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Rodrigo Rosar Comunicação não é o que você fala. Comunicação é o que a outra pessoa entende. Com Carolina Nalon e Valéria Santoro COMUNICAÇÃO NÃO VIOLENTA, EMPATIA E COOPERAÇÃO Gestão de Pessoas: Carreiras, Liderança e Coaching Pós-Graduação em 2 c-Conheça o livro da disciplina CONHEÇA SEUS PROFESSORES 3 Conheça os professores da disciplina. EMENTA DA DISCIPLINA 4 Veja a descrição da ementa da disciplina. BIBLIOGRAFIA BÁSICA 5 Veja as referências principais de leitura da disciplina. O QUE COMPÕE O MAPA DA AULA? 6 Confira como funciona o mapa da aula. MAPA DA AULA 7 Veja as principais ideias e ensinamentos vistos ao longo da aula. ARTIGOS 37 Links de artigos científicos, informativos e vídeos sugeridos. RESUMO DA DISCIPLINA 38 Relembre os principais conceitos da disciplina. AVALIAÇÃO 39 Veja as informações sobre o teste da disciplina. 3 Mediadora de Conflitos, Facilitadora de Círculos de Paz e Sócia da Acrópole Câmara de Mediação e Conciliação. Possui graduação em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), especialização em contratos, também pela UFRGS, e Mestrado em Direito Internacional pela USP. VALÉRIA SANTORO Professora PUCRS Fundadora do Instituto Tiê, é mediadora de conflitos especialista em Comunicação Não Violenta. Idealizadora do projeto Caminho da Comunicacão Autêntica, tem como foco de seu trabalho a discussão de temas como compaixão, empatia, diversidade e privilégios. O Instituto Tiê hoje presta consultorias para algumas das maiores empresas do país. Em 2016, foi convidada para palestrar sobre empatia no TEDx PedradoPenedo, onde contou um pouco sobre o que a levou a trabalhar com Comunicação Não Violenta, e em 2019 no TEDx Árvore Grande no qual falou sobre como demonstrar empatia em uma sociedade desigual. Faz parte do Coletivo CNV Brasil e é entusiasta da Justiça Restaurativa no Brasil. CAROLINA NALON Professora Convidada c-Conheça seus professores 4 Ementa da Disciplina A comunicação empática e cooperativa. A expressão de sentimentos e necessidades. O uso incorreto do medo, da vergonha, da acusação, do erro, da coerção, das exigências ou ameaças no processo comunicacional. Estratégias para uma comunicação não violenta. 5 Bibliografia básica ROSENBERG, M. Comunicação não-violenta: técnicas para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais. São Paulo: Ágora, 2006. BROWN, B. A coragem de ser imperfeito. Rio de Janeiro: Sextante, 2016. NEFF, K; Autocompaixão: Pare de se torturar e deixe a insegurança para trás. eBook Kindle, 2017. Bibliografia complementar ROSENBERG, M. Vivendo a comunicação não violenta. São Paulo: Ágora, 2019. ROSENBERG, M Juntos Podemos Resolver Essa Briga. São Paulo: Palas Athena, 2020. BROWN, B. A coragem para liderar: Trabalho duro, conversas difíceis, corações plenos. Rio de Janeiro: Best Seller, 2019. GOLEMAN, D. Trabalhando com a Inteligência Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999. GOLEMAN, D. Liderança: a inteligência emocional na formação do líder de sucesso. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015. As publicações destacadas têm acesso gratuito pela Biblioteca da PUCRS. -aBibliografia básica 6 O que compõe o Mapa da Aula? so MAPA DA AULA São os capítulos da aula, demarcam momentos importantes da disciplina, servindo como o norte para o seu aprendizado. Frases dos professores, que resumem sua visão sobre um assunto ou situação. DESTAQUES Neste item você relembra o case analisado em aula pelo professor. CASE A jornada de aprendizagem não termina ao fim de uma disciplina. Ela segue até onde a sua curiosidade alcança. Aqui você encontra uma lista de indicações de leitura. São artigos e livros sobre temas abordados em aula. LEITURAS INDICADAS Conteúdos essenciais sem os quais você pode ter dificuldade em compreender a matéria. Especialmente importante para alunos de outras áreas, ou que precisam relembrar assuntos e conceitos. Se você estiver por dentro dos conceitos básicos dessa disciplina, pode tranquilamente pular os fundamentos. FUNDAMENTOS Questões objetivas que buscam reforçar pontos centrais da disciplina, aproximando você do conteúdo de forma prática e exercitando a reflexão sobre os temas discutidos. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO Apresentação de figuras públicas e profissionais de referência mencionados pelo(a) professor(a), além de fatos e informações que dizem respeito à conteúdos da disciplina. CURIOSIDADES Conceituação de termos técnicos, expressões, siglas e palavras específicas do campo da disciplina citados durante a videoaula. PALAVRAS-CHAVE Assista novamente aos conteúdos expostos pelos professores em vídeo. Aqui você também poderá encontrar vídeos mencionados em sala de aula. Lembre-se que a diversificação de estímulos sensoriais na hora do estudo otimiza seu aprendizado. VÍDEOS Inserções de conteúdos da equipe de design educacional para tornar a sua experiência mais agradável e significar o conhecimento da aula. ENTRETENIMENTO Aqui você encontra a descrição detalhada da dinâmica realizada pelo professor em sala de aula com os alunos. MOMENTO DINÂMICA 7 Mapa da Aula Os tempos marcam os principais momentos das videoaulas. AULA 1 • PARTE 1 01:10 Carolina trata do seu início na Comunicação Não Violenta, abordando alguns de seus conceitos e trazendo aplicações práticas. Disponível clicando aqui. Para Início de Conversa | Carolina Nalon | TEDxPe- dradoPenedo VÍDEO 01:13 Carolina trata da relação entre empatia e a desigualdade social do contexto atual. Disponível clicando aqui. Como praticar a empatia em uma sociedade desi- gual? | Carolina Nalon | TEDxÁrvoreGrande VÍDEO 01:20 CURIOSIDADE Organização criada em 2012 que tem o objetivo de apoiar o desenvolvimento emocional e ajudar as pessoas a conviver. Acesse o site clicando aqui. Instituto Tiê https://www.youtube.com/watch?v=3qzcPcQjbMI https://www.youtube.com/watch?v=3qzcPcQjbMI https://www.youtube.com/watch?v=pg2_vulZBTU https://institutotie.com.br/ 8 01:51 CURIOSIDADE (1934 - 2015) Psicólogo norte-americano, com PhD em Clinical Psychology pela University of Wisconsin-Madison. É considerado o criador da Comunicação Não Violenta (CNV). Marshall Rosenberg 05:19A nossa linguagem é extremamente contaminada por essa ideia do certo e do errado, do culpado e do inocente e de que os culpados têm que ser punidos pelas coisas que eles fazem de errado. CURIOSIDADE (1902-1987) Foi um psicólogo norte-americano, considerado um dos desenvolvedores da psicologia humanista. Foi presidente da Associação Americana de Psicologia em 1958 e indicado ao Prêmio Nobel da Paz em 1987. Carl Rogers 03:29 05:45A Comunicação Não Violenta é uma forma de colocar a compaixão em prática. Origem da Comunicação Não Violenta (CNV) Para começar a falar sobre comunicação não violenta, nada melhor do que apresentar seu progenitor: Marshall Rosenberg. Ele foi um psicólogo norte-americano, que sistematizou o método influenciado por fatos ocorridos na sua infância, os quais o levaram a começar a questionar sobre o que afasta o ser humano da sua natureza compassiva. Tentanto descobrir o que desconectava as pessoas, Marshall entendeu que a maneira como o ser humano foi se desenvolvendo - passando de caçador coletor para uma posição mais estável, após a domesticação das plantas e animais, e depois começando a pensar os lugares como propriedades - sistemas de dominação surgiram, e a linguagem precisou se adaptar para fazer sentido no contexto. Dessa forma, notou que o ponto que o atraía estava na linguagem. 