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Aula Sistematica-Taxonomia Vegetal

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SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
Biologia Vegetal I
Prof. Cristiane P. Victório
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
O Homem instintivamente tende a classificar.
A classificação é na verdade um método utilizado para
enfrentar e organizar o mundo exterior
Um dos objetivos da Sistemática, é elaborar um sistema
geral de referência.
Diversidade Vegetal
Como lidar com essa diversidade?
Rhipsalis
flagelliformis, 
espécie de cacto 
exclusiva do RJ
Flora do Brasil 2020 - https://youtu.be/TILuUwLx7wY
Reino Vegetal contém cerca de 400.000 espécies. No Brasil, plantas, algas e fungos
reúnem 46.095 espécies, sendo 43% endêmica. O Brasil é o país com a maior riqueza de
plantas no mundo e a maioria das vasculares catalogadas (lista de espécies da flora do
Brasil publicada em dez/2015 na Revista Rodriguésia, do JBRJ).
https://youtu.be/TILuUwLx7wY
http://florabrasiliensis.cria.org.br/
A Flora brasiliensis foi produzida entre 1840 e 1906 pelos editores
Carl Friedrich Philipp von Martius, August Wilhelm Eichler e Ignatz
Urban, com a participação de 65 especialistas de vários países.
Contém tratamentos taxonômicos de 22.767 espécies, a maioria de
angiospermas brasileiras, reunidos em 15 volumes, divididos em 40
partes, com um total de 10.367 páginas.
REFLORA - PLANTAS DO BRASIL: RESGATE HISTÓRICO E HERBÁRIO
VIRTUAL PARA O CONHECIMENTO E CONSERVAÇÃO DA FLORA BRASILEIRA
O Programa REFLORA/CNPq, uma iniciativa do governo brasileiro,
tem como objetivo principal o resgate de imagens dos espécimes da
flora brasileira e das informações a eles associadas, depositados nos
herbários estrangeiros para a construção do Herbário Virtual Reflora e
herbários nacionais. A base física do Herbário Virtual REFLORA está
instalada no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, que é responsável
pelo recebimento das imagens e transcrição dos dados. Assim, tanto
as imagens e informações textuais provenientes do repatriamento,
quanto as imagens e os dados textuais do acervo do herbário do
Jardim Botânico do Rio de Janeiro (RB) estão sendo disponibilizadas
para a comunidade científica e para o público em geral. Catalogaram
para o Brasil 46.095 espécies da flora (considerando plantas, algas e
fungos). Trabalhos a partir de 2008.
*HERBÁRIO VIRTUAL REFLORA
*FLORA BRASIL 2020
http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br/
http://florabrasiliensis.cria.org.br/
http://cnpq.br/apresentacao-reflora
http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br/
Sistemática é a ciência que estuda a
diversidade biológica e sua origem.
Envolve a descoberta, descrição e
interpretação da diversidade biológica
bem como a síntese da informação sobre
a diversidade na forma de sistemas de
classificação.
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
Variação morfológica e Relações evolutivas
Taxonomia (muito usada como sinônimo de 
sistemática) é a ciência que elabora as leis da 
classificação, trata dos princípios e normas dos 
sistemas de classificação. Inclui a identificação 
e nomenclatura. Caráter descritivo-analítico.
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&ved=0CAcQjRxqFQoTCMSXwu396scCFQmTkAodRmEHiw&url=http%3A%2F%2Fnmnh.typepad.com%2Fthe_plant_press%2F2013%2F04%2F10-botanical-treasures-exemplify-herbarium.html&psig=AFQjCNFImUr-OzAP4X5SxQXf9BZ-T9xz4g&ust=1441923511697767
TERMOS UTILIZADOS EM SISTEMÁTICA
Caracteres taxonômicos: qualquer atributo da planta, como 
cor, tamanho, forma, etc.
Taxón: é um agrupamento taxonômica de qualquer categoria.
Espécie: categoria básica de classificação, baseada na
capacidade (efetiva ou potencial) de cruzamento entre os
indivíduos (fluxo gênico), reprodutivamente isolados de outros
grupos, e produção de descendentes férteis*.
