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Crimes Contra o Patrimônio - Roubo Roubo Simples > Subtrair coisa móvel alheia mediante: . grave ameaça - violência moral (ameaça) . violência - emprego de força física . impossibilitando a resistência da vítima - utilização de meios para diminuir a capacidade de resistência da vítima Ex.: após hipnotizar a vítima, anulando sua resistência, realizou a subtração de seus bens. Consumação: com a inversão da posse do bem (como ocorre também no furto) Princípio da insignificância: não se aplica Permite tentativa: sim Roubo Impróprio . Logo após subtrair a coisa, emprega violência ou grave ameaça contra a pessoa para garantir a impunidade ou para manter o bem subtraído . Começa como um furto e evolui para roubo (furto que deu errado) Permite tentativa: não Roubo Majorado (aumento de pena) > Não é possível aumento de pena para o roubo qualificado 1 - Se há o concurso de duas ou mais pessoas . mesmo que uma das partes seja inimputável 2 - Se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância . valores não se limita ao dinheiro em espécie . Ex.: roubo à um carro do mercado livre é considerado um crime majorado 3 - Veículo automotor transportado para outro Estado ou para o exterior 4 - Pela restrição da liberdade da vítima . considerado crime hediondo . Ex.: trancar funcionários de uma loja no banheiro para praticar o roubo 5 – Subtração de explosivos ou de acessórios que possibilite sua fabricação 6 – Emprego de arma branca . todo objeto confeccionado sem finalidade bélica capaz de intimidar ou ferir . Ex.: faca de cozinha, caco de vidro, tesoura 7 – Emprego de arma de fogo (uso permitido) . Circunstância objetiva: se apenas um dos comparsas portar arma de fogo, incide a majorante para os demais que participarem do crime. . Concurso de crimes (porte ilegal + roubo): Não pode ocorrer, sendo o roubo pelo emprego de arma de fogo mais gravoso, absorve o crime do Estatuto do Desarmamento. . Simulacro: não é considerado roubo majorado. Configura-se roubo simples. . Apreensão da arma de fogo não é necessária para configurar roubo majorado. . Arma inapta para o disparo: roubo simples . Arma apta para disparo (desmuniciada): roubo majorado 8 – Emprego de arma de fogo (uso restrito ou proibido) . Aplica-se em dobro a pena prevista Roubo Qualificado > Crime qualificado pelo resultado - Existe o dolo na conduta (roubo) e pode haver dolo ou culpa no resultado. - Exige o emprego de violência. - Se a lesão corporal ou a morte for resultado da grave ameaça, não haverá roubo qualificado. Ex.: Agente aponta a arma em direção à vítima, que ao fugir, acaba sendo atropelada. Responderá por roubo na forma tentada, devendo a pena ser majorada em decorrência do uso da arma de fogo, e não lhe pode ser atribuído o resultado morte. . Lesão corporal grave ou gravíssima (crime hediondo) . Resulta morte (crime hediondo) - É imputada aos coatores, independente de quem foi o causador do resultado. Ex.: Num assalto, à vítima ao reagir recebe o disparo de arma de fogo de um dos assaltantes e morre. Todos aqueles que participaram da ação responderão de forma qualificada, mesmo que não tenham realizado o disparo. - Comete tentativa de latrocínio o agente que, com intenção de apossamento, subtrai coisa móvel alheia e dispara contra a vítima, por duas vezes, arma de fogo apta, mas sem êxito na deflagração das munições, por estarem estas molhadas. Crimes Contra o Patrimônio - Extorsão > Constranger alguém mediante violência ou grave ameaça para obter indevida vantagem econômica. . Deve haver o comportamento ativo da vítima, porém não voluntário. - A vítima age conforme o interesse do agente em decorrência do constrangimento ou violência empregada. . Quem, de qualquer modo, concorre para o crime também incide nas penas. . Resultado morte: deixou de ser considerado crime hediondo. > Consumação - no momento em que vítima sede a vontade do agente. Não precisa ocorrer a obtenção indevida da vantagem econômica para ser considerado crime. - desta forma, se admite tentativa no crime de extorsão. Ex.: vítima não sede a vontade do agente, que ameaça divulgar vídeo íntimo, e o entrega à polícia. > Falso sequestro . configura extorsão. . não configura extorsão mediante sequestro ou estelionato. > Extorsão x Estelionato - Extorsão: a intensão da vítima não é entregar, mas faz devido a violência ou grave ameaça. - Estelionato: devido a fraude, a vítima entrega voluntariamente. > Extorsão x Roubo - Extorsão: a intensão da vítima não é entregar, mas faz devido a violência ou grave ameaça. - Roubo: independente do comportamento da vítima, o bem será subtraído. Ex.: bandido da um soco na vítima e subtrai o celular (“toma”). > Aumento de Pena - se praticado por duas ou mais pessoas. - se praticado com o emprego de arma (não exige que seja arma de fogo). - se houver a restrição de liberdade da vítima. > Diferenças quanto a restrição de liberdade e Mediante Sequestro - Mediante sequestro . a intenção é sequestrar a vítima para negociar o resgate com terceiros. . qualquer vantagem como condição ou preço de resgate. . Qualificadora: