, já que a infertilidade do solo para a produção fumageira tornou o açúcar mascavo produto de destaque no porto do Cotinguiba. 27 – (CEBRASPE PCSE/2021) A ocupação urbana esparsa das regiões intermediárias geográficas de Aracaju e Itabaiana permite que a cobertura florestal atual ocupe a maior parte do estado sergipano. 28 – (CEBRASPE PCSE/2021) As exportações no estado de Sergipe estão voltadas para os produtos manufaturados, com maior volume para os sucos de frutas ou de vegetais, destacando-se o suco de laranja congelado. PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 4 29 – (CEBRASPE PCSE/2021) Mesmo diante da secular espoliação de terras e discriminação cultural, os indígenas Xokó resistem aldeados no município sergipano de Porto da Folha, com um contingente de algumas centenas de pessoas. 30 – (CEBRASPE PCSE/2021) A produção agrícola no estado de Sergipe é preponderante devido à alta fertilidade do solo, que possui corretivos e fertilizantes naturais, e ao clima favorável, predominantemente quente e úmido até a região semiárida. 31 - Sergipe está situado na Região Nordeste do Brasil e tem por limites o oceano Atlântico a leste, o estado da Bahia, a oeste e a sul, e o estado de Alagoas, a norte, do qual está separado pelo Rio São Francisco. 32 - Por não ter tido qualquer participação na economia açucareira, Sergipe foi a última área do Nordeste a ser colonizada por Portugal. 33 - As bacias sedimentares são compostas por rochas magmáticas ocupam cerca de 64% do total do país e estão ausentes do estado de Sergipe. 34 - Os estímulos dos governos estaduais voltaram-se para o desenvolvimento da agroindústria, por meio, por exemplo, do amplo investimento em rodovias municipais para escoamento da produção; por isso, atualmente, o parque industrial de Sergipe é pouco diversificado. 35 - Nas últimas décadas do século XX, um conjunto de atividades assumiu importância na economia de Sergipe. Porém, a exploração indiscriminada dessas atividades vem contribuindo para agravar problemas ambientais. A respeito disso, é correto afirmar que a apicultura, desenvolvida na caatinga, tem acentuado a devastação da cobertura vegetal. 36 - A região metropolitana de Aracaju foi criada na década de 1990, sendo a única região metropolitana do Estado. 37 - Tal como ocorria na Zona da Mata nordestina, uma das atividades econômicas predominante no processo de colonização do estado de Sergipe, cuja importância continuou a manifestar-se depois da independência, foi a agroindústria açucareira. 38 - A bacia do rio São Francisco, o principal rio do estado de Sergipe, compreende apenas o Sertão sergipano. 39 - Uma importante característica geológica do Estado é a ausência de terrenos cristalinos, o que explica as baixas altitudes do relevo. 40 - A oeste do Estado aparece o pediplano sertanejo onde são comumente encontrados morros residuais denominados inselbergs. 41 - Quanto à distribuição anual das chuvas no Estado, observa-se uma concentração em alguns meses do ano; a Frente Polar Atlântica exerce forte influência durante o outono-inverno. 42 - A bacia do rio Sergipe é a segunda do Estado em extensão; o rio principal banha o centro-sul e às suas margens são encontradas as maiores fazendas de gado sergipanas. 43 – Sergipe é uma das principais economias no Nordeste: PIB per capita em torno de R$ 7.000,00, participação da indústria no PIB de 54%, com importante participação da indústria extrativa mineral. 44 - Sergipe possui uma faixa climática de baixa latitude: os raios solares incidem de forma transversal, diante desse fator as temperaturas são elevadas em média sempre acima de 20ºC, no entanto, os índices pluviométricos possuem um grande contraste, uma vez que há regiões com chuvas acima dos 2.000mm ao ano, já em outros lugares não ultrapassam 25 mm. 45 - Historicamente, a economia sergipana está sustentada na agricultura, na pecuária e na agroindústria; neste segmento, assentou-se, sobretudo, no café e na soja. 46 - O desenvolvimento do Estado no final do século XX se apoiou na instalação de empresas de extração mineral, indústrias químicas, de cimento e têxtil. 47 - O rio São Francisco representa o maior canal fluvial que drena a região nordeste e em sua foz, na divisa entre Alagoas e Sergipe, desenvolve-se importante zona estuarina. Seu baixo curso apresenta áreas de planícies marginais que comportam várzeas, lagoas e terraços fluviais onde se pratica importante atividade agrícola. 48 - Aracaju, capital de Sergipe, passou por grande crescimento urbano, populacional e econômico nas últimas três décadas do século XX, o que nos permite afirmar que a construção de conjuntos habitacionais nos bairros centrais da cidade possibilitou o retorno de nordestinos que viviam PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 5 em cidades da Região Sudeste, tais como São Paulo e Rio de Janeiro. 49 - O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Aracaju determina o planejamento, asregras e os limites para as construções, buscando evitar problemas à população e ao meio ambiente. 50 - Dentre os recursos minerais encontrados em território sergipano destacam-se o cloreto de potássio, utilizado para produção de fertilizantes, o calcário, utilizado na indústria de cimento e o petróleo extraído da plataforma continental. 51 - Grande parte da cobertura vegetal original do Estado está preservada; tal como os mangues, a mata atlântica e a mata do agreste, ficando a caatinga e o cerrado como exceções. 52 - O relevo sergipano é relativamente homogêneo e não apresenta grandes altitudes; o ponto mais elevado do Estado está situado em sua porção sul. 53 - A maior parte da população ativa do estado de Sergipe está empregada no setor primário da economia. 54 – Na quase totalidade do território sergipano prevalece uma zona climática subtropical, porém na região Norte o predomínio é da zona climática tropical. 55 – O estado de Sergipe possui 75 municípios. Na década de 1990 ocorreu a instalação do último município criado no Estado. 56 – O calcário utilizado na fabricação de cimento é extraído, com maior intensidade, em municípios do médio sertão. 57 – Dentre os domínios morfoclimáticos sergipanos está o do cerrado, que ocorre na porção sul do Estado e que está associado ao predomínio do clima subtropical. 58 – Espécies da Mata Atlântica são reconhecidas ao longo da Serra de Itabaiana, chegando a apresentar um parque estadual. 59 – As manifestações culturais sergipanas refletem, em larga medida, influências portuguesas e africanas. 60 – O planalto da Borborema propicia aos municípios sergipanos, em sua porção oeste (barlavento), índices pluviométricos superiores a 2.000 mm anuais. 61 – Os municípios do agreste sergipano possuem as menores taxas pluviométricas anuais do Estado. 62 – As maiores taxas de amplitude térmica localizam-se na porção leste do estado de Sergipe. 63 – As maiores propriedades rurais de Sergipe dedicam-se à policultura para abastecimento interno. 64 – Os manguezais sergipanos, ambientes costeiros de grande importância para a vida fluviomarinha, têm sofrido impacto negativo em função dos diversos usos antrópicos, como: expansão imobiliária, atividades agrícolas e industriais e o turismo desordenado. 65 – As praias e demais áreas costeiras do litoral sergipano são exploradas pelo turismo, atividade que reorganizou o território e a economia local com a instalação de hotéis, condomínios e infraestruturas de acesso dos turistas às praias; no entanto, o turismo desordenado tem provocado problemas ambientais, como, por exemplo, a pesca predatória e a emissão de esgotos e outros resíduos para o mar. 66 – O alto sertão apresenta a maior concentração populacional e alta produtividade industrial. 67 – A grande Aracaju apresenta a maior concentração populacional e se destaca como a área com maior atividade comercial de Sergipe. 68 – O médio sertão é caracterizado pela vegetação da Caatinga com folhas caducifólias e pela indústria aeronáutica. 69 – O sul sergipano é caracterizado pela vegetação da Caatinga, e nos anos 1990 foram instaladas indústrias do ramo de cervejarias. 70 – O leste sergipano apresenta indústria petrolífera e se destaca pela vegetação da Caatinga. 71 - O estado de Sergipe é a menor unidade federativa do Brasil em termos de superfície territorial. 72 – A distância em relação à linha do Equador explica os seguintes fenômenos no estado de Sergipe: número elevado de horas de incidência de luz solar e distribuição desigual de intensidade de radiação solar ao longo do ano entre litoral e sertão, com menor radiação solar no litoral que no sertão, em razão da umidade oceânica. PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 6 73 – O estado de Sergipe tem como principais características climáticas as irregularidades de distribuição de chuvas ao longo do ano entre litoral e interior do estado: litoral/ Zona da Mata apresenta índices maiores de precipitação atmosférica do que o sertão semiárido. 74 – Não há grandes oscilações de temperatura média do ar entre litoral e sertão no estado de Sergipe: as temperaturas, em média, se caracterizam pelo calor do clima tropical oceânico e semiárido ao longo de todo o ano. 75 – O clima tropical da Zona da Mata sergipana em associação com o relevo e o solo massapê são fatores naturais que possibilitam o desenvolvimento da cultura da cana-de-açúcar nesse estado. 76 – A rede ferroviária, assim como a rede rodoviária do estado de Sergipe, é comumente utilizada para o transporte de açúcar e álcool das usinas produtoras para outros estados brasileiros e para os portos exportadores de Maceió, Salvador e Recife. 77 – As usinas de cana-de-açúcar vinculam-se diretamente ao agronegócio brasileiro, sendo na Zona da Mata a concentração desse tipo de usina em Sergipe. 78 – A formação vegetal da Caatinga em Sergipe caracteriza-se pela adaptação a prolongada estação seca típica do clima semiárido e existência de diversas espécies de árvores de grande porte do tipo xerófilas, como o pau-brasil e a palmeira babaçu. 79 – A expansão da agropecuária na Zona da Mata de Sergipe levou ao desmatamento intensivo da Mata Atlântica tanto em Sergipe quanto em outros estados nordestinos, como Bahia, Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. 80 – O sertão de Sergipe possui áreas com altitude superior a 1.000 metros que, por receberem ventos provenientes da bacia do São Francisco, são mais úmidas e apresentam uma vegetação de maior porte, com forte presença de palmeiras, que as demais regiões do sertão. 81 - Em razão da proximidade do Oceano Atlântico, o leste de Sergipe recebeu influência de massa de ar úmida e desenvolveu uma vegetação original florestada e densa. 82 – O sertão possui altas altimetrias, por isso seu relevo impede que as chuvas cheguem ao oeste do território do estado 83 - Devido à escassez de chuvas, o sertão sergipano, restringe-se ao desenvolvimento da pecuária extensiva, atividade difundida desde as épocas mais remotas, quando da ocupação do estado. 84 - O clima tropical e tropical continental, o relevo — em grande parte formado por planícies — e a presença de latossolos foram condições para o desenvolvimento da produção agrícola de cana de açúcar e cacau no território sergipano desde o início da colonização portuguesa até os dias atuais. 85 - A cidade de Aracaju possui características geomorfológicas típicas do litoral brasileiro, principalmente da Região Nordeste. Entre as alternativas a seguir, a que caracteriza o relevo de Aracaju é: A) planície fluviomarinha. B) depressão absoluta. C) planalto dissecado. D) derramamentos vulcânicos. E) chapadas litorâneas. 86 - Sergipe possui duas Unidades de Conservação de uso sustentável na categoria de Área de Proteção Ambiental (APA), administradas pela SEMARH: Área de Proteção Ambiental Morro do Urubu e Área de Proteção Ambiental do Litoral Sul. Sobre a APA do Litoral Sul pode-se afirmar que: A) define a ocupação da área compreendida entre a foz do Rio Vaza Barris e a desembocadura do Rio Real. B) organiza a região litorânea com a menor ocupação populacional, tais como Caueira, Saco e Abais. C) a fiscalização da unidade de conservação é de responsabilidade única do governo federal. D) abrange as áreas urbanizadas dos municípios de Aracaju e de Nossa Senhora do Socorro. PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 7 E) preserva as praias entre a foz do Rio São Francisco e o centro da Região Metropolitana de Sergipe. 87 - Entre os municípios sergipanos a seguir, o que possui limites com os Estados da Bahia e de Alagoas é: A) Canhoba. B) Tobias Barreto. C) Simão Dias. D) Ribeirópolis. E) Poço Redondo.88 - O planejamento urbano é uma marca da organização espacial de Aracaju. O centro do poder político- administrativo onde, atualmente, se localiza a praça Fausto Cardoso, foi o ponto de partida do crescimento da cidade. Na origem do planejamento urbano, a cidade de Aracaju foi organizada, a partir do centro, da seguinte maneira: A) foram construídos círculos concêntricos a partir do edifício sede do governo. B) a cidade foi planejada para evitar o contato com o Rio Sergipe por causa das enchentes. C) as ruas foram arrumadas, geometricamente, para desembocar no Rio Sergipe. D) foram construídas grandes vias rodoviárias, resultando em áreas com funções definidas. E) ocupação dos bairros mais populares e, na periferia, os bairros mais nobres. 89 - Qual alternativa apresenta CORRETAMENTE os municípios que se limitam com a capital Aracaju? A) São Cristovão, Nossa Senhora do Socorro e Santo Amaro das Brotas. B) Laranjeiras, Lagarto e Itabaiana. C) Estância, Tobias Barreto e Itabaianinha. D) Arauá, Pedrinhas e Pacatuba. E) Simão Dias, Nossa Senhora da Glória e Poço Redondo. 90 - Os cultivos comerciais, com maiores produtividades, ocupam os melhores solos. A pecuária bovina desenvolve- se no interior do Estado. 91 – O sertão uma região serrana, com altitudes médias acima de 500 m cuja cobertura vegetal é de caatinga. É a porção sergipana que apresenta maior concentração de pequenas propriedades dedicadas à produção de gêneros alimentícios. 92 – O agreste é uma região de transição, nela se encontra grande concentração de população rural que se dedica à pecuária e aos cultivos de subsistência; nesta porção sergipana, nas áreas de influência de Lagarto e Estância, há importante produção de laranjas. 93 - A região do litoral com predomínio da planície; é a área onde estão situadas as desembocaduras dos rios Sergipe e Vaza Barris, dentre outros que cortam o Estado. Além de Aracaju há que se destacar a cidade de São Cristóvão, considerada Monumento histórico nacional. 94 - Analise abaixo os pontos extremos do estado de Sergipe e marque o INCORRETO: A) Ao Norte – Barra do Rio Xingó, em Canindé do São Francisco. B) Ao Sul – Curva do Rio Real, no povoado Barbeiro em Cristianópolis. C) Ao Leste – Barra do Rio São Francisco, ilha do Arambipe, em Brejo Grande. D) Ao Oeste – Curva do Rio Real, no povoado Terra Vermelha em Poço Verde. E) Ao Sudeste – Barra do Rio Xingó em Graccho Cardoso. 95 - A região geoeconômica sergipana representada por toda parte oeste do estado, de domínio da caatinga, da pecuária extensiva e das grandes propriedades, é: (A) Cotinguiba (B) Sertão do São Francisco (C) Sertão (D) Litoral (E) Agreste PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 8 96 - Os produtos agrícolas predominantes no Centro-Sul e vale do Cotinguiba, são respectivamente: (A) laranja e coco-da-baía (B) cana-de-açúcar e laranja (C) coco-da-baía e cana-de-açúcar (D) laranja e cana-de-açúcar (E) algodão e cana-de-açúcar 97 - Leia a reportagem a seguir. Uma chuva forte e constante está provocando alagamentos em Aracaju nesta terça-feira (24). A chuva começou na madrugada e em 14 horas foram registrados 130 milímetros, quase metade do esperado para todo o mês de maio. Canais transbordaram e os carros quase não conseguiam trafegar. Em uma creche, as águas tomaram a frente do prédio, impedindo a saída das crianças. A Marinha emitiu um alerta de mar agitado e a orientação é para que as embarcações evitem a navegação. Segundo a meteorologia, as chuvas intensas devem continuar até quinta-feira (26). O aeroporto de Aracaju foi reaberto na tarde desta terça- feira, depois de ficar fechado durante a maior parte da tarde. Quatro voos foram cancelados. Chuva causa alagamentos em Aracaju Em 14 horas foi registrado quase metade do esperado para todo o mês. Aeroporto ficou fechado durante a tarde. (Fonte: G1, com informações do Globo Notícia – 24/05/2011 - 17h 58min) O episódio registrado na reportagem está corretamente justificado na seguinte afirmativa: A) O período com maior índice pluviométrico na cidade é o inverno/primavera. B) O relevo montanhoso da cidade facilita a ocorrência de alagamentos. C) O período com maior índice pluviométrico na cidade é o outono/inverno. D) O relevo montanhoso da cidade facilita a ocorrência de deslizamentos. E) O período com maior índice pluviométrico na cidade é o verão/outono. 98 - A preservação das tartarugas marinhas faz parte de um projeto de preservação do ecossistema de nome: A) Xingó B) Tamar C) Pirambu D) Canindé E) Xocó 99 - Sergipe tem como principal produto cultivável a cana- de-açúcar que encontra nos solos de massapê, condições muito favoráveis para seu plantio. Qual é a definição que mais se adequa a este tipo de solo? A) Apresenta considerável fertilidade, localizando-se na região semiárida, com grande escassez de água, mas muita utilização agrícola. B) Por possuir um perfil profundo, necessita de adubação orgânica para sua utilização. C) Localizado na região litorânea, são profundos, porosos, não armazenando água no seu interior. D) Muito fértil, oriundo da decomposição do calcário, presentes no Vale do Cotinguiba. E) Rasos, com pedras e pedregulhos, pouco desenvolvidos, mas de grande utilização agrícola. 100 - O porto de Sergipe, denominado Terminal Portuário Inácio Barbosa, foi construído no início da década de 90, em um empreendimento-conjunto entre os governos federal e estadual, juntamente com a Petrobrás. O Terminal era reivindicado há vários anos por políticos do estado e se encontra no município de: A) Aracaju. B) Pacatuba. C) Barra dos Coqueiros. D) Pirambu. E) Santo Amaro das Brotas. PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 9 GABARITO COMENTADO 1 – D. A letra “a” está errada por conta de o baixo São Francisco não ser a principal área de produção de açúcar e álcool, sendo ligada principalmente à rizicultura(arroz). Na letra “b”, a zona da mata (também chamada de litoral), não apresenta a forte presença de agricultura de subsistência e sim forte ligação com a cana de açúcar. A letra “c” está errada porque o município de Aracaju não está no baixo São Francisco. 