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ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 1
VESTIBULARES
Prof. Bruna Klassa 
Aula 11 – Animais Vertebrados. 
vestibulares.estrategia.com 
EXTENSIVO 
2024 
Exasi
u
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 2 
 
SUMÁRIO 
RECAPITULANDO... 4 
1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS CORDADOS 6 
2. CORDADOS 8 
2.1 Cefalocordados 8 
2.2 Urocordados (ou Tunicados) 9 
2.3 Vertebrados 10 
2.3.1 Agnatha (peixes sem mandíbula) 11 
2.3.2 Gnathostomia (peixes com mandíbula) 12 
3. PEIXES 12 
3.1 Peixes cartilaginosos (Chondrichthyes) 13 
3.2 Peixes ósseos (Osteichthyes) 13 
3.3 Organização geral 14 
3.4 Origem dos tetrápodes 17 
4. ANFÍBIOS 20 
4.1 Organização geral 20 
4.2 Classificação 22 
5. RÉPTEIS 25 
5.1 Organização geral 28 
5.2 Classificação 29 
6. AVES 34 
6.1 Organização geral 34 
7. MAMÍFEROS 38 
7.1 Organização geral 38 
7.2 Classificação 39 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 3 
8. CONCEITOS FUNDAMENTAIS 44 
8.1 Influência do ambiente nos resíduos nitrogenados 44 
8.2 Homeostase 44 
8.3 Relação superfície-volume e tamanho corporal 45 
9. LISTA DE QUESTÕES 47 
10. GABARITO 72 
11. LISTA COMENTADA DE QUESTÕES 73 
12. VERSÃO DE AULA 109 
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 109 
 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 4 
Recapitulando... 
 
Antes de iniciarmos, vamos relembrar os principais conceitos vistos na última aula? 
 
• 
Animal é um ser multicelular, eucarionte, heterótrofo, que se movimenta durante todo ou parte 
do ciclo de vida e apresenta o corpo formado por tecidos (células funcionalmente 
especializadas, dedicadas a uma ou mais funções). 
• 
Algumas das principais características animais são a presença de dois ou mais folhetos 
embrionários (exceto os poríferos), a presença de celoma (formado por processo esquizocélico 
ou enterocélico), a ocorrência de simetria (radial ou bilateral) e a presença de metameria 
(segmentação). 
• 
 
 
 
 
 
A relação filogenética entre esses grupos pode ser expressa da seguinte maneira: 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 5 
 
 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 6 
1. Características gerais dos cordados 
Terminamos a última aula estudando os equinodermos, animais que apresentam 
espinhos na pele e são representados pelas estrelas-do-mar e ouriços-do-mar. Equinodermos 
e cordados são grupos-irmãos e compõem os animais conhecidos como deuterostômios, isto é, 
que formam o ânus a partir do blastóporo. 
Os cordados são animais bilaterais divididos em três grandes grupos. Dois deles são 
formados por animais invertebrados, os cefalocordados e os urocordados. O terceiro grupo 
constitui os animais vertebrados. As características que permitem o agrupamento desses três 
grupos animais em um único clado (Chordata) são a presença de notocorda, de um tubo 
nervoso dorsal oco, de fendas faringianas, endóstilo e de uma cauda muscular pós-anal. 
 
 
Notocorda e Tubo nervoso dorsal oco 
Os cordados recebem esse nome devido à presença de uma estrutura presente em 
todos os embriões cordados, e em alguns cordados adultos, chamada notocorda. A notocorda 
é um bastonete flexível e incompressível que deriva da endoderme e situa-se na linha mediana 
dorsal do corpo do animal. 
Ela é composta de células grandes, preenchidas de líquido e encapsuladas em um 
tecido rígido e fibroso, cuja função é fornecer suporte ao longo do comprimento do corpo de um 
cordado, especialmente auxiliando o nado nos organismos larvais. 
 A maioria dos vertebrados desenvolve um esqueleto articulado mais complexo ao redor 
da notocorda, de modo que o organismo adulto só retém os vestígios da notocorda 
embrionária. Nos seres humanos, essa estrutura é 
reduzida e forma parte dos discos gelatinosos 
inseridos entres as vértebras da coluna vertebral. 
Já o tubo nervoso se origina da ectoderme 
dorsal do embrião dos cordados. Perceba na figura 1 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 7 
que o processo de formação do tubo neural (em azul) resulta em uma estrutura oca. Essa 
estrutura dá origem ao tubo nervoso dorsal oco, que origina posteriormente o sistema nervoso 
central (cérebro e medula espinhal) e é exclusivo dos cordados. Nos demais animais, o tubo 
nervoso também é de origem ectodérmica, porém origina-se da posição ventral ou difusa, e é 
sólido. 
 
Fendas faringianas 
O sistema digestório dos cordados é completo, com boca e ânus. Logo atrás da abertura 
bucal encontra-se a faringe, que apresenta em sua superfície externa uma série de arcos 
separados denominados sulcos faringianos. Esses sulcos desenvolvem-se em sete fendas 
faringianas paralelas, permitindo a saída direta de água do corpo, sem que seja necessária a 
sua passagem pelo sistema digestório. 
Nos cordados invertebrados (cefalocordados e urocordados), as fendas faringianas 
permitem a alimentação de partículas em suspensão pelo animal. Nos vertebrados não 
tetrápodes, coletivamente chamados de peixes, essas fendas modificaram-se para a realização 
de trocas gasosas e passaram a se chamar brânquias. Nos vertebrados tetrápodes, as fendas 
faringianas se fecham durante o desenvolvimento embrionário, dando origem à parte da 
mandíbula, aos ossículos do ouvido e estruturas da cabeça e do pescoço. 
Além disso, todos os embriões dos cordados apresentam um prolongamento do corpo 
posterior ao ânus chamado cauda pós-anal. Essa cauda contém elementos esqueléticos e 
musculares que participam da locomoção de animais aquáticos, auxiliando na propulsão de 
água. 
 
 
Endóstilo 
É uma estrutura ciliada e secretora de muco presente na faringe de anfioxos 
(cefalocordado), tunicados (urocordado) e larvas de lampreias (vertebrado), que conduz 
partículas diminutas de alimento para o estômago. Nos demais cordados é modificada na 
glândula da tireoide, que se relaciona com a produção de hormônios reguladores do 
metabolismo, deixando assim de ser uma estrutura relacionada à alimentação. 
Agora que já sabemos o que reúne os três grupos presentes no filo Cordata 
(cefalocordados, urocordados e vertebrados), vamos estudar as particularidades de cada um 
deles. 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 8 
2. Cordados 
 
2.1 Cefalocordados 
Os cefalocordados foram o primeiro grupo a divergir dos cordados atuais e são 
chamados de anfioxos. São organismos aquáticos que se alimentam de plâncton na coluna 
d’água e outras partículas em suspensão, podendo alcançar 6 cm de comprimento e 0,5 cm de 
largura. 
 
Após a metamorfose, o anfioxo adulto nada para junto do leito oceânico e se enterra, 
deixando apenas sua extremidade anterior exposta. Cílios semelhantes a tentáculos presentes 
na boca sugam a água, e o muco, secretado pelo endóstilo, retém as partículas de alimentos, 
que seguem para o intestino. 
As trocas gasosas nesses animais ocorrem através da superfície externa do corpo. É 
possível notar sob a epiderme fina uma musculatura disposta em blocos com a forma da letra 
“V” deitada (>>>>). Cada um desses blocos é denominado somito e eles evidenciam a 
segmentação do anfioxo. Os somitos são encontrados ao longo de cada lado da notocorda em 
todos os embriões de cordados. 
A boca se localiza na região anterior, em posição ventral, e é rodeada por uma coroa de 
tentáculos filiformes chamadas cirros. O ânus se localiza na região posterior, também na 
posição ventral. Na região mediana do corpo situa-se a abertura do átrio. 
Os anfioxos nadam através de um mecanismo simples de natação: contrações 
coordenadas de músculos arranjados em séries ao longo do comprimento do animal flexionam 
a notocorda e produzem ondulações laterais que impulsionam o corpo parafrente. 
 
Os cefalocordados são animais dioicos que eliminam os gametas na cavidade atrial, de 
onde saem através do atrióporo. A fecundação é externa e o desenvolvimento é indireto. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 9 
2.2 Urocordados (ou Tunicados) 
Estudos recentes demonstraram que os urocordados são mais estreitamente 
relacionados aos vertebrados em relação aos cefalocordados. Eles são animais 
exclusivamente marinhos, que vivem fixados em rochas à beira-mar ou acoplados em algas de 
grande porte. Os maiores representante desses animais são as ascídias. Por apresentarem um 
revestimento cuticular espesso, chamado túnica, podem ser chamados de tunicados. 
Os urocordados apresentam estágio larval que pode durar 
apenas alguns minutos. A larva utiliza seus músculos caudais e 
a notocorda para nadar pela água em busca de um substrato 
para se fixar. Uma vez fixado, ela passa por uma metamorfose 
radical, sua cauda e notocorda são reabsorvidas, o sistema 
nervoso degenera e o corpo sofre uma rotação de 90°. 
Na extremidade oposta à fixada na rocha, as ascídias 
apresentam duas aberturas chamadas sifões. A água penetra no 
corpo através do sifão inalante, atravessa as fendas branquiais e cai na cavidade interna 
chamada cavidade atrial. Nesse processo, alimento e gás oxigênio são filtrados e o gás 
carbônico e os produtos da excreção são eliminados do corpo através do segundo sifão, o sifão 
exalante. A digestão do alimento ocorre no estômago e no intestino, sendo, portanto, 
extracelular. 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 10 
2.3 Vertebrados 
Os cordados vertebrados constituem o grupo mais expressivo do 
Chordata e têm como principal característica a presença de coluna 
vertebral e crânio, estruturas esqueléticas que envolvem e protegem o 
sistema nervoso central. Essas características estão associadas a uma 
maior complexidade genética desses animais. 
As vértebras presentes na coluna vertebral são peças 
esqueléticas articuladas, dispostas em sequência na região dorsal do 
corpo. Elas são perfuradas, de modo a formar no seu interior um canal 
que aloja a medula espinhal. O crânio é dividido em duas partes, a caixa 
craniana e o crânio visceral. A caixa craniana aloja o encéfalo e os 
órgãos do sentido, enquanto o crânio visceral é composto pela 
mandíbula e outras estruturas esqueléticas que sustentam a parte 
anterior do tubo digestivo. A coluna vertebral e o crânio, juntamente com 
as costelas e o osso esterno, definem o eixo longitudinal do corpo, 
formando o esqueleto axial. 
Ao longo do tempo, barbatanas dorsais, ventrais e anais evoluíram e se fortaleceram 
nos cordados vertebrados, proporcionando propulsão e controle da direção do nado quando 
estes encontravam-se procurando presas ou fugindo de predadores. Essa natação mais rápida 
associada a um sistema eficiente de trocas gasosas nas brânquias permitiu a diversificação 
dos animais vertebrados. O cladograma abaixo servirá de guia para os nossos estudos! 
 
Os primeiros animais a divergirem dos cordados invertebrados são coletivamente 
chamados de peixes. Isso significa que o grupo Peixes não é natural (monofilético), e abriga 
diversos animais que não compartilham as mesmas características. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 11 
A evolução desses vertebrados provavelmente iniciou com o surgimento de uma faringe 
muscular. A cartilagem colágena presente nas fendas faringianas foi substituída por outro tipo 
de cartilagem, mais resistente e elástica, cuja contração forçava a saída de água para fora do 
corpo do animal. Com o relaxamento muscular, o suporte cartilaginoso voltava a expandir a 
faringe, restaurando sua forma original. Essa nova bomba muscular permitiu maior suprimento 
de nutrientes e aumento do tamanho corporal dos animais. Junto com uma alimentação mais 
eficiente, a bomba muscular também satisfez outras demandas importantes na evolução dos 
primeiros peixes vertebrados, como o surgimento das brânquias. Estes órgãos de respiração 
eram banhados pela água nutritiva e rica em oxigênio bombeada pela faringe. Assim, o 
aparecimento de uma faringe muscular aperfeiçoou não só a alimentação dos primeiros 
vertebrados, mas também ajudou a empurrar a água pelas brânquias recém-formadas, 
satisfazendo as necessidades respiratórias desses animais. 
Esses peixes foram chamados de agnatos, pois apesar de possuírem uma faringe 
muscular que tornava a alimentação mais eficiente, careciam de mandíbula, estrutura que só 
surgiu mais tarde na história evolutiva. 
 
2.3.1 Agnatha (peixes sem mandíbula) 
Agnatos (do grego a, prefixo de negação, e gnathos, mandíbula) são os primeiros 
vertebrados a evoluírem, desprovidos de mandíbulas. Eles possuem boca circular com dentes 
córneos, sendo, por isso, chamados de ciclostomados (do grego kyklo, circular, e stomatos, 
boca) e respiração branquial. Seus principais representantes constituem os peixes-bruxa 
(feiticeiras) e as lampreias. 
Peixes-bruxas e lampreias são, portanto, as únicas linhagens de vertebrados que não 
apresentam mandíbula nem coluna vertebral. Contudo, eles apresentam vértebras 
rudimentares compostas de cartilagens, e não de ossos, o que justifica suas presenças no 
grupo Vertebrata. A cartilagem desses animais, diferente da dos demais vertebrados, não 
apresenta colágeno, sendo rica em outras proteínas. 
Peixes-bruxa vivem no mar e se alimentam de vermes e peixes debilitados ou mortos. 
Elas penetram no interior dos peixes e destroem principalmente seus músculos. Apresentam 
cérebro pequeno, olhos, orelhas e uma abertura nasal que se conecta com a faringe. Na boca, 
possuem estruturas semelhantes a dentes feitas de queratina. Quando atacado por um 
predador, o peixe-bruxa pode produzir litros de muco, o qual cobre as brânquias do peixe 
agressor, fazendo-o recuar ou morrer sufocado. Possuem desenvolvimento direto. 
Lampreias vivem tanto no mar quanto em rios e lagos. Quando adultas, desenvolvem a 
mesma boca circular presente nos peixes-bruxa, dotada de dentes afiados com os quais 
perfuram a pele de seus hospedeiros (outros peixes), sugando o seu sangue. Possuem 
desenvolvimento indireto, com um estágio larval que pode durar até seis anos. Essas larvas 
são chamadas de amocetes, são cegas e vivem enterradas na lama, alimentando-se de 
partículas presente na água. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 12 
 
Figura 1. Uma lampreia. À direita, o detalhe da boca circular cheia de dentes que dilaceram a 
pele do animal do qual suga o sangue como alimento. 
2.3.2 Gnathostomia (peixes com mandíbula) 
Há cerca de 440 milhões de anos, surgiram duas novidades evolutivas importantes que 
alteraram o rumo da evolução dos vertebrados, a mandíbula e as nadadeiras. A mandíbula é 
uma estrutura articulada que, com o auxílio dos dentes, permite aos animais prenderem e 
partirem seus alimentos. As nadadeiras, ou barbatanas, são estruturas externas que os animais 
usam para locomoção e equilíbrio. 
 
Os peixes que apresentavam essas características foram denominados gnatostômios e 
divergiram em quatro grandes linhagens que sobreviveram até hoje: os condrictes (ou peixes 
cartilaginosos), os peixes com nadadeiras raiadas, os peixes com nadadeiras lobadas e 
os tetrápodes. Veja novamente o cladograma no começo do capítulo para localizar essas 
quatro linhagens. 
Agora que já sabemos como se deu a origem dos vertebrados, vamos estudar os seus 
cinco grandes grupos (“peixes”, anfíbios, “répteis”, aves e mamíferos), discutindo a anatomia, a 
morfologia e a fisiologia desses animais de maneira comparada. Vamos lá! 
 
 3. Peixes 
Os peixes são animais aquáticos, de corpos geralmente fusiforme revestidos por 
escamas achatadas, e compreendem dois grupos principais (embora tenhamos vistos que 
eles abrangem diferentes espécies e nãoformam um grupo natural): aqueles com esqueleto 
cartilaginoso (condrictes) e aqueles com esqueleto ósseo (osteíctes). Todos os peixes são 
gnatostomados, isto é, apresentam mandíbula, são ectotérmicos (ou pecilotérmicos), ou 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 13 
seja, sua temperatura corporal varia conforme a temperatura do ambiente, e apresentam 
respiração branquial. Possuem também um sistema de linha lateral, composto por uma 
fileira de pequenas cavidades na pele localizada em ambos os lados do corpo no sentido 
anteroposterior, responsável pela percepção de vibrações e pressões do meio externo. 
 
3.1 Peixes cartilaginosos (Chondrichthyes) 
Os animais representantes desse grupo são os tubarões e as arraias. Os condrictes ou 
peixes cartilaginosos recebem esse nome porque apresentam a maior parte de seu esqueleto 
composto por cartilagem (existem apenas vestígios de mineralização óssea nas escamas, na 
base dos dentes e, em algumas espécies de tubarão, na superfície das vértebras). Além disso, 
possuem dois pares de nadadeiras, um na região peitoral (na frente) e outro na região pélvica 
(atrás). Essas nadadeiras estão relacionadas a evolução dos membros nos tetrápodes. 
 
Figura 2. Tubarão e arraias, principais representantes dos peixes cartilaginosos. 
 
O corpo dos condrictes é recoberto por escamas de origem epidérmica chamadas 
placoides e, nas laterais da cabeça, pouco acima das nadadeiras peitorais, existem entre 
cinco a sete fendas branquiais. Esses animais, especialmente os tubarões, possuem formato 
hidrodinâmico e nadam com agilidade; contudo, não manobram bem. Embora tenham a 
capacidade de flutuar devido ao acúmulo de óleo que armazenam no fígado, são mais densos 
que a água e, se pararem de nadar, podem afundar. 
Alguns tubarões de grande porte podem alimentar-se de partículas em suspensão na 
água, contudo, a maioria é carnívora. Possuem visão aguçada, mas não distinguem cores. 
Apresentam narinas que funcionam apenas para olfação, uma vez que a respiração é feita por 
trocas gasosas nas brânquias. Não possuem tímpanos, e os sons que chegam através da água 
são encaminhados diretamente para a orelha interna. 
Os tubarões têm fecundação interna e desenvolvimento direto. Os machos possuem 
a nadadeira pélvica modificada em uma estrutura chamada clasper, utilizada para abrir a 
cloaca da fêmea e introduzir seus espermatozoides. As espécies podem ser ovíparas ou 
ovovivíparas. As arraias habitam o fundo oceânico e se alimentam de moluscos e crustáceos. 
Possuem uma forma achatada e as barbatanas peitorais são largas, funcionando como asas 
aquáticas que as impulsionam para frente. A cauda assemelha-se a um chicote e pode haver 
espinhos venenosos. 
 
3.2 Peixes ósseos (Osteichthyes) 
Os peixes com nadadeiras raiadas e os peixes com nadadeiras lobadas formam um 
grupo genericamente chamado de peixes ósseos, devido ao fato de apresentarem um 
endoesqueleto ossificado com uma matriz de fosfato de cálcio. Apresentam ainda o corpo 
revestido por escamas dérmicas ósseas achatadas e possuem glândulas cutâneas 
secretoras de muco, adaptação que reduz o atrito com a água durante a natação. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 14 
Neste grupo enquadram-se todos os organismos conhecidos informalmente como 
peixes, e as espécies mais antigas datam do Siluriano (444-416 milhões de anos). Os peixes 
de nadadeiras raiadas têm esse nome devido aos raios ósseos que sustentam suas nadadeiras 
e constituem a grande diversidade que conhecemos (cerca de 27.000 espécies descritas). Os 
peixes de nadadeiras lobadas apresentam ossos em forma de bastão, envolvidos por uma 
espessa camada muscular em suas nadadeiras peitorais e pélvicas, e deram origem a três 
linhagens: a primeira deu origem aos celacantos, a segunda deu origem aos peixes 
pulmonados e a terceira deu origem aos tetrápodes. 
 
Figura 3. Peixe de nadadeira raiada, celcanto e piramboia (peixe pulmonado). 
 
 
PEIXES PULMONADOS 
 
 Os peixes pulmonados (dipnoicos) são uma segunda linhagem de peixes com 
nadadeiras lobadas que surgiram no oceano, mas hoje são encontrados em ambientes de 
água doce, como lagos e pântanos. Eles utilizam seus pulmões para respirar ar como 
suplementação à respiração branquial, nadando de tempo em tempo até a superfície. 
Acredita-se que a bexiga natatória seja uma evolução dos pulmões de osteíctes primitivos. 
O principal exemplo brasileiro é a piramboia, umpeixe amazonenese. 
 
 
3.3 Organização geral 
 
Sistema respiratório 
A maioria dos peixes respira fazendo a água entrar pela boca, passar pela faringe e 
atravessar quatro ou cinco pares de brânquias. As brânquias são filamentos delicados que 
apresentam vasos que recolhem o gás oxigênio dissolvido na água. Após a absorção do O2, a 
água é eliminada por contrações de músculos que circundam as câmaras branquiais. 
Nos peixes ósseos, as brânquias ficam localizadas em câmaras cobertas por uma aba 
óssea protetora, situada atrás dos olhos, chamada opérculo. Nos peixes cartilaginosos não há 
opérculo, ficando as brânquias descobertas, porém existe uma fenda modificada em orifício 
chamada de espiráculo, localizada logo atrás dos olhos, que é usada na respiração. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 15 
 
Figura 4. Respiração branquial dos peixes. Fonte: CNX OpenStax, CC BY 4.0 
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0. 
Uma característica que a maioria dos peixes ósseos possui é a capacidade de manter o 
corpo flutuando. Isso é possível porque existe um órgão, chamado bexiga natatória ou 
vesícula gasosa, que funciona como um saco aéreo ou uma “boia” para o peixe. Localizado 
na região dorsal do animal, esse órgão tem função hidrostática e promove o ajustamento do 
peso específico (densidade) do animal à densidade da água circundante. Esse mecanismo é 
possível porque dentro da bexiga natatória existe uma glândula de gás. Assim, quando o peixe 
nada para profundidades mais rasas, essa glândula retira os gases presentes no sangue e faz 
a bexiga natatória encher, aumentando seu volume e facilitando a flutuação. Por outro lado, 
quando o peixe nada para maiores profundidades, a mesma glândula elimina os gases de volta 
para o sangue, esvaziando a bexiga e diminuindo seu volume. A bexiga natatória é ausente 
nos peixes cartilaginosos. 
 
Figura 5. Bexiga natatória. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 16 
 
Sistema circulatório 
Os peixes têm sistema circulatório fechado, o que significa 
que existe uma bomba cardíaca (coração) que bombeia sangue para 
todo o corpo. A circulação sanguínea é simples, ou seja, o sangue 
venoso passa apenas uma vez pelo coração em cada circuito que 
realiza, e o coração possui duas cavidades, um átrio (aurícula) e um 
ventrículo. 
Os tecidos recebem sangue arterial oxigenado vindo das 
brânquias e devolvem ao coração o sangue venoso. Note no 
esquema abaixo que apenas o sangue venoso circula pelo coração. 
A chegada de nutrientes e oxigênio às células e a remoção de 
resíduos é pouco eficiente, uma vez que o sangue flui com baixa 
velocidade e pressão para as células dos tecidos e órgãos. 
 
Sistema digestório 
O sistema digestório dos peixes é completo, ou seja, constituído por boca, faringe, 
esôfago, estômago, intestino, ânus e órgãos anexos como o fígado e o pâncreas. Na boca 
existe uma pequena língua que ajuda nos movimentos respiratórios e uma porção de dentes 
cônicos e finos, que prendem e trituram o alimento. 
Nos peixes cartilaginosos, a boca é ventral e o intestino termina em uma cloaca (uma 
bolsa para onde convergem as porções terminais dos sistemas digestórios, urinário e genital). 
No intestino ocorre uma válvula espiral, estrutura que tem por função aumentar a área de 
absorção e prolongar o tempo que os alimentos permanecem no órgão, a fim de maximizara 
nutrição do animal. Nos peixes ósseos, a boca é anterior e o intestino termina no ânus, sendo 
que não há uma cloaca. 
Sistema excretor 
A excreção dos peixes é realizada por um par de rins mesonéfricos. Os peixes 
cartilaginosos produzem ureia, que é reabsorvida nos rins ao invés de ser eliminada na urina. 
Dessa forma, a concentração de ureia no sangue chega a ser 100 vezes maior que a 
observada no sangue de mamíferos, por exemplo, o que explica o fato de os fluidos corporais 
desses peixes serem ligeiramente mais concentrados que a própria água do mar. Já os peixes 
ósseos excretam amônia. 
 