“O fundamento da especiação é o isolamento, mas o mecanismo de isolamento não é
obrigatoriamente geográfico. O isolamento reprodutivo é o resultado de algum fator que
impede o fluxo de genes, que pode ser o isolamento geográfico ou alguma contingência
biológica ou local que resulte em segregação de parte de uma população.” Mário de
Pinna (USP). As orquídeas que não cruzam mais entre si podem ser vistas de três
modos: espécie se diferenciando; representantes de espécies diferentes; ou como
semiespécies, populações de animais ou plantas que não completaram o processo de
diferenciação (Ernst Mayr,1963) .
SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO
Os Sistemas elaborados estão incluídos num dois
três tipos:
► ARTIFICIAIS
► NATURAIS
► FILOGENÉTICOS
1. SISTEMAS ARTIFICIAIS
Artificiais compreendem um período muito longo, cerca de 2000
anos, que vai de 400 a.C. até meados do século XVIII (1753), quando
Lineu publicou o livro Species Plantarum.
Baseados em um ou poucos caracteres. Classificam as plantas de
acordo com conveniências práticas.
Compreendem três autores principais:
■ Filósofos Gregos (400 a.C. – 1400 dC.)
■ Herbalistas (1470 dC. – 1670 dC.)
■ Lineu (400 aC. – 1400 dC.)
Não tem preocupação principal de mostrar afinidades naturais. Sistema precisa 
ser de fácil utilização, estável, de fácil memorização, preditivo e conciso.
Theophrastus (380-278 aC)
Filósofo grego discípulo de 
Aristóteles
CARACTERÍSTICA: TIPO DE CAULE
1. Um só tronco saindo da raiz e
numerosos ramos(árvores).
2. Vários troncos partindo da raiz e
numerosos ramos (arbustos).
3. Numerosos ramos partindo da raiz
(subarbustos).
4. Algo se elevando da raiz, portanto folhas 
(ervas).
Baseado no hábito do vegetal 
“Pai da Botânica”
ARBÓREO
ARBUSTIVO
HERBÁCEO
HÁBITOS
Theophrastus em aula
O Renascimento
■ A originalidade passou a ser uma virtude.
■ O aparecimentos dos tipos móveis.
■ O surgimento do microscópio.
Microscópio de Leeuwenhoek
Microscópio de Hooke
Microscópio de 
Zacharias Jansen
OS HERBALISTAS
►Otto Brunfels
► Jerome Bock
► Leonhart Fucks
► Gaspar Bauhim
► Andrea Caesalpino
Médicos da Europa que estudavam as plantas
interessados em suas virtudes médicas.
Não chegaram a propor um Sistema de Classificação, porém
contribuíram com descrições detalhadas.
Observação do hábitos das plantas.
Páginas de um Herbal (livro elaborado pelos HERBALISTAS)
“Teoria das Assinaturas” 
(Signatura Rerum)
A observação mais 
atenta dos sinais de uma 
planta: forma, cheiro,
cor, habitat, dentre outros 
revelaria a atividade 
terapêutica que possui.
Lineu 
(Karl von Linnè)
O maior colecionador
e classificador de
todos os tempos.
Sistema Artificial
Lineu e a folha de rosto
da Systema naturae.
Baseando na presença e ausência de
flores e principalmente no número e
posição dos estames dividiu o Reino
Vegetal em 24 classes.
1735
“Pai da Taxonomia”
"Praeludia Sponsaliorum Plantarum"
"The actual petals of a flower contribute nothing to generation, 
serving only as the bridal bed which the great Creator has so
gloriously prepared, adorned with such precious bedcurtains, 
and perfumed with so many sweet scents in order that the
bridegroom and bride may therein celebrate their nuptuals with
the greater solemnity.“
Linnè
SISTEMA DE LINEU (1735)
1. FANERÓGAMAS: As núpcias se celebram à vista de todo mundo. Flores 
visíveis.
2. MONÓCLINA: Maridos e mulheres na mesma cama. Flores 
hermafroditas.
3. DEFFINITAS (Sem afinidades): Os maridos não são aparentados. 
Estames livres.
4. INDIFFERENTISMUS: Os maridos não observam subordinação. 
Estames iguais
MONANDRIA: Um marido
DIANDRIA: dois maridos
TRIANDRIA : Três maridos
TETRANDRIA: Quatro maridos
ICOSANDRA: Vinte maridos
POLYANDRIA: De 15 a 1.000 maridos
1. CRYPTOGAMAS: Núpcias clandestinas: As núpcias se fazem 
furtivamente.