2 – A. A letra “b” está errada porque o rio Sergipe banha cerca de 26 municípios e não apresenta tantos problemas por causa de irrigação. As letras “c” e “d” estão erradas, entre outras coisas, porque os rios Japaratuba e Vaza-Barris não possuem qualquer relação com Alagoas e Pernambuco, além da bacia do Japaratuba não ser a maior. 3 – B. Questão meramente de interpretação de gráfico. 4 – B. A letra “a” está errada pois nas áreas de planície e de tabuleiros são predominantes as rochas sedimentares e não vulcânicas. A letra “c” está errada porque a fertilidade dos solos dessa área, está ligada ao processo de decomposição do calcário. E a letra “d” está errada porque a área de tabuleiros apresenta morros, com baixa altitude. 5 – C. Esses são alguns dos principais municípios do estado de Sergipe, em relação aos aspectos econômicos (ver links de apoio no anexo) 6 – D. As letras “a” “b” “e” estão erradas porque Sergipe não apresenta chapadas e nem falésias. A letra “c” está errada porque o Sudoeste não corresponde ao litoral. 7 – A. O suco de laranja continua como principal produto de exportação de Sergipe, sendo o município de Estância o principal produtor de suco. O estado de Sergipe possui um programa de incentivo à chegada de empresa, através do PSDI (programa sergipano de desenvolvimento industrial) e, de fato, Sergipe tem importância na questão energética. 8 – E. Não ocorreu a solução dos problemas, por conta da criação da RMA (Região Metropolitana de Aracaju), a exemplo da questão do transporte público e moradia.9 – E. Sergipe possui o menor PIB do Nordeste, sendo o 22º do Brasil. 10 – E. A porção oriental é equivalente ao Leste e em Sergipe o Leste está voltado para o litoral. 11 – E. Sergipe não apresenta característica subtropical, sendo a região sul do Brasil caracterizada pelo subtropical. 12 – E. Jackson Barreto nunca foi senador e foi vice- governador na reeleição de Marcelo Déda. 13 – C. São exemplos de atrativos turísticos em Aracaju 14 – C. Essa é parte da mais nova divisão regional promovida pelo IBGE em 2017, a chamada Regiões Geográficas. 15 – E. Não existe essas características na mesma intensidade na RMA (Região Metropolitana de Aracaju) 16 – E. O terminal portuário mais importante encontra-se no município de Barra dos Coqueiros e chamado de Terminal Marítimo Inácio Barbosa (TMIB) 17 – C. São Cristóvão é a 4ª cidade mais antiga do país. 18 – E. Na RMA, o município menos populoso é a Barra dos coqueiros. 19 – C. A ponte construtor João Alves, inaugurada em 2006, promoveu esse processo de conurbação. 20 – C. Corresponde, de fato, a algumas das áreas mais pobres de Aracaju. 21 – C. Cerca de 75% do PIB de Sergipe é composto pelo setor terciário. 22 – E. Os festejos juninos geram empregos e atraem turistas. Sugestão: Pesquisar a música chamego só 23 – E. O estado sofre consequências da seca, com mortes de animais, por exemplo. Principalmente no território de planejamento alto sertão. 24 – E. O município de Aracaju não possuía um terreno de fácil uso para construção, pois era composto principalmente por áreas de pântanos e mangues. 25 – C. Na segunda metade do século XX, em especial a partir da década de 70, a chegada da Petrobrás (inclusive sua sede) e a SUDENE tiveram papel importante no desenvolvimento de Sergipe. 26 – E. Os legumes não faziam parte da chamada economia fundadora. Sergipe produzia e produz até fumo e não produzia, no período colonial açúcar mascavo e sim cristal. PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 10 27 – E. Aracaju não apresenta uma concentração populacional esparsa, visto que a área mais populosa e povoada do estado e a concentração de área da floresta tropical está no litoral. 28 – C. O suco de laranja continua como principal produto de exportação, tendo a Europa Ocidental como principal destino. 29 – C. A população indígena citada na questão, está concentrada no alto sertão sergipano, no município de Porto da Folha, na Ilha de São Pedro, na margem do rio São Francisco. 30 – E. Sergipe apresenta o clima quente e úmido (mais chuvoso) no litoral, não chegando na área do semiárido (área menos chuvosa) 31 – C. Esses são os limites do estado de Sergipe 32 – E. A produção açucareira foi importante no Nordeste brasileiro e a área correspondente a Sergipe não ficou de fora, salientando que ainda na atualidade Sergipe tem importância na produção de cana, na porção leste do estado. 33 – E. As bacias sedimentares são compostas por rochas sedimentares e estão presentes no estado de Sergipe na porção oriental (leste) e possui forte ligação com a extração de combustíveis fosseis (petróleo e gás natural), assim como também com o solo massapê (utilizado na cana de açúcar), a partir da decomposição do calcário. 34 – E. Houve investimento na agricultura, inclusive com a implantação de perímetros irrigados, mas não podemos afirmar que o investimento em agricultura fez com que o parque industrial fosse pouco diversificado. Na questão industrial podemos destacar a indústria extrativa-mineral, cimento, têxtil e etc 35 – E. A apicultura, que é uma atividade muito presente no sertão sergipano, consiste na criação de abelhas, logo não podemos afirmar que o aumento da apicultura trará retirada de vegetação. 36 – C. A Região Metropolitana de Aracaju (RMA), foi criada em 29 de dezembro de 1995, através da lei complementar nº 25 e é composta apenas por 4 municípios (Aracaju, São Cristóvão, Nossa Senhora do Socorro e Barra dos Coqueiros), sendo de fato a única região metropolitana do estado. 37 – C. A zona da mata é uma sub-região do nordeste e podemos usar como referência para identificar o litoral. 38 – E. O rio São Francisco, que nasce em Minas Gerais, deságua no oceano atlântico, entre os estados de Sergipe e Alagoas. Possuindo sua foz no oceano, já não podemos afirmar que o rio banha apenas o sertão sergipano. 39 – E. Os terrenos cristalinos (também chamados de escudos cristalinos) estão presentes no estado de Sergipe, sobretudo na porção Oeste. Estão ligados à atividade de pedreira. 40 – C. O pediplano sertanejo é uma das unidades do relevo, junto com a planície litorânea e os tabuleiros costeiros. A serra mais alta do estado (Serra Negra) está nessa unidade e inselbegs são pontos elevados de destaque numa área plana, no nordeste brasileiro muito ligado ao clima semiárido. 41 – C. O principal período de chuva de em Sergipe ocorre entre março e agosto (outono-inverno) e no trimestre de maio, junho e julho Sergipe recebe a influência da mPa (massa polar atlântica), também chamada de frente polar, provocando chuvas frontais. 42 – E. Segundo o site da Secretaria de agricultura do estado (https://www.seagri.se.gov.br/informacoes/1/3/hidrografia ), a Bacia do Sergipe é a terceira maior (mas isso não é o mais importante na questão), essa bacia em questão não banha o centro-sul. O rio principal vem do sertão e deságua no litoral. 43 – E. Segundo o IBGE, numa publicação de 2018 (a mais atual), Sergipe possui uma renda per capita de, aproximadamente, 18000, estando entre os 4 melhores do nordeste (https://cidades.ibge.gov.br/brasil/se/pesquisa/10060/6014 7 ). Um outro equívoco é que no PIB estadual o setor secundário, representado pela atividade industrial, contribui com cerca de 20%. 44 – E. O estado não apresenta pluviosidade acima de 2000mm, sendo normalmente esse quantitativo atrelado ao clima equatorial, assim como também o Brasil não possui pluviosidade de 25 mm, sendo esse quantitativo ligado as áreas de desertos. 45 – E. Sergipe não traz não sua história uma tradição na produção de café e soja, sendo a cana e algodão exemplos de cultivos atrelados ao desenvolvimento histórico de Sergipe. 46 – C. O desenvolvimento industrial de Sergipe vem, principalmente, das umas 4 décadas do século XX (a partir https://www.seagri.se.gov.br/informacoes/1/3/hidrografia https://cidades.ibge.gov.br/brasil/se/pesquisa/10060/60147 https://cidades.ibge.gov.br/brasil/se/pesquisa/10060/60147 PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 11 de 1960), com forte influência da atividade extrativa- mineral e da SUDENE. 47 – C. É importante pensar em alguns perímetros irrigados nessa área, a exemplo do platô de Neópolis, criado durante o segundo governo de João Alves Filho. 48 – E. As últimas décadas do século XX já marcava um processo de afastamento dos conjuntos habitacionais em relação ao centro, a exemplo do conjunto Augusto Franco, inaugurado em abril de 1982. Assim como também não havia uma intensa atração de pessoas do Sudeste para Sergipe nesse período. 49 – C. Na teoria a lei prega isso, não cabendo ao candidato questionar a prática nesse item. 50 – C. Sergipe possui importância na atividade extrativa- mineral, como potássio, calcário e petróleo. Novas empresas têm atuado em Sergipe no lugar de antigas, sendo exemplo a Mosaic (antiga Vale) e a Unigel (antiga Fafen). 51 – E. A vegetação possui devastações, como é característica do Brasil, sendo destaques a mata atlântica (desde o período colonial) e manguezais, principalmente nas últimas décadas. 52 – E. O relevo sergipano não é relativamente homogêneo, visto encontramos planícies e serras. E o ponto mais alto de Sergipe é a Serra Negra, na porção noroeste do estado, no município de Poço Redondo. 53 – E. A maior parte da PEA (população economicamenteativa) está ligada ao setor terciário (comércio e prestação de serviços), com destaque para o município de Aracaju. 54 – E. Sergipe não possui área subtropical, pois está inserido na sua totalidade na zona intertropical da Terra. Ficando a área subtropical ligada a região sul do país, localizada numa área extratropical. 55 – C. Sergipe possui 75 municípios, sendo Santana do São Francisco o mais novo, tendo sido implantado nos anos 1990. 56 – E. O calcário, de fato, é utilizado na produção de cimento, mas a extração ocorre na área de litoral e não no médio sertão que corresponde a municípios como Aquidabã e Graccho Cardoso. 57 – E. Sergipe não apresenta o domínio morfoclimático cerrado e não possui áreas subtropicais. 58 – E. Existe mata atlântica no estado de Sergipe em algumas áreas, inclusive no parque da Serra de Itabaiana, mas o item é falso pois o parque não é estadual e federal (Parque Nacional da Serra de Itabaiana). 59 – C. O texto cita em larga medida e não na totalidade, podemos pegar exemplos desde a culinária até nomes de municípios, passando por manifestações culturais. 60 – E. O planalto da Borborema não está presente no estado de Sergipe e o índice pluviométrico não ultrapassa os 2000mm. 61 – E. Os municípios que possuem os menores índices pluviométricos estão localizados no sertão e são Canindé do São Francisco e Poço Redondo. 62 – E. As maiores amplitudes térmicas (diferença entre a maior e a menor temperatura) ocorrem na região do sertão e não no litoral (leste). 63 – E. As propriedades rurais que se dedicam aos cultivos de subsistência são pequenas, principalmente no agreste. 64 – C. Os manguezais são sistemas frágeis e tem sofrido impactos, entre outras coisas, por estarem localizados em áreas litorâneas. 65 – C. Praticamente um complemento do item anterior. Lembrar das atividades econômicas interferindo no meio ambiente. 66 – E. A maior concentração populacional, até seguindo uma questão histórica, é próxima ao litoral. Compreende-se alto sertão a área que temos como exemplos os municípios de Canindé e Poço Redondo. Em tempo, o município de Canindé tem importância na produção de energia elétrica (Xingó). 67 – C. Lembrar que a grande Aracaju é um território de planejamento (divisão regional promovida pelo estado de Sergipe) que possui 9 (NOVE) municípios e que não é a mesma coisa da região metropolitana de Aracaju. 68 – E. O estado de Sergipe não possui indústria aeronáutica, estando, no Brasil, localizada, principalmente, no estado de São Paulo. 69 – E. O sul sergipano, considerado um território de planejamento, está próximo ao litoral, apresentando o município de Estância como mais influente. Em termos de vegetação a caatinga é encontrada no sertão, ao passo que nessa área encontraremos principalmente a mata atlântica. PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 12 70 – E. Em que pese o Leste apresentar a atividade extrativa-mineral do petróleo, essa área não é caracterizada pela caatinga. 71 – E. Sergipe é o menor ESTADO em extensão territorial e não a menor unidade federativa, ficando esse posto com o Distrito Federal. 72 – E. São incidências solares equivalentes, pois estão, praticamente, na mesma latitude. Em tempo, afirmamos que o oceano não minimiza a radiciação solar. 73 – C. O estado de Sergipe possui diferentes quantidades de chuva pelo território, sendo o litoral mais chuvoso que o sertão. 74 – C. Sergipe é caracterizado por apresentar um tipo climático megatérmico (elevadas temperaturas), sendo o Tropical o clima dominante, com suas variações, a exemplo do úmido (também chamado de litorâneo, atlântico, costeiro ou simplesmente quente e úmido) dominando o litoral e semiárido (sertão), ambos possuem elevada média térmica. P.s.: Não confundir média térmica com amplitude térmica, esta já trabalhamos anteriormente. 75 – C. A cana, historicamente, no Nordeste possui uma ligação com a zona da mata (litoral), assim como com o solo massapê, o clima úmido e o relevo planície litorânea/tabuleiro costeiro. 76 – E. Sergipe não utiliza mais a ferrovia, logo, não podemos afirmar que, qualquer produto seja transportado igualmente por ferrovia e rodovia. 77 – C. A cana compõe o complexo do agronegócio/agroexportação/agroindústria e em Sergipe, a concentração das usinas ocorre em municípios como Laranjeiras e Capela, ambos no litoral (Leste ou zona da mata). P.s.: Em tempo, o principal produto exportado por Sergipe é o suco de Laranja. 78 – E. O pau-Brasil é uma espécie da mata atlântica, enquanto o babaçu é uma espécie da mata dos cocais (região do Maranhão/Piauí). 79 – C. Característica do Brasil, do ponto de vista histórico de ocupação e exploração, não sendo uma coisa exclusiva do estado de Sergipe. 80 – E. O estado de Sergipe não possui altitude de 1000m, sendo a mais alta, a serra negra, com aproximadamente 750 m. O rio São Francisco na produz vento, pois isso não é uma característica dos rios de uma forma geral, sendo característica dos oceanos e por fim, o sertão não tem como característica apresentar palmeiras. 81 – C. Sergipe é influenciado diretamente por massas de ar úmidas (inclusive a massa de ar polar atlântica) e Sergipe também apresenta a Floresta Tropical (mata atlântica) 82 – E. Sergipe não possui grandes altimetrias e mesmo pouco, ainda chove no sertão. Os municípios menos chuvosos são Poço Redondo e Canindé de São Francisco. 83 – E. Não podemos afirmar como certo que o fato de o sertão chover pouco a única atividade econômica será a pecuária. É importante destacar a presença da agricultura (inclusive irrigada em alguns pontos), indústria, produção de energia, turismo. 84 – E. O estado de Sergipe não apresenta como característica climática principal o clima tropical continental e sim os tipos climáticos: tropical úmido (também chamado de litorâneo, atlântico, costeiro), tropical subúmido e tropical semiárido. Além do mais, a produção de cacau não é característica de Sergipe. 85 – A. Aracaju está localizado na planície litorânea e recebe influência de rios, formando assim a planície fluviomarinha. Lembrando que Aracaju não está abaixo do nível do mar. 86 – A. O DECRETO N.º 13.468/93 criou a APA Litoral Sul: Fica instituída a Área de proteção Ambiental do Litoral Sul do Estado de Sergipe (APA – Litoral Sul), limitada, ao sul, pela margem esquerda do Rio Real, no limite fronteiriço com o Estado da Bahia; ao norte, pela margem direita do Rio vaza-barris. 87 – E. Além de Poço Redondo, podemos citar também o município de Canindé de São Francisco com essa característica. 88 – C. Característica do chamado tabuleiro de xadrez e devemos lembrar também que existe a chamada rua da frente (na verdade uma avenida) que está à frente do rio Sergipe. 89 – A. São Cristovão, Nossa Senhora do Socorro e Santo Amaro das Brotas. Devemos lembrar da importância histórica de São Cristovao e econômica de Nossa Senhora PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 13 do Socorro, além de serem 2 dos 5 municípios mais populosos do estado. 90 – C. A cana de açúcar é um dos exemplos de cultivo que ocupam solos férteis e de fato, a pecuária bovina desenvolve-se no interior do estado com destaque para municípios como Nossa Senhora da Glória e Poço Redondo (leite) e Lagarto e Tobias Barreto (corte) 91 – E. O sertão é caracterizado pela presença de grandes propriedades, dedicadas principalmente a pecuária bovina. 92 – C. A região geoeconômica Agreste é subdividida em pecuarista (compreendo municípios como Nossa Senhora das Dores e Aquidabã), agricultura de subsistência (compreendendo a região de Itabaiana) e citricultor (destacando a área de Lagarto) 93 – C. A região geoeconômica do litoral apresenta essas características descritas no item. 94 – E. Quando se trata de pontosextremos, considera-se para tal os pontos cardeais, sendo assim destoa o sudeste (ponto colateral) 95 – C. Essas características correspondem a região geoeconômica do Sertão 96 – D. Centro-sul com laranja é equivalente a parte citricultora do agreste, enquanto na região geoeconômica, historicamente, temos a cana de açúcar. 97 – C. O principal período de chuvas em Sergipe é de março a agosto (também chamado de outono a inverno), devemos lembrar que Aracaju está numa área de planície. 98 – B. Projeto Tamar, hoje muito presente em Aracaju, destacando-se o oceanário, localizado na orla de Aracaju. 99 – D. Solo massapê, de grande fertilidade, desenvolvido a partir da decomposição do calcário e bastante utilizado desde a época da colonização. 