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AULA 00: ANTIGUIDADE 
 
 
 
 
 
 
América Latina II 
Profe Alê 
 Lopes 
AULA 11 
FUVEST 
Exasiu 
Exasiu 
EXTENSIVO 
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Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 11 – América Latina II – Independência 
 
 
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 AULA 11: América Latina II – Independência 
Sumário 
 
1. Introdução ................................................................................................................. 3 
2. Independência da América Espanhola............................................................... 5 
2.1 - Fatores motivadores da Independência ....................................................................... 6 
2.1.1- Fatores do contexto internacional ...................................................................................... 7 
2.1.2 – Fatores do contexto local ................................................................................................ 8 
2.2 – México ........................................................................................................................ 12 
2.3 – América Central ......................................................................................................... 15 
2.3.1 – Independência do Haiti ................................................................................................. 17 
2.4 – América do Sul ........................................................................................................... 19 
2.5 – À Guisa de uma conclusão ......................................................................................... 23 
3. Lista de Questões .................................................................................................. 25 
4. Gabarito ................................................................................................................... 52 
5. Questões comentadas ......................................................................................... 53 
6. Considerações Finais das Aula ......................................................................... 126 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Profe Alê Lopes 
Estratégia Vestibulares – Aula 11 – América Latina II – Independência 
 
 
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 AULA 11: América Latina II – Independência 
Queridas e Queridos Alunos, 
Estou feliz que você esteja comigo nesta aula. É sempre um grande prazer compartilhar 
com vocês nosso trabalho e participar dessa caminhada até sua aprovação. É bom saber que você 
está dominando cada dia mais nossa disciplina! 
Nesta aula voltamos ao bloco da História do Brasil e História da América Latina com o tema 
Independência. É uma oportunidade de você perceber as relações entre os processos na Europa 
e na América. Veremos os conflitos, acordos e desfecho de um longo processo local que foi 
profundamente influenciado pelo contexto internacional e todos os acontecimentos que vimos 
nas duas últimas aulas. Atente-se a estas relações entre contexto local e internacional. Fica ligado 
e ligada! 
Vamos começar? Já sabe: pega seu café e sua ampulheta. Bora!! Não esquece: “o segrego 
do sucesso é a constância no objetivo”. Vamos seguir juntos! 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Queridas e queridos alunos, nesta aula e na próxima estudaremos o processo de 
independência das colônias localizadas na América Latina e que tinham como metrópoles 
Portugal, Espanha e França. 
Esse processo é daqueles que não se explica simplesmente pelas condições locais, embora 
elas sejam fundamentais. Na verdade, os elementos locais se combinam, e muitas vezes se 
potencializam, com o contexto internacional. 
Por isso, quero que você se recorde que a combinação entre a disseminação dos ideais 
iluministas com a Revolução Francesa, a Revolução Industrial e a Independência dos Estados 
Unidos da América contribuíram para a eliminação dos obstáculos que o antigo regime (velho 
mundo) impunha ao desenvolvimento do capitalismo (novo mundo). 
Assim, a chamada Era das Revoluções, afetou diretamente a América Latina. A partir do 
começo do século XIX, essa conjuntura internacional forneceu condições para que as questões 
internas ganhassem dimensão de revoltas e movimentos pro-independência em relação às 
metrópoles europeias. 
Do ponto de vista histórico, o fato que desencadeou os processos de independência nas 
Américas espanhola e portuguesa foi a invasão Napoleônica na Península Ibérica, em 1807. Por 
isso, a Inglaterra apoiava o processo de independência das colônias. De certa forma, isso a 
colocava em uma posição contraditória já que ela participava nas coalisões que combatiam a 
expansão napoleônica, como vimos na aula passada. Lembra? 
XVIII XIX
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Estratégia Vestibulares – Aula 11 – América Latina II – Independência 
 
 
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 AULA 11: América Latina II – Independência 
Portanto, essa situação internacional fez com que diversos elementos dos arranjos político 
e econômico que ainda prevaleciam nas colônias entrassem em conflito e colocassem toda a 
estrutura colonial em decadência, sobretudo, porque o colonialismo era um dos elementos 
centrais do mercantilismo. 
Por isso, o processo de independência da América Latina foi parte do processo de 
derrubada dos fatores que impediam a transformação econômica e social. Ou seja, a proclamação 
das independências significou historicamente uma derrota sem precedentes para o sistema 
mercantilista e para as monarquias absolutistas europeias, enfim, para o Antigo Regime. 
Essa dimensão antiabsolutista que predominou na expansão do iluminismo e nos fatos históricos 
posteriores que colocaram essas ideias em prática, nas colônias, traduziu-se em um sentimento e 
ação anticolonialista! Guarde essa característica dos processos de independência das colônias 
americanas. 
 
Por uma questão 
pedagógica, vamos dividir as 
independências em América 
Latina e Brasil. Nessa aula 
veremos América Latina. Isso 
inclui as colônias espanholas e 
o Haiti, que era uma colônia 
francesa. 
Na próxima aula 
estudaremos Brasil. 
Apesar de Brasil e outros 
territórios coloniais da América 
estarem em aulas distintas é 
preciso que você entenda os 
processos concomitantemente 
para, assim, perceber os 
elementos comuns, 
divergentes e específicos de 
cada região. 
Veja o mapa com as 
localizações coloniais e as datas 
das Independências de cada 
país. Estude esse mapa como 
um texto não escrito, ok? 
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 AULA 11: América Latina II – Independência 
2. INDEPENDÊNCIA DA AMÉRICA ESPANHOLA 
O processo de independência da América Espanhola se desenvolveu nas três primeiras 
décadas do século XIX, mais especificamente entre 1817 e 1825, e não foi um movimento 
unificado. Tratou-se, na verdade, de vários processos emancipatórios com características ligadas 
à realidade de cada região. Assim, guarde o esquema abaixo: 
Característica do processo de Independência da América Espanhola: 
FRAGMENTAÇÃO!! 
Um processo fragmentado do ponto de vista político e territorial. Se liga, Coruja!! 
 
Vamos relembrar os aspectos gerais da organização social do sistema de colonização da 
Espanha na América: 
 
 
Perceba que, diante desse quadro, podemos inferir que existia conflito de interesses entre 
chapetones e criollos, uma vez que a elite criolla só poderia obter a liberdade econômica caso se 
rompesse o pacto colonial. Por outro lado, os povos originários também não queriam mais a 
exploração colonial que era exercida por chapetones e criollos. 
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 AULA 11: América Latina II – Independência 
Além disso, a estimativa é de que 22 milhões de pessoas habitavam a América espanhola 
no início doséculo XIX e destes 22 milhões: 
 
 
 
De toda forma, essa rígida estrutura social não comportava mais as diferentes demandas 
que surgiam no final do século XVIII e começo do XIX, em particular, porque a dinamização das 
relações econômicas mundiais forçava um novo tipo de relação entre as camadas sociais que 
habitavam os territórios coloniais. 
 
2.1 - FATORES MOTIVADORES DA INDEPENDÊNCIA 
 
Observe os FATORES MOTIVADORES do processo de Independência nas 
colônias da América espanhola 
54%
27%
4%
14%
1%
Proporção da popoulação na América 
espanhola
indígenas
mestiços
negros-escravos
criollos
chapetones
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 AULA 11: América Latina II – Independência 
 
Se formos resumir em um parágrafo a síntese desses elementos podemos colocar assim: 
• na passagem do século XVIII para o XIX, a condição colonial da América Espanhola 
dificultava o livre-comércio e a circulação de manufaturas, práticas em ascensão após 
a difusão de ideias politicamente e economicamente liberais, as quais, de forma 
direta ou indireta, estimularam revoluções na Europa e nas Américas. 
2.1.1- Fatores do contexto internacional 
Sobre o contexto internacional, você conhece muito bem. É todo o conteúdo das duas 
últimas aulas. 
Contudo, quero chamar sua atenção para dois pontos específicos: 
1. O contexto da expansão napoleônica, no início do século XIX. Nesse momento, a 
derrubada dos reis espanhóis – Carlos IV (1788 a 1808) e Fernando VII (19/mar a 
6/maio de 1808) –, após a invasão das tropas napoleônicas na Península Ibérica, fez 
com que houvesse uma espécie de “vazio” no poder na relação entre Espanha e 
colônias. O governo metropolitano precisou envidar esforços para combater a 
invasão napoleônica e, dessa forma, as atenções na metrópole estavam todas 
voltadas para a ações de Napoleão. Assim, nas colônias, surgiu uma oportunidade 
para que a elite criolla liderasse um processo de contestação ao poder monárquico 
espanhol e à continuidade da exploração colonial. Depuseram, então, as autoridades 
espanholas e fundaram as “juntas governativas” no lugar das câmaras municipais, ou 
cabildos. 
 
2. A influência da Independência dos Estados Unidos no processo de emancipação 
política da América Latina. Não apenas porque tratou-se de uma experiência 
Fatores Motivadores da 
Independência das 
Colônias 
Contexto 
internacional
Difusão do 
iluminismo - a 
partir do séc. 
XVIII
Revolução 
Industrial
1750
Independência 
dos EUA 
1776
Revolução 
Francesa
1789
Expansão 
Napoleônica 
1799-1814
Contexto 
local
Ambição das 
elites criollas
Revoltas 
populares
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 AULA 11: América Latina II – Independência 
ilustrada, mas, sobretudo, devido à forma das batalhas e à forma de governo gerada 
a Independência dos Estados Unidos foi um exemplo. Assim, a luta civil pela 
independência exclusivamente contra a monarquia inglesa e a forma de governo 
republicano foram o modelo mais influente na América Latina – muito mais que a 
Revolução Francesa. 
 
 “Por volta de 1810, a mera existência dos Estados Unidos exercia grande 
influência, e o exemplo máximo de liberdade e republicanismo continuou sendo 
uma inspiração ativa na América espanhola, um exemplo ainda não contaminado 
pelas desconfianças relativas à política desse poderoso vizinho. [...] As obras de 
Tom Paine, os discursos de John Adams, Jefferson e Washington circulavam no 
subcontinente. Muitos dos precursores e chefes do movimento de independência 
visitaram os Estados Unidos e pela primeira vez viram instituições livres. Foi em 
Nova Iorque, em 1784, que Francisco Miranda concebeu a ideia de “liberdade e independência 
de todo o continente hispano-americano. Bolívar nutriu um respeito permanente por Washington 
e admirou, não sem reservas, o progresso dos Estados Unidos, “uma terra de liberdade e lar de 
virtude cívica” [...] Depois de 1810, os hispano-americanos, em sua busca dos direitos à vida, à 
liberdade e à felicidade, tentariam orientar-se pela experiência republicana de seus vizinhos do 
norte. As constituições da Venezuela, do México e demais países seriam profundamente inspiradas 
na dos Estados Unidos, e muitos dos novos líderes – embora não Bolívar – seriam profundamente 
influenciados pelo federalismo norte-americano.”1 
 
Esse contexto internacional é uma oportunidade política para o desenvolvimento das 
independências da América espanhola. Contudo, é preciso que você conheça o contexto local, 
pois dele surgem as especificidades dos processos de emancipação de cada região e é nesta parte 
que sobressai a característica de processos fragmentados, tal como alertei acima. 
 
2.1.2 – Fatores do contexto local 
Podemos perceber que havia conflito entre a elite criolla local e os chapetones, bem como 
destes com os setores populares. 
Embora os dois primeiros fizessem parte da elite, eles não se reconheciam como iguais – e, 
de fato, não eram tratados como iguais pela Metrópole. A diferença entre eles era importante 
para o sistema de status social: os chapetones tinham acesso a diversos privilégios que os colocava 
 
1 LYNCH, John. As origens da Independência da América Espanhola. In BETHELL, Leslie. Histórica da 
América Latina. Da Independência a 1870. São Paulo: Editora da USP. Volume III. 2018, p.67. 
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acima dos criollos. Veja o que diz o professor John Lynch2 sobre as diferentes entre esses dois 
grupos: 
A consciência da diferença entre os criollos e os peninsulares foi ressaltada pelo novo 
imperialismo. Como Alexander von Humboldt observou: ”O europeu mais baixo e com 
menos educação e cultura acredita ser superior ao branco nascido no novo mundo”. 
No Rio de la Plata, Félix de Azara relatava que a aversão mútua era tão grande que 
muitas vezes ela existia até mesmo entre pai e filho, entre marido e mulher. No México, 
Lucas Alamán estava convencido de que esse antagonismo, nascido da preferência 
dada aos peninsulares para cargos e oportunidades, foi “a causa da revolução em favor 
da independência. [...] A rivalidade entre eles era parte da tensão social da época. 
Assim, podemos perceber que as funções e interesses entre criollos e chapetones (ou 
peninsulares) eram diferentes. E estas diferenças estavam expressas, também, em signos sociais 
com conotação racial. 
 
Atenção: A elite criolla também não era um grupo homogêneo. Ela 
era formada por: 
❖ Latifundiários (cacau e açúcar) 
❖ Comerciantes urbanos 
❖ Proprietários de minas 
Assim, eles se diferenciavam em pensamento político, em interesse ligados à sua área 
de atuação econômica. Porém, TODOS queriam se livrar do domínio espanhol! 
No que se refere ao processo de independência, a liberdade comercial, tão almejada pela 
elite criolla, foi uma medida de política econômica que só pode ser decidida nos altos cargos 
políticos e administrativos do governo colonial. E o acesso a estes postos era de exclusividade de 
espanhóis chapetones (ou peninsulares). Logo, os criollos perceberam que a liberdade econômica 
só se alcançaria com soberania política, pois, na prática, os criolllos estavam excluídos das decisões 
políticas. 
Portanto, as elites criollas locais desenvolveram a ambição em romper o pacto colonial e, 
assim, garantir seu domínio pleno sobre as áreas da então América espanhola. 
Mas profe, quais medidas espanholas dificultavam esse domínio pleno? 
 
 
2 LYNCH, John. As origens da Independência da América Espanhola. In BETHELL, Leslie. Histórica da 
América Latina. Da Independência a 1870. São Paulo: Editora da USP. Volume III. 2018, pp. 46-47. 
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Contudo, se criollos tinham um olho na posição da coroa e dos chapetones, seu outro olho 
estava voltado para observar os conflitos populares que explodiram no final do século XVIII. A 
relação racial entre peninsulares e criollos também se expressava, de maneira mais acentuada, 
entre criollos e “a população de cor”. Evidentemente, sistemas de acesso a privilégios também se 
reproduziam entre esses dois grupos. Criollos exploravam intensamente os populares. 
Havia uma violência gerada pela pobreza e pela exclusão a que foram submetidos os povos 
originários, negros e mestiços durante todos os séculos de colonização. A Coroa Espanhola 
sempre criou estruturas raciais para inferiorizar esses povos. Por exemplo, em muitos decretos e 
leis os mestiços ou pardos eram considerados como “seres infames”. Apenas em 1795, o governo 
real fez uma lei em que os pardos podiam pedir a dispensa de “seres infames” para, assim, terem 
o direito ao casamento com brancos e a ingressar no sacerdócio. Com isso, a coroa tentava aliviar 
a tensão racial e social mediante a diminuição de formas legais de discriminação. Na verdade, uma 
prova cabal da capilaridade do racismo e discriminações presentes à época. 
Com efeito, segundo alguns historiadores, havia uma raiva contida – represada- nessas 
massas. Esse sentimento explodiu em diversas rebeliões, como as de Tupac Amru, no Peru, em 
1780 e no México, em 1810. Esses setores populares queriam algo além da independência política 
e econômica: 
 
 Fim da escravidão 
 Igualdade de direitos 
 Fim dos privilégios das elites 
 Terras para produção familiar 
 Em suma, justiça social 
 
 
 
Não acesso aos cargos públicos
Cobrança elevada de tributos, sobretudo, de exportação
Restrição ao desenvolvimento de manufaturas
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Percebe como havia um vulcão prestes a entrar em erupção na América? Havia uma pressão 
social que vinha de baixo ao mesmo tempo em que a Coroa Espanhola impunha um aumento 
fiscal e tributário sobre os negócios da colônia. 
Nesse contexto, ao mesmo tempo quem se diferenciava dos chapetones, a elite criolla, 
então, via a necessidade de romper com a metrópole que uma rebelião popular estourasse e 
ameaçasse as estruturas da propriedade privada vigente. 
Nas palavras do professor Lynch: 
As revoltas revelavam tensões, conflitos e instabilidades, raciais e sociais, 
profundamente enraizados, que haviam ficado abalados durante todo o século XVIII e 
de repente explodiram quando a pressão dos impostos e outras insatisfações 
arregimentaram alguns grupos sociais numa aliança contra a administração e deram aos 
setores inferiores a oportunidade de erguer-se me protesto. (idem, p. 53) 
 
