Buscar

08 08 - População 2


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Profº. Marcon 
Geografia 
 
Página 1 de 2 
População 2
1. (Uerj 2016) A dinâmica demográfica brasileira 
 
Poucos temas são tão maltratados na imprensa como 
os processos demográficos. Todos os dias, aparece 
alguém falando ou escrevendo sobre assuntos como 
crescimento populacional ou planejamento familiar. A 
maioria dessas pessoas não mostra a menor 
familiaridade com os dados atuais ou o mínimo respeito 
pelos muitos estudos realizados por diversos 
pesquisadores. Dois exemplos de ideias falsas são: 1) 
a população brasileira está passando por uma explosão 
demográfica; 2) a pobreza é produto da fecundidade 
elevada. 
 
George Martine e José E. D. Alves 
Adaptado de O Globo, 28/07/2006. 
 
A reportagem menciona duas ideias falsas a respeito 
da demografia brasileira. 
 
Explique o erro contido em cada uma delas. 
 
2. (Fuvest 2017) Analise o mapa. 
 
 
 
a) Cite uma região brasileira que teve grande 
crescimento populacional no período indicado e 
explique dois fatores que levaram a esse 
crescimento. 
b) O elevado crescimento em algumas áreas, no 
período representado no mapa, significa a reversão 
da tendência histórica de concentração populacional 
no país? Justifique sua resposta. 
 
3. (Usf 2016) A “geração canguru”, aquela formada por 
jovens entre 25 e 34 anos que ainda moram com os 
pais, e que no Brasil cresceu nos últimos dez anos, é 
fenômeno mundial. O conforto e o comodismo ou a falta 
de condições financeiras não são os principais fatores 
que mantêm esses jovens na casa dos pais, mas a 
possibilidade de investir na formação para ter mais 
chances no mercado de trabalho. Desses jovens, 60% 
são homens e 40%, mulheres, em faixas de renda mais 
altas. Diferente da “geração canguru”, os “nem nem”, 
aqueles jovens de 15 a 29 anos que nem estudam nem 
trabalham, são compostos em sua maioria por 
mulheres entre 25 a 29 anos. Ao contrário da geração 
canguru, o predomínio é de mulheres que têm filhos e 
tomam conta deles. Isso remete a uma questão antiga, 
que é a diferença nas condições do mercado de 
trabalho entre homens e mulheres. 
 
Disponível em: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2013/11/geracao-
canguru-e-fenomeno-mundial-diz-presidente-do-ibge.html. Acesso 
em: 11/09/2015, às 15h (adaptado) 
 
a) Aponte uma consequência demográfica decorrente 
do aumento do número de indivíduos da geração 
canguru. 
b) Aponte uma consequência econômica ou social 
decorrente do aumento do número de indivíduos da 
geração “nem nem”. 
 
4. (Ufu 2018) 
 
 
a) Explique os motivos que levam os grupos de países 
representados no gráfico a exibirem tendências de 
crescimento diferenciadas. 
b) Exponha duas consequências futuras que podem 
ocorrer nos grupos de países mais desenvolvidos e 
duas nos menos desenvolvidos com a manutenção 
dessas tendências. 
 
5. (Uerj 2012) No gráfico abaixo, representa-se o 
processo de transição demográfica, vivenciado, de 
forma diferente, nos países desenvolvidos e nos 
subdesenvolvidos. 
 
 
 
 
Profº. Marcon 
Geografia 
 
Página 2 de 2 
Identifique, a partir do gráfico, uma fase em que há 
reduzido índice de crescimento vegetativo e outra em 
que ocorre a elevação desse índice. 
Em seguida, apresente dois fatores que justificam, em 
países subdesenvolvidos, a queda da mortalidade na 
fase 2. 
 
_______________________________________ 
 
Gabarito 
 
Resposta da questão 1: 
A primeira ideia falsa remete ao fato de que o Brasil 
está vivenciando uma explosão demográfica, haja vista 
que as últimas décadas registraram queda das taxas de 
fecundidade, de natalidade e de crescimento 
vegetativo, embora em números absolutos, o total 
populacional seja maior. 
A segunda ideia falsa remete ao fato de que a pobreza 
é produto da fecundidade elevada, haja vista que na 
verdade, a pobreza é causa da fecundidade elevada 
dificultando o acesso à melhor escolaridade e salários, 
formação cultural, controles regulatórios de 
fecundidade, dentre outros. 
 