CONSIDERAVA AS FLORES
Classificação sexual
(Sec. XVIII)
V. Monoecia, X. Dioecia, 
Y. Polygamia 
Q. Monadelphia, R. Diadelphia, S. Polyadelphia, 
T. Syngenesia, V. Gynandria 
I. Enneandria, K. Decandria, L. Dodecandria, M. Icosandria 
A. Monandria, B. Diandria, C. Triandria, 
D. Tetrandria
E. Pentandria, F. Hexandra, G. 
Heptandria, H. Octandria 
As flores têm órgãos sexuais (pistilos e estames), Lineu (sec.XVIII)
2. SISTEMAS DE LINEU
Criptógamos – sem flor
Fanerógama – com flor
“Sistema sexual” - Reconhece 24 classes baseadas em 
características sexuais das plantas (número, união e comprimento dos 
estames, além do número de carpelos). Classificação artificial que 
juntava famílias muitos distintas.
Siegisbeckia orientalis L. (Asteraceae)
Homenagem ou revidamento de Lineu ao rabino John Siegisbeck
https://www.facebook.com/NomesCientificosNoFace 
Nomenclatura científica botânica - dá nome as categorias 
de acordo com certas regras.
*Sistema Binomial (Lineu, 1735)
*Latim (ou grego)
Precisa grifar o nome específico:
*Rosmarinus officinalis, Rosmarinus officinalis ou Rosmarinus officinalis
As seguintes terminações dos nomes designam as categorias taxonômicas :
A. Divisão ou filo: ophyta (Magnoliophyta)
B. Classe: opsida (Liliopsida)
C. Sub-classe: idae (Liliidae)
D. Ordem: ales (Orchidales)
E. Família: aceae (Orchidaceae)
F. Sub-família: oideae (Orchidoideae)
•G. tribo - eae.
•F. sub-tribo - inae.
CINB - Código Internacional de Nomenclatura 
Botânica
Nomenclatura Botânica
Princípios:
1. A nomenclatura botânica é
independente da zoológica e da
bacteriológica.
2. A aplicação de nomes é determinada por
tipos nomenclaturais (typus).
3. Quando uma espécie muda de gênero o 
nome do autor do basiônimo (primeiro 
nome dado a uma espécie) deve ser 
citado entre parênteses, seguido pelo 
nome do autor que fez a nova 
combinação.
Xylopia laevigata (Mart.) R.E.Fr.
GÊNERO
EPÍTETO 
ESPECÍFICO
AUTORES
Anonaceae
Verificar veracidade de um nome científico -
http://www.tropicos.org/ (Missouri Botanical Garden)
• Quando uma espécie muda de gênero, o nome do autor 
do basiônimo (primeiro nome dado a uma espécie) deve 
ser citado entre parênteses, seguido pelo nome do autor 
que fez a nova combinação; 
Nomenclatura científica botânica
Uvaria laevigata Mart. (nome antigo – basiônimo)
Xylopia laevigata (Mart.) R.E.Fr. (nome atual)
CLASSIFICADOR
REVISOR DA ESPÉCIE
• gênero e infra-genéricas - o nome pode vir de qualquer fonte,
sendo escolhido arbitrariamente pelo autor. Deve ser um substantivo
ou adjetivo substantivado, latino ou latinizado e escrito com a inicial
maiúscula.
• espécie - o nome da espécie é também de escolha arbitrária,
escolhido pelo autor. Deve ser um adjetivo ou substantivo adjetivado,
latino ou latinizado, sempre formando uma combinação binária com
o gênero e sempre escrito com a inicial minúscula.
Normas para nome gênero e espécie
O nome de um gênero pode ser o nome de uma
pessoa latinizado, seguindo as regras:
• Terminação em vogal: se adiciona a, exceto
quando termina em a (ea).
Boutelou Boutelona
Colla Collaea
• Terminação em consoante: se adiciona ia.
Klein Kleinia
Lobel Lobelia
Nomenclatura científica botânica
• Exemplo categorias taxonômicas:
• Divisão: Magnoliophyta
• Classe: Magnoliopsida
• Sub-classe: Rosidae
• Ordem: Rosales
• Sub-ordem: Rosineae
• Família: Rosaceae
• Sub-família: Rosoideae
• Tribo: Roseae
• Sub-tribo: Rosinae
• Gênero: Rosa
• Espécie: Rosa gallica L.