Assim, o processo de independência teve como característica, uma aliança momentânea 
de grupos sociais distintos e antagônicos contra a administração colonial. Mas, de novo, essa 
aliança se deu em uma perspectiva local, já que a marca geral é a fragmentação desse processo. 
Leia mais um trecho do professor Lynch sobre essa aliança e a importância dos setores 
populares para combater as respostas violentas da coroa contra as tentativas de emancipação: 
Ricos e pobres, nobres e plebeus, todos se queixavam. Mas nem todos reagiram da 
mesma forma. A reação mais violenta foi a insurreição armada da população comum 
nas províncias andinas, pequenos fazendeiros, artesãos, pequenos comerciantes, 
trabalhadores da cidade e do campo, acompanhados às vezes pelos índios. Os 
caudilhos do movimento provinham de um grupo social mais alto, cujos membros 
acreditavam poder partilhar dos benefícios das capitulações obtidas pelos criollos da 
Nova Granada.(idem, p. 57) 
Guardem essa relação: os criollos lideraram o processo e os populares formaram o exército 
revolucionário que lutou pela Independência. 
Vejamos agora o processo dividido por região: 
 México (América do Norte) 
 América Central 
 América do Sul – com 2 polos de difusão: Argentina e Venezuela. 
(FUVEST 1997) 
Sobre o processo de independência política da América Espanhola é possível afirmar que 
a) diferentemente do Brasil, a longa guerra, que teve importante participação popular, fez 
emergir interesses sociais conflitantes. 
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b) a Espanha, sob domínio francês, ficou de mãos atadas, sem poder intervir no combate aos 
rebeldes. 
c) a participação maciça de escravos ao lado dos rebeldes contrastou com a apatia das 
massas indígenas. 
d) a Igreja Católica e os comerciantes abastados assumiram posições idênticas, a favor da 
Coroa espanhola. 
e) os acordos políticos, levados à frente pelas elites, garantiram aos menos privilegiados as 
reformas sociais pelas quais tinham lutado. 
Comentário 
Questão no alvo, pergunta direta: o que você sabe sobre a independência da América Latina. 
Vamos item por item: 
a) Item correto. A independência da América Latina foi longa, demandou guerra com 
participação popular. Nisso houve diferença em relação à independência brasileira, como 
aprenderemos na aula de hoje. Mas em relação a interesses diversos, isso ocorreu nos dois 
processos. 
b) A Espanha combateu as revoltas independentistas sim, por meio dos chapetones na 
colônia. 
c) Os indígenas participaram também, não ficaram apáticas. 
d) Nem um e nem outro. Se os comerciantes abastados eram criollos ou chapetones 
assumiram lados opostos do conflito. Então é um item difícil de atribuir valor positivo. 
e) Errado. As camadas populares ficaram extremamente insatisfeitas, uma vez que a estrutura 
social não mudou e, além disso, a violência dos caudilhos foi intensa. 
Gabarito: A 
2.2 – MÉXICO 
O México tem um processo de independência bastante longo. Sua posição em relação aos 
Estados Unidos também dificultou a plena soberania política e econômica do país. Veja a seguir 
algumas etapas desse processo: 
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 AULA 11: América Latina II – Independência 
 
Em 1810, na região então conhecida como 
Vice-Reinado da Nova Espanha, os Padres Miguel 
Hidalgo (1753-1811) e José Maria Morelos (1765-
1815) lideraram uma rebelião de iniciativa popular. 
O movimento, de cunho religioso, era composto e 
apoiado pela maioria da sociedade mexicana 
formada de indígenas, mestiços, campesinos e povo 
pobre. Assim, tiveram como reivindicação, além da 
emancipação política em relação à Espanha, uma 
demanda social, sobretudo, relacionada à reforma 
agrária e ao fim da escravidão. O movimento 
invadiu o palácio do Vice-Reinado e aprisionou a 
elite política criolla, a qual comandava os cabildos. 
Nesse processo, muitas propriedades da elite criolla 
foram invadidas. Em 1811, o líder Padre Hidalgo foi 
capturado e executado pelas tropas do Vice-
Reinado. O Padre Morelos, então, assume a 
liderança do movimento e estimula a mobilização a 
partir da simbologia da Virgem de Guadalupe. 
 
Morelos também passou a disciplinar o exército popular e a defender reforma agrária, além 
das grandes propriedades, nas próprias terras da Igreja. Em 1813 foi Proclamada a República e 
convocada uma Constituinte. 
 
Em 1815, o movimento popular foi derrotado pelas forças reais e o Padre Morelos foi preso 
e executado. 
 
 
 
Museo Histórico de Acapulco, 
Fuerte San Diego. Detalhe do 
mural de Casiano y Magdalena 
García, no Forte de San Diego, 
em Acapulco. 
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Leia um trecho do programa levantado por Padre José Maria Morelos 
 
1- A américa é livre e independente da Espanha e de qualquer outra nação, 
governo ou monarquia, e isso deve ser proclamado, informando-se ao mundo 
o porquê. 
2- A religião católica deve ser a única, sem tolerância para nenhuma outra. (...) 
5- A soberania flui diretamente do povo, e ele deseja que ela resida no 
Supremo Congresso Nacional Mexicano, composto por representantes das 
províncias (...) 
9- Os postos de governo serão ocupados apenas por americanos. (...) 
12 – Como a boa lei é superior a qualquer homem, as que nosso Congresso promulgar 
deverão promover constância e patriotismo, e moderar a opulência e a pobreza, de 
modo que o salário do pobre se eleve, seus costumes melhorem, e a ignorância e o 
roubo desapareçam. 
13- Que as leis gerais se apliquem a todos (...) 
15- A escravidão deverá ser eternamente proibida, assim como distinções de casta, 
tornando todos iguais. Um americano deve se distinguir dos demais apenas por seus 
vícios e virtudes. 
17 – As propriedades de cada indivíduos devem ser protegidas (...) 
Chilpancingo, 14 de setembro de 1813. 3 
Adiante, em 1821, o Vice-Reinado da Espanha, em aliança com setores aristocráticos de 
chapetones e criollos, findam, de vez, coma república instalada pelo movimento de 1810. 
 
A ideia era recolonizar o México e garantir a igualdade de diretos entre chapetones e criollos, com 
liberdade de comércio e implantação de uma Monarquia cujo rei seria o da Espanha. Tudo muito 
fácil para Espanha, não?! Note a especificidade desse processo: aqui, a elite formada por 
chapetones e criollos ainda não estava abertamente contra a Coroa, pois a preocupação maior 
estava com a mobilização popular cuja paciência estourou antes que a elite fizesse qualquer ação 
no sentido da independência. Ou seja, a elite não aceitava movimentos que questionassem a 
hierarquia social. 
 
 
3 Trecho disponível em: MILLS, Kenneth, TAYLOR (Eds). Colonial Latin America: a documentar history. 
Lanham: SR Books, 2002. pp. 397-400. 
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Pois é, em 1822, o general criollo Agostín Itúrbide 
(representado na figura ao lado), deu um “golpe” na própria 
Metrópole e se autoproclamou Imperador do México, 
Agustín I. Com isso, instalou-se no México uma Monarquia!!! 
Mas, foi curta a vida da Monarquia de Itúrbide, que 
foi deposto em 1823 por outro General, Guadalupe Victoria, 
líder do movimento republicano. 
Assim, em 1824 foi proclamada definitivamente a 
Independência do México e a forma de Governo foi fixada 
em República Federativa. 
Nesse sentido, o país foi organizado em 19 estados 
e foi estabelecida uma divisão de poder entre Executivo, 
Legislativo e Judiciário. Além disso, a Igreja Católica foi 
adotada como religião oficial. 
 
O primeiro presidente eleito pós-independência foi Guadalupe Vitória. 
Só para seu conhecimento, a instabilidade política continuou reinando no país entre 1846 
e 1848. O México entrou em guerra contra os EUA e acabou perdendo muitos territórios. Veja o 
mapa: 
4 
2.3 – AMÉRICA CENTRAL 
 Lembro você de que os maias foram os habitantes que mais povoaram a América Central 
até o processo de colonização. Com a chegadas dos colonizadores, a região passou a ser 
 
4 Adaptado de DUBY, Georges. Atlas historique mondial. Paris: Larousse, 2006. P. 243. 
Fronteiras do México 
na Época da 
Independência 
 
Territórios 
perdidos 
 
Atual território 
do México 
 
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designada como Capitania Geral da Guatemala, parte do Vice-Reinado da Nova Espanha. 
Atualmente, o mapa político da 
região assim está configurado. 
Veja ao lado. 
Historicamente, a 
informação que já adiantei sobre a 
composição social na América 
Espanhola também vale para os 
processos de independência 
dessa região central, ou seja, havia 
chapetones, criollo e índios, 
mestiços e escravos. 
Alguns eventos se 
descaram no processo de luta pela 
independência, como: Guatemala; 
Honduras; El Salvador; Nicarágua; 
Belize5. Em todos eles houve 
guerras civis, lutas por liberdades 
e arranjos muito específicos entre 
as forças políticas, tal como no 
México. 
No contexto da independência do México, as províncias da América Central foram 
pressionadas a se incorporarem ao México, por volta de 1822. 
Porém, os territórios da América Central resistiram e, em 1823, formaram a Confederação 
das Províncias Unidas da América Central que foi integrada por 
Guatemala, Honduras, El Salvador, a Nicarágua e a Costa Rica. Essa União se manteve até 1838. 
A Confederação possuía características elitistas, pois foi uma organização para tentar 
mediar as saídas de independência a fim de que os processos não possibilitassem grandes levantes 
populares. 
✓ A Guatemala se tornou independente da Espanha em 15 de setembro de 1821, 
momento em que foi incorporada por Agustín de Iturbide ao Império mexicano. 
Em 1823, com a deposição de Iturbide no México, a Guatemala passou por um novo 
processo de emancipação. 
✓ Da mesma forma, em 1821, a Nicarágua proclamou-se independente da Espanha. 
✓ Por sua vez, a declaração de independência de Honduras somente ocorreu em 1840 
✓ De El Salvador, em 1841. 
 
5 Independências na América Central in Artigos de apoio Infopédia [em linha]. Porto: Porto Editora, 
2003-2019. [consult. 2019-05-09 21:03:48]. Disponível na 
Internet: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$independencias-na-america-central 
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✓ Já Belize, que também fez parte da civilização maia, possui uma história a parte, pois, 
além da colonização espanhola, em 1756, os ingleses invadiram a região. Assim, em 1884 
Belize se declarou independente da Coroa britânica. 
De todos os processos de independência da América Central, o que é mais cobrado em 
provas de vestibulares é a independência do Haiti. Por isso, vamos vê-la um pouco mais de perto. 
2.3.1 – Independência do Haiti 
Como já sabemos, a independência não ocorreu da mesma forma em toda a América Latina, 
apesar dos pontos em comum elencados no início da aula. 
No caso do Haiti, ou a Ilha de Saint-Domingues, devemos lembrar que era uma colônia da 
França, por isso, sentiu diretamente os efeitos da Revolução Francesa, no final do século XVIII. 
Era uma colônia produtora de café e cacau, desenvolvida em grandes propriedades e com 
mão de obra escrava negra voltada para exportação. Alguns historiadores afirmam que a 
população era composta de 90% de escravos e o resto de administradores coloniais brancos. 
Em 1791, em meio a Revolução Francesa, iniciou-se uma rebelião de escravos sob o 
comando de Toussaint Louverture e, em seguida por, Jean-Jacques Dessalines. Na metrópole não 
havia a menor condição de pensar em combater a Revolução dos escravos. Além disso, em 1793, 
com a ascensão dos jacobinos ao poder houve o fim da escravidão nas colônias francesas. 
Então, profe, foi fácil para os Haitianos!!!! #SQN!!!!! 
Quando a rebelião estava em andamento, com a libertação dos escravos, a Inglaterra e 
Espanha – inimigas da França – tentaram invadir o Haiti. Foi aí que Louverture liderou uma guerra 
contra a invasão! 
Em 1801, Toussaint Louverture convocou uma Assembleia que o nomeou governador 
vitalício de uma República que seria parte da França – algo como um reino unido, mas 
independente. 
Contudo, e apesar das medidas jacobinas, os proprietários de terra e os militares franceses 
mantiveram-seem luta contra os negros rebelados. Em 1802, durante o Governo de Bonaparte – 
e com a escravidão restaurada – Louverture foi preso e levado para França, onde foi morto. 
É nesse momento que Dessalines assume a liderança da Revolução Haitiana. Foi uma fase 
de guerra extremamente violenta. Porém, os haitianos conseguiram expulsar os franceses e suas 
tropas recolonizadoras. Em 1804, Dessalines proclamou a Independência do Haiti – nome que a 
Ilha recebeu naquele momento – significa “terra alta”. Foi a primeira nação latino-americana a 
declarar a Independência. Aliás, foi a primeira revolução de escravos a ser bem-sucedida, por isso, 
tem um caráter profundamente popular! 
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Contudo, o desfecho econômico da 
emancipação política foi um desastre. Durante as 
guerras de independência muitos engenhos, 
canaviais, plantações de café foram devastados. 
Além disso, em uma sociedade escravista, o 
trabalho era visto como algo deplorável da 
condição humana, atividade de pessoas inferiores. 
Assim, por muito tempo, os homens livres do Haiti 
não trabalharam como forma de ostentar sua 
condição de livres – uma liberdade social. A 
economia haitiana regrediu a uma condição de 
subsistência. 
 
(2002 FUVEST) "Neste território não poderá haver escravos. A servidão foi abolida para 
sempre. Todos os homens nascem, vivem e morrem livres..."; "Todo homem, qualquer que 
seja sua cor, pode ser admitido em qualquer emprego". Artigos 3 e 4 da Constituição do 
Haiti, assinada por Toussaint L’Ouverture, 1801. 
Lendo o texto acima e associando-o ao processo de independência das Américas espanhola 
e francesa, é possível concluir que: 
a- como no Haiti, em todos os demais movimentos houve uma preocupação dominante com 
as aspirações populares. 
b- a independência do Haiti foi um caso especial nas Américas, pois foi liderada por negros 
e mulatos. 
c- na mesma década da independência do Haiti, as demais colônias do Caribe alcançaram a 
libertação. 
d- o movimento de independência do Haiti foi inspirado pelo modelo dos Estados Unidos. 
e- a independência do Haiti foi concedida por Napoleão Bonaparte, com base nos princípios 
liberais. 
Comentário 
A independência do Haiti foi influenciada pela Revolução Francesa. Durante a revolução, os 
jacobinos aboliram a escravidão, alguns anos depois restaurada pela alta burguesia, como 
estudamos em aula anterior. A Independência do Haiti é considerada um movimento singular 
no processo de independência da América Latina, pois além de ser liderada por ex-escravos 
extinguiu a escravidão e procurou implantar a igualdade social. 
Batalha de São Domingos, 1845. January 
Suchodolski. 
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2.4 – AMÉRICA DO SUL 
Na América do Sul, as lutas pela Independência tiveram dois locais, dois projetos e dois 
líderes estratégicos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
José de San Martín entendia que uma das estratégias para libertar a América do Sul dos 
espanhóis seria vencer as forças militares monárquicas concentradas no Peru. Lembre-se de que a 
colonização do Peru foi importante para o acúmulo de metais preciosos pela Cora espanhola, por 
isso, no Vice-Reinado do Peru havia uma forte presença espanhola. 
Simon Bolivar -
Venezuela (1783-1830)
Jose San Martin -
Argentina (1778-1850) 
Nasceu na capitânia da 
Venezuela. Era criollo 
Liderou exércitos do norte 
da América do Sul. 
É considerado libertador da 
Venezuela, Colômbia, Equador e 
Bolívia. 
Defendeu um Projeto 
Panamericanista, ou seja, a união 
de todas as províncias e a 
Proclamação de uma República 
Confederada ou uma ÚNICA 
república continental. 
Nasceu na província de 
Corrientes. Era criollo. 
Liderou o exército 
popular na América do Sul. 
É considerado o 
libertador da Argentina, Chile e 
Peru. 
Defendeu que as 
províncias deveriam se tornar 
independentes com forma de 
governo Monárquico – e com 
príncipes europeus. 
 
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Em 1817, o exército de San Martín, formado por escravos negros de oriundos da Argentina, 
derrotou as tropas monárquicas na Batalha de Chacabuco. Sobre a presença de escravos nas 
fileiras militares de San Martín, interessante frisar que a promessa do libertador era de que ao final 
da luta de libertação os negros seriam alforriados. Em seguida, em 1820, San Martín seguiu para 
Lima, no Peru. Em 1821 foi proclamada a independência do Peru e os espanhóis começaram a ser 
expulsos da região. 
Ainda sobre a história do Peru, a elite peruana temia que os indígenas retomassem um 
processo insurrecional como o do século XVIII, com a liderança do quéchua Juan Atahualpa o qual 
objetivou reconstruir o Império Inca, entre 1742 e 1756. Já estudamos esse processo. A elite criolla 
também temia que a luta de independência reacendesse uma outra insurreição popular, a rebelião 
liderada por José Gabriel Condorcanqui, ou Túpac Amaru II, em 1780. Como essa nós ainda não 
vimos, veja o box abaixo. 
 