Sistema nervoso 
A cabeça dos peixes se estende até a abertura do opérculo, e o crânio é fortemente 
articulado com a mandíbula e a coluna vertebral, de modo que o animal não consegue virar a 
cabeça sem mexer o corpo todo. Possuem um encéfalo e órgãos do sentido bem 
desenvolvidos. Os olhos são grandes, laterais e sem pálpebras, que conseguem apenas focar 
objetos próximos, porém percebem movimentação distante. A visão é colorida para a maioria 
das espécies. Os ouvidos funcionam como órgãos do equilíbrio e permitem uma audição 
apurada. As narinas localizam-se na dorsalmente da cabeça e são sensíveis às moléculas 
dissolvidas na água. 
A linha lateral, já comentada no início do capítulo, é um órgão do sentido, localizado 
longitudinalmente ao longo do corpo do animal, que detecta movimentos e vibrações na água e 
permite a formação de cardumes. Ela consiste em uma série de orifícios interconectados por 
um canal nervoso sob a pele, no interior do qual existem células sensoriais ciliadas, 
mecanorreceptoras, que respondem à movimentação da água. Quando a água se move dentro 
dos canais, os pêlos sensoriais se dobram gerando impulsos nervosos que são enviados ao 
sistema nervoso central. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 17 
 
Figura 6. Funcionamento da linha lateral. Fonte: CNX OpenStax, CC BY 4.0 
https://creativecommons.org/licenses/by/4.0. 
 
 
Reprodução 
A reprodução nos peixes varia enormemente, porém a maioria das espécies é ovípara, 
com fertilização externa e desenvolvimento indireto, sendo a larva do peixe jovem chamada 
de alevino. Contudo, tubarões (e outros peixes cartilaginosos) são ovovivíparos, possuem 
fertilização interna e desenvolvimento direto. 
 
3.4 Origem dos tetrápodes 
Tetrapoda (do grego tetra, quatro, e podos, pés) é a linhagem de gnatostômios que ao 
longo da evoluiu para a presença de membros locomotores, dando origem aos anfíbios, 
“répteis”, aves e mamíferos. Estima-se que o surgimento dos membros locomotores tenha 
ocorrido há 365 milhões de anos, quando as nadadeiras lobadas gradativamente modificaram-
se paras os membros e os pés dos tetrápodes. Até aquele momento, o plano básico corporal 
de todos os vertebrados assemelhava-se ao dos peixes. Essa mudança foi importante pois 
permitiu a colonização do ambiente terrestre e o aparecimento de novas formas corporais. 
Durante o Devoniano, há cerca de 415 
milhões de anos, muitos peixes com 
nadadeiras lobadas viviam em águas salobras, 
costeiras, pobres em oxigênio. Acredita-se que 
alguns desses peixes tenham usado suas 
 
 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 18 
nadadeiras para “andar” pelo substrato embaixo da água (como é visto em algumas espécies 
atuais) e utilizado seus pulmões para respirar ar, modificando o plano corporal vigente até 
então. 
Os tetrápodes possuem membros locomotores com dedos no lugar das nadadeiras 
peitorais e pélvicas. Esses membros suportam o peso do animal no ambiente terrestre, 
enquanto os dedos permitem transmitir as forças geradas pelos músculos para o terreno com 
eficiência. Além disso, a cabeça nesses animais se liga ao tronco por um pescoço e ombros, 
ausentes nos peixes, permitindo sua movimentação para cima e para baixo, bem como de um 
lado para outro. 
A presença de costelas também foi crucial para ajudar os primeiros tetrápodes a 
suportar o peso de seus corpos. Os ossos da cintura pélvica são fundidos à coluna vertebral, 
fornecendo mais força aos membros posteriores e, exceto por pouquíssimas espécies, os 
tetrápodes não possuem brânquias e realizam respiração pulmonar. 
 
Figura 14. Evolução do plano corporal dos peixes para os tetrápodes. Registros fósseis de uma 
espécie denominada Tiktaalik (375 milhões de anos atrás), descobertos em 2006, demonstram 
que ela apresentava características de um animal intermediário entre peixe (como escamas, 
nadadeiras, brânquia) e tetrápode (como pescoço, costelas, crânio achatado e olhos no topo 
do crânio). Não à toa essa espécie ficou conhecida como “peixe com pés”. 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 19 
QUESTÕES PARA MEMORIZAÇÃO 
 
(UEFS BA/2018) Os peixes ósseos e cartilaginosos são classificados como 
gnatostomados. As lampreias e as feiticeiras são classificadas como agnatos ou 
ciclostomados, pois são animais mais simples na escala zoológica dos vertebrados. 
Duas inovações evolutivas presentes nos gnatostomados e ausentes nos agnatos são 
 
a) a maxila e as nadadeiras ímpares. 
b) o crânio e a coluna vertebral. 
c) a maxila e as nadadeiras pares. 
d) o crânio e a nadadeira caudal. 
e) o palato e as costelas. 
 
Comentários 
 Os agnatos diferem dos gnatostomados pela ausência de mandíbulas e maxilas e 
ausência de nadadeiras. Assim, a letra C está certa. 
Gabarito: C. 
(UERJ/2017) Um peixe ósseo com bexiga natatória, órgão responsável por seu 
deslocamento vertical, encontra-se a 20 m de profundidade no tanque de um oceanário. 
Para buscar alimento, esse peixe se desloca em direção à superfície; ao atingi-la, sua 
bexiga natatória encontra-se preenchida por 112 ml de oxigênio molecular. 
O deslocamento vertical do peixe, para cima, ocorre por conta da variação do seguinte 
fator: 
 
a) densidade b) viscosidade c) resistividade d) osmolaridade 
 
Comentários 
 O deslocamento vertical dos peixes ósseos na coluna d’água é possível porque a 
maioria deles possui bexiga natatória, um órgão que tem função hidrostática e promove o 
ajustamento do peso específico (densidade) do animal à densidade da água circundante. 
Quando o peixe nada para cima, a bexiga natatória enche, aumentando seu volume e 
facilitando a flutuação. Por outro lado, quando o peixe nada para baixo, a bexiga se esvazia, 
diminuindo seu volume. Assim, a letra A está certa. 
Gabarito: A. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 20 
(UERJ/2017) Aparentemente, para compensar seus olhos inúteis, os animais das 
cavernas têm os sentidos do paladar e do olfato mais apurados, longas antenas e, no 
caso dos peixes, um aperfeiçoamento do órgão sensitivo relacionado à pressão, que é a 
 
a) escama placoide. b) bexiga natatória. c) válvula espiral. d) linha lateral. 
 
Comentários 
 A alternativa A está errada, porque escama placoide é um tipo de escama parecida com 
um dente, composta de esmalte, dentina, vasos e nervos, de origem epidérmica, e presnetes 
nos peixes cartilaginosos. A alternativa B está errada, porque a bexiga natatória é um órgão 
responsável pelo deslocamento vertical dos peixes. A alternativa C está errada, porque a 
válvula espiral é uma estrutura do intestino dos peixes cartilaginosos, com função de aumentar 
a superfície de absorção do órgão. A alternativa D está certa. 
Gabarito: D. 
 
 
4. Anfíbios 
O termo anfíbio significa “duas vidas” e refere-se aos 
estágios de vida que muitas espécies apresentam: primeiro 
vivem na água; depois, no ambiente terrestre. Os anfíbios 
representam cerca de 6.000 espécies e as suas principais 
características são a pele úmida, sem escamas, 
intensamente vascularizada, pobre em queratina (proteína 
impermeabilizante) e sem estruturas que impeçam a perda de 
água, o que restringe o hábitat a ambientes úmidos e 
sombreados.Ainda, são animais ectotérmicos. 
Possuem diversas glândulas em sua pele, que podem ser de dois tipos: mucosas e 
serosas. As glândulas mucosas mantêm a pele sempre úmida e permeável e as glândulas 
serosas produzem veneno. Todo anfíbio produz substâncias tóxicas, contudo as espécies 
podem ser mais ou menos tóxicas. Em certos sapos e salamandras o veneno se concentra em 
um par de glândulas chamadas parotoides, que só liberam o veneno quando são apertadas. 
 
4.1 Organização geral 
 
Sistema respiratório 
O estágio larval dos anfíbios apresenta respiração branquial. 
Nas formas adultas, a respiração ocorre majoritariamente pela pele 
(cutânea), e emmenor escala por pulmões rudimentares, de aspecto 
saculiforme e com poucas divisões internas. A respiração cutânea é 
importante, pois garante 90% do suprimento necessário de oxigênio para 
o animal. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 21 
 
Sistema circulatório 
O sistema circulatório nos anfíbios é fechado e a circulação é dita dupla, porque o 
sangue passa duas vezes pelo coração durante um circuito completo pelo corpo, e 
incompleta, porque o sangue venoso se mistura com o sangue arterial. Essa mistura acontece 
devido ao fato de o coração dos anfíbios apresentar três câmaras: dois átrios e apenas um 
ventrículo. O sangue venoso, rico em CO2, entra no coração pelo átrio direito, e o sangue 
arterial, rico em O2, entra pelo átrio esquerdo. No ventrículo, eles se misturam. 
 
Locomoção 
As salamandras caminham, as cobras-cegas se arrastam e a maioria dos anuros são 
saltadores. Na água, todos são nadadores: as larvas usam a cauda para natação e os adultos 
utilizam as pernas, que possuem membranas interdigitais mais ou menos desenvolvidas, 
dependendo da espécie. Ainda, as pererecas apresentam discos adesivos nos dedos, às vezes 
chamados de ventosas. 
 
Sistema digestório 
As larvas são herbívoras e a os adultos são carnívoros, alimentando-se de 
minhocas, insetos, aranhas e outros pequenos vertebrados. Uma característica adaptativa 
importante é a língua presa na parte da frente da boca ao invés da parte mais interna, porque 
algumas espécies de sapos caçam insetos em pleno voo, utilizando-a. Quando esticada para 
fora da boca, a língua desses animais alcança uma grande distância, além de ser pegajosa, 
outro fator facilitador na captura da presa. 
Quando capturam uma presa, não há mastigação. O alimento é esmagado pela 
mandíbula e engolido diretamente. O sistema digestório é completo, com um estômago bem 
desenvolvido, um intestino que termina em uma cloaca e glândulas acessórias como o fígado e 
o pâncreas. No fígado, há reserva de glicogênio e em várias partes do corpo ocorrem depósitos 
de gorduras localizadas. 
 
Sistema excretor 
Os anfíbios fazem a sua excreção através de rins metanéfricos. As larvas têm a 
amônia como excreta e os adultos excretam ureia, sendo que a urina é abundante e bem 
diluída. 
 
Sistema nervoso 
O sistema nervoso dos anfíbios tem como principal órgão o encéfalo. Apresentam 
órgãos de sentido como as narinas, que possuem comunicação direta com a boca, e o órgão 
de Jacobson (também chamado de órgão vomeronasal), um órgão olfativo acessório. 
 
Reprodução 
Os anfíbios apresentam fecundação externa, com desenvolvimento indireto, sendo suas 
larvas herbívoras e chamadas de girinos (nas espécies de anuros). O macho segura o corpo da 
fêmea, em um movimento chamado amplexo, até que ela desove. Após liberarem seus 
gametas na água, ocorre a fecundação que, portanto, é externa ao organismo. Os ovos 
fecundados são depositados em locais úmidos para serem protegidos da dessecação. Quando 
eclodem, dão origem aos girinos, primeiro estágio do desenvolvimento dos anfíbios, que se 
desenvolvem até a fase adulta. 
Os girinos possuem um sistema de linha lateral, assim como os peixes, e uma longa 
cauda (ou nadadeira caudal). Durante sua metamorfose para a vida adulta, desenvolvem 
pernas, pulmões, um par de tímpanos externos, e tornam-se carnívoros. Simultaneamente, as 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 22 
brânquias e a linha lateral desaparecem. Já as larvas das salamandras e cecílias se parecem 
muito com os indivíduos adultos e, em geral, são carnívoras. 
 
4.2 Classificação 
Os anfíbios dividem-se em três grandes grupos: Urodela, Anura e Apoda. 
 
Urodela 
As salamandras podem ser aquáticas ou terrestres e totalizam cerca de 550 espécies. 
Os urodelos possuem corpo alongado, com quatro membros locomotores e uma cauda para 
locomoção. Na maioria das espécies a fecundação é interna, mas não existe um órgão 
copulador. A pedomorfose, isto é, a retenção de características larvais no indivíduo adulto, é 
comum e um exemplo típico é o axolote, que retém uma aparência larval mesmo quando já é 
sexualmente maduro. 
 
Figura 7. Salamandra e axolote. 
Anura 
Os anuros (sapos, rãs e pererecas) são mais diversos que os urodelos e apresentam 
cerca de 5.400 espécies descritas. Na verdade, os animais conhecidos como “sapos” são 
meras rãs, com a pele mais espessa, semelhante a um couro, e outras adaptações para a vida 
no ambiente terrestre. São animais que exibem uma grande diversidade de adaptações para 
evitar a predação por animais maiores. Muitas espécies são apresentam padrões de cores 
crípticas, que as camuflam, ou são aposemáticos (de advertência). 
Os machos de anuros emitem diversos tipos de sons, que são amplificados por papos 
chamados sacos vocais. A emissão desses sons é denominada coaxar e acontece na época 
da reprodução, com a finalidade de atrair fêmeas para o acasalamento. 
 
Figura 8. Da esquerda para a direita, sapo, rã e perereca. 
 
Apoda 
Compreendem aproximadamente 170 espécies de corpo 
alongado, vermiforme e sem pernas, conhecidas como cecílias ou 
cobras-cegas. Eles são quase cegos e se parecem com 
minhocas, mas a ausência de pernas é uma adaptação 
secundária, já que evoluíram de um ancestral que as 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 23 
apresentavam. As cecílias habitam regiões tropicais, onde cavam o solo úmido das florestas. A 
fecundação é interna e o macho apresenta um órgão copulador. 
 
QUESTÕES PARA MEMORIZAÇÃO 
(UNIOESTE PR/2019) Os anfíbios estão entre os vertebrados mais ameaçados de 
extinção. Mudanças climáticas, poluição e o desmatamento estão entre as principais 
causas que têm levado ao declínio da população destes animais. Com relação à biologia 
dos anfíbios, pode-se dizer que 
 
a) são animais predadores, que se alimentam de diversos tipos de presas. Muitas espécies se 
alimentam de insetos e podem ajudar no controle biológico de mosquitos causadores de 
diversas doenças humanas. 
b) vivem em ambientes úmidos porque, além de necessitarem da água para a reprodução, a 
respiração ocorre exclusivamente através da superfície da pele (respiração cutânea) que não 
possui adaptações que impeçam a dessecação. 
c) a circulação é do tipo fechada e o sistema circulatório é constituído por dois átrios e dois 
ventrículos parcialmente divididos, o que permite a mistura do sangue arterial e venoso. 
d) além da presença de quatro membros utilizados para locomoção, estes animais são 
caracterizados pela ausência de cauda e têm como representantes típicos sapos, rãs e 
salamandras. 
e) a excreção é realizada através de rins metanefros, assim como ocorre em répteis, aves e 
mamíferos sendo a amônia o principal produto de excreção. Além disso, são animais 
homeotérmicos que conseguem regular a temperatura corporal. 
 
Comentários 
A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. Lembre-se, no entanto, que as larvas de 
anfíbios são herbívoras. 
 A alternativa B está errada, porque a respiração não é exclusivamente cutânea, embora 
esta corresponda a maior parte das trocas gasosas realizadas nos anfíbios. Eles também 
possuem respiração pulmonar, quando adultos, e branquial,quando girinos. 
 A alternativa C está errada, porque o coração dos anfíbios possui dois átrios e um 
ventrículo. 
 A alternativa D está errada, porque os anfíbios incluem animais com cauda (urodelos), 
animais sem cauda (anuros) e animais sem pernas (ápodes). A salamandra é um exemplo de 
anfíbio com cauda. 
 A alternativa E está errada, porque a excreta nitrogenada principal dos anfíbios é a 
ureia. Além disso, são animais ectotérmicos. 
Gabarito: A. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 24 
(ENEM/2015) Os anfíbios representam o primeiro grupo de vertebrados que, 
evolutivamente, conquistou o ambiente terrestre. Apesar disso, a sobrevivência do 
grupo ainda permanece restrita a ambientes úmidos ou aquáticos, devido à manutenção 
de algumas características fisiológicas relacionadas à água. 
 
Uma das características a que o texto se refere é a 
a) reprodução por viviparidade. 
b) respiração pulmonar nos adultos. 
c) regulação térmica por endotermia. 
d) cobertura corporal delgada e altamente permeável. 
e) locomoção por membros anteriores e posteriores desenvolvidos. 
 
Comentários 
Uma das características principais dos anfíbios é a pele sem escama, fina e permeável, que 
restringe o hábitat por não apresentar adaptações contra a perda de água para o ambiente. 
Assim, a alternativa D está certa. 
Gabarito: D. 
 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 25 
5. Répteis 
Os amniotas são o grupo de tetrápodes que inclui os répteis (+ aves) e os mamíferos e 
que, durante sua evolução, adquiriu inúmeras adaptações ao ambiente terrestre. A principal 
delas é a presença de um ovo amniótico (que dá nome ao grupo) com quatro membranas 
especializadas: o âmnio, o córion, o saco vitelínico e o alantoide. Mas lembre-se que o saco 
vitelínico já está presente nos peixes, vimos isso na aula de embriologia. As demais 
membranas aparecem nos répteis e persistem nas aves e nos mamíferos. 
O ovo amniótico foi uma novidade evolutiva fundamental para a exploração do ambiente 
terrestre, pois permitiu que os organismos que o apresentam se tornassem independentes do 
ambiente aquático para reprodução e pudessem desenvolver seus embriões internamente ao 
ovo e banhados por um líquido amniótico, evitando a dessecação. 
 
Figura 9. Ovo amniótico com um embrião réptil. Os embriões de répteis e mamíferos formam 
quatro membranas extraembrionárias. Ao contrário do ovo sem casca dos anfíbios, a casca do 
ovo dos amniotas evita a desidratação, o que permite a exploração dos mais variados hábitats. 
 
Além do ovo amniótico, os amniotas utilizam a caixa torácica para ventilar seus 
pulmões, adaptação que pode ter permitido o fim da respiração cutânea dos anfíbios e o 
desenvolvimento de uma pele mais grossa e menos permeável. 
O ancestral comum mais recente entre os anfíbios e os amniotas data de 350 milhões de 
anos. No entanto, como o ovo com casca é uma estrutura delicada demais para ter sido 
fossilizada, não sabemos ao certo quando evoluiu essa característica. Com base nos registros 
fósseis, especula-se que os primeiros amniotas assemelhavam-se a lagartos pequenos, com 
dentes afiados, sendo, possivelmente, predadores. 
Dentre os amniotas, os répteis compreendem o primeiro grupo de animais a 
conquistar definitivamente o ambiente terrestre. Por compartilharem vários caracteres 
derivados, apresentam indivíduos com alta disparidade morfológica e são conhecidos 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 26 
atualmente pelas tartarugas, serpentes, cobras, lagartos, crocodilos e aves (como será 
discutido mais adiante neste capítulo, em uma seção própria). 
Quando os répteis divergiram de seus ancestrais semelhantes a pequenos lagartos, 
duas linhagens divergiram: anapsídeos e os sinapsídeos. Os anapsídeos são animais que 
possuem um crânio coberto por ossos dérmicos, com fossas nasais e orbitais (aberturas do 
nariz e dos olhos, respectivamente), representados pelas tartarugas. Diferentemente, os 
sinapsídeos possuem um único par de fenestras (aberturas) temporais de cada lado do crânio, 
localizadas atrás da fossa orbital (ou órbita ocular), e representam a linhagem que originou os 
mamíferos. Os diapsídeos, por sua vez, surgiram mais tarde na evolução, e apresentam dois 
pares de fenestras temporais pós orbitais de cada lado do crânio. São representados por todos 
os demais répteis, exceto os testudíneos. 
 
Os diapsídeos são compostos por duas linhagens principais: uma deu origem aos 
lepidosaurios (que inclui os lagartos e serpentes) e outra deu origem aos arcossauros (que 
inclui os crocodilos, pterossauros e dinossauros). Os crocodilianos abrangem os jacarés e 
crocodilos atuais. Os pterossauros foram os primeiros tetrápodes a apresentar voo potente, 
porém foram extintos. Os dinossauros se diversificaram em uma vasta quantidade de formas e 
tamanhos, bem como ocuparam diversos nichos ecológicos, tornando-se, por muitos anos, os 
animais dominantes no ambiente terrestre. Havia duas grandes linhagens de dinossauros: 
ornitísquios e saurísquios. 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 27 
A linhagem dos dinossauros ornitísquios era herbívora e caracterizada por apresentar 
espécies com focinho em forma de bico e estrutura da pélvis semelhante à das aves, incluindo 
o estegossauro e o triceratops. Já a linhagem dos saurísquios apresentava com estrutura da 
pélvis semelhante à dos lagartos, incluindo os dinossauros terópodes (como o tiranossauro rex 
e o velociraptor) e as aves. 
 
 
No final do Cretáceo, por volta de 65,5 milhões de anos atrás, o impacto de um 
meteorito no planeta Terra vitimou grande parte dos seres vivos da época, levando à extinção 
de quase todos os dinossauros e outros grandes répteis. Apenas a linhagem das aves 
sobreviveu e ocorre nos dias atuais. Veja no cladograma abaixo como se organiza o Reptilia. 
 
Como grupo, os “répteis” apresentam a pele seca, rica em queratina e desprovida de 
glândulas, podendo ser recoberta por escamas (serpentes), placas dérmicas (crocodilos e 
jacarés) ou carapaças (tartarugas), que atuam na proteção do animal contra dessecação e 
abrasão. São animais ectotérmicos, que regulam sua temperatura através de adaptações 
comportamentais: por exemplo, lagartos se expõem ao sol quando está frio e procuram a 
sombra quando está quente. Contudo, as aves são endotérmicas e, portanto, capazes de 
manter sua temperatura corporal constante por meio da atividade metabólica. 
Estudaremos a seguir os animais que compõem os répteis, desconsiderando as aves. 
Isso porque estas se tornaram tão díspares dos demais reptilianos, que acabam por apresentar 
uma série de novidades evolutivas próprias, que merecem ser vistas em uma seção exclusiva. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 28 
5.1 Organização geral 
 
Sistema respiratório 
A respiração dos répteis é exclusivamente pulmonar, contribuindo para a proteção 
contra a desidratação no ambiente terrestre. Possuem pulmões parenquimatosos, constituidos 
por tecido esponjoso. Répteis não têm diafragma funcional e deste modo, possuem cavidade 
celomática. A maioria dos quelônios tem uma estrutura membranosa que divide parcialmente a 
cavidade corporal, e crocodilos possuem uma estrutura diafragmática mais substancial a qual 
varia de posição por movimentos do fígado. 
 
Sistema circulatório 
O coração dos répteis apresenta dois átrios e um ventrículo, este 
último parcialmente separado por um septo. Nos répteis crocodilianos, 
contudo, o ventrículo encontra-se completamente separado, 
formando duas cavidades distintas; mesmo assim, o sangue venoso e o 
arterial se misturam fora do coração por um orifício denominado forame 
de Panizza. A circulação é fechada, dupla e incompleta. 
 
Sistema digestório 
O sistema digestório dosrépteis é formado por boca, faringe, 
esôfago que conduz ao estomago, intestino e cloaca. Os anexos são o fígado e o pâncreas. 
Estes órgãos estão adaptados aos diferentes hábitos alimentares das espécies. 
A maioria dos “répteis” não aquáticos possui glândulas orais mais desenvolvidas que 
nos anfíbios, devido à necessidade de umedecer o alimento seco para reduzir a fricção durante 
a deglutição. Estas glândulas orais incluem as glândulas palatinas, as labiais, as linguais e as 
sublinguais. As glândulas venenosas dos répteis originam-se destas glândulas orais. A boca 
nas tartarugas é desprovida de dentes, possuindo bico córneo de origem epidérmica. 
Ao contrário dos anfíbios, os “répteis” consomem água e, quando esta é escassa, os 
animais podem lamber o orvalho das plantas ou as gotas de água acumuladas em sua própria 
pele. 
 
Sistema excretor 
Os répteis possuem rins metanéfricos e a principal excreta nitrogenada é o ácido 
úrico, uma substância pouco solúvel e de baixa toxicidade, sendo que sua eliminação envolve 
uma perda mínima de água, constituindo uma adaptação à vida terrestre. Essa composição 
origina uma urina semissólida. No entanto, tartarugas e crocodilianos também podem liberar 
ureia quando há grande disponibilidade de água. 
 
Sistema nervoso 
O sistema nervoso é constituído por encéfalo e nervos que saem da medula espinhal. 
Apresentam um sistema sensorial com grandes adaptações, como os órgãos de Jacobson, que 
possuem função olfativa, e as fossetas loreais, que conseguem captar o calor, ajudando, 
assim, na localização das presas. Ainda, a língua bífida das cobras e lagartos é um órgão 
olfativo acessório. 
 A visão é o sentido dominante na maioria dos répteis, e seus olhos são similares aos 
dos anfíbios. Há glândulas lacrimais que mantém a córnea úmida. Os ouvidos das serpentes 
detectam vibrações no substrato e do ar através de adaptações para receber ondas 
transmitidas pelas mandíbulas. Em outros répteis, a membrana timpânica pode estar na 
superfície ou em uma depressão na cabeça. 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 29 
Reprodução 
Os sexos são geralmente separados (dioicos), a fecundação é interna e o 
desenvolvimento direto. Normalmente, os répteis são animais ovíparos, e os ovos, como já 
vimos, apresentam casca grossa. 
 