• Variedade: Rosa gallica var. versicolor Thory
Nomenclatura científica botânica
• Para a Citação de uma espécie que não tenha sido identificada, faz-
se o uso da abreviatura “sp.”. Se for necessário fazer referência a
várias espécies do gênero, a abreviatura a ser utilizada é “spp.”
• Alpinia sp. (não identificada)
• Alpinia spp. (Alpinia purpurata, A. zerumbet, A.
calcarata, etc.)
Código Internacional de Nomenclatura para 
Algas, Fungos e Plantas (2011-2012)
Norma atualizada em 2011, traz algumas mudanças 
na nomenclatura científica:
TODAS as categorias taxonômicas 
devem ser grifadas.
Lavanda (nome popular)
Lavandula
Lavandula officinalis L.
L. angustifolia
Lamiales
Lamiaceae
Categorias Taxonômicas:
Reino, 
Filo (Divisão), 
Classe (cl.), 
Ordem (ord.), 
Família (fam.), 
Gênero (gen.)
Espécie (sp.). 
As categorias secundárias em 
sequência descendente são: tribo 
(tr.) e subtribo (subtr.) (entre família 
e gênero), seção (sect.) e série 
(ser.) (entre gênero e espécie) e 
variedade/cultivar (var./cv.) (abaixo 
de espécie); 
---------------------------------------------------
APG
Categorias infra-específicas
1939 – Código de nomenclatura para plantas
cultivadas (Agricultura e Horticultura)
VARIEDADE (var.)
CULTIVAR (cv.)
Nome binomial da espécie acrescido do nome
da categoria infra-específica em terceiro lugar.
Categorias infra-específicas
Variedade – (var.)
→ ocorrência natural;
→ forma, cor, tamanho;
→ qualidade de substâncias químicas;
Brassica oleracea var. capithata (Brassicaceae)
Ipomoea batatas f. alba (Convolvulaceae)
L.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Lineu
Categorias infra-específicas
Cultivar nome reservado a variedade cultivadas/manipuladas 
pelo homem em seus trabalhos de melhoramento e se opõe à 
variedade botânica, criada e selecionada pela natureza. 
cv = cultivated variety 5.000 
variedades 
batatas, 
origem Peru
Zea mays cv. Piranão (Poaceae)
Phaseolus vulgaris cv. Rosinha (Fabaceae)
Solanum tuberosum cv. Asterix (Solanaceae)
Por que nomear cientificamente?
Manioh esculenta Crantz 
Mandioca 
Aipim 
Macaxeira
Yuca (Cuba, Colômbia, Equador, Peru, etc.)
2. SISTEMAS NATURAIS
Sec. XIX
■ Baseados em muitos caracteres.
■ Classificando as plantas como se acreditavam ocorrer
na natureza.
As plantas foram agrupadas por existir correlação
entre caracteres comuns.
Todos os órgãos vegetais devem ser considerados e o 
peso deve ser igual para os caracteres.
Os três 
Jussieu
Sec. XVIII
"Genera plantarum"
Sistema Natural
I. ACOTYLEDONEAE: Classe 1ª com 6 famílias (Fungi, 
Algae, Hepaticae, Musci, Filices e Najades)
I. MONOCOTYLEDONEAE: Classes 2ª a 4ª com famílias de 7 
a 22.
I. DICOTYLEDONEAE
A. MONOCLINAE
a) APETALAE: Classes 5ª a 7ª com famílias de 23 a 33.
b) MONOPETALAE: Classes 8ª a 11ª com famílias de 34 
a 58.
c) POLYPETLAE: Classes 12ª a 14ª com famílias de 59 
a 95.
B. DICLINAE: Classe 5ª com famílias de 96 a 100 
Sistema Natural – Jussieu (1686-1758)
Augustim Pyramus de Candolle
Abreviado pra De Candolle ou DC.
Elaborou o Prodromus
Systematis Naturalis 
Regni Vegetabilis uma 
obra monumental, cuja 
proposição era 
descrever de modo 
científico todas as 
plantas com sementes 
(1778-1841) - Seu sistema fez a 
distinção entre plantas 
vascularizadas e talófitas, 
porém houve a inclusão de 
Pteridófitas como 
Monocotiledôneas.