01:47 9 06:34 Em sua questão central, Marshall pensava sobre a natureza ‘compassiva’ do ser humano. Mas será que realmente temos essa característica? Para você, o ser humano é egoísta ou altruísta? Quais são seus argumentos acerca desse assunto? Como você construiu essa ideia? Alguns apontamentos de pensadores muito conhecidos contribuírampara que acreditássemos que o humano é, por essência, egoísta. Dois dos principais são: Adam Smith e Charles Darwin. Em 1976, quando escreveu “A Riqueza das Nações”, Adam Smith apontou: “Buscando o próprio interesse de maximizar seus ganhos, os bens e os produtos seriam distribuídos por uma mão invisível”. Com isso, foi difundida a ideia de que a busca por um interesse próprio, de maximizar o ganho, é o que mais faz com que os sujeitos contribuam para a sociedade e que o egoísmo seria algo essencial. No entanto, em 1779, em “Teoria dos Sentimentos Morais”, o mesmo autor apontava: “Por mais egoísta que se suponha o homem, evidentemente há alguns princípios em sua natureza que o fazem interessar-se pela sorte dos outros e considerar a felicidade deles necessária para si mesmo” Já na publicação de “A Origem das Espécies”, de Charles Darwin, houve a interpretação generalizada de que, na luta pela existência, quem sobreviveria seriam os mais fortes. Apesar disso, a interpretação mais correta é a da sobrevivência do mais adaptado. Com isso, a professora aponta um uso de recortes convenientes dos pensamentos dos autores para justificar a maneira como a sociedade vem sendo construída. A natureza do ser humano 08:11 CURIOSIDADE (1723 - 1790) Filósofo e economista britânico nascido na Escócia. É considerado o pai da economia moderna e o mais importante teórico do liberalismo econômico. A Riqueza das Nações é considerada a obra mais influente de Smith. Adam Smith 08:13 CURIOSIDADE Naturalista, geólogo e biólogo britânico. Ficou muito conhecido por sua obra “ A origem das espécies”, que é considerado um dos livros acadêmicos mais influentes da história, tendo contribuído para o entendimento da evolução da espécies. Charles Darwin 10 13:00 Os estudos sobre empatia são muito recentes. Os neurônios espelho foram descobertos em 1990, na Universidade de Parma, na Itália, através de um estudo com macacos, que explicava que somos feitos para a conexão, para perceber os sentimentos uns dos outros. Nos últimos tempos, as pesquisas vêm avançando muito, e está sendo visto cada vez mais o quanto a empatia faz parte da natureza humana - tanto quanto a vontade de competir. Para demonstrar isso, a professor traz um vídeo de pesquisadores sobre altruísmo em crianças. Estudos sobre empatia 14:55 Nós, como seres humanos, somos feitos, construídos, para a conexão, para perceber esses sentimentos um do outro. CURIOSIDADE Professor no Departamento de Psicologia da Universidade Emory e diretor do Centro Living Links no Centro Nacional Yerkes de Pesquisa sobre Primatas. Escreveu diversos livros, como “Eu, primata”, “A era da empatia” e “O último abraço da matriarca”. Frans de Waal 23:59 25:06A colaboração é uma força tão importante para a seleção natural quanto a competição. Então essas duas coisas estão andando juntas dentro da gente. 26:02 Segundo a professora, Comunicação Não Violenta não é sobre se tornar bonzinho, dócil, querido, evitar conflito e ser agradável. Da mesma forma, não é só para pessoas que são violentas. Para elucidar, Carolina define a violência e a não violência. Segundo Simone Weil, “A violência é o que torna coisa alguém submisso. Quando exercida até o final, a violência transforma o homem em uma coisa, no sentido literal da palavra, pois o transforma em um cadáver”. Tratando da frase de Simone Weil, Carolina aponta que a violência está nas coisas mais drásticas - como na morte - mas também em ações sutis - quando o ser humano desumaniza o outro. A professora ressalta que é muito Afinal, o que é CNV? 27:21 Obra de Jean-Marie Muller, publicada em 2007, que traz o pensamento de diversos pensadores que, ao longo da história, defenderam a não violência. Livro: O princípio da não violência LEITURAS INDICADAS 11 29:31 [A Comunicação Não Violenta] é uma humanização radical das nossas relações. 30:25 A gente está imerso na ideologia da violência. interessante perceber em qual ponto as pessoas veem a violência como algo justificado. Segundo ela, são enxergados dessa forma quando defendem uma causa justa. A não violência, por sua vez, é o ato de recusar o uso da violência como uma estratégia para conseguir as coisas. Para aprofundar a não violência, a professora destaca uma citação de Kant: “Comporte-se de maneira a tratar a humanidade, tanto em sua como na de qualquer outra pessoa, sempre e ao mesmo tempo como um fim, e nunca simplesmente como um meio”. A partir disso, aprofunda a necessidade de olharmos para cada pessoa da sociedade, independente de qualquer de seus característica, e entender que ela é um fim nela mesma, e não um meio, lembrando que todas as vidas importam. 36:42 Na escola, a gente aprende as histórias das guerras. A gente não aprende os mecanismos de construção de paz. CURIOSIDADE (1724-1804) Foi um filósofo prussiano, considerado o principal filósofo da era moderna. Foi fundador da nova teoria do conhecimento, do criticismo e do idealismo transcendental. Immanuel Kant 38:39 41:29É sempre bom lembrar o quanto a gente depende um do outro, e que não vai estar bom para ninguém enquanto não estiver bom para todo mundo. 42:00 O psicólogo criador da Comunicação Não Violenta foi: EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 2 . 12 AULA 1 • PARTE 2 A importância da CNV no ambiente de trabalho Abordando a importância da Comunicação Não Violenta no ambiente do trabalho, a professora aponta que um dos maiores equívocos é pensar que se vive em um mundo de apenas duas dimensões: o pensar e o agir. Assim, quando se tem algum problema, objetivo ou meta, normalmente pessoas são chamadas, se pensa no plano, os responsáveis são determinados e se executa. No entanto, existe uma terceira dimensão: O HUMANO que entra na sala para pensar e O HUMANO que sai da sala para agir. Carolina ressalta a importância de se considerar os sentimentos e as necessidades das pessoas envolvidas em relação aos projetos. Destaca, assim, que se deve conectar antes de resolver, porque quando ocorre a conexão a resolução é melhor. Carolina apresenta uma pesquisa desenvolvida pela Gallup que trata sobre o engajamento no trabalho. Aponta que entre os principais motivos de desengajamento estão: falta de reconhecimento e de serem ouvidos; superiores que ignoram as necessidades e expectativas; pouco diálogo, tanto com colegas como com os líderes/ superiores. Além disso, ainda ressalta que 84% dos profissionais que pedem demissão relatam como motivo o relacionamento com seu gerente direto. Através desses dados, salienta que o desengajamento referente aos gerentes muitas vezes vem do fato das lideranças não aprenderem a se relacionar, a se posicionar e a conseguir se conectar e ouvir o outro, ao mesmo tempo em que conseguem ser autênticos e definir limites. Ainda tratando sobre a mesma pesquisa, aborda mais alguns números: 85% dos entrevistados dizem que pelo menos em uma ocasião se sentiu incapaz de expor uma 00:00 01:49 Cada vez mais, o comportamental, a maneira como a gente consegue pertencer, se adaptar, criar boas relações, é tão importante quanto o nosso currículo, as nossas habilidades técnicas. CURIOSIDADE Autor norte-americano, acadêmico, antropólogo e especialista em negociação. É cofundador do Harvard Program on Negotiation e ajudou a criar a Rede Internacional de Negociação. Entre suas obras estão “Como chegar ao sim: Como negociar acordos sem fazer concessões” (2018) e “Supere O Não: Como negociar com pessoas difíceis” (2019). William Ury 04:01 01:49 Cada vez mais, o comportamental, a maneira como a gente consegue pertencer, se adaptar, criar boas relações, é tão importante quanto o nosso currículo, as nossas habilidades técnicas. 05:37 Quando a gente não para para entender qual é o interesse por trás de uma posição, qualé a necessidade por trás de um comportamento, a gente resolve mal o que a gente tem para resolver. 