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Profª. Cristiane Literatura Página 1 de 2 Lista de Revisão – 2ª fase – UNICAMP Caiu na primeira fase (UNICAMP 2020): Sermões de Quarta-feira de cinza, Padre Antônio Vieira História do cerco de Lisboa, José Saramago Sobrevivendo no inferno, Racionais MC`s “O espelho”, Machado de Assis O bem-amado, Dias Gomes A cabra vadia, Nélson Rodrigues Não caiu na primeira fase (UNICAMP 2020): Quarto de despejo, Carolina Maria de Jesus A teus pés, Ana Cristina César Sonetos, Luís de Camões “A hora e vez de Augusto Matraga”, Guimarães Rosa A falência, Júlia Lopes de Almeida Caminhos cruzados, Érico Veríssimo QUESTÕES EXTRAÍDAS DE VESTIBULARES DA UNICAMP 1. (UNICAMP 2019) “Parábola: s.f. Narrativa alegórica que evoca, por comparação, valores de ordem superior, encerra lições de vida e pode conter preceitos morais ou religiosos.” (Caldas Aulete, Dicionário Aulete digital. Disponível em www.aulete.com.br/parabola. Acessado em 12/07/2018.) a) Considera-se que a novela “A hora e vez de Augusto Matraga” tem semelhanças com o gênero parábola. Justifique essa afirmação com base em elementos da cena final da narrativa, relacionando-os com a definição apresentada. b) A identidade da personagem Augusto Matraga passa por um processo de transformação ao longo da narrativa. Tal processo é deflagrado por um evento que divide a vida do protagonista em duas fases. Indique o evento responsável por esse processo de transformação da personagem e explique de que maneira ele afetou a sua identidade. 2. (UNICAMP – 2019) Atrás dos olhos das meninas sérias Mas poderei dizer-vos que elas ousam? Ou vão, por injunções muito mais sérias, lustrar pecados que jamais repousam? O texto acima encontra-se no livro A teus pés, de Ana Cristina Cesar. Leia-o atentamente e responda às questões. a) Indique a quem se referem, no texto, a segunda pessoa do plural (“vos”) e a terceira pessoa do plural (“elas”). b) Por meio da partícula “Ou”, o poema estabelece uma alternativa entre duas situações: a ousadia e a ação de “lustrar pecados”. Explique de que maneira a primeira situação é diferente da segunda, levando em consideração o título do poema. 3. (UNICAMP – 2019) (...) Recordo-lhe que os revisores são gente sóbria, já viram muito de literatura e vida, O meu livro recordo-lhe eu, é de história, Assim realmente o designariam segundo a classificação tradicional dos géneros, porém, não sendo propósito meu apontar outras contradições, em minha discreta opinião, senhor doutor, tudo quanto não for vida, é literatura, A história também, A história sobretudo, sem querer ofender, (José Saramago, História do Cerco de Lisboa. Rio de Janeiro: O Globo; São Paulo: Folha de São Paulo, 2003, p.12.) (...) O que você quer dizer, por outras palavras, é que a literatura já existia antes de ter nascido, Sim senhor, como o homem, por outras palavras, antes de o ser já o era. Parece-me um ponto de vista bastante original, Não o creia, senhor doutor, o rei Salomão, que há muito tempo viveu, já então afirmava que não havia nada de novo debaixo da rosa do sol. (Idem, p.13.) (...) Então o senhor doutor acha que a história e a vida real, Acho, sim, Que a história foi vida, real, quero dizer, Não tenho a menor dúvida, Que seria de nós se não existisse o deleatur, suspirou o revisor. (Idem, p.14.) a) Nos excertos acima, revisor e autor discutem uma questão decisiva para as personagens, e explique sua importância para o conjunto da narrativa. b) No terceiro excerto, o revisor utiliza a palavra deleatur. O que significa essa expressão e por que ela é tão importante para o revisor? http://www.aulete.com.br/parabola.%20Acessado%20em%2012/07/2018 Profª. Cristiane Literatura Página 2 de 2 4. (UNICAMP 2018) O trecho abaixo corresponde à parte final do primeiro Sermão de Quarta-Feira de Cinza, pregado em 1672 pelo Padre Antonio Vieira. “Em que cuidamos, e em que não cuidamos? Homens mortais, homens imortais, se todos os dias podemos morrer, se cada dia nos imos chegando mais à morte, e ela a nós; não se acabe com este dia a memória da morte. Resolução, resolução uma vez, que sem resolução nada se faz. E para que esta resolução dure, e não seja como outras, tomemos cada dia uma hora em que cuidemos bem naquela hora. De vinte e quatro horas que tem o dia, por que se não dará uma hora à triste alma? Esta é a melhor devoção e mais útil penitência, e mais agradável a Deus, que podeis fazer nesta Quaresma. (...) Torno a dizer para que vos fique na memória: Quanto tenho vivido? Como vivi? Quanto posso viver? Como é bem que viva? Memento homo.” (Antonio Vieira, Sermões de Quarta-Feira de Cinza. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2016, p.102.) a) Levando em conta o trecho acima e o propósito argumentativo do Sermão, explique por que, segundo Vieira, se deve preservar “a memória da morte”. b) Considere as perguntas presentes no trecho acima e explique sua função para a mensagem final do Sermão. 5. (UNICAMP 2017) Leia o soneto abaixo, de Luís de Camões. “Enquanto quis Fortuna que tivesse esperança de algum contentamento, o gosto de um suave pensamento me fez que seus efeitos escrevesse. Porém, temendo Amor que aviso desse minha escritura a algum juízo isento, escureceu-me o engenho com tormento, para que seus enganos não dissesse. Ó vós, que Amor obriga a ser sujeitos a diversas vontades! Quando lerdes num breve livro casos tão diversos, verdades puras são, e não defeitos... E sabei que, segundo o amor tiverdes, Tereis o entendimento de meus versos!” a) Nos dois quartetos do soneto acima, duas divindades são contrapostas por exercerem um poder sobre o eu lírico. Identifique as duas divindades e explique o poder que elas exercem sobre a experiência amorosa do eu lírico. b) Um soneto é uma composição poética composta de 14 versos. Sua forma é fixa e seus últimos versos encerram o núcleo temático ou a ideia principal do poema. Qual é a ideia formulada nos dois últimos versos desse soneto de Camões, levando-se em consideração o conjunto do poema?