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AULA 5 TENDENCIAS EM PERSONALIZACAO E MANUFATURA ADITIVA

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AULA 5 
TENDÊNCIAS EM 
PERSONALIZAÇÃO E 
MANUFATURA 
ADITIVA 
INTRODUÇÃO 
As adversidades existentes frente à concorrência global, a redução 
do ciclo de vida de produtos, as progressivas transformações 
tecnológicas além da elevação do nível de demandas requeridas 
pelos clientes vêm aumentando nas últimas décadas, mais 
especificamente nos últimos anos. 
Nesse cenário, os processos de Manufatura Aditiva (AM) vêm se 
destacando pela capacidade de oportunizar liberdade de diferentes 
programações visuais ou design e pela efetividade do material 
empregado, destacando-se pela aplicação ampla em inúmeras 
áreas, como na indústria, saúde e ambientes domésticos. A 
instituição dos conceitos de AM por extrusão de material (com 
inserção de técnicas, como a técnica Fused Deposition Modeling, 
FDM) destaca um enorme potencial fabril de produtos, com a 
possibilidade de competir com técnicas tradicionais de 
processamento de polímeros utilizadas. 
TEMA 1 – CARACTERIZAÇÃO GERAL À 
TECNOLOGIA DE AM 
O delineamento dos processos pertencentes à manufatura aditiva 
(additive manufacturing – AM) contempla a aplicação de 
determinadas ações. como a interpretação de um ou mais modelos 
geométricos 3D; direção e posicionamento individual da geometria 
no volume de construção; uso de escala; particionamento 
computacional da geometria; cálculos de complementação 
individual por camada, conforme a estratégia e a parametrização 
de um processo e, também, a produção de dados que serão 
destinados ao equipamento de AM. 
Apesar da existência de configurações padrão (default) existentes 
nos diversos sistemas, melhorias podem ser aplicadas para 
obtenção de uma maior qualidade nos resultados. Contudo, 
diversos usuários desconhecem essas configurações e aplicam a 
configuração padrão sem conhecerem os impactos sobre o 
resultado final. 
A falta de conhecimento necessário às configurações, por parte dos 
usuários, resulta em um produto final com qualidade inferior ao que 
poderia ser. Nesse sentido, a capacidade de se efetuar 
configurações como precisão dimensional, acabamento superficial 
além das propriedades mecânicas do objeto e a própria diminuição 
do tempo fabril se destaca como um diferencial nas tecnologias de 
AM. Portanto, precisamos entender o planejamento de processos e 
a forma que cada etapa impacta no resultado da fabricação de um 
objeto. 
2 
1.1 Fases do planejamento do processo de AM 
Nos últimos anos, o desenvolvimento industrial tem demonstrado 
um aumento expressivo relativo à competitividade empresarial, 
buscando o atendimento das exigências dos clientes e, nesse 
cenário de demanda, a qualidade, a efetividade e os preços 
empregados nas entregas são imprescindíveis. O entendimento 
das fases do planejamento do processo de AM impacta no 
atendimento dessas exigências possibilitando um melhor resultado. 
As fases fundamentais do processo de AM são análogas às de 
outros processos convencionais de fabricação e envolvem a 
aquisição de modelo geométrico 3D, o próprio planejamento do 
processo e o uso do equipamento de AM no processo fabril, além 
do pós-processamento na produção do objeto. 
Na primeira fase, é produzido um modelo geométrico 3D do objeto 
a ser fabricado, sendo alinhavada a geometria no formato mais 
adequado para AM, ou seja, podem ser empregados os formatos 
STL (Stereo Lithography), AMF (additive manufacturing format) 
entre outros de diferentes formatos no padrão 3D aplicados e 
compatíveis com o equipamento que utilizará esse arquivo. 
Nessa fase, ocorre a utilização de sistemas do tipo CAD ou outros 
sistemas que operem com tratamento de imagens oriundas de 
ressonância magnética, ultrassom ou tomografia computadorizada, 
scanners 3D e, também, de fotogrametria ou similares. 
Figura 1 – Equipamento de Scanner 3D 
Crédito: Lutsenko_Oleksandr/Shutterstock. 