13 opinião aos chefes, embora acreditasse que o problema era importante; somente 3 a cada 10 pessoas sentem que suas opiniões contam no ambiente de trabalho; se conseguíssemos aumentar, fazendo com que 6 em cada 10 pessoas sentisse que sua opinião importa, se reduziria em 27% a rotatividade, em 40% os incidentes de segurança e haveria um aumento de 12% na produtividade. Dessa forma, a professora Carolina aponta que ser mais humano, além de tudo, traz resultado. Todos esses números têm grande relação com as mudanças no mundo do trabalho. Hoje em dia, cada vez mais o trabalho em equipe está em alta. Entende-se que, em todos os níveis, os funcionários de hoje gastam 50% mais tempo colaborando do que ocorria 20 anos atrás. Dessa forma, destaca a importância de se aprender a se relacionar. Além disso, a professora aborda a importância da confiança interpessoal, e do seu impacto no recebimento dos feedbacks, e da segurança psicológica, que é a possibilidade de emitir opiniões e pensamentos sem se sentir mal. Trazendo as ideias de Dale Carnegie e de Marshall Rosenberg, a professora faz uma contraposição: enquanto o primeiro apontava a necessidade de se ser diplomático e evitar conflitos para progredir na carreira, o outro escrevia: “Um desentendimento sincero pode ser sinal de progresso”. Assim, ressalta o perigo de mensagens como de Carnigie, uma vez que muitas coisas ruins - como corrupção - podem acabar ocorrendo por pensamentos como esse. No entanto, quando o conflito ocorre - segunda mensagem -, é possível que se possa investigar o que é importante para todo mundo. 09:46 Será que a tua equipe sente que a opinião deles é valiosa para você? 14:08 Obra de Amy C Edmondson lançada em 2020. Trata-se de um guia para criação de culturas em que as pessoas se sintam seguras para contribuir com suas ideias. Livro: Organização sem medo LEITURAS INDICADAS CURIOSIDADE (1888 - 1955) Formador, escritor e orador norte-americano. Fundou o Dale Carnegie’s, que é hoje uma rede mundial presente em aproximadamente 97 países, tendo formado mais de 9 milhões de pessoas. É o autor do best seller “Como fazer amigos e influenciar pessoas”. Dale Carnegie 17:45 21:13A Comunicação Não Violenta é um convite para a gente ousar discordar. 14 24:22 Os seres humanos são extremamente colaborativos. Exemplo disso é o contrato social estabelecido no trânsito, onde acreditamos que os outros seguirão as regras para que ele flua da forma correta. No entanto, a questão é: estamos colaborando com o que? Muitas vezes podemos estar colaborando para algo que pode ser prejudicial para alguém. Assim, é necessário refletir se não estamos sendo colaborativos por uma passividade que existe dentro da gente. Assim, Carolina aponta que o contrário da violência não é apenas a não violência, mas também a submissão, e que quando começamos a nos empoderar dos princípios da não violência, começamos a nos questionar por que as coisas são como são e se precisam continuar sendo assim. Por último, a professora introduz os eixos da Comunicação Não Violenta, que são a empatia (sentir e ser percebido) e autenticidade (falar o que tem vontade de uma maneira que seja compreendido), que partem da autoconexão. Dentro desses dois grandes eixos, existem quatro componentes, que são: observação, sentimento, necessidade e pedido. Colaboração 25:51 Livro de Yuval Harari publicado em 2014. Apresenta as instâncias do percurso humano sobre a Terra, desde a Idade da Pedra até o Vale do Silício. O autor amplia e critica a jornada humana, em que deixamos de ser meros símios para nos tornarmos os governantes do mundo. Livro: Sapiens LEITURAS INDICADAS 26:52A gente tem muito mais facilidade de se submeter do que de se rebelar. CURIOSIDADE Foi um advogado, nacionalista, anticolonialista e especialista em ética política indiana. Empregou resistência não violenta para liderar a campanha bem-sucedida para a independência da Índia do Reino Unido e, por sua vez, inspirar movimentos pelos direitos civis e liberdade em todo o mundo. Mahatma Gandhi 27:12 27:00 De acordo com a professora, um dos maiores equívocos é pensar que se vive em um mundo de apenas duas dimensões: o pensar e o agir. No entanto, existe uma terceira, que é: EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 3 . 15 AULA 1 • PARTE 3 30:09 CURIOSIDADE Autor e palestrante inspirador. É autor de cinco livros, entre eles “Comece pelo porquê: Como grandes líderes inspiram pessoas e equipes a agir” e “Líderes se servem por último: Como construir equipes seguras e confiantes”. Simon Sinek 00:00 Para começar a tratar sobre CNV, a professora traz duas opções de abordagem de conversa sobre um conflito. Com a primeira delas, aponta que, algumas vezes, uma pessoa pode ser educada e violenta ao mesmo tempo. No entanto, existe a possibilidade de uma outra abordagem, quando se demonstra mais interesse sobre os sentimentos das outras pessoas de forma genuína. A segunda abordagem apresenta os elementos do processo de CNV, que são a observação, o sentimento, a necessidade e os pedidos. Em seguida, apresenta uma foto e solicita que o aluno observa ela. A partir de algumas respostas dos alunos, aponta que existe um problema quando as pessoas se apegam apenas às suas interpretações sobre os fatos. Assim, a professora aborda quais são as observações, os fatos indiscutíveis, os quais todas as pessoas podem ver na foto. A partir disso, a professora aponta que a mesma lógica funciona para começar conversas difíceis: iniciar pelo que aconteceu, pelo fato sobre o qual se quer Fatos e interpretações 05:01Às vezes uma pessoa pode estar sendo supereducada, tranquila, e extremamente violenta. 08:35 A professora solicita que você pense em uma situação que o incomodou e escreva o que aconteceu. MOMENTO DINÂMICA 14:12Quando a gente começa uma conversa com o fato, a gente diminui a resistência do outro lado. 16 falar, tomando cuidado para colocar esse acontecimento de uma forma livre de interpretação. Segundo Carolina, quando se começa uma conversa por um fato, se reduz a resistência do outro e se gera uma conexão. Além disso, aconselha que se escolha os fatos que serão trazidos para a conversa, pensando para onde se quer direcioná-la, e tomando cuidado para prosseguir a conversa, não apenas distribuir observações. A partir de um vídeo sobre racismo institucional, Carolina aponta que as interpretações podem vir carregadas de preconceitos e vieses, e que quando tomamos a interpretação como verdade, pode ser o caminho para a desconexão. Depois dessa primeira etapa, a professora aponta que é importante demonstrar empatia, com a finalidade de transmitir à pessoa que se está tentando compreender qual seu sentimento e qual a necessidade que ela está procurando suprir. Dessa forma, destaca a empatia como um exercício de imaginação empática, que precisa nascer de um lugar de humildade, de saber que nunca seremos o outro, mas que podemos tentar nos conectar com a experiência dele. 20:19 A professora solicita que você reveja o que escreveu, prestando atenção se o que foi escrito é uma observação, um fato. Caso não seja, pede que reescreva. MOMENTO DINÂMICA 22:39 Empatia: Pode ser definida como a capacidade psicológica para sentir o que sentiria outra pessoa caso estivesse na mesma situação vivenciada por ela. Ou seja, procurar se colocar no lugar do outro, PALAVRAS-CHAVE 25:25 Para falar sobre empatia, a professora aborda muitos vieses que já foram tratados sobre esse tema. Começa falando que a empatia é a capacidade de perceber o sentimento do outro. Ao perceber isso, é possível que se tenha uma ressonância afetiva ou não. No entanto, ela é a porta de entrada para seperceber o outro. Quando se percebe o sentimento do outro, principalmente quando é um sofrimento, temos algumas maneiras de reagir. Uma delas é cair nos obstáculos para a empatia, que são: aconselhar, encerrar o assunto, interrogar, competir pelo sofrimento, corrigir ou demonstrar pena. A outra é conseguir demonstrar para o outro que estamos escutando, ir para um lugar de validação dos sentimentos e checagem do que estamos entendendo. Esse segundo caminho é chamado de empatia cognitiva. É possível seguir essa segunda opção gostando ou não da pessoa, tendo ou não afeto por ela, e isso pode ser exercitado. Para demonstrá-la, é muito importante trazer alguns dos princípios da Comunicação Não Violenta: Caminhos da empatia 33:05 A empatia [...] vai ser sempre um ‘conseguir criar espaço para anfitriar esses conflitos’, essa emocionalidade que aparece na conversa. 