100 – C. Já trabalhado em questões anteriores, porto localizado na Barra dos Coqueiros, inaugurado em dezembro de 1994. LINKS https://www.observatorio.se.gov.br/ http://docs.observatorio.se.gov.br/wl/?id=dKViF5MgHqIm bJqsLsceHWxrtwc4ShVu http://docs.observatorio.se.gov.br/wl/?id=EiB70E27xqSM h1EQ9Je35mF9EGn61pMG https://cohidro.se.gov.br/?page_id=622 https://codise.se.gov.br/ https://cidades.ibge.gov.br/brasil/se/panorama https://infonet.com.br/ https://www.f5news.com.br/ https://al.se.leg.br/ SUGESTÕES DE LEITURA (PROVA DISCURSIVA) 1 - Campanha exploratória da ExxonMobil em Sergipe recebe licença do Ibama Documento é válido por cinco anos e autoriza perfuração de até 11 poços na região Sexta-Feira, 18 de Fevereiro de 2022 Foi anunciada nesta quinta-feira (17) a emissão da licença ambiental que permite a perfuração do poço pioneiro da ExxonMobil em águas ultraprofundas da bacia Sergipe- Alagoas. Liberada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a licença autoriza a concessionária a iniciar sua campanha de exploração de petróleo e gás na área contemplando até 11 poços, com validade de cinco anos. Os poços a serem explorados pela ExxonMobil estão localizados nos blocos SEAL-M-351, SEAL-M-428, SEAL-M-430, SEAL-M-501, SEAL-M-503 e SEAL-M- 573. O navio-sonda West Saturn, que já se encontra na região de exploração, será responsável pela campanha. O poço mais próximo da costa estará situado a 67 km do município de Brejo Grande, e a profundidade do poço pioneiro deverá ser de até 3,8km. A ExxonMobil é operadora de nove blocos de concessão sob responsabilidade do consórcio com a Enauta e a Murphy Oil, sendo titular de 50% do consórcio. Os blocos foram vinculados às empresas associadas durante rodada de licitação promovida pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). https://www.observatorio.se.gov.br/ http://docs.observatorio.se.gov.br/wl/?id=dKViF5MgHqImbJqsLsceHWxrtwc4ShVu http://docs.observatorio.se.gov.br/wl/?id=dKViF5MgHqImbJqsLsceHWxrtwc4ShVu http://docs.observatorio.se.gov.br/wl/?id=EiB70E27xqSMh1EQ9Je35mF9EGn61pMG http://docs.observatorio.se.gov.br/wl/?id=EiB70E27xqSMh1EQ9Je35mF9EGn61pMG https://cohidro.se.gov.br/?page_id=622 https://codise.se.gov.br/ https://cidades.ibge.gov.br/brasil/se/panorama https://infonet.com.br/ https://www.f5news.com.br/ https://al.se.leg.br/ PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 14 O superintendente-executivo da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec), Marcelo Menezes, destaca a relevância da notícia para Sergipe. “A liberação para o início da campanha da ExxonMobil era bastante aguardada. É um projeto promissor, que deve trazer diversas oportunidades para o estado, gerando empregos e fomentando toda a cadeia produtiva regional. A expectativa é de que após a perfuração sejam feitas as análises dos dados obtidos para definição da continuidade do programa exploratório, com posterior planejamento da implantação das estruturas de produção”, afirma. Os blocos de exploração do consórcio liderado pela ExxonMobil em parceria com a Enauta e a Murphy Oil são contíguos à área onde a Petrobras iniciará produção no âmbito do projeto Sergipe Águas Profundas. O prazo de perfuração do poço pioneiro é em torno de dois meses. Após sua conclusão, a sonda será deslocada para trabalhar no desenvolvimento do campo de Bacalhau. “Vamos aguardar ansiosamente os resultados desse trabalho, na expectativa de que sejam confirmados os resultados previstos nos estudos preliminares, através da sísmica”, conclui Marcelo Menezes. 2 - Cohidro expõe ações e distribui material informativo durante a Sealba AgroShow No estande do Governo de Sergipe foram apresentados resultados do investimento público em perfuração e instalação de poços, sistemas de abastecimento e irrigação pública Segunda-Feira, 14 de Fevereiro de 2022 Sucesso de público, volume de negócios concretizados e oportunidade para o lançamento de políticas públicas estaduais para o meio rural, o Sealba AgroShow foi, também, espaço no estande do Governo de Sergipe, para a Companhia de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe (Cohidro) expor suas ações em todo estado e os resultados do investimento público em perfuração e instalação de poços, sistemas de abastecimento e irrigação pública. Na feira realizada entre os dias 10 e 12 de fevereiro em Itabaiana, chamou a atenção dos visitantes a maquete de uma unidade de dessalinização de água e produção do Programa Água Doce, exposta pela Cohidro, e ainda uma amostra constante das hortaliças produzidas pelos irrigantes atendidos pela companhia nos dois perímetros irrigados estaduais naquele município. Dividindo o estande com a Secretaria de Estado da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), Secretaria de Estado do Turismo (Setur); Banco do Estado de Sergipe (Banese) e Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro); a Cohidro cumpriu uma agenda de mostrar ao público presente, as suas unidades e atividades para a promoção de água no campo e os programas a qual participa como executora ou colaboradora. “Foi oportunidade para a justa prestação de contas, diretamente com a sociedade, do que é gerado de benéfico ao povo sergipano a partir do investimento público feito na empresa”, destacou o diretor-presidente da companhia, Paulo Sobral. “O resultado dessa participação foi bastante positivo, muitos visitantes paravam para saber mais do que se tratava aquele pedacinho bonito e vivo do agro show, que era a parte da Cohidro”, complementou. Estudante do 5º período do curso Tecnologia em Agroecologia, do Instituto Federal de Sergipe (IFS) - campus São Cristóvão, Inara Cruz disse ter gostado do modelo do Programa Água Doce, ao mesmo tempo em que achou importante a exposição dos produtos da irrigação pública. “O que eu mais gostei no estande da Cohidro foi a maquete, explicando e mostrando como a eles fornecem a água para o povo sergipano, e que eles também levaram as hortaliças, raízes, representando a garra do nosso povo aqui de Sergipe”, assinalou. De origem rural, a aluna do IFS natural de Cedro de São João, considerou proveitosa a visita à Sealba e ao estande onde a Cohidro foi expositora. “Para a gente que é da área agrária, que estuda e que produz, foi muito legal poder ali ver, compartilhar conhecimento e eu gostei bastante”, concluiu. Água Doce A maquete exposta na feira agropecuária pela Cohidro, mostra todos os detalhes de um sistema integrado de dessalinização de água com reaproveitamento do rejeito salino para criar peixes e irrigar a planta forrageira ‘atriplex’, utilizada como ração de ovinos e caprinos. Como esta, em Sergipe operam 29 unidades do programa federal Água Doce, que a Seagri executa através das suas vinculadas Cohidro e Emdagro. A diretora de Infraestrutura Hídrica e Mecanização Agrícola da Cohidro, Elayne de Araújo, reforçou a importância de apresentar a maquete”. É PROF.LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 15 uma maneira didática de mostrar para a população como é feita a extração de água do subsolo para abastecimento humano e toda a estrutura empregada quando existe a necessidade de dessalinizar a água de um poço. Um sistema complexo que dá água potável e que cria meios para complementação de renda dos moradores destes povoados atendidos”, avaliou. Irrigação pública Sergipe conta com seis perímetros irrigados estaduais, mantidos pela Cohidro, e o Platô de Neópolis, distrito de irrigação em que o patrimônio pertence ao Estado e a companhia gere contratos de concessão a empresas que exploram a produção agrícola em larga escala. Diante disso, para o diretor de Irrigação e Desenvolvimento Agrícola da Cohidro, João Fonseca, a participação da empresa na Sealba se torna essencial. “Só em Itabaiana, que sediou o agroshow, são dois perímetros irrigados – Poção da Ribeira e Jacarecica I – que a Cohidro tem e que os 590 lotes de irrigantes produziram juntos um volume de mais de 36 mil toneladas de alimentos em 2021, movimentando quase R$ 65 milhões no município, com a comercialização destes produtos em Sergipe e Bahia”, expôs o diretor, complementando que a área do estande ocupada pela Cohidro, contou com amostras sempre frescas das hortaliças produzidas em Itabaiana. 3 - Sealba AgroShow proporciona sinergia entre o turismo e agronegócio Estande da Setur disponibilizou para o visitante material promocional composto por folheteria com informações turísticas sobre o destino Sergipe Segunda-Feira, 14 de Fevereiro de 2022 O secretário de Estado do Turismo, Sales Neto, participou nesta sexta-feira, 11, da solenidade de abertura da Sealba AgroShow, realizada no Parque Cunha Meneses, em Itabaiana, no agreste sergipano. Promovido pela Federação de Agricultura e Pecuária de Sergipe (Faese) e o Governo de Itabaiana, o evento consiste na maior vitrine do agronegócio da região reunindo as maiores empresas de máquinas, implementos, insumos, veículos, genética e serviços. Durante o evento, o estande da Setur disponibilizou para o visitante material promocional composto por folheteria com informações turísticas sobre o destino Sergipe, caneta e lixeira ecológica. O secretário de Estado do Turismo, Sales Neto, destaca sua satisfação com a retomada dos eventos de um modo geral, enfatizando que o Brasil é uma fronteira agrícola, e um evento desse porte em Sergipe traz pessoas do Brasil inteiro movimentando uma cadeia muito forte no Estado em todo o país, proporcionando também às pessoas presentes neste evento, sergipanos e turistas que se sintam motivados a visitar os produtos de turismo de Sergipe. “A Setur não poderia deixar de estar presente num local que reúne tantas pessoas do Brasil inteiro para divulgar os nossos atrativos turísticos de um modo geral, então esse é o nosso papel, aproveitar a energia criada ao redor de um evento agropecuário para fazer a divulgação dos nossos produtos turísticos. O turismo precisa fazer sinergia com as diversas áreas: com o setor agropecuário, com o esporte, com o lazer, com a cultura, enfim, com todos os setores da sociedade que envolvam pessoas, e que traga pessoas de outros estados para Sergipe, fazendo com que elas também visitem dos nossos atrativos que são tão importantes e tão belos aqui em nosso estado”, salientou. O engenheiro agrônomo, Humberto Santos, disse que um evento dessa natureza era o que estava faltando para divulgar os produtos e potencialidades do estado de Sergipe. “Chegou em boa hora é um evento que traz tecnologia, máquinas, pessoal capacitado, diversos insumos, e isso é bom para o nosso Estado. Está de parabéns o Governo do Estado, Prefeitura de Itabaiana e todos outros aqueles que contribuíram para o êxito desse grande evento”, frisou, ao tempo em que reforçou que “o agronegócio não é só produção, ele também engrandece o nosso turismo que está cada vez mais se destacando em nível de Nordeste e nacional”. Um grupo de estudantes de Agronegócio do polo de Itabaiana do Instituto Federal de Sergipe (IFS), marcou presença no AgroShow, e também fez questão de visitar o estande da Setur. A jovem Isis Lima ficou muito animada ao tirar foto na moldura ‘Eu amo Sergipe’, e receber folheteria sobre o destino Sergipe. “Achei muito legal a Secretaria de Turismo de Sergipe ter um espaço aqui, pois, as potencialidades do turismo do nosso Estado é algo que nem todos conhecem'', expressou. 4 - Taxa de distorção idade-série do 6º ano em Sergipe obteve 2ª maior queda do Brasil Nesta quinta-feira, 10, o Programa de Correção de Fluxo Sergipe na Idade Certa foi tema de encontro dentro da programação da Jornada Pedagógica Sexta-Feira, 11 de Fevereiro de 2022 PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 16 Dentro da programação virtual da Jornada Pedagógica 2022, a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) realizou na tarde desta quinta-feira, 10, o Seminário Institucional do Programa Sergipe na Idade Certa (ProSic), que marca o início das atividades para o ano letivo de 2022. A atividade ocorreu no YouTube e reuniu professores, gestores, técnicos pedagógicos e comunidade escolar. De acordo com o Censo Escolar, a taxa de distorção idade- série do 6º ano do Ensino Fundamental de 2021 obteve a 2ª maior queda do Brasil. Em 2020 a taxa era 38,7% e em 2021 caiu para 28,8%, acompanhando uma tendência também verificada para os anos iniciais e finais do Ensino Fundamental, conforme explica a professora Ana Lúcia Lima, diretora do Departamento de Educação da Seduc e coordenadora do programa. “Em relação aos anos iniciais em 2019, Sergipe estava em 19º lugar, com 21,06% de distorção; já em 2021, assumimos a 16ª colocação, diminuindo para 10,81%. Nos anos finais, saímos da 26ª (42,81%) para a 25ª colocação (22,77%). Tivemos avanços, porém com o recorte no mês de maio, ficamos com alguns resultados que somente serão consolidados no próximo ano”, relatou Ana Lúcia Lima. O governador Belivaldo Chagas destacou que esse é mais um parâmetro que mostra a Educação como uma das prioridades do Governo, uma política de Estado, e que Sergipe está no caminho certo para a formação dos jovens. No encontro, gestores das escolas que aderiram ao programa em 2019 relataram as experiências vivenciadas nas unidades de ensino durante a enturmação dos estudantes identificados com distorção idade-série. A diretora do Centro de Excelência Gonçalo Rollemberg Leite (Aracaju), Liliane Pina, foi uma delas. “Nós implementamos quatro turmas do Prosic, duas pela manhã e duas pela tarde, com o total de 120 estudantes. Finalizamos o ano letivo de 2021 com 0% de distorção. Foi uma grande vitória, e atualmente o nosso Ensino Fundamental não tem alunos em distorção. É muito importante que todos façam a adesão ao Prosic porque vale a pena. Todos os alunos falam a mesma língua nas turmas do programa”, disse. Na Escola Estadual Zumbi dos Palmares (Nossa Senhora do Socorro) o Prosic iniciou de forma tímida com o agravante de alto índice de distorção. Porém, já existem quatro turmas implementadas para atender ao público com essa condição, e a diretora, Emanuelle Feitosa, relata: “Aqui na Zumbi nós tínhamos um alto índice de distorção, alunos com baixa autoestima, baixa expectativa de vida escolar, e o Prosic trouxe um novo horizonte para eles. No início os professores ficaram receosos porque o novo assusta e é desafiador, mas nós nos demos as mãos e galgamos caminho de sucesso porque entendemos que o aluno é nosso foco e ele precisa aprender”. Já a diretora Jolie Guimarães, da Escola Estadual Poeta João Freire Ribeiro (Nossa Senhora do Socorro) os dados também são animadores. “Em 2019, a distorção idade-série era de 53%. Nós tínhamos o 6º ano “inchado” porque os alunos continuavamreprovando. Nós solicitamos a adesão ao programa e iniciamos a formação. Tivemos muito apoio e tem sido um sucesso. De 2019 para 2020 tivemos uma queda de 6%, já de 2020 para 2021 reduzimos mais 29%. A escola já estava adaptada e os professores entendendo melhor a proposta do programa. A meta agora é reduzir em 12% para o ano de 2022”, concluiu. O seminário também contou com a colaboração da coordenadora do currículo de Sergipe etapa Educação Infantil, Maria José Barreto Alves. Ela discorreu sobre a consolidação da alfabetização, promovendo um debate profundo sobre as habilidades do letramento no processo social e de desenvolvimento consequente da educação. “A habilidade vai se ampliando quando a criança lê e compreende, e depois ela já propõe pesquisar, planejar e produzir texto. Então, são habilidades que exigem uma progressão que se espera que o aluno desenvolva desde o 1º, 2º e 3º anos e que sejam consolidadas e ampliadas nos próximos anos”, relembrou Maria José Barreto. No que tange à formação continuada, o professor Everton Pereira, coordenador de formação do ProSic, apresentou a proposta do Currículo de Sergipe, regido pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que inclui a parte diversificada preponderante para o alcance das competências e habilidades a partir, também, de oficinas de letramento, numeramento e de projeto de vida, por exemplo. Além disso, a produção de material próprio, com caderno de atividades contendo temas integradores; orientações com o guia para implementação do programa Sergipe na Idade Certa, Formação Continuada de março a dezembro de 2022 etc. “Nosso interesse é trazer essas crianças e adolescentes de volta para uma trajetória de sucesso escolar, e eu gosto de me utilizar como exemplo porque fui aluno em distorção. Reprovei dois anos e eu tinha um potencial latente que eu PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 17 não sabia, inclusive terminei o mestrado recentemente. Os sujeitos mudaram ao longo do tempo, e esse sujeito em distorção idade-série começa a criar planos e projetos de vida que fazem com que ele se afaste da escola. Nesse sentido, a escola precisa ser diferente, e esse estudante precisa ter um olhar diferente também para que não a abandone”, disse. Em 2022, o programa Sergipe na Idade Certa terá como metas a expansão para os municípios sergipanos por meio de termo de adesão; decreto instituindo o ProSic como Política de Estado; ampliação do programa para o Ensino Médio e lançamento do guia de implementação. 5 - Secretaria da Justiça lança programa “Mulher é Mulher” para assistência a vítimas de violência doméstica O programa atuará tanto no acolhimento psicossocial, como também no desenvolvimento socioeconômico das vítimas Quarta-Feira, 02 de fevereiro de 2022 Na última sexta-feira (28), foi realizado, na Escola de Gestão Penitenciária (Egesp), o lançamento do programa “Mulher é Mulher”, que busca acolher mulheres vítimas de violência doméstica e trabalhar o empoderamento através do desenvolvimento socioeconômico. O programa faz parte do plano de gestão estratégica do Departamento do Sistema Penitenciário em Sergipe (Desipe), por iniciativa da Secretaria de Estado da Justiça, do Trabalho e de Defesa do Consumidor (Sejuc). Participaram do evento, egressas do Presídio Feminino (Prefem), vítimas de violência doméstica, acompanhadas pela Central de Monitoramento Eletrônico de Presos (Cemep), a advogada criminalista e secretária-geral adjunta da Ordem dos Advogados do Brasil em Sergipe (OAB/SE), Clara Arlene Ferreira da Conceição, e o diretor da Cemep, Antônio Claúdio Viana Soares. O “Mulher é Mulher” é vinculado diretamente à Cemep e, de acordo com o diretor da instituição, funcionará em parceria com empresas de produtos femininos. A ideia é que as vítimas não retornem o relacionamento com os agressores em razão da dependência econômica. “Basicamente estaremos em parceria com empresas que fornecem produtos femininos, para que essas instituições disponibilizem vagas de emprego para as mulheres vítimas de violência doméstica, de modo que elas tenham autonomia e se empoderem. Em contrapartida, a empresa ganha o selo ‘Mulher é Mulher’”, explica Cláudio Viana. Somado a isso, o programa disponibilizará, através de um convênio entre a Sejuc, o Governo de Sergipe e o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), uma equipe específica para acolhimento às vítimas monitoradas pela Cemep, composta por dois assistentes sociais, um psicólogo e um analista jurídico. “Esse lançamento é muito importante e faz parte de uma série de ações nesse sentido que o Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Justiça, do Trabalho e da Defesa do Consumidor, está planejando estrategicamente para combater a violência doméstica em nosso estado”, finaliza o diretor da Central. 