5.2 Classificação 
 
Testudines ou Chelonia 
Este grupo é representado pelas tartarugas (marinhas e de água doce), cágados (de 
água doce) e jabutis (terrestres). São também chamados de quelônios. Estes animais 
apresentam carapaça dorsal formada por placas dérmicas ósseas e recoberta por escudos 
córneos, e um plastrão ventral que protege o organismo. Não possuem dentes, apenas uma 
lâmina córnea utilizada para dilacerar pedaços de alimento. 
 
 
 
 
Figura 10. Da esquerda para a direita, tartaruga, jabuti e cágado. 
Lepidosauria ou Squamata 
Os lepidosaurios são representados pelos lagartos e serpentes. Os animais desse 
grupo possuem escamas recobrindo a pele e realizam muda, ou seja, tocam sua epiderme 
externa de tempos em tempos. 
Dentre as serpentes, algumas modificações anatômicas foram necessárias em 
decorrência de seu plano corporal alongado e ápode. Elas possuem o pulmão direito bem 
desenvolvido, enquanto o esquerdo é reduzido ou ausente, e ocorre um deslocamento do rim e 
das gônadas, para ajeitar ambos as estruturas pares no corpo afilado. Além disso, possuem 
uma particularidade relacionada à sua alimentação: elas conseguem engolir presas com 
diâmetro muito superior ao de seu corpo. Isso porque são capazes de abrir a boca em ângulo 
próximo dos 180°, devido a uma série de adaptações, como a ausência de fusão das maxilas, 
a capacidade de dilatação do corpo, a elasticidade do estômago e a ausência do osso esterno 
unindo suas costelas. 
Os lepidosaurios possuem língua longa e bífida, a qual expõem constantemente ao 
meio para captar estímulos externos. As principais táticas de predação das serpentes são a 
constrição e a inoculação de veneno. Espécies como sucuris, jiboias e pítons envolvem suas 
presas, comprimindo-as até a morte. Já o veneno é introduzido no corpo da presa no momento 
da mordida, podendo ou não estar associado a dentes especiais. 
 
Figura 11. Iguana e serpente. 
Achosauria (Crocodylia + Dinosauria) 
Os crocodilianos apresentam o corpo revestido 
por escamas, placas córneas epidérmicas e placas 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 30 
ósseas dérmicas. São representados por três grupos: crocodilos, jacarés e gaviais. 
Os crocodilos habitam tanto água doce quanto água do mar e ambientes salobres. 
Possuem o focinho mais estreito e, quando estão com boca fechada, é possível ver os dentes 
superiores e inferiores. Os jacarés vivem em água doce e tem o focinho mais largo que o dos 
crocodilos. Quando estão com boca fechada, é possível somente ver os dentes superiores. Já 
os gaviais são restritos à Índia e apresentam focinho longo e bastante estreito. 
 
Os dinossauros nós já discutimos brevemente no início do capítulo e a única linhagem 
viva é a das aves, a qual, por conveniência, 
estudaremos separadamente na próxima seção. 
 
 
QUAL A DIFERENÇA ENTRE COBRA PEÇONHENTA E VENENOSA? 
 
Todas as cobras todas as cobras possuem glândulas produtoras de veneno, e o que varia é 
a quantidade de substância tóxica produzida bem como a presença de um mecanismo 
inoculador. Podemos então dividi-las em peçonhentas e venenosas. 
 
Cobras peçonhentas apresentam algum mecanismo para injetar o veneno em outros 
animais, como os dentes ocos. Além disso, não fogem do perigo quando se sentem 
ameaçadas; elas atacam. Dentre os gêneros brasileiros, as mais perigosas são a coral, a 
cascavel, a surucucu e a jararaca, representadas abaixo da esquerda para a direita. 
 
 
 
Cobras venenosas produzem substâncias tóxicas, mas não possuem um aparelho 
inoculador, como dentes ou ferrões. No Brasil, podem ser representada pela sucuri e a 
jiboia, coforme figura abaixo. Vulgarmente, são as cobras que chamamos de “não 
venenosas”. 
 
 
 
 
Figura 12. Jacaré. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 31 
QUESTÕES PARA MEMORIZAÇÃO 
(PUC RS/2019) A figura abaixo representa as relações filogenéticas entre os amniotas 
recentes. 
 
Com base nas relações evolutivas apresentadas, os números 1, 2 e 3 são, 
respectivamente, 
a) mamíferos, aves e tartarugas. 
b) mamíferos, tartarugas e aves. 
c) tartarugas, aves e mamíferos. 
d) aves, tartarugas e mamíferos. 
 
Comentários 
Considerando as relações filogenéticas dos vertebrados, crocodilos são grupo-irmão das aves 
(2), formando um clado chamado Archosauria. Os arcosauros são grupo-irmão dos lagartos, 
tuataras e serpentes, isto é, os lepidosaurios. Archosauria e Lepidosauria formam um clado 
junto dos Testudines (1), que são representados pelas tartarugas. Por fim, os répteis são 
grupo-irmão dos mamíferos (3), formando o clado dos amniotas. Se você ficou com dúvida, 
reveja o cladograma no início do capítulo. 
A alternativa C está certa. 
Gabarito: C. 
(UniCESUMAR PR/2019) "Os répteis foram os primeiros vertebrados a conquistar o 
ambiente terrestre, com adaptações importantes como a pele impermeável graças a uma 
molécula I, denominada II, pulmões eficientes e o ovo com casca III e IV ". 
 
Para completar corretamente a frase acima, I, II, III e IV devem ser substituídos, 
respectivamente, por 
a) proteica, queratina, calcárea e cório. 
b) proteica, quitina, impermeável e âmnio. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 32 
c) lipídica, queratina, rígida e alantoide. 
d) lipídica, colágeno, impermeável e cório. 
e) lipoproteica, quitina, resistente e albumina. 
 
Comentários 
“Os répteis foram os primeiros vertebrados a conquistar o ambiente terrestre, com adaptações 
importantes como a pele impermeável graças auma molécula proteica, denominada queratina, 
pulmões eficientes e o ovo com casca grossa calcárea e cório”. 
A alternativa A está certa. 
Gabarito: A. 
(UEG GO/2016) O Phylocode, termo em inglês para o Código Internacional de 
Nomenclatura Filogenética, surgiu em 1988 durante um encontro de cientistas na 
Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Esse novo código propõe que os nomes 
para as partes da “árvore da vida” sejam dados considerando a leitura de um 
cladograma em vez de grupos de organismos a serem organizados em reinos, filo, 
classes, ordens etc., conforme apresentado a seguir em comparação com a classificação 
tradicional lineana: 
 
 
LOPES, S; ROSSO, S. Bio: vol. 3. São Paulo: Saraiva, 2010. p. 18. (Adaptado). 
 
Tendo como base a ilustração apresentada, verifica-se que: 
a) Archosauria inclui crocodilianos, dinossauros, aves e outros grupos fósseis. 
b) Archosauria inclui crocodilianos, dinossauros e outros grupos fósseis. 
c) Reptilia inclui dinossauros, aves e outros grupos fósseis. 
d) Dinosauria inclui apenas dinossauros e crocodilianos. 
e) Dinosauria inclui as aves, crocodilianos e cordados. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 33 
 
Comentários 
A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. 
A alternativa B está errada, porque Archosauria também inclui as aves. 
A alternativa C está errada, porque Reptilia (não demonstrada no cladograma acima) inclui 
Lepidosauria e Testudines também. 
A alternativa D está errada, porque Dinosauria também inclui aves. 
A alternativa E está errada, porque Dinosauria não inclui os cordados. 
Gabarito: A. 
 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 34 
6. Aves 
As aves, como já vimos, surgiram a partir de um grupo de dinossauros bípedes, 
predadores e que se deslocavam com agilidade sobre o solo utilizando suas pernas traseiras. 
Desde o final da década de 1990, têm-se descoberto uma diversidade de fósseis de 
dinossauros estreitamente aparentados às aves que apresentam penas, o que implica no 
aparecimento desta estrutura muito antes da aquisição da capacidade de voar. Acredita-se que 
elas tenham surgido por modificações sucessivas de escamas e que, em um primeiro 
momento, estariam relacionadas às funções de isolamento térmico, camuflagem e exibição 
para corte. 
 
Posteriormente, o surgimento das penas acarretou uma série de modificações no corpo 
das aves que acabaram por transformar seus membros anteriores em asas, e o próximo 
passo foi o surgimento da capacidade de voar. O voo foi uma importante adaptação, pois 
permitiu às aves habitar diversos ambientes, fugir dos predadores, buscar novas fontes de 
alimentos, aumentar o campo visual e realizar migrações quando as condições ambientais se 
tornavam desfavoráveis. 
Várias são as teorias que buscam explicar a origem do voo nas aves. No entanto, duas 
delas são as mais recorrentes: a teoria arborícola e a teoria cursorial. Na teoria arborícola, 
acredita-se que os animais que deram origem às espécies de aves voadoras habitavam as 
árvores. O animal saltava de galho em galho e não precisava ir até o chão para trocar de 
árvore. O ato de saltar, ou seja, abrir os membros no ar (paraquedismo), teria permitido às 
penas reduzir o atrito do ar no corpo da ave durante a queda, dando origem ao voo planado e, 
posteriormente, ao voo ativo. Já na teoria cursorial, acredita-se que o ancestral das aves 
antes do voo era um animal terrestre, que corria rapidamente no solo. O animal desenvolveu 
hábitos de escalar em penhascos e rochas, utilizando o planeio para retornar ao chão e, 
posteriormente, dando origem ao voo propriamente dito. 
 
6.1 Organização geral 
As aves possuem uma pele fina, elástica e relativamente seca, sem a presença de 
glândulas. As penas, característica exclusiva do grupo, revestem essa pele, atuando na 
manutenção da temperatura corpórea. Esses animais são endotérmicos, ou seja, mantém 
constante a temperatura do corpo (ao redor de 40°), o que permite a exploração e o sucesso 
nos mais variados hábitats, uma vez que as atividades metabólicas apresentam sempre 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 35 
desempenho ideal e contínuo (lembre-se que as enzimas exibem atividade máxima geralmente 
em temperaturas entre 35° e 40°). 
Em várias espécies ocorre a glândula uropigiana situada próxima à cauda, que produz 
uma secreção formada por substâncias lipídicas que impermeabiliza as penas do animal. Em 
aves como os patos e marrecos, essa impermeabilização favorece a natação, impedindo que 
os animais fiquem encharcados. Outra característica das aves é a presença de ossos 
pneumáticos, dotados de cavidades e pequenos orifícios (chamados forames) por onde ocorre 
a passagem do ar. 
 
Sistema respiratório 
A respiração das aves é realizada pelos pulmões 
desprovidos de alvéolos e formados por vários bronquíolos, 
onde ocorrem as trocas gasosas. Os pulmões encontram-se 
interligados a sacos aéreos, que atravessam o corpo, 
inclusive o interior dos ossos, armazenando ar e tornando o 
animal mais leve. Os sacos aéreos, contudo, não realizam 
trocas gasosas, apenas maximizam a sua eficiência e dissipam 
o calor produzido pelo voo. 
 
Sistema circulatório 
O sistema circulatório é fechado e a circulação é dupla e 
completa. O coração apresenta quatro cavidades completamente 
separadas, dois átrios e dois ventrículos, assim como nos mamíferos. 
Em virtude dessa separação, não ocorre a mistura de sangue: a 
metade direita (átrio e ventrículo direitos) trabalha exclusivamente com 
sangue venoso, pobre em oxigênio, enquanto a metade esquerda 
(átrio e ventrículo esquerdos) trabalha exclusivamente com o sangue 
arterial, oxigenado. 
O ventrículo esquerdo, de parede musculosa, bombeia o 
sangue para a artéria aorta. Os tecidos recebem sangue oxigenado, o 
que garante a manutenção constante de altas taxas metabólicas. Esse 
fato, associado aos mecanismos de regulação térmica, favorece a 
sobrevivência em qualquer tipo de ambiente. 
 
 
Locomoção 
As aves possuem diversas adaptações para o voo, dentre elas 
▪ a forma aerodinâmica (que diminui o atrito com o ar) 
▪ o corpo revestido por penas e os membros anteriores transformados em 
asas 
▪ o esqueleto leve e resistente, composto por ossos pneumáticos 
capazes de armazenar ar e diminuir o peso específico do animal 
▪ a presença de sacos aéreos 
▪ a ausência de dentes (tornando a cabeça mais leve) 
▪ a ausência de bexiga urinária (com a produção de uma urina 
semipastosa) 
▪ a presença de quilha (ou carena) no osso esterno 
Embora as aves tenham obtido sucesso na capacidade de voar, nem todas a exercem. 
Por isso, podemos dividi-las entre aquelas que voam, chamadas aves carenatas, e aquelas 
que não voam, chamadas aves ratitas (como as emas e avestruzes). As aves carenatas 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 36 
possuem uma quilha no osso esterno chamada carena, que permite que os músculos 
envolvidos no batimento das asas permaneçam presos. 
 
Sistema digestório 
Diferentemente da grande maioria dos animais, as aves não possuem dentes. Elas 
apresentam um bico córneo adaptado à dieta de cada espécie, contudo não realizam a 
mastigação do alimento. 
O sistema digestório é completo, composto por boca, faringe, esôfago, papo, 
proventrículo, moela, intestino, cloaca e órgãos anexos (fígado e pâncreas). O papo é a 
estrutura que possui a função de armazenar e amolecer o alimento ingerido. O estômago é 
dividido em duas porções: o proventrículo, que realiza a digestão química dos alimentos 
através da liberação de sucos digestivos, e a moela, que realiza a digestão mecânica. A moela 
possui paredes musculosas e grossas, adaptadas para a função e trituração. O sistema 
digestório termina cloaca, porção final do intestino, onde se abrem o sistema excretor e 
reprodutor.Sistema excretor 
A excreção das aves ocorre por rins metanéfricos, sendo que a principal excreta é o 
ácido úrico. 
 
Sistema nervoso 
As aves possuem sistema nervoso formado por encéfalo e diversos nervos. O cérebro é 
responsável pela coordenação e pelo equilíbrio, sendo bastante volumoso, o que permite a 
movimentação em três dimensões durante o voo. 
O sistema sensorial é relativamente bem desenvolvido, com ênfase para a visão. Aves 
marinhas, por exemplo, conseguem ver dentro e fora da água e aves de rapina são capazes de 
detectar presas através de sua sensibilidade à luz ultravioleta. Além da visão, possuem ainda 
boa audição e uma estrutura localizada na traqueia chamada siringe, que faz com que o 
animal tenha a capacidade de produzir sons. 
 
Reprodução 
A fecundação das aves é interna e o desenvolvimento é direto. Elas são ovíparas e 
apresentam ovos semelhantes aos dos répteis, no qual o embrião se desenvolve-se. 
 
QUESTÃO PARA MEMORIZAÇÃO 
(UNITAU SP/2018) O sistema respiratório das aves apresenta adaptações importantes 
para auxiliar no voo. Uma dessas adaptações é a presença de sacos aéreos conectados 
aos pulmões alveolares. Esses sacos aéreos têm aproximadamente nove vezes o volume 
dos pulmões, ocupam a maior parte da cavidade dorsal do corpo e se estendem por 
cavidades internas dos ossos. 
Com base nessas informações, assinale a alternativa que corresponde às principais 
funções dos sacos aéreos, funções essas que contribuem para o sucesso adaptativo 
das aves. 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 37 
a) Diminuir o atrito das asas com o ar durante o voo, auxiliar durante o voo planado em grandes 
altitudes e realizar as trocas gasosas. 
b) Realizar as trocas gasosas diminuindo a concentração de CO2 nos pulmões, manter o calor 
interno gerado pelo voo e maximizar a eficiência no voo. 
c) Realizar as trocas gasosas aumentando a concentração de CO2 nos pulmões, manter o 
calor interno gerado pelo voo e maximizar a eficiência no voo. 
d) Auxiliar na manutenção do peso específico, mantendo o calor gerado pelo voo, e maximizar 
a eficiência das trocas gasosas. 
e) Diminuir o peso específico, dissipar calor gerado pelo voo e maximizar a eficiência das 
trocas gasosas. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque os sacos aéreos não realizam trocas gasosas, nem estão 
relacionados à função de diminuição do atrito durante o voo. 
As alternativas B e C estão erradas, porque os sacos aéreos não realizam trocas gasosas. 
A alternativa D está errada, porque os sacos aéreos diminuem o peso específico do animal, 
bem como dissipam o calor gerado no voo. 
A alternativa E está certa. 
Gabarito: E. 
(UNITAU SP/2014) As aves são admiravelmente especializadas para o voo, condição 
diretamente relacionada ao sucesso adaptativo desses animais nos mais diferentes 
ambientes da Terra. Entre as alternativas abaixo, assinale aquela que apresenta apenas 
elementos diretamente relacionados ao voo das aves. 
 
a) revestimentos de queratina e penas 
b) glândula uropigiana e penas 
c) ossos pneumáticos e penas 
d) bico córneo e penas 
e) glândula uropigiana e sacos aéreos 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque o revestimento de queratina não se relaciona com o voo. 
A alternativa B está errada, porque a glândula uropigiana tem função impermeabilizante. 
A alternativa C está certa e é o nosso gabarito. 
A alternativa D está errada, porque a presença de bico córneo não se relaciona com o voo. 
A alternativa E está errada, porque a glândula uropigiana tem função impermeabilizante. 
Gabarito: C. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 38 
 
 
7. Mamíferos 
Os mamíferos são amniotas cuja característica principal é a presença de glândulas 
mamárias, desenvolvidas nas fêmeas e destinadas à alimentação de sua descendência. Além 
disso, possuem a pele rica em queratina, com uma camada de gordura subcutânea (panículo 
adiposo) que atua como reserva de energia e isolante térmico, e uma cobertura de pelos, 
anexos epidérmicos que possuem a mesma função das penas nas aves: a manutenção da 
temperatura corpórea. Todos esses fatores contribuem para a endotermia nos mamíferos. 
Na pele estão presentes ainda glândulas sebáceas e sudoríparas, exclusivas do 
grupo. As glândulas sebáceas localizam-se na base dos pelos e produzem uma secreção 
oleosa que lubrifica a pele. As glândulas sudoríparas produzem o suor, que atua no mecanismo 
de regulação térmica corporal. Os cuidados com a prole são os mais desenvolvidos do reino 
animal e atingem o seu clímax com a espécie humana. 
 
7.1 Organização geral 
 
Sistema respiratório 
A respiração dos mamíferos é pulmonar, até mesmo nos organismos aquáticos, como 
as baleias e golfinhos, que precisam subir à superfície de tempos em tempos para conseguir 
oxigênio. Existe um diafragma muscular que separa o tórax do abdômen e exerce papel 
fundamental a ventilação (inspiração e expiração) pulmonar. Os pulmões alveolares possuem 
grande superfície, o que assegura eficiência nas trocas gasosas e contribui para alta taxa 
metabólica apresentada por esses animais. 
 
Sistema circulatório 
A circulação dos mamíferos é fechada, dupla e completa, e, assim como as aves, o 
coração apresenta quatro cavidades completamente separadas. As hemácias anucleadas 
são característica exclusiva do grupo. 
 
Sistema digestório 
Os mamíferos apresentam sistema digestório completo, está presente uma diversidade 
de dentes adaptados para mastigar, cortar, amassar e triturar os mais variados alimentos. Isso 
é fundamental já que os membros desse grupo 
podem ser herbívoros, carnívoros ou onívoros. No 
estômago e no intestino também ocorrem 
adaptações que se relacionam aos hábitos 
alimentares. 
Nos herbívoros, quanto maior o tempo de 
permanência do alimento no intestino, maior será a 
quantidade de nutrientes absorvida. Isso porque a 
celulose é um carboidrato de difícil digestão. Assim, 
sua degradação é feita pela ação de bactérias que 
vivem em mutualismo na primeira região do intestino 
grosso, chamada ceco, que pode apresentar 
comprimento até 25 vezes maior que o tamanho do 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 39 
animal. Já nos animais carnívoros, o intestino é mais curto e o ceco é reduzido, uma vez que a 
proteína das carnes é mais fácil de ser digerida. 
Outra peculiaridade do sistema digestório está relacionada aos animais ruminantes, 
como as vacas e os bois. Neles, o estômago apresenta-se dividido em quatro compartimentos: 
o rúmen (também chamado pança), o retículo (ou barrete), o omaso (ou folhoso) e o abomaso 
(ou coagulador). As bactérias que participam da 
degradação da celulose estão presentes no rúmen e no 
retículo. Assim, o alimento entra pelo esôfago, passa por 
esses dois compartimentos, amassando as plantas por 
ação da musculatura estomacal e realizando a digestão da 
celulose. Parte dessa celulose é absorvida no rúmen. Após 
esse processo, o alimento é regurgitado, voltando à boca, 
onde será novamente mastigado e deglutido. Nesta 
segunda deglutição, ele segue para o omaso, onde ocorre 
a absorção e água, e depois para o abomaso, onde será 
degradado por enzimas digestivas. 
 
Sistema excretor 
O sistema excretor é composto por rins e bexiga e a principal excreta nitrogenada é a 
ureia. 
 
Sistema nervoso 
Os mamíferos possuem um cérebro maior que os demais vertebrados de tamanho 
equivalente e muitas espécies são capazes de aprender com a experiência e adaptar seu 
comportamento de acordo com a situação de maneira muito mais rápida do que qualquer outo 
grupo animal. 
 
Reprodução 
Mamíferos são, normalmente, animais vivíparos e a maioria é placentária, isto é, 
apresenta a placenta como anexo embrionário responsável pela nutrição, trocas gasosas e 
excreção do embrião. A gestação varia entre as espécies, podendo durarcerca de duas 
semanas entre os hamsters e 22 meses entre os elefantes. 
No nascimento, os filhotes de algumas espécies são bem desenvolvidos e já podem se 
locomover. Por exemplo, cavalos e camelos recém-nascidos conseguem andar poucas horas 
após o nascimento. Em outras espécies, como os coelhos e a maioria dos roedores, os filhotes 
nascem cegos, sem pelos e indefesos. 
 
 7.2 Classificação 
As três linhagens principais de mamíferos surgiram no início do Cretáceo, há 140 
milhões de anos, e, após a extinção dos dinossauros, sofreram radiação adaptativa, dando 
origem a grandes predadores e herbívoros terrestres, bem como espécies aquáticas e 
voadoras. Essas linhagens compreendem os mamíferos que põem ovos (monotremados), os 
mamíferos que apresentam uma bolsa (marsupiais) e mamíferos placentários (eutérios). 
 
Monotremata (ou Protheria) 
Os monotremados são representados pelas equidnas e pelos ornitorrincos. Assim, como 
os demais mamíferos, eles possuem pelos e produzem leite, o qual é sugado pelos filhotes 
diretamente da pele da mãe, uma vez que esses animais não possuem mamilos. A 
característica mais marcante dos monotremados é capacidade de pôr ovos, ou seja, são 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 40 
animais ovíparos (característica ancestral para os amniotas e retida pelos répteis). São 
encontrados apenas na Austrália e na Nova Guiné. 
 
Figura 13.Ornitorrinco e equidna. 
Marsupialia (ou Metatheria) 
Gambás, cangurus e coalas são exemplos de marsupiais, mamíferos que recebem 
esse nome pelo fato de a maioria das espécies manterem seus juvenis lactantes dentro de uma 
bolsa materna chamada marsúpio. O embrião desenvolve-se no interior do útero e após o 
nascimento, migra para o marsúpio com auxílio de suas fortes patas dianteiras, onde 
completam seu desenvolvimento. 
 Os marsupiais apresentam ainda uma placenta, na qual os nutrientes se difundem a 
partir do sangue da mãe para o embrião. Contudo, ela é mais simples em relação à 
apresentada pelos mamíferos placentários. 
 
Figura 14. Quokka, canguru e gambá respectivamente: exemplos de marsupiais. 
 Eutheria 
Os eutérios são os 
mamíferos que apresentam 
placentas complexas e que têm 
seu desenvolvimento realizado 
completamente no interior do 
útero materno. Sua gestação é 
mais longa que a dos marsupiais e 
apresentam representantes em 
todos os ambientes (terrestre, 
aquático e aéreo). 
Dentro dos eutérios estão 
os primatas. Os primatas possuem 
mãos e pés adaptados para 
agarrar e seus dedos têm unhas 
achatadas. Possuem sulcos na 
pele dos dedos (que formam as 
impressões digitais humanas), seu 
cérebro grande e a mandíbula 
curta, o que lhes confere a face Figura 15. Em sentido horário, um elefante, um morcego, uma baleia e um macaco: 
exemplos de mamíferos placentários. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 41 
achatada. 
 