17 33:32 Nesta obra, Christian Dunker e Cláudio Thebas abordam alguns questionamentos: Como escutar a si mesmo? Como a escuta pode transformar pessoas? Trazendo experiências, testemunhos, casos e reflexões filosóficas, os autores compartilham o que aprenderam sobre a arte da escuta. Livro: O palhaço e o psicanalista LEITURAS INDICADAS 37:19Comunicação Não Violenta não é algo que a gente fala sobre, é algo que a gente pratica. • Por trás de todo comportamento há uma necessidade. • Toda agressão é uma expressão trágica de uma necessidade não atendida. A partir disso, a professora traz exemplos práticos do dia a dia, e ressalta a ideia de que precisamos aprender a falar sobre as nossas necessidades, aumentando as chances de sermos compreendidos, bem como entender necessidades implícitas nas colocações dos outros. Dessa forma, podemos colocar uma lente, começar a entender que tudo que todos estão fazendo é para suprir uma necessidade, e podemos tentar compreendê-la. O passo seguinte, depois da empatia, é a checagem das necessidades implícitos. 45:20 Tudo que todo mundo está fazendo é para tentar atender alguma necessidade. Que necessidades são essas? 40:00 Conforme Carolina, dentro da CNV, para começar conversas difíceis, os primeiros pontos a serem abordados são: EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 2 . 18 AULA 1 • PARTE 4 00:06 Com a mudança para uma nova cidade, as emoções de Riley, que tem apenas 11 anos de idade, ficam extremamente agitadas. Uma confusão na sala de controle do seu cérebro deixa a Alegria e a Tristeza de fora, afetando a vida de Riley radicalmente. Filme: Divertidamente ENTRETENIMENTO 04:21 Quando a gente cria esse espaço para neutralizar essa carga emocional, a gente consegue se mover muito melhor. 05:24 Existe um ciclo que acontece conosco que pode se transformar um entrave no ambiente de trabalho: o ciclo tóxico. Para exemplificar isso, a professora supõe que uma pessoa recebeu o seguinte feedback acerca do seu relatório: “Seu relatório está mal-feito!”. Carolina destaca que, em primeiro lugar, esse feedback não está bem-feito, uma vez que transmite uma interpretação, não um fato. Em segundo lugar, aponta que, quando se escuta retornos desse tipo, se entra no ciclo tóxico de raiva, culpa e vergonha. O ser humano sente raiva quando quer ter algo que não está tendo - no caso em questão, reconhecimento. Quando sente isso, é muito comum que se queira culpabilizar alguém. Quando se faz isso, se envergonha um terceiro - a pessoa que foi culpada. Ela, por sua vez, tende a se fechar, não querer assumir e procurar Ciclo tóxico 10:15 O ser humano não sabe falar sobre seus sentimentos. Por isso, a professora disponibilizou uma lista de sentimentos e necessidades, que está disponível clicando aqui, e solicita que comecemos a nos familiarizar com eles, tanto para interpretar nos outros quanto em nós mesmos. Para que se treine essa interpretação, a professora faz um exercício prático, trazendo as seguintes frases: “Pra mim chega! Você nunca está satisfeito com o que eu faço!”, “Você abre exceções pra todo mundo aqui, menos pra mim.” e “Ele fica me controlando o tempo todo, assim não dá!”. Investigando necessidades https://matrix.pucrs.br/file/107981 19 envergonhar quem a envergonhou. Assim, o ciclo começa novamente. Dessa forma, parar e tentar compreender a necessidade dos outros é uma maneira de romper o ciclo. Para a primeira frase, aponta a possibilidade de necessidade de reconhecimento e valorização, para a segunda ade igualdade e justiça e para a terceira a de confiança, independência e liberdade. No entanto, destaca a necessidade de checagem disso, não importando se estamos certo ou errado, mas sim que se crie um espaço de abertura. Essa checagem empática pode ser feita através da paráfrase. Em geral, ele envolve a compreensão de um sentimento e de uma necessidade, ou a descrição da situação. Exemplos são: • Você está (sentimento) • Porque você precisa (necessidade)? • Estou escutando que (situação + adjetivo) • Porque você precisa (necessidade)... É isso? No entanto, não é possível interpretar isso como uma fórmula, uma vez que a empatia real depende da presença e do interesse genuíno em se conectar com o outro. Assim, cada situação pode demandar uma intervenção específica. 18:54 Ainda sobre a situação pensada e escrita anteriormente, a professora solicita que os alunos escrevam quais podem ser os sentimentos e necessidades da outra pessoa envolvida na situação. MOMENTO DINÂMICA 22:20 Depois de estabelecida a conexão por meio da empatia, a professora aponta a necessidade de se fazer a escolha deliberada pela ética e compaixão. Destaca isso porque existem outras possibilidades quando faltam esses dois elementos, como a criação da divisão (vender produtos e criar inimigos) ou do burnout empático (exaurir-se por conta da empatia, sendo muito comum para pessoas que têm muito contato com o sofrimento). Descrevendo um estudo, a professora aponta que a empatia e a compaixão possuem circuitos neuronais diferentes. Para se praticar a primeira, deve-se pensar o que o outro está sentindo e o que pode ser importante ele, enquanto que o compaixão demanda uma vontade de fazer com que a pessoa se livre do sofrimento e que se possa fazer algo para ajudar. Conexão 23:32 CURIOSIDADE Psicólogo americano canadense. É professor de psicologia e ciências cognitivas da Universidade de Yale. Seus estudos abordam como crianças e adultos entendem o mundo físico e social, mantendo seu foco em linguagem, moralidade, religião, ficção e arte. É professor convidado da PUCRS na Pós-graduação em Terapia Cognitivo- Comportamental. Paul Bloom 20 31:12A compaixão requer uma sabedoria de que o sofrimento faz parte da vida. 33:53 Teoria criada por Otto Sharner - professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology). Propõe que a escuta se dá em quatro níveis: downloading (piloto automático), escuta factual (nível caracterizado pelo debate), escuta empática (nível de conexão, onde nos colocamos no lugar do outro) e escuta generativa (escuta de conexão mais profunda, quando normalmente surgem insights e criação coletiva). Teoria U FUNDAMENTO AULA 2 • PARTE 1 01:41 Tratando de autenticidade, a professora Carolina destaca que ela se difere do que chama de ‘sincericídio’. Sair falando tudo o que se pensa, pelo contrário, pode ser até sinal de imaturidade emocional. Os julgamentos de cada pessoa podem ser destorcidos, equivocados, uma vez que um ponto de vista é sempre a vista de um ponto. Assim, a CNV convida para que sempre prestemos muita atenção em como as situações afetam a nós mesmos, para que possamos falar sobre nós, não sobre os outros. Além disso, incentiva que se fale sobre as necessidades, e não sobre os comportamentos. Conforme Carolina, uma parte muito importante da autenticidade é relacionada a sabermos falar sobre nossos sentimentos e necessidades.Autenticidade 02:43 Um ponto de vista é sempre a vista de um ponto. 14:36 Se você quer que o outro esteja aberto para o que você está falando, evite esses pseudossentimentos. 35:00 Os termos abaixo são considerados sentimentos, EXCETO: EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 4 . 