Prévia do material em texto
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 1 VESTIBULARES Prof. Bruna Klassa Aula 11 – Animais Vertebrados. vestibulares.estrategia.com EXTENSIVO 2024 Exasi u ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 2 SUMÁRIO RECAPITULANDO... 4 1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS CORDADOS 6 2. CORDADOS 8 2.1 Cefalocordados 8 2.2 Urocordados (ou Tunicados) 9 2.3 Vertebrados 10 2.3.1 Agnatha (peixes sem mandíbula) 11 2.3.2 Gnathostomia (peixes com mandíbula) 12 3. PEIXES 12 3.1 Peixes cartilaginosos (Chondrichthyes) 13 3.2 Peixes ósseos (Osteichthyes) 13 3.3 Organização geral 14 3.4 Origem dos tetrápodes 17 4. ANFÍBIOS 20 4.1 Organização geral 20 4.2 Classificação 22 5. RÉPTEIS 25 5.1 Organização geral 28 5.2 Classificação 29 6. AVES 34 6.1 Organização geral 34 7. MAMÍFEROS 38 7.1 Organização geral 38 7.2 Classificação 39 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 3 8. CONCEITOS FUNDAMENTAIS 44 8.1 Influência do ambiente nos resíduos nitrogenados 44 8.2 Homeostase 44 8.3 Relação superfície-volume e tamanho corporal 45 9. LISTA DE QUESTÕES 47 10. GABARITO 72 11. LISTA COMENTADA DE QUESTÕES 73 12. VERSÃO DE AULA 109 13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 109 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 4 Recapitulando... Antes de iniciarmos, vamos relembrar os principais conceitos vistos na última aula? • Animal é um ser multicelular, eucarionte, heterótrofo, que se movimenta durante todo ou parte do ciclo de vida e apresenta o corpo formado por tecidos (células funcionalmente especializadas, dedicadas a uma ou mais funções). • Algumas das principais características animais são a presença de dois ou mais folhetos embrionários (exceto os poríferos), a presença de celoma (formado por processo esquizocélico ou enterocélico), a ocorrência de simetria (radial ou bilateral) e a presença de metameria (segmentação). • A relação filogenética entre esses grupos pode ser expressa da seguinte maneira: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 5 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 6 1. Características gerais dos cordados Terminamos a última aula estudando os equinodermos, animais que apresentam espinhos na pele e são representados pelas estrelas-do-mar e ouriços-do-mar. Equinodermos e cordados são grupos-irmãos e compõem os animais conhecidos como deuterostômios, isto é, que formam o ânus a partir do blastóporo. Os cordados são animais bilaterais divididos em três grandes grupos. Dois deles são formados por animais invertebrados, os cefalocordados e os urocordados. O terceiro grupo constitui os animais vertebrados. As características que permitem o agrupamento desses três grupos animais em um único clado (Chordata) são a presença de notocorda, de um tubo nervoso dorsal oco, de fendas faringianas, endóstilo e de uma cauda muscular pós-anal. Notocorda e Tubo nervoso dorsal oco Os cordados recebem esse nome devido à presença de uma estrutura presente em todos os embriões cordados, e em alguns cordados adultos, chamada notocorda. A notocorda é um bastonete flexível e incompressível que deriva da endoderme e situa-se na linha mediana dorsal do corpo do animal. Ela é composta de células grandes, preenchidas de líquido e encapsuladas em um tecido rígido e fibroso, cuja função é fornecer suporte ao longo do comprimento do corpo de um cordado, especialmente auxiliando o nado nos organismos larvais. A maioria dos vertebrados desenvolve um esqueleto articulado mais complexo ao redor da notocorda, de modo que o organismo adulto só retém os vestígios da notocorda embrionária. Nos seres humanos, essa estrutura é reduzida e forma parte dos discos gelatinosos inseridos entres as vértebras da coluna vertebral. Já o tubo nervoso se origina da ectoderme dorsal do embrião dos cordados. Perceba na figura 1 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 7 que o processo de formação do tubo neural (em azul) resulta em uma estrutura oca. Essa estrutura dá origem ao tubo nervoso dorsal oco, que origina posteriormente o sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) e é exclusivo dos cordados. Nos demais animais, o tubo nervoso também é de origem ectodérmica, porém origina-se da posição ventral ou difusa, e é sólido. Fendas faringianas O sistema digestório dos cordados é completo, com boca e ânus. Logo atrás da abertura bucal encontra-se a faringe, que apresenta em sua superfície externa uma série de arcos separados denominados sulcos faringianos. Esses sulcos desenvolvem-se em sete fendas faringianas paralelas, permitindo a saída direta de água do corpo, sem que seja necessária a sua passagem pelo sistema digestório. Nos cordados invertebrados (cefalocordados e urocordados), as fendas faringianas permitem a alimentação de partículas em suspensão pelo animal. Nos vertebrados não tetrápodes, coletivamente chamados de peixes, essas fendas modificaram-se para a realização de trocas gasosas e passaram a se chamar brânquias. Nos vertebrados tetrápodes, as fendas faringianas se fecham durante o desenvolvimento embrionário, dando origem à parte da mandíbula, aos ossículos do ouvido e estruturas da cabeça e do pescoço. Além disso, todos os embriões dos cordados apresentam um prolongamento do corpo posterior ao ânus chamado cauda pós-anal. Essa cauda contém elementos esqueléticos e musculares que participam da locomoção de animais aquáticos, auxiliando na propulsão de água. Endóstilo É uma estrutura ciliada e secretora de muco presente na faringe de anfioxos (cefalocordado), tunicados (urocordado) e larvas de lampreias (vertebrado), que conduz partículas diminutas de alimento para o estômago. Nos demais cordados é modificada na glândula da tireoide, que se relaciona com a produção de hormônios reguladores do metabolismo, deixando assim de ser uma estrutura relacionada à alimentação. Agora que já sabemos o que reúne os três grupos presentes no filo Cordata (cefalocordados, urocordados e vertebrados), vamos estudar as particularidades de cada um deles. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 8 2. Cordados 2.1 Cefalocordados Os cefalocordados foram o primeiro grupo a divergir dos cordados atuais e são chamados de anfioxos. São organismos aquáticos que se alimentam de plâncton na coluna d’água e outras partículas em suspensão, podendo alcançar 6 cm de comprimento e 0,5 cm de largura. Após a metamorfose, o anfioxo adulto nada para junto do leito oceânico e se enterra, deixando apenas sua extremidade anterior exposta. Cílios semelhantes a tentáculos presentes na boca sugam a água, e o muco, secretado pelo endóstilo, retém as partículas de alimentos, que seguem para o intestino. As trocas gasosas nesses animais ocorrem através da superfície externa do corpo. É possível notar sob a epiderme fina uma musculatura disposta em blocos com a forma da letra “V” deitada (>>>>). Cada um desses blocos é denominado somito e eles evidenciam a segmentação do anfioxo. Os somitos são encontrados ao longo de cada lado da notocorda em todos os embriões de cordados. A boca se localiza na região anterior, em posição ventral, e é rodeada por uma coroa de tentáculos filiformes chamadas cirros. O ânus se localiza na região posterior, também na posição ventral. Na região mediana do corpo situa-se a abertura do átrio. Os anfioxos nadam através de um mecanismo simples de natação: contrações coordenadas de músculos arranjados em séries ao longo do comprimento do animal flexionam a notocorda e produzem ondulações laterais que impulsionam o corpo parafrente. Os cefalocordados são animais dioicos que eliminam os gametas na cavidade atrial, de onde saem através do atrióporo. A fecundação é externa e o desenvolvimento é indireto. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 9 2.2 Urocordados (ou Tunicados) Estudos recentes demonstraram que os urocordados são mais estreitamente relacionados aos vertebrados em relação aos cefalocordados. Eles são animais exclusivamente marinhos, que vivem fixados em rochas à beira-mar ou acoplados em algas de grande porte. Os maiores representante desses animais são as ascídias. Por apresentarem um revestimento cuticular espesso, chamado túnica, podem ser chamados de tunicados. Os urocordados apresentam estágio larval que pode durar apenas alguns minutos. A larva utiliza seus músculos caudais e a notocorda para nadar pela água em busca de um substrato para se fixar. Uma vez fixado, ela passa por uma metamorfose radical, sua cauda e notocorda são reabsorvidas, o sistema nervoso degenera e o corpo sofre uma rotação de 90°. Na extremidade oposta à fixada na rocha, as ascídias apresentam duas aberturas chamadas sifões. A água penetra no corpo através do sifão inalante, atravessa as fendas branquiais e cai na cavidade interna chamada cavidade atrial. Nesse processo, alimento e gás oxigênio são filtrados e o gás carbônico e os produtos da excreção são eliminados do corpo através do segundo sifão, o sifão exalante. A digestão do alimento ocorre no estômago e no intestino, sendo, portanto, extracelular. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 10 2.3 Vertebrados Os cordados vertebrados constituem o grupo mais expressivo do Chordata e têm como principal característica a presença de coluna vertebral e crânio, estruturas esqueléticas que envolvem e protegem o sistema nervoso central. Essas características estão associadas a uma maior complexidade genética desses animais. As vértebras presentes na coluna vertebral são peças esqueléticas articuladas, dispostas em sequência na região dorsal do corpo. Elas são perfuradas, de modo a formar no seu interior um canal que aloja a medula espinhal. O crânio é dividido em duas partes, a caixa craniana e o crânio visceral. A caixa craniana aloja o encéfalo e os órgãos do sentido, enquanto o crânio visceral é composto pela mandíbula e outras estruturas esqueléticas que sustentam a parte anterior do tubo digestivo. A coluna vertebral e o crânio, juntamente com as costelas e o osso esterno, definem o eixo longitudinal do corpo, formando o esqueleto axial. Ao longo do tempo, barbatanas dorsais, ventrais e anais evoluíram e se fortaleceram nos cordados vertebrados, proporcionando propulsão e controle da direção do nado quando estes encontravam-se procurando presas ou fugindo de predadores. Essa natação mais rápida associada a um sistema eficiente de trocas gasosas nas brânquias permitiu a diversificação dos animais vertebrados. O cladograma abaixo servirá de guia para os nossos estudos! Os primeiros animais a divergirem dos cordados invertebrados são coletivamente chamados de peixes. Isso significa que o grupo Peixes não é natural (monofilético), e abriga diversos animais que não compartilham as mesmas características. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 11 A evolução desses vertebrados provavelmente iniciou com o surgimento de uma faringe muscular. A cartilagem colágena presente nas fendas faringianas foi substituída por outro tipo de cartilagem, mais resistente e elástica, cuja contração forçava a saída de água para fora do corpo do animal. Com o relaxamento muscular, o suporte cartilaginoso voltava a expandir a faringe, restaurando sua forma original. Essa nova bomba muscular permitiu maior suprimento de nutrientes e aumento do tamanho corporal dos animais. Junto com uma alimentação mais eficiente, a bomba muscular também satisfez outras demandas importantes na evolução dos primeiros peixes vertebrados, como o surgimento das brânquias. Estes órgãos de respiração eram banhados pela água nutritiva e rica em oxigênio bombeada pela faringe. Assim, o aparecimento de uma faringe muscular aperfeiçoou não só a alimentação dos primeiros vertebrados, mas também ajudou a empurrar a água pelas brânquias recém-formadas, satisfazendo as necessidades respiratórias desses animais. Esses peixes foram chamados de agnatos, pois apesar de possuírem uma faringe muscular que tornava a alimentação mais eficiente, careciam de mandíbula, estrutura que só surgiu mais tarde na história evolutiva. 2.3.1 Agnatha (peixes sem mandíbula) Agnatos (do grego a, prefixo de negação, e gnathos, mandíbula) são os primeiros vertebrados a evoluírem, desprovidos de mandíbulas. Eles possuem boca circular com dentes córneos, sendo, por isso, chamados de ciclostomados (do grego kyklo, circular, e stomatos, boca) e respiração branquial. Seus principais representantes constituem os peixes-bruxa (feiticeiras) e as lampreias. Peixes-bruxas e lampreias são, portanto, as únicas linhagens de vertebrados que não apresentam mandíbula nem coluna vertebral. Contudo, eles apresentam vértebras rudimentares compostas de cartilagens, e não de ossos, o que justifica suas presenças no grupo Vertebrata. A cartilagem desses animais, diferente da dos demais vertebrados, não apresenta colágeno, sendo rica em outras proteínas. Peixes-bruxa vivem no mar e se alimentam de vermes e peixes debilitados ou mortos. Elas penetram no interior dos peixes e destroem principalmente seus músculos. Apresentam cérebro pequeno, olhos, orelhas e uma abertura nasal que se conecta com a faringe. Na boca, possuem estruturas semelhantes a dentes feitas de queratina. Quando atacado por um predador, o peixe-bruxa pode produzir litros de muco, o qual cobre as brânquias do peixe agressor, fazendo-o recuar ou morrer sufocado. Possuem desenvolvimento direto. Lampreias vivem tanto no mar quanto em rios e lagos. Quando adultas, desenvolvem a mesma boca circular presente nos peixes-bruxa, dotada de dentes afiados com os quais perfuram a pele de seus hospedeiros (outros peixes), sugando o seu sangue. Possuem desenvolvimento indireto, com um estágio larval que pode durar até seis anos. Essas larvas são chamadas de amocetes, são cegas e vivem enterradas na lama, alimentando-se de partículas presente na água. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 12 Figura 1. Uma lampreia. À direita, o detalhe da boca circular cheia de dentes que dilaceram a pele do animal do qual suga o sangue como alimento. 2.3.2 Gnathostomia (peixes com mandíbula) Há cerca de 440 milhões de anos, surgiram duas novidades evolutivas importantes que alteraram o rumo da evolução dos vertebrados, a mandíbula e as nadadeiras. A mandíbula é uma estrutura articulada que, com o auxílio dos dentes, permite aos animais prenderem e partirem seus alimentos. As nadadeiras, ou barbatanas, são estruturas externas que os animais usam para locomoção e equilíbrio. Os peixes que apresentavam essas características foram denominados gnatostômios e divergiram em quatro grandes linhagens que sobreviveram até hoje: os condrictes (ou peixes cartilaginosos), os peixes com nadadeiras raiadas, os peixes com nadadeiras lobadas e os tetrápodes. Veja novamente o cladograma no começo do capítulo para localizar essas quatro linhagens. Agora que já sabemos como se deu a origem dos vertebrados, vamos estudar os seus cinco grandes grupos (“peixes”, anfíbios, “répteis”, aves e mamíferos), discutindo a anatomia, a morfologia e a fisiologia desses animais de maneira comparada. Vamos lá! 3. Peixes Os peixes são animais aquáticos, de corpos geralmente fusiforme revestidos por escamas achatadas, e compreendem dois grupos principais (embora tenhamos vistos que eles abrangem diferentes espécies e nãoformam um grupo natural): aqueles com esqueleto cartilaginoso (condrictes) e aqueles com esqueleto ósseo (osteíctes). Todos os peixes são gnatostomados, isto é, apresentam mandíbula, são ectotérmicos (ou pecilotérmicos), ou ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 13 seja, sua temperatura corporal varia conforme a temperatura do ambiente, e apresentam respiração branquial. Possuem também um sistema de linha lateral, composto por uma fileira de pequenas cavidades na pele localizada em ambos os lados do corpo no sentido anteroposterior, responsável pela percepção de vibrações e pressões do meio externo. 3.1 Peixes cartilaginosos (Chondrichthyes) Os animais representantes desse grupo são os tubarões e as arraias. Os condrictes ou peixes cartilaginosos recebem esse nome porque apresentam a maior parte de seu esqueleto composto por cartilagem (existem apenas vestígios de mineralização óssea nas escamas, na base dos dentes e, em algumas espécies de tubarão, na superfície das vértebras). Além disso, possuem dois pares de nadadeiras, um na região peitoral (na frente) e outro na região pélvica (atrás). Essas nadadeiras estão relacionadas a evolução dos membros nos tetrápodes. Figura 2. Tubarão e arraias, principais representantes dos peixes cartilaginosos. O corpo dos condrictes é recoberto por escamas de origem epidérmica chamadas placoides e, nas laterais da cabeça, pouco acima das nadadeiras peitorais, existem entre cinco a sete fendas branquiais. Esses animais, especialmente os tubarões, possuem formato hidrodinâmico e nadam com agilidade; contudo, não manobram bem. Embora tenham a capacidade de flutuar devido ao acúmulo de óleo que armazenam no fígado, são mais densos que a água e, se pararem de nadar, podem afundar. Alguns tubarões de grande porte podem alimentar-se de partículas em suspensão na água, contudo, a maioria é carnívora. Possuem visão aguçada, mas não distinguem cores. Apresentam narinas que funcionam apenas para olfação, uma vez que a respiração é feita por trocas gasosas nas brânquias. Não possuem tímpanos, e os sons que chegam através da água são encaminhados diretamente para a orelha interna. Os tubarões têm fecundação interna e desenvolvimento direto. Os machos possuem a nadadeira pélvica modificada em uma estrutura chamada clasper, utilizada para abrir a cloaca da fêmea e introduzir seus espermatozoides. As espécies podem ser ovíparas ou ovovivíparas. As arraias habitam o fundo oceânico e se alimentam de moluscos e crustáceos. Possuem uma forma achatada e as barbatanas peitorais são largas, funcionando como asas aquáticas que as impulsionam para frente. A cauda assemelha-se a um chicote e pode haver espinhos venenosos. 3.2 Peixes ósseos (Osteichthyes) Os peixes com nadadeiras raiadas e os peixes com nadadeiras lobadas formam um grupo genericamente chamado de peixes ósseos, devido ao fato de apresentarem um endoesqueleto ossificado com uma matriz de fosfato de cálcio. Apresentam ainda o corpo revestido por escamas dérmicas ósseas achatadas e possuem glândulas cutâneas secretoras de muco, adaptação que reduz o atrito com a água durante a natação. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 14 Neste grupo enquadram-se todos os organismos conhecidos informalmente como peixes, e as espécies mais antigas datam do Siluriano (444-416 milhões de anos). Os peixes de nadadeiras raiadas têm esse nome devido aos raios ósseos que sustentam suas nadadeiras e constituem a grande diversidade que conhecemos (cerca de 27.000 espécies descritas). Os peixes de nadadeiras lobadas apresentam ossos em forma de bastão, envolvidos por uma espessa camada muscular em suas nadadeiras peitorais e pélvicas, e deram origem a três linhagens: a primeira deu origem aos celacantos, a segunda deu origem aos peixes pulmonados e a terceira deu origem aos tetrápodes. Figura 3. Peixe de nadadeira raiada, celcanto e piramboia (peixe pulmonado). PEIXES PULMONADOS Os peixes pulmonados (dipnoicos) são uma segunda linhagem de peixes com nadadeiras lobadas que surgiram no oceano, mas hoje são encontrados em ambientes de água doce, como lagos e pântanos. Eles utilizam seus pulmões para respirar ar como suplementação à respiração branquial, nadando de tempo em tempo até a superfície. Acredita-se que a bexiga natatória seja uma evolução dos pulmões de osteíctes primitivos. O principal exemplo brasileiro é a piramboia, umpeixe amazonenese. 3.3 Organização geral Sistema respiratório A maioria dos peixes respira fazendo a água entrar pela boca, passar pela faringe e atravessar quatro ou cinco pares de brânquias. As brânquias são filamentos delicados que apresentam vasos que recolhem o gás oxigênio dissolvido na água. Após a absorção do O2, a água é eliminada por contrações de músculos que circundam as câmaras branquiais. Nos peixes ósseos, as brânquias ficam localizadas em câmaras cobertas por uma aba óssea protetora, situada atrás dos olhos, chamada opérculo. Nos peixes cartilaginosos não há opérculo, ficando as brânquias descobertas, porém existe uma fenda modificada em orifício chamada de espiráculo, localizada logo atrás dos olhos, que é usada na respiração. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 15 Figura 4. Respiração branquial dos peixes. Fonte: CNX OpenStax, CC BY 4.0 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0. Uma característica que a maioria dos peixes ósseos possui é a capacidade de manter o corpo flutuando. Isso é possível porque existe um órgão, chamado bexiga natatória ou vesícula gasosa, que funciona como um saco aéreo ou uma “boia” para o peixe. Localizado na região dorsal do animal, esse órgão tem função hidrostática e promove o ajustamento do peso específico (densidade) do animal à densidade da água circundante. Esse mecanismo é possível porque dentro da bexiga natatória existe uma glândula de gás. Assim, quando o peixe nada para profundidades mais rasas, essa glândula retira os gases presentes no sangue e faz a bexiga natatória encher, aumentando seu volume e facilitando a flutuação. Por outro lado, quando o peixe nada para maiores profundidades, a mesma glândula elimina os gases de volta para o sangue, esvaziando a bexiga e diminuindo seu volume. A bexiga natatória é ausente nos peixes cartilaginosos. Figura 5. Bexiga natatória. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 16 Sistema circulatório Os peixes têm sistema circulatório fechado, o que significa que existe uma bomba cardíaca (coração) que bombeia sangue para todo o corpo. A circulação sanguínea é simples, ou seja, o sangue venoso passa apenas uma vez pelo coração em cada circuito que realiza, e o coração possui duas cavidades, um átrio (aurícula) e um ventrículo. Os tecidos recebem sangue arterial oxigenado vindo das brânquias e devolvem ao coração o sangue venoso. Note no esquema abaixo que apenas o sangue venoso circula pelo coração. A chegada de nutrientes e oxigênio às células e a remoção de resíduos é pouco eficiente, uma vez que o sangue flui com baixa velocidade e pressão para as células dos tecidos e órgãos. Sistema digestório O sistema digestório dos peixes é completo, ou seja, constituído por boca, faringe, esôfago, estômago, intestino, ânus e órgãos anexos como o fígado e o pâncreas. Na boca existe uma pequena língua que ajuda nos movimentos respiratórios e uma porção de dentes cônicos e finos, que prendem e trituram o alimento. Nos peixes cartilaginosos, a boca é ventral e o intestino termina em uma cloaca (uma bolsa para onde convergem as porções terminais dos sistemas digestórios, urinário e genital). No intestino ocorre uma válvula espiral, estrutura que tem por função aumentar a área de absorção e prolongar o tempo que os alimentos permanecem no órgão, a fim de maximizara nutrição do animal. Nos peixes ósseos, a boca é anterior e o intestino termina no ânus, sendo que não há uma cloaca. Sistema excretor A excreção dos peixes é realizada por um par de rins mesonéfricos. Os peixes cartilaginosos produzem ureia, que é reabsorvida nos rins ao invés de ser eliminada na urina. Dessa forma, a concentração de ureia no sangue chega a ser 100 vezes maior que a observada no sangue de mamíferos, por exemplo, o que explica o fato de os fluidos corporais desses peixes serem ligeiramente mais concentrados que a própria água do mar. Já os peixes ósseos excretam amônia. Sistema nervoso A cabeça dos peixes se estende até a abertura do opérculo, e o crânio é fortemente articulado com a mandíbula e a coluna vertebral, de modo que o animal não consegue virar a cabeça sem mexer o corpo todo. Possuem um encéfalo e órgãos do sentido bem desenvolvidos. Os olhos são grandes, laterais e sem pálpebras, que conseguem apenas focar objetos próximos, porém percebem movimentação distante. A visão é colorida para a maioria das espécies. Os ouvidos funcionam como órgãos do equilíbrio e permitem uma audição apurada. As narinas localizam-se na dorsalmente da cabeça e são sensíveis às moléculas dissolvidas na água. A linha lateral, já comentada no início do capítulo, é um órgão do sentido, localizado longitudinalmente ao longo do corpo do animal, que detecta movimentos e vibrações na água e permite a formação de cardumes. Ela consiste em uma série de orifícios interconectados por um canal nervoso sob a pele, no interior do qual existem células sensoriais ciliadas, mecanorreceptoras, que respondem à movimentação da água. Quando a água se move dentro dos canais, os pêlos sensoriais se dobram gerando impulsos nervosos que são enviados ao sistema nervoso central. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 17 Figura 6. Funcionamento da linha lateral. Fonte: CNX OpenStax, CC BY 4.0 https://creativecommons.org/licenses/by/4.0. Reprodução A reprodução nos peixes varia enormemente, porém a maioria das espécies é ovípara, com fertilização externa e desenvolvimento indireto, sendo a larva do peixe jovem chamada de alevino. Contudo, tubarões (e outros peixes cartilaginosos) são ovovivíparos, possuem fertilização interna e desenvolvimento direto. 3.4 Origem dos tetrápodes Tetrapoda (do grego tetra, quatro, e podos, pés) é a linhagem de gnatostômios que ao longo da evoluiu para a presença de membros locomotores, dando origem aos anfíbios, “répteis”, aves e mamíferos. Estima-se que o surgimento dos membros locomotores tenha ocorrido há 365 milhões de anos, quando as nadadeiras lobadas gradativamente modificaram- se paras os membros e os pés dos tetrápodes. Até aquele momento, o plano básico corporal de todos os vertebrados assemelhava-se ao dos peixes. Essa mudança foi importante pois permitiu a colonização do ambiente terrestre e o aparecimento de novas formas corporais. Durante o Devoniano, há cerca de 415 milhões de anos, muitos peixes com nadadeiras lobadas viviam em águas salobras, costeiras, pobres em oxigênio. Acredita-se que alguns desses peixes tenham usado suas ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 18 nadadeiras para “andar” pelo substrato embaixo da água (como é visto em algumas espécies atuais) e utilizado seus pulmões para respirar ar, modificando o plano corporal vigente até então. Os tetrápodes possuem membros locomotores com dedos no lugar das nadadeiras peitorais e pélvicas. Esses membros suportam o peso do animal no ambiente terrestre, enquanto os dedos permitem transmitir as forças geradas pelos músculos para o terreno com eficiência. Além disso, a cabeça nesses animais se liga ao tronco por um pescoço e ombros, ausentes nos peixes, permitindo sua movimentação para cima e para baixo, bem como de um lado para outro. A presença de costelas também foi crucial para ajudar os primeiros tetrápodes a suportar o peso de seus corpos. Os ossos da cintura pélvica são fundidos à coluna vertebral, fornecendo mais força aos membros posteriores e, exceto por pouquíssimas espécies, os tetrápodes não possuem brânquias e realizam respiração pulmonar. Figura 14. Evolução do plano corporal dos peixes para os tetrápodes. Registros fósseis de uma espécie denominada Tiktaalik (375 milhões de anos atrás), descobertos em 2006, demonstram que ela apresentava características de um animal intermediário entre peixe (como escamas, nadadeiras, brânquia) e tetrápode (como pescoço, costelas, crânio achatado e olhos no topo do crânio). Não à toa essa espécie ficou conhecida como “peixe com pés”. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 19 QUESTÕES PARA MEMORIZAÇÃO (UEFS BA/2018) Os peixes ósseos e cartilaginosos são classificados como gnatostomados. As lampreias e as feiticeiras são classificadas como agnatos ou ciclostomados, pois são animais mais simples na escala zoológica dos vertebrados. Duas inovações evolutivas presentes nos gnatostomados e ausentes nos agnatos são a) a maxila e as nadadeiras ímpares. b) o crânio e a coluna vertebral. c) a maxila e as nadadeiras pares. d) o crânio e a nadadeira caudal. e) o palato e as costelas. Comentários Os agnatos diferem dos gnatostomados pela ausência de mandíbulas e maxilas e ausência de nadadeiras. Assim, a letra C está certa. Gabarito: C. (UERJ/2017) Um peixe ósseo com bexiga natatória, órgão responsável por seu deslocamento vertical, encontra-se a 20 m de profundidade no tanque de um oceanário. Para buscar alimento, esse peixe se desloca em direção à superfície; ao atingi-la, sua bexiga natatória encontra-se preenchida por 112 ml de oxigênio molecular. O deslocamento vertical do peixe, para cima, ocorre por conta da variação do seguinte fator: a) densidade b) viscosidade c) resistividade d) osmolaridade Comentários O deslocamento vertical dos peixes ósseos na coluna d’água é possível porque a maioria deles possui bexiga natatória, um órgão que tem função hidrostática e promove o ajustamento do peso específico (densidade) do animal à densidade da água circundante. Quando o peixe nada para cima, a bexiga natatória enche, aumentando seu volume e facilitando a flutuação. Por outro lado, quando o peixe nada para baixo, a bexiga se esvazia, diminuindo seu volume. Assim, a letra A está certa. Gabarito: A. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 20 (UERJ/2017) Aparentemente, para compensar seus olhos inúteis, os animais das cavernas têm os sentidos do paladar e do olfato mais apurados, longas antenas e, no caso dos peixes, um aperfeiçoamento do órgão sensitivo relacionado à pressão, que é a a) escama placoide. b) bexiga natatória. c) válvula espiral. d) linha lateral. Comentários A alternativa A está errada, porque escama placoide é um tipo de escama parecida com um dente, composta de esmalte, dentina, vasos e nervos, de origem epidérmica, e presnetes nos peixes cartilaginosos. A alternativa B está errada, porque a bexiga natatória é um órgão responsável pelo deslocamento vertical dos peixes. A alternativa C está errada, porque a válvula espiral é uma estrutura do intestino dos peixes cartilaginosos, com função de aumentar a superfície de absorção do órgão. A alternativa D está certa. Gabarito: D. 4. Anfíbios O termo anfíbio significa “duas vidas” e refere-se aos estágios de vida que muitas espécies apresentam: primeiro vivem na água; depois, no ambiente terrestre. Os anfíbios representam cerca de 6.000 espécies e as suas principais características são a pele úmida, sem escamas, intensamente vascularizada, pobre em queratina (proteína impermeabilizante) e sem estruturas que impeçam a perda de água, o que restringe o hábitat a ambientes úmidos e sombreados.Ainda, são animais ectotérmicos. Possuem diversas glândulas em sua pele, que podem ser de dois tipos: mucosas e serosas. As glândulas mucosas mantêm a pele sempre úmida e permeável e as glândulas serosas produzem veneno. Todo anfíbio produz substâncias tóxicas, contudo as espécies podem ser mais ou menos tóxicas. Em certos sapos e salamandras o veneno se concentra em um par de glândulas chamadas parotoides, que só liberam o veneno quando são apertadas. 4.1 Organização geral Sistema respiratório O estágio larval dos anfíbios apresenta respiração branquial. Nas formas adultas, a respiração ocorre majoritariamente pela pele (cutânea), e emmenor escala por pulmões rudimentares, de aspecto saculiforme e com poucas divisões internas. A respiração cutânea é importante, pois garante 90% do suprimento necessário de oxigênio para o animal. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 21 Sistema circulatório O sistema circulatório nos anfíbios é fechado e a circulação é dita dupla, porque o sangue passa duas vezes pelo coração durante um circuito completo pelo corpo, e incompleta, porque o sangue venoso se mistura com o sangue arterial. Essa mistura acontece devido ao fato de o coração dos anfíbios apresentar três câmaras: dois átrios e apenas um ventrículo. O sangue venoso, rico em CO2, entra no coração pelo átrio direito, e o sangue arterial, rico em O2, entra pelo átrio esquerdo. No ventrículo, eles se misturam. Locomoção As salamandras caminham, as cobras-cegas se arrastam e a maioria dos anuros são saltadores. Na água, todos são nadadores: as larvas usam a cauda para natação e os adultos utilizam as pernas, que possuem membranas interdigitais mais ou menos desenvolvidas, dependendo da espécie. Ainda, as pererecas apresentam discos adesivos nos dedos, às vezes chamados de ventosas. Sistema digestório As larvas são herbívoras e a os adultos são carnívoros, alimentando-se de minhocas, insetos, aranhas e outros pequenos vertebrados. Uma característica adaptativa importante é a língua presa na parte da frente da boca ao invés da parte mais interna, porque algumas espécies de sapos caçam insetos em pleno voo, utilizando-a. Quando esticada para fora da boca, a língua desses animais alcança uma grande distância, além de ser pegajosa, outro fator facilitador na captura da presa. Quando capturam uma presa, não há mastigação. O alimento é esmagado pela mandíbula e engolido diretamente. O sistema digestório é completo, com um estômago bem desenvolvido, um intestino que termina em uma cloaca e glândulas acessórias como o fígado e o pâncreas. No fígado, há reserva de glicogênio e em várias partes do corpo ocorrem depósitos de gorduras localizadas. Sistema excretor Os anfíbios fazem a sua excreção através de rins metanéfricos. As larvas têm a amônia como excreta e os adultos excretam ureia, sendo que a urina é abundante e bem diluída. Sistema nervoso O sistema nervoso dos anfíbios tem como principal órgão o encéfalo. Apresentam órgãos de sentido como as narinas, que possuem comunicação direta com a boca, e o órgão de Jacobson (também chamado de órgão vomeronasal), um órgão olfativo acessório. Reprodução Os anfíbios apresentam fecundação externa, com desenvolvimento indireto, sendo suas larvas herbívoras e chamadas de girinos (nas espécies de anuros). O macho segura o corpo da fêmea, em um movimento chamado amplexo, até que ela desove. Após liberarem seus gametas na água, ocorre a fecundação que, portanto, é externa ao organismo. Os ovos fecundados são depositados em locais úmidos para serem protegidos da dessecação. Quando eclodem, dão origem aos girinos, primeiro estágio do desenvolvimento dos anfíbios, que se desenvolvem até a fase adulta. Os girinos possuem um sistema de linha lateral, assim como os peixes, e uma longa cauda (ou nadadeira caudal). Durante sua metamorfose para a vida adulta, desenvolvem pernas, pulmões, um par de tímpanos externos, e tornam-se carnívoros. Simultaneamente, as ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 22 brânquias e a linha lateral desaparecem. Já as larvas das salamandras e cecílias se parecem muito com os indivíduos adultos e, em geral, são carnívoras. 4.2 Classificação Os anfíbios dividem-se em três grandes grupos: Urodela, Anura e Apoda. Urodela As salamandras podem ser aquáticas ou terrestres e totalizam cerca de 550 espécies. Os urodelos possuem corpo alongado, com quatro membros locomotores e uma cauda para locomoção. Na maioria das espécies a fecundação é interna, mas não existe um órgão copulador. A pedomorfose, isto é, a retenção de características larvais no indivíduo adulto, é comum e um exemplo típico é o axolote, que retém uma aparência larval mesmo quando já é sexualmente maduro. Figura 7. Salamandra e axolote. Anura Os anuros (sapos, rãs e pererecas) são mais diversos que os urodelos e apresentam cerca de 5.400 espécies descritas. Na verdade, os animais conhecidos como “sapos” são meras rãs, com a pele mais espessa, semelhante a um couro, e outras adaptações para a vida no ambiente terrestre. São animais que exibem uma grande diversidade de adaptações para evitar a predação por animais maiores. Muitas espécies são apresentam padrões de cores crípticas, que as camuflam, ou são aposemáticos (de advertência). Os machos de anuros emitem diversos tipos de sons, que são amplificados por papos chamados sacos vocais. A emissão desses sons é denominada coaxar e acontece na época da reprodução, com a finalidade de atrair fêmeas para o acasalamento. Figura 8. Da esquerda para a direita, sapo, rã e perereca. Apoda Compreendem aproximadamente 170 espécies de corpo alongado, vermiforme e sem pernas, conhecidas como cecílias ou cobras-cegas. Eles são quase cegos e se parecem com minhocas, mas a ausência de pernas é uma adaptação secundária, já que evoluíram de um ancestral que as ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 23 apresentavam. As cecílias habitam regiões tropicais, onde cavam o solo úmido das florestas. A fecundação é interna e o macho apresenta um órgão copulador. QUESTÕES PARA MEMORIZAÇÃO (UNIOESTE PR/2019) Os anfíbios estão entre os vertebrados mais ameaçados de extinção. Mudanças climáticas, poluição e o desmatamento estão entre as principais causas que têm levado ao declínio da população destes animais. Com relação à biologia dos anfíbios, pode-se dizer que a) são animais predadores, que se alimentam de diversos tipos de presas. Muitas espécies se alimentam de insetos e podem ajudar no controle biológico de mosquitos causadores de diversas doenças humanas. b) vivem em ambientes úmidos porque, além de necessitarem da água para a reprodução, a respiração ocorre exclusivamente através da superfície da pele (respiração cutânea) que não possui adaptações que impeçam a dessecação. c) a circulação é do tipo fechada e o sistema circulatório é constituído por dois átrios e dois ventrículos parcialmente divididos, o que permite a mistura do sangue arterial e venoso. d) além da presença de quatro membros utilizados para locomoção, estes animais são caracterizados pela ausência de cauda e têm como representantes típicos sapos, rãs e salamandras. e) a excreção é realizada através de rins metanefros, assim como ocorre em répteis, aves e mamíferos sendo a amônia o principal produto de excreção. Além disso, são animais homeotérmicos que conseguem regular a temperatura corporal. Comentários A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. Lembre-se, no entanto, que as larvas de anfíbios são herbívoras. A alternativa B está errada, porque a respiração não é exclusivamente cutânea, embora esta corresponda a maior parte das trocas gasosas realizadas nos anfíbios. Eles também possuem respiração pulmonar, quando adultos, e branquial,quando girinos. A alternativa C está errada, porque o coração dos anfíbios possui dois átrios e um ventrículo. A alternativa D está errada, porque os anfíbios incluem animais com cauda (urodelos), animais sem cauda (anuros) e animais sem pernas (ápodes). A salamandra é um exemplo de anfíbio com cauda. A alternativa E está errada, porque a excreta nitrogenada principal dos anfíbios é a ureia. Além disso, são animais ectotérmicos. Gabarito: A. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 24 (ENEM/2015) Os anfíbios representam o primeiro grupo de vertebrados que, evolutivamente, conquistou o ambiente terrestre. Apesar disso, a sobrevivência do grupo ainda permanece restrita a ambientes úmidos ou aquáticos, devido à manutenção de algumas características fisiológicas relacionadas à água. Uma das características a que o texto se refere é a a) reprodução por viviparidade. b) respiração pulmonar nos adultos. c) regulação térmica por endotermia. d) cobertura corporal delgada e altamente permeável. e) locomoção por membros anteriores e posteriores desenvolvidos. Comentários Uma das características principais dos anfíbios é a pele sem escama, fina e permeável, que restringe o hábitat por não apresentar adaptações contra a perda de água para o ambiente. Assim, a alternativa D está certa. Gabarito: D. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 25 5. Répteis Os amniotas são o grupo de tetrápodes que inclui os répteis (+ aves) e os mamíferos e que, durante sua evolução, adquiriu inúmeras adaptações ao ambiente terrestre. A principal delas é a presença de um ovo amniótico (que dá nome ao grupo) com quatro membranas especializadas: o âmnio, o córion, o saco vitelínico e o alantoide. Mas lembre-se que o saco vitelínico já está presente nos peixes, vimos isso na aula de embriologia. As demais membranas aparecem nos répteis e persistem nas aves e nos mamíferos. O ovo amniótico foi uma novidade evolutiva fundamental para a exploração do ambiente terrestre, pois permitiu que os organismos que o apresentam se tornassem independentes do ambiente aquático para reprodução e pudessem desenvolver seus embriões internamente ao ovo e banhados por um líquido amniótico, evitando a dessecação. Figura 9. Ovo amniótico com um embrião réptil. Os embriões de répteis e mamíferos formam quatro membranas extraembrionárias. Ao contrário do ovo sem casca dos anfíbios, a casca do ovo dos amniotas evita a desidratação, o que permite a exploração dos mais variados hábitats. Além do ovo amniótico, os amniotas utilizam a caixa torácica para ventilar seus pulmões, adaptação que pode ter permitido o fim da respiração cutânea dos anfíbios e o desenvolvimento de uma pele mais grossa e menos permeável. O ancestral comum mais recente entre os anfíbios e os amniotas data de 350 milhões de anos. No entanto, como o ovo com casca é uma estrutura delicada demais para ter sido fossilizada, não sabemos ao certo quando evoluiu essa característica. Com base nos registros fósseis, especula-se que os primeiros amniotas assemelhavam-se a lagartos pequenos, com dentes afiados, sendo, possivelmente, predadores. Dentre os amniotas, os répteis compreendem o primeiro grupo de animais a conquistar definitivamente o ambiente terrestre. Por compartilharem vários caracteres derivados, apresentam indivíduos com alta disparidade morfológica e são conhecidos ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 26 atualmente pelas tartarugas, serpentes, cobras, lagartos, crocodilos e aves (como será discutido mais adiante neste capítulo, em uma seção própria). Quando os répteis divergiram de seus ancestrais semelhantes a pequenos lagartos, duas linhagens divergiram: anapsídeos e os sinapsídeos. Os anapsídeos são animais que possuem um crânio coberto por ossos dérmicos, com fossas nasais e orbitais (aberturas do nariz e dos olhos, respectivamente), representados pelas tartarugas. Diferentemente, os sinapsídeos possuem um único par de fenestras (aberturas) temporais de cada lado do crânio, localizadas atrás da fossa orbital (ou órbita ocular), e representam a linhagem que originou os mamíferos. Os diapsídeos, por sua vez, surgiram mais tarde na evolução, e apresentam dois pares de fenestras temporais pós orbitais de cada lado do crânio. São representados por todos os demais répteis, exceto os testudíneos. Os diapsídeos são compostos por duas linhagens principais: uma deu origem aos lepidosaurios (que inclui os lagartos e serpentes) e outra deu origem aos arcossauros (que inclui os crocodilos, pterossauros e dinossauros). Os crocodilianos abrangem os jacarés e crocodilos atuais. Os pterossauros foram os primeiros tetrápodes a apresentar voo potente, porém foram extintos. Os dinossauros se diversificaram em uma vasta quantidade de formas e tamanhos, bem como ocuparam diversos nichos ecológicos, tornando-se, por muitos anos, os animais dominantes no ambiente terrestre. Havia duas grandes linhagens de dinossauros: ornitísquios e saurísquios. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 27 A linhagem dos dinossauros ornitísquios era herbívora e caracterizada por apresentar espécies com focinho em forma de bico e estrutura da pélvis semelhante à das aves, incluindo o estegossauro e o triceratops. Já a linhagem dos saurísquios apresentava com estrutura da pélvis semelhante à dos lagartos, incluindo os dinossauros terópodes (como o tiranossauro rex e o velociraptor) e as aves. No final do Cretáceo, por volta de 65,5 milhões de anos atrás, o impacto de um meteorito no planeta Terra vitimou grande parte dos seres vivos da época, levando à extinção de quase todos os dinossauros e outros grandes répteis. Apenas a linhagem das aves sobreviveu e ocorre nos dias atuais. Veja no cladograma abaixo como se organiza o Reptilia. Como grupo, os “répteis” apresentam a pele seca, rica em queratina e desprovida de glândulas, podendo ser recoberta por escamas (serpentes), placas dérmicas (crocodilos e jacarés) ou carapaças (tartarugas), que atuam na proteção do animal contra dessecação e abrasão. São animais ectotérmicos, que regulam sua temperatura através de adaptações comportamentais: por exemplo, lagartos se expõem ao sol quando está frio e procuram a sombra quando está quente. Contudo, as aves são endotérmicas e, portanto, capazes de manter sua temperatura corporal constante por meio da atividade metabólica. Estudaremos a seguir os animais que compõem os répteis, desconsiderando as aves. Isso porque estas se tornaram tão díspares dos demais reptilianos, que acabam por apresentar uma série de novidades evolutivas próprias, que merecem ser vistas em uma seção exclusiva. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 28 5.1 Organização geral Sistema respiratório A respiração dos répteis é exclusivamente pulmonar, contribuindo para a proteção contra a desidratação no ambiente terrestre. Possuem pulmões parenquimatosos, constituidos por tecido esponjoso. Répteis não têm diafragma funcional e deste modo, possuem cavidade celomática. A maioria dos quelônios tem uma estrutura membranosa que divide parcialmente a cavidade corporal, e crocodilos possuem uma estrutura diafragmática mais substancial a qual varia de posição por movimentos do fígado. Sistema circulatório O coração dos répteis apresenta dois átrios e um ventrículo, este último parcialmente separado por um septo. Nos répteis crocodilianos, contudo, o ventrículo encontra-se completamente separado, formando duas cavidades distintas; mesmo assim, o sangue venoso e o arterial se misturam fora do coração por um orifício denominado forame de Panizza. A circulação é fechada, dupla e incompleta. Sistema digestório O sistema digestório dosrépteis é formado por boca, faringe, esôfago que conduz ao estomago, intestino e cloaca. Os anexos são o fígado e o pâncreas. Estes órgãos estão adaptados aos diferentes hábitos alimentares das espécies. A maioria dos “répteis” não aquáticos possui glândulas orais mais desenvolvidas que nos anfíbios, devido à necessidade de umedecer o alimento seco para reduzir a fricção durante a deglutição. Estas glândulas orais incluem as glândulas palatinas, as labiais, as linguais e as sublinguais. As glândulas venenosas dos répteis originam-se destas glândulas orais. A boca nas tartarugas é desprovida de dentes, possuindo bico córneo de origem epidérmica. Ao contrário dos anfíbios, os “répteis” consomem água e, quando esta é escassa, os animais podem lamber o orvalho das plantas ou as gotas de água acumuladas em sua própria pele. Sistema excretor Os répteis possuem rins metanéfricos e a principal excreta nitrogenada é o ácido úrico, uma substância pouco solúvel e de baixa toxicidade, sendo que sua eliminação envolve uma perda mínima de água, constituindo uma adaptação à vida terrestre. Essa composição origina uma urina semissólida. No entanto, tartarugas e crocodilianos também podem liberar ureia quando há grande disponibilidade de água. Sistema nervoso O sistema nervoso é constituído por encéfalo e nervos que saem da medula espinhal. Apresentam um sistema sensorial com grandes adaptações, como os órgãos de Jacobson, que possuem função olfativa, e as fossetas loreais, que conseguem captar o calor, ajudando, assim, na localização das presas. Ainda, a língua bífida das cobras e lagartos é um órgão olfativo acessório. A visão é o sentido dominante na maioria dos répteis, e seus olhos são similares aos dos anfíbios. Há glândulas lacrimais que mantém a córnea úmida. Os ouvidos das serpentes detectam vibrações no substrato e do ar através de adaptações para receber ondas transmitidas pelas mandíbulas. Em outros répteis, a membrana timpânica pode estar na superfície ou em uma depressão na cabeça. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 29 Reprodução Os sexos são geralmente separados (dioicos), a fecundação é interna e o desenvolvimento direto. Normalmente, os répteis são animais ovíparos, e os ovos, como já vimos, apresentam casca grossa. 5.2 Classificação Testudines ou Chelonia Este grupo é representado pelas tartarugas (marinhas e de água doce), cágados (de água doce) e jabutis (terrestres). São também chamados de quelônios. Estes animais apresentam carapaça dorsal formada por placas dérmicas ósseas e recoberta por escudos córneos, e um plastrão ventral que protege o organismo. Não possuem dentes, apenas uma lâmina córnea utilizada para dilacerar pedaços de alimento. Figura 10. Da esquerda para a direita, tartaruga, jabuti e cágado. Lepidosauria ou Squamata Os lepidosaurios são representados pelos lagartos e serpentes. Os animais desse grupo possuem escamas recobrindo a pele e realizam muda, ou seja, tocam sua epiderme externa de tempos em tempos. Dentre as serpentes, algumas modificações anatômicas foram necessárias em decorrência de seu plano corporal alongado e ápode. Elas possuem o pulmão direito bem desenvolvido, enquanto o esquerdo é reduzido ou ausente, e ocorre um deslocamento do rim e das gônadas, para ajeitar ambos as estruturas pares no corpo afilado. Além disso, possuem uma particularidade relacionada à sua alimentação: elas conseguem engolir presas com diâmetro muito superior ao de seu corpo. Isso porque são capazes de abrir a boca em ângulo próximo dos 180°, devido a uma série de adaptações, como a ausência de fusão das maxilas, a capacidade de dilatação do corpo, a elasticidade do estômago e a ausência do osso esterno unindo suas costelas. Os lepidosaurios possuem língua longa e bífida, a qual expõem constantemente ao meio para captar estímulos externos. As principais táticas de predação das serpentes são a constrição e a inoculação de veneno. Espécies como sucuris, jiboias e pítons envolvem suas presas, comprimindo-as até a morte. Já o veneno é introduzido no corpo da presa no momento da mordida, podendo ou não estar associado a dentes especiais. Figura 11. Iguana e serpente. Achosauria (Crocodylia + Dinosauria) Os crocodilianos apresentam o corpo revestido por escamas, placas córneas epidérmicas e placas ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 30 ósseas dérmicas. São representados por três grupos: crocodilos, jacarés e gaviais. Os crocodilos habitam tanto água doce quanto água do mar e ambientes salobres. Possuem o focinho mais estreito e, quando estão com boca fechada, é possível ver os dentes superiores e inferiores. Os jacarés vivem em água doce e tem o focinho mais largo que o dos crocodilos. Quando estão com boca fechada, é possível somente ver os dentes superiores. Já os gaviais são restritos à Índia e apresentam focinho longo e bastante estreito. Os dinossauros nós já discutimos brevemente no início do capítulo e a única linhagem viva é a das aves, a qual, por conveniência, estudaremos separadamente na próxima seção. QUAL A DIFERENÇA ENTRE COBRA PEÇONHENTA E VENENOSA? Todas as cobras todas as cobras possuem glândulas produtoras de veneno, e o que varia é a quantidade de substância tóxica produzida bem como a presença de um mecanismo inoculador. Podemos então dividi-las em peçonhentas e venenosas. Cobras peçonhentas apresentam algum mecanismo para injetar o veneno em outros animais, como os dentes ocos. Além disso, não fogem do perigo quando se sentem ameaçadas; elas atacam. Dentre os gêneros brasileiros, as mais perigosas são a coral, a cascavel, a surucucu e a jararaca, representadas abaixo da esquerda para a direita. Cobras venenosas produzem substâncias tóxicas, mas não possuem um aparelho inoculador, como dentes ou ferrões. No Brasil, podem ser representada pela sucuri e a jiboia, coforme figura abaixo. Vulgarmente, são as cobras que chamamos de “não venenosas”. Figura 12. Jacaré. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 31 QUESTÕES PARA MEMORIZAÇÃO (PUC RS/2019) A figura abaixo representa as relações filogenéticas entre os amniotas recentes. Com base nas relações evolutivas apresentadas, os números 1, 2 e 3 são, respectivamente, a) mamíferos, aves e tartarugas. b) mamíferos, tartarugas e aves. c) tartarugas, aves e mamíferos. d) aves, tartarugas e mamíferos. Comentários Considerando as relações filogenéticas dos vertebrados, crocodilos são grupo-irmão das aves (2), formando um clado chamado Archosauria. Os arcosauros são grupo-irmão dos lagartos, tuataras e serpentes, isto é, os lepidosaurios. Archosauria e Lepidosauria formam um clado junto dos Testudines (1), que são representados pelas tartarugas. Por fim, os répteis são grupo-irmão dos mamíferos (3), formando o clado dos amniotas. Se você ficou com dúvida, reveja o cladograma no início do capítulo. A alternativa C está certa. Gabarito: C. (UniCESUMAR PR/2019) "Os répteis foram os primeiros vertebrados a conquistar o ambiente terrestre, com adaptações importantes como a pele impermeável graças a uma molécula I, denominada II, pulmões eficientes e o ovo com casca III e IV ". Para completar corretamente a frase acima, I, II, III e IV devem ser substituídos, respectivamente, por a) proteica, queratina, calcárea e cório. b) proteica, quitina, impermeável e âmnio. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 32 c) lipídica, queratina, rígida e alantoide. d) lipídica, colágeno, impermeável e cório. e) lipoproteica, quitina, resistente e albumina. Comentários “Os répteis foram os primeiros vertebrados a conquistar o ambiente terrestre, com adaptações importantes como a pele impermeável graças auma molécula proteica, denominada queratina, pulmões eficientes e o ovo com casca grossa calcárea e cório”. A alternativa A está certa. Gabarito: A. (UEG GO/2016) O Phylocode, termo em inglês para o Código Internacional de Nomenclatura Filogenética, surgiu em 1988 durante um encontro de cientistas na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Esse novo código propõe que os nomes para as partes da “árvore da vida” sejam dados considerando a leitura de um cladograma em vez de grupos de organismos a serem organizados em reinos, filo, classes, ordens etc., conforme apresentado a seguir em comparação com a classificação tradicional lineana: LOPES, S; ROSSO, S. Bio: vol. 3. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 18. (Adaptado). Tendo como base a ilustração apresentada, verifica-se que: a) Archosauria inclui crocodilianos, dinossauros, aves e outros grupos fósseis. b) Archosauria inclui crocodilianos, dinossauros e outros grupos fósseis. c) Reptilia inclui dinossauros, aves e outros grupos fósseis. d) Dinosauria inclui apenas dinossauros e crocodilianos. e) Dinosauria inclui as aves, crocodilianos e cordados. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 33 Comentários A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. A alternativa B está errada, porque Archosauria também inclui as aves. A alternativa C está errada, porque Reptilia (não demonstrada no cladograma acima) inclui Lepidosauria e Testudines também. A alternativa D está errada, porque Dinosauria também inclui aves. A alternativa E está errada, porque Dinosauria não inclui os cordados. Gabarito: A. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 34 6. Aves As aves, como já vimos, surgiram a partir de um grupo de dinossauros bípedes, predadores e que se deslocavam com agilidade sobre o solo utilizando suas pernas traseiras. Desde o final da década de 1990, têm-se descoberto uma diversidade de fósseis de dinossauros estreitamente aparentados às aves que apresentam penas, o que implica no aparecimento desta estrutura muito antes da aquisição da capacidade de voar. Acredita-se que elas tenham surgido por modificações sucessivas de escamas e que, em um primeiro momento, estariam relacionadas às funções de isolamento térmico, camuflagem e exibição para corte. Posteriormente, o surgimento das penas acarretou uma série de modificações no corpo das aves que acabaram por transformar seus membros anteriores em asas, e o próximo passo foi o surgimento da capacidade de voar. O voo foi uma importante adaptação, pois permitiu às aves habitar diversos ambientes, fugir dos predadores, buscar novas fontes de alimentos, aumentar o campo visual e realizar migrações quando as condições ambientais se tornavam desfavoráveis. Várias são as teorias que buscam explicar a origem do voo nas aves. No entanto, duas delas são as mais recorrentes: a teoria arborícola e a teoria cursorial. Na teoria arborícola, acredita-se que os animais que deram origem às espécies de aves voadoras habitavam as árvores. O animal saltava de galho em galho e não precisava ir até o chão para trocar de árvore. O ato de saltar, ou seja, abrir os membros no ar (paraquedismo), teria permitido às penas reduzir o atrito do ar no corpo da ave durante a queda, dando origem ao voo planado e, posteriormente, ao voo ativo. Já na teoria cursorial, acredita-se que o ancestral das aves antes do voo era um animal terrestre, que corria rapidamente no solo. O animal desenvolveu hábitos de escalar em penhascos e rochas, utilizando o planeio para retornar ao chão e, posteriormente, dando origem ao voo propriamente dito. 6.1 Organização geral As aves possuem uma pele fina, elástica e relativamente seca, sem a presença de glândulas. As penas, característica exclusiva do grupo, revestem essa pele, atuando na manutenção da temperatura corpórea. Esses animais são endotérmicos, ou seja, mantém constante a temperatura do corpo (ao redor de 40°), o que permite a exploração e o sucesso nos mais variados hábitats, uma vez que as atividades metabólicas apresentam sempre ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 35 desempenho ideal e contínuo (lembre-se que as enzimas exibem atividade máxima geralmente em temperaturas entre 35° e 40°). Em várias espécies ocorre a glândula uropigiana situada próxima à cauda, que produz uma secreção formada por substâncias lipídicas que impermeabiliza as penas do animal. Em aves como os patos e marrecos, essa impermeabilização favorece a natação, impedindo que os animais fiquem encharcados. Outra característica das aves é a presença de ossos pneumáticos, dotados de cavidades e pequenos orifícios (chamados forames) por onde ocorre a passagem do ar. Sistema respiratório A respiração das aves é realizada pelos pulmões desprovidos de alvéolos e formados por vários bronquíolos, onde ocorrem as trocas gasosas. Os pulmões encontram-se interligados a sacos aéreos, que atravessam o corpo, inclusive o interior dos ossos, armazenando ar e tornando o animal mais leve. Os sacos aéreos, contudo, não realizam trocas gasosas, apenas maximizam a sua eficiência e dissipam o calor produzido pelo voo. Sistema circulatório O sistema circulatório é fechado e a circulação é dupla e completa. O coração apresenta quatro cavidades completamente separadas, dois átrios e dois ventrículos, assim como nos mamíferos. Em virtude dessa separação, não ocorre a mistura de sangue: a metade direita (átrio e ventrículo direitos) trabalha exclusivamente com sangue venoso, pobre em oxigênio, enquanto a metade esquerda (átrio e ventrículo esquerdos) trabalha exclusivamente com o sangue arterial, oxigenado. O ventrículo esquerdo, de parede musculosa, bombeia o sangue para a artéria aorta. Os tecidos recebem sangue oxigenado, o que garante a manutenção constante de altas taxas metabólicas. Esse fato, associado aos mecanismos de regulação térmica, favorece a sobrevivência em qualquer tipo de ambiente. Locomoção As aves possuem diversas adaptações para o voo, dentre elas ▪ a forma aerodinâmica (que diminui o atrito com o ar) ▪ o corpo revestido por penas e os membros anteriores transformados em asas ▪ o esqueleto leve e resistente, composto por ossos pneumáticos capazes de armazenar ar e diminuir o peso específico do animal ▪ a presença de sacos aéreos ▪ a ausência de dentes (tornando a cabeça mais leve) ▪ a ausência de bexiga urinária (com a produção de uma urina semipastosa) ▪ a presença de quilha (ou carena) no osso esterno Embora as aves tenham obtido sucesso na capacidade de voar, nem todas a exercem. Por isso, podemos dividi-las entre aquelas que voam, chamadas aves carenatas, e aquelas que não voam, chamadas aves ratitas (como as emas e avestruzes). As aves carenatas ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 36 possuem uma quilha no osso esterno chamada carena, que permite que os músculos envolvidos no batimento das asas permaneçam presos. Sistema digestório Diferentemente da grande maioria dos animais, as aves não possuem dentes. Elas apresentam um bico córneo adaptado à dieta de cada espécie, contudo não realizam a mastigação do alimento. O sistema digestório é completo, composto por boca, faringe, esôfago, papo, proventrículo, moela, intestino, cloaca e órgãos anexos (fígado e pâncreas). O papo é a estrutura que possui a função de armazenar e amolecer o alimento ingerido. O estômago é dividido em duas porções: o proventrículo, que realiza a digestão química dos alimentos através da liberação de sucos digestivos, e a moela, que realiza a digestão mecânica. A moela possui paredes musculosas e grossas, adaptadas para a função e trituração. O sistema digestório termina cloaca, porção final do intestino, onde se abrem o sistema excretor e reprodutor.Sistema excretor A excreção das aves ocorre por rins metanéfricos, sendo que a principal excreta é o ácido úrico. Sistema nervoso As aves possuem sistema nervoso formado por encéfalo e diversos nervos. O cérebro é responsável pela coordenação e pelo equilíbrio, sendo bastante volumoso, o que permite a movimentação em três dimensões durante o voo. O sistema sensorial é relativamente bem desenvolvido, com ênfase para a visão. Aves marinhas, por exemplo, conseguem ver dentro e fora da água e aves de rapina são capazes de detectar presas através de sua sensibilidade à luz ultravioleta. Além da visão, possuem ainda boa audição e uma estrutura localizada na traqueia chamada siringe, que faz com que o animal tenha a capacidade de produzir sons. Reprodução A fecundação das aves é interna e o desenvolvimento é direto. Elas são ovíparas e apresentam ovos semelhantes aos dos répteis, no qual o embrião se desenvolve-se. QUESTÃO PARA MEMORIZAÇÃO (UNITAU SP/2018) O sistema respiratório das aves apresenta adaptações importantes para auxiliar no voo. Uma dessas adaptações é a presença de sacos aéreos conectados aos pulmões alveolares. Esses sacos aéreos têm aproximadamente nove vezes o volume dos pulmões, ocupam a maior parte da cavidade dorsal do corpo e se estendem por cavidades internas dos ossos. Com base nessas informações, assinale a alternativa que corresponde às principais funções dos sacos aéreos, funções essas que contribuem para o sucesso adaptativo das aves. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 37 a) Diminuir o atrito das asas com o ar durante o voo, auxiliar durante o voo planado em grandes altitudes e realizar as trocas gasosas. b) Realizar as trocas gasosas diminuindo a concentração de CO2 nos pulmões, manter o calor interno gerado pelo voo e maximizar a eficiência no voo. c) Realizar as trocas gasosas aumentando a concentração de CO2 nos pulmões, manter o calor interno gerado pelo voo e maximizar a eficiência no voo. d) Auxiliar na manutenção do peso específico, mantendo o calor gerado pelo voo, e maximizar a eficiência das trocas gasosas. e) Diminuir o peso específico, dissipar calor gerado pelo voo e maximizar a eficiência das trocas gasosas. Comentários A alternativa A está errada, porque os sacos aéreos não realizam trocas gasosas, nem estão relacionados à função de diminuição do atrito durante o voo. As alternativas B e C estão erradas, porque os sacos aéreos não realizam trocas gasosas. A alternativa D está errada, porque os sacos aéreos diminuem o peso específico do animal, bem como dissipam o calor gerado no voo. A alternativa E está certa. Gabarito: E. (UNITAU SP/2014) As aves são admiravelmente especializadas para o voo, condição diretamente relacionada ao sucesso adaptativo desses animais nos mais diferentes ambientes da Terra. Entre as alternativas abaixo, assinale aquela que apresenta apenas elementos diretamente relacionados ao voo das aves. a) revestimentos de queratina e penas b) glândula uropigiana e penas c) ossos pneumáticos e penas d) bico córneo e penas e) glândula uropigiana e sacos aéreos Comentários A alternativa A está errada, porque o revestimento de queratina não se relaciona com o voo. A alternativa B está errada, porque a glândula uropigiana tem função impermeabilizante. A alternativa C está certa e é o nosso gabarito. A alternativa D está errada, porque a presença de bico córneo não se relaciona com o voo. A alternativa E está errada, porque a glândula uropigiana tem função impermeabilizante. Gabarito: C. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 38 7. Mamíferos Os mamíferos são amniotas cuja característica principal é a presença de glândulas mamárias, desenvolvidas nas fêmeas e destinadas à alimentação de sua descendência. Além disso, possuem a pele rica em queratina, com uma camada de gordura subcutânea (panículo adiposo) que atua como reserva de energia e isolante térmico, e uma cobertura de pelos, anexos epidérmicos que possuem a mesma função das penas nas aves: a manutenção da temperatura corpórea. Todos esses fatores contribuem para a endotermia nos mamíferos. Na pele estão presentes ainda glândulas sebáceas e sudoríparas, exclusivas do grupo. As glândulas sebáceas localizam-se na base dos pelos e produzem uma secreção oleosa que lubrifica a pele. As glândulas sudoríparas produzem o suor, que atua no mecanismo de regulação térmica corporal. Os cuidados com a prole são os mais desenvolvidos do reino animal e atingem o seu clímax com a espécie humana. 7.1 Organização geral Sistema respiratório A respiração dos mamíferos é pulmonar, até mesmo nos organismos aquáticos, como as baleias e golfinhos, que precisam subir à superfície de tempos em tempos para conseguir oxigênio. Existe um diafragma muscular que separa o tórax do abdômen e exerce papel fundamental a ventilação (inspiração e expiração) pulmonar. Os pulmões alveolares possuem grande superfície, o que assegura eficiência nas trocas gasosas e contribui para alta taxa metabólica apresentada por esses animais. Sistema circulatório A circulação dos mamíferos é fechada, dupla e completa, e, assim como as aves, o coração apresenta quatro cavidades completamente separadas. As hemácias anucleadas são característica exclusiva do grupo. Sistema digestório Os mamíferos apresentam sistema digestório completo, está presente uma diversidade de dentes adaptados para mastigar, cortar, amassar e triturar os mais variados alimentos. Isso é fundamental já que os membros desse grupo podem ser herbívoros, carnívoros ou onívoros. No estômago e no intestino também ocorrem adaptações que se relacionam aos hábitos alimentares. Nos herbívoros, quanto maior o tempo de permanência do alimento no intestino, maior será a quantidade de nutrientes absorvida. Isso porque a celulose é um carboidrato de difícil digestão. Assim, sua degradação é feita pela ação de bactérias que vivem em mutualismo na primeira região do intestino grosso, chamada ceco, que pode apresentar comprimento até 25 vezes maior que o tamanho do ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 39 animal. Já nos animais carnívoros, o intestino é mais curto e o ceco é reduzido, uma vez que a proteína das carnes é mais fácil de ser digerida. Outra peculiaridade do sistema digestório está relacionada aos animais ruminantes, como as vacas e os bois. Neles, o estômago apresenta-se dividido em quatro compartimentos: o rúmen (também chamado pança), o retículo (ou barrete), o omaso (ou folhoso) e o abomaso (ou coagulador). As bactérias que participam da degradação da celulose estão presentes no rúmen e no retículo. Assim, o alimento entra pelo esôfago, passa por esses dois compartimentos, amassando as plantas por ação da musculatura estomacal e realizando a digestão da celulose. Parte dessa celulose é absorvida no rúmen. Após esse processo, o alimento é regurgitado, voltando à boca, onde será novamente mastigado e deglutido. Nesta segunda deglutição, ele segue para o omaso, onde ocorre a absorção e água, e depois para o abomaso, onde será degradado por enzimas digestivas. Sistema excretor O sistema excretor é composto por rins e bexiga e a principal excreta nitrogenada é a ureia. Sistema nervoso Os mamíferos possuem um cérebro maior que os demais vertebrados de tamanho equivalente e muitas espécies são capazes de aprender com a experiência e adaptar seu comportamento de acordo com a situação de maneira muito mais rápida do que qualquer outo grupo animal. Reprodução Mamíferos são, normalmente, animais vivíparos e a maioria é placentária, isto é, apresenta a placenta como anexo embrionário responsável pela nutrição, trocas gasosas e excreção do embrião. A gestação varia entre as espécies, podendo durarcerca de duas semanas entre os hamsters e 22 meses entre os elefantes. No nascimento, os filhotes de algumas espécies são bem desenvolvidos e já podem se locomover. Por exemplo, cavalos e camelos recém-nascidos conseguem andar poucas horas após o nascimento. Em outras espécies, como os coelhos e a maioria dos roedores, os filhotes nascem cegos, sem pelos e indefesos. 7.2 Classificação As três linhagens principais de mamíferos surgiram no início do Cretáceo, há 140 milhões de anos, e, após a extinção dos dinossauros, sofreram radiação adaptativa, dando origem a grandes predadores e herbívoros terrestres, bem como espécies aquáticas e voadoras. Essas linhagens compreendem os mamíferos que põem ovos (monotremados), os mamíferos que apresentam uma bolsa (marsupiais) e mamíferos placentários (eutérios). Monotremata (ou Protheria) Os monotremados são representados pelas equidnas e pelos ornitorrincos. Assim, como os demais mamíferos, eles possuem pelos e produzem leite, o qual é sugado pelos filhotes diretamente da pele da mãe, uma vez que esses animais não possuem mamilos. A característica mais marcante dos monotremados é capacidade de pôr ovos, ou seja, são ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 40 animais ovíparos (característica ancestral para os amniotas e retida pelos répteis). São encontrados apenas na Austrália e na Nova Guiné. Figura 13.Ornitorrinco e equidna. Marsupialia (ou Metatheria) Gambás, cangurus e coalas são exemplos de marsupiais, mamíferos que recebem esse nome pelo fato de a maioria das espécies manterem seus juvenis lactantes dentro de uma bolsa materna chamada marsúpio. O embrião desenvolve-se no interior do útero e após o nascimento, migra para o marsúpio com auxílio de suas fortes patas dianteiras, onde completam seu desenvolvimento. Os marsupiais apresentam ainda uma placenta, na qual os nutrientes se difundem a partir do sangue da mãe para o embrião. Contudo, ela é mais simples em relação à apresentada pelos mamíferos placentários. Figura 14. Quokka, canguru e gambá respectivamente: exemplos de marsupiais. Eutheria Os eutérios são os mamíferos que apresentam placentas complexas e que têm seu desenvolvimento realizado completamente no interior do útero materno. Sua gestação é mais longa que a dos marsupiais e apresentam representantes em todos os ambientes (terrestre, aquático e aéreo). Dentro dos eutérios estão os primatas. Os primatas possuem mãos e pés adaptados para agarrar e seus dedos têm unhas achatadas. Possuem sulcos na pele dos dedos (que formam as impressões digitais humanas), seu cérebro grande e a mandíbula curta, o que lhes confere a face Figura 15. Em sentido horário, um elefante, um morcego, uma baleia e um macaco: exemplos de mamíferos placentários. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 41 achatada. QUESTÕES PARA MEMORIZAÇÃO (UNIOESTE PR/2019) Em julho de 2018, uma onça-parda macho, de aproximadamente três anos, capturada em uma armadilha na mata do Lago Municipal de Cascavel, foi solta em uma reserva próxima ao município. A onça-parda (Puma concolor) é um animal com pelos curtos de cor marrom-avermelhada no dorso, tem hábitos noturnos e se alimenta de animais roedores, tais como pacas, cutias, capivaras, coelhos queixadas, entre outros. (Fonte:http://www.parqueestadualserradomar.sp.gov.br/pesm/especie/susuarana/). De acordo com as informações acima, o que é CORRETO afirmar? a) Onças e outros animais do filo Chordata apresentam pelos como uma apomorfia. b) Dentes diferenciados em caninos, incisivos, pré-molares e molares são características exclusivas da família Carnivora. c) O sistema urinário da onça e de outros mamíferos, formado por rins, ureteres, bexiga e uretra, remove ácido úrico do sangue. d) Em uma cadeia alimentar, o segundo nível trófico é constituído pela onça que se alimenta de capivaras. e) Na classe dos mamíferos, cujo gênero Puma é pertencente, observam-se glândulas mamárias e diafragma como características principais do táxon. Comentários A alternativa A está errada, porque pelos são características exclusivas (apomorfias) de mamíferos. Existem outros cordados que não os apresentam. A alternativa B está errada, porque dentes diferenciados são características de todos os mamíferos, não só dos carnívoros. A alternativa C está errada, porque o sistema urinário dos mamíferos elimina ureia. A alternativa D está errada, porque o primeiro nível trófico é ocupado pelos seres autotróficos. Logo, o segundo nível trófico é ocupado por animais herbívoros ou onívoros, o que não é o caso da onça. A alternativa E está certa. Gabarito: E. (PUC SP/2018) ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 42 Fonte: <http://www.querodesenho.com/wp-content/uploads/2012/04/ult-0604-charge.jpg> O ornitorrinco, assim como a equidna, é um mamífero monotremado. Além de ser ovíparo esse animal a) não alimenta seus filhotes com leite materno, diferentemente do coelho. b) cria seus filhotes no interior do marsúpio, até que atinjam certo tempo de vida. c) possui placenta, como o coelho, mas a utiliza para produzir ovos. d) possui cloaca, onde desembocam os sistemas genital, urinário e digestório. Comentários A alternativa A está errada, porque é característica exclusiva dos mamíferos a produção de leite para nutrição da progênie. A alternativa B está errada, porque são os mamíferos marsupiais que criam seus filhotes no interior de bolsas maternas chamadas marsúpios. A alternativa C está errada, porque monotremados não possuem placenta, diferente dos marsupiais (que possuem uma placenta simples) e dos placentários, que apresentam placenta complexa. A alternativa D está certa. Gabarito: D. (UESB BA/2018) Alguns fósseis proporcionam uma observação detalhada da origem de novos grupos de organismos. Esses fósseis são essenciais para o nosso entendimento da evolução; eles ilustram como as novas características surgem e quanto tempo levou para essas mudanças ocorrerem. Analisando especificamente a evolução dos mamíferos e as características que podem ser usadas no estudo taxonômico desse grupo em comparação com outros, é correto afirmar: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 43 01. Os mamíferos, juntamente com os anfíbios e répteis, pertencem a um grupo de animais denominados de tetrápodos. 02. O surgimento dos mamíferos, possivelmente, ocorreu a partir do fluxo gênico entre os grupos que outrora tinham sido separados. 03. As características anatômicas dos mamíferos apresentam dificuldade de fossilização comprometendo a elucidação de sua origem. 04. A articulação observada entre a mandíbula e a maxila dos mamíferos é comum a todos os vertebrados ratificando a origem comum desse subfilo. 05. A classificação de todos os mamíferos, como os eutérios, deve-se a presença de uma estrutura que envolve todo o embrião em seu desenvolvimento. Comentários A afirmativa 01 está certa. A afirmativa 02 está errada, porque o surgimento dos mamíferos ocorre da divergência de linhagens do ancestral amniota, que deu origem aos sinapsídeos. A afirmativa 03 está errada, porque animais de corpo mole, como as águas vivas, e partes delicadas são mais difíceis de fossilizar, o que não se aplica aos mamíferos. A afirmativa 04 está errada, porque essa característica não é comum a todos os vertebrados, que inclusive compreendem animais agnatos. A afirmativa 05 está errada, porque os mamíferos dividem-se em monotremados, marsupiais e eutérios. Gabarito: 01. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 44 8. Conceitos fundamentais Vimos em duasaulas (esta e a anterior) um compilado sobre a diversidade animal. Neste capítulo final iremos discutir três conceitos fundamentais que se aplicam a todos os clados zoológicos. 8.1 Influência do ambiente nos resíduos nitrogenados Os resíduos nitrogenados provêm da decomposição de proteínas e ácidos nucleicos. Quando esses compostos são degradados para a produção de energia ou convertidos em carboidratos e gorduras, amônia (NH3) é produzida, um composto muito tóxico, em parte porque seu íons amônio (NH4+) pode interferir na fosforilação oxidativa. Embora alguns animais excretem amônia diretamente, muitas outras espécies gastam energia para convertê-la em compostos menos tóxicos: ureia e ácido úrico. Em grau de toxicidade, temos a amônia como excreta mais tóxica, seguida por ureia, de toxidade intermediária, e ácido úrico, este o menos tóxico dos três. O tipo de resíduo nitrogenado eliminado pelo animal vai depender do seu hábitat, especialmente da disponibilidade de água. Isso porque, se houver grande disponibilidade de água para o animal, a excreta será diluída e até mesmo a amônia não exercerá sua toxidade. É por isso que, de maneira geral, animais aquáticos, como peixes (ósseos, no caso), tartarugas marinhas, larvas de anfíbios, além de muitos invertebrados, excretam amônia. Répteis e aves excretam ácido úrico, pois vivem em ambientes com pouca água disponível ou, no caso das aves, não podem reter grandes volumes de líquidos no corpo, o que prejudicaria o voo. Já mamíferos, anfíbios adultos, além de algumas espécies de tartarugas e peixes (como os cartilaginosos) excretam principalmente ureia. Vale ressaltar que: 1) a ureia é um produto do metabolismo de uma reação que combina amônia e dióxido de carbono, a qual acontece no fígado; 2) a produção de ureia e, principalmente, de ácido úrico é muito dispendiosa, isto é, tem alto custo energético; 3) a excreção de ácido úrico representou uma vantagem evolutiva aos répteis, permitindo a conquista do ambiente terrestre, uma vez que é eliminado em forma pastosa juntamente com outros resíduos, o que economiza a perda de água. Por fim, seres humanos também produzem pequena quantidade de ácido úrico. Acontece que em alguns indivíduos, principalmente do sexo masculino, sua formação pode ser alterada e resultar na formação de um composto insolúvel que causa a gota – uma inflamação dolorida nas articulações causada pelo depósito de cristais de ácido úrico. 8.2 Homeostase Homeostase é o equilíbrio dinâmico entre os diversos sistemas fisiológicos que compõem o corpo de um organismo, mantendo estáveis todas as atividades biológicas por ele desempenhadas. Outra definição encontrada para o termo é a habilidade de manter o ambiente interno do organismo em um equilíbrio quase constante, independentemente das alterações que ocorram no ambiente externo. Por ambiente interno entendemos os fluidos corporais de um indivíduo. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 45 Como exemplos de homeostase em mamíferos, podemos citar a regulação de água e minerais no corpo (osmorregulação), a remoção dos resíduos metabólicos (excreção), a regulação da temperatura corporal e a regulação dos níveis de glicose no sangue. Esses sistemas são influenciados por diversos fatores (temperatura, salinidade, pH, concentrações de nutrientes e resíduos, entre outros) que afetam as reações químicas que mantêm o corpo vivo. Por isso, existem mecanismos fisiológicos responsáveis por mantê-los dentro dos limites desejáveis, chamados de mecanismos de feedback ou retroalimentação. Os mecanismos de controle da homeostase ocorrem normalmente por processos de retroalimentação negativa, ou seja, processos que revertem a direção de uma determinada mudança. Se a pressão arterial está alta, por exemplo, diversas reações acontecem para que a pressão caia. Por meio dessas alterações, é possível controlar quando uma variável está em excesso ou deficiente no organismo. 8.3 Relação superfície-volume e tamanho corporal Já sabemos que os animais podem ser ectotérmicos ou endotérmicos. Agora vamos ver as implicações e limitações que cada uma dessas características pode apresentar. A quantidade de energia gasta por um animal (isto é, a quantidade de oxigênio consumido ou dióxido de carbono produzido) em um determinado período corresponde à sua taxa metabólica. A taxa metabólica “de base” de um animal é medida como a taxa metabólica basal (TMB) para um endotérmico ou como a taxa metabólica padrão (TMP) para um ectotérmico. Tanto a TMB quanto a TMP são medidas de taxa metabólica em animais que estão em repouso, sem influência de estresse e em jejum. Os animais endotérmicos tendem a ter TMB alta e elevadas necessidades energéticas, porque mantêm sua temperatura corporal constante. Já os animais ectotérmicos de tamanho similar tendem a ter TMP e necessidades energéticas muito mais baixas. Figura 16. Curvas de temperatura corporal características para animais endotérmicos e ectotérmicos. Assim, a taxa metabólica de um animal determina quanto alimento ele deve consumir para manter seu corpo com uma massa constante. Se um animal não come alimento suficiente para repor a energia que utiliza, perderá massa corporal (uma vez que glicogênio, gorduras e outras moléculas são queimadas como combustível). Por outro lado, se um animal come mais alimento do que precisa para repor a energia gasta, haverá sobra de energia química que é ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 46 armazenada pelo corpo como glicogênio ou gordura. Esta é a base de perda e ganho de peso em seres humanos e em outros animais. Relacionado a esse assunto, podemos falar das diferenças de tamanho corporal nos seres vivos. Quanto maior for o corpo de um organismo, menor será sua relação superfície/volume. Observe o gráfico abaixo, que compara a taxa metabólica x o peso corporal de vários animais. O camundongo apresenta menor superfície e menor volume que o cavalo. Entretanto, a relação superfície/volume do camundongo é maior do que a do cavalo. Por quê? Para responder a essa pergunta, vamos calcular o volume e a área dos dois cubos abaixo. O primeiro cubo apresenta lados de 10 cm, portanto seu volume é igual a 103 ou 1000 cm3. Já a sua área corresponde a 6 faces de 10² cm², portanto, 600 cm². Assim, a razão superfície/volume do primeiro cubo é 6/10 ou 0,6. Já o segundo cubo apresenta lados de 1 cm, portanto seu volume é igual a 1 cm³. Já a sua área corresponde a 6 faces de 1 cm². Portanto, a sua área equivale a 6 cm². Assim, a razão superfície volume do segundo cubo é 6/1. Logo, comparando os dois cubos, percebemos que a razão superfície/volume do cubo menor é maior que a apresentada pelo cubo maior. Podemos extrapolar esse raciocínio para os seres vivos. Os seres vivos pequenos têm elevada relação superfície/volume, o que implica em uma grande perda de calor. Para compensar, a taxa metabólica desses seres é alta. Voltando à questão, embora o camundongo seja menor que o cavalo em tamanho, sua relação superfície/volume é muito maior, e, portanto, sua taxa metabólica também. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 47 9. Lista de questões 1. (FUVEST SP/2019) O esquema representa, de maneira bastante simplificada, uma das possíveis hipóteses de relação de parentesco entre grupos animais, assinalados pelo nome comum de alguns de seus representantes. Na base do esquema, a característica que une todos em um mesmo grupo é a deuterostomia. Identifique quais seriam as características I, II, III, IV, V que justificariam os respectivos grupos. a) I-notocorda; II-pulmão; III-âmnio; IV-pelo; V-ovo com casca. b) I-escamas; II-encéfalo; III-pulmão; IV-glândulas mamárias; V-âmnio. c) I-mandíbula; II-4 membros locomotores; III-pulmão; IV-ventrículo subdivididoem 2 câmaras; V-ovo com casca. d) I-notocorda; II-4 membros locomotores; III-pulmão; IV-glândulas mamárias; V-pena. e) I-âmnio; II-pulmão; III-mandíbula; IV-ventrículo subdividido em 2 câmaras; V-escama. 2. (UECE/2019) Atente para a seguinte notícia: “Professor da Uece flagra morte de 439 quelônios no açude Cedro em Quixadá; pesquisa será feita para revelar causas... O professor comenta que a mortandade dos animais pode causar um panorama ainda mais grave. Ele prevê que com as primeiras chuvas, a água que possa se acumular pode representar riscos à saúde pública, já que não haverá espécies vivas no açude para cumprir o papel do ecossistema”. Fonte: http://blogs.diariodonordeste.com.br/sertaocentral/meioambiente/professor-da-uece-flagra-mortandade-decagados-no-acude- cedro-pesquisa-sera-feita/ Sobre os quelônios referidos no excerto da notícia, é correto afirmar que ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 48 a) são representados pelos cágados, tartarugas e jabutis: animais ovíparos. b) são representados pelos cágados, serpentes e jabutis: animais ovíparos. c) cágados são quelônios terrestres que possuem o corpo achatado e pescoço longo. d) cágados são quelônios terrestres e jabutis são quelônios de água doce. 3. (UEM PR/2019) O número de espécies de mamíferos reconhecidas era de 4631 em 1993, tendo saltado para 5416 em 2005 e tendo atingido a marca de 6495 em 2017. Atualmente, são reconhecidas 6569 espécies, divididas em 27 ordens, das quais a ordem Rodentia é a que possui maior número de espécies: 2566. (Dados obtidos de mammaldiversity.org. Acesso em: 21 de set. de 2018). A partir desses dados, considerou-se que a função N(t) = 4600 + 80(t – 1993) fornece um bom modelo para o número de espécies reconhecidas no ano t, quando 1993 t 2018. Com base no exposto e em conhecimentos correlatos, assinale o que está correto. 01. Atualmente temos uma média inferior a 200 espécies por ordem de mamíferos. 02. A espécie humana pertence à ordem que possui maior número de espécies reconhecidas atualmente. 04. Ariranha, golfinho, ornitorrinco, morcego e équidna são todos exemplos de mamíferos. 08. A função proposta fornece sempre valores positivos para N(t), para qualquer t correspondente a qualquer ano do século XX ou do XXI. 16. A função proposta estima melhor o número de espécies de mamíferos reconhecidas em 2017 do que o número de espécies reconhecidas em 2005. 4. (UNICAMP SP/2019) No ano de 2015, foi descrito o fóssil de um réptil que viveu há 150 milhões de anos onde hoje é a região Nordeste do Brasil. Conforme ilustra a figura a seguir, esse animal apresenta corpo alongado, com muitas vértebras e costelas, e membros anteriores e posteriores reduzidos (a seta indica a região ampliada no canto inferior esquerdo). Por sua anatomia peculiar, um grande debate teve início sobre a posição que esse animal deveria ocupar na árvore da vida. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 49 (David M. Martill e outros, A four-legged snake from the Early Cretaceous of Gondwana. Science, Nova Iorque, v. 349, fasc. 6246, p. 416- 419, jul. 2015.) Sabe-se que os lagartos (que geralmente têm membros) e as serpentes (seres ápodes) que vivem atualmente têm um ancestral comum. Sendo assim, o organismo ilustrado na figura a) não pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, pois a perda dos membros anteriores e posteriores levaria a um prejuízo à vida do animal, e a evolução resulta apenas em melhoria dos organismos. b) não pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, pois a evolução é gradual e incapaz de gerar mudanças drásticas na morfologia de um ser vivo, como a perda de membros anteriores e posteriores. c) pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, sendo que seu ancestral comum com os lagartos possuía membros, depois perdidos por processos evolutivos, originando as serpentes ápodas atuais. d) pode ser um fóssil de transição, pois os ancestrais das serpentes que não utilizavam seus membros com tanta frequência sofreram atrofia desses membros, deixando de transferir tal característica para seus descendentes. 5. (UFRGS/2019) Níquel Náusea Fernando Gonsales ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 50 Fonte: Zero Hora, 02 e 03 de julho de 2017. Considere as seguintes afirmações sobre os animais do segundo quadro. I. Os crocodilianos e as aves compartilham a sua ancestralidade com os dinossauros. II. Os crocodilianos são ectotérmicos e dependem de fontes de calor externas. III. As aves apresentam coração com dois átrios e dois ventrículos completamente separados. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. 6. (UNIFOR CE/2019) O elefante africano é conhecido por sua pele espessa e enrugada. Estes animais não possuem glândulas sudoríparas, mas quem os observa de perto poderá ver uma intrincada rede de minúsculas fendas, que fazem com que a pele do poderoso mamífero pareça asfalto rachado. Mas as rachaduras não estão ali por acaso. Disponível em: <https://g1.globo.com/natureza/ noticia/2018/10/02/cientistas-descobrem-comosurgem-as-rugas-na-pele-de-elefantes- africanos.ghtml.>.Acesso em 18 Out 2018. Sendo assim, qual seria o papel das fendas na pele nestes animais? a) Garantir suporte e nutrição às células da epiderme lubrificando a espessa e enrugada pele. b) Armazenar substâncias lipídicas conferindo proteção contra choques mecânicos. c) Proteger a pele do contato com parasitas, aumentando assim imunidade contra infestações. d) Aumentar a superfície de contato com os raios solares elevando a temperatura. e) Reter mais umidade do que uma superfície plana, ajudando a regular a temperatura corporal. 7. (UNITAU SP/2018) Os peixes cartilaginosos, da classe Chondrichthyes, são representados por cerca de mil espécies de tubarões, arraias e quimeras, sendo que a ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 51 maioria das espécies de condrictes é marinha. Dentre esses animais, é possível verificar uma grande variedade de hábitos alimentares. O aparelho digestório dos Chondrichthyes é completo e seu intestino apresenta uma importante especialização, a válvula espiral. Assinale a alternativa que caracteriza CORRETAMENTE essa estrutura. a) Área de mucosa pregueada, que concentra glândulas produtoras de enzimas digestivas. b) Região de ação glandular, que remove o excesso de sais do sangue. c) Área de compressão do alimento, por ação muscular, e de digestão por microrganismos. d) Região relativamente curta e dilatada, em que o alimento é amolecido por hidratação. e) Área de absorção e de prolongamento do tempo que o alimento fica no intestino. 8. (UNIC MT/2018) Os peixes cartilaginosos, como as arraias e os tubarões acumulam ureia no sangue, como artifício de sobrevivência ao ambiente marinho, porque 01. o sangue elimina os sais absorvidos na estrutura entérica por osmose. 02. tornando-se isotônico em relação ao ambiente marinho, a osmorregulação é controlada. 03. a liberação é elevada de urina, e a perda da ureia reduz a concentração de sais no sangue. 04. a água do mar é hipotônica em relação ao seu meio interno, o que favorece a desidratação. 05. os vacúolos pulsáteis, presentes nas guelras do tubarão, viabilizam a eliminação do excesso de sais em seu corpo. 9. (UNIFOR CE/2018) Um empresário cearense teve um prejuízo de aproximadamente R$ 150 mil devido à morte de 15 toneladas de peixe durante o apagão em 21/03/2018 na cidade de Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza. Os peixes da espécie tilápia estavam em um tanque que ficou sem oxigenação após as máquinas pararem defuncionar. Fonte: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/empresario-tem-prejuizo-de-r-150-mil-com-a-morte-detoneladas-de-peixes-durante-apagao- no-ceara.ghtml Acesso em 22 abr. 2018. Considerando a respiração dos peixes tilápia, julgue as afirmativas: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 52 I. As tilápias morreram porque a saturação de oxigênio na água não foi suficiente para a realização das trocas gasosas nos pulmões destes peixes. II. A queda brusca do oxigênio dissolvido no meio aquático é denominada depleção de oxigênio e compromete os mecanismos de geração de energia nos peixes. III. A ausência de oxigênio bloqueia a respiração celular porque o aceptor final de elétrons é o O2, que, depois de se combinar com os elétrons e o hidrogênio, forma água. IV. A mortandade dos peixes deu-se provavelmente por uma depleção de oxigênio que provocou o aparecimento de um agente infeccioso altamente virulento. É correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I, II e III. e) II, III e IV. 10. (UERJ/2018) O poder criativo da imperfeição Já escrevi sobre como nossas teorias científicas sobre o mundo são aproximações de uma realidade que podemos compreender apenas em parte. 1Nossos instrumentos de pesquisa, que tanto ampliam nossa visão de mundo, têm necessariamente limites de precisão. Não há dúvida de que Galileu, com seu telescópio, viu mais longe do que todos antes dele. Também não há dúvida de que hoje vemos muito mais longe do que Galileu poderia ter sonhado em 1610. E certamente, em cem anos, nossa visão cósmica terá sido ampliada de forma imprevisível. No avanço do conhecimento científico, vemos um conceito que tem um papel essencial: simetria. Já desde os tempos de Platão, 2há a noção de que existe uma linguagem secreta da natureza, uma matemática por trás da ordem que observamos. Platão – e, com ele, muitos matemáticos até hoje – acreditava que os conceitos matemáticos existiam em uma espécie de dimensão paralela, acessível apenas através da razão. Nesse caso, os teoremas da matemática (como o famoso teorema de Pitágoras) existem como verdades absolutas, que a mente humana, ao menos as mais ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 53 aptas, pode ocasionalmente descobrir. Para os platônicos, 3a matemática é uma descoberta, e não uma invenção humana. Ao menos no que diz respeito às forças que agem nas partículas fundamentais da matéria, a busca por uma teoria final da natureza é a encarnação moderna do sonho platônico de um código secreto da natureza. As teorias de unificação, como são chamadas, visam justamente a isso, formular todas as forças como manifestações de uma única, com sua simetria abrangendo as demais. Culturalmente, é difícil não traçar uma linha entre as fés monoteístas e a busca por uma unidade da natureza nas ciências. Esse sonho, porém, é impossível de ser realizado. Primeiro, porque nossas teorias são sempre temporárias, passíveis de ajustes e revisões futuras. Não existe uma teoria que possamos dizer final, pois 4nossas explicações mudam de acordo com o conhecimento acumulado que temos das coisas. Um século atrás, um elétron era algo muito diferente do que é hoje. Em cem anos, será algo muito diferente outra vez. Não podemos saber se as forças que conhecemos hoje são as únicas que existem. Segundo, porque nossas teorias e as simetrias que detectamos nos padrões regulares da natureza são em geral aproximações. Não existe uma perfeição no mundo, apenas em nossas mentes. De fato, quando analisamos com calma as “unificações” da física, vemos que são aproximações que funcionam apenas dentro de certas condições. O que encontramos são assimetrias, imperfeições que surgem desde as descrições das propriedades da matéria até as das moléculas que determinam a vida, as proteínas e os ácidos nucleicos (RNA e DNA). Por trás da riqueza que vemos nas formas materiais, encontramos a força criativa das imperfeições. MARCELO GLEISERAdaptado de Folha de São Paulo, 25/08/2013. A simetria também é observada na estrutura corporal dos animais, influenciando, por exemplo, a distribuição interna dos órgãos. Uma característica associada à simetria bilateral, presente em todos os animais com esse padrão corporal, é: a) grande cefalização b) organização metamérica c) sistema circulatório aberto d) sistema digestório incompleto ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 54 11. (UNICAMP SP/2018) Os eixos do gráfico a seguir representam duas variáveis, uma delas não identificada no gráfico. Uma curva representa animais endotérmicos e a outra, animais ectotérmicos. (Adaptado de KHAN ACADEMY, Endotherms and ectotherms. Disponível em www.khanacademy.org. Acessado em 10/08/17.) A curva que corretamente se aplica ao ser humano é a) a curva A, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura externa e o eixo vertical, o consumo de O2. b) a curva A, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura interna e o eixo vertical, o consumo de O2. c) a curva B, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura externa e o eixo vertical, a liberação de CO2. d) a curva B, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura interna e o eixo vertical, a liberação de CO2. 