QUESTÕES PARA MEMORIZAÇÃO 
(UNIOESTE PR/2019) Em julho de 2018, uma onça-parda macho, de aproximadamente 
três anos, capturada em uma armadilha na mata do Lago Municipal de Cascavel, foi solta 
em uma reserva próxima ao município. A onça-parda (Puma concolor) é um animal com 
pelos curtos de cor marrom-avermelhada no dorso, tem hábitos noturnos e se alimenta 
de animais roedores, tais como pacas, cutias, capivaras, coelhos queixadas, entre 
outros. 
(Fonte:http://www.parqueestadualserradomar.sp.gov.br/pesm/especie/susuarana/). 
 
De acordo com as informações acima, o que é CORRETO afirmar? 
a) Onças e outros animais do filo Chordata apresentam pelos como uma apomorfia. 
b) Dentes diferenciados em caninos, incisivos, pré-molares e molares são características 
exclusivas da família Carnivora. 
c) O sistema urinário da onça e de outros mamíferos, formado por rins, ureteres, bexiga e 
uretra, remove ácido úrico do sangue. 
d) Em uma cadeia alimentar, o segundo nível trófico é constituído pela onça que se alimenta de 
capivaras. 
e) Na classe dos mamíferos, cujo gênero Puma é pertencente, observam-se glândulas 
mamárias e diafragma como características principais do táxon. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque pelos são características exclusivas (apomorfias) de 
mamíferos. Existem outros cordados que não os apresentam. 
A alternativa B está errada, porque dentes diferenciados são características de todos os 
mamíferos, não só dos carnívoros. 
A alternativa C está errada, porque o sistema urinário dos mamíferos elimina ureia. 
A alternativa D está errada, porque o primeiro nível trófico é ocupado pelos seres autotróficos. 
Logo, o segundo nível trófico é ocupado por animais herbívoros ou onívoros, o que não é o 
caso da onça. 
A alternativa E está certa. 
Gabarito: E. 
(PUC SP/2018) 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 42 
 
Fonte: <http://www.querodesenho.com/wp-content/uploads/2012/04/ult-0604-charge.jpg> 
 
O ornitorrinco, assim como a equidna, é um mamífero monotremado. Além de ser 
ovíparo esse animal 
a) não alimenta seus filhotes com leite materno, diferentemente do coelho. 
b) cria seus filhotes no interior do marsúpio, até que atinjam certo tempo de vida. 
c) possui placenta, como o coelho, mas a utiliza para produzir ovos. 
d) possui cloaca, onde desembocam os sistemas genital, urinário e digestório. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque é característica exclusiva dos mamíferos a produção de 
leite para nutrição da progênie. 
A alternativa B está errada, porque são os mamíferos marsupiais que criam seus filhotes no 
interior de bolsas maternas chamadas marsúpios. 
A alternativa C está errada, porque monotremados não possuem placenta, diferente dos 
marsupiais (que possuem uma placenta simples) e dos placentários, que apresentam placenta 
complexa. 
A alternativa D está certa. 
Gabarito: D. 
(UESB BA/2018) Alguns fósseis proporcionam uma observação detalhada da origem de 
novos grupos de organismos. Esses fósseis são essenciais para o nosso entendimento 
da evolução; eles ilustram como as novas características surgem e quanto tempo levou 
para essas mudanças ocorrerem. 
 
Analisando especificamente a evolução dos mamíferos e as características que podem 
ser usadas no estudo taxonômico desse grupo em comparação com outros, é correto 
afirmar: 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 43 
01. Os mamíferos, juntamente com os anfíbios e répteis, pertencem a um grupo de animais 
denominados de tetrápodos. 
02. O surgimento dos mamíferos, possivelmente, ocorreu a partir do fluxo gênico entre os 
grupos que outrora tinham sido separados. 
03. As características anatômicas dos mamíferos apresentam dificuldade de fossilização 
comprometendo a elucidação de sua origem. 
04. A articulação observada entre a mandíbula e a maxila dos mamíferos é comum a todos 
os vertebrados ratificando a origem comum desse subfilo. 
05. A classificação de todos os mamíferos, como os eutérios, deve-se a presença de uma 
estrutura que envolve todo o embrião em seu desenvolvimento. 
 
Comentários 
A afirmativa 01 está certa. 
A afirmativa 02 está errada, porque o surgimento dos mamíferos ocorre da divergência de 
linhagens do ancestral amniota, que deu origem aos sinapsídeos. 
A afirmativa 03 está errada, porque animais de corpo mole, como as águas vivas, e partes 
delicadas são mais difíceis de fossilizar, o que não se aplica aos mamíferos. 
A afirmativa 04 está errada, porque essa característica não é comum a todos os vertebrados, 
que inclusive compreendem animais agnatos. 
A afirmativa 05 está errada, porque os mamíferos dividem-se em monotremados, marsupiais e 
eutérios. 
Gabarito: 01. 
 
 
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8. Conceitos fundamentais 
Vimos em duasaulas (esta e a anterior) um compilado sobre a diversidade animal. 
Neste capítulo final iremos discutir três conceitos fundamentais que se aplicam a todos os 
clados zoológicos. 
 
8.1 Influência do ambiente nos resíduos nitrogenados 
Os resíduos nitrogenados provêm da decomposição de proteínas e ácidos nucleicos. 
Quando esses compostos são degradados para a produção de energia ou convertidos em 
carboidratos e gorduras, amônia (NH3) é produzida, um composto muito tóxico, em parte 
porque seu íons amônio (NH4+) pode interferir na fosforilação oxidativa. 
Embora alguns animais excretem amônia diretamente, muitas outras espécies gastam 
energia para convertê-la em compostos menos tóxicos: ureia e ácido úrico. Em grau de 
toxicidade, temos a amônia como excreta mais tóxica, seguida por ureia, de toxidade 
intermediária, e ácido úrico, este o menos tóxico dos três. O tipo de resíduo nitrogenado 
eliminado pelo animal vai depender do seu hábitat, especialmente da disponibilidade de água. 
Isso porque, se houver grande disponibilidade de água para o animal, a excreta será diluída e 
até mesmo a amônia não exercerá sua toxidade. 
É por isso que, de maneira geral, animais aquáticos, como peixes (ósseos, no caso), 
tartarugas marinhas, larvas de anfíbios, além de muitos invertebrados, excretam amônia. 
Répteis e aves excretam ácido úrico, pois vivem em ambientes com pouca água disponível ou, 
no caso das aves, não podem reter grandes volumes de líquidos no corpo, o que prejudicaria o 
voo. Já mamíferos, anfíbios adultos, além de algumas espécies de tartarugas e peixes (como 
os cartilaginosos) excretam principalmente ureia. 
Vale ressaltar que: 
1) a ureia é um produto do metabolismo de uma reação que combina amônia e dióxido de 
carbono, a qual acontece no fígado; 
2) a produção de ureia e, principalmente, de ácido úrico é muito dispendiosa, isto é, tem alto 
custo energético; 
3) a excreção de ácido úrico representou uma vantagem evolutiva aos répteis, permitindo a 
conquista do ambiente terrestre, uma vez que é eliminado em forma pastosa juntamente com 
outros resíduos, o que economiza a perda de água. 
Por fim, seres humanos também produzem pequena quantidade de ácido úrico. 
Acontece que em alguns indivíduos, principalmente do sexo masculino, sua formação pode ser 
alterada e resultar na formação de um composto insolúvel que causa a gota – uma inflamação 
dolorida nas articulações causada pelo depósito de cristais de ácido úrico. 
 
8.2 Homeostase 
Homeostase é o equilíbrio dinâmico entre os diversos sistemas fisiológicos que 
compõem o corpo de um organismo, mantendo estáveis todas as atividades biológicas por ele 
desempenhadas. Outra definição encontrada para o termo é a habilidade de manter o ambiente 
interno do organismo em um equilíbrio quase constante, independentemente das alterações 
que ocorram no ambiente externo. Por ambiente interno entendemos os fluidos corporais de 
um indivíduo. 
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Como exemplos de homeostase em mamíferos, podemos citar a regulação de água e 
minerais no corpo (osmorregulação), a remoção dos resíduos metabólicos (excreção), a 
regulação da temperatura corporal e a regulação dos níveis de glicose no sangue. Esses 
sistemas são influenciados por diversos fatores (temperatura, salinidade, pH, concentrações de 
nutrientes e resíduos, entre outros) que afetam as reações químicas que mantêm o corpo vivo. 
Por isso, existem mecanismos fisiológicos responsáveis por mantê-los dentro dos limites 
desejáveis, chamados de mecanismos de feedback ou retroalimentação. 
Os mecanismos de controle da homeostase ocorrem normalmente por processos de 
retroalimentação negativa, ou seja, processos que revertem a direção de uma determinada 
mudança. Se a pressão arterial está alta, por exemplo, diversas reações acontecem para que a 
pressão caia. Por meio dessas alterações, é possível controlar quando uma variável está em 
excesso ou deficiente no organismo. 
 
8.3 Relação superfície-volume e tamanho corporal 
Já sabemos que os animais podem ser ectotérmicos ou endotérmicos. Agora vamos ver 
as implicações e limitações que cada uma dessas características pode apresentar. 
A quantidade de energia gasta por um animal (isto é, a quantidade de oxigênio 
consumido ou dióxido de carbono produzido) em um determinado período corresponde à sua 
taxa metabólica. A taxa metabólica “de base” de um animal é medida como a taxa metabólica 
basal (TMB) para um endotérmico ou como a taxa metabólica padrão (TMP) para um 
ectotérmico. Tanto a TMB quanto a TMP são medidas de taxa metabólica em animais que 
estão em repouso, sem influência de estresse e em jejum. 
Os animais endotérmicos tendem a ter TMB alta e elevadas necessidades energéticas, 
porque mantêm sua temperatura corporal constante. Já os animais ectotérmicos de tamanho 
similar tendem a ter TMP e necessidades energéticas muito mais baixas. 
 
Figura 16. Curvas de temperatura corporal características para animais endotérmicos e 
ectotérmicos. 
 
Assim, a taxa metabólica de um animal determina quanto alimento ele deve consumir 
para manter seu corpo com uma massa constante. Se um animal não come alimento suficiente 
para repor a energia que utiliza, perderá massa corporal (uma vez que glicogênio, gorduras e 
outras moléculas são queimadas como combustível). Por outro lado, se um animal come mais 
alimento do que precisa para repor a energia gasta, haverá sobra de energia química que é 
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armazenada pelo corpo como glicogênio ou gordura. Esta é a base de perda e ganho de peso 
em seres humanos e em outros animais. 
Relacionado a esse assunto, podemos falar das diferenças de tamanho corporal nos 
seres vivos. Quanto maior for o corpo de um organismo, menor será sua relação 
superfície/volume. Observe o gráfico abaixo, que compara a taxa metabólica x o peso corporal 
de vários animais. 
 
O camundongo apresenta menor superfície e menor volume que o cavalo. Entretanto, a 
relação superfície/volume do camundongo é maior do que a do cavalo. Por quê? Para 
responder a essa pergunta, vamos calcular o volume e a área dos dois cubos abaixo. 
 
O primeiro cubo apresenta lados de 10 cm, portanto seu volume é igual a 103 ou 1000 
cm3. Já a sua área corresponde a 6 faces de 10² cm², portanto, 600 cm². Assim, a razão 
superfície/volume do primeiro cubo é 6/10 ou 0,6. Já o segundo cubo apresenta lados de 1 cm, 
portanto seu volume é igual a 1 cm³. Já a sua área corresponde a 6 faces de 1 cm². Portanto, a 
sua área equivale a 6 cm². Assim, a razão superfície volume do segundo cubo é 6/1. 
 Logo, comparando os dois cubos, percebemos que a razão superfície/volume do cubo 
menor é maior que a apresentada pelo cubo maior. Podemos extrapolar esse raciocínio para os 
seres vivos. Os seres vivos pequenos têm elevada relação superfície/volume, o que implica em 
uma grande perda de calor. Para compensar, a taxa metabólica desses seres é alta. 
Voltando à questão, embora o camundongo seja menor que o cavalo em tamanho, sua 
relação superfície/volume é muito maior, e, portanto, sua taxa metabólica também. 
 
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9. Lista de questões 
 
1. (FUVEST SP/2019) O esquema representa, de maneira bastante simplificada, uma 
das possíveis hipóteses de relação de parentesco entre grupos animais, assinalados 
pelo nome comum de alguns de seus representantes. Na base do esquema, a 
característica que une todos em um mesmo grupo é a deuterostomia. 
 
Identifique quais seriam as características I, II, III, IV, V que justificariam os respectivos 
grupos. 
a) I-notocorda; II-pulmão; III-âmnio; IV-pelo; V-ovo com casca. 
b) I-escamas; II-encéfalo; III-pulmão; IV-glândulas mamárias; V-âmnio. 
c) I-mandíbula; II-4 membros locomotores; III-pulmão; IV-ventrículo subdivididoem 2 câmaras; 
V-ovo com casca. 
d) I-notocorda; II-4 membros locomotores; III-pulmão; IV-glândulas mamárias; V-pena. 
e) I-âmnio; II-pulmão; III-mandíbula; IV-ventrículo subdividido em 2 câmaras; V-escama. 
 
2. (UECE/2019) Atente para a seguinte notícia: “Professor da Uece flagra morte de 
439 quelônios no açude Cedro em Quixadá; pesquisa será feita para revelar causas... O 
professor comenta que a mortandade dos animais pode causar um panorama ainda mais 
grave. Ele prevê que com as primeiras chuvas, a água que possa se acumular pode 
representar riscos à saúde pública, já que não haverá espécies vivas no açude para 
cumprir o papel do ecossistema”. 
Fonte: http://blogs.diariodonordeste.com.br/sertaocentral/meioambiente/professor-da-uece-flagra-mortandade-decagados-no-acude-
cedro-pesquisa-sera-feita/ 
 
Sobre os quelônios referidos no excerto da notícia, é correto afirmar que 
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a) são representados pelos cágados, tartarugas e jabutis: animais ovíparos. 
b) são representados pelos cágados, serpentes e jabutis: animais ovíparos. 
c) cágados são quelônios terrestres que possuem o corpo achatado e pescoço longo. 
d) cágados são quelônios terrestres e jabutis são quelônios de água doce. 
 
3. (UEM PR/2019) O número de espécies de mamíferos reconhecidas era de 4631 
em 1993, tendo saltado para 5416 em 2005 e tendo atingido a marca de 6495 em 2017. 
Atualmente, são reconhecidas 6569 espécies, divididas em 27 ordens, das quais a ordem 
Rodentia é a que possui maior número de espécies: 2566. 
(Dados obtidos de mammaldiversity.org. Acesso em: 21 de set. de 2018). 
 
A partir desses dados, considerou-se que a função N(t) = 4600 + 80(t – 1993) fornece um 
bom modelo para o número de espécies reconhecidas no ano t, quando 1993  t  2018. 
 
Com base no exposto e em conhecimentos correlatos, assinale o que está correto. 
01. Atualmente temos uma média inferior a 200 espécies por ordem de mamíferos. 
02. A espécie humana pertence à ordem que possui maior número de espécies 
reconhecidas atualmente. 
04. Ariranha, golfinho, ornitorrinco, morcego e équidna são todos exemplos de mamíferos. 
08. A função proposta fornece sempre valores positivos para N(t), para qualquer t 
correspondente a qualquer ano do século XX ou do XXI. 
16. A função proposta estima melhor o número de espécies de mamíferos reconhecidas em 
2017 do que o número de espécies reconhecidas em 2005. 
 
4. (UNICAMP SP/2019) No ano de 2015, foi descrito o fóssil de um réptil que viveu há 
150 milhões de anos onde hoje é a região Nordeste do Brasil. Conforme ilustra a figura a 
seguir, esse animal apresenta corpo alongado, com muitas vértebras e costelas, e 
membros anteriores e posteriores reduzidos (a seta indica a região ampliada no canto 
inferior esquerdo). Por sua anatomia peculiar, um grande debate teve início sobre a 
posição que esse animal deveria ocupar na árvore da vida. 
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(David M. Martill e outros, A four-legged snake from the Early Cretaceous of Gondwana. Science, Nova Iorque, v. 349, fasc. 6246, p. 416-
419, jul. 2015.) 
 
Sabe-se que os lagartos (que geralmente têm membros) e as serpentes (seres ápodes) 
que vivem atualmente têm um ancestral comum. Sendo assim, o organismo ilustrado na 
figura 
 
a) não pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, pois a perda dos membros 
anteriores e posteriores levaria a um prejuízo à vida do animal, e a evolução resulta apenas em 
melhoria dos organismos. 
b) não pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, pois a evolução é gradual e incapaz 
de gerar mudanças drásticas na morfologia de um ser vivo, como a perda de membros 
anteriores e posteriores. 
c) pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, sendo que seu ancestral comum com os 
lagartos possuía membros, depois perdidos por processos evolutivos, originando as serpentes 
ápodas atuais. 
d) pode ser um fóssil de transição, pois os ancestrais das serpentes que não utilizavam seus 
membros com tanta frequência sofreram atrofia desses membros, deixando de transferir tal 
característica para seus descendentes. 
 
5. (UFRGS/2019) 
Níquel Náusea Fernando Gonsales 
 
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Fonte: Zero Hora, 02 e 03 de julho de 2017. 
 
Considere as seguintes afirmações sobre os animais do segundo quadro. 
I. Os crocodilianos e as aves compartilham a sua ancestralidade com os 
dinossauros. 
II. Os crocodilianos são ectotérmicos e dependem de fontes de calor externas. 
III. As aves apresentam coração com dois átrios e dois ventrículos completamente 
separados. 
 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas I e III. 
d) Apenas II e III. 
e) I, II e III. 
 
6. (UNIFOR CE/2019) O elefante africano é conhecido por sua pele espessa e 
enrugada. Estes animais não possuem glândulas sudoríparas, mas quem os observa de 
perto poderá ver uma intrincada rede de minúsculas fendas, que fazem com que a pele 
do poderoso mamífero pareça asfalto rachado. Mas as rachaduras não estão ali por 
acaso. 
Disponível em: <https://g1.globo.com/natureza/ noticia/2018/10/02/cientistas-descobrem-comosurgem-as-rugas-na-pele-de-elefantes-
africanos.ghtml.>.Acesso em 18 Out 2018. 
 
Sendo assim, qual seria o papel das fendas na pele nestes animais? 
a) Garantir suporte e nutrição às células da epiderme lubrificando a espessa e enrugada pele. 
b) Armazenar substâncias lipídicas conferindo proteção contra choques mecânicos. 
c) Proteger a pele do contato com parasitas, aumentando assim imunidade contra infestações. 
d) Aumentar a superfície de contato com os raios solares elevando a temperatura. 
e) Reter mais umidade do que uma superfície plana, ajudando a regular a temperatura 
corporal. 
 
7. (UNITAU SP/2018) Os peixes cartilaginosos, da classe Chondrichthyes, são 
representados por cerca de mil espécies de tubarões, arraias e quimeras, sendo que a 
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maioria das espécies de condrictes é marinha. Dentre esses animais, é possível verificar 
uma grande variedade de hábitos alimentares. O aparelho digestório dos 
Chondrichthyes é completo e seu intestino apresenta uma importante especialização, a 
válvula espiral. 
 
Assinale a alternativa que caracteriza CORRETAMENTE essa estrutura. 
a) Área de mucosa pregueada, que concentra glândulas produtoras de enzimas digestivas. 
b) Região de ação glandular, que remove o excesso de sais do sangue. 
c) Área de compressão do alimento, por ação muscular, e de digestão por microrganismos. 
d) Região relativamente curta e dilatada, em que o alimento é amolecido por hidratação. 
e) Área de absorção e de prolongamento do tempo que o alimento fica no intestino. 
 
8. (UNIC MT/2018) Os peixes cartilaginosos, como as arraias e os tubarões acumulam 
ureia no sangue, como artifício de sobrevivência ao ambiente marinho, porque 
 
01. o sangue elimina os sais absorvidos na estrutura entérica por osmose. 
02. tornando-se isotônico em relação ao ambiente marinho, a osmorregulação é controlada. 
03. a liberação é elevada de urina, e a perda da ureia reduz a concentração de sais no 
sangue. 
04. a água do mar é hipotônica em relação ao seu meio interno, o que favorece a 
desidratação. 
05. os vacúolos pulsáteis, presentes nas guelras do tubarão, viabilizam a eliminação do 
excesso de sais em seu corpo. 
 
9. (UNIFOR CE/2018) Um empresário cearense teve um prejuízo de aproximadamente 
R$ 150 mil devido à morte de 15 toneladas de peixe durante o apagão em 21/03/2018 na 
cidade de Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza. Os peixes da espécie tilápia 
estavam em um tanque que ficou sem oxigenação após as máquinas pararem defuncionar. 
Fonte: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/empresario-tem-prejuizo-de-r-150-mil-com-a-morte-detoneladas-de-peixes-durante-apagao-
no-ceara.ghtml Acesso em 22 abr. 2018. 
 
Considerando a respiração dos peixes tilápia, julgue as afirmativas: 
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I. As tilápias morreram porque a saturação de oxigênio na água não foi suficiente 
para a realização das trocas gasosas nos pulmões destes peixes. 
II. A queda brusca do oxigênio dissolvido no meio aquático é denominada depleção 
de oxigênio e compromete os mecanismos de geração de energia nos peixes. 
III. A ausência de oxigênio bloqueia a respiração celular porque o aceptor final de 
elétrons é o O2, que, depois de se combinar com os elétrons e o hidrogênio, forma água. 
IV. A mortandade dos peixes deu-se provavelmente por uma depleção de oxigênio 
que provocou o aparecimento de um agente infeccioso altamente virulento. 
 
É correto apenas o que se afirma em: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) I, II e III. 
e) II, III e IV. 
 
10. (UERJ/2018) 
O poder criativo da imperfeição 
 
Já escrevi sobre como nossas teorias científicas sobre o mundo são aproximações de 
uma realidade que podemos compreender apenas em parte. 1Nossos instrumentos de 
pesquisa, que tanto ampliam nossa visão de mundo, têm necessariamente limites de 
precisão. Não há dúvida de que Galileu, com seu telescópio, viu mais longe do que todos 
antes dele. Também não há dúvida de que hoje vemos muito mais longe do que Galileu 
poderia ter sonhado em 1610. E certamente, em cem anos, nossa visão cósmica terá 
sido ampliada de forma imprevisível. 
No avanço do conhecimento científico, vemos um conceito que tem um papel essencial: 
simetria. Já desde os tempos de Platão, 2há a noção de que existe uma linguagem 
secreta da natureza, uma matemática por trás da ordem que observamos. 
Platão – e, com ele, muitos matemáticos até hoje – acreditava que os conceitos 
matemáticos existiam em uma espécie de dimensão paralela, acessível apenas através 
da razão. Nesse caso, os teoremas da matemática (como o famoso teorema de 
Pitágoras) existem como verdades absolutas, que a mente humana, ao menos as mais 
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AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 53 
aptas, pode ocasionalmente descobrir. Para os platônicos, 3a matemática é uma 
descoberta, e não uma invenção humana. 
Ao menos no que diz respeito às forças que agem nas partículas fundamentais da 
matéria, a busca por uma teoria final da natureza é a encarnação moderna do sonho 
platônico de um código secreto da natureza. As teorias de unificação, como são 
chamadas, visam justamente a isso, formular todas as forças como manifestações de 
uma única, com sua simetria abrangendo as demais. 
Culturalmente, é difícil não traçar uma linha entre as fés monoteístas e a busca por uma 
unidade da natureza nas ciências. Esse sonho, porém, é impossível de ser realizado. 
Primeiro, porque nossas teorias são sempre temporárias, passíveis de ajustes e revisões 
futuras. Não existe uma teoria que possamos dizer final, pois 4nossas explicações 
mudam de acordo com o conhecimento acumulado que temos das coisas. Um século 
atrás, um elétron era algo muito diferente do que é hoje. Em cem anos, será algo muito 
diferente outra vez. Não podemos saber se as forças que conhecemos hoje são as 
únicas que existem. 
Segundo, porque nossas teorias e as simetrias que detectamos nos padrões regulares 
da natureza são em geral aproximações. Não existe uma perfeição no mundo, apenas em 
nossas mentes. De fato, quando analisamos com calma as “unificações” da física, 
vemos que são aproximações que funcionam apenas dentro de certas condições. 
O que encontramos são assimetrias, imperfeições que surgem desde as descrições das 
propriedades da matéria até as das moléculas que determinam a vida, as proteínas e os 
ácidos nucleicos (RNA e DNA). Por trás da riqueza que vemos nas formas materiais, 
encontramos a força criativa das imperfeições. 
MARCELO GLEISERAdaptado de Folha de São Paulo, 25/08/2013. 
 