21 Assim, Carolina apresenta uma lista com dois grupos de palavras. O primeiro contém os termos manipulado, desrespeitado, ignorado e pressionado; no segundo, constam triste, feliz, preocupado e frustrado. Segundo a professora, utilizamos todas elas para falar sobre como nos sentimos. No entanto, afirma que o primeiro grupo é, na verdade, composto e julgamentos que fazemos da ação de alguém - os pseudossentimentos. Quando se emite um pseudossentimento, a tendência é que o outro se justifique, aumentando a probabilidade de que não ocorra a escuta. Outro ponto importante é saber quais são as causas dos nossos sentimentos. Nesse processo, os fatos e os comportamentos dos outros são estímulos, enquanto a causa dos sentimentos são as interpretações e necessidades atendidas ou não. A maneira como interpretamos um evento tem forte impacto na forma como vamos nos sentir em relação a ele. No entanto, o estímulo continua sendo importante, e devemos agir com responsabilidade emocional nos ambientes em que ocupamos. Dessa forma, a professor destaca que é importante que consigamos sair da linguagem da culpa - “Estou irritado, porque você chegou de novo atrasado para nossa reunião!” - e conseguir entender os sentimentos - “Estou irritado porque eu gostaria de ter tido mais tempo para discutir o projeto com você”. Outro ponto abordado é a distinção entre necessidade e estratégia. As necessidades são o que fazem nossa vida ser boa; já as estratégias são os meios que utilizamos para satisfazer essa necessidade. De acordo com a realidade de cada pessoa, as estratégias para suprir essas necessidades podem ser distintas. 17:53 A maneira como a gente filtra um evento tem um impacto na maneira como a gente vai se sentir em relação a ele. 24:14 A Comunicação Não Violenta é uma virada do paradigma do controle para o paradigma da confiança. 25:38 A pesquisadora de relações humanas compartilha uma visão profunda da sua investigação, que a fez mergulhar numa busca interna para compreender a si mesmo e a humanidade. Ted Talk: Brene Brown - O poder de vulnerabilidade VÍDEO 22 34:25 A gente tem esse dever, enquanto sociedade, de conseguir oportunizar estratégias saudáveis para que as pessoas atendam suas necessidades. 38:29 Ainda pensando na situação relatada nas dinâmicas anteriores, a professora solicita que os alunos escrevam quais são os sentimentos que teve/tem e necessidades que deixaram de ser atendidas. MOMENTO DINÂMICA CURIOSIDADE (1906 - 2002) Foi uma médica e epidemiologista britânica especializada em medicina social e efeitos da radiação na saúde. Alice Stewart 39:18 AULA 2 • PARTE 2 00:00 Quando falamos em necessidade, tratamos de algo que necessitamos e não cessa. Ou seja, quanto mais temos, mais queremos. No entanto, existe a operação no déficit e na beleza das necessidades. Quando nos encontramos na primeira posição, estamos travados na história, possuímos pensamentos julgadores, e essa situação nos traz uma dor amarga e um aperto. Quando atuamos na beleza das necessidades, percebemos que elas têm uma qualidade energética no nosso corpo, que produz um desejo e uma saudade sobre aquilo que não temos naquele momento, podendo se tornar uma dor doce e proporcionando que desfrutemos disso de um lugar de relaxamento. Necessidades 01:44 A professora solicita que os alunos escrevam em uma folha: • O que estão sentindo falta de fazer? • Que necessidades você atenderia ao fazer isso? • Quais são outras maneiras de tender essas mesmas necessidades enquanto você não pode fazer o “ideal”? MOMENTO DINÂMICA 23 13:27 Depois de executadas as fases anteriores, vamos para o pedido. Ele pode ser feito de duas formas: através de uma abertura para compreender as necessidades de ambos os lados e decidir uma solução, ou por meio de uma colocação mais focada e específica. No entanto, é muito importante sempre se questionar se o que fazemos são pedidos ou exigências. Normalmente, só se descobre quando se recebe um não, uma vez que se para mim a pessoa não tem chance de escolher, era uma exigência. No caso de um não, devemos oferecer empatia e tentar compreender os sentimentos e necessidades por trás da resposta. Existem grandes perigos em aprender a simplesmente obedecer uma autoridade. Um deles é o de formar ou contribuir na formação de uma pessoa que não se levantará frente a algo que é antiético. Pedido 23:07Não é porque a pessoa tem quatro anos ou porque a pessoa tem um cargo menor do que o seu que ela não tem desejos, vontades, necessidades... 26:47 o psicólogo Stanley Milgram faz experimentos de obediência, inspirados nos eventos do Holocausto. Nesse trabalho, pessoas eram levadas a dar supostos choques elétricos em terceiros, mesmo quando escutavam gritos de dor. Filme: O Experimento de Milgram ENTRETENIMENTO 29:46 É muito perigoso quando a gente para de pensar por nós mesmos e chegar às nossas próprias conclusões porque a gente está obedecendo uma autoridade. 30:28 Ainda sobre a situação tratada nos exercícios anteriores, a professora solicita que os alunos escrevam quais são os seus pedidos. Estimula ainda para que sejam escritos de forma específica e que se considere as necessidades de ambos os lados. MOMENTO DINÂMICA 24 35:41 Autenticidade é essa prática diária de abandonar quem nós pensamos que devemos ser e assumir quem somos. 35:52 A professora destaca que sempre que temos um problema, na verdade temos dois: o referente ao problema em si e o da relação. Assim, afirma que sempre devemos focar nos dois, já que nenhuma pessoa gosta de se sentir menos importante do que o problema. Se fizermos o contrário, a tendência é que a conexão se dissipe. Necessidades da relação 41:18 Em última instância, quando a gente usa a CNV, todos os pedidos que a gente faz, no fundo, querem dizer: ‘ eu quero ter uma melhor relação com você’. 41:56 A professora mostra como colocar a CNV em prática em reuniões de times. Seu método passa por cinco passos: Show do lobo: quais são os principais desafios de relacionamento dentro do time/ entre times / com os clientes? Observação: quais são as atitudes/ fatos que evidenciam esses desafios? Sentimento: o que você sente quando esse tipo de situação ocorre? Necessidade: quais necessidades deixam de ser atendidas? Pedidos: Considerando as necessidades que vocês gostariam de ter atendidas, quais pedidos vocês gostariam de fazer uns para os outros, para liderança, para RH, etc? CNV em equipe 43:00 Ao colocar a CNV em prática com equipes, passa-se por cinco passos. As opções abaixo estão entre eles, EXCETO: EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 4 . 25 AULA 2 • PARTE 3 00:00 Um dos principais objetivos de quem começa a estudar a CNV é se relacionar melhor com as pessoas. No entanto, a CNV vai além disso. A professora aborda as distinções sociais existentes - como raça, gênero, sexualidade, classe social entre outras - e como isso afeta a vida de muitas pessoas diariamente. A partir disso, citando Marshall Rosenberg, afirma: “Se uso a Comunicação Não Violenta para ajudar as pessoas a conviverem melhor com suas famílias e amigos, mas não lhes ensino como transformar os sistemas sociais no mundo, então me torno parte do problema. Pois, estarei utilizando a CNV como um narcótico.” Dessa forma, Carolina estimula que enxerguemos as estruturas presentes na sociedade, para que, a partir disso, seja possível compreender os lugares de privilégios. Além disso coloca a necessidade deprovocarmos os lugares que ocupamos para que eles tenham a diversidade que existe no mundo. A partir disso, a professora faz o exercício da caminhada dos privilégios, com a finalidade de trazer reflexões sobre esse tema. CNV e sociedade 13:10 A gente precisa, urgente, olhar para a nossa sociedade, a maneira como ela está estruturada, olhar para as organizações, a maneira como elas estão estruturadas, e entender: quem tem mais responsabilidade de ter empatia por quem? CURIOSIDADE Filósofa e pesquisadora, sendo considerada uma das principais vozes brasileiras no combate ao racismo e ao feminicídio. É professora convidada desse curso. Djamila Ribeiro 17:38 26 26:48 A professora convida os alunos a fazerem o exercício da caminhada dos privilégios. Ela solicita que peguem uma folha e faz algumas perguntas, listadas abaixo. Todas as vezes que o aluno pontuar, deve marcar um ponto, anotando o número da pergunta e 1. Caso não pontue, deve escrever o número da pergunta e 0. No final, deve-se somar quantos pontos foram feitos. 