3 
Após a aquisição do modelo em 3D, é iniciado o planejamento de 
todo o processo com as ações de planejamento, em que são 
considerados: orientação, aplicação de escala, posicionamento, 
particionamento (slice), cálculo sobre a base e estruturas para 
suporte, geometria de contorno, trajetória, recheio das camadas e 
produção de dados requisitados pelo equipamento de AM. Essas 
ações serão executadas por meio de um sistema de planejamento 
de processo para AM, também conhecido como sistema CAM 
(computer aided manufacturing). Todas essas ações de 
planejamento descritas são exigidas em todas as tecnologias AM, 
com exceção do cálculo sobre a base e estruturas para suporte. 
1.2 Característica de estrutura em tecnologias de AM 
É importante ressaltar algumas características das tecnologias de 
AM como a da base e estruturas de suporte, as quais, em alguns 
casos, ocorre a necessidade de um adicionamento maior de 
material que supera o volume do objeto. Isto ocorre no intuito de 
que esse acréscimo venha a servir como base ou estrutura de 
suporte. 
 
4 
A função primordial da base está na fixação da peça sobre a 
plataforma de construção. Dessa forma, é evitado seu movimento 
enquanto ocorre o processo de fabricação, servindo como uma 
trava para o material do objeto, ajudando a prevenir possíveis 
deformações, como empenamento pela própria contração do 
material. Com isso, é possível evitar danos ao objeto enquanto 
ocorre a remoção da plataforma, e ainda servir como compensação 
para desnivelamentos ou falhas no plano de superfície oferecidas 
pela plataforma de fabricação. 
TEMA 2 – DEFINIÇÃO DA BASE E ESTRUTURAS DE 
SUPORTE 
A construção de uma estrutura de suporte ocorre pelo depósito de 
material camada a camada, partindo da base, ocorrendo até a 
altura exigida para o depósito do material de um objeto. Sempre 
que um objeto fabricado demandar, uma estrutura de suporte 
poderá ser fabricada inicialmente com a finalidade de possibilitar o 
desenvolvimento fabril de regiões de um objeto que no processo se 
encontrem em suspensão, com desconexão temporária do corpo 
do objeto ou que possuam superfícies negativas, ou seja, inferiores 
a 90o em referência ao plano XY, em que a inclinação é inferior ao 
ângulo de autossuporte (self-supporting angle). Esse ângulo 
representa um valor referente ao ponto em que um material de uma 
camada produzida anteriormente é capaz de manter com 
estabilidade. 
Ao se iniciar o processo de depósito do material nas regiões que 
necessitam de suporte, fica evidente a necessidade dessa 
estrutura de suporte, uma vez que essas regiões se mostrarão 
desconectadas do corpo do objeto. Ao contrário disso, quando o 
material utilizado na fabricação de um objeto for metálico, as 
estruturas de suporte irão operar de maneira diferenciada. Nesses 
casos, mais que atuando como fixadores na peça da plataforma do 
equipamento, auxiliarão na redução do calor por distribuição, 
dissipando o acréscimo de temperatura ocasionado pelo processo 
de fabricação. 
2.1 Caracterização de estrutura 
Para a elaboração ou produção de um objeto, algumas 
características quanto à estrutura podem auxiliar no processo como 
um todo, possibilitando, além de um melhor resultado, uma 
redução nos custos de produção. Frente a isso, o material a ser 
usado para fabricação da base e estruturas de suporte poderá ou 
não ser o mesmo utilizado para a produção do objeto. Algumas 
tecnologias de AM 
5 
são capazes de utilizar um material de menor custo para o 
desenvolvimento efetivo das estruturas de suporte, usualmente 
planejadas com a sua função básica, fazendo uso de uma 
quantidade mínima de material. 
Figura 2 – Geração de base estrutural de impressão de objeto 3D 
Crédito: Salivanchuk Semen/Shutterstock. 
As vantagens da característica de utilização de diferentes materiais 
oportunizam uma economia de material, uma vez que reduzindo a 
quantidade de resíduos e pontos de desnível visual na superfície 
do objeto, especialmente em regiões onde ocorra o contato do 
suporte com o objeto, a facilitação do processo de retirada de 
estruturas de suporte no final da produção do objeto não só facilitao processo fabril como um todo, mas beneficia a performance 
principalmente em produção sequencial. 