sequestro durar mais de 24h, vítima menor de idade ou maior de 60 anos. - Restrição de liberdade . o agente constrange a própria vítima, restringindo sua liberdade. . somente vantagem econômica. Crimes Contra o Patrimônio - Dano > Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia. . Necessita dolo, vontade do agente (não pode ter sido sem querer). > Qualificado . com o emprego de substância inflamável . contra patrimônio público . por motivo egoísta . com prejuízo considerável a vítima Crimes Contra o Patrimônio – Apropriação Indébita > Apropriar-se de coisa alheia móvel de que tenha a posse. . Agente possui a posse da coisa. . Aumento de pena: em razão da profissão. Ex.: advogado recebe indenização de ação de representação e utiliza a indenização para quitar dívidas pessoais, não repassando o valor devido ao cliente. . A posse inicial é legítima, a intenção de apropriar deve existir depois da posse. > Apropriação Indébita Previdenciária . Extinção da punibilidade: se o agente, espontaneamente, confessa e efetua o pagamento dos valores antes da ação fiscal (fiscalizações). Crimes Contra o Patrimônio – Estelionato > Obter vantagem ilícita em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro mediante qualquer meio fraudulento. . Emprego de fraude para enganar a vítima. . Vítima entrega espontaneamente ao agente a vantagem por ele pretendida. . Aumento de pena se cometido contra idoso ou vulnerável. . O agente não precisa necessariamente induzir alguém ao erro. > Energia Elétrica . Adulteração do medidor de energia: estelionato . Subtração de energia do poste (“gato”): furto mediante fraude > Representação da Vítima . O crime de estelionato, em regra, necessita de representação da vítima. . Exceções - Contra a Administração Pública - Contra criança ou adolescente - Contra Pessoa com Deficiência Mental - Contra Idoso maior de 70 anos ou incapaz Exemplos Caso 1. (não é estelionato) João telefonou para Maria simulando o sequestro da neta dela, onde Maria enviou dinheiro à conta de João. No que se refere a essa situação hipotética, João praticou o crime de extorsão. O falso sequestro configura o crime de extorsão, pois ocorre coação moral e grave ameaça. > Extorsão x Estelionato - Extorsão: a intensão da vítima não é entregar, mas faz devido a violência ou grave ameaça. - Estelionato: devido a fraude, a vítima entrega voluntariamente. Caso 2. (estelionato) Antônio utilizava diariamente o serviço de manobrista de determinado shopping center para estacionar seu carro. Lara, frequentadora do mesmo local, passou a observar a rotina de Antônio e, certa tarde, se apresentou ao manobrista como namorada daquele, informandoque havia vindo buscar o carro a pedido do namorado. O manobrista entregou as chaves do carro a Lara, que entrou no veículo e saiu da garagem do estabelecimento em alta velocidade. Crimes Contra o Patrimônio – Receptação > Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar coisa que sabe ser produto de crime ou influenciar que terceiros, de boa-fé, a adquire, receba ou oculte. . Não é possível a receptação de bem imóvel. . O agente tem que saber que a coisa é produto de crime. . O crime de receptação é punível ainda que o autor do crime que originou a coisa seja isento de pena. Isso não quer dizer que o autor tenha sido absolvido. No caso do autor que originou a coisa ser absolvido (inexistência do crime), não será cabível a apuração de receptação. > Qualificação .... ter em depósito, desmontar, montar, vender, expor à venda ou de qualquer forma utilizar no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de crime. . Equipara-se à atividade comercial: comércio irregular ou clandestino, até mesmo em residência. Crimes Contra o Patrimônio – Escusas Absolutórias > Situações onde, mesmo que uma pessoa tenha cometido um crime, ela não será punida por ele. . Busca afastar a punibilidade do agente em decorrência ao grau de parentesco que possui com a vítima. . Trata-se de exclusão de punibilidade. > Grau de parentesco mais próximo . isenção de pena . cônjuge casado . ascendente (pai, mãe, avô) ou descendente (filho, neto) > Grau de parentesco mais distante . exige a representação da vítima . no caso do cônjuge separado . irmão legítimo ou ilegítimo . de tio ou sóbrio, com quem o agente viva > Não se aplica a Escusas . Crimes que envolvam o emprego de grave ameaça ou violência à pessoa. . ao estranho que participa do crime. . se o crime é praticado contra pessoa com idade superior a 60 anos. Crimes Contra a Administração Pública > Peculato Funcionário público apropriar-se de valor ou qualquer bem móvel, público ou privado, de que tem a posse em razão do cargo ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio. Peculato Culposo - Se houver a reparação do dano antes da sentença, extingue a punibilidade - Se o reparo ocorrer após a sentença, reduz a pena - Somente nos casos culposos Peculato de Uso Quando um funcionário público usa, para fins particulares, algo que pertence à administração pública, sem a intenção de se apropriar definitivamente da coisa.
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