A simetria também é observada na estrutura corporal dos animais, influenciando, por 
exemplo, a distribuição interna dos órgãos. Uma característica associada à simetria 
bilateral, presente em todos os animais com esse padrão corporal, é: 
 
a) grande cefalização 
b) organização metamérica 
c) sistema circulatório aberto 
d) sistema digestório incompleto 
 
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AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 54 
11. (UNICAMP SP/2018) Os eixos do gráfico a seguir representam duas variáveis, uma 
delas não identificada no gráfico. Uma curva representa animais endotérmicos e a outra, 
animais ectotérmicos. 
 
(Adaptado de KHAN ACADEMY, Endotherms and ectotherms. Disponível em www.khanacademy.org. Acessado em 10/08/17.) 
 
A curva que corretamente se aplica ao ser humano é 
a) a curva A, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura externa e o eixo vertical, o 
consumo de O2. 
b) a curva A, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura interna e o eixo vertical, o 
consumo de O2. 
c) a curva B, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura externa e o eixo vertical, a 
liberação de CO2. 
d) a curva B, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura interna e o eixo vertical, a 
liberação de CO2. 
 
12. (UNITAU SP/2018) Os animais do subfilo Chordata caracterizam-se, dentre outros 
elementos, por compartilharem uma coluna vertebral segmentada e uma caixa craniana, 
que protegem o sistema nervoso. Dentre os cordados, as características: 
 
1) pele ressecada, coberta por escamas epidérmicas queratinizadas e 
2) pele permeável, que também realiza trocas gasosas, identificam, respectivamente, 
 
a) répteis e aves. 
b) répteis e anfíbios. 
c) anfíbios e répteis. 
d) anfíbios e aves. 
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e) aves e mamíferos. 
 
13. (FAMERP SP/2018) As aves e os mamíferos podem habitar uma grande amplitude 
de áreas terrestres. São encontrados em regiões de altitudes muito elevadas, assim 
como em regiões de altas latitudes. 
As aves e os mamíferos são capazes de sobreviver nesses ambientes por possuírem 
a) pele queratinizada. 
b) anexos embrionários. 
c) esqueleto ósseo resistente. 
d) endotermia. 
e) circulação fechada. 
 
14. (IFRS/2018) Assinale a alternativa que apresenta os animais que têm o coração 
com duas, três e quatro cavidades, respectivamente, 
 
a) sapo, onça e mosca. 
b) lambari, tartaruga e gato. 
c) tartaruga, gato e sapo. 
d) gato, sapo e tubarão. 
e) cavalo, tigre e elefante. 
 
15. (FUVEST SP/2017) O esquema representa, de maneira simplificada, a circulação 
sanguínea em peixes. 
 
Pode-se afirmar corretamente que, nos peixes, 
a) o coração recebe somente sangue pobre em oxigênio. 
b) ocorre mistura de sangue pobre e de sangue rico em oxigênio, como nos répteis. 
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c) o sangue mantém constante a concentração de gases ao longo do percurso. 
d) a circulação é dupla, como ocorre em todos os demais vertebrados. 
e) o sistema circulatório é aberto, pois o sangue tem contato direto com as brânquias. 
 
16. (UDESC SC/2017) Uma importante classe dentro do grupo dos cordados reúne 
mais de 9 mil espécies, algumas com menos de 2 g de peso e outras atingindo mais de 
100 kg. São algumas de suas características: homeotermos, coração com quatro 
cavidades, circulação fechada, respiração pulmonar, sistema digestório com estruturas 
denominadas de papo e moela e ausência de dentes. 
 
Assinale a alternativa que indica a classe a que se refere o enunciado. 
a) mamíferos 
b) peixes 
c) aves 
d) répteis 
e) anfíbios 
 
17. (UFRR/2017) O peixe sul-americano(Lepidosiren sp.) é encontrado na Bacia 
Amazônica, respira oxigênio atmosférico e caso não consiga chegar até a superfície da 
água para engolir ar (conforme a figura abaixo extraída de Liem et al. 2012), acaba 
morrendo afogado. 
 
 
 
Dentre as alternativas abaixo, qual grupo de peixe apresenta esse modo de respirar? 
a) Peixe-boi; 
b) Dipnoicos; 
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c) Condrictes; 
d) Actinopterígios; 
e) Agnatos. 
 
18. (Uni-FaceF SP/2017) Especialistas advertem que o menor boto do mundo, a 
vaquita, está se aproximando da extinção. Atualmente, restam 60 vaquitas na área norte 
do Golfo da Califórnia. A caça predatória do peixe totoaba está causando o 
desaparecimento das vaquitas. A bexiga natatória do totoaba é contrabandeada pela 
fronteira da Califórnia e enviada à China, onde é apreciada como iguaria na gastronomia 
chinesa. A vaquita fica presa nas redes montadas para apanhar o totoaba e se afoga. 
(Folha de S.Paulo, 04.06.2016. Adaptado.) 
 
De acordo com as informações do texto, é correto afirmar que 
a) a vaquita é um mamífero, que respira por pulmões, e a totoaba é um peixe ósseo, que 
respira por brânquias. 
b) a vaquita é um mamífero, que respira por pulmões, e a totoaba é um peixe cartilaginoso, que 
respira por brânquias. 
c) a vaquita é um mamífero, que respira por brânquias, e a totoaba é um peixe ósseo, que 
respira por pulmões. 
d) a vaquita é um peixe ósseo, que respira por brânquias, e a totoaba é um peixe cartilaginoso, 
que respira por pulmões. 
e) a vaquita é um peixe ósseo, que respira por pulmões, e a totoaba é um peixe cartilaginoso, 
que respira por brânquias. 
 
19. (UCS RS/2017) Desde as primeiras manifestações mítico-religiosas, o homem 
busca respostas à origem e à evolução das espécies. Filosofia, religião e ciência entram 
em cena para construir diferentes concepções sobre a existência da vida, sobre a 
espécie humana e sobre as características que diferenciam as espécies umas das 
outras. 
Disponível em: <http://historiageralcomgd.blogspot.com.br/2009/07/ teorias-evolucionistas-e-criacionistas. html>. Acesso em: 28 ago. 16. 
(Parcial e adaptado.) 
Nesse sentido, o tema abordado será o eixo temático “A Evolução das Espécies”. 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 58 
 
 
Em um novo estudo, publicado no Scientific Reports, cientistas afirmam ter encontrado 
um peixe que caminha como um anfíbio. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de 
Nova Jersey encontraram a espécie rara escalando cachoeiras na Tailândia. Essas 
características não são vistas em nenhum outro peixe vivo e trazem novas evidências 
sobre a evolução das espécies. 
 
Ao examinar a Cryptotora thamicola, os pesquisadores constataram que o peixe 
alternava os passos das “patas” traseiras com as frontais, realizando o mesmo 
movimento que os animais que andam sobre a terra. Além disso, a equipe conseguiu 
realizar uma impressão 3D da anatomia do peixe, revelando detalhes de seu esqueleto. 
 
Nos peixes comuns, a pélvis é composta por pequenos ossos e é utilizada apenas para 
evitar que eles girem em torno de si, servindo como um instrumento de equilíbrio. Na 
Cryptotora thamicola (imagem p. 22), no entanto, verificou-se que a pélvis é uma região 
complexa, com muitos ossos que são interligados com a espinha. Isso revelou a 
aproximação dessa espécie com os tetrápodes, que desenvolveram adaptações para 
conseguir caminhar firmemente sobre a superfície da terra. Esse processo dependeu da 
evolução da pélvis, que se conectou com a espinha e membros para garantir o 
movimento das patas, como se vê nas salamandras e em outros anfíbios. Seguindo um 
padrão evolucionista, os tetrápodes surgiram de uma única linhagem de peixes que 
conseguiu habitar o solo, utilizando o mesmo movimento alternado de patas – visto na 
rara espécie de peixe. “Esses resultados são significativos uma vez que representam o 
primeiro exemplo de adaptações comportamentais e morfológicas em um peixe vivo, que 
converge com as características apresentadas pelos tetrápodes”, explicou a equipe 
internacional de pesquisadores responsável pela descoberta. 
Disponível em: <http://novataxa.blogspot.com.br/2016/03/cryptotora.html>. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/ciencia/conheca-o-
peixe-que-caminha-como-um-anfibio/>. Acesso em: 10 ago. 16. (Parcial e adaptado.) 
 
Tendo como referência as informações apresentadas no texto, assinale a alternativa 
correta. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 59 
a) O nome científico do “peixe que caminha como um anfíbio”, de acordo com o modelo de 
Lineu, é binominal, e Cryptotora é seu epíteto específico. 
b) O isolamento geográfico nas cachoeiras da Tailândia permitiu que a população de 
Cryptotora thamicola divergisse em características anatômicas de seus ancestrais tetrápodes. 
c) O Siluriano é o período da Era Paleozoica compreendido aproximadamente entre 440 e 400 
milhões de anos atrás. Nele ocorreu a proliferação dos peixes que dominaram de vez os 
ambientes aquáticos, motivo pelo qual é conhecido como “A Era dos Peixes”. 
d) O grupo dos tetrápodes compreende os anfíbios, os répteis, as aves e os mamíferos que, 
além de coluna vertebral segmentada e crânio, possuem simetria bilateral. 
e) O fato de a Cryptotora thamicola conseguir caminhar como um anfíbio é uma consequência 
direta de um processo evolutivo não aleatório conhecido como deriva genética. 
 
20. (UNICAMP SP/2017) Na vida real não existem animais que são agentes secretos, 
mas o ornitorrinco, representado na figura do desenho Phineas e Ferb, guarda muitos 
segredos e curiosidades. Esse animal de aproximadamente 60 cm, que parece uma 
mistura de lontra, pato e castor, resultou em um ser único em vários sentidos. 
 
a) À semelhança dos mamíferos placentários, a fêmea do ornitorinco alimenta os filhotes com 
seu leite, mas coloca ovos. 
b) Diferentemente dos mamíferos placentários, os ornitorrincos não produzem leite para a 
alimentação dos filhotes. 
c) À semelhança dos mamíferos placentários, os embriões dos ornitorrincos alimentam-se 
exclusivamente de vitelo acumulado no ovo. 
d) Diferentemente dos mamíferos placentários, os ornitorrincos apresentam autofecundação e 
produzem ovos. 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 60 
21. (UFRR/2017) A árvore filogenética parcial representa uma das hipóteses das 
relações evolutivas entre os grupos de animais representados abaixo. Os traços em 
negrito correspondem a uma característica que está presente nos grupos representados 
acima de cada um deles na árvore e que não está presente nos grupos abaixo deles. 
 
Os números 1, 2 e 3 indicados nos traços em negrito representam, respectivamente, 
quais características encontradas nesses grupos? 
 
a) Presença de ovo amniótico, glândulas mamárias e penas; 
b) Presença de tubo nervoso dorsal, ovo amniótico e casco; 
c) Presença de homeotermia, pelos e penas; 
d) Presença de vértebras, pelos e voo; 
e) Presença de ovo amniótico, penas e pelos. 
 
22. (UEA AM/2017) Algumas adaptações permitiram aos répteis a conquista definitiva 
do ambiente terrestre. Outras adaptações permitiram às aves e aos mamíferos 
distribuírem-se por praticamente todas as regiões do planeta. 
 
Uma característica que está presente nas aves, mas não nos répteis; uma característica 
presente nos mamíferos, mas não nas aves; e uma característica comum aos répteis, 
aves e mamíferos são, respectivamente, 
 
a) endotermia, diafragma e âmnio. 
b) coração com quatro câmaras, glândula mamária e endotermia. 
c) sacos aéreos, fecundação interna e diafragma. 
d) âmnio, coração com quatro câmaras e fecundação interna. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS61 
e) endotermia, âmnio e coração com quatro câmaras. 
 
23. (UEPG PR/2017) Apesar das variações térmicas do ambiente, alguns animais 
conseguem manter praticamente constante a temperatura do corpo, enquanto outros, 
não. O gráfico abaixo representa a variação da temperatura corporal em relação a do 
ambiente em animais homeotérmicos e pecilotérmicos. Sobre o assunto, assinale o que 
for correto. 
 
Adaptado de: Linhares, S.; Gewandsznajder, F. Biologia hoje. 15a ed. Volume 3. Editora Ática. São Paulo. 2010. 
 
01. Em (A), estão representados os animais homeotérmicos (também conhecidos como 
endotérmicos), como as aves e mamíferos, os quais conseguem manter praticamente 
constante a temperatura do corpo por meio da produção de mais calor ou do aumento da perda 
de calor pelo corpo. 
02. Em (B), estão representados os animais pecilotérmicos (também conhecidos como 
ectotérmicos), os quais não possuem mecanismos fisiológicos tão eficientes para manter sua 
temperatura interna constante. 
04. Caso a temperatura do ambiente caia muito, o metabolismo dos animais do grupo (B) 
pode diminuir a tal ponto que o animal pode ficar inativo. Os répteis são exemplos de animais 
do grupo (B), os quais se movimentam entre sol e sombra para ganhar ou perder calor do 
ambiente. 
08. Os humanos, presentes no grupo (A), podem perder calor pela superfície corporal 
aumentando a produção de suor. Ao evaporar-se, a água do suor absorve calor da pele e faz o 
corpo esfriar. 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 62 
24. (FUVEST SP/2017) Os primeiros vertebrados que conquistaram definitivamente o 
ambiente terrestre foram os ___I___ , que possuem ___II___, aquisição evolutiva que 
permitiu o desenvolvimento do embrião fora da água. 
 
Indique a alternativa que completa corretamente essa frase. 
 
 
 
25. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2017) Os peixes cartilaginosos 
são animais ureotélicos, uma vez que produzem ureia como excreta nitrogenada. 
Entretanto, os rins desses peixes reabsorvem a ureia em vez de eliminá-la na urina, 
como fazem os mamíferos. Dessa forma, a concentração de ureia no sangue de tubarões 
e arraias chega a ser 100 vezes maior que a observada no sangue de mamíferos. Isso 
explica o fato de os fluídos corporais desses peixes serem ligeiramente mais 
concentrados que a própria água do mar. 
 
Assim, é correto afirmar que os peixes cartilaginosos 
a) reutilizam a ureia retida no corpo para fabricar novos aminoácidos e, por isso, requerem 
menos alimentos proteicos que os mamíferos. 
b) convertem a ureia retida no corpo em ácido úrico, um tipo de excreta mais facilmente 
eliminado em ambientes aquáticos. 
c) por osmose, ganham água do meio e, para evitar o excesso de água em seus fluidos 
corporais, os rins a eliminam pela urina. 
d) por osmose, perdem água para o meio, e têm que dispor de mecanismos fisiológicos que 
evitem a desidratação no ambiente marinho. 
 
26. (UNITAU SP/2017) As mais importantes evidências da transição dos seres vivos 
dos ambientes aquáticos para o ambiente terrestre são reconhecidas por meio dos 
fósseis do período Siluriano, na era Paleozoica, há aproximadamente 430 milhões de 
anos. A conquista desse ambiente obrigou esses seres vivos a enfrentarem uma série de 
desafios. Entretanto, a despeito de dificuldades, o ambiente terrestre também ofereceu 
vantagens. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 63 
 
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, uma vantagem e uma 
desvantagem oferecidas aos seres vivos por meio da conquista do ambiente terrestre. 
 
a) Maior disponibilidade de oxigênio e de água. 
b) Menor facilidade de locomoção e menor disponibilidade de alimento. 
c) Maior facilidade de locomoção e maior disponibilidade de oxigênio. 
d) Menor disponibilidade de água e menor disponibilidade de alimento 
e) Maior disponibilidade de oxigênio e menor disponibilidade de água. 
 
27. (Unemat MT/2016) Entre as classes de animais vertebrados encontramos variações 
fisiológicas e anatômicas. Essas variações são oriundas de processos evolutivos 
peculiares a cada espécie. Algumas características são compartilhadas entre as 
espécies de uma mesma classe de vertebrados. Considerando as características 
peculiares dos tubarões, pinguins e golfinhos, e as classes às quais esses animais 
pertencem, podemos afirmar que: 
 
a) Esses três animais possuem hábitos que envolvem natação e as formas hidrodinâmicas do 
corpo dos tubarões, golfinhos e pinguins caracterizam um exemplo de irradiação adaptativa. 
b) O coração dos tubarões possui 2 câmaras; dos golfinhos, 4 câmaras, e dos pinguins, 3 
câmaras. 
c) Tubarões e golfinhos são animais homeotérmicos, enquanto os pinguins são animais 
pecilotérmicos. 
d) Ao observar a pele desses animais, percebe-se que os tubarões têm escamas, enquanto os 
golfinhos têm pelos e os pinguins, penas. 
e) Golfinhos e pinguins são animais ovíparos, enquanto tubarões são vivíparos ou ovíparos, 
dependendo de cada espécie. 
 
28. (UCS RS/2016) O grupo mais diversificado e abundante dos vertebrados é o dos 
peixes. Eles apresentam diversas formas corporais e habitam muitos ambientes, desde 
águas frias até águas quentes, doce ou salgada e, devido a essa diferença de habitats, 
possuem também diferentes estratégias de vida, dependendo das pressões seletivas a 
que foram expostos durante a evolução. 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 64 
Assinale a alternativa correta em relação aos peixes. 
a) Os peixes cartilaginosos, como a lampreia e a quimera, possuem mandíbula e o esqueleto 
formado exclusivamente por cartilagens, o que os diferencia dos peixes ósseos. 
b) Os elasmobrânquios são todos ovíparos, isto é, as fêmeas eliminam os ovos, que se 
desenvolvem na água. 
c) O coração dos peixes é constituído por quatro cavidades, dois átrios e dois ventrículos, 
semelhante ao coração dos mamíferos. 
d) Os peixes ósseos, bem como os peixes cartilaginosos, são dioicos, isto é, apresentam sexos 
separados em indivíduos diferentes. 
e) A bexiga natatória, presente tanto nos peixes cartilaginosos como nos peixes ósseos, auxilia 
na flutuabilidade e, também, pode colaborar com a troca gasosa em algumas espécies de 
elasmobrânquios. 
 
29. (FATEC SP/2016) Considere o cladograma e o texto abaixo. 
 
 
O planeta vem sofrendo alterações no clima causadas pela atuação humana nos 
ambientes (mudanças climáticas globais, ou MCG), que podem interferir na temperatura 
dos ecossistemas e, consequentemente, na sobrevivência de muitas espécies. Algumas 
espécies têm maior tolerância às variações externas de temperatura. A capacidade de 
termorregulação de alguns animais se relaciona ao número de ventrículos em seus 
corações. 
 
Desse modo, assinale a alternativa que explica adequadamente uma das ameaças 
trazidas pelas MCG à integridade das espécies. 
 
a) Dado que todos os Squamata possuem apenas um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles 
seriam especialmente ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a 
ectotermia. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 65 
b) Dado que todos os Reptilia possuem apenas um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles 
seriam especialmente ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a 
ectotermia. 
c) Dado que todos os Mammalia possuem apenas um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles 
seriam pouco ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a endotermia. 
d) Dado que todos os Amniota possuem um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles seriam 
pouco ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a ectotermia. 
e) Dado que todos os Testudines possuem dois ventrículos cardíacos, conclui-se que eles 
seriam especialmenteameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a 
endotermia. 
 
30. (UERJ/2015) A salinidade da água é um fator fundamental para a sobrevivência 
dos peixes. A maioria deles vive em condições restritas de salinidade, embora existam 
espécies como o salmão, que conseguem viver em ambientes que vão da água doce à 
água do mar. Há peixes que sobrevivem em concentrações salinas adversas, desde que 
estas não se afastem muito das originais. 
Considere um rio que tenha passado por um processo de salinização. Observe na tabela 
suas faixas de concentração de cloreto de sódio. 
 
 
*isotônica à água do mar 
 
Considere um peixe em estresse osmótico que consegue sobreviver eliminando mais 
urina e reabsorvendo mais sais do que em seu habitat original. 
 
Esse peixe é encontrado no trecho do rio identificado pela seguinte letra: 
a) W 
b) X 
c) Y 
d) Z 
*0,6Z
0,5 - 0,4Y
0,2 - 0,1X
0,01 W
1)(mol.L
NaCl de ãoConcentraç
rio do Trecho
-


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 66 
 
31. (FAMERP SP/2016) O cladograma apresenta uma hipótese simplificada sobre as 
prováveis relações evolutivas entre anfíbios, répteis e mamíferos. Os números indicam 
possíveis características adaptativas que surgiram durante a evolução desses grupos de 
animais. 
 
 
 
Os números 1, 2 e 3 correspondem, respectivamente, a 
a) membros locomotores, embrião envolto por âmnio e pelos. 
b) glândulas sudoríparas, pálpebras e esqueleto apendicular. 
c) pulmões alveolares, coração tricavitário e embrião ligado ao alantoide. 
d) mandíbula, glândulas sebáceas e esqueleto axial. 
e) rins, bexiga natatória e medula espinhal. 
 
32. (UEL PR/2015) De onde vem o mundo? De onde vem o universo? Tudo o que 
existe tem que ter um começo. Portanto, em algum momento, o universo também tinha 
de ter surgido a partir de uma outra coisa. Mas, se o universo de repente tivesse surgido 
de alguma outra coisa, então essa outra coisa também devia ter surgido de alguma outra 
coisa algum dia. Sofia entendeu que só tinha transferido o problema de lugar. Afinal de 
contas, algum dia, alguma coisa tinha de ter surgido do nada. Existe uma substância 
básica a partir da qual tudo é feito? A grande questão para os primeiros filósofos não era 
saber como tudo surgiu do nada. O que os instigava era saber como a água podia se 
transformar em peixes vivos, ou como a terra sem vida podia se transformar em árvores 
frondosas ou flores multicoloridas. 
(Adaptado de: GAARDER, J. O Mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.43-44.) 
 
Ambientes dulcícolas e marinhos possuem condições físico-químicas distintas que 
influenciaram a seleção natural para dar origem, respectivamente, aos peixes de água 
doce e aos peixes de água salgada, os quais possuem adaptações fisiológicas para 
sobreviverem no ambiente em que surgiram. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 67 
 
Considerando a regulação da concentração hidrossalina para a manutenção do 
metabolismo desses peixes, pode-se afirmar que os peixes de água doce eliminam 
_________ quantidade de urina ________ em comparação com os peixes marinhos, que 
eliminam _________ quantidade de urina __________. 
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do 
enunciado. 
a) grande, diluída, pequena, concentrada. 
b) grande, concentrada, grande, diluída. 
c) grande, concentrada, pequena, diluída. 
d) pequena, concentrada, grande, diluída. 
e) pequena, diluída, grande, concentrada. 
 
33. (CEFET MG/2015) Os répteis são vertebrados tetrápodes pertencentes à classe 
Reptilia, derivado do latim reptilis, que significa rastejar. Evidencia-se que os primeiros 
répteis teriam evoluído há mais de 250 milhões de anos, mas, diferentemente de seus 
ancestrais, eles foram capazes de conquistar de forma efetiva o ambiente terrestre. 
Disponível em: <http://educacao.uol.com.br>. Acesso em: 26 set de 2014. (Adaptado). 
 
A característica que esses animais compartilham com a maioria de seus ancestrais é a 
a) realização de trocas gasosas por meio de pulmões. 
b) ocorrência de fecundação interna independente da água. 
c) eliminação de ácido úrico como principal excreta nitrogenado. 
d) formação de ovo com casca que impede o dessecamento do embrião. 
e) existência de pele queratinizada sem glândulas produtoras de muco. 
 
34. (UEL PR/2015) O aparecimento de ovos com casca foi uma evolução adaptativa 
dos répteis para a conquista definitiva do ambiente terrestre pelos cordados. Além do 
ovo com casca, há outras adaptações que permitiram que os répteis pudessem 
sobreviver no ambiente terrestre quando comparadas com as adaptações dos anfíbios. 
Portanto, há adaptações que surgem nos anfíbios e permanecem nos répteis e há 
adaptações que têm sua origem pela primeira vez nesse grupo. 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 68 
Sobre as características adaptativas associadas à conquista do ambiente terrestre que 
surgiram pela primeira vez nos répteis, considere as afirmativas a seguir. 
I. Pernas locomotoras e respiração pulmonar. 
II. Ectotermia e dupla circulação. 
III. Queratinização da pele e ácido úrico como excreta nitrogenado. 
IV. Ovo amniota e desenvolvimento direto. 
 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
35. (FGV/2015) Autotomia é a capacidade que alguns animais apresentam em soltar 
membros do corpo e regenerá-los posteriormente, como por exemplo, a autotomia 
caudal observada em algumas espécies de lagartos, conforme mostra a figura. 
 
(http://ulubiency.wp.pl) 
 
Nem todos os tecidos se recompõem e a regeneração torna-se menos eficiente a cada 
perda da cauda, podendo inclusive não ocorrer, dependendo do local da mutilação. 
 