2.2 Diretrizes de processos de fabricação 
Os principais problemas relativos ao processo de fabricação podem 
ser encontrados nas propriedades mecânicas dos objetos ou 
peças, precisão dimensional e qualidade superficial. Essas 
propriedades apresentam uma mecânica nos objetos fabricados 
por AM com uso de tecnologia por extrusão de material como o 
caso de FDM, em que diferentes fatores impactam do resultado. 
 
6 
A definição dos parâmetros de processo de fabricação se 
apresenta como um fator crítico para o êxito no desenvolvimento 
de produtos. Um exemplo está no efeito da orientação de 
construção, em que a espessura de camada além da taxa de 
abastecimento no desempenho mecânico de uma peça fabricada 
fazendo uso de PLA (poliácido láctico) e uma impressora de baixo 
custo alteram a qualidade do objeto e a quantidade de material 
utilizado. 
As propriedades mecânicas relativas à resistência, tração e aflexão 
também impactam nos resultados de produção. A redução do 
tempo de fabricação por meio de uma otimização das trajetórias de 
deposição se apresenta como outra característica que pode ser 
atingida ao se alterar a sequência de deposição de material, 
impactando na resistência do material. Além disso, o fator relativo à 
precisão dos objetos fabricados com tecnologia AM de extrusão de 
material sofre influência direta dos diversos parâmetros do 
processo de fabricação, tanto apresentando características 
positivas quanto negativas, dependendo das variáveis a serem 
exigidas no que tange ao resultado final. 
De acordo com o planejamento do processo de fabricação, a 
primeira fase referente à orientação, posicionamento e escala 
constitui-se na decisão de como o objeto a ser fabricado deverá ser 
orientado em relação ao eixo central de fabricação, considerando o 
sentido direcional do eixo Z. Pelo parâmetro de orientação, é 
possível determinar as regiões ou detalhes do objeto que serão em 
uma forma maior ou menor afetados com o efeito degrau de escala 
e anisotropia, e ainda o nível de precisão dimensional impactando 
na qualidade de produção que apresenta detalhes do objeto. 
Além disso, a fase de orientação apresenta aspectos importantes 
como o fator de escala utilizado na compensação da contração do 
material e a organização dos objetos quanto ao volume de 
construção na produção para o caso de aumento da quantidade de 
objetos simultâneos produzidos. Um modelo de parametrização 
quanto à orientação foca na análise da inclinação dos triângulos 
pela busca na malha STL, identificando a quantidade de triângulos 
enquadrados em um certo limite de inclinação. O resultado se 
apresenta em um posicionamento baseado no número mínimo de 
faces que impactem ou venham a comprometer o resultado quanto 
ao objetivo desejado. 
7 
TEMA 3 – SISTEMAS DE PLANEJAMENTO DE 
PROCESSO 
Ao se observar desde a escalada industrial até o que hoje 
denominamos de quarta revolução industrial ou simplesmente 
Indústria 4.0, vemos diversos impactos na vida das pessoas e de 
organizações, incluindo alguns impactos negativos que devem ser 
enfrentados e tratados. Contudo, muitos foram identificados como 
pertinentes e rentáveis. A Manufatura Aditiva se destaca como 
sendo um desses positivos pilares tecnológicos que atuam sobre 
um novo cenário de desenvolvimento e fabricação de produtos, 
proporcionando a produção de objetos por meio de uma 
impressora 3D. Nesse sentido, os sistemas computacionais 
deverão fornecer e gerar dados que podem ser sobre a produção, 
características da objetos a serem produzidos, padrões 
estocásticos, entre outros. 
Um sistema de manufatura aditiva é um sistema mecatrônico que 
tem como objetivo efetuar a produção de sólidos por adição 
gradual de material baseado em um modelo virtual no computador, 
também denominado de Impressora 3D ou também prototipadora 
rápida. O CAD (computer-aided design) é um projeto assistido por 
computador e o CAM (computer-aided manufacturing) é a 
fabricação assistida por computador. 