Sistema Natural
3. SISTEMAS FILOGENÉTICOS
■ Baseados na FILOGENIA (História evolutiva de
um taxon).
Filo = Linhagem (ancestral / descendente)
A aceitação da teoria da evolução biológica
implica na aceitação de que as espécies não são
imutáveis e se originariam de um ancestral comum.
A Evolução biológica consiste na modificação da
composição genética ao longo do tempo
("descendem com modificações“).
FILOGENIA - INSTRUMENTO QUE FACILITA ORGANIZAR 
O CONHECIMENTO SOBRE BIODIVERSIDADE.
A teoria da Evolução das espécies foi proposta por Charles Darwin &
Alfred Russel Wallace
“A Origem das Espécies”, 1859
3. SISTEMAS FILOGENÉTICOS
► As espécies não são imutáveis, sofrendo modificações ao 
longo do tempo.
► A evolução ocorre a partir de um ancestral comum e o 
agente gerador dessas modificações é a Seleção Natural.
► Hereditariedade
A Teoria da Evolução
HMS Beagle
EVOLUÇÃO
Estudos baseados 
em fósseis e análises 
de DNA, sugere que 
há cerca de 7 
milhões de anos a 
África era habitada 
por um tipo de 
primata do qual 
descendem tanto o 
homem quanto os 
chimpanzés, ou seja 
temos um ancestral
comum.
3. SISTEMAS FILOGENÉTICOS
Revista Piauí - http://piaui.folha.uol.com.br/materia/darwin-e-o-significado-das-flores/
“Será que as plantas que têm 
órgãos masculinos e femininos 
ainda assim não sofrem a 
influência de outras plantas?” 
“Acho que nada na minha vida de 
cientista me deu tanta satisfação quanto 
descobrir o significadoda estrutura 
dessas plantas.”
“As diferentes formas de 
flores em plantas da mesma 
espécie “ (livro, 1877)
”As várias maneiras como as 
orquídeas são fertilizadas pelos 
insetos” (livro, 1862) - coevolução
“Posso mostrar o 
significado de algumas 
dessas dobras e 
protuberâncias sem 
sentido aparente; quem 
poderá dizer agora que 
esta ou aquela estrutura 
não tem utilidade?”
SISTEMAS FILOGENÉTICOS
(Cladogramas)
Biologia Vegetal I
Prof. Cristiane P. Victório
3. SISTEMAS FILOGENÉTICOS
As espécies se relacionariam com seus ancestrais e 
descendentes num gráfico formado por ramos 
(CLADOS = grupos).
Clado
Árvores filogenéticas mostram a descendência de ancestrais
comuns, elas reforçam plenamente as evidências que apoiam
a teoria da evolução.
“Ramos”
ou Cladística
3. SISTEMAS FILOGENÉTICOS
As espécies se originam de modificações a partir de um ancestral
NÓS
(eventos de especiação)
Um cladograma é um 
pedaço de uma 
filogenia, que inclui 
uma linhagem 
ancestral e todos os 
seus descendentes. 
3. SISTEMAS FILOGENÉTICOS
Fotossíntese
Dupla fecundação
Feixes vasculares
Sementes
B
ry
o
p
h
y
ta
P
te
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o
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G
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A
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Tracheophyta = plantas vasculares: Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas.
Gimnospermas = plantas com sementes
Angiospermas = plantas com semente, flores e frutos.
Uma árvore filogenética retrata apenas a história de ramificação
de ancestralidade comum. O padrão de ramificação (ou seja, a
topologia) é o que importa aqui, os comprimentos dos ramos são
irrelevantes — são simplesmente desenhados da forma que faz
com que a árvore fique organizada.
Cladograma
Da mesma forma, os diagramas podem representar a mesma
informação mesmo se orientados de formas diferentes.
Cladograma
ADOLPH ENGLER (1844-1930)
Seu Sistema teve uma grande 
aceitação, porque englobava 
todas as plantas do mundo 
desde algas até Angiospermas, 
tinha ilustrações e chaves 
botânicas. Contem famílias e 
gêneros botânicos.