Resposta da questão 2: 
 a) A região Norte teve grande crescimento 
populacional. Entre os fatores, a maior taxa de 
fecundidade do país, além da atração de fluxos 
migratórios provenientes de regiões como Nordeste e 
Sul associada à expansão da fronteira agropecuária 
através do agronegócio (pecuária de corte e soja) e de 
assentamentos de reforma agrária. 
b) O crescimento demográfico mais acelerado na 
Amazônia Legal faz com que a região tenha um 
pequeno aumento do porcentual da população 
absoluta. O Norte apresenta cerca de 8% da 
população do país. O Centro-Oeste apresenta cerca de 
7% do total populacional. Todavia, grande parte da 
concentração ainda concentra-se no Sudeste, com 
42% da população do país. Além da histórica 
concentração na faixa litorânea. 
 
Resposta da questão 3: 
 a) O aumento do número de indivíduos da “geração 
canguru”, adultos que permanecem morando com os 
país, poderá ter várias consequências demográficas e 
econômicas. Entre as quais, o aumento do número de 
solteiros e a queda da taxa de natalidade. Também 
poderá repercutir nos padrões de consumo de 
mercadorias e serviços, a exemplo da compra e venda 
de imóveis. 
b) O número significativo de indivíduos “nem nem”, 
não estudam e não trabalham, traz várias 
consequências, entre as quais, o comprometimento da 
escolaridade das mães jovens, baixa produtividade no 
trabalho, permanência de altos índices de trabalho 
informal e precário decorrentes de problemas 
educacionais, além da perda de renda de adultos e 
idosos que sustentam estes jovens. 
 
 
 
 
 
Resposta da questão 4: 
 a) As diferenças nas tendências de crescimento 
estão relacionadas, principalmente, aos diferentes 
níveis de desenvolvimento socioeconômico desses 
dois grupos de países. No grupo dos mais 
desenvolvidos, o maior conhecimento e o uso de 
práticas anticonceptivas, os melhores níveis de 
educação, a maior presença da mulher no mercado 
de trabalho, o retardamento dos matrimônios, o alto 
custo de criação dos filhos, o planejamento familiar, a 
urbanização, dentre outros implicou a diminuição 
gradativa na taxa de fecundidade ao longo do tempo, 
reduzindo o crescimento demográfico. Nos países 
menos desenvolvidos, a menor renda familiar, os 
baixos níveis de escolaridade, somados às 
dificuldades de acesso aos serviços de saúde, 
dificultam o planejamento familiar, contribuindo para 
manutenção de elevadas taxas de fecundidade e um 
consequente crescimento demográfico. 
b) Países mais desenvolvidos: dificuldades de 
manutenção do sistema previdenciário, aumento nos 
gastos com saúde, redução na oferta de mão de obra 
e consequente aumento no seu custo. 
Países menos desenvolvidos: aumento nos custos 
dos investimentos públicos como: saúde, educação e 
programas sociais; falta de postos de trabalho e 
achatamento salarial. 
 
Resposta da questão 5: 
 As fases com reduzido crescimento vegetativo são: 1 
(alta mortalidade e alta natalidade) e 4 (baixa 
mortalidade e baixa natalidade). Parte dos países 
subdesenvolvidos encontra-se na fase 2; são exemplos 
várias nações da África, Ásia e América Latina. Nestes 
países, a taxa de natalidade ainda é elevada com 
declínio lento, mas houve uma queda substancial na 
mortalidade, resultando em um elevado crescimento 
vegetativo. Os fatores que contribuíram para 
diminuição da mortalidade foram: 
– melhora nos padrões alimentares; 
– urbanização com alguns avanços em educação e 
cuidados com saúde; 
– expansão do saneamento básico (acesso à água, 
rede de esgotos e coleta de lixo); 
– melhoria na saúde preventiva (vacinação), acesso a 
hospitais e medicamentos. 
 
Observação: muitos países subdesenvolvidos 
emergentes, como o Brasil, já se encontram na fase 3, 
em que o crescimento demográfico declinou muito em 
razão da diminuição drástica da taxa de natalidade. Os 
países desenvolvidos e alguns emergentes, como a 
Rússia, encontram-se na fase 4, com taxa de 
natalidade muito baixa, estagnação no crescimento ou 
até mesmo redução populacional.

Continue navegando