É correto afirmar que a regeneração dos tecidos ocorre em função da capacidade de 
células se desdiferenciarem, retornando à condição 
a) gamética e realizarem mitoses sucessivas com nova diferenciação. 
b) embrionária e realizarem mitoses sucessivas sem nova diferenciação. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 69 
c) zigótica e realizarem meioses sucessivas com nova diferenciação. 
d) mesodérmica e realizarem mitoses sucessivas sem nova diferenciação. 
e) pluripotente e realizarem mitoses sucessivas com nova diferenciação. 
 
36. (IFPE/2015) A circulação nos animais tem como principal objetivo a distribuição 
de substâncias pelo corpo: nutrientes, gases respiratórios, excreções, hormônios etc. os 
diversos sistemas circulatórios nos animais apresentam diferenças entre eles, 
dependendo do grupo a que pertencem. 
Relacione corretamente as características e tipos de sistemas circulatórios 
apresentados na Coluna I, com os respectivos animais portadores desse sistema, na 
Coluna II. 
 
Coluna I 
( 1 ) Coração com apenas duas câmaras. 
( 2 ) O sangue não transporta gases respiratórios. 
( 3 ) Ocorre mistura de sangue arterial com sangue venoso. 
( 4 ) Coração com quatro câmaras completas. 
 
Coluna II 
( ) Insetos 
( ) Anfíbios 
( ) Aves 
( ) Peixes 
 
A leitura correta, de cima para baixo, na Coluna II é: 
a) 3, 2, 1 e 4 
b) 3, 4, 1 e 2 
c) 2, 3, 4 e 1 
d) 2, 3, 1 e 4 
e) 4, 3, 2 e 1 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 70 
37. (UFAM/2015) Um embrião com clivagem meroblástica, membranas 
extraembrionárias e uma linha primitiva (segmento linear espesso do epiblasto) deve ser 
característico de um(a): 
 
a) Peixe 
b) Ave 
c) Inseto 
d) Anfíbio 
e) Estrela do mar38. (UFRGS/2015) A expressão popular “estômago de avestruz” é utilizada para definir 
pessoas que comem de tudo e não enfrentam problemas digestivos com isso. 
 
Sobre o processo alimentar das aves, assinale a afirmação correta. 
a) O alimento ingerido passa direto ao estômago químico. 
b) As enzimas digestivas começam a agir no papo. 
c) A moela tem uma ação mecânica que tritura o alimento ingerido. 
d) Algumas espécies regurgitam o conteúdo da moela para alimentar os filhotes. 
e) A dieta alimentar inclui somente animais como insetos e vertebrados. 
 
39. (Unievangélica GO/2015) Leia o texto a seguir. 
 
O sistema digestório dos vertebrados é constituído por um tubo com regiões bem 
diferenciadas (boca, faringe, esôfago, estômago, intestino) e por diversas glândulas 
acessórias. O intestino dos peixes ósseos e de mamíferos marsupiais e placentários 
abre-se diretamente no ânus. O intestino dos condrictes, anfíbios, répteis, aves e 
mamíferos monotremados termina em uma câmara, a cloaca. 
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da biologia moderna: volume único. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2006. 
p. 442. 
 
A cloaca, no sistema digestório dos vertebrados, recebe 
a) o intestino de peixes ósseos e mamíferos placentários. 
b) exclusivamente os processos de reprodução dos anfíbios e répteis. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 71 
c) unicamente o material vindo dos intestinos, nos cartilaginosos. 
d) os sistemas excretor e reprodutor, além do digestório. 
 
40. (UEA AM/2014) A tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) e a harpia (Harpia 
harpyja) são animais típicos da Amazônia. 
 
 
Com relação à reprodução destes animais, é correto afirmar que 
a) apenas a tartaruga possui ovo amniótico rico em vitelo com casca calcária. 
b) apenas a harpia apresenta ovo telolécito (megalécito) e cuidado parental. 
c) tanto a tartaruga como a harpia, quando embriões, armazenam suas excretas no alantoide. 
d) tanto a tartaruga como a harpia apresentam desenvolvimento indireto, cuja fase larval é 
dentro do ovo. 
e) nem a tartaruga nem a harpia, quando embriões, realizam trocas gasosas através da casca 
do ovo. 
 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 72 
10. Gabarito 
 
 
1. A 11. A 21. A 31. A 41. 
2. A 12. B 22. A 32. A 42. 
3. 20 13. D 23. 15 33. A 43. 
4. C 14. B 24. D 34. C 44. 
5. E 15. A 25. C 35. E 45. 
6. E 16. C 26. E 36. C 46. 
7. E 17. B 27. D 37. B 47. 
8. 02 18. A 28. D 38. C 48. 
9. C 19. D 29. A 39. D 49. 
10. A 20. A 30. C 40. C 50. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 73 
11. Lista comentada de questões 
 
1. (FUVEST SP/2019) O esquema representa, de maneira bastante simplificada, uma 
das possíveis hipóteses de relação de parentesco entre grupos animais, assinalados 
pelo nome comum de alguns de seus representantes. Na base do esquema, a 
característica que une todos em um mesmo grupo é a deuterostomia. 
 
Identifique quais seriam as características I, II, III, IV, V que justificariam os respectivos 
grupos. 
a) I-notocorda; II-pulmão; III-âmnio; IV-pelo; V-ovo com casca. 
b) I-escamas; II-encéfalo; III-pulmão; IV-glândulas mamárias; V-âmnio. 
c) I-mandíbula; II-4 membros locomotores; III-pulmão; IV-ventrículo subdividido em 2 câmaras; 
V-ovo com casca. 
d) I-notocorda; II-4 membros locomotores; III-pulmão; IV-glândulas mamárias; V-pena. 
e) I-âmnio; II-pulmão; III-mandíbula; IV-ventrículo subdividido em 2 câmaras; V-escama. 
 
Comentários 
O diagrama corresponde a uma filogenia dos animais deuterostômios, isto é, aqueles em 
cujo desenvolvimento embrionário dão origem ao ânus como primeira cavidade do sistema 
digestório. Lembre-se que os animais cuja primeira cavidade a se formar é a boca recebem o 
nome de animais protostômios. Filogenias são hipóteses de relação de parentesco que 
consistem em diagramas que evidenciam características compartilhadas por dois ou mais 
grupos, buscando se aproximar da origem e compreender as relações evolutivas entre os 
organismos sob análise. 
Entre os deuterostômios estão os equinodermos (estrelas-do-mar, bolachas-do-mar, 
lírios-do-mar e pepinos-do-mar) e os cordados (animais que apresentam, em algum momento 
de seu desenvolvimento embrionário, notocorda, e incluem o anfioxo, a ascídia, os peixes, 
anfíbios, “répteis”, aves e mamíferos). 
Vamos à análise da filogenia dada: 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 74 
A característica I está presente nos peixes, anfíbios, mamíferos, “répteis” e aves, mas 
ausente nos equinodermos. Dado que os deuterostômios incluem os equinodermos e os 
cordados, I deve representar aquilo que reúne os cordados como um grupo, ou seja, a 
notocorda. 
A característica II está presente nos anfíbios, mamíferos, “répteis” e aves, mas ausente 
nos peixes. Na transição dos animais do meio aquático para o meio terrestre, uma grande 
novidade evolutiva aparece: o desenvolvimento de quatro membros locomotores. Essa é a 
característica determinante para a formação do grupo chamado Tetrapoda (portadores de 
quatro “pés”). 
A característica III está presente nos mamíferos, “répteis” e aves, mas ausente nos 
peixes e anfíbios. O que reúne esses animais é a presença de vários anexos embrionários com 
função de proteger e manter o embrião, tais como âmnio, córion, alantoide e vesícula vitelínica. 
Esse grupo é denominado Amniota. 
A característica IV é exclusiva dos mamíferos. Poderíamos citar os pelos, as glândulas 
mamárias e a placenta. 
A característica V está presente em “répteis” e aves. Esses animais compartilham a 
presença de ovo amniótico com casca, uma característica que evita o dessecamento do 
embrião, uma vez que seu desenvolvimento ocorre no ambiente terrestre, onde a água é 
escassa. 
 Assim, temos a filogenia dos deuterostômios simplificada da seguinte maneira: 
 
Assim, de acordo com a explicação acima, a alternativa A está certa e é o nosso 
gabarito. 
Gabarito: A. 
2. (UECE/2019) Atente para a seguinte notícia: “Professor da Uece flagra morte de 
439 quelônios no açude Cedro em Quixadá; pesquisa será feita para revelar causas... O 
professor comenta que a mortandade dos animais pode causar um panorama ainda mais 
grave. Ele prevê que com as primeiras chuvas, a água que possa se acumular pode 
representar riscos à saúde pública, já que não haverá espécies vivas no açude para 
cumprir o papel do ecossistema”. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 75 
 
Fonte: http://blogs.diariodonordeste.com.br/sertaocentral/meioambiente/professor-da-uece-flagra-mortandade-decagados-no-acude-
cedro-pesquisa-sera-feita/ 
 
Sobre os quelônios referidos no excerto da notícia, é correto afirmar que 
a) são representados pelos cágados, tartarugas e jabutis: animais ovíparos. 
b) são representados pelos cágados, serpentes e jabutis: animais ovíparos. 
c) cágados são quelônios terrestres que possuem o corpo achatado e pescoço longo. 
d) cágados são quelônios terrestres e jabutis são quelônios de água doce. 
 
Comentários 
 Os quelônios são animais representados pelas tartarugas, cágados e jabutis. As 
tartarugas podem ocorrer tanto em água marinha, quanto em água doce; os cágados são 
animais que vivem em água doce e os jabutis são animais terrestres. Todos eles são ovíparos, 
sinapomorfia encontrada nos répteis. 
 Assim, a alternativa A está certa e é o nosso gabarito. 
Gabarito: A. 
3. (UEM PR/2019) O número de espécies de mamíferos reconhecidas era de 4631 em 
1993, tendo saltado para 5416 em 2005 e tendo atingido a marca de 6495 em 2017. 
Atualmente, são reconhecidas 6569 espécies, divididas em 27 ordens, das quais a ordem 
Rodentia é a que possui maior número de espécies: 2566. 
(Dados obtidos de mammaldiversity.org.Acesso em: 21 de set. de 2018). 
 
A partir desses dados, considerou-se que a função N(t) = 4600 + 80(t – 1993) fornece um 
bom modelo para o número de espécies reconhecidas no ano t, quando 1993  t  2018. 
 
Com base no exposto e em conhecimentos correlatos, assinale o que está correto. 
01. Atualmente temos uma média inferior a 200 espécies por ordem de mamíferos. 
02. A espécie humana pertence à ordem que possui maior número de espécies reconhecidas 
atualmente. 
04. Ariranha, golfinho, ornitorrinco, morcego e équidna são todos exemplos de mamíferos. 
08. A função proposta fornece sempre valores positivos para N(t), para qualquer t 
correspondente a qualquer ano do século XX ou do XXI. 
16. A função proposta estima melhor o número de espécies de mamíferos reconhecidas em 
2017 do que o número de espécies reconhecidas em 2005. 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 76 
Comentários 
A alternativa 01 está errada, porque se dividirmos o número total de espécies 
reconhecidas atualmente (ano de 2018) pelo número de ordens de mamíferos, temos que: 
6569/27=243,3. 
A alternativa 02 está errada, porque o enunciado nos informa que a ordem Rodentia é a 
mais diversa, e os humanos pertencem aos Primatas. 
A alternativa 04 está certa. 
A alternativa 08 está errada. A função proposta é uma função positiva e, portanto, 
crescente: observe que em 𝑁(𝑡) = 4600 + 80(𝑡 − 1993), o valor da variável (t) é positivo. Para 
eu saber se a função fornece sempre valores positivos, eu vou substituir t pelo valor mais baixo 
possível. Como é me dada condição de “qualquer ano do século XX ou do XXI”, vamos utilizar 
o primeiro ano do século XX: 1900. Substituindo: 
𝑁(𝑡) = 4600 + 80(1900 − 1993) 
𝑁(𝑡) = 4600 + 80(−93) 
𝑁(𝑡) = 4600 − 7440 
𝑁(𝑡) = −2840 
Assim, a função proposta não fornece sempre valores positivos para N(t), para qualquer 
t correspondente a qualquer ano do século XX ou do XXI. 
A afirmativa 16 está certa. Para determinar em qual ano a função estima melhor o 
número de espécies, vamos substituí-los e comparar os resultados com os números dados no 
enunciado. 
Assim, 
𝑁(𝑡) = 4600 + 80(2017 − 1993) 
𝑁(𝑡) = 4600 + 1920 
𝑁(𝑡) = 6520. O número observado foi 6495, logo a diferença é de 25 espécies. 
 
𝑁(𝑡) = 4600 + 80(2005 − 1993) 
𝑁(𝑡) = 4600 + 960 
𝑁(𝑡) = 5560. O número observado foi 5416, logo a diferença é de 144 espécies. 
Assim, a função proposta estima melhor o número de espécies de mamíferos 
reconhecidas em 2017. 
Gabarito: 20. 
4. (UNICAMP SP/2019) No ano de 2015, foi descrito o fóssil de um réptil que viveu há 
150 milhões de anos onde hoje é a região Nordeste do Brasil. Conforme ilustra a figura a 
seguir, esse animal apresenta corpo alongado, com muitas vértebras e costelas, e 
membros anteriores e posteriores reduzidos (a seta indica a região ampliada no canto 
inferior esquerdo). Por sua anatomia peculiar, um grande debate teve início sobre a 
posição que esse animal deveria ocupar na árvore da vida. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 77 
 
(David M. Martill e outros, A four-legged snake from the Early Cretaceous of Gondwana. Science, Nova Iorque, v. 349, fasc. 6246, p. 416-
419, jul. 2015.) 
Sabe-se que os lagartos (que geralmente têm membros) e as serpentes (seres ápodes) 
que vivem atualmente têm um ancestral comum. Sendo assim, o organismo ilustrado na 
figura 
 
a) não pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, pois a perda dos membros 
anteriores e posteriores levaria a um prejuízo à vida do animal, e a evolução resulta apenas em 
melhoria dos organismos. 
b) não pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, pois a evolução é gradual e incapaz 
de gerar mudanças drásticas na morfologia de um ser vivo, como a perda de membros 
anteriores e posteriores. 
c) pode pertencer à linhagem evolutiva das serpentes, sendo que seu ancestral comum com os 
lagartos possuía membros, depois perdidos por processos evolutivos, originando as serpentes 
ápodas atuais. 
d) pode ser um fóssil de transição, pois os ancestrais das serpentes que não utilizavam seus 
membros com tanta frequência sofreram atrofia desses membros, deixando de transferir tal 
característica para seus descendentes. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque a perda dos membros nas serpentes foi secundária, 
isto é, eles evoluíram de animais tetrápodes e depois perderam os membros. Ainda, evolução 
não é sinônimo de progresso ou melhoria. Evolução é mudança no tempo a partir de um 
ancestral comum. 
A alternativa B está errada, porque a evolução pode ser gradual ou gerar grandes 
mudanças na morfologia de um ser vivo em episódios pontuais (equilíbrio pontuado). 
A alternativa C está certa e é o nosso gabarito. 
A alternativa D está errada, porque a explicação dada faz referência a um processo 
lamarckista, que não representa o modo como os processos evolutivos ocorrem. 
Gabarito: C. 
5. (UFRGS/2019) 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 78 
Níquel Náusea Fernando Gonsales 
 
Fonte: Zero Hora, 02 e 03 de julho de 2017. 
 
Considere as seguintes afirmações sobre os animais do segundo quadro. 
I. Os crocodilianos e as aves compartilham a sua ancestralidade com os dinossauros. 
II. Os crocodilianos são ectotérmicos e dependem de fontes de calor externas. 
III. As aves apresentam coração com dois átrios e dois ventrículos completamente 
separados. 
 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas I e III. 
d) Apenas II e III. 
e) I, II e III. 
 
Comentários 
As afirmativas I, II e III estão certas. Logo, a alternativa E está certa. 
Gabarito: E. 
6. (UNIFOR CE/2019) O elefante africano é conhecido por sua pele espessa e 
enrugada. Estes animais não possuem glândulas sudoríparas, mas quem os observa de 
perto poderá ver uma intrincada rede de minúsculas fendas, que fazem com que a pele 
do poderoso mamífero pareça asfalto rachado. Mas as rachaduras não estão ali por 
acaso. 
Disponível em: <https://g1.globo.com/natureza/ noticia/2018/10/02/cientistas-descobrem-comosurgem-as-rugas-na-pele-de-elefantes-
africanos.ghtml.>.Acesso em 18 Out 2018. 
 
Sendo assim, qual seria o papel das fendas na pele nestes animais? 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 79 
a) Garantir suporte e nutrição às células da epiderme lubrificando a espessa e enrugada pele. 
b) Armazenar substâncias lipídicas conferindo proteção contra choques mecânicos. 
c) Proteger a pele do contato com parasitas, aumentando assim imunidade contra infestações. 
d) Aumentar a superfície de contato com os raios solares elevando a temperatura. 
e) Reter mais umidade do que uma superfície plana, ajudando a regular a temperatura 
corporal. 
 
Comentários 
As fendas na pele dos elefantes têm função de aumentar a superfície de contato e reter 
mais umidade, o que ajuda na regulação da temperatura corpórea do animal. Assim, a 
alternativa E está certa e é o nosso gabarito. As demais alternativas não trazem explicações 
que se relacionam com a função das rugas epidérmicas. 
Gabarito: E. 
7. (UNITAU SP/2018) Os peixes cartilaginosos, da classe Chondrichthyes, são 
representados por cerca de mil espécies de tubarões, arraias e quimeras, sendo que a 
maioria das espécies de condrictes é marinha. Dentre esses animais, é possível verificar 
uma grande variedade de hábitos alimentares. O aparelho digestório dos 
Chondrichthyes é completo e seu intestino apresenta uma importante especialização, a 
válvula espiral. 
 
Assinale a alternativa que caracteriza CORRETAMENTE essa estrutura. 
a) Área de mucosa pregueada, que concentra glândulas produtoras de enzimas digestivas. 
b) Região de ação glandular, que remove o excesso de sais do sangue. 
c) Área de compressão do alimento, por ação muscular, e de digestãopor microrganismos. 
d) Região relativamente curta e dilatada, em que o alimento é amolecido por hidratação. 
e) Área de absorção e de prolongamento do tempo que o alimento fica no intestino. 
 
Comentários 
A válvula espiral é uma estrutura localizada no interior do intestino dos peixes 
cartilaginosos que tem função de aumentar a área de absorção e prolongar o tempo que os 
alimentos permanecem no órgão, a fim de maximizar a nutrição do animal 
A alternativa A está errada, porque ela nãos e relaciona com a produção de enzimas 
digestivas. 
A alternativa B está errada, porque não se trata de uma estrutura com ação glandular. 
A alternativa C está errada, porque não se trata de uma estrutura de compressão 
alimentar. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 80 
A alternativa D está errada, porque não se trata de uma estrutura de hidratação do 
alimento. 
A alternativa E está certa e é o nosso gabarito. 
Gabarito: E. 
8. (UNIC MT/2018) Os peixes cartilaginosos, como as arraias e os tubarões acumulam 
ureia no sangue, como artifício de sobrevivência ao ambiente marinho, porque 
 
01. o sangue elimina os sais absorvidos na estrutura entérica por osmose. 
02. tornando-se isotônico em relação ao ambiente marinho, a osmorregulação é controlada. 
03. a liberação é elevada de urina, e a perda da ureia reduz a concentração de sais no sangue. 
04. a água do mar é hipotônica em relação ao seu meio interno, o que favorece a desidratação. 
05. os vacúolos pulsáteis, presentes nas guelras do tubarão, viabilizam a eliminação do 
excesso de sais em seu corpo. 
 
Comentários 
A afirmativa 01 está errada, porque o sangue não elimina os sais absorvidos no 
intestino. Nesses peixes, os rins reabsorvem a ureia afim de igualar as concentrações interna e 
externa. 
A afirmativa 02 está certa e é o nosso gabarito. Por viverem em um ambiente marinho, 
os peixes cartilaginosos acumulam ureia a fim de igualar a concentração interna de seus 
corpos à do ambiente. 
A afirmativa 03 está errada, porque o acúmulo de ureia no sangue leva ao aumento da 
concentração de sais. 
A afirmativa 04 está errada, porque a água do mar é hipertônica em relação ao interior 
do animal, daí a necessidade de acumular ureia no sangue, para igualar as concentrações e 
favorecer a regulação osmótica. 
A afirmativa 05 está errada, porque não existem vacúolos pulsáteis nas guelras dos 
tubarões. 
Gabarito: 02. 
9. (UNIFOR CE/2018) Um empresário cearense teve um prejuízo de aproximadamente 
R$ 150 mil devido à morte de 15 toneladas de peixe durante o apagão em 21/03/2018 na 
cidade de Aquiraz, Região Metropolitana de Fortaleza. Os peixes da espécie tilápia 
estavam em um tanque que ficou sem oxigenação após as máquinas pararem de 
funcionar. 
Fonte: https://g1.globo.com/ce/ceara/noticia/empresario-tem-prejuizo-de-r-150-mil-com-a-morte-detoneladas-de-peixes-durante-apagao-
no-ceara.ghtml Acesso em 22 abr. 2018. 
 
Considerando a respiração dos peixes tilápia, julgue as afirmativas: 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 81 
I. As tilápias morreram porque a saturação de oxigênio na água não foi suficiente para a 
realização das trocas gasosas nos pulmões destes peixes. 
II. A queda brusca do oxigênio dissolvido no meio aquático é denominada depleção de 
oxigênio e compromete os mecanismos de geração de energia nos peixes. 
III. A ausência de oxigênio bloqueia a respiração celular porque o aceptor final de 
elétrons é o O2, que, depois de se combinar com os elétrons e o hidrogênio, forma água. 
IV. A mortandade dos peixes deu-se provavelmente por uma depleção de oxigênio que 
provocou o aparecimento de um agente infeccioso altamente virulento. 
 
É correto apenas o que se afirma em: 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) I, II e III. 
e) II, III e IV. 
 
Comentários 
A afirmativa I está errada, porque as tilápias, como todos os peixes ósseos, apresentam 
respiração branquial. 
A afirmativa II está certa. 
A afirmativa III está certa. Se você ficar em dúvidas, volte à aula 03 de Metabolismo 
energético. 
A afirmativa IV está errada, porque não há qualquer indício no enunciado que relacione 
a depleção e oxigênio à ocorrência de um vírus infeccioso. 
Gabarito: C. 
10. (UERJ/2018) 
O poder criativo da imperfeição 
 
Já escrevi sobre como nossas teorias científicas sobre o mundo são aproximações de 
uma realidade que podemos compreender apenas em parte. 1Nossos instrumentos de 
pesquisa, que tanto ampliam nossa visão de mundo, têm necessariamente limites de 
precisão. Não há dúvida de que Galileu, com seu telescópio, viu mais longe do que todos 
antes dele. Também não há dúvida de que hoje vemos muito mais longe do que Galileu 
poderia ter sonhado em 1610. E certamente, em cem anos, nossa visão cósmica terá 
sido ampliada de forma imprevisível. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 82 
 
No avanço do conhecimento científico, vemos um conceito que tem um papel essencial: 
simetria. Já desde os tempos de Platão, 2há a noção de que existe uma linguagem 
secreta da natureza, uma matemática por trás da ordem que observamos. 
 
Platão – e, com ele, muitos matemáticos até hoje – acreditava que os conceitos 
matemáticos existiam em uma espécie de dimensão paralela, acessível apenas através 
da razão. Nesse caso, os teoremas da matemática (como o famoso teorema de 
Pitágoras) existem como verdades absolutas, que a mente humana, ao menos as mais 
aptas, pode ocasionalmente descobrir. Para os platônicos, 3a matemática é uma 
descoberta, e não uma invenção humana. 
 
Ao menos no que diz respeito às forças que agem nas partículas fundamentais da 
matéria, a busca por uma teoria final da natureza é a encarnação moderna do sonho 
platônico de um código secreto da natureza. As teorias de unificação, como são 
chamadas, visam justamente a isso, formular todas as forças como manifestações de 
uma única, com sua simetria abrangendo as demais. 
 
Culturalmente, é difícil não traçar uma linha entre as fés monoteístas e a busca por uma 
unidade da natureza nas ciências. Esse sonho, porém, é impossível de ser realizado. 
 
Primeiro, porque nossas teorias são sempre temporárias, passíveis de ajustes e revisões 
futuras. Não existe uma teoria que possamos dizer final, pois 4nossas explicações 
mudam de acordo com o conhecimento acumulado que temos das coisas. Um século 
atrás, um elétron era algo muito diferente do que é hoje. Em cem anos, será algo muito 
diferente outra vez. Não podemos saber se as forças que conhecemos hoje são as 
únicas que existem. 
 