Os sistemas ou softwares CAD/CAM têm sua utilização nos 
projetos e fabricação de protótipos, produtos finais ou acabados e 
nos processos de produção. Eles são desenvolvidos com o intuito 
de projetar um protótipo além de programar os processos de 
manufatura, principalmente em processos de usinagem CNC, o 
qual se fundamenta em um processo de fabricação que faz uso de 
computadores no intuito de automatizar equipamentos e 
ferramentas em diferentes etapas de produção. 
O software CAM faz uso dos modelos e as montagens criadas no 
software CAD têm o propósito de fornecer recursos para os 
equipamentos efetuarem a conversão dos projetos em peças 
físicas. Em resumo, o software CAD/CAM é usado para projetar e 
fabricar protótipos, peças acabadas e processos de produção. 
Um exemplo de utilização é o de em protótipos desenvolvidos pela 
Embraer, que é um conglomerado nacional brasileiro que atua no 
ramo de fabricação de aviões comerciais, executivos, agrícolas e 
militares, além de peças aeroespaciais e serviços de suporte na 
área aeronáutica. Há o uso de impressão 3D nas criações de 
algumas peças, como apresenta a Figura 3, onde pode ser 
8 
observado um equipamento de impressão 3D manufaturando um 
protótipo de asa para um dos aviões da empresa, utilizando 
sistemas. 
Figura 3 – Produção de protótipo de asa de aeronave 
Crédito: ANGELIKA WARMUTH / DPA / ZUMA press / Imageplus. 
É importante reforçar que os sistemas de AM se caracterizam 
principalmente pela capacidade de operar, com o mínimo de 
intervenção humana, na construção de componentes mecânicos 
fazendo uso somente de insumos inseridos em seu compartimento 
de material. 
3.1 Visões de sistemas de AM 
A utilização da tecnologia de sistemas de AM vem sendo utilizada 
cada vez mais nos processos de manufatura avançadas. Com isso, 
novos modelos surgem para a logística e a capacidade de entrega 
de produtos diretamente para o cliente final. Um varejista de peças 
e componentes para determinado tipo de indústria como a 
automotiva, por exemplo, adquirindo uma impressora 3D 
diretamente no seu ponto de vendas, terá a capacidade de efetuar 
a impressão de uma peça, eliminando etapas que vão desde a 
produção pela indústria até o fator da distribuição, incluindo o 
processo logístico e de armazenagem de produto. 
Segundo essa visão, podemos ver ainda a capacidade de que uma 
indústria que opera com a produção de conjuntos montados ou kits 
adquirirá a 
 
9 
capacidade de efetuar a produção de peças customizadas, cuja 
fabricação era efetuada por outro fornecedor. 
Esse contexto se destaca pela capacidade transformadora de toda 
uma cadeia de suprimentos. A partir do instante em que uma 
empresa necessite de uma peça, será capaz de efetuar sua 
fabricação por meio da manufatura aditiva, obrigando o fornecedor 
a alterar o seu modelo de negócios. Entendendo as características 
exigidas na competitividade do seu produto, esse mesmo 
fornecedor perde a capacidade de ser um fornecedor de itens, 
passando a ser um perito em projetos de peças, não efetuando a 
venda da fabricação da peça como anteriormente, mas o projeto, 
que será manipulado pela empresa demandante para a produção 
dos objetos por meio da manufatura aditiva. 
TEMA 4 – FABRICAÇÃO DE PEÇAS 
A partir do advento da Revolução Industrial, os processos 
tradicionais de manufatura, como a soldagem, fundição, forjamento 
e torneamento possibilitaram diversos benefícios para a 
humanidade. Até esse momento da história, a atividade 
predominante considerava fundamentalmente o fator artesanal, em 
que um produto poderia sofrer uma demora de meses para ser 
considerado como pronto, com o surgimento da manufatura, surgiu 
também a capacidade de otimizar significativamente o processo de 
produção industrial. Dentro da história da humanidade, temos que 
as sociedades sempre buscaram realizar processos de maneira 
mais rápida e com um maiornível de aperfeiçoamento, o que 
possibilitou o aparecimento de um novo tipo de processo que foi 
denominado de Manufatura Aditiva. 