1. Se tem acesso à internet, pontue. 2. Se podia viajar por conta própria pelo mundo sem sentir medo de assédio ou violência sexual, pontue. 3. Se você cresceu com seus pais pagando por um plano de saúde particular, pontue. 4. Se demonstra afeto por seu companheiro ou companheira em público sem sentir medo de ridicularização ou violência, pontue. 5. Se seus ancestrais diretos (tataravós/ bisavós) NÃO vieram ao brasil escravizadas, pontue. 6. Se as pessoas que lhe criaram NÃO tiveram que trabalhar à noite, nos finais de semana ou em dois empregos para sustentar a família, pontue. 7. Se nunca precisou escolher entre carreira e ter filhos/filhas, pontue. 8. Se veio de um ambiente familiar que lhe apoiava em seus projetos e ambições, pontue. 9. Se o bairro onde cresceu NÃO tinha alta incidência de crime ou tráfico de drogas, ou já foi invadido e ocupado pelo poder público, pontue. 10. Se você nunca escutou que existe “cura” para sua orientação sexual, pontue. 11. Se seguranças de estabelecimentos comerciais NUNCA te seguiram por conta da sua cor de pele, pontue. 12. Se usa o banheiro no qual se sente mais confortável em espaços públicos, pontue. 13. Se você não precisa passar pelo constrangimento de acharem que você é a babá ou motorista dos seus próprios filhos, pontue. MOMENTO DINÂMICA CURIOSIDADE É Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Diretor Emérito do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça. É professor convidado da Pós-graduação em Direitos Humanos, Responsabilidade Social e Cidadania Global da PUCRS. Boaventura de Sousa Santos 23:51 38:11 Capacitismo: Termo utilizado para tratar da discriminação, preconceitos e opressão contra pessoas com deficiência físico- motora, visual, auditiva, intelectual, de aprendizagem, condições do espectro autista, colostomia, entre outras. PALAVRAS-CHAVE 40:10 A meritocracia ainda é uma ilusão, principalmente em um país como o Brasil. 27 14. Se o seu pai participou ativamente da sua criação, pontue. 15. Se a sua mãe participou ativamente da sua criação, pontue. 16. Se não teve que trabalhar para ajudar família durante ensino médio ou superior, pontue. 17. Se o nome no seu documento de identidade é o nome com o qual você se apresenta às pessoas, pontue. 18. Se já conseguiu emprego por amizade, parentesco ou indicação pessoal, pontue. 19. Se havia mais de cinquenta livros na casa onde cresceu, pontue. 20. Se você nunca sofreu por falta de acessibilidade nas calçadas e demais vias públicas, pontue. AULA 2 • PARTE 4 00:00 A professora aponta que não devemos olhar para o resultado na caminhada dos privilégios sentindo culpa ou vergonha, uma vez que foi a vida que impôs as condições. Ao contrário, incita para que se use os privilégios que temos para provocar os espaços; bem como para que quem teve uma pontuação baixa corra atrás de mudança de vida, mas também da sociedade. Assim, a professora ressalta que esse resultado da caminhada dos privilégios não é sobre você, mas sobre a sociedade. Dessa forma, incentiva a irmos atrás e nos informarmos sobre o que está acontecendo. A partir disso, Carolina traz alguns dados sobre as múltiplas faces da desigualdade no Brasil. CNV e sociedade 09:27 Ou o mundo se torna mais justo, ou a gente desaparece enquanto espécie. CURIOSIDADE Organização criada em 2014 pela sociedade civil brasileira com o intuito de construir um Brasil com mais justiça e menos desigualdades. Acesse o site clicando aqui. Oxfam Brasil 10:00 45:00 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO A CNV ajudar as pessoas a conviverem melhor com suas famílias e amigos. No entanto, conforme Marshall Rosenberg, ela deve ter outra finalidade, que é: R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 1 https://www.oxfam.org.br/ 28 13:59 Distinguindo intenção e impacto, a professora aponta que julgamos os outros pelo impacto que as ações deles têm na gente, mas queremos ser julgados pelas nossas intenções. Assim, quando machucamos uma pessoa, ao invés de tentar se justificar, o ideal é que tentemos tomar atitudes para que isso não ocorra mais. No caso de um ato preconceituoso, por exemplo, o impacto é a maneira percebida, e não conseguimos reconhecer o impacto das nossas ações se não reconhecermos nossos privilégios. O ideal, desse modo, é buscar compreender o impacto que nossa ação teve, tentar aprender sobre o tema e buscar não repetir. Intenção x Impacto 17:06 Mimimi é uma dor que a gente não sente. Como conversar com quem pensa diferente da gente? A partir de apontada a necessidade da conversa com pessoas que pensam diferente de nós, a professora traz alguma dicas para esse processo: • Compartilhe sua experiência; • Fale sobre você; • Faça o outro refletir; • “Rir com” e não “rir de” 18:55 23:28A gente não tem que rir das pessoas, a gente tem que rir com as pessoas. 24:26 Segundo a professora, quando nos acordamos para a desigualdade da sociedade, quem se empolga fica com uma faísca de ativismo acesa. No entanto, é preciso fazer isso de um lugar de compaixão feroz, e não de raiva. A partir disso, a professora traz seis perguntas que podemos nos fazer para entender se estamos nesse estado de compaixão. Inimigos distantes 1. “Sou controlado pela minha raiva?” (reatividade emocional) 2. “Eu me sinto moralmente superior?” (demonizar) A paixão feroz CURIOSIDADE Professor israelense e autor do best-seller “Sapiens: Uma breve história da humanidade”, publicado em 2014. Yuval Harari 31:16 29 3. “Eu quero que meu adversário sofra?” (hostilidade) Inimigos próximos 1. “Estou disposto a tomar as medidas necessárias?” (não complacência) 2. “Estou curioso sobre a experiência de outras pessoas?” (não uniformidade) 3. “Estou disposto a sentir a dor dos outros como se fosse minha?” (não-pena) Se você respondeu ‘não’ para as três primeiras e ‘sim’ às últimas, provavelmente está em um estado de compaixão feroz. 33:12 Enquanto o nosso coração estiver batendo, a gente vai ter conflitos. AULA 3 • PARTE 1 CURIOSIDADE Pesquisador de Comunicação Não-Violenta. Possui origem britânica e vive no Rio de Janeiro há mais de 20 anos. Atua no Brasil e outros países na mediação de conflitos e orientando práticas restaurativas. Dominic Barter 03:40 05:12Quando tu consegues escutar verdadeiramente o outro, campos se abrem. 01:10 A professora Valéria se apresenta, fala um pouco sobre a sua carreira e aborda os objetivos do módulo. Introdução 09:48 A professora solicita que, para começar a aula, os alunos pensem em como estão hoje - quais seus sentimentos - que respirem fundo e se conectem consigo. MOMENTO DINÂMICA 30 11:51 A Comunicação Não Violenta ela é uma forma de ver o mundo, ela é uma mudança de visão,de paradigma, de relacionar-se com os outros, com o mundo, de colocar-se no mundo. 15:06Não sabemos nem lidar com os nossos sentimentos, tão pouco expressá-los. 20:27 Quando nós nos propomos a exercitar, a aplicar a CNV, nós estamos nos propondo a exercitar uma atitude cooperativa. 23:26 Sobre a importância da comunicação, a professora destaca o fato de que estamos comunicando o tempo inteiro, e que, na verdade, não existe não comunicar. Para além da comunicação verbal, temos ainda a não verbal, que, conforme Valéria, equivale a 95% do total das nossas formas de nos comunicarmos. Nela estão incluídas a maneira como nos vestimos, as expressões faciais, o gesticular, a movimentação, o tom de voz, o olhar, entre outros. A comunicação é fundamental para os nossos relacionamentos com os outros, independentemente da esfera em que estejamos. Assim, prestar atenção e entender um pouco de comunicação se mostra fundamental. Muitas vezes o que tentamos transmitir é diferente do que é interpretado pelas pessoas. Isso ocorre por múltiplos fatores, como a história do outro, seus sentimentos naquele momento etc. Dessa forma, é muito importante que sempre se faça a checagem para evitar o ruído de comunicação. Importância da Comunicação 28:22 O ruído na comunicação é responsável por grande parte dos conflitos que acontecem. 