Segundo, porque nossas teorias e as simetrias que detectamos nos padrões regulares 
da natureza são em geral aproximações. Não existe uma perfeição no mundo, apenas em 
nossas mentes. De fato, quando analisamos com calma as “unificações” da física, 
vemos que são aproximações que funcionam apenas dentro de certas condições. 
 
O que encontramos são assimetrias, imperfeições que surgem desde as descrições das 
propriedades da matéria até as das moléculas que determinam a vida, as proteínas e os 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 83 
ácidos nucleicos (RNA e DNA). Por trás da riqueza que vemos nas formas materiais, 
encontramos a força criativa das imperfeições. 
MARCELO GLEISERAdaptado de Folha de São Paulo, 25/08/2013. 
 
A simetria também é observada na estrutura corporal dos animais, influenciando, por 
exemplo, a distribuição interna dos órgãos. Uma característica associada à simetria 
bilateral, presente em todos os animais com esse padrão corporal, é: 
 
a) grande cefalização 
b) organização metamérica 
c) sistema circulatório aberto 
d) sistema digestório incompleto 
 
Comentários 
A sugestão nesta questão é ir diretamente para o comando da questão e ver se a 
informação contidano texto é essencial para sua realização. Quando fazemos isso, 
percebemos que é possível responder a partir dos conhecimentos sobre características 
fundamentais dos animais. Sendo assim, a simetria bilateral presente no reino animal a partir 
dos platelmintos permitiu a cefalização desses animais, isto é, a concentração dos órgãos e 
tecidos nervosos e sensoriais na região da cabeça. 
Assim, a alternativa A está certa e é o nosso gabarito. 
Gabarito: A. 
11. (UNICAMP SP/2018) Os eixos do gráfico a seguir representam duas variáveis, uma 
delas não identificada no gráfico. Uma curva representa animais endotérmicos e a outra, 
animais ectotérmicos. 
 
(Adaptado de KHAN ACADEMY, Endotherms and ectotherms. Disponível em www.khanacademy.org. Acessado em 10/08/17.) 
 
A curva que corretamente se aplica ao ser humano é 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 84 
a) a curva A, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura externa e o eixo vertical, o 
consumo de O2. 
b) a curva A, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura interna e o eixo vertical, o 
consumo de O2. 
c) a curva B, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura externa e o eixo vertical, a 
liberação de CO2. 
d) a curva B, sendo que o eixo horizontal representa a temperatura interna e o eixo vertical, a 
liberação de CO2. 
 
Comentários 
No gráfico, vemos que a curva A relaciona a temperatura do ambiente à variável 
misteriosa de maneira decrescente até os 30°C, ou seja, conforme aumenta a temperatura, 
diminuem os valores da variável. Já a curva B relaciona a temperatura do ambiente à variável 
misteriosa de maneira crescente: conforme aumenta a temperatura, aumentam os valores da 
variável. 
Sabemos que os animais endotérmicos mantêm sua temperatura interna constante, 
independentemente das variações térmica do meio. Assim, para que a temperatura interna do 
ser humano, por exemplo, se mantenha constante em torno dos 37°C quanto está frio (10°C), o 
metabolismo trabalha de maneira acelerada, com muito consumo de oxigênio para manter 
todas as atividades biológicas em pleno funcionamento. 
Já os animais ectotérmicos variam sua temperatura interna de acordo com a 
temperatura do ambiente. Assim, se a temperatura do ambiente aumenta, esses animais 
elevam sua temperatura através do aumento do consumo de oxigênio, elevando 
consequentemente sua temperatura. Se a temperatura do ambiente diminui, eles reduzem o 
consumo de oxigênio, e, consequentemente, a taxa metabólica. 
Portanto, a variável misteriosa refere-se ao consumo de oxigênio e as curvas 
representam a taxa metabólica de um animal endotérmico (A) e de um animal exotérmico (B). 
Assim, a alternativa A está certa e é o nosso gabarito. 
Gabarito: A. 
12. (UNITAU SP/2018) Os animais do subfilo Chordata caracterizam-se, dentre outros 
elementos, por compartilharem uma coluna vertebral segmentada e uma caixa craniana, 
que protegem o sistema nervoso. Dentre os cordados, as características: 
 
1) pele ressecada, coberta por escamas epidérmicas queratinizadas e 
2) pele permeável, que também realiza trocas gasosas, identificam, respectivamente, 
 
a) répteis e aves. 
b) répteis e anfíbios. 
c) anfíbios e répteis. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 85 
d) anfíbios e aves. 
e) aves e mamíferos. 
 
Comentários 
A pele ressecada com escamas epidérmicas queratinizadas é típica dos répteis e evita a 
perda de água para o ambiente, uma vez que esses animais conquistaram definitivamente o 
ambiente terrestre. Já a pele úmida e permeável é típica dos anfíbios, cuja respiração cutânea 
é importante e representa aproximadamente 80% das trocas gasosas realizadas. Assim, a 
alternativa B está certa. 
Gabarito: B. 
13. (FAMERP SP/2018) As aves e os mamíferos podem habitar uma grande amplitude 
de áreas terrestres. São encontrados em regiões de altitudes muito elevadas, assim 
como em regiões de altas latitudes. 
 
As aves e os mamíferos são capazes de sobreviver nesses ambientes por possuírem 
a) pele queratinizada. 
b) anexos embrionários. 
c) esqueleto ósseo resistente. 
d) endotermia. 
e) circulação fechada. 
 
Comentários 
A característica que permite o sucesso de aves e mamíferos nos mais variados 
ambientes é a endotermia, isto é, o fato de conseguirem manter sua temperatura interna 
constante mesmo com as variações térmicas do ambiente em que vivem. 
Gabarito: D. 
14. (IFRS/2018) Assinale a alternativa que apresenta os animais que têm o coração 
com duas, três e quatro cavidades, respectivamente, 
 
a) sapo, onça e mosca. 
b) lambari, tartaruga e gato. 
c) tartaruga, gato e sapo. 
d) gato, sapo e tubarão. 
e) cavalo, tigre e elefante. 
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AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 86 
 
Comentários 
A alternativa A está errada porque os sapos apresentam coração com três cavidades (2 
átrios e 1 ventrículo), a onça apresenta coração com quatro cavidades (2 átrios e 2 ventrículos) 
e a mosca possui um coração que não apresenta cavidades. 
A alternativa B está certa e é o nosso gabarito. 
A alternativa C está errada, porque a tartaruga apresenta coração com três cavidades, 
sendo o ventrículo parcialmente separado, e o gato possui coração com quatro cavidades 
completamente separadas. 
A alternativa D está errada, porque o tubarão possui coração com duas cavidades 
apenas. 
A alternativa E está errada, porque todos os animais citados são mamíferos e possuem 
coração com quatro cavidades. 
Gabarito: B. 
15. (FUVEST SP/2017) O esquema representa, de maneira simplificada, a circulação 
sanguínea em peixes. 
 
Pode-se afirmar corretamente que, nos peixes, 
a) o coração recebe somente sangue pobre em oxigênio. 
b) ocorre mistura de sangue pobre e de sangue rico em oxigênio, como nos répteis. 
c) o sangue mantém constante a concentração de gases ao longo do percurso. 
d) a circulação é dupla, como ocorre em todos os demais vertebrados. 
e) o sistema circulatório é aberto, pois o sangue tem contato direto com as brânquias. 
 
Comentários 
A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. Os tecidos recebem sangue arterial 
oxigenado vindo das brânquias e o devolvem ao coração o sangue venoso. Assim, apenas o 
sangue venoso circula pelo coração. 
A alternativa B está errada, porque não ocorre a mistura do sangue. 
A alternativa C está errada, porque sangue realiza as trocas gasosas à medida que 
percorre pelo corpo do animal. 
A alternativa D está errada, porque a circulação dos peixes é simples, ou seja, o sangue 
venoso passa apenas uma vez pelo coração em cada circuito que realiza. 
A alternativa E está errada, porque o sistema circulatório é fechado, pois existe uma 
bomba cardíaca (coração) que bombeia sangue para todo o corpo. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 87 
Gabarito: A. 
16. (UDESC SC/2017) Uma importante classe dentro do grupo dos cordados reúne 
mais de 9 mil espécies, algumas com menos de 2 g de peso e outras atingindo mais de 
100 kg. São algumas de suas características: homeotermos, coração com quatro 
cavidades, circulação fechada, respiração pulmonar, sistema digestório com estruturas 
denominadas de papo e moela e ausência de dentes. 
 
Assinale a alternativa que indica a classe a que se refere o enunciado. 
a) mamíferos 
b) peixes 
c) aves 
d) répteis 
e) anfíbios 
 
Comentários 
As características do enunciado descrevem as aves, um grupo dentro dos répteis cujas 
características permitiram alto grau de diferenciação em relação aos demais membros, como 
as tartarugas, lagartos, serpentes e crocodilos. Assim, a alternativa C está certa e é o nosso 
gabarito. 
Gabarito: C. 
17. (UFRR/2017) O peixe sul-americano (Lepidosiren sp.) é encontrado na Bacia 
Amazônica, respira oxigênio atmosférico e caso não consiga chegar até a superfície daágua para engolir ar (conforme a figura abaixo extraída de Liem et al. 2012), acaba 
morrendo afogado. 
 
 
 
Dentre as alternativas abaixo, qual grupo de peixe apresenta esse modo de respirar? 
a) Peixe-boi; 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 88 
b) Dipnoicos; 
c) Condrictes; 
d) Actinopterígios; 
e) Agnatos. 
 
Comentários 
Os peixes que apresentam respiração pulmonar e são dependentes do oxigênio 
atmosférico são chamados de pulmonados e pertencem ao grupo dos Dipnoi. Assim, a 
alternativa B está certa e é o nosso gabarito. 
Gabarito: B. 
18. (Uni-FaceF SP/2017) Especialistas advertem que o menor boto do mundo, a 
vaquita, está se aproximando da extinção. Atualmente, restam 60 vaquitas na área norte 
do Golfo da Califórnia. A caça predatória do peixe totoaba está causando o 
desaparecimento das vaquitas. A bexiga natatória do totoaba é contrabandeada pela 
fronteira da Califórnia e enviada à China, onde é apreciada como iguaria na gastronomia 
chinesa. A vaquita fica presa nas redes montadas para apanhar o totoaba e se afoga. 
(Folha de S.Paulo, 04.06.2016. Adaptado.) 
 
De acordo com as informações do texto, é correto afirmar que 
a) a vaquita é um mamífero, que respira por pulmões, e a totoaba é um peixe ósseo, que 
respira por brânquias. 
b) a vaquita é um mamífero, que respira por pulmões, e a totoaba é um peixe cartilaginoso, que 
respira por brânquias. 
c) a vaquita é um mamífero, que respira por brânquias, e a totoaba é um peixe ósseo, que 
respira por pulmões. 
d) a vaquita é um peixe ósseo, que respira por brânquias, e a totoaba é um peixe cartilaginoso, 
que respira por pulmões. 
e) a vaquita é um peixe ósseo, que respira por pulmões, e a totoaba é um peixe cartilaginoso, 
que respira por brânquias. 
 
Comentários 
A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. 
A alternativa B está errada, porque o enunciado informa que a totoaba possui bexiga 
natatória, estrutura presente somente nos peixes ósseos. 
A alternativa C está errada, porque a vaquita é um mamífero que respira por pulmões, 
enquanto a totoaba é um peixe ósseo que respira por brânquias. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 89 
A alternativa D está errada, porque a vaquita é um mamífero e a totoaba um peixe 
ósseo. 
A alternativa E está errada, porque a vaquita é um mamífero e a totoaba um peixe 
ósseo. 
Gabarito: A. 
19. (UCS RS/2017) Desde as primeiras manifestações mítico-religiosas, o homem 
busca respostas à origem e à evolução das espécies. Filosofia, religião e ciência entram 
em cena para construir diferentes concepções sobre a existência da vida, sobre a 
espécie humana e sobre as características que diferenciam as espécies umas das 
outras. 
Disponível em: <http://historiageralcomgd.blogspot.com.br/2009/07/ teorias-evolucionistas-e-criacionistas. html>. Acesso em: 28 ago. 16. 
(Parcial e adaptado.) 
Nesse sentido, o tema abordado será o eixo temático “A Evolução das Espécies”. 
 
 
 
Em um novo estudo, publicado no Scientific Reports, cientistas afirmam ter encontrado 
um peixe que caminha como um anfíbio. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de 
Nova Jersey encontraram a espécie rara escalando cachoeiras na Tailândia. Essas 
características não são vistas em nenhum outro peixe vivo e trazem novas evidências 
sobre a evolução das espécies. 
 
Ao examinar a Cryptotora thamicola, os pesquisadores constataram que o peixe 
alternava os passos das “patas” traseiras com as frontais, realizando o mesmo 
movimento que os animais que andam sobre a terra. Além disso, a equipe conseguiu 
realizar uma impressão 3D da anatomia do peixe, revelando detalhes de seu esqueleto. 
 
Nos peixes comuns, a pélvis é composta por pequenos ossos e é utilizada apenas para 
evitar que eles girem em torno de si, servindo como um instrumento de equilíbrio. Na 
Cryptotora thamicola (imagem p. 22), no entanto, verificou-se que a pélvis é uma região 
complexa, com muitos ossos que são interligados com a espinha. Isso revelou a 
aproximação dessa espécie com os tetrápodes, que desenvolveram adaptações para 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 90 
conseguir caminhar firmemente sobre a superfície da terra. Esse processo dependeu da 
evolução da pélvis, que se conectou com a espinha e membros para garantir o 
movimento das patas, como se vê nas salamandras e em outros anfíbios. Seguindo um 
padrão evolucionista, os tetrápodes surgiram de uma única linhagem de peixes que 
conseguiu habitar o solo, utilizando o mesmo movimento alternado de patas – visto na 
rara espécie de peixe. “Esses resultados são significativos uma vez que representam o 
primeiro exemplo de adaptações comportamentais e morfológicas em um peixe vivo, que 
converge com as características apresentadas pelos tetrápodes”, explicou a equipe 
internacional de pesquisadores responsável pela descoberta. 
Disponível em: <http://novataxa.blogspot.com.br/2016/03/cryptotora.html>. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/ciencia/conheca-o-
peixe-que-caminha-como-um-anfibio/>. Acesso em: 10 ago. 16. (Parcial e adaptado.) 
 
Tendo como referência as informações apresentadas no texto, assinale a alternativa 
correta. 
a) O nome científico do “peixe que caminha como um anfíbio”, de acordo com o modelo de 
Lineu, é binominal, e Cryptotora é seu epíteto específico. 
b) O isolamento geográfico nas cachoeiras da Tailândia permitiu que a população de 
Cryptotora thamicola divergisse em características anatômicas de seus ancestrais tetrápodes. 
c) O Siluriano é o período da Era Paleozoica compreendido aproximadamente entre 440 e 400 
milhões de anos atrás. Nele ocorreu a proliferação dos peixes que dominaram de vez os 
ambientes aquáticos, motivo pelo qual é conhecido como “A Era dos Peixes”. 
d) O grupo dos tetrápodes compreende os anfíbios, os répteis, as aves e os mamíferos que, 
além de coluna vertebral segmentada e crânio, possuem simetria bilateral. 
e) O fato de a Cryptotora thamicola conseguir caminhar como um anfíbio é uma consequência 
direta de um processo evolutivo não aleatório conhecido como deriva genética. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque Cryptotora é o gênero do peixe e thamicola é seu 
epíteto específico. 
A alternativa B está errada, porque não há referência ao isolamento geográfico no texto. 
A alternativa C está errada, porque a proliferação dos peixes acontece no período 
subsequente ao Siluriano, o Devoniano. 
A alternativa D está certa e é o nosso gabarito. 
A alternativa E está errada, porque a deriva genética é um processo completamente 
aleatório e não está obrigatoriamente relacionada ao caminhar dessa espécie de peixe. 
Gabarito: D. 
20. (UNICAMP SP/2017) Na vida real não existem animais que são agentes secretos, 
mas o ornitorrinco, representado na figura do desenho Phineas e Ferb, guarda muitos 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 91 
segredos e curiosidades. Esse animal de aproximadamente 60 cm, que parece uma 
mistura de lontra, pato e castor, resultou em um ser único em vários sentidos. 
 
a) À semelhança dos mamíferos placentários, a fêmea do ornitorinco alimenta os filhotes com 
seu leite, mas coloca ovos. 
b) Diferentemente dos mamíferos placentários, os ornitorrincos não produzem leite para a 
alimentação dos filhotes. 
c) À semelhança dos mamíferos placentários, os embriões dos ornitorrincos alimentam-se 
exclusivamente de vitelo acumulado no ovo. 
d) Diferentemente dos mamíferos placentários, os ornitorrincos apresentam autofecundação e 
produzem ovos. 
 
Comentários 
A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. O ornitorrinco é um mamífero 
monotremado cuja principal característica é ser ovíparo, mas produzir leite para alimentar seus 
filhotes. 
A alternativa B está errada, porque todos os mamíferosproduzem leite. 
A alternativa C está errada, porque mamíferos placentários são vivíparos. 
A alternativa D está errada, porque os ornitorrincos são dioicos e apresentam 
fecundação cruzada com desenvolvimento direto. 
Gabarito: A. 
21. (UFRR/2017) A árvore filogenética parcial representa uma das hipóteses das 
relações evolutivas entre os grupos de animais representados abaixo. Os traços em 
negrito correspondem a uma característica que está presente nos grupos representados 
acima de cada um deles na árvore e que não está presente nos grupos abaixo deles. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 92 
 
Os números 1, 2 e 3 indicados nos traços em negrito representam, respectivamente, 
quais características encontradas nesses grupos? 
 
a) Presença de ovo amniótico, glândulas mamárias e penas; 
b) Presença de tubo nervoso dorsal, ovo amniótico e casco; 
c) Presença de homeotermia, pelos e penas; 
d) Presença de vértebras, pelos e voo; 
e) Presença de ovo amniótico, penas e pelos. 
 
Comentários 
O número 1 engloba répteis e mamíferos, excluindo os anfíbios, portanto refere-se à 
presença de ovo amniótico, definindo o grupo dos amniotas. O número 2 é exclusivo de 
mamíferos, podendo se referir à presença de pelos e glândulas mamárias. O número 3 é 
característica exclusiva de aves, podendo se referir à presença de penas. 
Assim, a alternativa A está certa e é o nosso gabarito. 
A alternativa B está errada, porque tubo nervoso dorsal é característica dos cordados, o 
que já invalida a opção. 
A alternativa C está errada, porque peixes, anfíbios e répteis são ectotérmicos. 
A alternativa D está errada, porque peixes e anfíbios também apresentam vértebras. 
A alternativa E está errada, porque o voo não é característica exclusiva das aves, 
estando presente entre os mamíferos também e até mesmo entre os animais invertebrados, 
como os insetos. 
Gabarito: A. 
22. (UEA AM/2017) Algumas adaptações permitiram aos répteis a conquista definitiva 
do ambiente terrestre. Outras adaptações permitiram às aves e aos mamíferos 
distribuírem-se por praticamente todas as regiões do planeta. 
 
Uma característica que está presente nas aves, mas não nos répteis; uma característica 
presente nos mamíferos, mas não nas aves; e uma característica comum aos répteis, 
aves e mamíferos são, respectivamente, 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 93 
 
a) endotermia, diafragma e âmnio. 
b) coração com quatro câmaras, glândula mamária e endotermia. 
c) sacos aéreos, fecundação interna e diafragma. 
d) âmnio, coração com quatro câmaras e fecundação interna. 
e) endotermia, âmnio e coração com quatro câmaras. 
 
Comentários 
A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. 
A alternativa B está errada, porque coração com 4 câmaras pertencem às aves e aos 
mamíferos, glândula mamária é exclusiva dos mamíferos e não dos répteis, e os répteis são 
ectotérmicos. 
A alternativa C está errada, porque fecundação interna está presente nos répteis 
também e diafragma ocorre somente nos mamíferos. 
A alternativa D está errada, porque âmnio também está presente nos demais répteis e 
aves também possuem coração com quatro câmaras. 
A alternativa E está errada, porque répteis e aves apresentam âmnio e coração com 
quatro câmaras é exclusivo de aves e mamíferos. 
Gabarito: A. 
23. (UEPG PR/2017) Apesar das variações térmicas do ambiente, alguns animais 
conseguem manter praticamente constante a temperatura do corpo, enquanto outros, 
não. O gráfico abaixo representa a variação da temperatura corporal em relação a do 
ambiente em animais homeotérmicos e pecilotérmicos. Sobre o assunto, assinale o que 
for correto. 
 
Adaptado de: Linhares, S.; Gewandsznajder, F. Biologia hoje. 15a ed. Volume 3. Editora Ática. São Paulo. 2010. 
 
01. Em (A), estão representados os animais homeotérmicos (também conhecidos como 
endotérmicos), como as aves e mamíferos, os quais conseguem manter praticamente 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 94 
constante a temperatura do corpo por meio da produção de mais calor ou do aumento da perda 
de calor pelo corpo. 
02. Em (B), estão representados os animais pecilotérmicos (também conhecidos como 
ectotérmicos), os quais não possuem mecanismos fisiológicos tão eficientes para manter sua 
temperatura interna constante. 
04. Caso a temperatura do ambiente caia muito, o metabolismo dos animais do grupo (B) pode 
diminuir a tal ponto que o animal pode ficar inativo. Os répteis são exemplos de animais do 
grupo (B), os quais se movimentam entre sol e sombra para ganhar ou perder calor do 
ambiente. 
08. Os humanos, presentes no grupo (A), podem perder calor pela superfície corporal 
aumentando a produção de suor. Ao evaporar-se, a água do suor absorve calor da pele e faz o 
corpo esfriar. 
 
Comentários 
A afirmativa 01 está certa. 
A afirmativa 02 está certa. Animais ectotérmicos variam sua temperatura conforme as 
variações térmicas do ambiente. 
A afirmativa 04 está certa. Peixes, anfíbios e répteis são animais ectotérmicos. 
A afirmativa 08 está certa. Aves e mamíferos são animais endotérmicos. 
Todas as afirmativas estão certas. 
Gabarito: 15. 
24. (FUVEST SP/2017) Os primeiros vertebrados que conquistaram definitivamente o 
ambiente terrestre foram os ___I___ , que possuem ___II___, aquisição evolutiva que 
permitiu o desenvolvimento do embrião fora da água. 
 
Indique a alternativa que completa corretamente essa frase. 
 
 
 
Comentários 
Os primeiros vertebrados que conquistaram definitivamente o ambiente terrestre foram 
os répteis, que possuem ovo com casca impermeável, aquisição evolutiva que permitiu o 
desenvolvimento do embrião fora da água. 
Gabarito: D. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 95 
25. (Fac. Israelita de C. da Saúde Albert Einstein SP/2017) Os peixes cartilaginosos 
são animais ureotélicos, uma vez que produzem ureia como excreta nitrogenada. 
Entretanto, os rins desses peixes reabsorvem a ureia em vez de eliminá-la na urina, 
como fazem os mamíferos. Dessa forma, a concentração de ureia no sangue de tubarões 
e arraias chega a ser 100 vezes maior que a observada no sangue de mamíferos. Isso 
explica o fato de os fluídos corporais desses peixes serem ligeiramente mais 
concentrados que a própria água do mar. 
 