4.1 Classificação para produção (tecnologias de 
prototipagem) 
Atualmente, existem basicamente três tipos principais para 
classificação de manufatura aditiva (AM). Cada um deles apresenta 
características diferenciadas relativas à elaboração e utilização de 
materiais. A tecnologia de AM vem sendo implementada na 
fabricação de diversos tipos de equipamentos e produtos, 
possibilitando grandes inovações especialmente na atividade 
industrial. Dentro dessa classificação, temos: 
• Modelagem de Deposição Fundida (Fused Deposition 
Modeling – FDM): caracterizada pela utilização de filamentos de 
polímeros para a 
10 
execução do processo de produção de objetos, opera pela 
deposição de camadas que resultam do aquecimento, próximo a 
200°C, proporcionando o amolecimento dos filamentos compostos 
de material termoplástico específico. Ao mesmo tempo, diferentes 
fios amolecidos compõe o suporte para as superfícies que se 
encontram suspensas no modelo, isso proporciona uma 
sustentação a estrutura. 
• Estereolitografia (SLA): fundamentada na polimerização de uma 
resina fotossensível (acrílica, vinil, epóxi) constituída de 
monômeros, fotoiniciadores e aditivos, por meio de um feixe de 
laser ultravioleta, tem como característica a solidificação de resinas 
líquidas com o uso de luz ultravioleta. 
• Sinterização Seletiva a Laser (Selective Laser Sintering – 
SLS): o equipamento que opera com SLS produz objetos 
tridimensionais por meio da superposição de camadas 
homogêneas de polímeros em pó. O ciclo do processo é iniciado 
com a utilização de uma fina camada de pó, a qual irá se solidificar 
pela ação da incidência de um laser. Essa camada de pó é 
trabalhada pelo seu depósito no interior de um cilindro. Outras 
camadas são depositadas mediante roletes sobrepondo a camada 
anteriormente sintetizada e conectadas quimicamente uma com a 
outra pelo uso de calor do equipamento de emissão de laser. Sua 
caracterização se dá pela produção de objetos a partir de materiais 
como plásticos, cerâmicas granulados e metais. 
• Impressão à Jato de Tinta (IJP) – PolyJet – Objet: opera 
com resinas e um material caracterizado como gel na 
construção do suporte, os dois fotocuráveis. Possui o princípio 
fundamental da deposição de minúsculas gotas de resina em 
uma bandeja e, na sua sequência, a cura por luz UV emitida 
seguidamente da deposição da resina em seu processo de 
moldagem. 
• Fabricação de objetos laminados (Laminated Object 
Manufacturing – LOM): os objetos produzidos por meio desta 
tecnologia são obtidos pela colagem recorrente de folhas de 
papel, em que um feixe laser efetua o corte do perímetro 
exterior relativo à camada do objeto. Dessa forma, o processo 
é iniciado pela ação de desenrolar o papel saturado com cola 
termoplástica em sua superfície inferior. Na sequência, ocorre 
uma compressão do papel 
11 
em cima da camada anterior por um rolo pré-aquecido, ficando a 
colagem 
definitiva finalizada. 
• Impressão tridimensional (3DP) – Z Corporation: esse tipo de 
tecnologia 
faz uso de um aglutinante para agrupar o material por meio 
análogo à impressão com jato de tinta. Utiliza um cilindro para 
nivelar a matéria-prima, em seguida, ocorre a deposição do 
aglutinante, esboçando dessa forma a camada 2D. 
Figura 4 – Produção de peças em diferentes materiais para a 
indústria com tecnologia de manufatura aditiva (AM) 
Fonte: elaborado com base em Renishaw; Advanced manufacturing services; 
EOS; ARCAM 
12 
 
4.2 Volumes de produção de peças 
Para um ambiente de produção com tecnologias de AM, 
precisamos entender as características de processos por 
enxurrada, sendo que quando se aumenta o número de objetos a 
serem fabricados em um mesmo ciclo de processamento em 
determinado equipamento, se reduz o custo unitário desses 
objetos. Um exemplo desse fato pode ser observado em processos 
que necessitem de um elevado nível de tempo de preparo do 
equipamento, ou para a retirada de objeto dentro de determinados 
parâmetros de segurança, como são os casos de processamento 
por fusão. 
