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PRINCIPIOS DOS PREPAROS DENTARIOS - AULA 1

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Aula 1 – Princípios dos preparos dentários para coroas totais 
Requisitos necessários dos preparos dentários protéticos 
 Princípios mecânicos: 
 Retenção: é a qualidade que uma prótese apresenta de atuar contra forças de 
deslocamento ao longo da sua via de inserção. 
 A prótese deve impedir o deslocamento axial da restauração quando submetido a forças 
de tração. 
 Estabilidade: a forma de resistência ou estabilidade conferida ao preparo previne o 
deslocamento da prótese quando esta é submetida a forças oblíquas, que podem provocar 
sua rotação. 
Fatores que determinam a estabilidade e retenção 
 Retenção friccional: contato entre a superfície interna da coroa e externa do dente 
preparado. Quanto mais paralelas forem as paredes axiais do dente preparado, maior 
será a sua retenção friccional. 
 Obs: o aumento exagerado da retenção friccional dificulta a cimentação da restauração 
pela resistência ao escoamento do cimento, impedindo seu assentamento final e 
causando desajuste oclusal e cervical da restauração. 
 Relação altura x largura: a altura do preparo deve ser, pelo menos, igual a largura. (quanto 
maior a altura das paredes, maior a resistência do preparo para impedir o deslocamento) 
e se a largura for maior que a altura haverá maior raio de rotação. 
 Obs: Quando isso não for possível, como nos casos de dentes com coroas curtas, devem 
-se confeccionar sulcos, canaletas ou caixas para criar novas áreas de resistência ao 
deslocamento. 
 Magnitude e direção da força: forças de grande intensidade e laterais podem promover 
o deslocamento da prótese, assim como em pacientes com bruxismo. 
 Integridade do dente preparado: a porção coronal íntegra, seja em estrutura dentária, em 
núcleo metálico ou em resina, resiste melhor à ação das forças laterais do que aquelas 
parcialmente restauradas ou destruídas. 
Rigidez estrutural 
O desgaste deverá ser feito seletivamente de acordo com as necessidades estética e funcional da 
restauração. 
 Deve haver espaço suficiente para a coroa resistir as forças oclusais. 
 
 
 Sobrecontorno: Causa acúmulo de placa; 
 Subcontorno: Tem contato direto com a gengiva, então os alimentos passam a causar 
trauma na região. 
 
Volume do material restaurador 
 O preparo do dente deve seguir os planos básicos da superfície oclusal para obter espaço 
necessário para o material restaurador; 
 O biselamento da cúspide funcional promove espaço para o material restaurador, dando 
rigidez a coroa protética. 
Princípios biológicos 
 Preservação da estrutura dentária 
 Volume de estrutura dentária removida 
 Limite e qualidade do termino cervical 
 Evitar danos gengivais durante o preparo 
Preservação da estrutura dentária 
 Evitar aquecimento do dente durante o preparo 
 Remover somente quantidade ideal de esmalte e dentina 
 Proteger o dente da exotermia dos materiais restauradores provisórios 
 O desgaste excessivo está relacionado a retenção e saúde pulpar, pois prejudica a 
retenção da área preparada e pode trazer prejuízos a polpa. 
 Por outro lado, o desgaste insuficiente está relacionado ao sobrecontorno da prótese. 
Evitar danos as estruturas gengivais durante o preparo 
 Preparo do térmico cervical, quando estendido subgengivalmente não deve agredir os 
tecidos gengivais; 
 A melhor localização do termino cervical é a que o profissional pode controlar os 
procedimentos clínicos e o paciente pode higienizar corretamente. 
 O preparo deve estender-se o mínimo dentro do sulco gengival, exclusivamente por 
razoes estéticas, o suficiente para esconder a cinta metálica da coroa de metalocerâmica 
ou metaloplastica. 
 A extensão cervical dos dentes preparados pode variar de 2 mm aquém da gengiva 
marginal livre até 1 mm no interior do sulco. 
Consequências da falta de rigidez: 
 Deformação constante, deslocamento da borda, fratura da 
cerâmica, rompimento da película de cimento, infiltração 
marginal. 
O potencial de irritação pulpar com esse tipo de preparo depende 
de vários fatores: calor gerado durante a técnica de preparo, 
qualidade das pontas diamantadas e da caneta de alta rotação, 
quantidade de dentina remanescente, permeabilidade dentinária, 
reação exotérmica dos materiais empregados (principalmente as 
resinas, quando utilizadas na confecção das coroas provisórias), e 
grau de infiltração marginal. 
O desgaste excessivo está diretamente relacionado 
à retenção e à saúde pulpar, pois, além de diminuir 
a área preparada, prejudicando a retenção da 
prótese e a própria resistência do remanescente 
dentário, pode trazer danos irreversíveis à polpa, 
como inflamação, sensibilidade, etc. Por sua vez, o 
desgaste insuficiente está diretamente relacionado 
ao sobrecontorno da prótese e, 
consequentemente, aos problemas que isso pode 
causar em termos de estética e prejuízo para o 
periodonto. 
 
 
 Do ponto de vista periodontal, o termino cervical deve localizar-se a 2 mm distante do 
nível gengival. Contudo, só é possível se não ocorrer comprometimento da retenção e 
estabilidade da prótese, ou em casos que o fator estética não é de se considerar. 
 Pacientes com risco de cárie não devem ter o término cervical colocado aquém do nível 
gengival. 
Termino cervical do preparo subgengival 
Razões mais frequentes 
 Razões estéticas  mascarar a cinta metálica 
 Restaurações de amalgama ou resina; 
 Presença de cáries que se estendem para dentro do sulco gengival; 
 Presença de fraturas que terminam subgengivalmente; 
 Razões mecânicas, aplicadas em casos de dentes curtos, para-se aumentar a altura 
dos dentes preparados. 
Obs: quando se indicar o termino cervical no interior do sulco gengival, o profissional 
deve estar consciente quanto a difícil adaptação, higienização e moldagem. 
 O preparo subgengival dentro dos níveis convencionais de 0,5mm e 1mm não traz 
problemas para o tecido gengival, desde que a adaptação, forma, contorno e polimento da 
restauração estejam satisfatórios. 
 
Adequado preparo: 
 Convergência para as paredes 
proximais 
 Termino nítido, liso, uniforme e 
quando indicado levemente 
subgengival.

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