Die Naturlichen Pflanzenfamilien, 
inicio em 1887
3. SISTEMAS FILOGENÉTICOS
Dados naturais + Analises filogenéticas
Divisões I Schyzophyta
II. Mixomicetes
III. Flagellatae
IV. Dinoflagellatae
V. Heterocontae
VI. Bacillariophyta
VII. Conjugatae
VIII. Chlorophyceae
IX. Charophyta
X. Phaeophyceae
XI. Rhodophyveae
XII. Eumycetes
XIII Archegoniatae
Subdivisão: Bryophyta
Subdivisão: Pteridophyta
XIV. Embryophyta (com sementes)
Subdivisão: Gymnospermae
Subdivisão: Angiospermae
Classe: Monocotyledoneae
Classe: Dicotyledoneae
SISTEMA DE 
ENGLER
Monocotiledôneas
Dicotiledôneas
Taktajan, 1997
3. SISTEMAS FILOGENÉTICOS
Cronquist, 1968 Dahlgren, 1985
QuimiossistemáticaMagnoliopsida 
(Dicotiledônea)
Liliopsida
(Monocotiledônea)
Biogeografia
Evolução das 
Plantas
Cronquist
(1919-1992)
3. SISTEMAS FILOGENÉTICOS
Gráficos - Subclasses do Sistema de Cronquist 1981
3. SISTEMAS FILOGENÉTICOS
CLASSE MAGNOLIPSIDA
(Dicotiledôneas)
CLASSE LILIOPSIDA
(Monocotiledôneas)
DIVISÃO MAGNOLIPHYTA
Dahlgren (1932-1987)
QUIMIOSSISTEMÁTICA
Importância dos metabólitos secundários.
Metabolismo 
secundário
3. SISTEMAS FILOGENÉTICOS
O APG (Angyosperm Phylogeny Group)
Sistema proposto por um grupo de cientistas dos 
Estados Unidos, utilizando técnicas moleculares:
Seqüenciamento de genes rRNA (18S ribossomo) , rbcL (maior 
subunidade RUBISCO) e atpB (subunidade da ATP sintase ribossomal)
Walther S. Judd et al., 1999-2003
A partir da década de 90 destacam-se os trabalhos produzidos
por Walter Judd (1999), que utilizou também técnicas
moleculares para a construção de cladogramas.
Cloroplasto
Tamanho genoma 
(Kb)
Herança Característica
135 - 160 Materna 
(óvulo)
Estáveis entre as 
spp
Mitocôndria 200 - 2.500 Materna 
(óvulo)
Muitos rearranjos
núcleo 1,1x106 – 1,1x1011 Biparental Muito grandes
Comparação dos três genomas em uma 
célula vegetal (adaptado de Judd et al., 2009)
3. SISTEMAS FILOGENÉTICOS 
(APG III, 2009)
ANGIOSPERMAS
» Angiospermas basais (núcleo)
» Complexo Magnoliidae (2%) 
(Ex.: Laurales, Magnoliales Canellaes e Piperales)
» Monocotiledônea (22%)
» Eudicotiledônea (75%) (clado tricolpadas)
A análise cladística baseada na morfologia e sequenciamento 
de genes não mantém a tradicional divisão em 
monocotiledônea e dicotiledônea.
Judd et al., 1999
“A abordagem mais conservadora, que considera apenas os 
aspectos morfológicos, tende a unir várias espécies em uma só, 
enquanto a chamada taxonomia integrativa, mais moderna, 
detalhada e precisa, que considera também variações de DNA e de 
comportamento, tende ao desmembramento de espécies”
Célio Haddad, professor da Unesp de Rio Claro
http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/10/17/os-primeiros-passos-de-novas-especies/
Espécies crípticas (versus espécies taxonômicas) - organismos 
que parecem pertencer à mesma espécie em vista dos critérios 
morfológicos, mas reprodutivamente isolados uns dos outros. Em 
plantas, espécies poliploides, por exemplo 
Gurewitch et al.,2009
Monocotilêdônea - grão de pólen
monossulcado
Relação filogenética entre Angiospermas basais, 
Magnoliideae e Monocotiledôneas, grãos de pólen 
monossulcados.
PÓLEN
Transporte do gametófito 
masculino da antera até o 
estigma para fertilização.