A insurreição dos Túpac Amaru, em 1780 
A resistência indígena já foi tema de nossas aulas e, de fato, ela marcou a ocupação 
espanhola. José Gabriel Condorcanqui Noguera era um curaca, um tipo de cacique, que 
comandava uma das aldeias (ayllu) no Peru. Ele dizia ser descendente direto de Túpac Amaru, líder 
da resistência Inca do século XVI. Por isso, a designação Túpac Amaru II. 
Condorcanqui estudou em escolas religiosas e na Universidade de São Marcos, em Lima. 
No meio universitário ele foi influenciado pelas ideias iluministas. 
Dessa maneira, começou a levantar bandeiras liberais contra a Metrópole, tais como fim 
das pesadas tributações. Conseguiu, com isso, obter simpatia de alguns criollos. 
A atuação de Túpac Amaru II desencadeou um movimento cujo marco foi o enforcamento 
de um chapetone. Em seguida, os camponeses começaram – de forma inédita – a invadir as 
propriedades e a destruir tudo o que representasse símbolo da dominação espanhola. Na prática, 
a rebelião defendia a volta do império Inca – ou o fim da dominação espanhola. 
Ocorreu que o movimento foi duramente reprimido e Túpac Amaru II foi executado com 
violência ímpar: teve os pés e mãos amarrados em quatro cavalos para que seus membros fossem 
destroçados. Porém, o vigor físico dessa liderança resistiu e, então, ele foi esquartejado e os 
pedaços do corpo foram enviados a diversas regiões do Peru para que servisse de exemplo. 
Apesar do movimento ter durando mais 2 anos, após a morte da grande liderança, o saldo 
de perdas para a população miserável, formada majoritariamente por índios, foi marcado pela 
proibição de qualquer tipo de manifestação alusiva às tradições incas. Até mesmo nomes de 
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origem incas foram proibidos. No geral, na assim considerada maior insurreição colonial da 
américa, 80 mil rebeldes foram mortos, quase todos índios. 
Símon Bolivar, por sua vez, ficou conhecido com o “Libertador” e representou os ideais 
mais próximos da elite criolla que almejava se separar da Metrópole. 
 
6 
 
200 ANOS DA FORMAÇÃO DA GRÃ-COLÔMBIA
Criada em 17 de dezembro de 1819, por Simon Bolívar, a República Confederada reunia os 
territórios da Colômbia, Venezuela, Panamá e parte do Equador e existiu até 1831. 
 
6 Adaptado de MELLO, Leonel Itaussu. Construindo consciência: História. São Paulo: Editora Scipione, 
2006, p. 88. 
Observe nomapa ao 
lado a rota seguida por 
Bolívar e San Martin. O 
círculo roxo aponta para 
Guayaquil, região 
pertencente ao atual 
Equador. Nesse local os 
dois líderes se 
encontraram, em 1822. 
Esse momento marca o 
início do desfecho das 
Guerras de 
Independência. Contudo, 
San Martin não quis se 
opor a Bolívar e seu 
projeto pan-americanista. 
Por isso, voltou à 
Argentina, enquanto o 
líder venezuelano foi para 
Bolívia. Lá completou a 
libertação da América, 
em 1824 na Batalha de 
Ayacucho, quando 
libertou definitivamente o 
Peru. 
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O sonho de Bolívar era que as demais regiões o acompanhassem e se incorporassem à 
jovem República até alcançar a República Continental formada por todas as regiões. 
Esse projeto acabou por constituir a concepção política latino-americana de bolivarianismo 
ou bolivarismo. Essas ideias ficaram sistematizadas na Carta da Jamaica, de 1815. Leia um 
trechinho e se atente aos argumentos bolivarianos: 
“É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com 
um único vínculo que ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem uma só origem, 
uma só língua, mesmos costumes e uma só religião, deveria, por conseguinte, ter um 
só governo que confederasse os diferentes Estados que haverão de se formar; mas tal 
não é possível, porque climas remotos, situações diversas, interesses opostos e 
caracteres dessemelhantes dividem a América.” 
 
Contudo, essa visão bolivariana de que havia uma identidade “nacional” e étnica que 
justificava a formação de uma única república com um único governo é, hoje em dia, contestada 
por alguns historiadores. Veja o que diz John Lynch 
 
Ao mesmo tempo em que começavam a recusar a nacionalidade espanhola, os 
americanos também estavam conscientes das diferenças entre si próprios, pois mesmo 
no Estado pré-nacional as várias colônias rivalizavam-se entre si nos recursos e 
pretensões. A América era um continente vasto demais e um conceito vago demais para 
atrair lealdade individual. Seus habitantes eram antes de tudo mexicanos, venezuelanos, 
peruanos, chilenos, e encontravam seu lar nacional em seu próprio país, e não na 
América. Esses países se definiam por sua história, por fronteiras administrativas, por 
ambiente físico, que os distinguiam não apenas da Espanha, mas também entre si; eram 
as pátrias de sociedade, cada uma delas única, e de economias, todas elas com 
interesses diferentes. (idem, p. 62) 
 
Além desses fatores podemos enumerar outros pelos quais o projeto da Grã-Colômbia 
fracassou: 
➢ Muitas divergências entre as elites locais e formação do caudilhismo. 
Como falamos, a elite criolla não era um grupo homogêneo e se diferenciava em interesses e 
ideias políticas. Por isso, preferia garantir a manutenção de seu poder local. Assim criollos 
acumulavam enorme poder local, como poder político, administrativo, militar e judiciário, 
especialmente porque, mantinham seus exércitos operando após a conclusão da independência 
política. Assim, essa é a origem do seu poder: militar e econômico! 
As estruturas republicanas existiam, mas a influência desses criollos, agora chamados de 
caudillos, era enorme – o que lhes permitia controlar a exploração da mão de obra local. Esse 
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fenômeno político conhecido como CAUDILHISMO caracteriza a cultura política na América 
Latina. Por sinal, esse fenômeno somando à extrema desigualdade social daquele contexto diz 
muito sobre a América Latina de hoje. 
➢ Oposição dos Estados Unidos e da Inglaterra 
Esses dois países não viam com bons olhos a formação de uma grande país na América, 
sobretudo, os EUA que queriam uma “américa para os americanos”. Estes países se interessavam 
em manter a América Latina como um bom fornecedor de produtos primários e mercado 
consumidor para os produtos industrializados. 
 
(FUVEST 1989) 
 O caudilhismo como fenômeno característico das sociedades latino-americanas 
após a independência foi a expressão 
a) das mudanças radicais pelas quais a estrutura fundiária e a economia dessa região 
passaram com a independência. 
b) do aumento da importância política das camadas médias urbanas com a industrialização. 
c) do surgimento de um proletariado politicamente forte, decorrente do desenvolvimento 
industrial. 
d) da aliança da burguesia nacional emergente politicamente com os interesses do 
capitalismo internacional. 
e) da manutenção da estrutura fundiária concentrada e de uma economia voltada para o 
exterior. 
Comentário 
Aluno, o caudilhismo, como fenômeno político pode ser identificado como uma forma de 
governo personalista, na qual o líder é paternalista e ao mesmo tempo violento. Concentra 
poderes econômico, político e militar. Segundo alguns historiadores é um embrião do 
“ditador hipano-americano”. A questão do nacionalismo vem depois, ao final do século XIX 
e começo do XX. Para que ele se consolidar foi necessário a manutenção da estrutura 
fundiária concentrada e desigual. 
Gabarito: E 
2.5 – À GUISA DE UMA CONCLUSÃO 
No geral, os processos de independência marcaram o rompimento da América espanhola 
com a Metrópole, sendo que o território ficou fragmentado em diversas repúblicas organizadas 
em sistemas federativos. 
A camada social que conseguiu sair por cima das lutas por independência foi a dos criollos 
e a desigualdade social se manteve tal como antes das declarações de emancipação. 
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• as colônias espanholas se fragmentaram em vários países após a Conferência do Panamá. 
• A elite criolla passou a governar os Estados soberanos emancipados. 
• A economia continuou a se basear na exportação de matérias-primas e ser dependente 
da produção industrializada das nações europeias. 
• a estrutura social colonial em que brancos eram a elite e índios e mestiços eram 
considerados inferiores se perpetuou. 
 (FUVEST 2007) 
Nas reivindicações dos movimentos políticos que levaram à independência dos países da 
América Espanhola, encontram-se alguns traços comuns. Entre eles, a 
a) proposta de igualdade social e étnica. 
b) proposição de aliança com a França revolucionária. 
c) defesa da liberdade de comércio. 
d) adoção do voto universal masculino. 
e) decisão de separar o Estado da Igreja. 
Comentário 
Vimos que o movimento de independência da América Latina foi fragmentado, de modo que 
os elementos locais foram decisivos para o modo e a forma como se desdobrou cada caso. 
Apesar disso, há traços comuns entre eles. Essa é uma das muitas formas de abordar o 
processo. Vamos analisar cada item: 
a- igualdade social e étnica não era um traço comum, até mesmo porque é complicado falar 
em igualdade étnica, né, já que não há como homogeneizar a cultura sem destruir algumas 
delas. 
b- A França não incentivou, especialmente após 1815, com a instalação do Congresso de 
Viena e seu ideal de restauração e recolonização. 
c- Item correto. Todos os movimentos queriam quebrar o exclusivo metropolitano e 
conquistar a liberdade econômica. 
d- Voto universal, como vimos, independe de renda. Contudo, em vários locais houve a 
manutenção do critério censitário para a participação política. 
e- Olha, isso parece uma pauta liberal, como ocorreu na França, mas, na América Latina, 
devido à ampla relação política de diversos setores da igreja, muitos deles, inclusive se 
envolveram nos processos. De qualquer maneira, não foi uma questão comum a todos os 
casos. 
Gabarito: C 
 