Podemos definir o volume de construção de um equipamento de 
AM com base no maior volume capaz de ser empregado na 
construção de um objeto. O formato geométrico apresentado nesse 
volume, de maneira geral, destaca-se como sendo um 
paralelepípedo de dimensões da base definidas no plano XY, 
enquanto na altura é empregado o eixo Z. Devido aos avanços 
tecnológicos, esses volumes vêm sendo aumentados, uma vez que 
dependem diretamente do modelo do equipamento para determinar 
a ampliação do volume. 
O posicionamento dos objetos deve ser observado, uma vez que 
cada uma das tecnologias de AM apresenta considerações 
específicas. Em algumas tecnologias, como PolyJet, no caso da 
ocupação 2D, devido à largura apresentada pelo cabeçote de 
jateamento, se indica a inserção de peças de 
13 
maneira ordenada, sendo a partir da mais elevada para a menos 
elevada, com início localizado no canto superior esquerdo da 
bandeja com destino à sua direita. Isso se deve ao fato de que 
esse canto se apresenta como posição inicial ou de referência do 
cabeçote de jateamento. Dessa forma, ocorre uma redução no 
deslocamento do cabeçote no plano XY, visando à cobertura todos 
os objetos. 
Com isso, acontece uma redução no tempo total de fabricação de 
um objeto. 
É necessário esclarecer que, da mesma forma que na 
parametrização da orientação, a organização das peças no volume 
de produção é uma atividade demandada ao operador, o qual deve 
priorizar o melhor uso possível desse volume. Essa ação tem a 
função ou o objetivo de preencher de maneira otimizada o volume 
para que se possa introduzir a maior quantidade de objetos 
possível, compreendendo as restrições de dimensões do volume 
de produção, dimensões 
de objetos, qualidade e tempo de produção. 
TEMA 5 – PROCESSAMENTO POSTERIOR AO 
PROCESSO (PÓS- PROCESSAMENTO) 
A partir da finalização do processo de impressão 3D, 
frequentemente ocorre a necessidade de se executar um processo 
de finalização de superfície. O pós-processamento e o acabamento 
superficial se apresentam como sendo um forte obstáculo para a 
manufatura aditiva. Ocorre que a superfície sofre um alto impacto 
em suas propriedades mecânicas, a exemplo da forte fadiga e a 
própria funcionalidade do objeto. Lamentavelmente, os objetos 
dificilmente estarão finalizados para uso final após o término da 
impressão. Possuir o conhecimento sobre cada um dos métodos 
operados pelas diferentes tecnologias de AM é essencial para se 
alcançar a maior qualidade possível nos objetos produzidos, 
economizar tempo e eliminar os custos desnecessários. 
Em um processo com tecnologia DMLS (manufatura aditiva 
metálica), por exemplo, depois de acontecerem todas as etapas do 
processo de AM, finalizando a produção do objeto, é exigido que se 
aguarde determinado tempo para o resfriamento do objeto. Esse 
processo tem a possibilidade de se estender por até 2 horas, por 
ser um processo de aquecimento assíduo do material, não 
afetando as áreas próximas ao ponto focal do laser. Alguns 
processos, a exemplo do EBM, com fusão de peças metálicas, 
podem ter essa etapa estendida por muito mais tempo. 
14 
Após essa etapa, remove-se o pó da impressora e, na sequência, é 
preciso remover o objeto da base de impressão, incluindo os 
suportes de impressão, podendo essa etapa ser realizada 
mediante o uso de serras de fita ou eletroerosão a fio como parte 
desse processo. Os objetos produzidos pela tecnologia DMLS têm 
a mesma capacidade de tratamento que peças de metal 
produzidas pela metalurgia tradicional para ações de 
processamento posterior. Podendo, assim, efetuar a inclusão de 
usinagem, tratamento térmico ou mesmo o acabamento de 
superfícies. 
5.1 Métodos de pós-processamento 
Existe hoje uma enorme variedade de escolhas acerca do 
acabamento de superfície. Nesse contexto,o conhecimento sobre 
a escolha de qual utilizar e quando se deve efetuar sua aplicação é 
capaz de gerar diversas oportunidades para objetos produzidos em 
manufatura aditiva. Previamente a consideração da utilização das 
diferentes técnicas de acabamento, é importante conhecer a 
qualidade superficial desejada. 