6 - Trabalho escravo: 11 trabalhadores são resgatados em Sergipe Os trabalhadores foram aliciados nos estados do Maranhão e do Piauí Cotidiano | Por F5 News31/01/2022 12h00 - Atualizado em 31/01/2022 13h47 Um operação realizada pela Superintendência Regional do Trabalho em Sergipe (SRTb/SE) resgatou 11 trabalhadores que estavam em condições análogas à escravidão nas cidades de Capela e Maruim. Os trabalhadores foram aliciados no Maranhão e no Piauí. A ação fiscal foi iniciada no dia 24, para apurar indícios de trabalho escravo na região de Capela e contou com a participação da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público do Trabalho (MPT). Os trabalhos de resgate foram concluídos na última sexta-feira (28), na sede da SRTb em Aracaju. Segundo a superintendência, dos 11 trabalhadores resgatados, dois não tinham as carteiras de trabalho anotadas. “Em vários meses, os trabalhadores receberam abaixo do salário-mínimo, em virtude de descontos ilegais, e em outros sequer receberam salários. Essa situação impedia os trabalhadores de romperem o contrato de trabalho e voltarem aos seus estados de origem, uma vez que não dispunham de recursos financeiros suficientes para compra da passagem”. Ainda de acordo com as informações, o alojamento localizado na cidade de Capela, onde estavam dez dos trabalhadores resgatados era totalmente insalubre, com colchões dispostos diretamente no chão “ou simplesmente plásticos estendidos que serviam de cama”, sem janelas, PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 18 sem local para refeição, e em péssimas condições de limpeza. “Os trabalhadores bebiam diretamente água da torneira”, diz o relato dos auditores do SRTb. Em razão das condições encontradas, a empregadora foi notificada a alojar os trabalhadores em local digno até que as verbas salariais e rescisórias fossem pagas. Também foi notificada a formalizar os contratos de trabalho retroativamente em relação aos empregados não registrados e a pagar todos os direitos trabalhistas de todos eles, que somaram R$ 63.960,49. 7 - Monitor da Violência: Sergipe tem a segunda maior diminuição de mortes violentas do país Sergipe apresentou redução de 26,1% em comparativo entre 2020 e 2021 e ficou atrás apenas do Acre no levantamento divulgado pelo G1 SSP — 21/02/2022 08:16 Sergipe é o segundo estado brasileiro com a maior redução no número de mortes violentas conforme o levantamento feito pelo Monitor da Violência, publicação realizada pelo portal de notícias G1 junto ao Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). De acordo com os dados do Monitor de Violência, o estado registrou queda de 26,1% na incidência desses crimes contra a vida em comparativo entre os anos de 2020 e 2021. No ranking do levantamento feito pelo Monitor de Violência, o Acre apresentou a maior diminuição com uma retração de 38% na quantidade de crimes. Em segundo lugar,aparece Sergipe. Já na terceira posição aparece o Distrito Federal com diminuição de 20,5%. Em seguida, empatados em quarto lugar, apresentaram queda os estados do Ceará e de Goiás, ambos com redução de 18,3%. O Monitor de Violência atribui a redução à maior influência dos governos sobre os criminosos. Segundo a publicação, como uma parte considerável dos suspeitos de ações criminosas estava presa, a movimentação de comunicação entre os grupos estava sendo mais vigiada e acompanhada pelas autoridades de segurança pública. Além disso, o levantamento leva em consideração a troca de informações entre as forças de segurança pública estaduais, com foco no fortalecimento do policiamento preventivo, mecanismos de inteligência e investigação. Ainda conforme a publicação, no recorte com períodos anteriores onde houve aumento na violência, a diminuição é ainda mais consistente. Segundo o Monitor da Violência, a partir de 2018, quando os homicídios passaram a cair em todo o país, a redução desse tipo de crime chegou a 43% em Sergipe. Dentre as avaliações feitas pelo G1, NEV-USP e FBSP, a redução da criminalidade é fruto de boas políticas de segurança pública que precisam de investimento contínuo para continuarem concretizando números positivos para a população brasileira. 8 - Monitor da Violência: Queda nas mortes violentas indica resultados da reestruturação do sistema prisional Entre 2020 e 2021, Sergipe ocupou a segunda colocação entre os estados que mais diminuíram esse tipo de crime contra a vida no Brasil Conforme o Monitor da Violência, levantamento feito pelo G1 junto ao Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Sergipe […] 21 de fevereiro de 2022, 09:52 Entre 2020 e 2021, Sergipe ocupou a segunda colocação entre os estados que mais diminuíram esse tipo de crime contra a vida no Brasil Conforme o Monitor da Violência, levantamento feito pelo G1 junto ao Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), Sergipe foi o segundo estado do país que mais reduziu a quantidade de mortes violentas em comparativo entre os anos de 2020 e 2021, com uma diminuição de 26,1% na incidência desse tipo de crime. Um dos pilares dessa retração, segundo a publicação, é a reestruturação do sistema prisional. Segundo a publicação, como uma parte considerável dos suspeitos estava presa, as ordens desses integrantes de grupos criminosos estavam sendo mais vigiadas e acompanhadas pelas autoridades de segurança pública. Esse aspecto reforça o trabalho das instituições que atuam no monitoramento das unidades prisionais, bem como das unidades que atuam em atividades que buscam a ressocialização dos internos. O secretário da Justiça e Defesa do Consumidor, Cristiano Barreto, explicou que a Sejuc passou por uma PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 19 reestruturação nos últimos anos que contemplou equipamentos de segurança, concurso público para novos policiais penais, inauguração de unidade prisional e implementação de políticas públicas de ressocialização, com cursos profissionalizantes e atividades dentro dos presídios. “Fizemos diversos investimentos e conseguimos reforçar a segurança dentro das nossas unidades prisionais. Com essa reestruturação, as equipes da Sejuc implementaram ações mais intensivas de monitoramento, em paralelo com as atividades que buscam a ressocialização dos internos. O resultado desse trabalho impacta na segurança pública da população, com a diminuição das mortes violentas”, pontuou Cristiano Barreto. 9 - Seias fomenta criação de Coordenadorias Municipais de Políticas para as Mulheres em Sergipe Secretaria disponibiliza Cartilha Explicativa e realiza Apoio Técnico para auxiliar municípios na formalização de coordenadorias Terça-Feira, 01 de Fevereiro de 2022 Como parte das ações de enfrentamento à violência doméstica e familiar contra a mulher, a Secretaria de Estado da Inclusão e Assistência Social (Seias) realiza Apoio Técnico aos municípios sergipanos com o intuito de auxiliá- los na implementação e execução das políticas públicas relacionadas aos direitos das mulheres. Em agosto do último ano, a Seias lançou Cartilha Explicativa, destinada principalmente às gestões municipais, disponível em versão digital no site www.inclusao.se.gov.br, para estimular a criação de mais coordenadorias. Até o momento, 32 municípios sergipanos possuem Coordenarias para Mulheres. No conteúdo da Cartilha, estão: as funções da Coordenadoria Municipal de Políticas para as Mulheres; como ela deve ser composta; e, sugestões das principais ações a serem desenvolvidas. A Cartilha traz também um Mapa com informações e contato das atuais 32 Coordenadorias Municipais da Mulher existentes em Sergipe, além de contatos de 22 órgãos que compõem a Rede Estadual de Proteção à Mulher Vítima de Violência em Sergipe, a exemplo do Tribunal de Justiça, Defensoria Pública, Ministério Público e Centro de Atenção Integrado à Mulher – Caism. A coordenadora estadual de Políticas para as Mulheres da Seias, Erika Leite Santana, é uma das responsáveis pela elaboração da Cartilha e ressalta a importância da criação de coordenadorias pelos municípios, com o objetivo de garantir os direitos da mulher e assegurar a execução das políticas públicas voltadas a elas. “De agosto a dezembro de 2021, alguns municípios mostraram interesse em pactuar a formalização da criação de uma Coordenadoria para Mulheres. Então, atualizamos o banco de dados dessas coordenadorias, finalizando o ano de 2021 com 32 municípios com coordenadorias efetivadas”, disse. Ainda de acordo com a coordenadora, durante janeiro de 2022, dois municípios já procuraram a Coordenadoria Estadual com o intuito de formalizar as suas coordenadorias municipais. “É importante que, cada vez mais, os municípios façam adesão às suas coordenadorias, construam dentro do seu espaço de gestão ações fortes, não só para a população de mulheres, mas para toda a população do seu entorno, e, a partir daí, que a gente possa potencializar a qualidade de vida desse grupo, fortalecendo não só as políticas para as mulheres, mas, também para toda a sociedade”, concluiu Erika. Confira aqui a cartilha explicativa “Por que criar uma Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres?”: https://www.inclusao.se.gov.br/direitos- humanos/publicacoes/ 10 - Governo executa serviços para restauração da antiga Estação Ferroviária Primeira etapa da revitalização do Complexo Ferroviário terá R$ 1.633.122,45 em investimentos do IPHAN Quarta-Feira, 26 de Janeiro de 2022 Os serviços para restauração de um dos mais significativos patrimônios históricos sergipanos estão sendo executados pelo Governo de Sergipe. Localizado na Praça dos Expedicionários, entre os bairros Getúlio Vargas e Siqueira Campos, o Complexo Ferroviário de Aracaju foi desativado completamente em 2012 e, uma vez revitalizado, trará de volta um pouco da história de um principais espaços que muito contribuiu para o desenvolvimento da economia e mobilidade de passageiros do estado no século passado, sobretudo entre as décadas de 1930 e 1970. https://www.inclusao.se.gov.br/direitos-humanos/publicacoes/ https://www.inclusao.se.gov.br/direitos-humanos/publicacoes/ PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 20 Por meio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade (Sedurbs), a primeira etapa para a revitalização do imóvel valorado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) recebe R$ 1.633.122,45 em investimentos do próprio instituto, resultado de um Termo de Compromisso celebrado entre a Sedurbs e o órgão federal, e está com percentual deexecução de 40%. A primeira fase da recuperação consiste na limpeza manual de vegetação do terreno, limpeza geral do edifício, levantamento topográfico, sondagem do terreno, elaboração de mapeamento de danos e avaliação do estado de conservação, levantamento cadastral e dos dados cartoriais e jurídicos, ensaios e testes tecnológicos, limpeza e execução de cobertura provisória para o edifício da Estação Ferroviária, execução de muro para fechamento do terreno, instalação dos portões em ferro, reposição e reparo de peças em concreto para fechamento do muro, pintura do muro, peças em concreto e dos portões em ferro. Os serviços "Tratam-se de serviços emergenciais que darão condições físicas de realizar os estudos para elaboração do projeto de restauração do Complexo Ferroviário, no qual seu uso após a revitalização ainda será definido. A área total do complexo é de 67.585,02 m² e já concluímos a limpeza geral do edifício, o levantamento topográfico e sondagem do terreno, ensaios e testes tecnológicos, elaboração de mapeamento de danos e avaliação do estado de conservação, bem como finalizamos o levantamento dos dados cartoriais e jurídicos", detalha o secretário estadual do Desenvolvimento Urbano e Sustentabilidade, Ubirajara Barreto. Ubirajara Barreto ressalta que nas próximas semanas outras atividades serão iniciadas. "Atualmente estamos executando a limpeza manual da vegetação do terreno, cuja área é de 55.164,21 m². Tão logo finalizemos esse serviço, iniciaremos a limpeza e execução de cobertura provisória para o edifício da Estação Ferroviária e a execução do muro para fechamento do terreno, faremos a instalação dos portões em ferro e a reposição e reparo de peças em concreto para fechamento do muro, o que deixará a obra mais próxima da finalização dessa primeira etapa", afirma. HISTÓRIA DE SERGIPE PROF. ALBERTO GARCIA QUESTÕES (CESPE – CEBRASPE – E ADAPTADAS) 1. Sergipe apesar de dependente politicamente sempre foi uma região de economia forte (gado) e independente. 2. a catequese iniciou-se a partir de 1575 com os padres jesuítas Gaspar Lourenço e João Salônio. fundaram as aldeias (igrejas=missões) de São Tomé (rio Piauí), Santo Inácio (Vasa-Barris) e de São Paulo (rio Real). 3. - O fracasso da catequese deve-se ao fato de que os soldados que vieram proteger os padres começaram a cometer violência nas aldeias dos índios, roubando produtos da roça e raptando as mulheres. Por causa dessas ofensas, os índios ficaram desiludidos com a catequese e expulsaram os padres e os soldados de suas aldeias. 4. – A expedição comandada por Cristóvão de Barros teve êxito porque conseguiu, através da guerra e da violência, desorganizar e vencer os indígenas e os franceses, sendo responsável pela instalação definitiva dos franceses em Sergipe. 5. Os territórios da Capitania de Sergipe Del Rey foram largamente tomados por oportunismo de fazendeiros e governantes baianos. 6. – A partir de 1602, teve início a atividade canavieira com o estabelecimento de alguns poucos engenhos. 7. - Para os holandeses a conquista de Sergipe era de grande importância para servir como zona de proteção ao avanço dos portugueses vindos da Bahia para expulsá-los de Pernambuco. 8. - O Conde de Bagnoulo chegou à cidade de São Cristóvão, em Sergipe, em 1637, fugindo das tropas holandesas de Nassau que se aproximavam do rio São Francisco. 9. – Ao retirar-se de São Cristóvão o Conde de Bagnoulo mandou incendiar os poucos engenhos, canaviais, matar o gado e incendiar a própria cidade de São Cristóvão, era a política de terra arrasada, ou seja, não deixar nada que pudesse favorecer o inimigo. 10. - O objetivo flamengo incentivou a criação de gado para a alimentação e a ocupação do sertão nordestino através da pecuária no Séc XVII. 11. – Como Consequência das invasões holandesas, levou ao desaparecimento da incipiente indústria açucareira e a embrionária vida urbana sofreu abalos profundos. PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 21 12. - A luta pela independência de Sergipe iniciou-se tardiamente, já que ocorrera quase um século após a nacional. 13. - Mesmo antes da independência de Sergipe o Rei D João VI pensou em tornar a Capitania autônoma, porém interferências de Salvador fizeram o monarca mudar de idéia. 14. - A notícia da independência foi aclamada com muita festa em Sergipe, uma vez que predominava na sociedade um forte sentimento antilusitano. 15. - A principal consequência da independência foi a transformação da província de Sergipe em Estado, medida que foi seguida da promulgação da sua primeira Constituição. 16. - A pendência política com a Bahia, já existente devido às lutas pela emancipação de Sergipe, se intensificou devido à exacerbação dos conflitos em face da resistência portuguesa à independência. 17. - A comarca (1696) de Sergipe passou a ter grande apoio financeiro do Império, que reconheceu sua autonomia e favoreceu o início da indústria açucareira local após o 08 de julho de 1820. 18. . Sergipe obedecendo ao movimento regional lutou contra as tropas de D. Pedro I, fornecendo mantimentos e soldados. 19. - Os territórios de Sergipe adquiridos por ordem de D. João VI, após o 08 de julho não foram devolvidos quando em 05 de dezembro de 1822 D. Pedro I determinou a autonomia da capitania em relação à Bahia. 20. - Além da mandioca e o fumo, o algodão fez parte integrante da economia da província, sendo cultivado principalmente no vale do são Francisco e no agreste no Sec. XVI. 21. -Com um comércio bastante diversificado, Sergipe praticava relações diretas com Portugal devido principalmente à produção de algodão . No Séc. XVII. 22. - As feiras estavam concentradas nas vilas de Vila Nova e Laranjeiras, posteriormente espalhando-se por quase todas as vilas da Capitania. 23. - Concentrada inicialmente no Vale do Cotinguiba , a produção de açúcar proporcionou o crescimento de vilas canavieiras como Socorro e Maruim nos períodos decorrentes entre os Sec. XVII e XIX. 24. - Vários motivos levaram I.J Barbosa a acreditar que a mudança da capital de Laranjeiras para Aracaju seria de benefícios vários, onde um destes, foi a localização privilegiada da nova capital, “de bons caminhos por litoral e interior”. 25. - Sem reação alguma, a antiga capital assistiu passivamente o acontecimento apoiado por todos os seus habitantes, devido principalmente ao destaque conquistado por Laranjeiras por meio do açúcar. 26. - O jornal “O Recopilador Sergipano”, fundado em Laranjeiras pelo Monsenhor Antônio da Silveira pode ser considerado um marco cultural em Sergipe, pois constituiu seu primeiro jornal. 27. - A república em Sergipe foi oficializada com a posse de uma junta. Entre os que a formavam estavam nomes republicanos de Sergipe como Baltazar Góis, Siqueira de Menezes, e Vicente Oliveira, sendo escolhido e nomeado para assumir a presidência Felisbelo Firmo Freire. 28. Nomes ilustres como do Visconde de Maracaju, do Coronel Valadão e Francisco Camerino são exemplos da direta participação dos sergipanos na Guerra do Paraguai. 29. Nomeado primeiro governador sergipano no período republicano, Felisbelo Freire chegou a fundar o Clube Republicano de Laranjeiras,publicando ele mesmo um manifesto à república no jornal da mesma cidade. 30. Em Sergipe não houve tradição republicana de longa data como em outros territórios, dando início ao ideal somente dois anos antes de sua proclamação com a fundação Clube Republicano de Aracaju. 31. Em pleno século XIX,Sergipe ainda possuía uma estrutura educacional fragilizada,onde o maior problema era ainda a falta de professores qualificados. Apenas em 1830 o ensino secundário é inaugurado em Sergipe. 32. As primeiras turmas de ensinosecundário em Sergipe tiveram suas aulas em mosteiros e conventos de Laranjeiras e Aracaju. 33. A Revolta de Fausto Cardoso, momento ímpar na história sergipana, foi um movimento em prol de uma maior diversificação política no Estado e que foi de encontro ao “Olimpismo”. 34. Responsável por inúmeros feitos ao Estado de Sergipe, Graccho Cardoso enfrenta os dois momentos do levante tenentista em Sergipe em 1924 e 1926 ,ambos liderados por Maynard PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 22 Gomes. 35. A Revolução de 1930 teve consequências que vão muito mais além de seus objetivos iniciais, representou acima de tudo o primeiro passo para a modernização das estruturas políticas no Brasil. Em Sergipe o movimento teve o apoio de tropas alagoanas, obrigando o governador Manoel Dantas a fugir para a Bahia, tomando posse em Sergipe provisoriamente Eronides de Carvalho até a posse de Maynard Gomes. 36. O governo provisório de Getúlio Vargas (1930- 1934) não conseguiu em Sergipe interromper no país a prática do “voto de cabresto”, já que o presidente manteve a mesma legislação eleitoral utilizada pelos governos na Primeira República. 37. O primeiro cemitério de náufragos da América, ocorre no estado de Sergipe após o ataque pelo submarino alemão “U-507”,morrendo centenas de pessoas,enterradas nas dunas do Mosqueiro. Em Aracaju,no entanto nada foi feito em decorrência ao estado de medo em que o mundo se encontrava. 