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Diante desses processos históricos, querido aluno/aluna, chegamos ao final da primeira 
parte da aula sobre Independência da América da América Latina, como foco nas colônias 
espanholas. Na próxima parte da aula estudaremos a Independência do Brasil. 
Agora, faça seu controle de temporalidade e complete sua linha do tempo. Faça os 
exercícios da aula e, já sabe: estou no Fórum de Dúvidas, ok! 
Um abraço apertado e um suspiro dobrado de amor sem fim, 
Alê 
3. LISTA DE QUESTÕES 
 (FUVEST – 2010) 
Carlos III, rei da Espanha entre 1759 e 1788, implementou profundas reformas – conhecidas 
como bourbônicas – que tiveram grandes repercussões sobre as colônias espanholas na 
América. Entre elas, 
a) o estabelecimento de medidas econômicas e políticas, para maior controle da Coroa sobre 
as colônias. 
b) o redirecionamento da economia colonial, para valorizar a indústria em detrimento da 
agricultura de exportação. 
c) a promulgação de medidas políticas, levando à separação entre a Igreja Católica e a Coroa. 
d) a reestruturação das tradicionais comunidades indígenas, visando instituir a propriedade 
privada. 
e) a decretação de medidas excepcionais, permitindo a escravização dos africanos e, 
também, a dos indígenas. 
 (FUVEST – 2008) 
 “No Chile, a lei não serve para outra coisa a não ser produzir a anarquia e a ausência de 
sanções [...] Se eu, por exemplo, prendo um indivíduo que sei que está tramando uma 
conspiração [contra o governo], violo a lei. Maldita lei então que não deixa o braço do 
governo proceder livremente no momento oportuno. [...] De minha parte, sei dizer que, com 
lei ou sem ela, essa senhora que chamam de Constituição tem que ser violada quando as 
circunstâncias são extremas.” Carta de Diego Portales, ministro chileno, em 1834. 
Nesse texto, Portales está defendendo uma visão 
a) liberal, que privilegia o respeito às leis e à justiça. 
b) aristocrática, que valoriza o regime monárquico. 
c) federalista, que salvaguarda os interesses das províncias. 
d) elitista, que defende os direitos do indivíduo. 
e) autoritária, que garante a ordem acima de tudo. 
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 (FUVEST 2007) 
Nas reivindicações dos movimentos políticos que levaram à independência dos países da 
América Espanhola, encontram-se alguns traços comuns. Entre eles, a 
a) proposta de igualdade social e étnica. 
b) proposição de aliança com a França revolucionária. 
c) defesa da liberdade de comércio. 
d) adoção do voto universal masculino. 
e) decisão de separar o Estado da Igreja. 
 (FUVEST 2005) 
Qual das afirmações seguintes, sobre o regime republicano de governo, é verdadeira? 
a) Na Europa, por volta de 1900, era o regime político da maioria dos países. 
b) O Brasil adotou esse regime político por intervenção direta dos demais países da América 
espanhola. 
c) Os Estados Unidos e o Canadá adotaram simultaneamente o regime referido. 
d) Como regime político, apareceu no mundo ocidental, pela primeira vez, no século XVIII. 
e) As ex-colônias espanholas da América adotaram tal regime político antes de sua ex-
metrópole. 
 (FUVEST 1996) 
 Simon Bolívar escreveu na Conhecida CARTA DA JAMAICA de 1815: 
"Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na América [Latina] a maior nação do 
mundo, menos por sua extensão e riquezas do que pela liberdade e glória." 
Sobre esta afirmação podemos dizer que: 
a) tal utopia da unidade, compartilhada por outros líderes da independência, como San 
Martin e O'Higgins, não vingou por ineficiência de Bolívar. 
b) inspirou a união entre Bolívia, Colômbia e Equador que formaram, por mais de uma 
década, uma única nação, fragmentada, em 1839, por problemas políticos. 
c) Bolívar foi o primeiro a pensar na possibilidade da unidade, ideia posteriormente retomada 
por muitos políticos e intelectuais latino-americanos. 
d) essa ideia, de grande repercussão entre as lideranças dos movimentos pela 
independência, foi responsável pela estabilidade da unidade centro-americana. 
e) Bolívar foi uma voz solitária, nestes quase 200 anos de independência latino-americana, 
ausentando-se tal ideia dos debates políticos contemporâneos. 
 (FUVEST 1988) 
Na América Espanhola, os movimentos de independência foram estimulados pela: 
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a) transferência do poder político dos 'criollos' para os 'chapetones', eliminando os vínculos 
que uniam as colônias espanholas da América à Metrópole. 
b) desarticulação do poder monárquico na Espanha com as guerras napoleônicas. 
c) manutenção do Pacto Colonial, elemento principal da prática do livre comércio. 
d) ausência de reforma administrativa de caráter mercantilista. 
e) ação da população mestiça, que liderava os movimentos emancipacionistas. 
 (FUVEST – 1986) 
No processo de emancipação política da América espanhola destaca-se a participação: 
a) Da população nativa que através do Exército que lutou contra os cabildos criollos. 
b) Dos indígenas que através dos cabildos organizaram o Estado Nacional. 
c) Dos chapetones que para garantir seus interesses controlaram o Exército. 
d) Dos caudilhos que defendiam princípios liberais e descentralizadores. 
e) Dos Criollos que através dos cabildos defendiam os interesses locais. 
 (FUVEST – 1982) 
A Independência das Colônias da América se situa no contexto 
a) do apogeu do pacto colonial. 
b) da crise do sistema feudal. 
c) do enfraquecimento da burguesia europeia. 
d) do fortalecimento dos Estados Absolutistas. 
e) da crise do monopólio das Metrópoles. 
 (UDESC 2013) 
Analise as proposições em relação à Independência dos países latino-americanos, e assinale 
(V) para verdadeira e (F) para falsa. 
( ) As guerras da independência dos países da América, de colonização espanhola, 
ocorreram principalmente na primeira metade do século XIX e estão vinculadas à ocupação 
da Espanha pelo exército francês de Napoleão Bonaparte. 
( ) Ao se tornarem independentes de suas metrópoles, na primeira metade do século XIX, 
a maioria dos novos países latino-americanos também proclamaram a libertação dos escravos 
e o fim da escravidão. 
( ) Muitos países latino-americanos independentes tinham uma população majoritariamente 
descendente de grupos indígenas. Um exemplo é o México que em 1821, ano da 
independência, tinha 40% da população indígena, 40% da população mestiça e 20% da 
população europeia ou de seus descendentes. 
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( ) Um dos países mais pobres da América Central, na atualidade, é o Haiti, que teve sua 
capital, Porto Príncipe, arrasada por um terremoto em 12 de janeiro de 2010. Este país foi 
colônia francesa e sua economia era baseada em grandes propriedades para a exportação 
com a utilização do trabalho escravo. Foi o último país da América Latina a se tornar 
independente e a abolir a escravidão. 
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo. 
a) F – F – V – F 
b) V – F – V – F 
c) V – F – F – V 
d) V – F – V – V 
e) F – V – F – F 
 (UFRR 2018) 
É correto afirmar sobre o Bolivarismo e a Doutrina Monroe: 
A) Defenderam, no início do século XX, a ideia de que a América deveria ser liderada pelos 
Estados Unidos. 
B) Ambas as políticas lutavam contra a influência crescente dos países europeus sobre a Ásia 
e a África, conhecidacomo imperialismo. 
C) A Doutrina Monroe surge no século XIX e pregava o lema ―América para os americanos, 
apoiando as independências no continente. Já o Bolivarismo é a política socialista 
desenvolvida pelo presidente Hugo Chaves e seguida por seu sucessor, Maduro, no início 
do século XXI. 
D) São políticas que geraram grande oposição durante a guerra fria, sendo que a primeira 
marcava uma postura socialista e a segunda uma postura capitalista. 
E) São políticas desenvolvidas no século XIX pelos jovens países americanos que pretendiam, 
respectivamente, promover integração entre os países sul-americanos e defender a 
autonomia da América, com menor ingerência europeia sobre o continente. 
 (Uel 2011) 
Sobre a crise colonial e os movimentos pelas independências dos territórios americanos 
colonizados pelos espanhóis e portugueses, é correto afirmar: 
a) No caso da América hispânica, o movimento revolucionário que culminou com as 
independências latino-americanas constituiu-se num empreendimento político levado a cabo 
pela coroa espanhola e também pelos camponeses e índios. 
b) A relação com as respectivas metrópoles desagradava a elite crioula cafeeira, pois esta 
consolidava o fortalecimento do comércio com outras nações interessadas neste produto; 
assim, o vigor econômico destas relações comerciais interferiu nas taxações impostas pela 
metrópole. 
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c) A colônia de Portugal, denominada Brasil, referendou seu processo de independência 
adotando o Regime Republicano. A partir desse marco, a Princesa Isabel assinou a lei que 
libertou os escravos, permitindo que a sociedade se constituísse a partir dos princípios 
liberais. 
d) Os movimentos emancipacionistas das colônias espanholas e da portuguesa refletiram na 
política mundial, inaugurando uma etapa de livre comércio com as demais nações, o que 
dinamizou a economia hispano e luso-americana. 
e) No início do século XIX, a Espanha vivenciava um processo de decadência interna. Essa 
debilidade e seus reflexos, tanto na metrópole quanto nas colônias, contribuíram para que 
os movimentos independentistas ocorressem. 
 (UEL – 2010) 
Sobre a América Latina Colonial, considere as afirmativas: 
I. A organização do trabalho colonial na América Espanhola baseou-se na exploração da 
mão de obra indígena, em formas variadas de servidão (como a encomienda e a mita), e no 
uso, em algumas regiões, do trabalho escravo africano. 
II. Na organização social das colônias espanholas na América, os brancos nascidos na 
América constituíram os criollos, grupo que concentrou a propriedade de terra e que tinha 
acesso restrito às mais altas funções dirigentes nos sistemas administrativo, judiciário e 
militar, privativos dos brancos nascidos na Espanha. 
III. No processo de independência das colônias espanholas na América, prevaleceu a 
proposta de Simon Bolívar (Bolivarismo), na qual os interesses particulares das novas nações 
eram mais importantes que uma unificação artificial baseada no passado comum da 
colonização ibérica. 
IV. Na colônia francesa do Haiti, a aliança entre os escravos e a elite branca local, a favor da 
independência, foi vitoriosa contra o Estado francês, o que permitiu a dominação da minoria 
branca na ilha, depois da emancipação política. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas. 
 (UEL – 2008) 
A emancipação das colônias hispano-americanas, liderada pelos grandes senhores de terras 
e pela burguesia criolla, encontrou apoio nos setores médios e populares, os quais, em 
alguns momentos, chegaram a ameaçar a estrutura de dominação de classe imposta pelo 
regime colonial. Entretanto, com exceção dos Estados Unidos, que implantaram um regime 
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liberal burguês, no restante da América a independência revelou-se um fato político. 
Realizada a autonomia, rompidos os vínculos com as metrópoles, as classes dominantes das 
antigas colônias tomaram o poder e constituíram Estados Nacionais que mantiveram afastada 
das decisões políticas a massa da população trabalhadora (majoritariamente indígena, 
camponesa ou não). A estrutura colonial não sofreu qualquer alteração de peso. A Inglaterra 
abriu mais ainda a sua porta no continente, assegurando-se de mercados consumidores e de 
matérias-primas; a propriedade territorial continuou nas mesmas mãos, a despeito de 
algumas tentativas de líderes liberais das Guerras de Independência; a população camponesa 
permaneceu sob a exploração e o domínio dos seus antigos senhores. 
(AQUINO, R. S. L. de; LEMOS, N. J. F.; LOPES, O. G. P. C. História 
das sociedades americanas. Rio de Janeiro: Record, 2000. p.165-166.) 
De acordo com o texto, é correto afirmar: 
a) A América hispânica estava vivenciando, já há algum tempo, um maior grau de liberdade 
comercial em função da crise econômica metropolitana, bem como a crise política 
desencadeada pelo domínio francês, entre os anos de 1808 a 1813. 
b) O fenômeno da emancipação política na Nova Espanha foi peculiar na América. A 
Revolução Mexicana foi o movimento mais representativo do descontentamento da parcela 
camponesa da população contra o autoritarismo e dominação da Espanha, culminando na 
emancipação do território do México. 
c) Em toda a América hispânica e também na portuguesa, o processo de lutas pela 
emancipação dos diversos espaços geográficos que futuramente se constituiram em espaços 
nacionais, foi conduzido pela Igreja, que lucraria com as emancipações, agregando mais 
terras ao seu já rico patrimônio. 
d) A participação dos Estados Unidos nos processos de independência das Américas foi de 
crucial importância para a adoção do Regime Republicano pelos espaços recém-
independentes. 
e) Após sua independência, a América portuguesa rompeu os laços com a metrópole – 
Portugal – e aliou-se às forças de Napoleão Bonaparte, adotando para esse espaço recém-
independente os princípios da Revolução Francesa. 
 (UEL – 2007) 
Jean Jaques Dessalines, um dos líderes da revolução do Haiti, declara: “Salvei a minha pátria. 
Vinguei a América... Nunca mais um colono europeu porá o pé neste território com o título 
de amo ou de proprietário.” 
Fonte: DOZER, D. M. América Latina: uma perspectiva histórica. 
Tradução de Leonel Zallandro. Porto Alegre; Editora Globo; São 
Paulo; Edusp, 1996. P.191, 192. 
 
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Baseado nesta declaração e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que: 
a) Após a independência, as rebeliões feitas pela população negra e mulata contra a 
exploração colonialista e os exércitos franceses deixaram de fazer parte do cotidiano da 
população haitiana. 
b) Dessalines, como líder revolucionário, conseguiu promover a unidade territorial do Haiti, 
unindo a metade oriental da ilha com a parte ocidental, que continuava escravista. 
c) A emancipação do Haiti deu-se em função das contradições sociais existentes nessa 
colônia e configurou-se num movimento de caráter político, econômico e social, visando 
estabelecer uma nova ordem sobre bases democráticas. 
d) O Haiti emancipado foi dirigido por governantes democráticos, cujos princípios 
assemelhavam-se aos da Revolução Francesa, como liberdade, igualdade e fraternidade. 
e) Os negros e mulatos, mesmo sendo a maioria, não tiveram força suficiente parapromover a emancipação em função da superioridade estratégica e armamentícia do 
exército francês. 
 (VUNESP 2017) 
No movimento de Independência atuam duas tendências opostas: uma, de origem europeia, 
liberal e utópica, que concebe a América espanhola como um todo unitário, assembleia de 
nações livres; outra, tradicional, que rompe laços com a Metrópole somente para acelerar o 
processo de dispersão do Império. 
(Octavio Paz. O labirinto da solidão, 1999. Adaptado.) 
O texto refere-se às concepções em disputa no processo de Independência da América 
Latina. Tendo em vista a situação política das nações latino-americanas no século XIX, é 
correto concluir que 
a) os Estados independentes substituíram as rivalidades pela mútua cooperação. 
b) os países libertos formaram regimes constitucionais estáveis. 
c) as antigas metrópoles ibéricas continuavam governando os territórios americanos. 
d) o conteúdo filosófico das independências sobrepôs-se aos interesses oligárquicos. 
e) as classes dirigentes nativas foram herdeiras da antiga ordem colonial. 
 (VUNESP 2015) 
Era o fim. O general Simón José Antonio de La Santísima Trinidad Bolívar y Palacios ia 
embora para sempre. Tinha arrebatado ao domínio espanhol um império cinco vezes mais 
vasto que as Europas, tinha comandado vinte anos de guerras para mantê-lo livre e unido, e 
o tinha governado com pulso firme até a semana anterior, mas na hora da partida não levava 
sequer o consolo de acreditarem nele. O único que teve bastante lucidez para saber que na 
realidade ia embora, e para onde ia, foi o diplomata inglês, que escreveu num relatório oficial 
a seu governo: “O tempo que lhe resta mal dá para chegar ao túmulo.” 
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MÁRQUEZ, Gabriel García. O general em seu labirinto, 1989. 
O perfil de Simón Bolívar, apresentado no texto, acentua alguns de seus principais feitos, 
mas deve ser relativizado, uma vez que Bolívar 
a) foi um importante líder político, mas jamais desempenhou atividades militares no processo 
de independência da América Hispânica. 
b) obteve sucesso na luta contra a presença britânica e norte-americana na América 
Hispânica, mas jamais conseguiu derrotar os colonizadores espanhóis. 
c) defendeu a total unidade das Américas, mas jamais obteve sucesso como comandante 
militar nas lutas de independência das antigas colônias espanholas. 
d) teve papel político e militar decisivo na luta de independência da América Hispânica, mas 
jamais governou a totalidade das antigas colônias espanholas. 
e) atuou no processo de emancipação da América Hispânica, mas jamais exerceu qualquer 
cargo político nos novos Estados nacionais. 
 (VUNESP 2014) 
Sobre as lutas pela independência na América Hispânica, é correto afirmar que 
a) contaram com participação política e militar direta dos Estados Unidos e da Alemanha, 
interessados em ampliar sua presença comercial na região. 
b) tiveram claro caráter popular, expresso na realização, após a emancipação, de reformas 
sociais profundas. 
c) impediram a modernização das economias coloniais e reduziram a participação dos países 
da região no comércio internacional. 
d) asseguraram a manutenção da unidade territorial e impediram a fragmentação política da 
região. 
e) foram controladas, na maior parte dos casos, pelas elites criollas, embora tenham contado 
com participação popular. 
 (VUNESP 2013) 
 Leia. 
É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com um 
único vínculo que ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem uma só origem, uma só 
língua, mesmos costumes e uma só religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo 
que confederasse os diferentes Estados que haverão de se formar; mas tal não é possível, 
porque climas remotos, situações diversas, interesses opostos e caracteres dessemelhantes 
dividem a América. 
(Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815]. Simón Bolívar: política, 1983.) 
O texto foi escrito durante as lutas de independência na América Hispânica. Podemos dizer 
que, 
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a) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade americana e, em sua 
ação política e militar, reagiu à iniciativa autonomista do Brasil. 
b) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar combateu as propostas de independência e 
unidade da América e se empenhou na manutenção de sua condição de colônia espanhola. 
c) conforme afirma na carta, Bolívar defendeu a unidade americana e se esforçou para que a 
América Hispânica se associasse ao Brasil na luta contra a hegemonia norte-americana no 
continente. 
d) conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a diversidade geográfica e política do continente, 
mas tentou submeter o Brasil à força militar hispano-americana. 
e) conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu sonho de unidade americana, 
mas, em sua ação política e militar, reconheceu que as diferenças internas eram insuperáveis. 
 (VUNESP 2012) 
O caudilhismo é um fenômeno político hispano-americano do século XIX, que se associa 
a) à resistência contra o intervencionismo norte-americano, sobretudo nas áreas do Caribe e 
América Central. 
b) às guerras civis entre unitários e federalistas durante o processo de formação dos Estados 
nacionais. 
c) aos pensadores liberais que lutaram pela emancipação política e econômica do continente. 
d) às lideranças militares que atuaram nas guerras de independência e defenderam a 
unificação do continente. 
e) ao temor, manifesto sobretudo na região do Prata, de que o Império brasileiro avançasse 
militarmente para o sul. 
 (VUNESP 1992) 
Após a emancipação política e ao longo do Século XIX, a vida institucional, na maioria dos 
países latino-americanos, foi marcada pelas seguintes características: 
a) prolongada instabilidade política, predomínio das oligarquias dirigentes e submissão das 
massas pauperizadas. 
b) velhas oligarquias em crise e o desenvolvimento do populismo atrelado ao capital 
multinacional. 
c) predomínio do modo de produção capitalista que promovia a unificação política e a 
integração econômica. 
d) estabilidade política alicerçada em modelo republicano de governo. 
e) sujeição dos políticos às exigências dos grupos oprimidos. 
 (VUNESP 1990) 
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O processo de independência na América Latina deve ser compreendido no contexto da 
conjuntura internacional, marcada pelo ideário liberal iluminista, a expansão industrial 
inglesa, as guerras napoleônicas, além das crises inerentes ao sistema colonial. Assinale a 
alternativa diretamente relacionada com o processo de independência na América 
Espanhola: 
a) Conflito social que não teve relação com a desigualdade entre os nascidos na terra e na 
metrópole. 
b) Ruptura Colônia/Metrópole mais relacionada com a Guerra dos Sete Anos e sem relação 
alguma com as campanhas de Napoleão na Península Ibérica. 
c) Abertura dos portos à livre concorrência dos produtos manufaturados europeus para 
garantir a sobrevivência interna da pequena indústria têxtil latino-americana. 
d) Movimento de libertação fundamentado na identidade profunda entre a independência 
política e a independência econômica. 
e) Movimento emancipador conduzido principalmente pelos crioulos. 
 (UNCISAL – 2016) 
Muitos são os fatores que tornam a Revolução do Haiti um acontecimento único; a ex-colônia 
francesa foi uma das primeiras a realizara independência diante da metrópole, utilizando-se, 
inclusive, das ideias de libertação da própria França, sua colonizadora, além disso, a 
Revolução foi levada a cabo por escravos, quando que na maior parte das colônias europeias 
na América Latina o processo de independência fora encabeçado por membros de uma elite 
crioula e, embora tenha havido participação popular, esta foi muito diminuta. 
SOARES, Ana Loryn; SILVA, Elton Batista da. A revolução do Haiti: 
um estudo de caso (1791-1804). Ameríndia, v.1, 2006, p.4. Disponível em: 
<http://200.129.29.202/index.php/2015/article/view/1380/1286>. Acesso em: 05 nov. 2015. 
A luta pela conquista da independência política do Haiti se tornou singular, pois Liberdade, 
para eles, implicava 
 