Paleobotvideos (site)
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&frm=1&source=images&cd=&cad=rja&uact=8&docid=xg5H-KRBj_WrQM&tbnid=NL_NnSvsHHLPvM:&ved=0CAYQjRw&url=http%3A%2F%2Fwww.fotolog.com%2Fflexa77%2F44863766%2F&ei=9WQeU8WCKe3I0gHRrYGoBQ&bvm=bv.62788935,d.dmQ&psig=AFQjCNE4z5iUPKgUzJOfYtC1wfava3j15Q&ust=1394587246300504
Eudicotilêdônea - grão de pólen tricolpado
Vital et al., 2008. 
Act. Bot. Bras.
3. SISTEMAS FILOGENÉTICOS
Eudicotiledônea – plantas com pólen tricolpado ou oriundos deste.
3. SISTEMAS FILOGENÉTICOS
Ainda não há um sistema de classificação filogenético formal. Uso 
do APG II virtual - (www.Mobot.org/MOBOT/research/APweb
Definições em sistemática filogenética
Os grupos podem ser:
Monofiléticos quando no grupo estão incluídos o
ancestral e todos os seu descendentes (grupo natural).
Formados por organismos 
que compartilham a mesma 
condição derivada de um ou 
mais caracteres. Descendem 
de um ancestral comum 
exclusivo.
Definições em sistemática filogenética
Parafiléticos quando no grupo não estão incluídos
todos os descendentes de um mesmo ancestral.
Apresentam um 
ancestral comum, 
mas não exclusivo.
Definições em sistemática filogenética
Polifiléticos quando no grupo há uma mistura de
descendentes de diferentes ancestrais (não
compartilham um ancestral comum).
Monocotiledôneas são monofiléticas* (características 
exclusivas?).
Eudicotiledôneas um grupo parafilético.
SISTEMAS FILOGENÉTICOS (APG)
Um grupo 
monofilético pode 
ser separado da 
raiz com um único 
corte, enquanto o 
grupo não 
monofilético 
precisa de dois ou 
mais cortes. 
MONOFILÉTICOS E NÃO MONOFILÉTICOS
Ancestral comum 
do grupo 
polifilético 
E+F+G
Ancestral comum 
do grupo 
parafilético B+D+C
Um grupo 
parafilético inclui 
o ancestral 
comum e nem 
todos os seu 
descendentes
Um grupo 
polifilético não 
inclui o ancestral 
comum. 
Um grupo 
monofilético pode 
ser removido com 
um só “corte”.
Um grupo 
monolifilético
inclui o ancestral 
comum e todos os 
descendentes. 
Ancestral comum do 
grupo monofilético H+I+J
Adaptado: Sadava et al. 
Vida, 2011.
Bresinsky et al., 2011
Tratado de Botânica
PARAFILIA
REFEÊNCIA
♦ Raven. Biologia Vegetal, 2007.
♦Judd, W.S; Campbell, C.S.; Kellogg, E.A.; Stevens, P.F., Donoghu, M.J. 
Sistemática Vegetal - Um Enfoque Filogenético, 3ª ed., 2009.
Bresinsky et al. Tratado de Botânica, 2011.
 David Sadava; Craig Heller; Gordon H. Orians; William K. Purves; David M. 
Hillis. Vida: A Ciência da Biologia - v. 1. Célula e Hereditariedade. 8ª Ed., 2011.
J. Mcneill, et al. International Code of Nomenclaturefor algae, fungi, and 
plants (Melbourne Code). Adopted by the Eighteenth International Botanical 
Congress Melbourne, Australia, July 2011. Koeltz Scientific Books, 2012.
Gurevitch, J. et al. Ecologia Vegetal. Artmed. 2009.
Flora do Brasil 2020 
http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora
https://youtu.be/TILuUwLx7wY
REFEÊNCIA
Botanicamente falando (Prof. Dr. Marccus Alves, UFPE): https://is.gd/Tro3N2
Paleobotvideos: vídeos diversos sobre palinologia e paleobotânica -
https://www.youtube.com/channel/UCevegnM7h3yfD8Hs9ak4_jQ
http://www.floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora
https://youtu.be/TILuUwLx7wY
https://is.gd/Tro3N2
Comparação de cladogramas de grupo
monofilético, parafilético e polifilético.
(Adaptado Cavalier-Smith, 2010)
//upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/92/Taxonomy_-_monophyletic%2C_paraphyletic_and_poliphyletic_groups.svg