• Rugosidade de superfície na impressão 3D: conforme o ângulo 
de produção, podemos ser capazes de alcançar qualidades de 
superfície diferentes, fato que foi extensamente comprovado ao 
longo dos anos mediante distintos estudos, além das experiências 
dos usuários de tecnologias de manufatura aditiva. A exemplo 
disso, em um projeto da Technische Universtität Bergakademie 
Freiberg, os objetos produzidos em Aço Inoxidável 316L 
apresentaram rugosidade média (Ra) ao término da impressão 
entre 5 e 45 µm. Observando no próprio objeto, podemos ver uma 
diferença quanto à rugosidade na parte superior (UpSkin) e inferior 
(DownSkin). 
15 
Figura 5 – Rugosidade em aço inoxidável 
Crédito: zuperia/Shutterstock. 
Os motivos de ocorrência das diferenças quanto à qualidade da 
superfície são diversos. O fator fundamental de influência está na 
estratégia de exposição utilizada em cada área específica. Em 
alguns casos em que existam menores ângulos, os suportes são 
geralmente utilizados para tornar melhor a transferência de calor e 
ainda melhorar a capacidade de produção e, também, prevenir a 
deformação do objeto. A remoção dos suportes é necessária e 
usualmente deriva em uma maior rugosidade da superfície em 
consequência do resíduo da estrutura de suporte que se mantém 
no objeto. 
Em relação ao pós-processamento, uma superfície não 
homogênea é capaz de ampliar as dificuldades no decorrer do 
acabamento, uma vez que uma superfície que se encontra já “lisa”, 
como UpSkin, tem uma maior capacidade de ser acabada mais 
rapidamente para o estado almejado quando comparado com as 
superfícies que se apresentam mais ásperas, como exemplo do 
DownSkin, bem como áreas de suporte. 
5.2 Jateamento 
O jateamento usualmente se apresenta como sendo uma das 
primeiras fases do tratamento de superfície em peças de 
manufatura aditiva. De maneira geral, tem sua usabilidade aplicada 
na limpeza de partículas de pó residuais da superfície, com o 
objetivo de efetuar um alisamento da superfície ou efetuar 
alteração da aparência da peça. A fase ou etapa de jateamento é 
capaz de ser utilizada como sendo uma etapa introdutória para 
homogeneizar a superfície do objeto, com a finalidade de 
proporcionar uma redução das diferenças de rugosidade entre as 
superfícies de DownSkin e UpSkin, presentes nos objetos. 
16 
5.3 Tamboreamento 
O processo de tamboreamento é comumente utilizado para se 
efetuar o polimento de objetos metálicos sendo capaz de atender a 
diversas finalidades, como polimento, rebarbação ou 
esmerilhamento. Utilizado juntamente com o jateamento, que 
antecipadamente remove alguns dos picos, criando uma superfície 
mais homogênea, desse modo, uma quantidade menor de material 
precisa ser removida com o tamboreamento, proporcionando uma 
economia de tempo e possibilitando que os resultados se tornem 
melhores. 
5.4 Polimento eletrolítico de plasma 
Uma outra fase de acabamento que pode ser aplicada é a de 
polimento eletrolítico por plasma (PeP). Essa fase de acabamento 
se caracteriza pela utilização de um processo eletroquímico, o qual 
efetua a remoção de material mediante uma associação de 
distintas reações químicas inseridas em uma camada de plasma 
gerada na superfície do objeto. Quando comparado com o 
polimento eletroquímico tradicional, esse processo faz uso de água 
e sais especiais na função de um eletrólito em lugar de ácidos. O 
polimento de plasma produz superfícies brilhantes e limpas, 
resultando em um perfeito acabamento final. 
17 
REFERÊNCIAS 
CHESHIRE, J. et al. CyberGIS for Analyzing Urban Data. In: 
CYBERGIS for Geospatial Discovery and Innovation. Holanda: 
Springer, 2019. 
FREIRE, T . et al. 3D Printing T echnology in the Construction 
Industry: Sustainability and Automation in Smart Constructions. 
Springer, Cham, p. 157- 167, 2021. 
GIBSON. I.; ROSEN, D.; STRUCKER, B. Additive Manufacturing 
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