a) acabar com a escravidão. 
b) findar com a discriminação. 
c) agenciar a igualdade racial. 
d) lutar pela divisão das terras. 
e) buscar a livre comercialização. 
 (URCA 2018) 
No final do século XVIII e início do século XIX, a América espanhola foi palco de diversas revoltas 
sociais, insurreições escravistas e lutas pela independência. Sobre estes movimentos, é correto 
afirmar: 
A) A Revolta de Tupac Amaru teve a participação de milhares de pessoas, entre índios, mestiços 
e negros traficados para o Vice-Reino da Venezuela. 
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B) Em 1791, liderados por Toussaint L’Ouverture, escravos de São Domingos, atual Haiti 
promoveram um levante de grandes proporções e chegaram a ganhar a condição de libertos, 
facilitada pelo governo de Napoleão Bonaparte na França. 
C) A independências da atual Argentina e Chile no início do século XIX favoreciam aos interesses 
ingleses pela possibilidade de abrir mercados para os produtos de suas colônias recém-
estabelecidas na África. 
D) Na América Espanhola, em que pese a participação ampla de setores mais populares nas lutas 
pela independência, o que acabou predominando foi o projeto das elites criollas, o que explica, 
em parte, a continuidade da concentração de terras e das enormes diferenças sociais no pós-
emancipação. 
E) Um dos grandes líderes dos movimentos de independência na América espanhola foi Simon 
Bolívar, ardoroso defensor de uma América dividida, o que acabou dando origem aos 19 Estados 
autônomos pós-independência. 
 (URCA 2016) 
Para as elites agrárias, a política era a extensão de seus negócios, o que 
favoreceu o aparecimento de líderes regionais, civis ou militares, conhecidos como caudilhos, 
que assumiam o poder para defender os interesses de um determinado grupo 
oligárquico, governando geralmente de forma autoritária. Portanto, o caudilhismo 
é um fenômeno característico da América Latina após a independência, relacionado à 
manutenção do latifúndio e da economia agroexportadora. Neste sentido assinale a 
alternativa correta: 
A) Na Argentina, Juan Domingo Perón foi o maior representante desse tipo de Estado. 
Fenômeno urbano, o peronismo seduziu as massas populares com propostas nacionalistas e 
modernizadoras. 
B) No Brasil, o caudilhismo foi representado pelos dois Imperadores que usaram o próprio 
carisma para exercerem o poder como líderes autoritários que, ao mesmo tempo, 
estabeleciam estreitas relações pessoais com a população com base em apelos emocionais. 
C) O surgimento de caudilhos foi favorecido pela estrutura social das ex--colônias espanholas 
e portuguesas, nas quais latifundiários detinham grande poder político a exemplo do 
coronelismo no Brasil. 
D) O caudilhismo na América Latina ocorreu porque as estruturas políticas eram 
fundamentalmente democráticas em contraposição às estruturas oligárquicas, a maioria da 
população era alfabetizada e participava pelo voto das definições do poder. 
E) O caudilhismo iniciou sua queda em meados do século XX, devido ao processo de 
industrialização, à imigração europeia e à reforma eleitoral, somado à decadência dos 
exércitos, que passaram a combater as ditadura militares, no Brasil, Argentina, Bolívia, 
Uruguai, Chile, Haiti e Peru. 
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 (UNITAU 2020) 
“O movimento de independência das colônias espanholas da América abriu possibilidades 
diversas para os que viveram naquele período. Tempos de sonhos, tempos de escolha. 
Sonharam os letrados ilustrados, que expressaram suas utopias em escritos, como aquele 
que leva por título: ‘Sonhava o Abade de São Pedro e eu também sei sonhar’, do 
guatemalteco José Cecílio Del Valle, que, em 1822, propunha a unidade americana. 
A mesma unidade idealizada por Simón Bolívar, que acreditara que a liberdade faria a 
América Meridional desabrochar e florescer. Sonharam os mais pobres, que alimentaram 
expectativas de mudança da ordem existente, de uma inversão da realidade”. 
PRADO, Maria L. C. Esperança radical e desencanto conservador na Independência da 
América Espanhola. História, São Paulo, 22(2), p.15- 34, 2003. 
“Sabe que governei durante vinte anos e deles tirei apenas pouco resultados certos: 1º) a 
América é ingovernável para nós; 2º) aquele que serve a uma revolução ara no mar. 
Bolívar, Simón. Obras completas. Vol. III, p. 501-2. 
Sobre a influência dos ideais iluministas da Revolução Francesa nos processos de 
independência da América, é CORRETO afirmar: 
a) Chegam à América com os criollos (descendentes de espanhóis nascidos na América) que 
estudaram na Europa, como Bolívar, e promovem o surgimento de uma consciência 
nacionalista e a fundação dos primeiros estados-nações na América. 
b) Não encontram eco na América hispânica, pois o desejo dos criollos era ter maior 
participação na política colonial e nos principais cargos administrativos, preservando a 
monarquia sem romper com a metrópole. 
c) Apenas o ideal de livre-comércio e a possibilidade de negociar com todos tiveram 
influência sobre os criollos da América, pois esses recusavam a ideia de uma sociedade com 
direitos para os escravos africanos. 
d) Não encontram eco na América hispânica, pois os peninsulares não aceitavam a ideia de 
igualdade, devido à maciça presença de africanos escravizados nas sociedades hispânicas. 
e) Inspiraram os revolucionários na América hispânica, por divulgar a liberdade e a igualdade, 
porém, após as independências, seus ideais democráticos se frustraram devido à 
manutenção de antigas estruturas de poder, como o caudilhismo. 
 (UNITAU 2019) 
“A figura de Toussaint Louverture, o Espártaco Negro, domina os anos revolucionários do 
final do século XVIII na América, retratados pelo escritor cubano Alejo Carpentier, em seu 
romance ‘O Século das Luzes’. Formidável estrategista, que soube jogar habilmente com as 
rivalidades entre as grandes potências – Espanha, Inglaterra e França –, Louverture 
consolidou seu poder e desafiou Napoleão. Capturado à traição, morre numa cela glacial nos 
Alpes do Jura, mas seus tenentes resistem. Os 43 mil soldados franceses, sob ordens de um 
cunhado de Napoleão, são dizimados pela guerrilha de ex-escravos”. 
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CAROIT, J. M. País marcado por golpes se rebelou contra escravidão. Folha de S. Paulo, 01 
de março de 2004. Adaptado. 
O texto acima faz referência a um célebre episódio do processo de independência das 
colônias na América, que marcou o imaginário dos senhores de escravos, criando o que a 
historiadora Celia Maria Marinho de Azevedo denominou de “medo branco”. Trata-se da 
a) Revolução de São Domingos, primeiro processo de independência na América após os 
EUA,em que Toussaint Louverture criou a única monarquia negra do continente. 
b) Revolução de São Domingos, primeira revolução de escravos vitoriosa na América, em que 
foi proclamada a independência da colônia francesa, que recebeu o nome indígena de Haiti. 
c) Revolução do Haiti, em que, após mais de 10 anos de guerra civil, pequenos proprietários 
de terras, apoiados pelos escravos, proclamam a independência em relação à Espanha. 
d) Revolução de Cuba, de 1768, em que proprietários de terras, escravos e negros livres 
lutaram pelo fim do domínio colonial espanhol e pela abolição da escravidão. 
e) Revolução de Cuba, de 1788, guerra civil que opunha, de um lado os que defendiam a 
independência da colônia e o fim da escravidão e, de outro, aqueles que defendiam apenas 
a emancipação política. 
 (UNAERP 2018) 
Em agosto de 1791, passados dois anos da Revolução Francesa e dos seus reflexos em São 
Domingos, os escravos se revoltaram. Em uma luta que se estendeu por doze anos, eles 
derrotaram, por sua vez, os brancos locais e soldados da monarquia francesa. Debelaram 
também uma invasão espanhola, uma expedição britânica com algo em torno de sessenta 
mil homens e uma expedição francesa de semelhantes dimensões comandadas pelo cunhado 
de Bonaparte, o que gerou, em 1803, um novo Estado independente. 
JAMES, C.L.R. Os jacobinos negros. São Paulo: Boitempo, 2000, p. 15. Adaptado. 
O texto refere-se à independência 
a) de Cuba. 
b) do Haiti. 
c) do Níger. 
d) da Jamaica. 
e) da Martinica. 
 (UNAERP 2016) 
“Os americanos ou defendem seus direitos ou sofrerão repressão nas mãos da Espanha, que, 
embora tenha sido um grande império mundial, agora está muito fraca com o pouco que lhe 
restou para controlar o novo hemisfério ou até mesmo se manter no antigo. E deverá a 
Europa, a civilizada, comerciante, a amante da liberdade, permitir que uma antiga serpente, 
que só se preocupa com sua raiva venenosa, devore a parte mais honrada de nosso globo?... 
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[se] ela [Espanha] se fixar em seus próprios domínios, poderá crescer em prosperidade e 
poder sobre bases mais sólidas do que conquistas dúbias, comércio precário e impostos 
forçados de povos distantes e poderosos”. 
ANDREA, Alfred J. e OVERFIELD, James H. in: GOUCHER, Candice. História Mundial: 
jornadas do passado ao presente. Porto Alegre: Penso, 2011, p. 215. Adaptado. 
O trecho citado é de uma carta escrita pelo líder revolucionário chamado 
a) Bernardo O’Higgins, responsável pela independência do Haiti e do Chile. 
b) Tupac Amaru, responsável pela independência da Argentina e da Colômbia. 
c) Simon Bolívar, responsável pela independência da Bolívia e da Venezuela. 
d) José de San Martín, responsável pela independência de Granada e do México. 
e) Toussaint Louverture, responsável pela independência da Jamaica e da Guiana Francesa. 
 (UNIRV 2018) 
Em 1804, Napoleão fundou o Império Francês, impondo medidas imperialistas e liberais. Em 
1807, como retaliação à desobediência espanhola ao Bloqueio Continental (1806), o Império 
Francês invadiu a Espanha iniciando os processos de independência da América Espanhola. 
A respeito dessas transformações no século XIX, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras 
e (F) para as falsas. 
a) ( ) Simon Bolívar foi um líder popular venezuelano, que iniciou os movimentos pela 
independência da América através da doutrina do bolivarianismo, um ideal de cunho 
socialista que almejava a distribuição de renda através de programas sociais, custeados por 
monopólios estatais. 
b) ( ) O caudilhismo foi um fenômeno político latino americano decorrente dos processos de 
independência, no qual a elite criolla assume um papel de protagonismo político, econômico 
e militar como uma força política descentralizadora. 
c) ( ) O bolivarianismo era o ideal compartilhado por Bolívar e San Martín, segundo o qual os 
países sul-americanos deveriam manter-se unidos, formando grandes nações 
economicamente autônomas. 
d) ( ) Os processos de independência latino americanos resultam de revoltas populares que 
destituíram do poder as elites colonial e metropolitana, construindo repúblicas 
presidencialistas que representam através da representatividade os desejos do povo. 
 (UNIRV 2019) 
A América Colonial não foi dócil e pacífica, muitos conflitos deflagraram-se no continente 
contra a dominação europeia. Sobre as revoltas coloniais na América, assinale V (verdadeiro) 
ou F (falso) para as alternativas. 
a) ( ) Em 1780, Tupac Amaru II, liderou uma revolta de nativos no Peru, lutando contra a 
exploração do trabalho indígena e mestiço. A revolta também almejava autonomia, 
retomando a mitologia do Império Inca, inclusive enaltecendo a origem inca de seu líder. 
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b) ( ) A Inconfidência Mineira, de 1789, foi um movimento popular de luta por independência 
no Brasil, liderado por Tiradentes, um oficial de baixa patente, e procurava aplicar os ideais 
desenvolvidos pela Revolução Francesa de igualdade, liberdade e fraternidade. 
c) ( ) A Guerra Guaranítica foi um movimento indígena no sul do Brasil, contra a ofensiva de 
bandeirantes paulistas. O objetivo dos índios era ampliar a civilização missioneira para além 
do Rio Grande do Sul, ameaçando a autonomia da cultura portuguesa representada por São 
Paulo. 
d) ( ) O haitianismo é o movimento de independência do Haiti, em 1798. Nesse conflito, os 
escravos haitianos mataram seus senhores e tomaram o poder sob líderes libertos como 
Toussaint Louverture, formando uma nação independente governada por negros e que 
intimidou as elites escravocratas de outras colônias. 
 (IFRS 2018) 
Entre 1791 e 1804, uma das colônias francesas no Novo Mundo, Saint Domingue (Haiti), 
passou por um processo marcado pela reação contra a dominação de uma elite branca que 
resultou na sua independência e na abolição da escravidão. 
Sobre este fato, é correto afirmar. 
I - A chegada de Napoleão Bonaparte ao poder foi um grande estímulo aos revoltosos, pois 
o novo governo da França aboliu definitivamente a escravidão em todos os domínios 
franceses nas Américas (1802). 
II - A eliminação dos dominadores brancos e o protagonismo de escravos, libertos e 
quilombolas foi motivo de grande preocupação entre as sociedades escravistas das 
Américas. Temia-se a “haitinização”, ou seja, que a revolta se espalhasse e colocasse em 
xeque a manutenção da instituição escravista em toda a região. 
III - A Revolução do Haiti foi um dos inúmeros casos nas Américas em que o rompimento do 
domínio colonial esteve associado à abolição da escravidão. 
IV - Após unir-se aos revolucionários, entre 1794 e 1802, o liberto François Dominique 
Toussaint (“Toussaint L’Ouverture”) foi a principal autoridade da ilha. Depois da sua captura 
e deportação para a França, o ex-escravo Jean-Jacques Dessalines assumiu a liderança dos 
revoltosos que proclamaram a Independência do Haiti em 1804. 
Quais estão corretas? 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) I, II, III e IV. 
 (IFRS 2017) 
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Assinale a alternativa que melhor caracteriza as causas da independência das colônias latino-
americanas. 
a) A independência das colônias latinoamericanas insere-se no processo de 
enfraquecimento das metrópoles ibéricas face ao crescimento industrial da Inglaterra e 
França e o crescimento, por parte das elites latino-americanas, da insatisfação com o modelo 
de exploração colonial. 
b) A independência das colônias latinoamericanasinsere-se no processo de 
enfraquecimento das metrópoles ibéricas face ao crescimento industrial da Inglaterra e 
Holanda e o crescimento, por parte das elites latino-americanas, da insatisfação com o 
modelo de industrialização imposto pelos ibéricos. 
c) A independência das colônias latinoamericanas teve como exclusiva causa a insatisfação 
desta região com o modelo de industrialização imposto pelos ibéricos. 
d) A independência das colônias latinoamericanas teve como única causa o 
enfraquecimento das metrópoles ibéricas face ao crescimento industrial da Inglaterra e 
França. 
e) A independência das colônias latinoamericanas insere-se no contexto do Renascimento 
Cultural, onde a valorização do antropocentrismo proporcionou à sociedade uma concepção 
descentralizada da política, levando à perda de poder por parte das metrópoles ibéricas e, 
consequente, consolidação do poder na América nas mãos das elites industriais. 
 (UECE 2018) 
Há vários líderes cujos nomes estão associados à emancipação de diferentes países da 
América Latina, como por exemplo, José de San Martín, na Argentina; Bernardo O’Higgins, 
no Chile, assim como Francisco José de Paula Santander, na Colômbia, mas nenhum deles 
tem o prestígio incontestável de principal líder expresso na figura de 
A) Che Guevara. 
B) Fidel Castro. 
C) Simón Bolívar. 
D) Pedro de Valdivia 
 (UECE 2016) 
O Congresso Nacional de Lima, a capital do Peru, situa-se na Praça Bolívar. A principal praça 
de Bogotá, capital da Colômbia, tem o mesmo nome: Praça Bolívar. A Bolívia recebeu este 
nome para homenagear Simon Bolívar. Sobre Simón Bolívar, pode-se afirmar corretamente 
que 
a) liderou um movimento a favor da independência da América do Sul e idealizou uma 
unidade continental chamada Gran Colômbia que se desfez em repúblicas. 
b) lutou ao lado de José de San Martín, na Argentina, e Bernardo O’Higgins, no Chile, pela 
libertação desses países do domínio espanhol. 
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c) foi um revolucionário criador do nacionalismo venezuelano e liderou a Revolução 
Bolivariana. 
d) era um monarquista convicto; por isso, defendeu a centralização do poder, para uma 
América emancipada. 
 (UVA 2019) 
No século XVIII as ideias iluministas inspiraram os movimentos de independência na América 
espanhola, liderados pelas elites criollas. O movimento recebeu o apoio tanto dos Estados Unidos 
quanto da Inglaterra. Assinale a alternativa que melhor caracteriza o interesse dos aliados: 
a) À Inglaterra interessava a ampliação do comércio com a América, aos Estados Unidos, o controle 
político e econômico. 
b) Ambos desejavam ser solidários para com os povos latino-americanos. 
c) Tanto a Inglaterra quanto os Estados Unidos eram críticos dos ideais da Revolução Francesa. 
d) Ambos defendiam a “América para os americanos”. 
 (UVA 2018) 
No início do século XIX, a independência da América Espanhola ocorreu num contexto político 
internacional marcado por fatos. Dentre os fatos que favoreceram a independência da América 
Espanhola, podemos mencionar: 
a) A Revolução Industrial Espanhola. 
b) O Despotismo Esclarecido. 
c) As Guerras Napoleônicas. 
d) A derrota dos americanos na guerra de independência dos Estados Unidos. 
 (UFSC – 2018) 
Os dilemas do Haiti 
Até o início de 2010, podia-se dizer que o Haiti era um país marcado pela pobreza e 
instabilidade política. Afinal, desde 2004, em meio a um clima de guerra civil, lá estavam 
tropas de paz da ONU, comandadas pelo governo brasileiro, interessado em ampliar a sua 
influência no continente – eram mais de sete mil homens! 
SANTIAGO, Pedro. Por dentro da História, 2. 3. ed. São Paulo: Escala Educacional, 2013, p. 
113. 
Sobre o Haiti e a trajetória do seu povo, é correto afirmar que: 
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01. considerado um caso singular, o movimento de independência do Haiti foi resultado de 
um levante popular comandado pela população negra contrária à dominação francesa. 
02. em 2010, um forte terremoto atingiu o país, deixando o cenário de pobreza e 
instabilidade política ainda mais grave. 
04. localizado no noroeste da África, o Haiti possui uma economia baseada na monocultura 
de cana-de-açúcar e no comércio clandestino de marfim e diamante. 
08. no final do século XVIII, durante a rebelião escrava que iniciou o processo de 
independência, o líder François-Dominique Toussaint Louverture determinou a abolição da 
escravidão no Haiti. 
16. em função do caráter violento do processo de emancipação, a independência do Haiti 
ainda não foi reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) e, por essa razão, o 
país está sob o controle das tropas internacionais. 
32. a Primavera Árabe e o contexto de guerra civil das últimas décadas estão entre as 
principais razões para o crescimento da imigração de refugiados haitianos para o Brasil nos 
últimos anos. 
 (UFSC 2015) 
Os criollos: uma elite contra os espanhóis 
“Instalados há várias gerações [...] numa terra que consideram sua, os criollos têm nas mãos 
as rédeas econômicas da América hispânica. Possuem imensas estâncias e rebanhos e 
escravos, detêm e desempenham cargos da advocacia e constituem, de modo compacto, o 
povo dos letrados, particularmente aberto às ideias do século. Ora, por uma contradição 
interna, essa elite econômica e de inteligência, numa sociedade em que a presença do índio 
e do escravo negro confere a todo homem branco ‘um complexo de superioridade’, sofre 
com a exclusão da administração real e com a desconfiança que esta lhe manifesta”. 
CHAUNU. História da América Latina. 4. ed. São Paulo: Difel, 1979. p. 59 
A respeito do texto e dos movimentos de resistência e de independência na América 
hispânica, é CORRETO afirmar que: 
01. apesar do seu poder econômico, os criollos não podiam participar das atividades 
administrativas coloniais e eram desprezados pelos espanhóis por sua origem africana. 
02. as ideias iluministas foram, em parte, responsáveis pela formação intelectual da elite 
criolla em fins do século XVIII e princípio do século XIX. 
04. Simón Bolívar, conhecido como “o Libertador”, defendia a ideia de uma América 
fragmentada em pequenos estados independentes e controlados pelos trabalhadores rurais 
e urbanos. 
08. as contradições dos movimentos de independência ficaram evidentes após sua 
concretização e a implantação de regimes monárquicos na maior parte dos novos países. 
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16. o atual Uruguai foi incorporado oficialmente por Portugal ao Brasil em 1821 e tornou-se 
uma província brasileira. A independência da banda oriental do rio da Prata foi conquistada 
somente após a Guerra Cisplatina (1825-1828). 
32. Tupac Amaru II, líder de origem inca, comandou um dos maiores levantes indígenas 
desde a conquista espanhola. Um dos objetivos do movimento era acabar com a cobrança 
da mita. 
 (UFMS – 2019) 
Sobre o processo de conquista da independência das antigas colônias portuguesa e 
espanhola na América, assinale a alternativa correta. 
 