12. (UNITAU SP/2018) Os animais do subfilo Chordata caracterizam-se, dentre outros elementos, por compartilharem uma coluna vertebral segmentada e uma caixa craniana, que protegem o sistema nervoso. Dentre os cordados, as características: 1) pele ressecada, coberta por escamas epidérmicas queratinizadas e 2) pele permeável, que também realiza trocas gasosas, identificam, respectivamente, a) répteis e aves. b) répteis e anfíbios. c) anfíbios e répteis. d) anfíbios e aves. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 55 e) aves e mamíferos. 13. (FAMERP SP/2018) As aves e os mamíferos podem habitar uma grande amplitude de áreas terrestres. São encontrados em regiões de altitudes muito elevadas, assim como em regiões de altas latitudes. As aves e os mamíferos são capazes de sobreviver nesses ambientes por possuírem a) pele queratinizada. b) anexos embrionários. c) esqueleto ósseo resistente. d) endotermia. e) circulação fechada. 14. (IFRS/2018) Assinale a alternativa que apresenta os animais que têm o coração com duas, três e quatro cavidades, respectivamente, a) sapo, onça e mosca. b) lambari, tartaruga e gato. c) tartaruga, gato e sapo. d) gato, sapo e tubarão. e) cavalo, tigre e elefante. 15. (FUVEST SP/2017) O esquema representa, de maneira simplificada, a circulação sanguínea em peixes. Pode-se afirmar corretamente que, nos peixes, a) o coração recebe somente sangue pobre em oxigênio. b) ocorre mistura de sangue pobre e de sangue rico em oxigênio, como nos répteis. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 56 c) o sangue mantém constante a concentração de gases ao longo do percurso. d) a circulação é dupla, como ocorre em todos os demais vertebrados. e) o sistema circulatório é aberto, pois o sangue tem contato direto com as brânquias. 16. (UDESC SC/2017) Uma importante classe dentro do grupo dos cordados reúne mais de 9 mil espécies, algumas com menos de 2 g de peso e outras atingindo mais de 100 kg. São algumas de suas características: homeotermos, coração com quatro cavidades, circulação fechada, respiração pulmonar, sistema digestório com estruturas denominadas de papo e moela e ausência de dentes. Assinale a alternativa que indica a classe a que se refere o enunciado. a) mamíferos b) peixes c) aves d) répteis e) anfíbios 17. (UFRR/2017) O peixe sul-americano(Lepidosiren sp.) é encontrado na Bacia Amazônica, respira oxigênio atmosférico e caso não consiga chegar até a superfície da água para engolir ar (conforme a figura abaixo extraída de Liem et al. 2012), acaba morrendo afogado. Dentre as alternativas abaixo, qual grupo de peixe apresenta esse modo de respirar? a) Peixe-boi; b) Dipnoicos; ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 57 c) Condrictes; d) Actinopterígios; e) Agnatos. 18. (Uni-FaceF SP/2017) Especialistas advertem que o menor boto do mundo, a vaquita, está se aproximando da extinção. Atualmente, restam 60 vaquitas na área norte do Golfo da Califórnia. A caça predatória do peixe totoaba está causando o desaparecimento das vaquitas. A bexiga natatória do totoaba é contrabandeada pela fronteira da Califórnia e enviada à China, onde é apreciada como iguaria na gastronomia chinesa. A vaquita fica presa nas redes montadas para apanhar o totoaba e se afoga. (Folha de S.Paulo, 04.06.2016. Adaptado.) De acordo com as informações do texto, é correto afirmar que a) a vaquita é um mamífero, que respira por pulmões, e a totoaba é um peixe ósseo, que respira por brânquias. b) a vaquita é um mamífero, que respira por pulmões, e a totoaba é um peixe cartilaginoso, que respira por brânquias. c) a vaquita é um mamífero, que respira por brânquias, e a totoaba é um peixe ósseo, que respira por pulmões. d) a vaquita é um peixe ósseo, que respira por brânquias, e a totoaba é um peixe cartilaginoso, que respira por pulmões. e) a vaquita é um peixe ósseo, que respira por pulmões, e a totoaba é um peixe cartilaginoso, que respira por brânquias. 19. (UCS RS/2017) Desde as primeiras manifestações mítico-religiosas, o homem busca respostas à origem e à evolução das espécies. Filosofia, religião e ciência entram em cena para construir diferentes concepções sobre a existência da vida, sobre a espécie humana e sobre as características que diferenciam as espécies umas das outras. Disponível em: <http://historiageralcomgd.blogspot.com.br/2009/07/ teorias-evolucionistas-e-criacionistas. html>. Acesso em: 28 ago. 16. (Parcial e adaptado.) Nesse sentido, o tema abordado será o eixo temático “A Evolução das Espécies”. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 58 Em um novo estudo, publicado no Scientific Reports, cientistas afirmam ter encontrado um peixe que caminha como um anfíbio. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey encontraram a espécie rara escalando cachoeiras na Tailândia. Essas características não são vistas em nenhum outro peixe vivo e trazem novas evidências sobre a evolução das espécies. Ao examinar a Cryptotora thamicola, os pesquisadores constataram que o peixe alternava os passos das “patas” traseiras com as frontais, realizando o mesmo movimento que os animais que andam sobre a terra. Além disso, a equipe conseguiu realizar uma impressão 3D da anatomia do peixe, revelando detalhes de seu esqueleto. Nos peixes comuns, a pélvis é composta por pequenos ossos e é utilizada apenas para evitar que eles girem em torno de si, servindo como um instrumento de equilíbrio. Na Cryptotora thamicola (imagem p. 22), no entanto, verificou-se que a pélvis é uma região complexa, com muitos ossos que são interligados com a espinha. Isso revelou a aproximação dessa espécie com os tetrápodes, que desenvolveram adaptações para conseguir caminhar firmemente sobre a superfície da terra. Esse processo dependeu da evolução da pélvis, que se conectou com a espinha e membros para garantir o movimento das patas, como se vê nas salamandras e em outros anfíbios. Seguindo um padrão evolucionista, os tetrápodes surgiram de uma única linhagem de peixes que conseguiu habitar o solo, utilizando o mesmo movimento alternado de patas – visto na rara espécie de peixe. “Esses resultados são significativos uma vez que representam o primeiro exemplo de adaptações comportamentais e morfológicas em um peixe vivo, que converge com as características apresentadas pelos tetrápodes”, explicou a equipe internacional de pesquisadores responsável pela descoberta. Disponível em: <http://novataxa.blogspot.com.br/2016/03/cryptotora.html>. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/ciencia/conheca-o- peixe-que-caminha-como-um-anfibio/>. Acesso em: 10 ago. 16. (Parcial e adaptado.) Tendo como referência as informações apresentadas no texto, assinale a alternativa correta. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 59 a) O nome científico do “peixe que caminha como um anfíbio”, de acordo com o modelo de Lineu, é binominal, e Cryptotora é seu epíteto específico. b) O isolamento geográfico nas cachoeiras da Tailândia permitiu que a população de Cryptotora thamicola divergisse em características anatômicas de seus ancestrais tetrápodes. c) O Siluriano é o período da Era Paleozoica compreendido aproximadamente entre 440 e 400 milhões de anos atrás. Nele ocorreu a proliferação dos peixes que dominaram de vez os ambientes aquáticos, motivo pelo qual é conhecido como “A Era dos Peixes”. d) O grupo dos tetrápodes compreende os anfíbios, os répteis, as aves e os mamíferos que, além de coluna vertebral segmentada e crânio, possuem simetria bilateral. e) O fato de a Cryptotora thamicola conseguir caminhar como um anfíbio é uma consequência direta de um processo evolutivo não aleatório conhecido como deriva genética. 20. (UNICAMP SP/2017) Na vida real não existem animais que são agentes secretos, mas o ornitorrinco, representado na figura do desenho Phineas e Ferb, guarda muitos segredos e curiosidades. Esse animal de aproximadamente 60 cm, que parece uma mistura de lontra, pato e castor, resultou em um ser único em vários sentidos. a) À semelhança dos mamíferos placentários, a fêmea do ornitorinco alimenta os filhotes com seu leite, mas coloca ovos. b) Diferentemente dos mamíferos placentários, os ornitorrincos não produzem leite para a alimentação dos filhotes. c) À semelhança dos mamíferos placentários, os embriões dos ornitorrincos alimentam-se exclusivamente de vitelo acumulado no ovo. d) Diferentemente dos mamíferos placentários, os ornitorrincos apresentam autofecundação e produzem ovos. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 60 21. (UFRR/2017) A árvore filogenética parcial representa uma das hipóteses das relações evolutivas entre os grupos de animais representados abaixo. Os traços em negrito correspondem a uma característica que está presente nos grupos representados acima de cada um deles na árvore e que não está presente nos grupos abaixo deles. Os números 1, 2 e 3 indicados nos traços em negrito representam, respectivamente, quais características encontradas nesses grupos? a) Presença de ovo amniótico, glândulas mamárias e penas; b) Presença de tubo nervoso dorsal, ovo amniótico e casco; c) Presença de homeotermia, pelos e penas; d) Presença de vértebras, pelos e voo; e) Presença de ovo amniótico, penas e pelos. 22. (UEA AM/2017) Algumas adaptações permitiram aos répteis a conquista definitiva do ambiente terrestre. Outras adaptações permitiram às aves e aos mamíferos distribuírem-se por praticamente todas as regiões do planeta. Uma característica que está presente nas aves, mas não nos répteis; uma característica presente nos mamíferos, mas não nas aves; e uma característica comum aos répteis, aves e mamíferos são, respectivamente, a) endotermia, diafragma e âmnio. b) coração com quatro câmaras, glândula mamária e endotermia. c) sacos aéreos, fecundação interna e diafragma. d) âmnio, coração com quatro câmaras e fecundação interna. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS61 e) endotermia, âmnio e coração com quatro câmaras. 23. (UEPG PR/2017) Apesar das variações térmicas do ambiente, alguns animais conseguem manter praticamente constante a temperatura do corpo, enquanto outros, não. O gráfico abaixo representa a variação da temperatura corporal em relação a do ambiente em animais homeotérmicos e pecilotérmicos. Sobre o assunto, assinale o que for correto. Adaptado de: Linhares, S.; Gewandsznajder, F. Biologia hoje. 15a ed. Volume 3. Editora Ática. São Paulo. 2010. 01. Em (A), estão representados os animais homeotérmicos (também conhecidos como endotérmicos), como as aves e mamíferos, os quais conseguem manter praticamente constante a temperatura do corpo por meio da produção de mais calor ou do aumento da perda de calor pelo corpo. 02. Em (B), estão representados os animais pecilotérmicos (também conhecidos como ectotérmicos), os quais não possuem mecanismos fisiológicos tão eficientes para manter sua temperatura interna constante. 04. Caso a temperatura do ambiente caia muito, o metabolismo dos animais do grupo (B) pode diminuir a tal ponto que o animal pode ficar inativo. Os répteis são exemplos de animais do grupo (B), os quais se movimentam entre sol e sombra para ganhar ou perder calor do ambiente. 08. Os humanos, presentes no grupo (A), podem perder calor pela superfície corporal aumentando a produção de suor. Ao evaporar-se, a água do suor absorve calor da pele e faz o corpo esfriar. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 62 24. (FUVEST SP/2017) Os primeiros vertebrados que conquistaram definitivamente o ambiente terrestre foram os ___I___ , que possuem ___II___, aquisição evolutiva que permitiu o desenvolvimento do embrião fora da água. Indique a alternativa que completa corretamente essa frase. 25. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2017) Os peixes cartilaginosos são animais ureotélicos, uma vez que produzem ureia como excreta nitrogenada. Entretanto, os rins desses peixes reabsorvem a ureia em vez de eliminá-la na urina, como fazem os mamíferos. Dessa forma, a concentração de ureia no sangue de tubarões e arraias chega a ser 100 vezes maior que a observada no sangue de mamíferos. Isso explica o fato de os fluídos corporais desses peixes serem ligeiramente mais concentrados que a própria água do mar. Assim, é correto afirmar que os peixes cartilaginosos a) reutilizam a ureia retida no corpo para fabricar novos aminoácidos e, por isso, requerem menos alimentos proteicos que os mamíferos. b) convertem a ureia retida no corpo em ácido úrico, um tipo de excreta mais facilmente eliminado em ambientes aquáticos. c) por osmose, ganham água do meio e, para evitar o excesso de água em seus fluidos corporais, os rins a eliminam pela urina. d) por osmose, perdem água para o meio, e têm que dispor de mecanismos fisiológicos que evitem a desidratação no ambiente marinho. 26. (UNITAU SP/2017) As mais importantes evidências da transição dos seres vivos dos ambientes aquáticos para o ambiente terrestre são reconhecidas por meio dos fósseis do período Siluriano, na era Paleozoica, há aproximadamente 430 milhões de anos. A conquista desse ambiente obrigou esses seres vivos a enfrentarem uma série de desafios. Entretanto, a despeito de dificuldades, o ambiente terrestre também ofereceu vantagens. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 63 Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, uma vantagem e uma desvantagem oferecidas aos seres vivos por meio da conquista do ambiente terrestre. a) Maior disponibilidade de oxigênio e de água. b) Menor facilidade de locomoção e menor disponibilidade de alimento. c) Maior facilidade de locomoção e maior disponibilidade de oxigênio. d) Menor disponibilidade de água e menor disponibilidade de alimento e) Maior disponibilidade de oxigênio e menor disponibilidade de água. 27. (Unemat MT/2016) Entre as classes de animais vertebrados encontramos variações fisiológicas e anatômicas. Essas variações são oriundas de processos evolutivos peculiares a cada espécie. Algumas características são compartilhadas entre as espécies de uma mesma classe de vertebrados. Considerando as características peculiares dos tubarões, pinguins e golfinhos, e as classes às quais esses animais pertencem, podemos afirmar que: a) Esses três animais possuem hábitos que envolvem natação e as formas hidrodinâmicas do corpo dos tubarões, golfinhos e pinguins caracterizam um exemplo de irradiação adaptativa. b) O coração dos tubarões possui 2 câmaras; dos golfinhos, 4 câmaras, e dos pinguins, 3 câmaras. c) Tubarões e golfinhos são animais homeotérmicos, enquanto os pinguins são animais pecilotérmicos. d) Ao observar a pele desses animais, percebe-se que os tubarões têm escamas, enquanto os golfinhos têm pelos e os pinguins, penas. e) Golfinhos e pinguins são animais ovíparos, enquanto tubarões são vivíparos ou ovíparos, dependendo de cada espécie. 28. (UCS RS/2016) O grupo mais diversificado e abundante dos vertebrados é o dos peixes. Eles apresentam diversas formas corporais e habitam muitos ambientes, desde águas frias até águas quentes, doce ou salgada e, devido a essa diferença de habitats, possuem também diferentes estratégias de vida, dependendo das pressões seletivas a que foram expostos durante a evolução. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 64 Assinale a alternativa correta em relação aos peixes. a) Os peixes cartilaginosos, como a lampreia e a quimera, possuem mandíbula e o esqueleto formado exclusivamente por cartilagens, o que os diferencia dos peixes ósseos. b) Os elasmobrânquios são todos ovíparos, isto é, as fêmeas eliminam os ovos, que se desenvolvem na água. c) O coração dos peixes é constituído por quatro cavidades, dois átrios e dois ventrículos, semelhante ao coração dos mamíferos. d) Os peixes ósseos, bem como os peixes cartilaginosos, são dioicos, isto é, apresentam sexos separados em indivíduos diferentes. e) A bexiga natatória, presente tanto nos peixes cartilaginosos como nos peixes ósseos, auxilia na flutuabilidade e, também, pode colaborar com a troca gasosa em algumas espécies de elasmobrânquios. 29. (FATEC SP/2016) Considere o cladograma e o texto abaixo. O planeta vem sofrendo alterações no clima causadas pela atuação humana nos ambientes (mudanças climáticas globais, ou MCG), que podem interferir na temperatura dos ecossistemas e, consequentemente, na sobrevivência de muitas espécies. Algumas espécies têm maior tolerância às variações externas de temperatura. A capacidade de termorregulação de alguns animais se relaciona ao número de ventrículos em seus corações. Desse modo, assinale a alternativa que explica adequadamente uma das ameaças trazidas pelas MCG à integridade das espécies. a) Dado que todos os Squamata possuem apenas um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles seriam especialmente ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a ectotermia. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 65 b) Dado que todos os Reptilia possuem apenas um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles seriam especialmente ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a ectotermia. c) Dado que todos os Mammalia possuem apenas um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles seriam pouco ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a endotermia. d) Dado que todos os Amniota possuem um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles seriam pouco ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a ectotermia. e) Dado que todos os Testudines possuem dois ventrículos cardíacos, conclui-se que eles seriam especialmenteameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a endotermia. 30. (UERJ/2015) A salinidade da água é um fator fundamental para a sobrevivência dos peixes. A maioria deles vive em condições restritas de salinidade, embora existam espécies como o salmão, que conseguem viver em ambientes que vão da água doce à água do mar. Há peixes que sobrevivem em concentrações salinas adversas, desde que estas não se afastem muito das originais. Considere um rio que tenha passado por um processo de salinização. Observe na tabela suas faixas de concentração de cloreto de sódio. *isotônica à água do mar Considere um peixe em estresse osmótico que consegue sobreviver eliminando mais urina e reabsorvendo mais sais do que em seu habitat original. Esse peixe é encontrado no trecho do rio identificado pela seguinte letra: a) W b) X c) Y d) Z *0,6Z 0,5 - 0,4Y 0,2 - 0,1X 0,01 W 1)(mol.L NaCl de ãoConcentraç rio do Trecho - ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 66 31. (FAMERP SP/2016) O cladograma apresenta uma hipótese simplificada sobre as prováveis relações evolutivas entre anfíbios, répteis e mamíferos. Os números indicam possíveis características adaptativas que surgiram durante a evolução desses grupos de animais. Os números 1, 2 e 3 correspondem, respectivamente, a a) membros locomotores, embrião envolto por âmnio e pelos. b) glândulas sudoríparas, pálpebras e esqueleto apendicular. c) pulmões alveolares, coração tricavitário e embrião ligado ao alantoide. d) mandíbula, glândulas sebáceas e esqueleto axial. e) rins, bexiga natatória e medula espinhal. 32. (UEL PR/2015) De onde vem o mundo? De onde vem o universo? Tudo o que existe tem que ter um começo. Portanto, em algum momento, o universo também tinha de ter surgido a partir de uma outra coisa. Mas, se o universo de repente tivesse surgido de alguma outra coisa, então essa outra coisa também devia ter surgido de alguma outra coisa algum dia. Sofia entendeu que só tinha transferido o problema de lugar. Afinal de contas, algum dia, alguma coisa tinha de ter surgido do nada. Existe uma substância básica a partir da qual tudo é feito? A grande questão para os primeiros filósofos não era saber como tudo surgiu do nada. O que os instigava era saber como a água podia se transformar em peixes vivos, ou como a terra sem vida podia se transformar em árvores frondosas ou flores multicoloridas. (Adaptado de: GAARDER, J. O Mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.43-44.) Ambientes dulcícolas e marinhos possuem condições físico-químicas distintas que influenciaram a seleção natural para dar origem, respectivamente, aos peixes de água doce e aos peixes de água salgada, os quais possuem adaptações fisiológicas para sobreviverem no ambiente em que surgiram. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 67 Considerando a regulação da concentração hidrossalina para a manutenção do metabolismo desses peixes, pode-se afirmar que os peixes de água doce eliminam _________ quantidade de urina ________ em comparação com os peixes marinhos, que eliminam _________ quantidade de urina __________. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do enunciado. a) grande, diluída, pequena, concentrada. b) grande, concentrada, grande, diluída. c) grande, concentrada, pequena, diluída. d) pequena, concentrada, grande, diluída. e) pequena, diluída, grande, concentrada. 33. (CEFET MG/2015) Os répteis são vertebrados tetrápodes pertencentes à classe Reptilia, derivado do latim reptilis, que significa rastejar. Evidencia-se que os primeiros répteis teriam evoluído há mais de 250 milhões de anos, mas, diferentemente de seus ancestrais, eles foram capazes de conquistar de forma efetiva o ambiente terrestre. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br>. Acesso em: 26 set de 2014. (Adaptado). A característica que esses animais compartilham com a maioria de seus ancestrais é a a) realização de trocas gasosas por meio de pulmões. b) ocorrência de fecundação interna independente da água. c) eliminação de ácido úrico como principal excreta nitrogenado. d) formação de ovo com casca que impede o dessecamento do embrião. e) existência de pele queratinizada sem glândulas produtoras de muco. 34. (UEL PR/2015) O aparecimento de ovos com casca foi uma evolução adaptativa dos répteis para a conquista definitiva do ambiente terrestre pelos cordados. Além do ovo com casca, há outras adaptações que permitiram que os répteis pudessem sobreviver no ambiente terrestre quando comparadas com as adaptações dos anfíbios. Portanto, há adaptações que surgem nos anfíbios e permanecem nos répteis e há adaptações que têm sua origem pela primeira vez nesse grupo. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 68 Sobre as características adaptativas associadas à conquista do ambiente terrestre que surgiram pela primeira vez nos répteis, considere as afirmativas a seguir. I. Pernas locomotoras e respiração pulmonar. II. Ectotermia e dupla circulação. III. Queratinização da pele e ácido úrico como excreta nitrogenado. IV. Ovo amniota e desenvolvimento direto. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 35. (FGV/2015) Autotomia é a capacidade que alguns animais apresentam em soltar membros do corpo e regenerá-los posteriormente, como por exemplo, a autotomia caudal observada em algumas espécies de lagartos, conforme mostra a figura. (http://ulubiency.wp.pl) Nem todos os tecidos se recompõem e a regeneração torna-se menos eficiente a cada perda da cauda, podendo inclusive não ocorrer, dependendo do local da mutilação. É correto afirmar que a regeneração dos tecidos ocorre em função da capacidade de células se desdiferenciarem, retornando à condição a) gamética e realizarem mitoses sucessivas com nova diferenciação. b) embrionária e realizarem mitoses sucessivas sem nova diferenciação. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 69 c) zigótica e realizarem meioses sucessivas com nova diferenciação. d) mesodérmica e realizarem mitoses sucessivas sem nova diferenciação. e) pluripotente e realizarem mitoses sucessivas com nova diferenciação. 36. (IFPE/2015) A circulação nos animais tem como principal objetivo a distribuição de substâncias pelo corpo: nutrientes, gases respiratórios, excreções, hormônios etc. os diversos sistemas circulatórios nos animais apresentam diferenças entre eles, dependendo do grupo a que pertencem. Relacione corretamente as características e tipos de sistemas circulatórios apresentados na Coluna I, com os respectivos animais portadores desse sistema, na Coluna II. Coluna I ( 1 ) Coração com apenas duas câmaras. ( 2 ) O sangue não transporta gases respiratórios. ( 3 ) Ocorre mistura de sangue arterial com sangue venoso. ( 4 ) Coração com quatro câmaras completas. Coluna II ( ) Insetos ( ) Anfíbios ( ) Aves ( ) Peixes A leitura correta, de cima para baixo, na Coluna II é: a) 3, 2, 1 e 4 b) 3, 4, 1 e 2 c) 2, 3, 4 e 1 d) 2, 3, 1 e 4 e) 4, 3, 2 e 1 ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 70 37. (UFAM/2015) Um embrião com clivagem meroblástica, membranas extraembrionárias e uma linha primitiva (segmento linear espesso do epiblasto) deve ser característico de um(a): a) Peixe b) Ave c) Inseto d) Anfíbio e) Estrela do mar38. (UFRGS/2015) A expressão popular “estômago de avestruz” é utilizada para definir pessoas que comem de tudo e não enfrentam problemas digestivos com isso. Sobre o processo alimentar das aves, assinale a afirmação correta. a) O alimento ingerido passa direto ao estômago químico. b) As enzimas digestivas começam a agir no papo. c) A moela tem uma ação mecânica que tritura o alimento ingerido. d) Algumas espécies regurgitam o conteúdo da moela para alimentar os filhotes. e) A dieta alimentar inclui somente animais como insetos e vertebrados. 39. (Unievangélica GO/2015) Leia o texto a seguir. O sistema digestório dos vertebrados é constituído por um tubo com regiões bem diferenciadas (boca, faringe, esôfago, estômago, intestino) e por diversas glândulas acessórias. O intestino dos peixes ósseos e de mamíferos marsupiais e placentários abre-se diretamente no ânus. O intestino dos condrictes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos monotremados termina em uma câmara, a cloaca. AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da biologia moderna: volume único. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2006. p. 442. A cloaca, no sistema digestório dos vertebrados, recebe a) o intestino de peixes ósseos e mamíferos placentários. b) exclusivamente os processos de reprodução dos anfíbios e répteis. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 71 c) unicamente o material vindo dos intestinos, nos cartilaginosos. d) os sistemas excretor e reprodutor, além do digestório. 40. (UEA AM/2014) A tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) e a harpia (Harpia harpyja) são animais típicos da Amazônia. Com relação à reprodução destes animais, é correto afirmar que a) apenas a tartaruga possui ovo amniótico rico em vitelo com casca calcária. b) apenas a harpia apresenta ovo telolécito (megalécito) e cuidado parental. c) tanto a tartaruga como a harpia, quando embriões, armazenam suas excretas no alantoide. d) tanto a tartaruga como a harpia apresentam desenvolvimento indireto, cuja fase larval é dentro do ovo. e) nem a tartaruga nem a harpia, quando embriões, realizam trocas gasosas através da casca do ovo. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 72 10. Gabarito 1. A 11. A 21. A 31. A 41. 2. A 12. B 22. A 32. A 42. 3. 20 13. D 23. 15 33. A 43. 4. C 14. B 24. D 34. C 44. 5. E 15. A 25. C 35. E 45. 6. E 16. C 26. E 36. C 46. 7. E 17. B 27. D 37. B 47. 8. 02 18. A 28. D 38. C 48. 9. C 19. D 29. A 39. D 49. 10. A 20. A 30. C 40. C 50. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 73 11. Lista comentada de questões 1. (FUVEST SP/2019) O esquema representa, de maneira bastante simplificada, uma das possíveis hipóteses de relação de parentesco entre grupos animais, assinalados pelo nome comum de alguns de seus representantes. Na base do esquema, a característica que une todos em um mesmo grupo é a deuterostomia. Identifique quais seriam as características I, II, III, IV, V que justificariam os respectivos grupos. a) I-notocorda; II-pulmão; III-âmnio; IV-pelo; V-ovo com casca. b) I-escamas; II-encéfalo; III-pulmão; IV-glândulas mamárias; V-âmnio. c) I-mandíbula; II-4 membros locomotores; III-pulmão; IV-ventrículo subdividido em 2 câmaras; V-ovo com casca. d) I-notocorda; II-4 membros locomotores; III-pulmão; IV-glândulas mamárias; V-pena. e) I-âmnio; II-pulmão; III-mandíbula; IV-ventrículo subdividido em 2 câmaras; V-escama. Comentários O diagrama corresponde a uma filogenia dos animais deuterostômios, isto é, aqueles em cujo desenvolvimento embrionário dão origem ao ânus como primeira cavidade do sistema digestório. Lembre-se que os animais cuja primeira cavidade a se formar é a boca recebem o nome de animais protostômios. Filogenias são hipóteses de relação de parentesco que consistem em diagramas que evidenciam características compartilhadas por dois ou mais grupos, buscando se aproximar da origem e compreender as relações evolutivas entre os organismos sob análise. Entre os deuterostômios estão os equinodermos (estrelas-do-mar, bolachas-do-mar, lírios-do-mar e pepinos-do-mar) e os cordados (animais que apresentam, em algum momento de seu desenvolvimento embrionário, notocorda, e incluem o anfioxo, a ascídia, os peixes, anfíbios, “répteis”, aves e mamíferos). Vamos à análise da filogenia dada: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 74 A característica I está presente nos peixes, anfíbios, mamíferos, “répteis” e aves, mas ausente nos equinodermos. Dado que os deuterostômios incluem os equinodermos e os cordados, I deve representar aquilo que reúne os cordados como um grupo, ou seja, a notocorda. A característica II está presente nos anfíbios, mamíferos, “répteis” e aves, mas ausente nos peixes. Na transição dos animais do meio aquático para o meio terrestre, uma grande novidade evolutiva aparece: o desenvolvimento de quatro membros locomotores. Essa é a característica determinante para a formação do grupo chamado Tetrapoda (portadores de quatro “pés”). A característica III está presente nos mamíferos, “répteis” e aves, mas ausente nos peixes e anfíbios. O que reúne esses animais é a presença de vários anexos embrionários com função de proteger e manter o embrião, tais como âmnio, córion, alantoide e vesícula vitelínica. Esse grupo é denominado Amniota. A característica IV é exclusiva dos mamíferos. Poderíamos citar os pelos, as glândulas mamárias e a placenta. A característica V está presente em “répteis” e aves. Esses animais compartilham a presença de ovo amniótico com casca, uma característica que evita o dessecamento do embrião, uma vez que seu desenvolvimento ocorre no ambiente terrestre, onde a água é escassa. Assim, temos a filogenia dos deuterostômios simplificada da seguinte maneira: Assim, de acordo com a explicação acima, a alternativa A está certa e é o nosso gabarito. Gabarito: A. 2. (UECE/2019) Atente para a seguinte notícia: “Professor da Uece flagra morte de 439 quelônios no açude Cedro em Quixadá; pesquisa será feita para revelar causas... O professor comenta que a mortandade dos animais pode causar um panorama ainda mais grave. Ele prevê que com as primeiras chuvas, a água que possa se acumular pode representar riscos à saúde pública, já que não haverá espécies vivas no açude para cumprir o papel do ecossistema”. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 75 Fonte: http://blogs.diariodonordeste.com.br/sertaocentral/meioambiente/professor-da-uece-flagra-mortandade-decagados-no-acude- cedro-pesquisa-sera-feita/ Sobre os quelônios referidos no excerto da notícia, é correto afirmar que a) são representados pelos cágados, tartarugas e jabutis: animais ovíparos. b) são representados pelos cágados, serpentes e jabutis: animais ovíparos. c) cágados são quelônios terrestres que possuem o corpo achatado e pescoço longo. d) cágados são quelônios terrestres e jabutis são quelônios de água doce. Comentários Os quelônios são animais representados pelas tartarugas, cágados e jabutis. As tartarugas podem ocorrer tanto em água marinha, quanto em água doce; os cágados são animais que vivem em água doce e os jabutis são animais terrestres. Todos eles são ovíparos, sinapomorfia encontrada nos répteis. Assim, a alternativa A está certa e é o nosso gabarito. Gabarito: A. 3. (UEM PR/2019) O número de espécies de mamíferos reconhecidas era de 4631 em 1993, tendo saltado para 5416 em 2005 e tendo atingido a marca de 6495 em 2017. Atualmente, são reconhecidas 6569 espécies, divididas em 27 ordens, das quais a ordem Rodentia é a que possui maior número de espécies: 2566. (Dados obtidos de mammaldiversity.org.Acesso em: 21 de set. de 2018). A partir desses dados, considerou-se que a função N(t) = 4600 + 80(t – 1993) fornece um bom modelo para o número de espécies reconhecidas no ano t, quando 1993 t 2018. Com base no exposto e em conhecimentos correlatos, assinale o que está correto. 01. Atualmente temos uma média inferior a 200 espécies por ordem de mamíferos. 02. A espécie humana pertence à ordem que possui maior número de espécies reconhecidas atualmente. 04. Ariranha, golfinho, ornitorrinco, morcego e équidna são todos exemplos de mamíferos. 08. A função proposta fornece sempre valores positivos para N(t), para qualquer t correspondente a qualquer ano do século XX ou do XXI. 16. A função proposta estima melhor o número de espécies de mamíferos reconhecidas em 2017 do que o número de espécies reconhecidas em 2005. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 76 Comentários A alternativa 01 está errada, porque se dividirmos o número total de espécies reconhecidas atualmente (ano de 2018) pelo número de ordens de mamíferos, temos que: 6569/27=243,3. A alternativa 02 está errada, porque o enunciado nos informa que a ordem Rodentia é a mais diversa, e os humanos pertencem aos Primatas. A alternativa 04 está certa. A alternativa 08 está errada. A função proposta é uma função positiva e, portanto, crescente: observe que em 𝑁(𝑡) = 4600 + 80(𝑡 − 1993), o valor da variável (t) é positivo. Para eu saber se a função fornece sempre valores positivos, eu vou substituir t pelo valor mais baixo possível. Como é me dada condição de “qualquer ano do século XX ou do XXI”, vamos utilizar o primeiro ano do século XX: 1900. Substituindo: 𝑁(𝑡) = 4600 + 80(1900 − 1993) 𝑁(𝑡) = 4600 + 80(−93) 𝑁(𝑡) = 4600 − 7440 𝑁(𝑡) = −2840 Assim, a função proposta não fornece sempre valores positivos para N(t), para qualquer t correspondente a qualquer ano do século XX ou do XXI. A afirmativa 16 está certa. Para determinar em qual ano a função estima melhor o número de espécies, vamos substituí-los e comparar os resultados com os números dados no enunciado. Assim, 𝑁(𝑡) = 4600 + 80(2017 − 1993) 𝑁(𝑡) = 4600 + 1920 𝑁(𝑡) = 6520. O número observado foi 6495, logo a diferença é de 25 espécies. 𝑁(𝑡) = 4600 + 80(2005 − 1993) 𝑁(𝑡) = 4600 + 960 𝑁(𝑡) = 5560. O número observado foi 5416, logo a diferença é de 144 espécies. Assim, a função proposta estima melhor o número de espécies de mamíferos reconhecidas em 2017. Gabarito: 20. 4. (UNICAMP SP/2019) No ano de 2015, foi descrito o fóssil de um réptil que viveu há 150 milhões de anos onde hoje é a região Nordeste do Brasil. Conforme ilustra a figura a seguir, esse animal apresenta corpo alongado, com muitas vértebras e costelas, e membros anteriores e posteriores reduzidos (a seta indica a região ampliada no canto inferior esquerdo). Por sua anatomia peculiar, um grande debate teve início sobre a posição que esse animal deveria ocupar na árvore da vida. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 77 (David M. Martill e outros, A four-legged snake from the Early Cretaceous of Gondwana. Science, Nova Iorque, v. 349, fasc. 6246, p. 416- 419, jul. 2015.) Sabe-se que os lagartos (que geralmente têm membros) e as serpentes (seres ápodes) que vivem atualmente têm um ancestral comum. Sendo assim, o organismo ilustrado na figura a) não pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, pois a perda dos membros anteriores e posteriores levaria a um prejuízo à vida do animal, e a evolução resulta apenas em melhoria dos organismos. b) não pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, pois a evolução é gradual e incapaz de gerar mudanças drásticas na morfologia de um ser vivo, como a perda de membros anteriores e posteriores. c) pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, sendo que seu ancestral comum com os lagartos possuía membros, depois perdidos por processos evolutivos, originando as serpentes ápodas atuais. d) pode ser um fóssil de transição, pois os ancestrais das serpentes que não utilizavam seus membros com tanta frequência sofreram atrofia desses membros, deixando de transferir tal característica para seus descendentes. Comentários A alternativa A está errada, porque a perda dos membros nas serpentes foi secundária, isto é, eles evoluíram de animais tetrápodes e depois perderam os membros. Ainda, evolução não é sinônimo de progresso ou melhoria. Evolução é mudança no tempo a partir de um ancestral comum. A alternativa B está errada, porque a evolução pode ser gradual ou gerar grandes mudanças na morfologia de um ser vivo em episódios pontuais (equilíbrio pontuado). A alternativa C está certa e é o nosso gabarito. A alternativa D está errada, porque a explicação dada faz referência a um processo lamarckista, que não representa o modo como os processos evolutivos ocorrem. Gabarito: C. 5. (UFRGS/2019) ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 78 Níquel Náusea Fernando Gonsales Fonte: Zero Hora, 02 e 03 de julho de 2017. Considere as seguintes afirmações sobre os animais do segundo quadro. I. Os crocodilianos e as aves compartilham a sua ancestralidade com os dinossauros. II. Os crocodilianos são ectotérmicos e dependem de fontes de calor externas. III. As aves apresentam coração com dois átrios e dois ventrículos completamente separados. Quais estão corretas? a) Apenas I. b) Apenas II. c) Apenas I e III. d) Apenas II e III. e) I, II e III. Comentários As afirmativas I, II e III estão certas. Logo, a alternativa E está certa. Gabarito: E. 6. (UNIFOR CE/2019) O elefante africano é conhecido por sua pele espessa e enrugada. Estes animais não possuem glândulas sudoríparas, mas quem os observa de perto poderá ver uma intrincada rede de minúsculas fendas, que fazem com que a pele do poderoso mamífero pareça asfalto rachado. Mas as rachaduras não estão ali por acaso. Disponível em: <https://g1.globo.com/natureza/ noticia/2018/10/02/cientistas-descobrem-comosurgem-as-rugas-na-pele-de-elefantes- africanos.ghtml.>.Acesso em 18 Out 2018. Sendo assim, qual seria o papel das fendas na pele nestes animais? ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 79 a) Garantir suporte e nutrição às células da epiderme lubrificando a espessa e enrugada pele. b) Armazenar substâncias lipídicas conferindo proteção contra choques mecânicos. c) Proteger a pele do contato com parasitas, aumentando assim imunidade contra infestações. d) Aumentar a superfície de contato com os raios solares elevando a temperatura. e) Reter mais umidade do que uma superfície plana, ajudando a regular a temperatura corporal. Comentários As fendas na pele dos elefantes têm função de aumentar a superfície de contato e reter mais umidade, o que ajuda na regulação da temperatura corpórea do animal. Assim, a alternativa E está certa e é o nosso gabarito. As demais alternativas não trazem explicações que se relacionam com a função das rugas epidérmicas. Gabarito: E. 7. (UNITAU SP/2018) Os peixes cartilaginosos, da classe Chondrichthyes, são representados por cerca de mil espécies de tubarões, arraias e quimeras, sendo que a maioria das espécies de condrictes é marinha. Dentre esses animais, é possível verificar uma grande variedade de hábitos alimentares. O aparelho digestório dos Chondrichthyes é completo e seu intestino apresenta uma importante especialização, a válvula espiral. Assinale a alternativa que caracteriza CORRETAMENTE essa estrutura. a) Área de mucosa pregueada, que concentra glândulas produtoras de enzimas digestivas. b) Região de ação glandular, que remove o excesso de sais do sangue. c) Área de compressão do alimento, por ação muscular, e de digestãopor microrganismos. d) Região relativamente curta e dilatada, em que o alimento é amolecido por hidratação. e) Área de absorção e de prolongamento do tempo que o alimento fica no intestino. Comentários A válvula espiral é uma estrutura localizada no interior do intestino dos peixes cartilaginosos que tem função de aumentar a área de absorção e prolongar o tempo que os alimentos permanecem no órgão, a fim de maximizar a nutrição do animal A alternativa A está errada, porque ela nãos e relaciona com a produção de enzimas digestivas. A alternativa B está errada, porque não se trata de uma estrutura com ação glandular. A alternativa C está errada, porque não se trata de uma estrutura de compressão alimentar. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 80 A alternativa D está errada, porque não se trata de uma estrutura de hidratação do alimento. A alternativa E está certa e é o nosso gabarito. Gabarito: E. 8. (UNIC MT/2018) Os peixes cartilaginosos, como as arraias e os tubarões acumulam ureia no sangue, como artifício de sobrevivência ao ambiente marinho, porque 01. o sangue elimina os sais absorvidos na estrutura entérica por osmose. 02. tornando-se isotônico em relação ao ambiente marinho, a osmorregulação é controlada. 03. a liberação é elevada de urina, e a perda da ureia reduz a concentração de sais no sangue. 04. a água do mar é hipotônica em relação ao seu meio interno, o que favorece a desidratação. 05. os vacúolos pulsáteis, presentes nas guelras do tubarão, viabilizam a eliminação do excesso de sais em seu corpo. Comentários A afirmativa 01 está errada, porque o sangue não elimina os sais absorvidos no intestino. Nesses peixes, os rins reabsorvem a ureia afim de igualar as concentrações interna e externa. A afirmativa 02 está certa e é o nosso gabarito. Por viverem em um ambiente marinho, os peixes cartilaginosos acumulam ureia a fim de igualar a concentração interna de seus corpos à do ambiente. A afirmativa 03 está errada, porque o acúmulo de ureia no sangue leva ao aumento da concentração de sais. A afirmativa 04 está errada, porque a água do mar é hipertônica em relação ao interior do animal, daí a necessidade de acumular ureia no sangue, para igualar as concentrações e favorecer a regulação osmótica. A afirmativa 05 está errada, porque não existem vacúolos pulsáteis nas guelras dos tubarões. Gabarito: 02. 9. (UNIFOR CE/2018) Um empresário cearense teve um prejuízo de aproximadamente R$ 150 mil devido à morte de 15 toneladas de peixe durante o apagão em 21/03/2018 na cidade de Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza. Os peixes da espécie tilápia estavam em um tanque que ficou sem oxigenação após as máquinas pararem de funcionar. Fonte: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/empresario-tem-prejuizo-de-r-150-mil-com-a-morte-detoneladas-de-peixes-durante-apagao- no-ceara.ghtml Acesso em 22 abr. 2018. Considerando a respiração dos peixes tilápia, julgue as afirmativas: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 81 I. As tilápias morreram porque a saturação de oxigênio na água não foi suficiente para a realização das trocas gasosas nos pulmões destes peixes. II. A queda brusca do oxigênio dissolvido no meio aquático é denominada depleção de oxigênio e compromete os mecanismos de geração de energia nos peixes. III. A ausência de oxigênio bloqueia a respiração celular porque o aceptor final de elétrons é o O2, que, depois de se combinar com os elétrons e o hidrogênio, forma água. IV. A mortandade dos peixes deu-se provavelmente por uma depleção de oxigênio que provocou o aparecimento de um agente infeccioso altamente virulento. É correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) I, II e III. e) II, III e IV. Comentários A afirmativa I está errada, porque as tilápias, como todos os peixes ósseos, apresentam respiração branquial. A afirmativa II está certa. A afirmativa III está certa. Se você ficar em dúvidas, volte à aula 03 de Metabolismo energético. A afirmativa IV está errada, porque não há qualquer indício no enunciado que relacione a depleção e oxigênio à ocorrência de um vírus infeccioso. Gabarito: C. 10. (UERJ/2018) O poder criativo da imperfeição Já escrevi sobre como nossas teorias científicas sobre o mundo são aproximações de uma realidade que podemos compreender apenas em parte. 1Nossos instrumentos de pesquisa, que tanto ampliam nossa visão de mundo, têm necessariamente limites de precisão. Não há dúvida de que Galileu, com seu telescópio, viu mais longe do que todos antes dele. Também não há dúvida de que hoje vemos muito mais longe do que Galileu poderia ter sonhado em 1610. E certamente, em cem anos, nossa visão cósmica terá sido ampliada de forma imprevisível. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 82 No avanço do conhecimento científico, vemos um conceito que tem um papel essencial: simetria. Já desde os tempos de Platão, 2há a noção de que existe uma linguagem secreta da natureza, uma matemática por trás da ordem que observamos. Platão – e, com ele, muitos matemáticos até hoje – acreditava que os conceitos matemáticos existiam em uma espécie de dimensão paralela, acessível apenas através da razão. Nesse caso, os teoremas da matemática (como o famoso teorema de Pitágoras) existem como verdades absolutas, que a mente humana, ao menos as mais aptas, pode ocasionalmente descobrir. Para os platônicos, 3a matemática é uma descoberta, e não uma invenção humana. Ao menos no que diz respeito às forças que agem nas partículas fundamentais da matéria, a busca por uma teoria final da natureza é a encarnação moderna do sonho platônico de um código secreto da natureza. As teorias de unificação, como são chamadas, visam justamente a isso, formular todas as forças como manifestações de uma única, com sua simetria abrangendo as demais. Culturalmente, é difícil não traçar uma linha entre as fés monoteístas e a busca por uma unidade da natureza nas ciências. Esse sonho, porém, é impossível de ser realizado. Primeiro, porque nossas teorias são sempre temporárias, passíveis de ajustes e revisões futuras. Não existe uma teoria que possamos dizer final, pois 4nossas explicações mudam de acordo com o conhecimento acumulado que temos das coisas. Um século atrás, um elétron era algo muito diferente do que é hoje. Em cem anos, será algo muito diferente outra vez. Não podemos saber se as forças que conhecemos hoje são as únicas que existem. Segundo, porque nossas teorias e as simetrias que detectamos nos padrões regulares da natureza são em geral aproximações. Não existe uma perfeição no mundo, apenas em nossas mentes. De fato, quando analisamos com calma as “unificações” da física, vemos que são aproximações que funcionam apenas dentro de certas condições. O que encontramos são assimetrias, imperfeições que surgem desde as descrições das propriedades da matéria até as das moléculas que determinam a vida, as proteínas e os ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 83 ácidos nucleicos (RNA e DNA). Por trás da riqueza que vemos nas formas materiais, encontramos a força criativa das imperfeições. MARCELO GLEISERAdaptado de Folha de São Paulo, 25/08/2013. A simetria também é observada na estrutura corporal dos animais, influenciando, por exemplo, a distribuição interna dos órgãos. Uma característica associada à simetria bilateral, presente em todos os animais com esse padrão corporal, é: a) grande cefalização b) organização metamérica c) sistema circulatório aberto d) sistema digestório incompleto Comentários A sugestão nesta questão é ir diretamente para o comando da questão e ver se a informação contidano texto é essencial para sua realização. Quando fazemos isso, percebemos que é possível responder a partir dos conhecimentos sobre características fundamentais dos animais. Sendo assim, a simetria bilateral presente no reino animal a partir dos platelmintos permitiu a cefalização desses animais, isto é, a concentração dos órgãos e tecidos nervosos e sensoriais na região da cabeça. Assim, a alternativa A está certa e é o nosso gabarito. Gabarito: A. 11. (UNICAMP SP/2018) Os eixos do gráfico a seguir representam duas variáveis, uma delas não identificada no gráfico. Uma curva representa animais endotérmicos e a outra, animais ectotérmicos. (Adaptado de KHAN ACADEMY, Endotherms and ectotherms. Disponível em www.khanacademy.org. Acessado em 10/08/17.) A curva que corretamente se aplica ao ser humano é ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 84 a) a curva A, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura externa e o eixo vertical, o consumo de O2. b) a curva A, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura interna e o eixo vertical, o consumo de O2. c) a curva B, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura externa e o eixo vertical, a liberação de CO2. d) a curva B, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura interna e o eixo vertical, a liberação de CO2. Comentários No gráfico, vemos que a curva A relaciona a temperatura do ambiente à variável misteriosa de maneira decrescente até os 30°C, ou seja, conforme aumenta a temperatura, diminuem os valores da variável. Já a curva B relaciona a temperatura do ambiente à variável misteriosa de maneira crescente: conforme aumenta a temperatura, aumentam os valores da variável. Sabemos que os animais endotérmicos mantêm sua temperatura interna constante, independentemente das variações térmica do meio. Assim, para que a temperatura interna do ser humano, por exemplo, se mantenha constante em torno dos 37°C quanto está frio (10°C), o metabolismo trabalha de maneira acelerada, com muito consumo de oxigênio para manter todas as atividades biológicas em pleno funcionamento. Já os animais ectotérmicos variam sua temperatura interna de acordo com a temperatura do ambiente. Assim, se a temperatura do ambiente aumenta, esses animais elevam sua temperatura através do aumento do consumo de oxigênio, elevando consequentemente sua temperatura. Se a temperatura do ambiente diminui, eles reduzem o consumo de oxigênio, e, consequentemente, a taxa metabólica. Portanto, a variável misteriosa refere-se ao consumo de oxigênio e as curvas representam a taxa metabólica de um animal endotérmico (A) e de um animal exotérmico (B). Assim, a alternativa A está certa e é o nosso gabarito. Gabarito: A. 12. (UNITAU SP/2018) Os animais do subfilo Chordata caracterizam-se, dentre outros elementos, por compartilharem uma coluna vertebral segmentada e uma caixa craniana, que protegem o sistema nervoso. Dentre os cordados, as características: 1) pele ressecada, coberta por escamas epidérmicas queratinizadas e 2) pele permeável, que também realiza trocas gasosas, identificam, respectivamente, a) répteis e aves. b) répteis e anfíbios. c) anfíbios e répteis. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 85 d) anfíbios e aves. e) aves e mamíferos. Comentários A pele ressecada com escamas epidérmicas queratinizadas é típica dos répteis e evita a perda de água para o ambiente, uma vez que esses animais conquistaram definitivamente o ambiente terrestre. Já a pele úmida e permeável é típica dos anfíbios, cuja respiração cutânea é importante e representa aproximadamente 80% das trocas gasosas realizadas. Assim, a alternativa B está certa. Gabarito: B. 13. (FAMERP SP/2018) As aves e os mamíferos podem habitar uma grande amplitude de áreas terrestres. São encontrados em regiões de altitudes muito elevadas, assim como em regiões de altas latitudes. As aves e os mamíferos são capazes de sobreviver nesses ambientes por possuírem a) pele queratinizada. b) anexos embrionários. c) esqueleto ósseo resistente. d) endotermia. e) circulação fechada. Comentários A característica que permite o sucesso de aves e mamíferos nos mais variados ambientes é a endotermia, isto é, o fato de conseguirem manter sua temperatura interna constante mesmo com as variações térmicas do ambiente em que vivem. Gabarito: D. 14. (IFRS/2018) Assinale a alternativa que apresenta os animais que têm o coração com duas, três e quatro cavidades, respectivamente, a) sapo, onça e mosca. b) lambari, tartaruga e gato. c) tartaruga, gato e sapo. d) gato, sapo e tubarão. e) cavalo, tigre e elefante. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 86 Comentários A alternativa A está errada porque os sapos apresentam coração com três cavidades (2 átrios e 1 ventrículo), a onça apresenta coração com quatro cavidades (2 átrios e 2 ventrículos) e a mosca possui um coração que não apresenta cavidades. A alternativa B está certa e é o nosso gabarito. A alternativa C está errada, porque a tartaruga apresenta coração com três cavidades, sendo o ventrículo parcialmente separado, e o gato possui coração com quatro cavidades completamente separadas. A alternativa D está errada, porque o tubarão possui coração com duas cavidades apenas. A alternativa E está errada, porque todos os animais citados são mamíferos e possuem coração com quatro cavidades. Gabarito: B. 15. (FUVEST SP/2017) O esquema representa, de maneira simplificada, a circulação sanguínea em peixes. Pode-se afirmar corretamente que, nos peixes, a) o coração recebe somente sangue pobre em oxigênio. b) ocorre mistura de sangue pobre e de sangue rico em oxigênio, como nos répteis. c) o sangue mantém constante a concentração de gases ao longo do percurso. d) a circulação é dupla, como ocorre em todos os demais vertebrados. e) o sistema circulatório é aberto, pois o sangue tem contato direto com as brânquias. Comentários A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. Os tecidos recebem sangue arterial oxigenado vindo das brânquias e o devolvem ao coração o sangue venoso. Assim, apenas o sangue venoso circula pelo coração. A alternativa B está errada, porque não ocorre a mistura do sangue. A alternativa C está errada, porque sangue realiza as trocas gasosas à medida que percorre pelo corpo do animal. A alternativa D está errada, porque a circulação dos peixes é simples, ou seja, o sangue venoso passa apenas uma vez pelo coração em cada circuito que realiza. A alternativa E está errada, porque o sistema circulatório é fechado, pois existe uma bomba cardíaca (coração) que bombeia sangue para todo o corpo. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 87 Gabarito: A. 16. (UDESC SC/2017) Uma importante classe dentro do grupo dos cordados reúne mais de 9 mil espécies, algumas com menos de 2 g de peso e outras atingindo mais de 100 kg. São algumas de suas características: homeotermos, coração com quatro cavidades, circulação fechada, respiração pulmonar, sistema digestório com estruturas denominadas de papo e moela e ausência de dentes. Assinale a alternativa que indica a classe a que se refere o enunciado. a) mamíferos b) peixes c) aves d) répteis e) anfíbios Comentários As características do enunciado descrevem as aves, um grupo dentro dos répteis cujas características permitiram alto grau de diferenciação em relação aos demais membros, como as tartarugas, lagartos, serpentes e crocodilos. Assim, a alternativa C está certa e é o nosso gabarito. Gabarito: C. 17. (UFRR/2017) O peixe sul-americano (Lepidosiren sp.) é encontrado na Bacia Amazônica, respira oxigênio atmosférico e caso não consiga chegar até a superfície daágua para engolir ar (conforme a figura abaixo extraída de Liem et al. 2012), acaba morrendo afogado. Dentre as alternativas abaixo, qual grupo de peixe apresenta esse modo de respirar? a) Peixe-boi; ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 88 b) Dipnoicos; c) Condrictes; d) Actinopterígios; e) Agnatos. Comentários Os peixes que apresentam respiração pulmonar e são dependentes do oxigênio atmosférico são chamados de pulmonados e pertencem ao grupo dos Dipnoi. Assim, a alternativa B está certa e é o nosso gabarito. Gabarito: B. 18. (Uni-FaceF SP/2017) Especialistas advertem que o menor boto do mundo, a vaquita, está se aproximando da extinção. Atualmente, restam 60 vaquitas na área norte do Golfo da Califórnia. A caça predatória do peixe totoaba está causando o desaparecimento das vaquitas. A bexiga natatória do totoaba é contrabandeada pela fronteira da Califórnia e enviada à China, onde é apreciada como iguaria na gastronomia chinesa. A vaquita fica presa nas redes montadas para apanhar o totoaba e se afoga. (Folha de S.Paulo, 04.06.2016. Adaptado.) De acordo com as informações do texto, é correto afirmar que a) a vaquita é um mamífero, que respira por pulmões, e a totoaba é um peixe ósseo, que respira por brânquias. b) a vaquita é um mamífero, que respira por pulmões, e a totoaba é um peixe cartilaginoso, que respira por brânquias. c) a vaquita é um mamífero, que respira por brânquias, e a totoaba é um peixe ósseo, que respira por pulmões. d) a vaquita é um peixe ósseo, que respira por brânquias, e a totoaba é um peixe cartilaginoso, que respira por pulmões. e) a vaquita é um peixe ósseo, que respira por pulmões, e a totoaba é um peixe cartilaginoso, que respira por brânquias. Comentários A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. A alternativa B está errada, porque o enunciado informa que a totoaba possui bexiga natatória, estrutura presente somente nos peixes ósseos. A alternativa C está errada, porque a vaquita é um mamífero que respira por pulmões, enquanto a totoaba é um peixe ósseo que respira por brânquias. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 89 A alternativa D está errada, porque a vaquita é um mamífero e a totoaba um peixe ósseo. A alternativa E está errada, porque a vaquita é um mamífero e a totoaba um peixe ósseo. Gabarito: A. 19. (UCS RS/2017) Desde as primeiras manifestações mítico-religiosas, o homem busca respostas à origem e à evolução das espécies. Filosofia, religião e ciência entram em cena para construir diferentes concepções sobre a existência da vida, sobre a espécie humana e sobre as características que diferenciam as espécies umas das outras. Disponível em: <http://historiageralcomgd.blogspot.com.br/2009/07/ teorias-evolucionistas-e-criacionistas. html>. Acesso em: 28 ago. 16. (Parcial e adaptado.) Nesse sentido, o tema abordado será o eixo temático “A Evolução das Espécies”. Em um novo estudo, publicado no Scientific Reports, cientistas afirmam ter encontrado um peixe que caminha como um anfíbio. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Nova Jersey encontraram a espécie rara escalando cachoeiras na Tailândia. Essas características não são vistas em nenhum outro peixe vivo e trazem novas evidências sobre a evolução das espécies. Ao examinar a Cryptotora thamicola, os pesquisadores constataram que o peixe alternava os passos das “patas” traseiras com as frontais, realizando o mesmo movimento que os animais que andam sobre a terra. Além disso, a equipe conseguiu realizar uma impressão 3D da anatomia do peixe, revelando detalhes de seu esqueleto. Nos peixes comuns, a pélvis é composta por pequenos ossos e é utilizada apenas para evitar que eles girem em torno de si, servindo como um instrumento de equilíbrio. Na Cryptotora thamicola (imagem p. 22), no entanto, verificou-se que a pélvis é uma região complexa, com muitos ossos que são interligados com a espinha. Isso revelou a aproximação dessa espécie com os tetrápodes, que desenvolveram adaptações para ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 90 conseguir caminhar firmemente sobre a superfície da terra. Esse processo dependeu da evolução da pélvis, que se conectou com a espinha e membros para garantir o movimento das patas, como se vê nas salamandras e em outros anfíbios. Seguindo um padrão evolucionista, os tetrápodes surgiram de uma única linhagem de peixes que conseguiu habitar o solo, utilizando o mesmo movimento alternado de patas – visto na rara espécie de peixe. “Esses resultados são significativos uma vez que representam o primeiro exemplo de adaptações comportamentais e morfológicas em um peixe vivo, que converge com as características apresentadas pelos tetrápodes”, explicou a equipe internacional de pesquisadores responsável pela descoberta. Disponível em: <http://novataxa.blogspot.com.br/2016/03/cryptotora.html>. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/ciencia/conheca-o- peixe-que-caminha-como-um-anfibio/>. Acesso em: 10 ago. 16. (Parcial e adaptado.) Tendo como referência as informações apresentadas no texto, assinale a alternativa correta. a) O nome científico do “peixe que caminha como um anfíbio”, de acordo com o modelo de Lineu, é binominal, e Cryptotora é seu epíteto específico. b) O isolamento geográfico nas cachoeiras da Tailândia permitiu que a população de Cryptotora thamicola divergisse em características anatômicas de seus ancestrais tetrápodes. c) O Siluriano é o período da Era Paleozoica compreendido aproximadamente entre 440 e 400 milhões de anos atrás. Nele ocorreu a proliferação dos peixes que dominaram de vez os ambientes aquáticos, motivo pelo qual é conhecido como “A Era dos Peixes”. d) O grupo dos tetrápodes compreende os anfíbios, os répteis, as aves e os mamíferos que, além de coluna vertebral segmentada e crânio, possuem simetria bilateral. e) O fato de a Cryptotora thamicola conseguir caminhar como um anfíbio é uma consequência direta de um processo evolutivo não aleatório conhecido como deriva genética. Comentários A alternativa A está errada, porque Cryptotora é o gênero do peixe e thamicola é seu epíteto específico. A alternativa B está errada, porque não há referência ao isolamento geográfico no texto. A alternativa C está errada, porque a proliferação dos peixes acontece no período subsequente ao Siluriano, o Devoniano. A alternativa D está certa e é o nosso gabarito. A alternativa E está errada, porque a deriva genética é um processo completamente aleatório e não está obrigatoriamente relacionada ao caminhar dessa espécie de peixe. Gabarito: D. 20. (UNICAMP SP/2017) Na vida real não existem animais que são agentes secretos, mas o ornitorrinco, representado na figura do desenho Phineas e Ferb, guarda muitos ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 91 segredos e curiosidades. Esse animal de aproximadamente 60 cm, que parece uma mistura de lontra, pato e castor, resultou em um ser único em vários sentidos. a) À semelhança dos mamíferos placentários, a fêmea do ornitorinco alimenta os filhotes com seu leite, mas coloca ovos. b) Diferentemente dos mamíferos placentários, os ornitorrincos não produzem leite para a alimentação dos filhotes. c) À semelhança dos mamíferos placentários, os embriões dos ornitorrincos alimentam-se exclusivamente de vitelo acumulado no ovo. d) Diferentemente dos mamíferos placentários, os ornitorrincos apresentam autofecundação e produzem ovos. Comentários A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. O ornitorrinco é um mamífero monotremado cuja principal característica é ser ovíparo, mas produzir leite para alimentar seus filhotes. A alternativa B está errada, porque todos os mamíferosproduzem leite. A alternativa C está errada, porque mamíferos placentários são vivíparos. A alternativa D está errada, porque os ornitorrincos são dioicos e apresentam fecundação cruzada com desenvolvimento direto. Gabarito: A. 21. (UFRR/2017) A árvore filogenética parcial representa uma das hipóteses das relações evolutivas entre os grupos de animais representados abaixo. Os traços em negrito correspondem a uma característica que está presente nos grupos representados acima de cada um deles na árvore e que não está presente nos grupos abaixo deles. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 92 Os números 1, 2 e 3 indicados nos traços em negrito representam, respectivamente, quais características encontradas nesses grupos? a) Presença de ovo amniótico, glândulas mamárias e penas; b) Presença de tubo nervoso dorsal, ovo amniótico e casco; c) Presença de homeotermia, pelos e penas; d) Presença de vértebras, pelos e voo; e) Presença de ovo amniótico, penas e pelos. Comentários O número 1 engloba répteis e mamíferos, excluindo os anfíbios, portanto refere-se à presença de ovo amniótico, definindo o grupo dos amniotas. O número 2 é exclusivo de mamíferos, podendo se referir à presença de pelos e glândulas mamárias. O número 3 é característica exclusiva de aves, podendo se referir à presença de penas. Assim, a alternativa A está certa e é o nosso gabarito. A alternativa B está errada, porque tubo nervoso dorsal é característica dos cordados, o que já invalida a opção. A alternativa C está errada, porque peixes, anfíbios e répteis são ectotérmicos. A alternativa D está errada, porque peixes e anfíbios também apresentam vértebras. A alternativa E está errada, porque o voo não é característica exclusiva das aves, estando presente entre os mamíferos também e até mesmo entre os animais invertebrados, como os insetos. Gabarito: A. 22. (UEA AM/2017) Algumas adaptações permitiram aos répteis a conquista definitiva do ambiente terrestre. Outras adaptações permitiram às aves e aos mamíferos distribuírem-se por praticamente todas as regiões do planeta. Uma característica que está presente nas aves, mas não nos répteis; uma característica presente nos mamíferos, mas não nas aves; e uma característica comum aos répteis, aves e mamíferos são, respectivamente, ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 93 a) endotermia, diafragma e âmnio. b) coração com quatro câmaras, glândula mamária e endotermia. c) sacos aéreos, fecundação interna e diafragma. d) âmnio, coração com quatro câmaras e fecundação interna. e) endotermia, âmnio e coração com quatro câmaras. Comentários A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. A alternativa B está errada, porque coração com 4 câmaras pertencem às aves e aos mamíferos, glândula mamária é exclusiva dos mamíferos e não dos répteis, e os répteis são ectotérmicos. A alternativa C está errada, porque fecundação interna está presente nos répteis também e diafragma ocorre somente nos mamíferos. A alternativa D está errada, porque âmnio também está presente nos demais répteis e aves também possuem coração com quatro câmaras. A alternativa E está errada, porque répteis e aves apresentam âmnio e coração com quatro câmaras é exclusivo de aves e mamíferos. Gabarito: A. 23. (UEPG PR/2017) Apesar das variações térmicas do ambiente, alguns animais conseguem manter praticamente constante a temperatura do corpo, enquanto outros, não. O gráfico abaixo representa a variação da temperatura corporal em relação a do ambiente em animais homeotérmicos e pecilotérmicos. Sobre o assunto, assinale o que for correto. Adaptado de: Linhares, S.; Gewandsznajder, F. Biologia hoje. 15a ed. Volume 3. Editora Ática. São Paulo. 2010. 01. Em (A), estão representados os animais homeotérmicos (também conhecidos como endotérmicos), como as aves e mamíferos, os quais conseguem manter praticamente ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 94 constante a temperatura do corpo por meio da produção de mais calor ou do aumento da perda de calor pelo corpo. 02. Em (B), estão representados os animais pecilotérmicos (também conhecidos como ectotérmicos), os quais não possuem mecanismos fisiológicos tão eficientes para manter sua temperatura interna constante. 04. Caso a temperatura do ambiente caia muito, o metabolismo dos animais do grupo (B) pode diminuir a tal ponto que o animal pode ficar inativo. Os répteis são exemplos de animais do grupo (B), os quais se movimentam entre sol e sombra para ganhar ou perder calor do ambiente. 08. Os humanos, presentes no grupo (A), podem perder calor pela superfície corporal aumentando a produção de suor. Ao evaporar-se, a água do suor absorve calor da pele e faz o corpo esfriar. Comentários A afirmativa 01 está certa. A afirmativa 02 está certa. Animais ectotérmicos variam sua temperatura conforme as variações térmicas do ambiente. A afirmativa 04 está certa. Peixes, anfíbios e répteis são animais ectotérmicos. A afirmativa 08 está certa. Aves e mamíferos são animais endotérmicos. Todas as afirmativas estão certas. Gabarito: 15. 24. (FUVEST SP/2017) Os primeiros vertebrados que conquistaram definitivamente o ambiente terrestre foram os ___I___ , que possuem ___II___, aquisição evolutiva que permitiu o desenvolvimento do embrião fora da água. Indique a alternativa que completa corretamente essa frase. Comentários Os primeiros vertebrados que conquistaram definitivamente o ambiente terrestre foram os répteis, que possuem ovo com casca impermeável, aquisição evolutiva que permitiu o desenvolvimento do embrião fora da água. Gabarito: D. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 95 25. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2017) Os peixes cartilaginosos são animais ureotélicos, uma vez que produzem ureia como excreta nitrogenada. Entretanto, os rins desses peixes reabsorvem a ureia em vez de eliminá-la na urina, como fazem os mamíferos. Dessa forma, a concentração de ureia no sangue de tubarões e arraias chega a ser 100 vezes maior que a observada no sangue de mamíferos. Isso explica o fato de os fluídos corporais desses peixes serem ligeiramente mais concentrados que a própria água do mar. Assim, é correto afirmar que os peixes cartilaginosos a) reutilizam a ureia retida no corpo para fabricar novos aminoácidos e, por isso, requerem menos alimentos proteicos que os mamíferos. b) convertem a ureia retida no corpo em ácido úrico, um tipo de excreta mais facilmente eliminado em ambientes aquáticos. c) por osmose, ganham água do meio e, para evitar o excesso de água em seus fluidos corporais, os rins a eliminam pela urina. d) por osmose, perdem água para o meio, e têm que dispor de mecanismos fisiológicos que evitem a desidratação no ambiente marinho. Comentários A alternativa A está errada, porque esses peixes requerem mais alimentos proteicos que os mamíferos. A alternativa B está errada, porque o ácido úrico é a excreta típica dos animais que vivem em ambientes terrestres, como os répteis e as aves. A alternativa C está certa e é o nosso gabarito. A alternativa D está errada, porque os tubarões e arraias absorvem água do meio por osmose e eliminam seu excesso através dos rins. Gabarito: C. 26. (UNITAU SP/2017) As mais importantes evidências da transição dos seres vivos dos ambientes aquáticos para o ambiente terrestre são reconhecidas por meio dos fósseis do período Siluriano, na era Paleozoica, há aproximadamente 430 milhões de anos. A conquista desse ambiente obrigou esses seres vivos a enfrentarem uma série de desafios. Entretanto, a despeito de dificuldades, o ambiente terrestre também ofereceu vantagens.Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, uma vantagem e uma desvantagem oferecidas aos seres vivos por meio da conquista do ambiente terrestre. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 96 a) Maior disponibilidade de oxigênio e de água. b) Menor facilidade de locomoção e menor disponibilidade de alimento. c) Maior facilidade de locomoção e maior disponibilidade de oxigênio. d) Menor disponibilidade de água e menor disponibilidade de alimento e) Maior disponibilidade de oxigênio e menor disponibilidade de água. Comentários A alternativa A está errada, porque o ambiente terrestre oferece menos disponibilidade de água. A alternativa B está errada, porque o ambiente terrestre oferece maior disponibilidade de alimento. A alternativa C está errada, porque o ambiente terrestre oferece menor facilidade de locomoção. A alternativa D está errada, porque o ambiente terrestre oferece maior disponibilidade de água. A alternativa E está certa e é o nosso gabarito. Gabarito: E. 27. (Unemat MT/2016) Entre as classes de animais vertebrados encontramos variações fisiológicas e anatômicas. Essas variações são oriundas de processos evolutivos peculiares a cada espécie. Algumas características são compartilhadas entre as espécies de uma mesma classe de vertebrados. Considerando as características peculiares dos tubarões, pinguins e golfinhos, e as classes às quais esses animais pertencem, podemos afirmar que: a) Esses três animais possuem hábitos que envolvem natação e as formas hidrodinâmicas do corpo dos tubarões, golfinhos e pinguins caracterizam um exemplo de irradiação adaptativa. b) O coração dos tubarões possui 2 câmaras; dos golfinhos, 4 câmaras, e dos pinguins, 3 câmaras. c) Tubarões e golfinhos são animais homeotérmicos, enquanto os pinguins são animais pecilotérmicos. d) Ao observar a pele desses animais, percebe-se que os tubarões têm escamas, enquanto os golfinhos têm pelos e os pinguins, penas. e) Golfinhos e pinguins são animais ovíparos, enquanto tubarões são vivíparos ou ovíparos, dependendo de cada espécie. Comentários ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 97 A alternativa A está errada, porque a forma hidrodinâmica desses animais é um exemplo de convergência adaptativa, uma vez que eles não compartilham um ancestral comum imediato. A alternativa B está errada, porque os pinguins são aves e, portanto, possuem coração com quatro câmaras, assim como os mamíferos. A alternativa C está errada, porque tubarões são ectotérmicos e os pinguins e golfinhos são endotérmicos. A alternativa D está errada, porque golfinhos são mamíferos que não têm pelos. Eles e as baleias constituem o grupo dos cetáceos, o maior grupo de mamíferos sem pelos. A alternativa E está errada, porque golfinhos são animais mamíferos vivíparos, enquanto pinguins são ovíparos e tubarões são ovovivíparos. O gabarito oficial desta questão é a alternativa D, mas ela está errada, conforme discutido acima. Gabarito: D. 28. (UCS RS/2016) O grupo mais diversificado e abundante dos vertebrados é o dos peixes. Eles apresentam diversas formas corporais e habitam muitos ambientes, desde águas frias até águas quentes, doce ou salgada e, devido a essa diferença de habitats, possuem também diferentes estratégias de vida, dependendo das pressões seletivas a que foram expostos durante a evolução. Assinale a alternativa correta em relação aos peixes. a) Os peixes cartilaginosos, como a lampreia e a quimera, possuem mandíbula e o esqueleto formado exclusivamente por cartilagens, o que os diferencia dos peixes ósseos. b) Os elasmobrânquios são todos ovíparos, isto é, as fêmeas eliminam os ovos, que se desenvolvem na água. c) O coração dos peixes é constituído por quatro cavidades, dois átrios e dois ventrículos, semelhante ao coração dos mamíferos. d) Os peixes ósseos, bem como os peixes cartilaginosos, são dioicos, isto é, apresentam sexos separados em indivíduos diferentes. e) A bexiga natatória, presente tanto nos peixes cartilaginosos como nos peixes ósseos, auxilia na flutuabilidade e, também, pode colaborar com a troca gasosa em algumas espécies de elasmobrânquios. Comentários A alternativa A está errada, porque a lampreia não é um peixe cartilaginoso, e sim um agnato. A alternativa B está errada, porque são uma subcasse de peixes cartilaginosos eu inclui os tubarões e arraias e são ovovivíparos. A alternativa C está errada, porque o coração dos peixes possui duas cavidades apenas. A alternativa D está certa e é o nosso gabarito. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 98 A alternativa E está errada, porque somente peixes ósseos possuem bexiga natatória. Gabarito: D. 29. (FATEC SP/2016) Considere o cladograma e o texto abaixo. O planeta vem sofrendo alterações no clima causadas pela atuação humana nos ambientes (mudanças climáticas globais, ou MCG), que podem interferir na temperatura dos ecossistemas e, consequentemente, na sobrevivência de muitas espécies. Algumas espécies têm maior tolerância às variações externas de temperatura. A capacidade de termorregulação de alguns animais se relaciona ao número de ventrículos em seus corações. Desse modo, assinale a alternativa que explica adequadamente uma das ameaças trazidas pelas MCG à integridade das espécies. a) Dado que todos os Squamata possuem apenas um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles seriam especialmente ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a ectotermia. b) Dado que todos os Reptilia possuem apenas um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles seriam especialmente ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a ectotermia. c) Dado que todos os Mammalia possuem apenas um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles seriam pouco ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a endotermia. d) Dado que todos os Amniota possuem um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles seriam pouco ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a ectotermia. e) Dado que todos os Testudines possuem dois ventrículos cardíacos, conclui-se que eles seriam especialmente ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a endotermia. Comentários ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 99 A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. A alternativa B está errada, porque as aves fazem parte do grupo Reptilia, mas possuem coração com quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos) e são endotérmicas. A alternativa C está errada, porque os mamíferos possuem coração com quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos) e são endotérmicos. A alternativa D está errada, porque os amniotas consistem nos répteis (coração com 3 câmaras), aves e mamíferos (coração com quatro câmaras). A alternativa E está errada, porque os testudines possuem coração com 3 câmaras apenas (sendo 2 átrios e um ventrículo). Gabarito: A. 30. (UERJ/2015) A salinidade da água é um fator fundamental para a sobrevivência dos peixes. A maioria deles vive em condições restritas de salinidade, embora existam espécies como o salmão, que conseguem viver em ambientes que vão da água doce à água do mar. Há peixes que sobrevivem em concentrações salinas adversas, desde que estas não se afastem muito das originais. Considere um rio que tenha passado por um processo de salinização. Observe na tabela suas faixas de concentração de cloreto de sódio. *isotônica à água do mar Considere um peixe em estresse osmótico que consegue sobreviver eliminando mais urina e reabsorvendo mais sais do que em seu habitat original. Esse peixe é encontrado no trecho do rio identificado pela seguinte letra: a) W b) X c) Y d) ZComentários O peixe em questão é vive em ambiente de água doce que sofreu salinização (adição de sal). Nesse novo ambiente, seu organismo reabsorverá mais sal e, consequentemente, mais água entrará em seu corpo por osmose. Assim, maior quantidade de urina será eliminada. *0,6Z 0,5 - 0,4Y 0,2 - 0,1X 0,01 W 1)(mol.L NaCl de ãoConcentraç rio do Trecho - ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 100 Espera-se, portanto, encontrar esse peixe no trecho do rio em que a concentração salina fica em torno de 0,4 – 0,5 mol/L. A alternativa D está errada, porque o enunciado avisa que há peixes que sobrevivem em concentrações salinas adversas, desde que estas não se afastem muito das originais, e a concentração de 0,6 mol/L é isotônica à agua do marl, ou seja, bem diferente da água doce a que o peixe está acostumado. Gabarito: C. 31. (FAMERP SP/2016) O cladograma apresenta uma hipótese simplificada sobre as prováveis relações evolutivas entre anfíbios, répteis e mamíferos. Os números indicam possíveis características adaptativas que surgiram durante a evolução desses grupos de animais. Os números 1, 2 e 3 correspondem, respectivamente, a a) membros locomotores, embrião envolto por âmnio e pelos. b) glândulas sudoríparas, pálpebras e esqueleto apendicular. c) pulmões alveolares, coração tricavitário e embrião ligado ao alantoide. d) mandíbula, glândulas sebáceas e esqueleto axial. e) rins, bexiga natatória e medula espinhal. Comentários O número 1 delimita o grupo dos tetrápodes, portanto representa a presença de quatro membros locomotores. O número 2 delimita os amniotas, portanto representa a presença de ovo amniótico com casca grossa impermeável. O número 3 delimita os mamíferos, portanto representa a presença de pelo e glândulas mamárias. Assim, a alternativa A está certa e é o nosso gabarito. Gabarito: A. 32. (UEL PR/2015) De onde vem o mundo? De onde vem o universo? Tudo o que existe tem que ter um começo. Portanto, em algum momento, o universo também tinha de ter surgido a partir de uma outra coisa. Mas, se o universo de repente tivesse surgido de alguma outra coisa, então essa outra coisa também devia ter surgido de alguma outra ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 101 coisa algum dia. Sofia entendeu que só tinha transferido o problema de lugar. Afinal de contas, algum dia, alguma coisa tinha de ter surgido do nada. Existe uma substância básica a partir da qual tudo é feito? A grande questão para os primeiros filósofos não era saber como tudo surgiu do nada. O que os instigava era saber como a água podia se transformar em peixes vivos, ou como a terra sem vida podia se transformar em árvores frondosas ou flores multicoloridas. (Adaptado de: GAARDER, J. O Mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.43-44.) Ambientes dulcícolas e marinhos possuem condições físico-químicas distintas que influenciaram a seleção natural para dar origem, respectivamente, aos peixes de água doce e aos peixes de água salgada, os quais possuem adaptações fisiológicas para sobreviverem no ambiente em que surgiram. Considerando a regulação da concentração hidrossalina para a manutenção do metabolismo desses peixes, pode-se afirmar que os peixes de água doce eliminam _________ quantidade de urina ________ em comparação com os peixes marinhos, que eliminam _________ quantidade de urina __________. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do enunciado. a) grande, diluída, pequena, concentrada. b) grande, concentrada, grande, diluída. c) grande, concentrada, pequena, diluída. d) pequena, concentrada, grande, diluída. e) pequena, diluída, grande, concentrada. Comentários Considerando a regulação da concentração hidrossalina para a manutenção do metabolismo desses peixes, pode-se afirmar que os peixes de água doce eliminam grande quantidade de urina diluída em comparação com os peixes marinhos, que eliminam pouca quantidade de urina concentrada. Gabarito: A. 33. (CEFET MG/2015) Os répteis são vertebrados tetrápodes pertencentes à classe Reptilia, derivado do latim reptilis, que significa rastejar. Evidencia-se que os primeiros répteis teriam evoluído há mais de 250 milhões de anos, mas, diferentemente de seus ancestrais, eles foram capazes de conquistar de forma efetiva o ambiente terrestre. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 102 Disponível em: <http://educacao.uol.com.br>. Acesso em: 26 set de 2014. (Adaptado). A característica que esses animais compartilham com a maioria de seus ancestrais é a a) realização de trocas gasosas por meio de pulmões. b) ocorrência de fecundação interna independente da água. c) eliminação de ácido úrico como principal excreta nitrogenado. d) formação de ovo com casca que impede o dessecamento do embrião. e) existência de pele queratinizada sem glândulas produtoras de muco. Comentários A característica compartilhada entre os répteis e a maioria de seus ancestrais, linhagens que deram origem aos diversos tipos de peixes e anfíbios, é a realização de trocas gasosas através dos pulmões. A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. A alternativa B está errada, porque os ancestrais dos répteis não realizavam fecundação interna independentemente da água. A alternativa C está errada, porque os ancestrais dos répteis não excretavam ácido úrico e sim amônia. A alternativa D está errada, porque os ancestrais dos répteis não possuíam ovo com casca. A alternativa E está errada, porque não possuíam pele queratinizada, porém possuíam muitas glândulas produtoras de muco, que reduzem o atrito durante a natação. Gabarito: A. 34. (UEL PR/2015) O aparecimento de ovos com casca foi uma evolução adaptativa dos répteis para a conquista definitiva do ambiente terrestre pelos cordados. Além do ovo com casca, há outras adaptações que permitiram que os répteis pudessem sobreviver no ambiente terrestre quando comparadas com as adaptações dos anfíbios. Portanto, há adaptações que surgem nos anfíbios e permanecem nos répteis e há adaptações que têm sua origem pela primeira vez nesse grupo. Sobre as características adaptativas associadas à conquista do ambiente terrestre que surgiram pela primeira vez nos répteis, considere as afirmativas a seguir. I. Pernas locomotoras e respiração pulmonar. II. Ectotermia e dupla circulação. III. Queratinização da pele e ácido úrico como excreta nitrogenado. IV. Ovo amniota e desenvolvimento direto. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 103 Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II são corretas. b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. Comentários A afirmativa I está errada, porque pernas locomotoras é característica dos tetrápodes, que incluem os anfíbios (grupo anterior à conquista definitiva do ambiente terrestre). A afirmativa II está errada, porque ectotermia é característica presente em anfíbios e peixes também, ambos grupos anteriores aos répteis. A afirmativa III está certa. A afirmativa IV está certa. A alternativa C está certa e é o nosso gabarito. Gabarito: C. 35. (FGV/2015) Autotomia é a capacidade que alguns animais apresentam em soltar membros do corpo e regenerá-los posteriormente, como por exemplo, a autotomia caudal observada em algumas espécies de lagartos, conforme mostra a figura. (http://ulubiency.wp.pl) Nem todos os tecidos se recompõem e a regeneração torna-se menos eficiente a cada perda da cauda, podendo inclusive não ocorrer,dependendo do local da mutilação. É correto afirmar que a regeneração dos tecidos ocorre em função da capacidade de células se desdiferenciarem, retornando à condição a) gamética e realizarem mitoses sucessivas com nova diferenciação. b) embrionária e realizarem mitoses sucessivas sem nova diferenciação. c) zigótica e realizarem meioses sucessivas com nova diferenciação. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 104 d) mesodérmica e realizarem mitoses sucessivas sem nova diferenciação. e) pluripotente e realizarem mitoses sucessivas com nova diferenciação. Comentários A regeneração dos tecidos após a autotomia é possível porque as células, já diferenciadas, têm capacidade de se desdiferenciarem e retornarem a uma condição pluripotente. A partir daí, elas realizam sucessivas mitoses e sofrem nova diferenciação. A alternativa A está errada, porque células gaméticas são células sexuais. A alternativa B está errada, porque células embrionárias são totipotentes e podem se diferenciar em qualquer tecido após sucessivas mitoses. O tecido lesionado não retorna à condição de células embrionárias. A alternativa C está errada, porque o animal nunca retornará à condição de zigoto. A alternativa D está errada, porque as células não retornam à condição mesodérmica, um folheto embrionário que é multipotente. A alternativa E está certa e é o nosso gabarito. Gabarito: E. 36. (IFPE/2015) A circulação nos animais tem como principal objetivo a distribuição de substâncias pelo corpo: nutrientes, gases respiratórios, excreções, hormônios etc. os diversos sistemas circulatórios nos animais apresentam diferenças entre eles, dependendo do grupo a que pertencem. Relacione corretamente as características e tipos de sistemas circulatórios apresentados na Coluna I, com os respectivos animais portadores desse sistema, na Coluna II. Coluna I ( 1 ) Coração com apenas duas câmaras. ( 2 ) O sangue não transporta gases respiratórios. ( 3 ) Ocorre mistura de sangue arterial com sangue venoso. ( 4 ) Coração com quatro câmaras completas. Coluna II ( ) Insetos ( ) Anfíbios ( ) Aves ( ) Peixes ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 105 A leitura correta, de cima para baixo, na Coluna II é: a) 3, 2, 1 e 4 b) 3, 4, 1 e 2 c) 2, 3, 4 e 1 d) 2, 3, 1 e 4 e) 4, 3, 2 e 1 Comentários ( 1 ) Coração com apenas duas câmaras é característico dos peixes. ( 2 ) O sangue não transporta gases respiratórios é característica dos insetos. ( 3 ) Ocorre mistura de sangue arterial com sangue venoso é característica dos anfíbios. ( 4 ) Coração com quatro câmaras completas é característico das aves. Assim, a leitura correta, de cima para baixo, é: 2, 3, 4 e 1. A alternativa C está certa e é o nosso gabarito. Gabarito: C. 37. (UFAM/2015) Um embrião com clivagem meroblástica, membranas extraembrionárias e uma linha primitiva (segmento linear espesso do epiblasto) deve ser característico de um(a): a) Peixe b) Ave c) Inseto d) Anfíbio e) Estrela do mar Comentários Lembre-se da aula de embriologia: para os animais que são ovíparos, os ovos possuem muito vitelo (telolécitos ou centrolécitos). Quando a célula-ovo começa a se dividir, os blastômeros originados não se distribuem homogeneamente, devido à grande quantidade de vitelo ocupando o embrião. Este tipo de segmentação é chamado parcial ou meroblástica. Nessas células, os blastômeros acabam sendo confinados no espaço livre, concentrando-se em duas regiões específicas. Veja a figura abaixo: ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 106 A linha primitiva é uma estrutura característica da gastrulação de répteis, aves e mamíferos. Sua formação se dá na proliferação e migração das células do epiblasto para o plano mediano do disco embrionário. Assim, o único animal que preenche esses requisitos são as aves, uma vez que mamíferos possuem clivagem holoblástica total e ovos com pouco vitelo (já que são animais, na grande maioria, placentários). A alternativa B está certa e é o nosso gabarito. Gabarito: B. 38. (UFRGS/2015) A expressão popular “estômago de avestruz” é utilizada para definir pessoas que comem de tudo e não enfrentam problemas digestivos com isso. Sobre o processo alimentar das aves, assinale a afirmação correta. a) O alimento ingerido passa direto ao estômago químico. b) As enzimas digestivas começam a agir no papo. c) A moela tem uma ação mecânica que tritura o alimento ingerido. d) Algumas espécies regurgitam o conteúdo da moela para alimentar os filhotes. e) A dieta alimentar inclui somente animais como insetos e vertebrados. Comentários O sistema digestório das aves é completo, composto por boca, faringe, esôfago, papo, proventrículo, moela, intestino, cloaca e órgãos anexos (fígado e pâncreas). O papo é a estrutura que possui a função de armazenar e amolecer o alimento ingerido. O estômago é dividido em duas porções: o proventrículo, que realiza a digestão química dos alimentos através da liberação de sucos digestivos, e a moela, que realiza a digestão mecânica. A moela possui paredes musculosas e grossas, adaptadas para a função e trituração. O sistema digestório termina cloaca, porção final do intestino, onde se abrem o sistema excretor e reprodutor. A alternativa A está errada, porque o alimento ingerido é antes armazenado e amolecido no papo. A alternativa B está errada, porque as enzimas digestivas agem no proventrículo. A alternativa C está certa e é o nosso gabarito. A alternativa D está errada, porque, de modo geral, as aves não regurgitam seu alimento para os filhotes. A alternativa E está errada, porque existem aves que são herbívoras, onívoras e outras que se alimentam de pequenos invertebrados. Gabarito: C. 39. (Unievangélica GO/2015) Leia o texto a seguir. O sistema digestório dos vertebrados é constituído por um tubo com regiões bem diferenciadas (boca, faringe, esôfago, estômago, intestino) e por diversas glândulas ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 107 acessórias. O intestino dos peixes ósseos e de mamíferos marsupiais e placentários abre-se diretamente no ânus. O intestino dos condrictes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos monotremados termina em uma câmara, a cloaca. AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da biologia moderna: volume único. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2006. p. 442. A cloaca, no sistema digestório dos vertebrados, recebe a) o intestino de peixes ósseos e mamíferos placentários. b) exclusivamente os processos de reprodução dos anfíbios e répteis. c) unicamente o material vindo dos intestinos, nos cartilaginosos. d) os sistemas excretor e reprodutor, além do digestório. Comentários O sistema digestório que termina em uma cloaca, porção final do intestino, recebe os sistemas excretor e reprodutor. Assim, a alternativa D está certa e é o nosso gabarito. Gabarito: D. 40. (UEA AM/2014) A tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) e a harpia (Harpia harpyja) são animais típicos da Amazônia. Com relação à reprodução destes animais, é correto afirmar que a) apenas a tartaruga possui ovo amniótico rico em vitelo com casca calcária. b) apenas a harpia apresenta ovo telolécito (megalécito) e cuidado parental. c) tanto a tartaruga como a harpia, quando embriões, armazenam suas excretas no alantoide. d) tanto a tartaruga como a harpia apresentam desenvolvimento indireto, cuja fase larval é dentro do ovo. e) nem a tartaruga nem a harpia, quando embriões, realizam trocas gasosas através da casca do ovo. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 108 Comentários A alternativa A está errada, porque ambos são répteis e possuemovo amniótico rico em vitelo com casca calcária. A alternativa B está errada, porque a tartaruga também possui ovo megalécito, isto é, com vitelo abundante. A alternativa C está certa e é o nosso gabarito. A alternativa D está errada, porque ambos apresentam desenvolvimento direto. A alternativa E está errada, porque ambos, quando embriões, realizam trocas gasosas através da casca do ovo. Gabarito: C. ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 109 12. Versão de aula 01/03/2021 Versão 1 Aula original 13. Referências Bibliográficas ▪ ALBERTS, B. et al. Biologia molecular da célula. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. ▪ AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia das células: origem da vida, citologia e histologia, reprodução e desenvolvimento. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2004. ▪ CARVALHO, H. & RECCO-PIMENTEL, S.M. A célula. 3ª ed. Barueri: Manole, 2013. ▪ DAMINELI, A; DAMINELI, DSC. Origens da vida. Estudos avançados, 21 (59): 263 - 284. 2007.ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA. Disponível em http://britannica.com.br/ Acesso em: 18 de março de 2019. ▪ JUNQUEIRA, L.C. & CARNEIRO, J. Histologia básica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013. ▪ LOPES, S. & ROSSO, S. Conecte Bio – volume único. 1ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2014. ▪ PAULINO, W.R. Biologia – volume único (Série Novo Ensino Médio), 8ª ed. São Paulo: Editora Ática, 2002. ▪ LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, F. Biologia hoje. 7ª ed. São Paulo: Editora Ática. 2012 ▪ SHUTTERSTOCK. https://www.shutterstock.com/ https://www.shutterstock.com/