38. Eleito governador de Sergipe em 1958 Leandro Maciel reivindicou investimentos no setor elétrico e comercial no Estado após a inauguração do Complexo Hidrelétrico de Paulo Afonso. Apoiou a solução parlamentarista, instaurada pela emenda constitucional de Nelson Carneiro que permitiu a posse de João Goulart após a renúncia de Jânio Quadros em 1961. 39. Durante os governos militares (1964-1885), não ocorriam fraudes, pois não existiam eleições, sendo os presidentes e os representantes do povo indicados pelas forças armadas, de acordo com a Constituição de 1967. 40. O governador Seixas Dória, de Sergipe, teve uma participação decisiva para os preparativos do golpe militar que depôs o presidente João Goulart, pois aquele discordava radicalmente das reformas de base propostas pelo presidente. 41. A deposição de dois governadores nordestinos, de Pernambuco e de Sergipe, em abril de 1964, revela que o novo governo federal não estava disposto a aceitar a mobilização política de setores populares pelas reformas sociais. 42. Nomeado a governador de Sergipe, Lourival Baptista, governou de 1º de abril de 1964 a 31 de janeiro de 1967.Tão logo foi imposto o bipartidarismo migrou para a ARENA. 43. Tem inicio ao processo de abertura política; fim do biparidarismo (dez/1979); transforma o CONDESE em Secretaria de Planejamento; aumenta a burocracia (“trens da alegria; instalação da Petromisa e da Nitrofertil (depois FAFEN); renuncia ao cargo assume o vice Djenal Queirós. Foram as caraterísticas do governo de Augusto Franco. 44. Durante o seu segundo mandato, foi eleito governador, com o apoio do ex-governador e cacique político do PDS, Augusto Franco, João venceu o pleito com 200.000 votos contra 77.000 do segundo colocado, o senador Gilvan Rocha PMDB, e no terceiro e quarto lugar, Marcélio Bomfim PT e Manuel Ferreira, respectivamente. Foi no ano de 1985 que João deixou o PDS e filiou-se ao PFL. João realizou um governo voltado para o homem do campo com o programa Chapéu de Couro, onde a construção de açudes amenizava o problema da seca no sertão.. 45. Antônio Carlos Valadares, é visto por diversos estudiosos e camadas da sociedade brasileira como membro de uma oligarquia. Foi também acusado de suspeita de desvios de verbas públicas, na venda da Distribuidora de Energia de Sergipe (Energipe) que foi vendida por R$ 537 milhões ao grupo mineiro Cataguazes-Leopoldina. O destino dado pelo governo a parte dessa verba está na raiz das principais acusações. 46. Entre suas realizações estão Erradicação das Casas de Taipa, Erradicação do analfabetismo, Diminuição da Evasão Escolar, Pré-Universitário, Centro de Excelência, Revitalização da Citricultura, Projeto “Água em Toda Casa” e “Luz para Todas” Projeto “Nova Califórnia”, Ponte Aracaju – Barra dos coqueiros Orla de Atalaia, foram as obras principais no terceiro mandato de João Alves Filho. 47. No Governo de Sergipe, Marcelo Deda implantou importantes projetos para o estado, como a construção de dois novos hospitais regionais e de cerca de outros 12 hospitais municipais, com o objetivo de desafogar o atendimento calamitoso do HUSE (Hospital de Urgência de Sergipe). Conseguiu recentemente, junto ao Governo Federal, a ordem de implantação de um campus de saúde da UFS em Lagarto, fato inédito, já que o PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 23 curso de medicina só é disponibilizado em todo o estado, na UFS de São Cristóvão. a realização anual dos festejos juninos de Sergipe, que já viraram tradição e é um dos maiores do país. BANCAS = FGV – CARLOS CHAGAS – IBFC - ADAPTAÇÕES 48. Os índios não levavam os seus falecidos a um cemitério fora da aldeia, como nós costumamos fazer; mas sepultava-os no chão da própria casa como, ainda hoje, continuam fazendo os índios nhambiquaras do Mato Grosso” (Rohr S. J., 1984). O que melhor caracteriza o fragmento acima: a) Cultura Canindé b) Cultura Tupi c) Tradição Canindé d) Tradição Xingó e) Tradição Aratu 49. O mapa abaixo identifica a localização da principal tribo indígena em Sergipe, e podemos identificar como: a) Kiriris b) Caetés c) Tupinambás d) Natus e) Xocós 50. Podemos identificar como tribo pré histórica em sergipe identificada no mapa na mesorregião 2 os: a) Tupinambás b) Kiriris c) Xocos d) Karapoto e) Romari 51. A invasão de Sergipe pelos franceses prejudicaria mais tarde os interesses da capitania da Bahia, que auferiria grandes vantagens da ocupação de seu território, porque como parte dos domínios da coroa, não ficava sujeita à nova capitania, como Pernambuco, ao tributo da redizima feita aos donatários. Tal fato histórico resultaria: a) Na expansão territorial de Sergipe Del Rey b) Na Colonização Jesuítica no território denominado de Sertões do Rio Real c) Na Conquista do território pelos holandeses e sua expansão pelo território d) Na Conquista do território e fundação da vila de São Cristóvão e) Na colonização além do Rio dos Currais por Luís de Brito 52. Os soldados devastam as habitações indígenas, incendeiam as aldeias e volta Brito para a Bahia, sem deixar seguras as bases de uma colonização, que confiou a Garcia D ‘Ávila a quem não foi dado corresponder aos intuitos do governador. O retorno de Luís de Brito para a capitania da Bahia resultou na necessidade de transformar os sertões do rio Real em um celeiro através da produção no Vasa Barris de : a) Pecuária sec. XVII b) Cana de Açúcar sec. XVI c) Cana de Açúcar sec . XVII d) Pecuária sec. XVI e) Pecuária sec. XVIII PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 24 53. O rápido desenvolvimento do cultivo da cana e do fabrico do açúcar na Bahia, na segunda metade do século XVI, foi o grande estimulo para que as fazendas de gado avançassem pelas terras além do rio Real, antes mesmo da conquista de Sergipe. Nos engenhos, o gado era usado para fazer rodar as moendas de onde se extraía o caldo depois transformado em açúcar e para transportar a cana desde os canaviais até os galpões onde ficavam as maquinas. Era ainda o gado que fornecia a carne para a alimentação dos seus deslocamentos e do açúcar para os portos de embarque. O texto refere-se ao auge do Vasa Barris que foi substituída por outros produtos até mesmo para a exportação além-mar. Estamos no referindoao: a) Algodão sec. XVII b) Açúcar sec. XVII c) Açúcar sec. XIX d) Açúcar sec. XVI e) Algodão sec. XIX 54. A economia colonial brasileira baseada no plantation da cana de açúcar demonstrou ser de grande importância entre os séculos XVI e XVII nesse mesmo período em Sergipe o desenvolvimento do vale do Vasa Barris serviu como lastro da economia sergipana até o sec. XVIII, estamos no referindo a: a) Pecuária intensiva b) Pecuária de subsistência c) Pecuária leiteira d) Pecuária extensiva e) Pecuária de corte 55. A invasão holandesa, em 1637, interrompeu o progresso sergipano. Os rebanhos foram dizimados, São Cristóvão incendiada, os habitantes dispersos. A matança dos rebanhos e o incêndio e destruição da cidade foram praticados tanto pelas tropas holandesas quanto pelas tropas portuguesas, que batiam em retirada, sob o comando do Conde de Bagnuolo. Os holandeses tinham como objetivo principal em Sergipe: a) Dominar Salvador e abrir caminho para a capitania de são Vicente b) Controlar a rota de escravos entre a capitania de Pernambuco e a da Bahia. c) Dominar são Cristóvão e controlar a produção de gado d) Dominar a extensão do rio dos currais e transformar Sergipe Del Rey em capitania independente e) Invadir o Recôncavo Baiano e a produção de gado e açúcar. 56. Após a expulsão dos holandeses, que se iniciou em 1645, com a tomada do forte holandês, no Rio Real, se vai recompondo a vida sergipana com o retorno da expansão da pecuária e o desenvolvimento das culturas de subsistência. As culturas referidas no texto são: a) Arroz – fumo – algodão b) Gado – cana – algodão c) Mandioca – fumo – arroz d) Pimenta – algodão – cana e) Algodão – pimenta – gado 57. Em 1696, Sergipe adquire autonomia judiciária com a criação da Ouvidoria de Sergipe, sendo, em seguida, criadas as primeiras vilas, o fato histórico resultou do processo: a) Invasões holandesas b) Emancipação politica c) Reconhecimento da emancipação d) Independência do brasil e) Transformação de Sergipe em estado federado 58. Datado de 1808, há um documento importante da realidade sergipana do começo do século XIX: Alcançava, na época, a população de Sergipe 72.236 habitantes, Sobressaíam-se as povoações de Laranjeiras e Estância. O documento ao que o texto se refere: a) Fundação das primeiras vilas de Sergipe b) Criação dos primeiros partidos políticos de Sergipe c) A Criação da comarca de Sergipe 1696 d) A emancipação política de Sergipe e) A formação étnica e populacional de Sergipe no século XIX. 59. Burlamaque tomou posse no começo de 1821, só governando um mês, sendo deposto por tropas vindas da Bahia, às quais se aliaram muitos senhores de terra de Sergipe. Seguiu-se um período de lutas em que se confundem a luta pela emancipação política sergipana e a luta pela Independência do Brasil. A causa que levou a nova invasão baiana em Sergipe foi: a) As questões territoriais com a Bahia b) A emancipação de Sergipe 08-07-1820 PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 25 c) O reconhecimento da emancipação de Sergipe por D. Pedro I. d) A Bahia ser contraria e emancipação de Sergipe e a favor da emancipação do Brasil frente a Portugal e) Ao retorno de D. João VI para Portugal durante a revolução do porto em 1820. 60. O Ato Adicional (1834) trouxe à Província de Sergipe, como às demais Províncias, maior autonomia administrativa com a instalação da Assembleia Legislativa Provincial. Mas os Presidentes das Províncias continuariam a ser nomeados pelo Imperador. E durante esse período Sergipe teve como partidos políticos: a) Liberais e cabaús b) Corcundas e camundongos c) Conservadores e corcundas d) Liberais e camundongos e) Corcundas e cabaús 61. A indústria açucareira era suporte econômico de Sergipe. Dependendo do comércio externo, as oscilações do preço do açúcar repercutiam na vida da província. Na década de 1860, o algodão tomou impulso, alastrando-se o cultivo pelo agreste, fazendo surgir prósperos núcleos urbanos. Em 1884, com o funcionamento da fábrica Sergipe Industrial, começou a indústria têxtil em Sergipe. É considerado como causa principal da produção algodoeira em Sergipe: a) A queda da pecuária em Sergipe dando lugar a cana de açúcar. b) O aumento da produção de café ante a necessidade da matéria prima para ensacar a produção no sudeste. c) Ao aumento da produção açucareira no vale do Cotinguiba que exigiu o aumento das indústrias têxteis, para ensacar a produção a ser exportada para a Bahia e Pernambuco d) A guerra civil nos EUA que favoreceu a produção em países sem histórico de produção industrial. e) A necessidade de desenvolvimento do setor urbanístico da nova capital fundada em 1855. 62) após a proclamação da República Sergipe passou por mudanças substanciais que modificaram o quadro partidário onde a idéia do positivismo aproximou no governo de Felisbelo Freire o povo do poder. A assertiva é : () verdadeira () falsa 63) durante o período em que José Calasans governou Sergipe e reorganizou a política e a economia, elaborando as primeiras leis após o 08 de julho, promulgando a primeira constituição estadual em: A) 08/07/1892 B) 17/03/1955 C) 18/05/1892 D) 24/10/1955 E) 03/03/1989 64) considerado um dos grandes defensores da República foi através da sua influência que Sergipe defendeu a modernidade e o desenvolvimento industrial, nomeado como primeiro presidente de Sergipe após a proclamação, onde a necessidade de leis imperou na realidade em questão. Sendo substituído nas eleições de 1893 por: A) Josino de Menezes B) Baltazar de Goes C) Felisbelo Freire D) Olimpio Campos E) José Calasans 65) O empresário José Rodrigues Bastos vendo a necessidade de identificar os navios que saiam carregados de Açúcar do Porto de Aracaju, sugeriu ao governador a criação da bandeira de Sergipe, que foi promulgada através da lei 795 de 19 de outubro de 1920, e coincide com um fato histórico importante em Sergipe: A) Transferência da capital de são Cristóvão para Aracaju B) Com a emancipação nacional C) proclamação da república e o positivismo em Sergipe D) com a emancipação política de Sergipe 08-07-1820 E) fundação do porto de Sergipe 1820. PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 26 66) O Rio Tramandaí atravessa a capital sergipanas e desagua no Rio Sergipe, durante a transferência da capital toda a produção era escoada por esse rio que passava pelo carro quebrado (atualmente bairro São José), no início da República velha em Sergipe uma disputa política fez com que eclodissem várias revoltas, tanto na capital como no interior, tropas oriundas de Alagoas e Bahia invadiram Sergipe para restabelecer a ordem, nesse período o governador foi preso em sua residência na praia formosa no dia 13 de julho de 1924. O texto acima faz referência ao episódio: A) política oligárquica de Arthur Bernardes B) apoio ao presidente Graccho Cardoso C) Revoltas separatistas militaristas D) Diferenças entre Olimpistas e Faustistas. E) prisão de Augusto Maynard Gomes. 67) Rosário do Catete doou a Sergipe vários políticos de influência ímpar para a História local, apesar de nascido em Divina Pastora, fizeram seu nome político em Aracaju, onde enfrentou as forças oligárquicas que controlavam a política em Sergipe no período de 1889 a 1930, quando Getúlio Vargas assumiu a presidência. O referido político que defendeu o poder das oligarquias foi: A) Fausto Cardoso B) Olimpio de Souza Campos C) Augusto Maynard D) Eronides de carvalho E) José Rollemberg Leite 68) durante a sua interventoria a economia que era baseada na produção de cana de açúcar estava aquém das necessidades do povo sergipano, foi necessário diminuir o poderdo Estado e aumentar os investimentos nas modernizações de portos e ferrovias, para isso foi obrigado a exonerar vários intendentes o que levou que pedissem o seu impeachment. Porém pressões políticas o fizeram renunciar sendo substituído por: O texto acima refere ao interventor: A) Milton Azevedo B) Augusto Maynard C) Graccho Cardoso D) Eronides de carvalho E) Acrisio Cruz 69) A rodovia dos náufragos que liga o centro de Aracaju às praias da zona sul da capital recebeu esse nome para lembrar um episódio triste que levou o Brasil a declarar guerra ao eixo no final da Segunda Guerra mundial (1939-1945) governava Sergipe nesse período: A) José Rollemberg Leite B) Leandro Maciel C) Augusto Maynard D) Eronides de carvalho E) Milton Azevedo 70) A União Republicana de Sergipe formula uma chapa com profissionais liberais. Entre eles: Augusto César Leite, o Eronides Ferreira de Carvalho, Moacir Rabelo Leite e Lourival Fontes. A segunda agremiação criada foi o Partido Progressista. Nasceria da aproximação de dois subgrupos, qual sejam, os remanescentes da Coligação Sergipana, como alguns membros da Aliança Liberal que não se integraram no governo de Maynard. Em março de 1933, passaria a se chamar Partido Social Progressista. o texto acima faz referência a um período da história sergipana também conhecida como: A) República oligárquica B) interventorias municipais C) Ditadura Militar D) Interventorias Federais E) Interventorias Populismo Sobre os motivos que justificam a conquista de Sergipe no final do século XVI, julgue: 71- Localização entre dois focos de colonização já estabelecidos e prósperos Bahia e Pernambuco. 72 - O território, situado entre o rio Real e o rio São Francisco, continuava até o terceiro quartel do século XVI sob o controle dos nativos que, aliados aos franceses, resistiam as investidas dos portugueses. PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 27 73 – A presença indígena e francesa no território impedia a expansão dos colonos e a ligação por terra entre os núcleos de povoamento sediados na Bahia e em Pernambuco. 74 – Índios e franceses representavam uma ameaça à segurança dos núcleos já estabelecidos além do rio Real e a integridade da colônia portuguesa. 75 – Os interesses dos colonos na escravização dos índios e na ocupação de suas terras. Sobre a conquista de Sergipe, julgue: 76 - A primeira tentativa de colonização (conquista) em Sergipe ocorreu com os padres Gaspar Lourenço e João Salônio através da catequese. 77 - O primeiro governador de Sergipe nomeado em carta regia foi Cristóvão de Barros que veio com o objetivo de fundar as primeiras fazendas de Cana de açúcar, que se transformou como no restante do Brasil a principal fonte econômica mercantilista da coroa portuguesa. 78 – A segunda tentativa ocorreu sob o comando de Luís de Brito e caracterizou-se pela violência empregada contra os índios. 79 – A fundação da cidade de São Cristóvão, na Barra do rio Sergipe, no atual território de Aracaju: marco da integração de Sergipe, a colonização portuguesa e assim iniciava-se a colonização de Sergipe. 80 – A expedição comandada por Cristóvão de Barros teve êxito porque conseguiu, através da guerra e da violência, desorganizar e vencer os indígenas e os franceses, sendo responsável pela instalação definitiva dos holandeses em Sergipe. Sobre a economia da capitania de Sergipe Del Rei, julgue: 81 - Antes da conquista os franceses vinham a Sergipe pegar pau-Brasil, pimenta e algodão. 82 - O gado foi, no início, a base da economia da capitania. 83 – A produção pecuarista tinha como finalidade abastecer o recôncavo baiano. 84 – No início esse (Sergipe) território era chamado de “Os Sertões do Rio Real”, pelos índios que habitavam essa capitania. Sobre a invasão holandesa em Sergipe, julgue: 85 - Em 1637, as tropas da Companhia das Índias Ocidentais, sediadas no forte de Maurício (atual Penedo) e comandadas por Sesgimundo Van Schoppke, cruzaram o rio São Francisco e iniciaram a invasão do território sergipano. 86 - O Conde de Bagnoulo chegou à cidade de São Cristóvão, em Sergipe, em 1637, fugindo das tropas holandesas de Nassau que se aproximavam do rio São Francisco. 87 – Ao retirar-se de São Cristóvão o Conde de Bagnoulo mandou incendiar os poucos engenhos, canaviais, matar o gado e incendiar a própria cidade de São Cristóvão, era a política de terra arrasada, ou seja, não deixar nada que pudesse favorecer o inimigo. 88 – Em 1637, os holandeses, chefiados por Segismundo Van Schoppke, chegaram a Sergipe causando muita morte e destruição. 89 – A invasão holandesa provocou retrocesso na colonização sergipana. Analise as proposições que trazem informações sobre Sergipe. 90 - As cidades de São Cristóvão e Laranjeiras são importantes cidades coloniais de Sergipe, e a segunda almeja o título de Patrimônio Histórico da Humanidade, que é concedido pela Unesco. 91 - Dentre os intelectuais sergipanos ilustres estão o folclorista e crítico literário Silvio Romero, o artista plástico Arthur Bispo do Rosário, o poeta João Cabral de Mello Neto e a escritora Cora Coralina. 