a) O Brasil se tornou independente de Portugal assim que a família real portuguesa aportou 
no território americano, em 1808, com a mudança da capital para o Rio de Janeiro, quando 
o Brasil se tornou sede do império português. 
b) A independência do Peru ocorreu em 1821 liderada pelo general argentino José de San 
Martín, que também foi decisivo no processo de independência de Argentina e Chile. 
c) O Paraguai se tornou independente da Espanha somente com a chegada da família 
Lopez ao poder, quando o MarechalSolano Lopez decretou guerra contra a Espanha e os 
demais países que não reconheciam sua independência. 
d) A Argentina se tornou independente após uma longa negociação diplomática entre o 
revolucionário criollo Simón Bolivar e a corte espanhola, quando em 1813 a então província 
conquistou sua autonomia. 
e) A independência da Venezuela ocorre somente em 1821, após intensas negociações 
entre a elite criolla e o governo espanhol, por intermédio do líder político Simón Bolivar. 
 (UFMS 2018-2020) 
Leia o texto a seguir. 
“Com tanta atividade acontecendo em seu próprio quintal, teria sido fácil para as grandes 
nações europeias esquecer que ainda precisavam cuidar de um grupo de colônias esforçadas 
nas Américas Central e do Sul. Para sorte das colônias esforçadas, foi exatamente isso que 
aconteceu. O Haiti obteve a sua independência da França em 1804, e dezoito anos depois o 
Brasil conseguiu se libertar do nocivo controle de Portugal. O único país que ainda realmente 
se importava com as suas colônias latino-americanas era a Espanha. Infelizmente, no início 
do século XIX, essa nação ibérica um dia poderosa havia se tornado tão perigosa, do ponto 
de vista puramente militar quanto um estilingue. Isso proporcionou às suas colônias a chance 
de se empenhar em conquistar a liberdade.” 
(Fonte: REAR, Dave. História do mundo sem as partes chatas. São Paulo: Cultrix, 2013. p. 
208-209. Adaptado). 
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De acordo com o autor, a Espanha do século XIX apresentava uma resistência militar tão 
potente quanto um estilingue, fato que permitiu que boa parte de suas colônias se tornassem 
independentes sem grandes esforços. Assinale a alternativa correta que explica este 
contexto. 
a) Após o período de colonização, a Espanha manteve-se inclinada à exploração de ouro e 
prata nas colônias onde atualmente estão México, Bolívia, Peru e Colômbia, não se 
preocupando em guarnecer militarmente os governos do sul e do norte da América, que 
acabaram se rebelando e colocando fim à exploração espanhola. 
b) Após sua independência, os Estados Unidos promoveram um grande assédio a todos os 
territórios coloniais da América administrados por portugueses, espanhóis, franceses e 
holandeses e permitiram que as elites criollas tomassem fôlego suficiente para proclamar 
suas independências frente às metrópoles europeias. 
c) De acordo com o texto, a Espanha passou por um longo processo de sucateamento de 
sua frota e de engessamento dos setores produtivos, o que ocasionou, ainda no início do 
século XIX, a emancipação política e econômica de suas colônias. 
d) O cenário apresentado sugere o enfraquecimento do poder de resistência espanhola tanto 
pela falta de investimentos quanto pela questão política, visto que a Espanha, ainda no início 
do século XIX, foi invadida por Napoleão e não dispunha de poder político para impedir a 
independência de suas posses coloniais. 
e) A independência das colônias espanholas no início do século XIX está diretamente ligada 
às investidas inglesas contra o pacto colonial da América, visto que, impulsionada pela 
Revolução Industrial, a potência bretã incentivava o fim da escravidão e toda forma de 
exploração que não permitisse a prática capitalista industrial. 
 (UFMS 2007) 4000067682 
Patrocinada pelo governo venezuelano, por meio da companhia petrolífera estatal PDVSA, a 
escola de samba Unidos de Vila Isabel ganhou o carnaval do Rio de Janeiro de 2006 com o 
samba-enredo intitulado “Soy Loco por Ti, America”, no qual destacava a figura de Simon 
Bolívar, general vitorioso na guerra pela independência da América do Sul e político de 
formação liberal. A respeito do papel representado por Simon Bolívar no contexto político 
sul-americano dos séculos XIX e XX, assinale a alternativa correta. 
a) Ao contrário de outros líderes da independência da América espanhola, como Jose de San 
Martin e Bernardo O'Higgins, Simon Bolívar liderou o movimento de oposição à idéia de 
unidade latino-americana, o qual viria a ser conhecido por Bolivarismo. 
b) Foi autor de escritos sobre diversos temas políticos, entre os quais a famosa Carta da 
Jamaica, de 1815, na qual expressou sua total simpatia pela democracia nos moldes norte-
americanos, caracterizada pela ampla participação popular nos processos decisórios da vida 
republicana. 
c) Inspirou a união entre Bolívia, Colômbia e Equador que formaram, por mais de uma 
década, uma única nação, fragmentada, em 1839, por problemas políticos. 
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d) Sua defesa da unidade das ex-colônias, através da criação de uma federação de repúblicas, 
foi amplamente aceita pelas elites criollas que lideraram os movimentos pela independência, 
tornando-se elemento fundamental para a estabilidade da unidade centro-americana. 
e) Defendeu, de forma pioneira, a possibilidade da construção de uma unidade das ex-
colônias espanholas, ideal posteriormente retomado, sob novas roupagens, por muitos 
intelectuais e políticos latino-americanos, a exemplo do próprio presidente venezuelano 
Hugo Chávez. 
 (UNEB 2015) 
A luta contra a situação denunciada no princípio de que “nascemos todos com os mesmos direitos 
fundamentais que, quando violados, nos arrancam dessa condição e nos transformam em coisas, 
instrumentos descartáveis de trabalho”, pode ser identificada 
01) no processo de independência do Haiti, quando a ruptura com os laços coloniais ocorreu 
paralelamente à extinção do trabalho compulsório. 
02) no Congresso de Viena, evento que, buscando anular a opressão estabelecida pelo império 
napoleônico, reafirmou o direito de autodeterminação dos povos. 
03) nas ondas revolucionárias de 1820, momento em que as concepções socialistas se 
consolidaram, a partir do estabelecimento da Comuna de Paris. 
04) no Plano Marshall, que, buscando arruinar o expansionismo soviético na Europa Oriental, 
proibiu o trabalho compulsório nos países satélites. 
05) na Declaração Universal dos Direitos Humanos, momento em que a ONU convocou os Estados 
Unidos para intervir militarmente no processo de independência das colônias africanas, visando 
ao fim da escravidão. 
 (UEM 2017) 
Sobre o processo de independência das antigas colônias europeias nas Américas, assinale 
a(s) alternativa(s) correta(s). 
01) A independência das colônias inglesas da América do Norte foi influenciada pelas 
práticas comerciais mercantilistas, que visavam ao acúmulo de metais preciosos nos Estados 
Unidos da América em vez da Inglaterra. 
02) A ocupação da Espanha pelas tropas de Napoleão Bonaparte enfraqueceu o controle da 
metrópole sobre as colônias americanas e favoreceu o desenvolvimento de movimentos 
separatistas. 
04) Na década de 1820, os Estados Unidos, já independentes da Inglaterra, formularam a 
Doutrina Monroe, que declarava a “América para os americanos” e reconhecia a 
independência das antigas colônias ibéricas. 
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08) O lema American first (América em primeiro lugar) foi o suporte teórico que legitimou a 
luta dos moradores das treze colônias inglesas da América pela independência. 
16) O primeiro movimento de independência vitorioso na América Latina ocorreu na ilha de 
São Domingos, colônia francesa nas Antilhas, atual Haiti. Distintamente do que ocorreria em 
outras regiões das Américas, nessa ilha a revolta assumiu a forma de rebelião de escravos. 
 (UEM 2016) 
No século XIX, a maioria dos países da América Latina conseguiu a independência dos 
impérios coloniais europeus. Sobre esse processo,é correto afirmar que: 
01) A primeira colônia a se tornar independente na América, depois das colônias inglesas, foi 
o Haiti, o que se constituiu em um caso raro, já que o movimento de independência foi 
conduzido por descendentes de escravos africanos. 
02) Simon Bolívar (venezuelano) e José de San Martín (argentino) desempenharam 
importante papel na luta pela independência das colônias espanholas sul-americanas. 04) A 
Argentina teve a sua independência declarada em 1816, no congresso de Tucumã, e passou 
a se chamar República das Províncias Unidas do Rio da Prata, nome posteriormente 
modificado para República Argentina. 
08) O Paraguai, por estar em guerra contra o Brasil, a Argentina e o Uruguai, só conseguiu a 
sua independência no início do século XX, quando o general Alfredo Stroessner deu um 
golpe de Estado, em 1902. 
16) Na maioria dos países latino-americanos, a independência teve caráter meramente 
político, pois permaneceu a antiga estrutura colonial baseada na produção agrícola para 
exportação, na monocultura e na importação de produtos manufaturados. 
 (PISM 2018) 
No processo de Independência e ao longo do século XIX muitas nações latino-americanas 
foram marcadas pelo fenômeno político conhecido como Caudilhismo. 
Documento 1 
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Cartaz com a imagem do argentino Juan Manuel de Rosas, considerado um dos grandes 
caudilhos do século XIX. Fonte: https://goo.gl/1xWbZP 
Documento 2 
"Na América Latina o termo caudilho ainda continua a ser usado, como o de cacique, para 
designar chefes de partido local ou de aldeia, com características demagógicas. 
Presentemente, parte dos estudiosos da ciência política creem que o Caudilhismo é 
particularmente significativo para a compreensão da gênese do militarismo na América 
Latina." 
Adaptado de BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política, Brasília: Editora UnB, 2000. 
Com base nestas informações e em seus conhecimentos, assinale a alternativa CORRETA: 
a) O caudilhismo foi um fenômeno político típico dos países europeus, e que foi exportado 
para o Brasil e demais países americanos. 
b) Os caudilhos se opunham ao poder do Exército e da Igreja e defendiam a centralização 
em oposição ao federalismo. 
c) Pode-se afirmar que o caudilhismo foi um fenômeno tipicamente urbano, ligado ao 
processo de expansão da industrialização. 
d) Os caudilhos foram fundamentais para o estabelecimento das democracias que 
caracterizaram os países americanos desde o século XIX. 
e) O caudilhismo tem vinculação com as elites locais, e é um poder baseado no carisma do 
líder (o caudilho), no uso da força e no apoio dos proprietários de terra. 
 (PUC-SP 2018) 
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O Haiti tornou-se independente da França em 1804, e o Brasil emancipou-se de Portugal em 
1822. Comparando os dois processos de independência, é CORRETO afirmar que: 
a) os dois movimentos foram inspirados por ideias iluministas e liderados pelas camadas 
médias urbanas, resultando na libertação dos escravos. 
b) no Haiti, os líderes do movimento foram os latifundiários criollos que mantiveram a 
escravidão, enquanto, no Brasil, a independência foi proclamada pela elite escravocrata e 
cafeeira. 
c) no Brasil, a independência foi proclamada pelo príncipe regente apoiado pela elite 
escravista e, no Haiti, uma revolta de escravos e afrodescendentes livres provocou a abolição 
da escravatura. 
d) foram movimentos apoiados militarmente pelos EUA e terminaram por implementar 
monarquias que mantiveram a estrutura fundiária e a escravidão. 
 (PUC SP 2018) 
Em 1822, a América espanhola, de independência conquistada em oposição a uma 
metrópole e suas Cortes em muitos aspectos tidas por opressoras, agora plenamente 
reconhecida por uma potência de primeira grandeza como eram os Estados Unidos, 
ofereceria um modelo para a independência do Brasil.” 
João Paulo Pimenta. A independência do Brasil e a experiência hispano-americana (1808-
1822). São Paulo: Hucitec, 2015, p. 448. 
O caráter exemplar que a independência da América espanhola representou, segundo o 
texto, para aqueles que lutavam pela independência do Brasil pode ser identificado, por 
exemplo, na: 
a) capacidade de manter a coesão territorial da antiga colônia, que acabou por gerar uma 
única e poderosa nação. 
b) subserviência imediata aos interesses comerciais e políticos norte-americanos, que 
rapidamente se impuseram sobre toda a América. 
c) disposição de defender princípios emancipacionistas e enfrentar militar e politicamente 
as forças da metrópole. 
 d) possibilidade de estabelecer laços comerciais imediatos e lucrativos com as 
antigas colônias portuguesas do litoral africano. 
 (PUC RJ 2017) 
 Sobre a revolução de independência do Haiti, em 1804, e suas repercussões, assinale a 
alternativa incorreta: 
a) O movimento vitorioso em 1804 resultou na única revolta de escravos bem-sucedida da 
História − até então uma inédita conquista nas Américas − e no estabelecimento de um 
Estado independente no Haiti. 
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b) Apesar de o Haiti ser a mais importante colônia francesa da época, a França manteve-se 
afastada do processo de independência, iniciado em 1791, por estar mergulhada no 
movimento revolucionário em seu território com repercussões na Europa. 
c) A base da economia haitiana era o açúcar, mas também eram produzidos café, algodão e 
índigo; e essa estrutura econômica era sustentada pelo trabalho de escravos que 
movimentavam um dos maiores mercados para o tráfico negreiro europeu. 
d) O movimento, que começou como uma revolta de escravos, se converteu em uma guerra 
civil – de mulatos contra brancos e de plantadores contra as autoridades metropolitanas – e 
em uma guerra internacional com a participação de Espanha, Inglaterra e França. 
e) Os proprietários de escravos de todo o mundo atlântico − dos Estados Unidos, do Caribe, 
da América espanhola e do Brasil − sentiram-se profundamente ameaçados e amedrontados, 
receosos de que o exemplo haitiano fosse seguido. 
 (PUC-SP 2015) 4000112784 
O caudilhismo foi um fenômeno político presente em parte da América Hispânica, no 
decorrer do século XIX. É possível relacioná-lo com 
a) os projetos federalistas, atuantes nas lutas de formação e consolidação dos Estados 
nacionais. 
b) a defesa das tradições indígenas locais, contra a dominação cultural europeia e norte-
americana. 
c) a proposta de unidade americana, formulada durante as lutas de independência. 
d) a expansão dos interesses imperialistas norte-americanos nas áreas de colonização ibérica 
do continente. 
e) os anseios de democratização dos Estados nacionais, a partir da adoção de política 
econômica liberal. 
 (PUC SP 2010) 
“A independência se fez em nome dos ideais liberais, justificando os interesses dos setores 
dominantes criollos que mantiveram a direção política do processo na América Espanhola. 
Caíam os monopólios reais, abriam-se as linhas de comércio, a economia devia se reger sem 
a intervenção da antiga metrópole.” 
PRADO, Maria Lígia. A formação das nações latino-americanas. São Paulo: Atual, 1985. p. 
16. 
O texto menciona os resultados mais notáveis dos processos de independência política na 
América Hispânica. Sobre eles, é possível dizer que, no pós-independência, 
a) o predomínio das elites urbanas ligadas ao comércio restringiu a expansão da agricultura, 
provocando declínio rápido da produção rural. 
b) a falta de regimes fortes nos novos Estados facilitou, sobretudo na América do Sul, a 
penetraçãoimediata de capital norte-americano. 
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c) o fim do trabalho escravo e a abolição de quaisquer tributos sobre comunidades 
indígenas provocaram queda abrupta na extração de minérios. 
d) a hegemonia política e econômica das elites comerciais e agrárias sobre os novos Estados 
impediu a realização de transformações sociais profundas. 
e) o interesse inglês na abertura dos mercados hispano-americanos gerou rápida unificação 
política e implantação do regime monárquico. 
 (FGV-SP 2021) 
As independências das colônias da América Ibérica tiveram aspectos semelhantes e 
particularidades locais. 
Entre as semelhanças mais relevantes, pode-se citar 
a) a ruptura política sem uma revolução comparável nas estruturas sociais do período 
colonial. 
b) a oposição manifesta dos libertadores aos princípios revolucionários da filosofia iluminista. 
c) a ausência de participação de significativos movimentos populares nos processos 
independentistas. 
d) a manutenção dos laços comerciais privilegiados com a economia das antigas metrópoles. 
e) a importância ideológica do projeto futuro de unificação política dos povos americanos. 
 (FGV-RJ 2017) 
Sobre o México e o seu processo de emancipação política é correto afirmar: 
a) Foi iniciado em 1810, com forte caráter popular, e concluído em 1821, como um 
movimento de elite. 
b) Foi o único movimento de independência política comandado por escravos, libertos e 
mestiços. 
c) Foi inspirado no princípio de unidade latino-americana defendido por Símon Bolívar. 
d) Serviu de referência para os demais movimentos emancipatórios americanos pelo seu 
republicanismo. 
e) Foi marcado pela ausência de conflitos armados, ao contrário dos demais movimentos 
americanos. 
 FGV 2015) 
É a América Latina, as regiões das veias abertas. Desde o descobrimento até nossos dias, 
tudo se transformou em capital estrangeiro e como tal acumula-se até hoje. A causa nacional 
latino-americana é, antes de tudo, uma causa social. 
(Eduardo Galeano, As veias abertas da América Latina, 1978, p. 14 e 281. Adaptado) 
A partir do texto, é correto afirmar que 
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a) a luta na América pela ruptura do domínio espanhol manteve o poder econômico dos 
crioIIos, somado ao poder político que preservou a estrutura colonial, inclusive a escravidão, 
e garantiu o livre comércio aos britânicos, enquanto a maioria desapropriada, que lutou pela 
terra, continuou pobre e excluída, submetida à elite, dominante internamente e dominada 
externamente. 
b) o processo de independência da América Latina transformou a estrutura colonial, na 
medida em que a elite crioIIa aboliu a escravidão e promoveu a reforma agrária, diminuindo 
as distâncias sociais, ou seja, elaborou um projeto social próprio, o que afastou os interesses 
britânicos, estimulou os investimentos nacionais e fez o Estado assumir sua própria 
identidade latino-americana. 
c) o movimento de emancipação latino-americano restringiu-se aos aspectos culturais, ou 
seja, não ocorreu a descolonização, pois a estrutura colonial permaneceu, exceção à 
escravidão, obstáculo ao avanço do liberalismo, abolida pelos crioIIos para garantir o 
consumo dos produtos franceses, já que o projeto político dos proprietários estava em 
sintonia com os interesses externos capitalistas. 
d) a ruptura latino-americana com a metrópole espanhola foi revolucionária, na medida em 
que as classes dominantes locais, os crioIIos, perderam o poder que tinham na estrutura 
colonial, graças à luta social dos não-proprietários que promoveram a descolonização e 
implantaram um projeto político identificado com os interesses populares, como o fim da 
escravidão, a reforma agrária e o voto universal. 
e) o movimento de quebra dos laços coloniais ocorreu de forma violenta, no qual a maioria 
não proprietária teve papel decisivo, transformando a luta em uma causa social, destruindo 
a estrutura colonial e construindo um projeto político que atendeu tanto aos interesses dos 
crioIIos como aos dos ingleses, isto é, fornecer produtos para o mercado externo e consumir 
os produtos industrializados. 
 (Unicamp 2016) 
As revoluções de independência na América hispânica foram, ao mesmo tempo, um conflito 
militar, um processo de mudança política e uma rebelião popular. 
(Rafael Rojas, Las repúblicas de aire. Buenos Aires: Taurus, 2010, p. 11.) 
São características dos processos de independência nas ex-colônias espanholas na América: 
a) o descontentamento com o domínio colonial e a agregação de grupos que expressavam 
a heterogeneidade étnica, regional, econômica e cultural do continente. 
b) o caudilhismo, sob a liderança política criolla, e o discurso revolucionário de uma nova 
ordem política, que assegurou profundas transformações econômicas na América. 
c) o uso dos princípios liberais de organização política republicana e a criação imediata de 
exércitos nacionais que lutaram contra as forças espanholas. 
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d) a participação de indígenas e camponeses, determinante para a consolidação do processo 
de independência em regiões como o México, e sua ausência nas ações comandadas por 
Bolívar. 
 (UFSCAR 2004) 
Bolívar, durante os anos de luta pela independência, deixara escritos cantos de louvor à 
liberdade e prognosticava um porvir que faria da América um exemplo para o mundo. Quinze 
anos depois, morria doente, desiludido e só. Poucos dias antes de sua morte, escreveu uma 
carta (...) em que afirmava que nem mesmo os espanhóis desejariam reconquistar a América, 
tal o caos instalado (...). Nosso destino, dizia ele, era ser governado por pequenos tiranos. 
(Maria Lígia Coelho Prado, América Latina no século XIX.) 
As afirmações de Bolívar 
a) expressam opiniões pessoais de um líder político favorável ao estabelecimento de 
governos anti-imperialistas. 
b) revelam que o peso da herança do colonialismo era maior do que supunham os heróis da 
independência. 
c) foram negadas pela experiência histórica concreta da América Latina ao longo do século 
XIX. 
d) indicam o descontentamento da elite agrária, prejudicada pela adoção de princípios 
liberais. 
e) aplicam-se somente aos países do Caribe, que não conseguiram atingir estabilidade após 
a independência. 
4. GABARITO 
1. A 
2. E 
3. C 
4. E 
5. C 
6. B 
7. E 
8. E 
9. B 
10. E 
11. E 
12. A 
13. A 
14. C 
15. E 
16. D 
17. E 
18. E 
19. B 
20. A 
21. E 
22. A 
23. D 
24. C 
25. E 
26. B 
27. B 
28. C 
29. F – V – V – F 
30. V – F – F – V 
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31. D 
32. A 
33. C 
34. A 
35. A 
36. C 
37. 11 
38. 50 
39. B 
40. D 
41. E 
42. 01 
43. 22 
44. 19 
45. E 
46. C 
47. C 
48. B 
49. A 
50. D 
51. A 
52. A 
53. A 
54. A 
55. B 
 