Assim, é correto afirmar que os peixes cartilaginosos 
a) reutilizam a ureia retida no corpo para fabricar novos aminoácidos e, por isso, requerem 
menos alimentos proteicos que os mamíferos. 
b) convertem a ureia retida no corpo em ácido úrico, um tipo de excreta mais facilmente 
eliminado em ambientes aquáticos. 
c) por osmose, ganham água do meio e, para evitar o excesso de água em seus fluidos 
corporais, os rins a eliminam pela urina. 
d) por osmose, perdem água para o meio, e têm que dispor de mecanismos fisiológicos que 
evitem a desidratação no ambiente marinho. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque esses peixes requerem mais alimentos proteicos que 
os mamíferos. 
A alternativa B está errada, porque o ácido úrico é a excreta típica dos animais que 
vivem em ambientes terrestres, como os répteis e as aves. 
A alternativa C está certa e é o nosso gabarito. 
A alternativa D está errada, porque os tubarões e arraias absorvem água do meio por 
osmose e eliminam seu excesso através dos rins. 
Gabarito: C. 
26. (UNITAU SP/2017) As mais importantes evidências da transição dos seres vivos 
dos ambientes aquáticos para o ambiente terrestre são reconhecidas por meio dos 
fósseis do período Siluriano, na era Paleozoica, há aproximadamente 430 milhões de 
anos. A conquista desse ambiente obrigou esses seres vivos a enfrentarem uma série de 
desafios. Entretanto, a despeito de dificuldades, o ambiente terrestre também ofereceu 
vantagens.Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, uma vantagem e uma 
desvantagem oferecidas aos seres vivos por meio da conquista do ambiente terrestre. 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 96 
a) Maior disponibilidade de oxigênio e de água. 
b) Menor facilidade de locomoção e menor disponibilidade de alimento. 
c) Maior facilidade de locomoção e maior disponibilidade de oxigênio. 
d) Menor disponibilidade de água e menor disponibilidade de alimento 
e) Maior disponibilidade de oxigênio e menor disponibilidade de água. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque o ambiente terrestre oferece menos disponibilidade 
de água. 
A alternativa B está errada, porque o ambiente terrestre oferece maior disponibilidade de 
alimento. 
A alternativa C está errada, porque o ambiente terrestre oferece menor facilidade de 
locomoção. 
A alternativa D está errada, porque o ambiente terrestre oferece maior disponibilidade de 
água. 
A alternativa E está certa e é o nosso gabarito. 
Gabarito: E. 
27. (Unemat MT/2016) Entre as classes de animais vertebrados encontramos variações 
fisiológicas e anatômicas. Essas variações são oriundas de processos evolutivos 
peculiares a cada espécie. Algumas características são compartilhadas entre as 
espécies de uma mesma classe de vertebrados. Considerando as características 
peculiares dos tubarões, pinguins e golfinhos, e as classes às quais esses animais 
pertencem, podemos afirmar que: 
 
a) Esses três animais possuem hábitos que envolvem natação e as formas hidrodinâmicas do 
corpo dos tubarões, golfinhos e pinguins caracterizam um exemplo de irradiação adaptativa. 
b) O coração dos tubarões possui 2 câmaras; dos golfinhos, 4 câmaras, e dos pinguins, 3 
câmaras. 
c) Tubarões e golfinhos são animais homeotérmicos, enquanto os pinguins são animais 
pecilotérmicos. 
d) Ao observar a pele desses animais, percebe-se que os tubarões têm escamas, enquanto os 
golfinhos têm pelos e os pinguins, penas. 
e) Golfinhos e pinguins são animais ovíparos, enquanto tubarões são vivíparos ou ovíparos, 
dependendo de cada espécie. 
 
Comentários 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 97 
A alternativa A está errada, porque a forma hidrodinâmica desses animais é um exemplo 
de convergência adaptativa, uma vez que eles não compartilham um ancestral comum 
imediato. 
A alternativa B está errada, porque os pinguins são aves e, portanto, possuem coração 
com quatro câmaras, assim como os mamíferos. 
A alternativa C está errada, porque tubarões são ectotérmicos e os pinguins e golfinhos 
são endotérmicos. 
A alternativa D está errada, porque golfinhos são mamíferos que não têm pelos. Eles e 
as baleias constituem o grupo dos cetáceos, o maior grupo de mamíferos sem pelos. 
A alternativa E está errada, porque golfinhos são animais mamíferos vivíparos, enquanto 
pinguins são ovíparos e tubarões são ovovivíparos. 
O gabarito oficial desta questão é a alternativa D, mas ela está errada, conforme 
discutido acima. 
Gabarito: D. 
28. (UCS RS/2016) O grupo mais diversificado e abundante dos vertebrados é o dos 
peixes. Eles apresentam diversas formas corporais e habitam muitos ambientes, desde 
águas frias até águas quentes, doce ou salgada e, devido a essa diferença de habitats, 
possuem também diferentes estratégias de vida, dependendo das pressões seletivas a 
que foram expostos durante a evolução. 
 
Assinale a alternativa correta em relação aos peixes. 
a) Os peixes cartilaginosos, como a lampreia e a quimera, possuem mandíbula e o esqueleto 
formado exclusivamente por cartilagens, o que os diferencia dos peixes ósseos. 
b) Os elasmobrânquios são todos ovíparos, isto é, as fêmeas eliminam os ovos, que se 
desenvolvem na água. 
c) O coração dos peixes é constituído por quatro cavidades, dois átrios e dois ventrículos, 
semelhante ao coração dos mamíferos. 
d) Os peixes ósseos, bem como os peixes cartilaginosos, são dioicos, isto é, apresentam sexos 
separados em indivíduos diferentes. 
e) A bexiga natatória, presente tanto nos peixes cartilaginosos como nos peixes ósseos, auxilia 
na flutuabilidade e, também, pode colaborar com a troca gasosa em algumas espécies de 
elasmobrânquios. 
 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque a lampreia não é um peixe cartilaginoso, e sim um 
agnato. 
A alternativa B está errada, porque são uma subcasse de peixes cartilaginosos eu inclui 
os tubarões e arraias e são ovovivíparos. 
A alternativa C está errada, porque o coração dos peixes possui duas cavidades apenas. 
A alternativa D está certa e é o nosso gabarito. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 98 
A alternativa E está errada, porque somente peixes ósseos possuem bexiga natatória. 
Gabarito: D. 
29. (FATEC SP/2016) Considere o cladograma e o texto abaixo. 
 
 
O planeta vem sofrendo alterações no clima causadas pela atuação humana nos 
ambientes (mudanças climáticas globais, ou MCG), que podem interferir na temperatura 
dos ecossistemas e, consequentemente, na sobrevivência de muitas espécies. Algumas 
espécies têm maior tolerância às variações externas de temperatura. A capacidade de 
termorregulação de alguns animais se relaciona ao número de ventrículos em seus 
corações. 
 
Desse modo, assinale a alternativa que explica adequadamente uma das ameaças 
trazidas pelas MCG à integridade das espécies. 
 
a) Dado que todos os Squamata possuem apenas um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles 
seriam especialmente ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a 
ectotermia. 
b) Dado que todos os Reptilia possuem apenas um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles 
seriam especialmente ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a 
ectotermia. 
c) Dado que todos os Mammalia possuem apenas um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles 
seriam pouco ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a endotermia. 
d) Dado que todos os Amniota possuem um ventrículo cardíaco, conclui-se que eles seriam 
pouco ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a ectotermia. 
e) Dado que todos os Testudines possuem dois ventrículos cardíacos, conclui-se que eles 
seriam especialmente ameaçados pelas MCG, já que seus corações só possibilitam a 
endotermia. 
 
Comentários 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 99 
A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. 
A alternativa B está errada, porque as aves fazem parte do grupo Reptilia, mas possuem 
coração com quatro câmaras (dois átrios e dois ventrículos) e são endotérmicas. 
A alternativa C está errada, porque os mamíferos possuem coração com quatro câmaras 
(dois átrios e dois ventrículos) e são endotérmicos. 
A alternativa D está errada, porque os amniotas consistem nos répteis (coração com 3 
câmaras), aves e mamíferos (coração com quatro câmaras). 
A alternativa E está errada, porque os testudines possuem coração com 3 câmaras 
apenas (sendo 2 átrios e um ventrículo). 
Gabarito: A. 
30. (UERJ/2015) A salinidade da água é um fator fundamental para a sobrevivência 
dos peixes. A maioria deles vive em condições restritas de salinidade, embora existam 
espécies como o salmão, que conseguem viver em ambientes que vão da água doce à 
água do mar. Há peixes que sobrevivem em concentrações salinas adversas, desde que 
estas não se afastem muito das originais. 
Considere um rio que tenha passado por um processo de salinização. Observe na tabela 
suas faixas de concentração de cloreto de sódio. 
 
 
*isotônica à água do mar 
 
Considere um peixe em estresse osmótico que consegue sobreviver eliminando mais 
urina e reabsorvendo mais sais do que em seu habitat original. 
 
Esse peixe é encontrado no trecho do rio identificado pela seguinte letra: 
a) W 
b) X 
c) Y 
d) ZComentários 
O peixe em questão é vive em ambiente de água doce que sofreu salinização (adição de 
sal). Nesse novo ambiente, seu organismo reabsorverá mais sal e, consequentemente, mais 
água entrará em seu corpo por osmose. Assim, maior quantidade de urina será eliminada. 
*0,6Z
0,5 - 0,4Y
0,2 - 0,1X
0,01 W
1)(mol.L
NaCl de ãoConcentraç
rio do Trecho
-


ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 100 
Espera-se, portanto, encontrar esse peixe no trecho do rio em que a concentração salina fica 
em torno de 0,4 – 0,5 mol/L. 
A alternativa D está errada, porque o enunciado avisa que há peixes que sobrevivem em 
concentrações salinas adversas, desde que estas não se afastem muito das originais, e a 
concentração de 0,6 mol/L é isotônica à agua do marl, ou seja, bem diferente da água doce a 
que o peixe está acostumado. 
Gabarito: C. 
31. (FAMERP SP/2016) O cladograma apresenta uma hipótese simplificada sobre as 
prováveis relações evolutivas entre anfíbios, répteis e mamíferos. Os números indicam 
possíveis características adaptativas que surgiram durante a evolução desses grupos de 
animais. 
 
 
 
Os números 1, 2 e 3 correspondem, respectivamente, a 
a) membros locomotores, embrião envolto por âmnio e pelos. 
b) glândulas sudoríparas, pálpebras e esqueleto apendicular. 
c) pulmões alveolares, coração tricavitário e embrião ligado ao alantoide. 
d) mandíbula, glândulas sebáceas e esqueleto axial. 
e) rins, bexiga natatória e medula espinhal. 
 
Comentários 
O número 1 delimita o grupo dos tetrápodes, portanto representa a presença de quatro 
membros locomotores. O número 2 delimita os amniotas, portanto representa a presença de 
ovo amniótico com casca grossa impermeável. O número 3 delimita os mamíferos, portanto 
representa a presença de pelo e glândulas mamárias. 
Assim, a alternativa A está certa e é o nosso gabarito. 
Gabarito: A. 
32. (UEL PR/2015) De onde vem o mundo? De onde vem o universo? Tudo o que 
existe tem que ter um começo. Portanto, em algum momento, o universo também tinha 
de ter surgido a partir de uma outra coisa. Mas, se o universo de repente tivesse surgido 
de alguma outra coisa, então essa outra coisa também devia ter surgido de alguma outra 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 101 
coisa algum dia. Sofia entendeu que só tinha transferido o problema de lugar. Afinal de 
contas, algum dia, alguma coisa tinha de ter surgido do nada. Existe uma substância 
básica a partir da qual tudo é feito? A grande questão para os primeiros filósofos não era 
saber como tudo surgiu do nada. O que os instigava era saber como a água podia se 
transformar em peixes vivos, ou como a terra sem vida podia se transformar em árvores 
frondosas ou flores multicoloridas. 
(Adaptado de: GAARDER, J. O Mundo de Sofia. Trad. de João Azenha Jr. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.43-44.) 
 
Ambientes dulcícolas e marinhos possuem condições físico-químicas distintas que 
influenciaram a seleção natural para dar origem, respectivamente, aos peixes de água 
doce e aos peixes de água salgada, os quais possuem adaptações fisiológicas para 
sobreviverem no ambiente em que surgiram. 
 
Considerando a regulação da concentração hidrossalina para a manutenção do 
metabolismo desses peixes, pode-se afirmar que os peixes de água doce eliminam 
_________ quantidade de urina ________ em comparação com os peixes marinhos, que 
eliminam _________ quantidade de urina __________. 
 
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do 
enunciado. 
a) grande, diluída, pequena, concentrada. 
b) grande, concentrada, grande, diluída. 
c) grande, concentrada, pequena, diluída. 
d) pequena, concentrada, grande, diluída. 
e) pequena, diluída, grande, concentrada. 
 
Comentários 
Considerando a regulação da concentração hidrossalina para a manutenção do 
metabolismo desses peixes, pode-se afirmar que os peixes de água doce eliminam grande 
quantidade de urina diluída em comparação com os peixes marinhos, que eliminam pouca 
quantidade de urina concentrada. 
Gabarito: A. 
33. (CEFET MG/2015) Os répteis são vertebrados tetrápodes pertencentes à classe 
Reptilia, derivado do latim reptilis, que significa rastejar. Evidencia-se que os primeiros 
répteis teriam evoluído há mais de 250 milhões de anos, mas, diferentemente de seus 
ancestrais, eles foram capazes de conquistar de forma efetiva o ambiente terrestre. 
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AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 102 
Disponível em: <http://educacao.uol.com.br>. Acesso em: 26 set de 2014. (Adaptado). 
 
A característica que esses animais compartilham com a maioria de seus ancestrais é a 
a) realização de trocas gasosas por meio de pulmões. 
b) ocorrência de fecundação interna independente da água. 
c) eliminação de ácido úrico como principal excreta nitrogenado. 
d) formação de ovo com casca que impede o dessecamento do embrião. 
e) existência de pele queratinizada sem glândulas produtoras de muco. 
 
Comentários 
A característica compartilhada entre os répteis e a maioria de seus ancestrais, linhagens 
que deram origem aos diversos tipos de peixes e anfíbios, é a realização de trocas gasosas 
através dos pulmões. 
A alternativa A está certa e é o nosso gabarito. 
A alternativa B está errada, porque os ancestrais dos répteis não realizavam fecundação 
interna independentemente da água. 
A alternativa C está errada, porque os ancestrais dos répteis não excretavam ácido úrico 
e sim amônia. 
A alternativa D está errada, porque os ancestrais dos répteis não possuíam ovo com 
casca. 
A alternativa E está errada, porque não possuíam pele queratinizada, porém possuíam 
muitas glândulas produtoras de muco, que reduzem o atrito durante a natação. 
Gabarito: A. 
34. (UEL PR/2015) O aparecimento de ovos com casca foi uma evolução adaptativa 
dos répteis para a conquista definitiva do ambiente terrestre pelos cordados. Além do 
ovo com casca, há outras adaptações que permitiram que os répteis pudessem 
sobreviver no ambiente terrestre quando comparadas com as adaptações dos anfíbios. 
Portanto, há adaptações que surgem nos anfíbios e permanecem nos répteis e há 
adaptações que têm sua origem pela primeira vez nesse grupo. 
 
Sobre as características adaptativas associadas à conquista do ambiente terrestre que 
surgiram pela primeira vez nos répteis, considere as afirmativas a seguir. 
I. Pernas locomotoras e respiração pulmonar. 
II. Ectotermia e dupla circulação. 
III. Queratinização da pele e ácido úrico como excreta nitrogenado. 
IV. Ovo amniota e desenvolvimento direto. 
 
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AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 103 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 
 
Comentários 
A afirmativa I está errada, porque pernas locomotoras é característica dos tetrápodes, 
que incluem os anfíbios (grupo anterior à conquista definitiva do ambiente terrestre). 
A afirmativa II está errada, porque ectotermia é característica presente em anfíbios e 
peixes também, ambos grupos anteriores aos répteis. 
A afirmativa III está certa. 
A afirmativa IV está certa. 
A alternativa C está certa e é o nosso gabarito. 
Gabarito: C. 
35. (FGV/2015) Autotomia é a capacidade que alguns animais apresentam em soltar 
membros do corpo e regenerá-los posteriormente, como por exemplo, a autotomia 
caudal observada em algumas espécies de lagartos, conforme mostra a figura. 
 
(http://ulubiency.wp.pl) 
 
Nem todos os tecidos se recompõem e a regeneração torna-se menos eficiente a cada 
perda da cauda, podendo inclusive não ocorrer,dependendo do local da mutilação. 
 
É correto afirmar que a regeneração dos tecidos ocorre em função da capacidade de 
células se desdiferenciarem, retornando à condição 
a) gamética e realizarem mitoses sucessivas com nova diferenciação. 
b) embrionária e realizarem mitoses sucessivas sem nova diferenciação. 
c) zigótica e realizarem meioses sucessivas com nova diferenciação. 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 104 
d) mesodérmica e realizarem mitoses sucessivas sem nova diferenciação. 
e) pluripotente e realizarem mitoses sucessivas com nova diferenciação. 
 
Comentários 
A regeneração dos tecidos após a autotomia é possível porque as células, já 
diferenciadas, têm capacidade de se desdiferenciarem e retornarem a uma condição 
pluripotente. A partir daí, elas realizam sucessivas mitoses e sofrem nova diferenciação. 
A alternativa A está errada, porque células gaméticas são células sexuais. 
A alternativa B está errada, porque células embrionárias são totipotentes e podem se 
diferenciar em qualquer tecido após sucessivas mitoses. O tecido lesionado não retorna à 
condição de células embrionárias. 
A alternativa C está errada, porque o animal nunca retornará à condição de zigoto. 
A alternativa D está errada, porque as células não retornam à condição mesodérmica, 
um folheto embrionário que é multipotente. 
A alternativa E está certa e é o nosso gabarito. 
Gabarito: E. 
36. (IFPE/2015) A circulação nos animais tem como principal objetivo a distribuição 
de substâncias pelo corpo: nutrientes, gases respiratórios, excreções, hormônios etc. os 
diversos sistemas circulatórios nos animais apresentam diferenças entre eles, 
dependendo do grupo a que pertencem. 
Relacione corretamente as características e tipos de sistemas circulatórios 
apresentados na Coluna I, com os respectivos animais portadores desse sistema, na 
Coluna II. 
 
Coluna I 
( 1 ) Coração com apenas duas câmaras. 
( 2 ) O sangue não transporta gases respiratórios. 
( 3 ) Ocorre mistura de sangue arterial com sangue venoso. 
( 4 ) Coração com quatro câmaras completas. 
 
Coluna II 
( ) Insetos 
( ) Anfíbios 
( ) Aves 
( ) Peixes 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 105 
 
A leitura correta, de cima para baixo, na Coluna II é: 
a) 3, 2, 1 e 4 
b) 3, 4, 1 e 2 
c) 2, 3, 4 e 1 
d) 2, 3, 1 e 4 
e) 4, 3, 2 e 1 
 
Comentários 
( 1 ) Coração com apenas duas câmaras é característico dos peixes. 
( 2 ) O sangue não transporta gases respiratórios é característica dos insetos. 
( 3 ) Ocorre mistura de sangue arterial com sangue venoso é característica dos anfíbios. 
( 4 ) Coração com quatro câmaras completas é característico das aves. 
Assim, a leitura correta, de cima para baixo, é: 2, 3, 4 e 1. 
A alternativa C está certa e é o nosso gabarito. 
Gabarito: C. 
37. (UFAM/2015) Um embrião com clivagem meroblástica, membranas 
extraembrionárias e uma linha primitiva (segmento linear espesso do epiblasto) deve ser 
característico de um(a): 
 
a) Peixe 
b) Ave 
c) Inseto 
d) Anfíbio 
e) Estrela do mar 
 
Comentários 
Lembre-se da aula de embriologia: para os animais que são ovíparos, os ovos possuem 
muito vitelo (telolécitos ou centrolécitos). Quando a célula-ovo começa a se dividir, os 
blastômeros originados não se distribuem homogeneamente, devido à grande quantidade de 
vitelo ocupando o embrião. Este tipo de segmentação é chamado parcial ou meroblástica. 
Nessas células, os blastômeros acabam sendo confinados no espaço livre, concentrando-se 
em duas regiões específicas. Veja a figura abaixo: 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 106 
A linha primitiva é uma estrutura característica da gastrulação de répteis, aves e 
mamíferos. Sua formação se dá na proliferação e migração das células do epiblasto para o 
plano mediano do disco embrionário. 
Assim, o único animal que preenche esses requisitos são as aves, uma vez que 
mamíferos possuem clivagem holoblástica total e ovos com pouco vitelo (já que são animais, 
na grande maioria, placentários). 
A alternativa B está certa e é o nosso gabarito. 
Gabarito: B. 
38. (UFRGS/2015) A expressão popular “estômago de avestruz” é utilizada para definir 
pessoas que comem de tudo e não enfrentam problemas digestivos com isso. 
 
Sobre o processo alimentar das aves, assinale a afirmação correta. 
a) O alimento ingerido passa direto ao estômago químico. 
b) As enzimas digestivas começam a agir no papo. 
c) A moela tem uma ação mecânica que tritura o alimento ingerido. 
d) Algumas espécies regurgitam o conteúdo da moela para alimentar os filhotes. 
e) A dieta alimentar inclui somente animais como insetos e vertebrados. 
 
Comentários 
O sistema digestório das aves é completo, composto por boca, faringe, esôfago, papo, 
proventrículo, moela, intestino, cloaca e órgãos anexos (fígado e pâncreas). O papo é a 
estrutura que possui a função de armazenar e amolecer o alimento ingerido. O estômago é 
dividido em duas porções: o proventrículo, que realiza a digestão química dos alimentos 
através da liberação de sucos digestivos, e a moela, que realiza a digestão mecânica. A moela 
possui paredes musculosas e grossas, adaptadas para a função e trituração. O sistema 
digestório termina cloaca, porção final do intestino, onde se abrem o sistema excretor e 
reprodutor. 
A alternativa A está errada, porque o alimento ingerido é antes armazenado e amolecido 
no papo. 
A alternativa B está errada, porque as enzimas digestivas agem no proventrículo. 
A alternativa C está certa e é o nosso gabarito. 
A alternativa D está errada, porque, de modo geral, as aves não regurgitam seu alimento 
para os filhotes. 
A alternativa E está errada, porque existem aves que são herbívoras, onívoras e outras 
que se alimentam de pequenos invertebrados. 
Gabarito: C. 
39. (Unievangélica GO/2015) Leia o texto a seguir. 
 
O sistema digestório dos vertebrados é constituído por um tubo com regiões bem 
diferenciadas (boca, faringe, esôfago, estômago, intestino) e por diversas glândulas 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 107 
acessórias. O intestino dos peixes ósseos e de mamíferos marsupiais e placentários 
abre-se diretamente no ânus. O intestino dos condrictes, anfíbios, répteis, aves e 
mamíferos monotremados termina em uma câmara, a cloaca. 
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Fundamentos da biologia moderna: volume único. 4. ed. São Paulo: Moderna, 2006. 
p. 442. 
 
A cloaca, no sistema digestório dos vertebrados, recebe 
a) o intestino de peixes ósseos e mamíferos placentários. 
b) exclusivamente os processos de reprodução dos anfíbios e répteis. 
c) unicamente o material vindo dos intestinos, nos cartilaginosos. 
d) os sistemas excretor e reprodutor, além do digestório. 
 
Comentários 
O sistema digestório que termina em uma cloaca, porção final do intestino, recebe os 
sistemas excretor e reprodutor. Assim, a alternativa D está certa e é o nosso gabarito. 
Gabarito: D. 
40. (UEA AM/2014) A tartaruga-da-amazônia (Podocnemis expansa) e a harpia (Harpia 
harpyja) são animais típicos da Amazônia. 
 
 
Com relação à reprodução destes animais, é correto afirmar que 
a) apenas a tartaruga possui ovo amniótico rico em vitelo com casca calcária. 
b) apenas a harpia apresenta ovo telolécito (megalécito) e cuidado parental. 
c) tanto a tartaruga como a harpia, quando embriões, armazenam suas excretas no alantoide. 
d) tanto a tartaruga como a harpia apresentam desenvolvimento indireto, cuja fase larval é 
dentro do ovo. 
e) nem a tartaruga nem a harpia, quando embriões, realizam trocas gasosas através da casca 
do ovo. 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 108 
Comentários 
A alternativa A está errada, porque ambos são répteis e possuemovo amniótico rico em 
vitelo com casca calcária. 
A alternativa B está errada, porque a tartaruga também possui ovo megalécito, isto é, 
com vitelo abundante. 
A alternativa C está certa e é o nosso gabarito. 
A alternativa D está errada, porque ambos apresentam desenvolvimento direto. 
A alternativa E está errada, porque ambos, quando embriões, realizam trocas gasosas 
através da casca do ovo. 
Gabarito: C. 
 
 
 
ESTRATÉGIA VESTIBULARES – CURSO EXTENSIVO DE BIOLOGIA 
 
AULA 11 – ANIMAIS VERTEBRADOS 109 
12. Versão de aula 
 
01/03/2021 Versão 1 Aula original 
 
 
13. Referências Bibliográficas 
▪ ALBERTS, B. et al. Biologia molecular da célula. 6ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. 
▪ AMABIS, J. M.; MARTHO, G. R. Biologia das células: origem da vida, citologia e histologia, 
reprodução e desenvolvimento. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2004. 
▪ CARVALHO, H. & RECCO-PIMENTEL, S.M. A célula. 3ª ed. Barueri: Manole, 2013. 
▪ DAMINELI, A; DAMINELI, DSC. Origens da vida. Estudos avançados, 21 (59): 263 - 284. 
2007.ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA. Disponível em http://britannica.com.br/ Acesso em: 18 
de março de 2019. 
▪ JUNQUEIRA, L.C. & CARNEIRO, J. Histologia básica. 12ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2013. 
▪ LOPES, S. & ROSSO, S. Conecte Bio – volume único. 1ª ed. São Paulo: Editora Saraiva, 
2014. 
▪ PAULINO, W.R. Biologia – volume único (Série Novo Ensino Médio), 8ª ed. São Paulo: 
Editora Ática, 2002. 
▪ LINHARES, S. & GEWANDSZNAJDER, F. Biologia hoje. 7ª ed. São Paulo: Editora Ática. 
2012 
▪ SHUTTERSTOCK. https://www.shutterstock.com/ 
https://www.shutterstock.com/

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