92 - Igrejas de arquitetura jesuítica e grupos folclóricos remanescentes de povoamentos quilombolas constituem parte do patrimônio histórico sergipano, material e imaterial, reconhecido pelo Iphan. 93 - O visitado Centro de Arte e Cultura de Sergipe, que foi criado há cerca de trinta anos num espaço arquitetônico de estilo barroco, se destina a promover o artesanato produzido em todo o vale do rio São Francisco. 94 - Os ritmos musicais populares que são mais presentes em Aracaju e em todo o Estado de Sergipe são a catira, o baião, a guarânia e a música sertaneja, que durante o verão é difundida em diversos festivais. 95 - Dentre as mudanças políticas, O Partido Liberal passou a ser chamado “Rapina” e o Partido Corcunda (Conservador) de “Camundongo”. 96 - Em 17 de março de 1820, Dr. Inácio Barbosa sancionou a Resolução nº 413 que ficava elevado a categoria de cidade PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 28 o Povoado Santo Antônio do Aracaju, com a denominação de cidade de Aracaju. 97 - A Origem do Nome Aracaju: derivada das palavras da língua tupi: ará (papagaio) e acayú (fruto do cajueiro) → “cajueiro dos papagaios”. 98 - O movimento abolicionista (ideia liberal) tomou força em Sergipe a partir de 1880, principalmente na cidade de Laranjeiras (importante centro exportador de açúcar e maior centro urbano de Sergipe). 99 - A produção literária sergipana gira em torno das tradições culturais de seu povo: a história, lendas e costumes. 100 - Criou-se em Sergipe uma espécie de escola filosófica denominada “Escola do Recife”: introdução no Brasil das mais modernas correntes filosóficas e sociológicas do mundo naqueles tempos. GABARITO: 1 E = Sergipe economicamente sempre foi dependente da Bahia até 1820. 2 C = a colonização de Sergipe diferenciou-se das demais(Bahia, Pernambuco) por ter sido iniciada pelos jesuítas. 3 C = houve dois contatos, num primeiro momento de amistosidade, porém para expulsar os franceses, soldados portugueses invadiram as aldeias e acabando com a amistosidade gerando guerras contra os índios. 4 E = os franceses não se estabeleceram em Sergipe, ao contrário do que ocorreu no maranhão. 5 C = Sergipe serviu como suporte para a economia da Bahia, ou seja, para a produção de cana na Bahia era necessário o suporte de Sergipe e acabou dando força aos baianos em Sergipe. 6 C = os primeiros engenhos foram erigidos no século XVII, porém só ganharam força econômica no sec. XIX. 7 E = os holandeses eram os invasores, o objetivo português era transformar Sergipe em uma zona de proteção, ao avanço holandês na Bahia. 8 C = o Conde deBagnuolo estava observando a movimentação holandesa em Penedo e fez seu quartel general em Propriá (urubu) até se dirigir a São Cristovão. 9 C = a terra arrasada era uma tática militar adotada na Europa para enfraquecer o inimigo. 10 E = os holandeses não tinham o interesse de investir nas zonas de ocupação, a não ser que a produção fosse exclusivamente de cana de açúcar. 11 E = com a expulsão dos holandeses, a cultura canavieira deu seus primeiros passos para a recuperação econômica da capitania. 12 E = a História de Sergipe e a do Brasil nos processos emancipacionistas, andaram em conjunto e não com diferenças grandes. 13 E = não houve interferência de Salvador que fizessem D. João VI mudar de ideia, as interferências foram externas, de Portugal 1820. 14 C = a emancipação de Sergipe 1820 e a do brasil 1822, estavam ligadas pela politica antilusitana. 15 E = tais mudanças só ocorreram na fase republicana. 16 C = os baianos que sempre retiraram riquezas naturais de Sergipe sem aviso prévio queriam com as guerras de independência reocupar Sergipe. 17 E = a cana de açúcar teve produção iniciada em1602 (sec. XVII) e a questão fala após 1820 (sec.XIX) 18 E = D. Pedro I reconhece a nossa independência, então Sergipe era reconhecido com a aliado da corte. 19 E = houve a devolução das terras baianas, foi a condição principal para Sergipe alcançar sua autonomia. 20 E = a produção algodoeira, como economia temporária, teve sua produção e auge no sec. XIX. 21 E = o comércio era restrito, e o algodão só teve sua produção industrial no sec. XIX. 22 E = as principais feiras estavam localizadas próximos aos portos, dentre os quais, Santo Amaro, laranjeiras e São Cristóvão. 23 C = as regiões dos Vales do Cotinguiba e Japaratuba foram os principais produtores de cana, que ia de n.Sra do Socorro até Pacatuba. 24 E= a mudança ocorreu de São Cristóvão para Aracaju, Laranjeira foi o pivô da mudança. 25 E = a reação foi historicamente evidenciado na figura de João Bebe-Água. 26 E = o berço da imprensa sergipana foi em Estância. 27 C = Felisbelo foi escolhido por Deodoro da Fonseca, sendo nomeado e não eleito. 28 C = Sergipe teve uma importante participação na guerra do Paraguai, o que levou a criação do PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 29 Batalhão Campo Grande (28º BC). 29 C = os movimentos liberais, no caso o republicano foram mais contundentes em Laranjeiras. 30 E= os primeiros movimentos republicanos entraram por Laranjeiras, apesar da capital ser o centro das discussões políticas. 31 E = o ensino secundário, foi inaugurado na figura do Atheneu, logos após a mudança da capital (1855). 32 E = somente em Aracaju a partir de 1870 com a inauguração do Atheneu Sergipense. 33 C = Fausto Cardoso, deputado federal, pregava mudanças para tirar a continuidade dos olimpistas no poder. 34 C = Maurício de Graccho Cardoso, apesar do excelente governo enfrentou o movimento dos tenentes, conhecido como revolta dos 18 do forte no rio de janeiro e o movimento chegou até Sergipe. 35 C = a revolução de 1930, foi o divisor de águas na história sergipana, caracterizou-se pela modernização politica, com o fim do coronelismo. 36 E = o fim do coronelismo, também pois fim ao voto de cabresto, Vargas deu um novo viés politico com o apoio dos trabalhadores. 37 E = o afundamento de navios brasileiros na costa sergipana, gerou movimentos populares que levou Vargas a declarar guerra contra o eixo. 38 E = Leandro Maciel assinou a compra de energia produzida na fase populista, porém o apoio político a João Goulart veio do governador Seixas Dórea. 39 C = apesar de estar escrito (não ocorriam fraudes) a questão está correta, pois para a historiografia do período, não existia fraudes por conta do controle de Atos Institucionais. 40 E = Seixas Dórea foi perseguido pelo regime militar, por ter apoiado o presidente, sendo acusado de ser socialista. 41 C = o novo regime (militar) não aceitou qualquer medida em caráter popular por achar que eram medidas socialistas. 42 C = as nomeações eram comuns no período militar, a fase era o bipartidarismo Arena e MDB e as eleições indiretas. 43 C = Augusto Franco governa na fase da abertura lenta e gradual de Ernesto Geisel, porém não termina seu mandato sendo substituído pelo vice Djenal Tavares de Queirós 44 E = João Alves teve três mandatos, onde a principal característica eram os programas de governo, o projeto Chapéu de Couro foi o carro chefe de seu primeiro mandato. 45 E = a família Valadares vem de um grupo oligárquico, porém a venda de estatais veio da politica neoliberal de Albano Franco. 46 E = apesar de serem todas medidas de governo de João Alves Filho, a questão trouxe aspectos do segundo e terceiro mandatos. 47 C = a política assistencialista do pt, levou ao acrescimento de aspectos sociais por programas federais entre os quais a expansão na saúde e educação , no caso de Sergipe a expansão da UFS. 48 letra E, apesar do termo cultura, as tradições são características de remanescentes de tribos ja extintas. 49 Letra C = os Tupinambás , controlaram o litoral sergipano por praticarem a antropofagia. 50 Letra B = os kiriris, se estabeleceram na porção sul de Sergipe. 51 Letra D = as invasões francesas obrigaram o governo português a fundar fortificações no litoral, no caso de Sergipe foi a fundação de São Cristóvão. 52 Letra D = a pecuária foi a economia que impulsionou o desenvolvimento inicial da capitania de Sergipe, no Sec. XVI 53 Letra E = o algodão foi fator de urbanização e desenvolvimento de Sergipe no Sec. XIX. 54 Letra D, durante todo o processo colonial, a pecuária no Brasil, foi praticamente extensiva, com raras exceções como o caso do Ceará. E observem que a banca explorou todas as alternativas a pecuária. 55 Letra C = os holandeses queriam invadir o recôncavo baiano, porém a questão colocou o objetivo em Sergipe, que era a Invasão de são Cristovão e cortar o abastecimento de gado para a Bahia. 56 Letra C = a mandioca, o fumo e Arroz até hoje fazem parte da economia sergipana, desde do princípio da colonização. 57 Letra A = quando a banca explorou o termo “Do” processo impõe as causas que levaram Sergipe a receber o título de Comarca, e a principal causa foram as invasões holandesas. 58 Letra C = o ano de 1808, é marcante, tanto na história de Sergipe como na do Brasil, já que a fase de D. João VI resultou nos processos emancipacionistas. PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 30 59 Letra E= O retorno de D. João para Portugal e as lutas pela independência do Brasil, fizeram que a câmara municipal da Bahia não reconhecesse o decreto do 08 de julho. 60 Letra E =O Ato Adicional de 1834, permitiu a criação das Assembleias legislativas e consequentemente de partidos políticos, em Sergipe dois grupos se destacaram: os conservadores (Corcundas) e os Liberais (Cabaús). 61 Letra D = a Guerra civil nos EUA foi o fator que levou ao processo industrial do Algodão em Sergipe. 62 E= a questão contém dois erros, o primeiro e a mudança da estrutura política, isso não aconteceu, a mudança foi a forma política de monarquia para a república, a segunda é afirmar que tais mudanças aproximariam o povo do poder. 63 Letra C = o !8 de maio simboliza a criação da primeira constituição de Sergipe. 64 Letra C = apesar do texto falar a respeito de Felisbelo Freire, a questão termina com a figura de José Calasans 65 Letra D = a coincidência se dá por conta da promulgação ter ocorrido em 1920, completados cem anos da emancipação de Sergipe. 66 Letra A = O Movimento tenentista em Sergipe, assim como aconteceu no restante do país em fazer oposição ao governo central de Arthur Bernardes. 67 Letra B = o Defensor das oligarquias(coronelismo em Sergipe Foi Olímpio de Sousa Campos. 68 Letra A = Milton Azevedo serviu como interventor na transição política entre Eronides de Carvalho e o retorno de Augusto Maynard. 69 Letra C = coincide com o segundo mandato de Maynard Gomes, na interventoria de Sergipe. 70 Letra D = nas Interventorias Federais, já que somente o presidente da república, no caso Getúlio Vargas tinha esse poder. 71 C = A expulsão dos franceses foi fator primordial para o inicio efetivo da colonização de Sergipe, reabrindo a rota entre as duas importantes capitanias. 72 C= a colonização de Sergipe efetivou-se a partir de 1590, o qual confirma a fase em que os franceses foram expulsos da região. 73 C= para que ocorresse a colonização efetiva do território foi necessário reabrir a rota entre a Bahia e Pernambuco. 74 C = Além do Rio Real corresponde a região que hoje é Sergipe, sendo que a expulsão dos franceses deu o passo para a efetivação do processo de colonização. 75 C = com a expulsão dos franceses, os portugueses iniciaram uma guerra contra os índios, para dominar as terras e fazer a distribuição de sesmarias. 76 C= A colonização de Sergipe, teve nessas duas figuras da história, o inicio do processo de colonização da capitania de Sergipe. 77 E = Cristóvão de Barros veio como Capitão-Mor, sendo que o primeiro governador enviado pela coroa portuguesa foi Luís de Brito. 78 C = Luís de Brito, veio com intuito de expulsar os franceses e dominar os índios pela força. 79 C = A efetiva colonização, somente ocorreu após a fundação da Vila de São Cristóvão. 80 E= tanto franceses quanto holandeses não efetivaram territórios em solo sergipano. 81 C = os franceses invadiram antes da conquista do território. 82 C= A pecuária extensiva foi o fator que levou os portugueses a iniciar o processo de colonização em Sergipe. 83 C = o Gado foi considerado como economia complementar da açucareira na Bahia. 84 E = a região foi denominada pelos índios de Siriipe, ou seja, de Rio dos Siris. 85 C = Ao contrario do que a História do Brasil apresenta, Mauricio de Nassau, não atravessou o Rio São Francisco, enviando seu capitão. 86 C = num primeiro momento o Conde de Bagnuolo fugiu das tropas flamengas, para fazer a defesa na região de são Cristóvão. 87 C= o objetivo dos holandeses era chegar até a Bahia, então decidiu-se que deveriam destruir qualquer coisa que favorecesse a marcha holandesa. 88 C= Sergipe Serviu como um campo de batalha entre holandeses querendo chegar a Bahia e portugueses que procuraram expulsa-los. 89 C = O período das invasões e o deslocamento do gado para a Bahia fez com que a economia sergipana entrasse numa fase de retrocesso. 90 C= São Cristóvão, já detém o titulo da Unesco enquanto que Laranjeiras aguarda junto aos órgãos do patrimônio a titulação. 91 E = para ser considerada correta a questão deveria trazer somente figuras sergipanas. 92 C= A produção cultural de Sergipe, abrange a PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 31 cultura material e imaterial também conhecida como cultura espiritual. 93 E = a questão apenas colocou a região do vale do são Francisco, sendo que temos culturas espalhadas em outros vales, como o do Japaratuba e Cotinguiba. 94 E = segundo a legislação estadual cultural, somente será considerada musica sergipana, as que apresentarem em suas letras locais ou costumes da cultura sergipana. 95 E = houve a inversão dos apelidos dos partidos Liberal e Conservador. 96 C = Inácio Barbosa, sanciona a lei da mudança da Capital. 97 C = também conhecido como Local dos Papagaios. 98 C = Laranjeiras, até meados do séc. XIX ficou conhecida como o principal centro urbano de Sergipe, até o inicio da construção de Aracaju. 99 C = A cultura erudita antecipou os conhecimentos pois tinham o domínio da língua escrita em detrimento da linguagem popular. 100 C = A Escola do Recife trouxe para Sergipe novas ideias dentre elas a abolição da escravatura e a proclamação da republica que eram ideias de cunho liberal. INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS BARRETO, Luiz Antônio (ORG.) A catequese. 1575: Documentos para a História de Sergipe. Sergipe: Departamento de Cultura e Patrimônio Histórico/SEC, 1975. BROCHADO, J. Proença. Na ecological model of the spread of pottery and agriculture into eastern South América. Chicago: University of Illinois, 1984. Tese de doutorado. CALDERÓN, Valentin. A fase Aratu no recôncavo e litoral norte do estado da Bahia. In: PRONAPA III. Resultados preliminares do terceiro ano, 1967-1968. Belém: Museu Paraense Emílio Goeldi, 1969. DINIZ, Diana Maria (Coord.). Textos para a História de Sergipe. Sergipe: Universidade Federal de Sergipe, 1991. DOMINGUEZ, José Maria Landim & BRICHTA, Arno. Estudos sedimentológicos a montante da UHE de Xingó. Sergipe: Cadernos de Arqueologia do PAX, 1997. DURAND, Gilbert. As Estruturas Antropológicas do Imaginá- rio: Introdução à Arqueologia Geral. São Paulo: Martins Fontes, 1997. FERNANDES, Florestan. Organização Social dos Tupinambá. São Paulo: Difusão européia do livro, 1963 TEMAS DISCURSIVOS ECONOMIA: TEMA 1 1. FORMAÇÃO HISTÓRICA E ECONÔMICA DO ESTADO DE SERGIPE Na época colonial as terras onde hoje se encontra o estado de Sergipe estavam situadas entre as importantes capitanias de Pernambuco e Bahia, tornando-se relevante para a colonização dos portugueses. Até então, na segunda metade do século XVI, além de franceses que contrabandeavam principalmente pau-brasil, apenas índios habitavam aquelas terras. A presença dos franceses causava incômodo à coroa portuguesa que mais do que nunca queria o domínio da região. A partir daí deu-se início ao primeiro ciclo econômico de Sergipe, o ciclo de extrativismo do pau- brasil. Após iniciais e frustradas tentativas de catequização dos indígenas da região, no ano de 1575, um grupo de colonos e soldados acompanhados dos padres jesuítas Gaspar Lourenço e João Salônio, fundaram a aldeia de São Tomé, bem como ergueram uma igreja dedicada ao mesmo santo, onde hoje se situa a cidade de Santa Luzia do Itanhy. A partir daquele momento iniciou-se uma série de disputas pelas terras, que só terminou em 1590 com a conquista por parte de Cristóvão de Barros a partir da Capitania da Bahia de Todos os Santos, que tinha como intuito a dominação indígena e, por conseguinte, o fim do comércio entre estes e os franceses, além de iniciar a ocupação das terras com a criação de gado e plantação de cana-de-açúcar. Cristóvão de Barros concederia sesmarias a vários de seus companheiros na disputa pelas terras sergipanas. Como postula Diniz (1991), decorrente do modo de colonização aplicada ao Brasil, a sesmaria era algo frequente e comum e representava o sistema de ocupação da terra daquele período colonial. Imensas extensões de terras eram concedidas pelas autoridades públicas às pessoas consideradas importantes e geralmente da mesma PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 32 linhagem familiar para que elas cultivassem. O donatário podia ceder sesmarias a pessoas com qualquer nacionalidade desde que elas tivessem condições para utilizá-las, fossem adeptos da religião católica e administrassem a justiça em nome do rei. A produção canavieira e as pastagens onde o gado era criado necessitavam de consideráveis quantidades de terras, o que só fez reforçar o processo de sesmarias em Sergipe e deu início ao latifúndio. Após a conquista das citadas terras por Cristóvão de Barros foi criada a Capitania de Sergipe Del Rey e, a essa altura, construído um fortim e fundado o Arraial de São Cristóvão que se localizava nas proximidades do Rio Poxim. Aquele que anos depois se tornou a cidade de São Cristóvão passou a ser administrada por Tomé da Rocha, que intensificou a pecuáriacom a criação de gado e também com plantações de cana-de-açúcar. Dependente da Capitania da Bahia, eram dos currais sergipanos que saiam o gado para o abate nas terras baianas, essa rota entre Sergipe e Bahia por onde passavam as boiadas passou a ser conhecida como Estrada da Boiada. A necessidade de abastecimento desse setor fez surgir áreas de povoamentos que com o passar dos anos deram origem as vilas e posteriormente as cidades sergipanas, como foi o caso de: Curral do Buraco (Porto da Folha), Curral de Cima (Poço Redondo), Enforcados (Nossa Senhora das Dores), Campos (Tobias Barreto), Cemitério (Aquidabã), Boca da Mata (Nossa Senhora da Glória), Carira e outras. Diniz (1991), afirma que a criação do gado em Sergipe, principalmente no agreste e sertão pode ser considerada como