5. QUESTÕES COMENTADAS 
 (FUVEST – 2010) 
Carlos III, rei da Espanha entre 1759 e 1788, implementou profundas reformas – conhecidas 
como bourbônicas – que tiveram grandes repercussões sobre as colônias espanholas na 
América. Entre elas, 
a) o estabelecimento de medidas econômicas e políticas, para maior controle da Coroa sobre 
as colônias. 
b) o redirecionamento da economia colonial, para valorizar a indústria em detrimento da 
agricultura de exportação. 
c) a promulgação de medidas políticas, levando à separação entre a Igreja Católica e a Coroa. 
d) a reestruturaçãodas tradicionais comunidades indígenas, visando instituir a propriedade 
privada. 
e) a decretação de medidas excepcionais, permitindo a escravização dos africanos e, 
também, a dos indígenas. 
Comentários: 
Carlos III, representante espanhol do despotismo esclarecido, procurou deter a decadência que 
minava a Espanha, como, na mesma época Pombal tentava fazer em Portugal. Entre outras 
medidas de Carlos III para tornar mais rentável a exploração das colônias hispano-americanas, 
devem-se mencionar a criação de companhias de comércio, a supressão do regime de “porto 
único”, a criação do Vice-Reino do Prata e a extinção da mita. Vamos olhar as alternativas: 
a) Correta. As medidas adotadas por Carlos III visavam maior controle da Coroa sobre as 
colônias. 
b) Incorreta. Não houve valorização da indústria nas colônias, isso não era interessante para a 
metrópole. 
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c) Incorreta. As medidas tiveram caráter político e econômico. 
e) Incorreta. Um dos decretos acabava justamente com uma forma de trabalho compulsório 
indígena: a mita. 
 
Gabarito: A 
 (FUVEST – 2008) 
 “No Chile, a lei não serve para outra coisa a não ser produzir a anarquia e a ausência de 
sanções [...] Se eu, por exemplo, prendo um indivíduo que sei que está tramando uma 
conspiração [contra o governo], violo a lei. Maldita lei então que não deixa o braço do 
governo proceder livremente no momento oportuno. [...] De minha parte, sei dizer que, com 
lei ou sem ela, essa senhora que chamam de Constituição tem que ser violada quando as 
circunstâncias são extremas.” Carta de Diego Portales, ministro chileno, em 1834. 
Nesse texto, Portales está defendendo uma visão 
a) liberal, que privilegia o respeito às leis e à justiça. 
b) aristocrática, que valoriza o regime monárquico. 
c) federalista, que salvaguarda os interesses das províncias. 
d) elitista, que defende os direitos do indivíduo. 
e) autoritária, que garante a ordem acima de tudo. 
Comentários: 
Nesse relato, percebemos que Diego Portales era bastante cético em relação às 
instituições democráticas. Ao contrário disso, pensava que o governo deveria ter 
ampla liberdade para infringir a lei de seu país, representada pela Constituição. 
Somente assim, segundo sua perspectiva, é que as “conspirações contra o governo” 
poderiam ser eficazmente combatidas. É importante perceber também que Portales 
defendia ações de caráter autoritário para a garantia da ordem. Vejamos os itens: 
a) Incorreta. No relato, Portales afirma que a manutenção da ordem é mais importante 
que a lei. 
b) Incorreta. Não há qualquer menção positiva ao regime monárquico. 
c) Incorreta. Portales defende uma visão autoritária. 
d) Incorreta. O autor preza pela manutenção da ordem. 
e) Correta, conforme discutimos. 
 
Gabarito: E 
 
 (FUVEST 2007) 
Nas reivindicações dos movimentos políticos que levaram à independência dos países da 
América Espanhola, encontram-se alguns traços comuns. Entre eles, a 
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a) proposta de igualdade social e étnica. 
b) proposição de aliança com a França revolucionária. 
c) defesa da liberdade de comércio. 
d) adoção do voto universal masculino. 
e) decisão de separar o Estado da Igreja. 
Comentário 
Vimos que o movimento de independência da América Latina foi fragmentado, de modo 
que os elementos locais foram decisivos para o modo e a forma como se desdobrou cada caso. 
Apesar disso, há traços comuns entre eles. Essa é uma das muitas formas de abordar o processo. 
Vamos analisar cada item: 
a) igualdade social e étnica não era um traço comum, até mesmo porque é complicado 
falar em igualdade étnica, né, já que não há como homogeneizar a cultura sem 
destruir algumas delas. 
b) A França não incentivou, especialmente após 1815, com a instalação do Congresso 
de Viena e seu ideal de restauração e recolonização. 
c) Item correto. Todos os movimentos queriam quebrar o exclusivo metropolitano e 
conquistar a liberdade econômica. 
d) Voto universal, como vimos, independe de renda. Contudo, em vários locais houve 
a manutenção do critério censitário para a participação política. 
Olha, isso parece uma pauta liberal, como ocorreu na França, mas, na América Latina, 
devido à ampla relação política de diversos setores da igreja, muitos deles, inclusive se envolveram 
nos processos. De qualquer maneira, não foi uma questão comum a todos os casos. 
Gabarito: 
 (FUVEST 2005) 
Qual das afirmações seguintes, sobre o regime republicano de governo, é verdadeira? 
a) Na Europa, por volta de 1900, era o regime político da maioria dos países. 
b) O Brasil adotou esse regime político por intervenção direta dos demais países da América 
espanhola. 
c) Os Estados Unidos e o Canadá adotaram simultaneamente o regime referido. 
d) Como regime político, apareceu no mundo ocidental, pela primeira vez, no século XVIII. 
e) As ex-colônias espanholas da América adotaram tal regime político antes de sua ex-
metrópole. 
Comentário 
Essa questão mistura conceito com contexto, ou seja, é a história do conceito de “república”. 
Pela leitura dos itens, é uma questão que nos localiza no tempo histórico da Idade Moderna e 
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Contemporânea, mas não podemos jogar fora as noções sobre a república de Platão, a 
experiência grega ou a república florentina de Maquiavel. 
Quero chamar a atenção para um erro de conceito na questão. Ela fala em regime republicano. 
Como vimos no dicionário conceitual da aula passada, regime se refere à democracia, ditadura 
ou tirania. São os modos de governas. Já República ou Monarquia são formas de governo. Uma 
República pode ser governada de vários modos. 
Dito isso, vamos para a análise de cada item: 
a- Ainda em 1900, a maioria dos países era Monarquia Constitucional. Apenas após da 1ª. 
Guerra Mundial é que veremos o advento das Repúblicas. 
b- A Proclamação da república é um processo explicado pelas relações de forças internas. 
Assim, o item está errado. 
c- Os EUA adotaram a república assim que declarou a independência, em 1776. No caso do 
Canadá, foi um longo processo de independência. Inicialmente França e Inglaterra brigaram pela 
região, depois a França cedeu e a Inglaterra dominou o Canadá até o século XX. 
d- No mundo Ocidental, não apareceu pela primeira vez no século XVIII, como falamos acima, 
essa experiência aparece na Grécia no Período Clássico entre os século V e IV a.C. 
e- Questão correta, as colônias da América Espanhola tornaram-se Repúblicas no início do 
século XIX, antes da Espanha fazê-lo. 
Gabarito: E 
 (FUVEST 1996) 
 Simon Bolívar escreveu na Conhecida CARTA DA JAMAICA de 1815: 
"Eu desejo, mais do que qualquer outro, ver formar-se na América [Latina] a maior nação do 
mundo, menos por sua extensão e riquezas do que pela liberdade e glória." 
Sobre esta afirmação podemos dizer que: 
a) tal utopia da unidade, compartilhada por outros líderes da independência, como San 
Martin e O'Higgins, não vingou por ineficiência de Bolívar. 
b) inspirou a união entre Bolívia, Colômbia e Equador que formaram, por mais de uma 
década, uma única nação, fragmentada, em 1839, por problemas políticos. 
c) Bolívar foi o primeiro a pensar na possibilidade da unidade, ideia posteriormente retomada 
por muitos políticos e intelectuais latino-americanos. 
d) essa ideia, de grande repercussão entre as lideranças dos movimentos pela 
independência, foi responsável pela estabilidade da unidade centro-americana.e) Bolívar foi uma voz solitária, nestes quase 200 anos de independência latino-americana, 
ausentando-se tal ideia dos debates políticos contemporâneos. 
Comentário 
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Quando a questão trata sobre a independência da América Espanhola, e sobre os chamados 
libertadores, a probabilidade de ser cobrado a proposta de Simon Bolívar é ENORME. 
Assim, pensou em Bolívar pensou em “Grande América” ou Pan-americanismo. A proposta de 
Bolívar, conhecida como bolivarismo é o ideal da América unida. Ele foi o primeiro a inspirar essa 
ideia que influenciou vários pensadores e movimentos políticos críticos ao poder e influência que 
as grandes potências industrializadas continuaram exercendo no continente. 
Dito isso, nosso gabarito é C. O erro nos demais itens: 
a- San Martin e o líder chileno O’Higgins não compartilhavam dos ideais de Bolívar. 
b- Item difícil, era preciso saber a formação da Gran-Colômbia: os territórios das atuais 
repúblicas da Colômbia, Equador, Panamá e Venezuela. O país foi dissolvido devido às grandes 
diferenças políticas que existiam entre partidários do federalismo e centralismo, bem como pelas 
tensões regionais e interesses específicos de caudilhos locais. Item errado. 
c- Item correto, conforme comentário geral. 
d- Não houve estabilidade política na América Latina. 
e- Como falamos, Bolívar continua inspirando lideranças e movimentos políticos até hoje. 
Gabarito: C 
 (FUVEST 1988) 
Na América Espanhola, os movimentos de independência foram estimulados pela: 
a) transferência do poder político dos 'criollos' para os 'chapetones', eliminando os vínculos 
que uniam as colônias espanholas da América à Metrópole. 
b) desarticulação do poder monárquico na Espanha com as guerras napoleônicas. 
c) manutenção do Pacto Colonial, elemento principal da prática do livre comércio. 
d) ausência de reforma administrativa de caráter mercantilista. 
e) ação da população mestiça, que liderava os movimentos emancipacionistas. 
Comentário 
Questão clássica queridos: quais os fatores motivadores da Independência? Todo mundo deve 
decorar os fatores internacionais que motivaram as independências: difusão dos ideais iluministas, 
expansão napoleônica que desarticulou os poderes monárquicos na Europa e os impactos internos 
disso na América Latina. Assim, a alternativa correta é alternativa B. 
Vejamos as informações incorretas nas demais assertivas: 
a- Os criollos nunca tiveram acesso ao poder político, e isso foi um dos motivos internos 
para o desencadeamento da independência. 
b- Item correto. 
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c- Certo, o Pacto colonial era um problema. Mas, o que torna a sentença errada é a 
caracterização de pacto colonial como uma prática do liberalismo. Na verdade, o exclusivo 
metropolitano é uma prática do mercantilismo. 
d- Veja, a essência da ruptura da colônia com a metrópole são as práticas do antigo 
regime e a proposta iluminista. Logo, as reformas mercantilistas não causaram o 
descontentamento. 
e- Quem liderou o movimento de emancipação política na América Latina foram os 
criollos. 
Gabarito: B 
 (FUVEST – 1986) 
No processo de emancipação política da América espanhola destaca-se a participação: 
a) Da população nativa que através do Exército que lutou contra os cabildos criollos. 
b) Dos indígenas que através dos cabildos organizaram o Estado Nacional. 
c) Dos chapetones que para garantir seus interesses controlaram o Exército. 
d) Dos caudilhos que defendiam princípios liberais e descentralizadores. 
e) Dos Criollos que através dos cabildos defendiam os interesses locais. 
 