30:00 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO Podem ser consideradas formas de comunicação não verbal: R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 4 31 30:56 A complexidade do atual cenário demanda cada vez mais que se amplie a colaboração e se inove em velocidades nunca vistas dentro do meio corporativo. A CNV pode auxiliar de forma decisiva na criação de ambientes onde exista empatia e mais colaboração. Esses espaços são mais propícios para a segurança psicológica, facilitando o surgimento de novas ideia e da inovação. Além disso, a professora aponta os possíveis impactos sociais positivos que as empresas podem provocar - tema em alta no contexto atual - nos quais a CNV também pode ser uma opção. Contexto corporativo 34:54 ESG: Sigla em inglês para environmental, social and governance (ambiental, social e governança, em português). Refere-se às melhores práticas ambientais, sociais e de governança de um negócio. Pode ser considerado um critério para investimentos, mais como uma estratégia utilizada para selecionar ativos. PALAVRAS-CHAVE 40:07Este mundo complexo em que nós vivemos precisa de colaboração para que soluções surjam. AULA 3 • PARTE 2 Derrubando muros & construindo pontes Ainda tratando da aplicabilidade dos conceitos da CNV no meio corporativo, a professora apresenta a pesquisa “Como conversar com quem pensa muito diferente de nós sobre temas de gênero?” do Instituto Avon e o Papo de Homem, de 2019. Nela, foram reunidas pessoas que pensam de forma diferente e que estavam dispostas a conversar sobre gênero. Alguns pontos são destacados pela professora: • 64% das pessoas afirmam que o principal obstáculo para ter conversas com quem pensa diferente é a agressividade que essas conversas costumam ter. • 8 em cada 10 pessoas nunca ou quase nunca têm conversas com quem pensa muito diferente. 00:00 09:12Aprender a ter conversas difíceis, estarmos preparados para ter essas conversas difíceis, é um treinamento. 32 • Elas relatavam que à medida que a conversa ia avançando e os argumentos iam ficando mais distantes, ia aparecendo a sensação de desanimo e cansaço. Dentro das organizações, nós convivemos com pessoas com características distintas em muitos âmbitos, e precisamos cooperar com elas. Dessa forma, a CNV, a empatia e a criação de ambientes com segurança psicológica podem cumprir um papel importantíssimo para que consigamos conviver de forma harmônica, lidando de adequadamente com possíveis conversas difíceis e buscando o interesse em comum. Além disso, a professora trata do relatório “Future os Jobs” do Fórum Econômico Mundial do ano de 2020. Entre as 10 habilidades mais requisitadas, estão a empatia com os outros e a solução de problemas complexos. Dada a conexão gerada pela CNV e a necessidade de empatia em sua essência, ela pode auxiliar para chegar em ambas as habilidades. 13:26Em última análise, CNV é conexão verdadeira entre as pessoas. 15:09 A Comunicação Não Violenta é mais do que uma técnica ou método. Ela tem mais ligação com a forma como nos relacionamos com o mundo, uma maneira diferente de se conectar com as pessoas. Dessa forma, pode ser considerada um modo de ser, de pensar e de viver, uma vez que mudamos a forma de olhar para nós mesmos - pensando nos sentimentos e necessidades - de falar e olhar para os outros - uma vez que cada fala proferida para nós é analisada com relação às possíveis necessidades incrustadas. O propósito da CNV, conforme Valéria, é inspirar conexões sinceras entre as pessoas, de forma que as necessidades de todos sejam atendidas através da doação compassiva - conceito diretamente ligado à empatia. Através de citação de Marshall, a professora destaca outra característica da CNV: ela nos tira do automático, uma vez que nos convida a estarmos conectados com o momento presente, com o que estamos fazendo no aqui e no agora, o que promove conversas muito mais profundas e produtivas. Além disso, a professora aborda a metáfora do caminho do chacal e da girafa trazida por Marshall. Segundo ele, a girafa representaria a CNV, contendo em seu caminho a parceria, a conexão, a contribuição para o bem-estar ou não, os sentimentos e necessidades, os pedidos, a escuta e acolhimento da dor e o diálogo empático. Já no caminho do chacal estariam presentes a dominância, o ter razão, o certo e errado, a punição e a recompensa, as demandas, evitar a dor e a briga, a submissão e a fuga. Conceito de CNV CURIOSIDADE É instrutora de Círculos de Construção de Paz e Justiça Restaurativa e autora de obras sobre o tema, como “Little Book of Circle Processes “ (2005) e “The Big Book of Restorative Justice” (2015). Atuou como planejadora de Justiça Restaurativa para o Departamento de Correcional de Minnesota entre os anos de 1994 a 2003. Kay Pranis 18:05 33 28:03 Mindfullness: Prática de se estar no momento presente de maneira mais consciente possível, deixando de lado distrações, pensamentos externos, sentimentos anteriores etc. PALAVRAS-CHAVENo entanto, salienta um ponto: nós temos os dois caminhos dentro de nós. O que devemos fazer é buscar cada vez mais nos aproximarmos das características propostas pela CNV. Falando sobre atender necessidades, e trazendo ensinamentos de William Ury, a professora apresenta a técnica dos cinco porquês, que consiste em questionar o porquê de determinado pedido por cinco vezes para se chegar à verdadeira necessidade. Assim, enfatiza que se seja mais investigativo e se vá mais a fundo nas necessidades dos outros. AULA 3 • PARTE 3 56:12 Cada um de nós tem impacto por onde anda. 00:00 Conforme trazido por Valéria, os ingredientes da CNV são: Observação: Não é uma avaliação, não é uma interpretação, não é um julgamento, é somente uma observação do que está acontecendo. Para ilustrar as interpretações que fazemos na nossa cabeça - e que vão para além dos fatos - a professora traz “A história do martelo”, do livro “Sempre pode piorar ou a Arte de Ser (In)Feliz”, de Paul Watzlawick. Além disso, por meio de um vídeo de título “Rótulos são para latas, não para pessoas”, a professor aborda a necessidade de não nos prendermos aos julgamentos iniciais que fazemos sobre as pessoas. Sentimento: O sentimento é sempre um sinalizador de uma necessidade, seja atendida ou não atendida. Assim, estar atento aos sentimentos é fundamental para que possamos detectar que temos uma necessidade. Necessidade: Tudo o que os seres humanos fazem é para atender Ingredientes da CNV 14:08 Vamos procurar não nos prenderpor estes julgamentos iniciais que fazemos. 18:52 A CNV é uma linguagem de conexão conosco, com o mundo, com o outro que está ali conosco... 34 necessidade. Os nossos movimentos no mundo, de forma geral, são com esse objetivo. Dessa forma, a CNV nos ajuda na autoconexão e no reconherimento das necessidades (tanto nossas quanto dos outros). Além disso, a professora ressalta que na construção de soluções, o caminho ideal é sempre aquele que satisfaz as necessidades de todos os envolvidos. A professora também traz a lista de necessidades (disponível nos seus slides), destacando algumas como autonomia, celebração, integridade, interdependência, comunhão espiritual e necessidades físicas Pedido: Apesar dos seres humanos fazerem pedidos a todo o tempo, a CNV incentiva que eles sejam feitos de forma efetiva e que conecte. Depois de passar pelos passos anteriores (observação, sentimentos e necessidades) vem o pedido. Deve ser feito de uma forma clara, positiva, direta e que comporte um não. A partir disso, a professora traz alguns exemplos de pedidos vagos x pedidos positivos. 