uma força paralela da economia naquele período, onde a cana ocupava o litoral e, com os engenhos, dominava os interesses econômicos da metrópole, enquanto a pecuária ocupava o interior. De modo que, uma atividade estava ligada ao trabalho forçado e enriquecia a coroa, e a outra tinha como característica o trabalho livre e fazia prosperar economicamente a própria colônia. Com a boa qualidade dos pastos facilitando a introdução, as famílias mais ricas da Bahia adquiriam terras da capitania sergipana para assim poder dar continuidade a manutenção da criação bovina (nos documentos de doações de sesmarias também são registradas as criações de equinos, suínos, caprinos, ovinos e muares). Segundo Diniz (1991), no início do século XVII, época da invasão holandesa, Sergipe já possuía 5.600 cabeças de gado, e após a expulsão a pecuária se tornou a principal atividade econômica, tanto que no fim do século XVIII, Lagarto era o grande exportador da capitania e enviava grandes quantidades de gado para Pernambuco e Bahia para dar suporte aos engenhos. Ainda no século XVIII, surgiram alguns problemas e embates entre criadores de gado e lavradores, já que ambas as atividades cresciam e o gado era criado solto, sem cerca, e graças à influência dos criadores com pessoas importantes da administração, parte da criação era frequentemente movida para regiões de matas onde as plantações eram prósperas, o que gerou algumas desavenças. Após alguns anos de prejuízos, problemas regionais e muitas tentativas de ambas as partes em solucionar a disputa de forma favorável a seus interesses, a questão foi finalmente resolvida em 1829, quando Dom Pedro I, ao tomar conhecimento da situação, determinou que fosse de responsabilidade das câmeras municipais postular e estabelecer a proibição da soltura de gado em pastos nas proximidades das matas de plantações, em concordância com a Lei de 1º de outubro de 1828. Tomando conhecimento disso, a Câmara de Itabaiana aprovou a proibição e estipulou multa (30$000 a 60$000) para quem a descumprisse. Tal resolução foi aprovada em 14 de janeiro de 1830 pelo Conselho. No século XVII foram estabelecidos os primeiros engenhos, bem como, iniciadas as primeiras culturas de lavouras de subsistência como: arroz, feijão, milho e mandioca para produção da farinha, tomando posse das terras pertencentes aos índios que foram expulsos em função dos interesses econômicos da coroa portuguesa vinculada ao mercado internacional. Os indígenas ainda deixaram como herança para os novos ocupantes a cultura do fumo, inicialmente plantada na região de Lagarto. O plantio do algodão também existia e podia ser percebido na região de Itabaiana. Lento, porém, foi o desenvolvimento da Vila, prejudicado pela passagem do holandês. As fazendas de gado que, prósperas, começaram a desenvolver-se, foram destruídas ora pelos portugueses, ora pelos holandeses, ante a disputa do território sergipano na época de Nassau. Barleus, o historiador da aventura flamenga no nordeste brasileiro, refere-se à prosperidade que o gado apresentava nas bandas de ―Itapuana‖, como denomina ele a Itabaiana. Será a agricultura que, aos poucos, vai fixando o colono à terra com as plantações de algodão, mandioca e legumes. Também vinha constituindo-se um artesanato, utilizando o algodão, do qual saiam tecidos grosseiros e redes, que vão garantir a subsistência das famílias aí residentes. Um próspero comércio, decorrente dessas fabricações, se iniciou através de negociantes que percorriam os sertões da Bahia, Pernambuco e Ceará levando aqueles produtos. A cana se desenvolveu nos vales férteis do rios Sergipe e Jacaracica. (NUNES, 1975, p. 409) Maria Thetis Nunes ratifica o estabelecimento da agricultura nas terras sergipanas, citando as culturas de algodão, mandioca, legumes e cana-de-açúcar, além da confecção de artesanatos advindos da própria produção algodoeira. Vale lembrar que a concessão das sesmarias se deu sem o mínimo de equidade e preocupação com a divisão, na forma de doação. As terras concedidas eram tão extensas que nem podiam ser cultivadas em sua totalidade, indo totalmente de encontro com a Lei de Sesmarias, promulgada em 1375 pelo Rei de Portugal Dom Fernando, que para combater o desleixo dos sesmeiros previa um melhor aproveitamento das terras. Segundo Diniz (1991), a lei estabelecia que: a) a PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 33 cultura do solo era obrigatória, tendo em vista o interesse coletivo, o abastecimento; b) se o sesmeiro não pudesse explorar toda a terra, deveria arrendar o excesso; e c) caso o sesmeiro não quisesse trabalhar a terra diretamente, nem aforá-la, esta lhe seria confiscada, distribuindo-a com quem a aproveitasse. Porém nada disso aconteceu, o que só provocou o enriquecimento de poucas famílias, enquanto inúmeras pessoas sem posses tentavam explorar e cultivar terras encontradas sem dono, mas logo eram expulsas por pessoas com poder e influência que ficavam com a terra já cultivada. Esses fatores claramente caracterizam e evidenciam a formação das grandes propriedades e o surgimento do domínio histórico da grande propriedade fundiária no estado de Sergipe, motivo de movimentos e lutas nos dias atuais contra o latifúndio pela posse da terra. Sobre a localização das sesmarias em Sergipe no início do século XVII, as primeiras concedidas se localizavam em sua maioria próximas à costa litorânea e nas regiões ribeirinhas, visando tanto um estratégico escoamento de suas produções como também uma melhor defesa de seu território contra invasores que vinham em busca de pau-brasil, algodão e pimenta da terra como era o caso dos franceses. A necessidade de água para a lavoura e para os rebanhos também justificava a proximidade dos lotes aos rios. Nesse período o interior ainda não era explorado e servia de refúgio para os índios sobreviventes da invasão colonial, porém com os passar dos anos e a necessidade de novas ocupações esse cenário foi mudando, barreiras foram sendo rompidas e os lotes de sesmarias começaram a adentrar as terras interioranas. Muitas dificuldades foram encontradas, como os embates com os povos indígenas, assim muitos sesmeiros desistiram de alguns recortes de terra por conta de dificuldades para cultivar, dentre essas dificuldades estavam a falta de mão de obra, com isso algumas doações foram feitas como previa a Lei de Sesmarias, principalmente entre os rios Vaza-Barris e Sergipe. A ocupação do interior, inclusive, era incentivada pelo rei de Portugal por conta da procura por minérios e riquezas do subsolo. No quarto capítulo de uma coletânea de Textos para a História de Sergipe (1991), no trabalho intitulado ―A Propriedade da Terra e a Questão Agrária‖, de Diniz, a mesma mostra estudo feito por Salomão (1981) sobre 367 sesmarias de Sergipe, em que o mesmo relata as dimensões e variáveis dos lotes concedidos nesse processo. Foi constatado que os recortes de terra distribuídos após a expulsão dos holandeses eram significantementemaiores que os do período anterior, e abriu a possibilidade de que o retorno das atividades de colonização tenha proporcionado a aquisição de maiores extensões de terra. Os tamanhos das sesmarias alternavam de acordo com as riquezas de quem iria receber e com a localização, sendo que, quanto mais afastada do litoral, maiores eram. No litoral se concentravam os engenhos, já as sesmarias do interior eram utilizadas, sobretudo, para a pecuária. Uma grande quantidade foi doada, sobretudo na região de Itabaiana. Thetis Nunes cita o desenvolvimento econômico em Itabaiana e em suas proximidades, abordando a importância do algodão na arrancada agrícola do século XIX. Nesse período a demanda do produto aumentou consideravelmente e as portas dos mercados internacionais foram abertas para Sergipe, principalmente para Itabaiana, já que muitos países como os Estados Unidos enfrentava m um colapso e uma crise de abastecimento em consequência da Guerra de Secessão. A necessidade de produção e o excelente alcance dos preços foram ideais para alavancar e estimular essa expansão agrícola, que incentivou ainda investimentos tecnológicos. O auge da expansão foi atingida a partir de 1870 quando a máquina, a vapor, de descaroçar algodão chegou à Itabaiana. Rapidamente, se propagou o invento, e, em 1874, o município contava com 50 vapores, o que influenciou na vida urbana itabaianense, que se torna cidade pela Resolução 1.331 de 28 de agosto de 1888. Nos fins do século XIX, já a população do município alcançava 27.000 habitantes. Começa a destacar-se nessa época, a partir da instalação de um descaroçador de algodão, uma povoação situada em pleno centro das ―matas‖ de Itabaiana, num local conhecido como Chã de Genipapo, e que toma o nome de São Paulo (atual cidade de Frei Paulo). Seria a primeira porção do município de Itabaiana a desmembrar-se, formando uma nova unidade política. (NUNES, 1975, p. 417) A prosperidade tomou conta da região de Itabaiana e, pouco a pouco, outros núcleos de povoação, pertencentes a este município, além de Frei Paulo, iam se destacando e buscando seu desmembramento e sua autonomia política, como foi o caso de Moita Bonita, Pedra Mole, Campo do Brito, Pinhão, Ribeirópolis, Macambira e Carira. Além daqueles que se uniram a outros que se desmembraram de municípios próximos. Com isso, restou a Itabaiana mais ou menos um terço (420 km² naquela época, hoje sua área é de 336 km²) da área que a Vila tinha inicialmente. Outro autor a citar o agreste e sertão sergipano, foi Manuel Correia de Andrade, em sua obra, A Terra e o Homem no Nordeste, onde ele faz uma trajetória e uma caracterização do nordeste como um todo, relatando hábitos, costumes, atividades econômicas e tantos outros pontos correspondentes à região. O autor também cita o desenvolvimento econômico de Itabaiana, a partir da produção de algodão. Nos fins do século XVIII e no século XIX, pelos mesmos motivos que ocorreram no agreste, a agricultura tomou com o surto algodoeiro, rápido desenvolvimento no sertão. Grande parte do produto era consumida na própria região, após tecido manualmente, pelas tecedeiras. Vilas houve como a de Itabaiana, situada no agreste sergipano, que se PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 34 notabilizaram no início do século XIX (1808), por essa atividade artesanal exercida, sobretudo por mulheres. Grande parte do algodão, porém, como o do Vale do Pajeú, atravessava as caatingas por caminhos com mais de uma centena de léguas em demanda do Porto do Recife, de onde seguia para ser beneficiado nos teares ingleses. (ANDRADE, 1964, p. 189) Além de abordar a importância da alavancada algodoeira para o crescimento e progresso do município e região, o autor menciona Itabaiana como pertencente ao agreste, zona com pouca e insuficiente umidade para cultura da cana-de- açúcar, mas destaca a produção de mandioca, legumes e fumo. E cita uma significativa divisão de propriedade na área de Moita Bonita nutrida pela agricultura de subsistência e atividades comerciais de lavradores que acabavam por serem fornecedores das grandes cidades litorâneas desse e de outros estados da região TEMA 2: ÍNDIOS EM SERGIPE CACIQUE SERIGY – Astuto, que na resistência à invasão portuguesa manteve relações com os franceses para conseguir armamentos europeus, a fim de tentar igualar o confronto. (Foto: Reprodução) LENE CORREIA E TIAGO SANTOS SERGIPE – A experiência do sistema capitalista tem sido de exploração e de dizimação dos povos que se rebelam contra ele. Observamos que a expansão do comércio mundial e a busca por novos mercados consumidores resultou na invasão de inúmeros territórios pelos colonizadores, e foi assim com os povos indígenas do nosso território. Nesse lugar onde a terra era coletivizada entre os indivíduos das tribos indígenas, instaurou-se a propriedade privada. Nas terras que seriam o Brasil, foram implantadas as Capitanias Hereditárias, em que eram escolhidas pessoas ricas e amigas da Coroa Portuguesa para governar. Tal prática privou os nativos do trabalho na terra, instaurando a fome e a miséria para aqueles que já não podiam ter direito ao lugar que sempre fora seu para plantar e comer. Porém, muitos povos nativos resistiram. Um dos líderes desta resistência foi Serigy. O grande comandante liderou diversas vitórias do seu povo, mesmo lutando por vezes em desvantagem contra um aparato bélico muito superior. Serigy tinha ao seu lado características que todos nós devemos ter: disciplina, espírito de sacrifício e abnegação à causa da luta pela libertação do seu povo. O Cacique Serigy nasceu no século 16, não se sabe a data correta. Poucos estudos mais profundos foram feitos em específico ao nosso herói. O que se sabe é que sua tribo vivia entre o que hoje são os rios Vaza Barris e Sergipe. Ele era um índio astuto, que na resistência à invasão portuguesa manteve relações com os franceses para conseguir armamentos europeus, a fim de tentar igualar o confronto. O Cacique Serigy também conseguiu mobilizar outras tribos, como a do Cacique Pacatuba (que também nomeia uma cidade). Era uma luta que tinha tentativas de unificação de forças nativas contra a invasão portuguesa. Cristóvão de Barros, submetido aos mandos de Felipe, rei da Espanha e de Portugal no período chamado de União Ibérica, monta uma esquadra de guerra, investe muito pesado em armamentos para desmantelar os quase dois mil índios providos de táticas de guerrilha e poucas armas europeias, arcos e flechas, mas com muita coragem. Cristóvão de Barros enfrentou outros caciques como Japaratuba (que também é homenageado dando nome a uma cidade) e Aperipê. Mas, além da bravura desses que tombaram, o mais resistente e astuto foi certamente o Serigy. Serigy, junto a sua tribo, lutou por cerca de 30 anos (1560 a 1590), resistindo contra o poder colonial. Outro ensinamento forte do índio guerreiro Serigy foi o de não delatar e da lealdade a sua causa. Em momento algum aderiu às negociações com o Governo Ibérico e seu enviado, Cristóvão de Barros. Com a derrota das tribos protetoras defendidas pelos indígenas, a conquista do território sergipano significou o triunfo dos grandes latifundiários, como resultado da ganância e da exploração, as terras foram tomadas, os lares destruídos e os índios mortos ou escravizados. A FORÇA DO EXEMPLO VIVE! Mesmo diante de ofertas do carrasco Cristóvão de Barros, o Cacique Serigy escolheu lutar pela preservação do seu PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 35 povo, pela justiça e pelo direito à terra. Por esta opção coerente, Serigy foi covardemente assassinado. Porém, como aqueles que, ao longo da história da humanidade caíram em combate na luta, Serigy permanece vivo, mesmo mais de 400 anos depois de sua covarde morte, em cadaluta de cada índio deste país. A cada retirada de direitos, ele ressurge da revolta de cada indígena que se rebela contra o podre capital. Porém, a força de Serigy é tão grande que deu nome ao estado de Sergipe. Também a Frente Antifascista em Sergipe tem como referência histórica este que foi um dos maiores guerreiros do Brasil, que, por isso, chama-se Frente Antifascista Índio Serigy, que luta por resgatar a memória deste herói nacional, revelando a identidade de luta contra a opressão e escravidão por que sofreram e sofrem os pobres sergipanos nas mãos de quem detém o poder da terra. TEMA 3: QUILOMBOS EM SERGIPE NOTAS SOBRE QUILOMBOS EM SERGIPE Lourival Santana Santos* INTRODUÇÃO Segundo Antonil, os escravos são as mãos e os pés dos senhores de engenho, porque sem seria possível conservar e aumentar fazenda nem ter engenho corrente Essa frase de Antonil, explicita de forma notável a importância do trabalho escravo para a economia colonial. No Brasil – Colônia, praticamente, todo trabalho principalmente o agrícola, buscou-se na mão-de-obra escrava. Após o resgate na África de forma violente vinham para trabalhar de sol a sol. Os castigos corporais eram, comuns, permitidos por Lei, até pela própria Igreja. Esse comportamento verificou-se em todo o período da existência da escravidão do Brasil. Em Sergipe os cativos eram provenientes, principalmente, das praças da Bahia. No ano de 1802 a população escrava na província atingia a casa de 19.434, em 1819 eram 26.213, subindo em l823 para 32.000 indivíduos, distribuídos em vários pontos da Província. Em l834 atingia a soma de 47.812. Às vésperas da abolição a população negra atingiam apenas l6.888. Esse declínio de deveu, além da abolição do tráfico negreiro, a exportação de escravos para o sul cafeeiro e as Leis abolicionistas. Neste trabalho propomos a observar o desenvolvimento dos quilombos em Sergipe, considerando quilombo a formação de escravos prevista na resposta o rei de Portugal ao Conselho Ultramarino, de 02 de Dezembro de 1740. “Toda habitação de negros fugidos que passem de cinco em parte despovoada, ainda que tenha ranchos levantados nem se achem pilões neles”. Nossa tentativa de analise não ultrapassara o nível dissertativo, limitando-se a descrição das fugas e perseguições impostas pelas forças policiais, principalmente a partir da década de 1870. A natureza desse trabalho, surgiu pó não existir em Sergipe nenhum trabalho que abordasse somente a questão dos quilombos, e sim realizam uma abordagem somente a questão dos quilombos e sim realizam uma abordagem geral sobre o negro. Naturalmente que o estudo sobre o negro em Sergipe não e uma questão inabordada. Trabalhos foram desenvolvidos por pesquisadores como, Luiz Mott, Ariosvaldo Figueiredo e as bacharelas Josefa Elina Souza e Josefa Perpetua de Carvalho Lima. Entretanto, algumas questões impor-se-ão por força da própria natureza do estudo qual a tática de luta dos quilombos de Sergipe O que explica a fuga dos cativos. Por que essas fugas tornam-se mais frequentes a partir da Lei do Ventre Livre. Para elaboração desse trabalho, foi feito um levantamento de fontes primarias existentes no Arquivo Publico do Estado de Sergipe, instituto Histórico e Geográfico de Sergipe. As principais fontes pesquisadas foram: relatórios do governo (Presidentes da Província) e os fundos G1 e SP1, referentes ao assunto. GUERRILHA E PERSEGUIÇAO POLICIAL Deste o Séculos XVII, TEMOS Noticias da existência de quilombos em Sergipe. Após a guerra contra os holandeses, os negros sem a rígida fiscalização no período da guerra, “abandonaram as fazendas e reúne-se em mocambos”. Em decorrência das comunicações recebidas referentes a existência de quilombos na província do Governador Geral do Brasil, por ato de 222 de janeiro de 1662, ordenava que “todos os negros porventura aprisionados deviam ser trazidos para Salvador, salvo os que forem moradores da mesma capitania(Sergipe)”. No ato é baixado nesse mesmo ano designado o capitão de campo, Francisco Rodrigues, para “liquidar quilombos de Sergipe”. Sem resultado concretos, novo decretos é baixado,desta vez dando prioridade ao capitão do campo Fernandes Madeira,para “destruir mocambos de negros fugidos que havia por aquelas bandas(Itabaiana)”. No final da década de 1670, o capitão-mor, Fernão Carrilho, destrói mocambos na Província, antes de ser chamados para combater em Palmares. Os mocambos ou quilombos desse período foi uma resultante da guerra. Mas somente a partir do século XIX esses redutos negros começam a ser destacar, ou porque foram mais constantes, ou porque a documentação preservada permite a constatação de sua existência, PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 36 surgindo em vários pontos da Província como: Laranjeiras, Capela, Japaratuba, Rosário, Divina Pastora,etc... Em inícios do mês de abril 1848, corriam boatos de que os escravos de vários engenhos se organizavam para revolta geral a rebentar em vários pontos da província.Tenho conhecimento dessa revolta, o delegado de Socorro relata ao chefe da polícia: “ Uma insurreição de escravos no dia 17 do corrente a cometer diferentes pontos dessa Província, e conhecendo as tristes conseqüências que se poderão seguir (...) do Governo exijo auxílio de 50 praças (...) e cartucharia que fosse possível afim de eu aqui possa fazer armar toda a guarda nacional”. Da mesma forma, o delegado de Capela comunica que nos últimos dias tinha aparecido boato na vila, “anunciando a insurreição de escravos a população aterrada por faltar forças para repelir”. De acordo com os comunicados dos delegados municipais, Os locais de reunião eram os engenhos Poxim, São Francisco e São Pedro. Os cativos tinham como ponto de apoio o engenho gameleira, do Capitão Jose Francisco De Meneses. Os revoltos seguiram o seguinte plano: invadiriam as vilas e, depois de matarem todos os brancos e atearem fogo nas casas passariam atacar os engenhos. Deveriam então seguir para a Serra De Itabaiana, onde ai preparariam a defesa. Para a classe dominante, a rebelião era perigosa e devia ser combatida. A aliança com o Estado não se fez esperar. Assustado com as denúncias, o Presidente da Província deu ordens para que todos os delegados realizassem buscas e, apresassem os escravos nas senzalas dos engenhos onde fossem encontradas armas de qualquer tipo. Em Itaporanga. O suplente de delegado Liberato Antonio da Costa Lobo, acompanhado de mais da metade da força de linha, sob o comando do alferes José Joaquim Pereira Mattos, dirigiram-se na madrugada do dia 13 de Abril para o engenho de Roma. Após o cerco, deram as buscas necessárias sem no entanto lograr êxito. Essa revolta abortou no seu nascimento. Com o exposto acima o que pudemos observar foi que os insurretos nesse momento, já pretendiam se organizar em quilombos, na medida em que fugiriam para Serra de Itabaiana para preparar a defesa. Como essa revolta abortou, não constituíram focos de resistência. A partir da década de 1860, começa a desenvolver-se mais amplamente o quilombo em Sergipe, atingindo seu ponto culminante a partir da Lei do Ventre Livre. No dia 18 de Dezembro de 1863, quilombolas de Rosário, localizados nas matas das Urubas, próximo ao termo de Santo Amaro, atacavam um escravo de nome Firmino. No dia seguinte tomaram uma carga de farinha de um feirante que vinha de Maruim, também foi atacado o cidadão Francisco José da Costa, perdendo no assalto uma porção de fazendas. O delegado de polícia de Santo Amaro, frente aos fatos ocorridos, comunica ao chefe de polícia que essa onda de assaltos tem amedrontado “ao povo especialmente dos sítios (...) tenho feito recomendações aos inspetores de quarteirão mas vejo que não tem eles suficiente forçade armamento para prender esses negros (...) não sabe de que número é o quilombo e o lugar certo onde estão acoitados. Acho conveniente que se tome medidas enérgicas, fazendo-se dispêndio com espias e tendo força pronta para ataca-los”. A característica marcante dos quilombolas de Sergipe, foi aa guerrilha. Os escravos faziam contínuos deslocamentos, atacando estradas e roubando produtos para garantia da sobrevivência. Para conter a onda de violência, fez-se uma diligência, sem êxito. Os quilombolas, sempre informados pelos escravos dos engenhos sobre essas diligências, conseguiam burlar esforços das autoridades. Em 28 de Setembro de 1871, a Lei do Ventre Livre, dava liberdade a todos os filhos de escravos nascidos a partir daquela data. A partir dessa Lei, observa-se em Sergipe mais tendência dos escravos aa fugirem e a se constituírem em quilombos. Interpretavam a Lei como se fosse uma lei abolicionista, abrangente a todos os cativos. Sentindo que ele não atendia a suas aspirações ou seja, a liberdade, as fugas dos engenhos tornam-se continuas em vários pontos da Província, o que levou o Presidente Luiz Soares D’Azevedo Maceió a declarar: “Alguns dos escravos mal aconselhados, e influídos na falsa idéia de que se acham de todos livres do cativeiro pela Lei N° 2040 de Setembro, e que não gozam da sua liberdade, porque seus senhores a isso se opõem, se tem refugiado nas matas e reunidos em quilombos, saem de vez em quando dos seus esconderijos e pelas povoações e pelas estradas cometem roubo, espancam as vitimas de seus latrocínios, e já algumas mortes tem cometida. O susto e a desolação tem assaltado o povo, que vê em perigo a sua vida e a sua propriedade, e com instancia se pede ao governo, remédio para tão grande mal. No final do ano de 1871, uma força de 30 praças comandados pelo alferes Mathias Jose dos Santos, deu num quilombo nas terras dos engenhos de Jardim e Coité, prendendo quatro escravos . Em Laranjeiras os quilombolas se refugiam nas matas dos engenhos Brejo e São Paulo. As pessoas das mediações por conta própria realizavam diligencia conseguindo prender dois escravos. Em Rosário, sob o comando do juiz Municipal, partiu um a força para desalojar negros fugidos, como resultado, um ferido e um morto, da parte dos quilombolas. O chefe da policia da conta ao Presidente da Província; “A comarca de Laranjeiras tem sido vitima de roubos e violência de um bando de salteadoras e escravos , tendo sido ultimamente vitima de grave ferimentos e roubos feitos no engenho Cafuz o cidadão Jose Bernardo (...) O terno de Rosário e igualmente por outro bando de salteadores e escravos fugidos”. No dia 02 de Fevereiro de 1872, os habitantes de Patioba, termo de Japaratuba, cercaram uma casa para prender dois quilombos. Dobrado o cerco, a nova fuga dos escravos fez o jornal de Aracaju declarar na sua edição de 05 de Fevereiro; “Continuam ousados os quilombolas a despeito das serias providencias que se tem tomado para extingui-los, convém redobrar os esforços nesse sentido”. Seis dias depois do ocorrido, uma expedição partiu para dar combate a um grupo que agia no termo de Rosário. Sob o comando do chefe de polícia acompanhando de 80 praças do guarda nacional, coadjuvado por destacamentos de diversas localidades, estabeleceram o seguinte plano; uma parte da tropa daria batidas nas matas PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 37 dos engenhos do lado de Rosário , onde se supunha estarem localizados os escravos fugidos, e o grosso da tropa ficaria na retaguarda da mata a espera dos escravos, pois os quilombolas ao serem atacados , ver-se-iam compelidos a fugir e ficarem então sob dois fogos. Com esse plano seguiu o tenente João Batista da Rocha , para dar uma batida nos engenhos Capim-Açu Várzea Grande e Jurema. Perseguidos os quilombolas deixaram grande quantidade de sebo, corda e alimentos . Cercadas as senzalas do engenho Capim-Açu, foram presos quatro escravos. Na mesma semana sob o comando do capitão Jose Esteves de Fretas foram cercadas as senzalas dos engenhos Limeira, Piedade e Quindonga. No dia 16 nova diligencia e feita no engenho Floresta. No dia 23 de Abril, auxiliado por praças da Guarda Nacional, o delegado de Divina Pastora cercou as matas do engenho Batinga onde havia um quilombo de 11 negros. Mas a diligencia fracassou. Cerco idêntico se deu no engenho Floresta no termo de Rosário, também sem resultados satisfatórios. Ainda no mesmo mês, o juiz Municipal de Divina Pastora Manuel Caldas Barreto, realizou uma diligencia contra alguns negros aquilombados. Ao chegar a força no lugar em que os mesmos se achavam acampados, foram encontrados somente dois. Nova diligencia foi feita em agosto, no termo de japaratuba. Sabedores, os escravos se refugiaram nas senzalas dos engenhos circunvizinhos. Convencidos cada vez mais de sua situação de explorados pela classe dominante, os escravos formavam quistos. Não ficaram somente restritos à formação de quilombos, procuraram alcançar a própria senzala, através de aliança, uma solidariedade perdurou a todo o período do desenvolvimento do quilombismo em Sergipe. Manifestou-se principalmente, em caso de perigo, quando uns protegiam os outros, escondendo-se nas senzalas. Em tempos normais, realizando intercambio comercial, trocando farinha e agasalhos pelos roubos praticados. No inverno escondiam-se nas senzalas. Os quilombolas ameaçavam a segurança individual e da propriedade. No dia 30 de janeiro de 1873, foi realizada uma diligência em Rosário, nos engenhos Piripiri Novo e velho. A falta de praças suficientes não permitiu condições para captura de todos os fugitivos, sendo presos apenas três. As causas apontadas pelo fracasso das diligência, eram os contatos entre os negros insurretos e os escravos das senzalas, e a incapacidade das forças municipais, no Maximo contando 15 praças. Os comandantes de destacamentos pediam, continuamente, reforço ao chefe de policia. Manuel Spinola Junior, tentando justificar o fracasso das diligências acusava também os senhores de engenho pois, “deixam que os escravos se acoitem em suas terras como também não impediam o relacionamento com os do engenho” De todos os negros aquilombados, o mais famoso foi João Mulungu. Durante muito tempo deu trabalho às forças policiais. Nas perseguições realizadas para sua captura, destacou –se a figura do tenente João Batista da Rocha, “oficial sempre pronto para as diligências mais arriscadas que q policia empreendia, nas quais tem obtido bons resultados, capturando grande número de malfeitores”. Na primavera de 1873, o tenente, partiu com cinco praças e mais seis do destacamento de Rosário, para capturar João Mulungu. Procedeu-se o cerco nas matas do engenho São José, onde se suspeitava a existência dos quilombos. No caminho encontraram uns escravos, que os guiou até o local onde os negros estavam arranchados. Encontraram 15 ranchos com 14 escravos. Apesar dos esforços empregados, foram capturados somente quatro, inclusive uma preta de 13 anos, que vivia em companhia de João Mulungu. Foram apresentados no rancho dois cavalos e algumas foices. Apesar da tentativa, João Mulungu conseguiu fugi. O motivo apontado pelo fracasso da tropa o pequeno número de praças. Tendo notícias que João Mulungu encontrava-se residindo nas margens do rio Vaza- Barris, junto ao engenho Itapema, em Itaporanga, parte João Batista da Rocha em seu encalço. Mulungu não se encontrava no local. No final do mês de setembro, o tenente João Batista da Rocha comunica ao presidente da província: “Tenho conhecimento que se acha nas imediações de Rosário, o escravo João Mulungu, um dos poucos quilombolas que restam ser capturados e que é respeitado é o chefe mais terrível deles (...) mais oito ou dez escravos se acham em sua companhia”. Outradiligência foi realizada. Novo Fracasso. Mais outra na vila de Japaratuba, também resultou em mais um fracasso, pelo auxílio que os quilombolas receberam dos escravos dos engenhos. Avisados, deixaram os ranchos e se refugiaram nas senzalas. Somente foram aprendidos inúmeros animais de montaria. O Presidente da Província. Antonio dos Passos Miranda, comunica à Assembléia Legislativa Província, que ainda não se podia “extinguir os quilombos que de longa data são o terror de grande numero de proprietários, cuja fortuna e vida sofrem de constantes ameaças pelos assaltos que , de vez em quando, dão os escravos em diferentes termos. Muitas diligências se tem feitos e alguns resultados se há colhido, resta porem muito a fazer-se (...) asseguro- vos que não permanecerei inativo, nesse serviço, se bem que mais de uma dificuldade, existe contra os melhores desejos a respeito”. Dois anos mais tarde, o Presidente João Ferreira de Araújo Pinho, destaca a Assembléia Legislativa Provincial, que a longos anos são os quilombolas “o terror da população do interior. Formando quilombos diferentes, percorrem engenhos que querem, penetram, algumas vezes disfarçados, nas cidades, roubam, fazem quanta violência entendem”. Apesar da rede de espias que espias que possuía em todas as localidades, o mais terrível chefe dos quilombolas, João Mulungu, foi preso no dia 13 de janeiro de 1876, tendo conhecimento de que João Mulungu atacava em divina Pastora, o juiz municipal, Manoel Cardoso Vieira de Mello, ofereceu-se ao chefe da policia Vicente Caucaes Telles para dar-lhe combate ao tempo que também pediu uma expedição que fosse chefiada pelo tenente João Batista da Rocha. Depois de cinco noites e cinco dias sem descanso, o juiz Municipal e o tenente, com o auxilio do alferes Marcolino de Souza Franco e dos praças que o acompanharam, conseguiram apresa-lo. Considerado o terror da população, o povo aplaudiu sua prisão. Por onde a escolta passava. “era vitoriada pelo povo em massa”. No PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 38 entanto Mulungu preferiu ser enforcado a voltar para o seu povo em massa”. Podemos considerar João mulungu como o Zumbi de Sergipe. O movimento dos quilombolas não morreu com mulungu. Crescia sempre, sempre, e mais fugas se verificavam em várias partes da província. Atentados, principalmente contra senhores e feitores, registram-se com freqüência, No engenho Paty, em Itaporanga, 36 escravos assassinaram o feitor do engenho. Fato idêntico se deu em Riachão, assassinaram o feitor do engenho Grutão, por três escravos. Até as vésperas da abolição, os quilombos foram constantes na história da escravidão em Sergipe. No dia 20 de janeiro de 1887, o delegado de polícia de Divina Pastora informa ao chefe de policia José Ingnácio Fernandes de Barros, que vem recebendo queixas e reclamações de roubos, incêndios e depredações praticadas por “um quilombo de escravos que estão estacionados nas matas existentes entre os engenhos Salobro e Limeira, o qual quilombo além de roubos e incêndios praticados nas duas mencionadas propriedades, estendem suas façanhas pelos engenhos mais próximos, onde tem furtado gado vacum, animais cavalares e de criação miúda. A audácia tem chegado a tal ponto de atacarem lavadeiras e tomarem toda roupa (...) peço que remeta força regular sob um comando de num oficial”. Da mesma forma, o delegado da capela comunica que a uns oito quilômetros da Vila, em direção ao Rosário do Catete, existiam “cerca de dez quilombolas que trazem a população alarmada com os seus furtos continuados e ultimamente até com ameaças a segurança individual”. Em Maruim, os escravos invadiram o engenho mata, da propriedade de Juviniano Marcelino de Lemos e cometeram roubos incendiando seu canavial. No caminho da Vila de Capela, os viajantes sofriam ataques por parte de um quilombo ali existente. No dia 13 de maio de 1888, foi assinada a lei no 3.353, a lei Áurea, declarando extinta a escravidão no Brasil, e com ela chegava ao fim a epopéia dos quilombos, não só em Sergipe como em todo país. Recebendo a comunicação da assinatura a lei abolicionista, o Presidente da Província, Olimpio N. Santos Vital, expediu comunicação a todos chefes de repartição pública em geral, a todas as autoridades da província recomendando-lhes a pronta execução da lei. A maior parte dos escravos ficou nas propriedades dos seus senhores. CONCLUSÃO Como podemos observar, a rebeldia surgia, como forma de reação à escravidão, ela aparece como elemento de contradição do sistema implantado na colônia. Socialmente isso conduzia à revolta permanente, pois, como pudemos ver, o grau de sofrimento chegava ao limite. Os movimentos dos escravos foram constantes, principalmente na medida que se procurava transforma-los em coisa. Assim a rebelião surgia e assumia várias formas: fugas, suicídios, assassinatos, passividade no trabalho, aborto, etc... Em Sergipe, como nas demais partes do Brasil, o escravo se rebelou, fugiu dos engenhos e fazendas. Por isso os quilombos em Sergipe fora uma constante na sua história. Julgamos que a grande diferença entre a escravidão de outras regiões do país e em Sergipe, estar em não serem aqui os quilombos de grandes proporções e nem desenvolverem uma economia própria em seus redutos. Satisfaziam-se apenas em torno de roubos que praticavam em engenhos e em viajantes desavisados. Foi o que observamos através de vários ofícios enviados ao chefe de polícia pelos delegados municipais. Impossibilitados de se enquadrarem na sociedade vigente, os escravos contestavam a estrutura, apesar de não haver entre eles uma consciência de classe social. Marginalizados dentro do sistema monocultor, maltratados e tratados como animais, para o escravo a fuga era uma alternativa, mesmo sabendo do risco que corriam. A revolta do negro e a sua contestação através dos quilombos também pode ser explicada pela recusa diante de uma condição estranha, que não permitia sequer uma identificação com o espaço físico. O negro era arrancado da sua família, dos seus valores, para sustentar uma sociedade que não o via como ser humano. A rebelião era definida ainda, pela necessidade individual de evadir-se da situação de escravo, onde a sobrevivência reduzia-se aos mínimos físicos. A tática desenvolvidas pelos quilombolas de Sergipe não resta dúvida que foi uma guerrilha, jamais se empenharam em confrontos diretos com as forças do governo para o recesso das matas e lá, com movimentos rápidos, sempre levavam as tropas a fracassarem. A explicação que encontramos para o aumento das fugas, a partir da lei do Ventre Livre, nos remete a abolição do tráfico de escravos, além das citadas anteriormente, isso porque com a extinção desse comércio, a população escrava da Província tendeu a diminuir, e o resultado foi a pressão sobre os escravos por parte dos senhores, afim de que se produzissem mais, resultando em fugas constantes. Concluindo, podemos afirmar que em Sergipe, as relações entre senhores e escravos se caracterizaram tanto pelas violências dos primeiros, como dos segundos. Não foi um escravo, um testemunho mudo da nossa história. PRINCIPAIS QUILOMBOS DE SERGIPE MUNICÍPIO LOCALIDADE Capela Caminho de Capela para Rosário Divina Pastora Engenhos Batinga, Salobro e Limeira Itaporanga Margens do Rio Vaza-barris, Engenho Itapema Rosário Mata das Urubas (entre Rosário e Santo Amaro) .” Engenhos Floresta, Várzea Grande, .” Capim-Açu e Jurema Laranjeiras Engenhos Brejo, São Paulo e Aroeira Japaratuba Engenho São José PROF. LUIS EDUARDO PROF. ALBERTO GARCIA 39