20:31 Para aprofundar um pouco mais o tema sentimentos, a professora trata das reações do cérebro. Aponta a existência do reptiliano (instintos mais básicos de sobrevivência), sistema límbico (emoções) e neocórtex (razão). Quando somos atravessados por um sentimento forte, o nosso cérebro é capturado pela amígdala - parte do sistema límbico - e uma enxurrada de adrenalina, de cortisol, inunda a área, e nós entramos em um período refratário - de perda do controle da parte racional. É nesses momentos que saem as piores respostas, que normalmente não falaríamos. Para se voltar a ter domínio da parte racional, leva em torno de 20 minutos - sendo possível reduzir esse tempo por meio de técnicas. Dessa forma, o ideal é que não seja tomada nenhuma decisão nesse intervalo de tempo. Reações do cérebro FUNDAMENTO II 28:51 Eu também preciso ter esse cuidado de verificar como está o outro. 31:14Tudo o que os seres humanos fazem é para atender necessidades. 30:00 EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO O pedido, etapa presente na CNV, deve ser: R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 4 35 AULA 3 • PARTE 4 00:00 A escuta ativa não é feita simplesmente para responder, contra-argumentar ou verificar se concordamos ou não com o que está sendo dito. Ela é uma escuta atenta, interessada, com senso de presença, que tem o objetivo de entender o outro, com curiosidade legítima sobre o que está sendo dito. Para ilustrar essa escuta, a professora traz uma história de uma negociação feita pela NYPD durante o sequestro de um bebê. Escuta ativa CURIOSIDADE Fundador e diretor do Harvard International Negotiation Program, professor associado de psicologia na Harvard Medical School e docente afiliado do Program on Negociação na Harvard Law School. Presta consultoria de resolução de conflitos regularmente para líderes governamentais e empresas. Daniel Shapiro 01:31 08:05 Empatia é um conceito que muitas pessoas conhecem. No entanto, colocá-lo em prática pode ser desafiador. Ela pode ser vista como uma tentativa de se colocar no lugar do outro - embora tenhamos alguns limitadores para isso - olhando o mundo de uma forma que não é a minha. Dessa forma, pode ser enxergada como uma ampliação de consciência, onde entendemos que a nossa forma de ver e de sentir não é a única que existe. Outra definição possível é a de ‘sentir com o outro’. Embora não sintamos como a outra pessoa, sentimos com ela - ao lado dela. Além disso, Valéria retoma a corrida dos privilégios, já abordada pela professor Carolina Nalon. A partir disso, ressalta a necessidade de consciência de que, na vida, nós não saímos do mesmo ponto (empatia cognitiva). Assim, é preciso ter empatia com o caminho dos outros e, quando possível, tomar alguma atitude para ajudar a alterar ou amenizar esse cenário (empatia compassiva). Dentro das empresas, ela proporciona um ambiente de segurança psicológica e de trabalho cooperativo. Isso pode trazer Empatia 23:51 O respeito, que é uma necessidade universal de todo o ser humano, é fundamental para todo esse embasamento das relações. 31:05 Cultivar a empatia no local de trabalho é uma coisa que fornece retornos significativos e concretos. 36 grandes ganhos para a instituição, como o impacto na produtividade, lealdade e engajamento dos funcionários. Para comprovar isso, a professora traz o relatório Empathy Monitor de 2017 (acesse clicando aqui). A professora destaca ainda o Projeto Aristóteles da Google. Ele estudou mais de 180 equipes, analisando cerca de 250 atributos, com a finalidade de compreender os fatores que fazem uma equipe ter sucesso. Entre seus achados, destacaram-se dois fatores fundamentais: comunicação e a empatia. A partir disso, é ressaltada a necessidade de se criar um ambiente de segurança psicológica nas organizações. CURIOSIDADE Pesquisadora norte-americana dos temas de liderança, formação de equipes e aprendizado organizacional. Atualmente, atua como professora na Harvard Business School. Amy Edmondson 34:32 Estratégias para criar ambientes seguros A partir disso, a professora aborda algumas estratégias para a criação de ambientes de segurança psicológica: • Desenvolver a confiança entre os líderes e os colaboradores, onde possa ser possível falar de erros com tranquilidade; • Facilitar a participação para evitar custo do silêncio e estimular a participação; • Criar regras de adultos que empodere as pessoas a tomarem decisões; • Clareza sobre os valores da empresa e os comportamentos que são estimulados e os que não são. 39:26 52:00 A professora Valéria retoma alguns pontos importantes abordados durante a aula. Além disso, traz as considerações finais. Revisão e conclusão 55:00 “Sentir com o outro” é uma possível definição para: EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO R es p o st a d es ta p ág in a: a lt e rn a ti v a 3 https://info.businessolver.com/hubfs/businessolver-workplace-empathy-monitor-2017.pdf 3737 Segurança Psicológica: a chave para uma equipe de alto desempenho. ARTIGO INFORMATIVO Saúde mental no ambiente organizacional: os desafios de uma comunicação não violenta e eficaz com os trabalhadores. ARTIGO CIENTÍFICO VÍDEO Como conversar com quem pensa muito diferente de nós? Artigos Nesta página, você encontra links de artigos científicos, informativos e vídeos sugeridos pelo professor PUCRS. https://lider.academy/blog/voce-promove-a-seguranca-psicologica https://saberhumano.emnuvens.com.br/sh/article/view/424/453 https://saberhumano.emnuvens.com.br/sh/article/view/424/453 https://www.youtube.com/watch?v=8pAK37I1c0w 38 Resumo da disciplina Veja nesta página, um resumo dos principais conceitos vistos ao longo da disciplina. AULA 1 AULA 2 AULA 3 Em última análise, CNV é conexão verdadeira entre as pessoas Um ponto de vista é sempre a vista de um ponto. Não sabemos nem lidar com os nossos sentimentos, tão pouco expressá-los. Aprender a ter conversas difíceis, estarmos preparados para ter essas conversas difíceis, é um treinamento. Quando a gente começa uma conversa com o fato, a gente diminui a resistência do outro lado. A Comunicação Não Violenta é uma forma de colocar a compaixão em prática. Comunicação Não Violenta não é algo que a gente fala sobre, é algo que a gente pratica. A meritocracia ainda é uma ilusão, principalmente em um país como o Brasil. Enquanto o nosso coração estiver batendo, a gente vai ter conflitos. 39 Avaliação Já está disponível o teste online da disciplina. O prazo para realização é de dois meses a partir da data de lançamento das aulas. Lembre-se que cada disciplina possui uma avaliação online. A nota mínima para aprovação é 6. Fique tranquilo! Caso você perca o prazo do teste online, ficará aberto o teste de recuperação, que pode ser realizadoaté o final do seu curso. A única diferença é que a nota máxima atribuída na recuperação é 8. Veja as instruções para realizar a avaliação da disciplina. Gestão de Pessoas: Carreiras, Liderança e Coaching Pós-Graduação em Conheça seus professores Conheça os professores da disciplina. Ementa da Disciplina Veja a descrição da ementa da disciplina. Bibliografia básica Veja as referências principais de leitura da disciplina. O que compõe o Mapa da Aula? Confira como funciona o mapa da aula. Mapa da Aula Veja as principais ideias e ensinamentos vistos ao longo da aula. Artigos Links de artigos científicos, informativos e vídeos sugeridos. Resumo da disciplina Relembre os principais conceitos da disciplina. Avaliação Veja as informações sobre o teste da disciplina. Botão 232: Botão 233: Botão 234: Botão 235: Botão 237: Botão 238: Botão 239: Botão 240: Botão 242: Botão 243: Botão 244: Botão 245: Botão 247: Botão 248: Botão 249: Botão 250: Botão 252: Botão 253: Botão 254: Botão 255: Botão 257: Botão 258: Botão 259: Botão 260: Botão 262: Botão 263: Botão 264: Botão 265: Botão 272: Botão 273: Botão 274: Botão 275: Botão 267: Botão 268: Botão 269: Botão 270: Botão 102:
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