Comentários: 
O processo de independência da América Espanhola se desenvolveu nas três 
primeiras décadas do século XIX, mais especificamente entre 1817 e 1825, e não foi 
um movimento unificado. Tratou-se, na verdade, de vários processos emancipatórios 
com características ligadas à realidade de cada região. 
Vamos relembrar os aspectos gerais da organização social do sistema de colonização 
da Espanha na América: 
 
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Podemos perceber que havia conflito entre a elite criolla local e os chapetones, bem 
como destes com os setores populares. Embora os dois primeiros fizessem parte da 
elite, eles não se reconheciam como iguais – e, de fato, não eram tratados como iguais 
pela Metrópole. A diferença entre eles era importante para o sistema de status social: 
os chapetones tinham acesso a diversos privilégios que os colocava acima dos criollos. 
 
Atenção: A elite criolla também não era um grupo homogêneo. Ela era formada por 
latifundiários (cacau e açúcar), comerciantes urbanos, proprietários de minas. Assim, 
eles se diferenciavam em pensamento político, em interesse ligados à sua área de 
atuação econômica. Porém, TODOS queriam se livrar do domínio espanhol! 
 
No que se refere ao processo de independência, a liberdade comercial, tão almejada 
pela elite criolla, foi uma medida de política econômica que só pode ser decidida nos 
altos cargos políticos e administrativos do governo colonial. E o acesso a estes postos 
era de exclusividade de espanhóis chapetones (ou peninsulares). Logo, os criollos 
perceberam que a liberdade econômica só se alcançaria com soberania política, pois, 
na prática, os criolllos estavam excluídos das decisões políticas. 
 
Portanto, as elites criollas locais desenvolveram a ambição em romper o pacto colonial 
e, assim, garantir seu domínio pleno sobre as áreas da então América espanhola. 
Vejamos as alternativas: 
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a) Incorreta. De fato, os povos nativos integraram exércitos de libertação. No entanto, 
os cabildos eram instituições administrativas coloniais estabelecidas pelas autoridades 
espanholas em suas colônias e que acabaram dando origem as juntas governativas, 
essenciais para a emancipação da América Espanhola. 
b) Incorreta. Foram os criollos que organizaram juntas governativas a partir dos 
cabildos. 
c) Incorreta. Os chapetones eram contrários à independência. 
d) Incorreta. Caudilho é a denominação da elite criolla no momento da república. 
e) Correta, como vimos no comentário e ao longo dos itens. 
Gabarito: E 
 (FUVEST – 1982) 
A Independência das Colônias da América se situa no contexto 
a) do apogeu do pacto colonial. 
b) da crise do sistema feudal. 
c) do enfraquecimento da burguesia europeia. 
d) do fortalecimento dos Estados Absolutistas. 
e) da crise do monopólio das Metrópoles. 
Comentários: 
O processo de independência da América Espanhola ocorreu em um conjunto de situações 
experimentadas ao longo do século XVIII. Nesse período, observamos a ascensão de um 
novo conjunto de valores que questionava diretamente o pacto colonial e o autoritarismo 
das monarquias. O iluminismo defendia a liberdade dos povos e a queda dos regimes 
políticos que promovessem o privilégio de determinadas classes sociais. Somado a isso, o 
monopólio metropolitano estava em crise. Sabendo disso, vamos olhar as alternativas: 
a) Incorreta. O pacto colonial não ia mais de vento em popa e ainda acumulava uma série de 
críticas. 
b) Incorreta. O sistema feudal já havia entrado em crise na Baixa Idade Média. 
c) Incorreta. A burguesia europeia não estava enfraquecida nesse momento. 
d) Incorreta. Os Estados Absolutistas se fortaleceram entre os séculos XV e XVI. 
e) Correta. Omonopólio das Metrópoles sobre as colônias passava por um momento de 
crise. 
Gabarito: E 
 (UDESC 2013) 
Analise as proposições em relação à Independência dos países latino-americanos, e assinale 
(V) para verdadeira e (F) para falsa. 
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( ) As guerras da independência dos países da América, de colonização espanhola, 
ocorreram principalmente na primeira metade do século XIX e estão vinculadas à ocupação 
da Espanha pelo exército francês de Napoleão Bonaparte. 
( ) Ao se tornarem independentes de suas metrópoles, na primeira metade do século XIX, 
a maioria dos novos países latino-americanos também proclamaram a libertação dos escravos 
e o fim da escravidão. 
( ) Muitos países latino-americanos independentes tinham uma população majoritariamente 
descendente de grupos indígenas. Um exemplo é o México que em 1821, ano da 
independência, tinha 40% da população indígena, 40% da população mestiça e 20% da 
população europeia ou de seus descendentes. 
( ) Um dos países mais pobres da América Central, na atualidade, é o Haiti, que teve sua 
capital, Porto Príncipe, arrasada por um terremoto em 12 de janeiro de 2010. Este país foi 
colônia francesa e sua economia era baseada em grandes propriedades para a exportação 
com a utilização do trabalho escravo. Foi o último país da América Latina a se tornar 
independente e a abolir a escravidão. 
Assinale a alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo. 
a) F – F – V – F 
b) V – F – V – F 
c) V – F – F – V 
d) V – F – V – V 
e) F – V – F – F 
Comentários: 
A questão aborda diversos aspectos dos processos de independência da América Latina. Assim, 
para responder, vamos olhar cada proposição individualmente: 
1. Verdadeira. As guerras que levaram a emancipação das colônias espanholas se concentraram 
na primeira metade do século XIX. Sobre a invasão napoleônica, relembro o trecho da aula que a 
estudamos: 
“O contexto da expansão napoleônica, no início do século XIX. Nesse momento, a derrubada dos 
reis espanhóis – Carlos IV (1788 a 1808) e Fernando VII (19/mar a 6/maio de 1808) –, após a invasão 
das tropas napoleônicas na Península Ibérica, fez com que houvesse uma espécie de “vazio” no 
poder na relação entre Espanha e colônias. O governo metropolitano precisou envidar esforços 
para combater a invasão napoleônica e, dessa forma, as atenções na metrópole estavam todas 
voltadas para a ações de Napoleão. Assim, nas colônias, surgiu uma oportunidade para que a elite 
criolla liderasse um processo de contestação ao poder monárquico espanhol e à continuidade da 
exploração colonial. Depuseram, então, as autoridades espanholas e fundaram as “juntas 
governativas” no lugar das câmaras municipais, ou cabildos.” 
Portanto, as guerras de independência estão sim vinculadas a invasão napoleônica na Espanha. 
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2. Falsa. Em muitos países, inclusive no Brasil, a escravidão perdurou várias décadas após a 
declaração de independência. 
3. Verdadeira. A maior parte da população desses países era composta por indígenas e mestiços. 
4. Falsa. O único erro dessa proposição é afirmar que o Haiti foi o último país da América Latina a 
se tornar independente, tendo em vista que, na realidade, ele foi o primeiro. 
Gabarito: B 
 (UFRR 2018) 
É correto afirmar sobre o Bolivarismo e a Doutrina Monroe: 
A) Defenderam, no início do século XX, a ideia de que a América deveria ser liderada pelos 
Estados Unidos. 
B) Ambas as políticas lutavam contra a influência crescente dos países europeus sobre a Ásia 
e a África, conhecida como imperialismo. 
C) A Doutrina Monroe surge no século XIX e pregava o lema ―América para os americanos, 
apoiando as independências no continente. Já o Bolivarismo é a política socialista 
desenvolvida pelo presidente Hugo Chaves e seguida por seu sucessor, Maduro, no início 
do século XXI. 
D) São políticas que geraram grande oposição durante a guerra fria, sendo que a primeira 
marcava uma postura socialista e a segunda uma postura capitalista. 
E) São políticas desenvolvidas no século XIX pelos jovens países americanos que pretendiam, 
respectivamente, promover integração entre os países sul-americanos e defender a 
autonomia da América, com menor ingerência europeia sobre o continente. 
Comentários: 
O Bolivarismo e a Doutrina Monroe são concepções políticas criadas por dois líderes da 
América no começo do século XIX para combater a influência europeia no continente. O 
bolivarismo foi criado por Simon Bolivar, um líder militar criollo conhecido por libertar 
diversas colônias sul-americanas. Sua principal ideia era formar uma república continental na 
América do Sul. Já a Doutrina Monroe foi defendida pelo presidente norte-americano James 
Monroe para explicar suas políticas expansionistas na América do Norte em territórios 
pertencentes às colônias europeias. Diante disso, vejamos a resposta correta: 
a) Incorreto. A Doutrina Monroe defendeu isso. Porém, o Bolivarismo defendeu que se 
constituísse a Grã-Colômbia, um Estado Republicano formado por todos os países da 
América do Sul. 
B) Incorreto. As duas políticas lutavam pela influência crescente dos países europeus sobre a 
América, e não sobre a África e a Ásia. Além disso, o imperialismo só surgiria na segunda 
metade do século XIX. 
c) Incorreto. A primeira afirmação está certa, porém, a segunda está errada. O bolivarismo 
surge no contexto das Independências das Colônias Espanholas, no começo do século XIX, 
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com o líder militar Simon Bolivar. Hugo Chaves e Maduro se consideram herdeiros políticos 
desse pensamento, porém eles não deram origem a ele. 
d) Incorreto. São políticas, como falado, do século XIX, no contexto das Independências na 
América. Não tem relação com a Guerra Fria. 
e) Correto. Foram formas que os recém-formados países americanos criaram para defender 
os interesses de seus povos. 
Gabarito: E 
 (Uel 2011) 
Sobre a crise colonial e os movimentos pelas independências dos territórios americanos 
colonizados pelos espanhóis e portugueses, é correto afirmar: 
a) No caso da América hispânica, o movimento revolucionário que culminou com as 
independências latino-americanas constituiu-se num empreendimento político levado a cabo 
pela coroa espanhola e também pelos camponeses e índios. 
b) A relação com as respectivas metrópoles desagradava a elite crioula cafeeira, pois esta 
consolidava o fortalecimento do comércio com outras nações interessadas neste produto; 
assim, o vigor econômico destas relações comerciais interferiu nas taxações impostas pela 
metrópole. 
c) A colônia de Portugal, denominada Brasil, referendou seu processo de independência 
adotando o Regime Republicano. A partir desse marco, a Princesa Isabel assinou a lei que 
libertou os escravos, permitindo que a sociedade se constituísse a partir dos princípios 
liberais. 
d) Os movimentos emancipacionistas das colônias espanholas e da portuguesa refletiram na 
política mundial, inaugurando uma etapa de livre comércio com as demais nações, o que 
dinamizou a economia hispano e luso-americana. 
e) No início do século XIX, a Espanha vivenciava um processo de decadência interna. Essa 
debilidade e seus reflexos, tanto na metrópole quanto nas colônias, contribuíram para que 
os movimentos independentistas ocorressem. 
Comentários 
De imediato, podemos ver que o tema da questão são os movimentos de independência nas 
Américas espanhola e portuguesa, que constituem o espaço. Portanto,estamos falando de um 
tempo que vai desde fins do século XVIII, quando diversas revoltas coloniais ocorrem, até 1898, 
ano em que Cuba conquistou sua autonomia diante da Espanha e última colônia no continente a 
se libertar. Esse período abriga aquelas revoltas e levantes que tinham o objetivo expresso de se 
libertar das metrópoles, mas devemos lembrar que resistência sempre houve em todos os 
territórios coloniais. Dito isto, a virada do século XVIII para o XIX foi um momento em que muitas 
transformações econômicas, políticas, sociais e culturais aconteciam por todos os lugares, inclusive 
na Europa. As ideias iluministas, a revolução industrial, a Revolução Francesa, a expansão 
napoleônica e as revoltas liberais e nacionalistas causaram grande impacto no mundo todo, 
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influenciando até mesmo os habitantes das colônias americanas. A esses fatores se somavam as 
tensões sociais próprias de cada região. Estou falando das rivalidades entre as classes sociais que 
compunham cada colônia. No caso das possessões espanholas, a sociedade era dividida em 
chapetones (naturais da Espanha), criollos (naturais da colônia), povos originários e escravizados. 
No caso da colônia portuguesa (Brasil), havia os senhores de escravos, os cativos e uma camada 
de trabalhadores livres e pequenos proprietários/comerciantes, quadro semelhante às colônias 
britânicas e francesas. As regras de segregação racial e de miscigenação também variavam. 
Contudo, em todas elas, era nítido que uma porção bem pequena da sociedade (grandes 
proprietários escravocratas, em geral brancos europeus) ficava com todo o lucro e privilégios 
oriundos desse sistema, enquanto a grande massa pobre, escravizada, negra e indígena era 
obrigada a viver e trabalhar em condições extremamente precárias. Ao mesmo tempo, as elites 
coloniais iam percebendo que seus interesses específicos nem sempre eram os mesmos das 
autoridades metropolitanas, o que foi alimentando um sentimento separatista em muitos locais. 
Podemos inferir que existia conflito de interesses entre metrópole e elite colonial, uma vez que 
esta só poderia obter a liberdade econômica caso rompesse o pacto colonial. Por outro lado, os 
povos originários e os africanos escravizados também não queriam mais a exploração colonial que 
era exercida tanto pelos europeus quanto por seus descendentes naturais das colônias. Sabendo 
desse contexto, vamos avaliar cada uma das alternativas: 
a) Incorreto. A Coroa espanhola não tinha o menor interesse em conceder a independência a 
nenhuma de suas colônias. A maioria delas aproveitou o enfraquecimento do poder 
espanhol com a invasão de Napoleão à Espanha para dar início às lutas pela libertação 
nacional. Apesar disso, houve casos que o domínio colônia persistiu até o século XIX, como 
no caso de Cuba que só conquistou sua independência em 1898. Isso demonstra o quanto 
a coroa não queria que tais movimentos fossem bem sucedidos, fossem eles liderados pelas 
elites coloniais ou pelos trabalhadores, camponeses e/ou escravizados. 
b) Incorreto. De fato, um dos principais fatores que contribuíram para as elites criollas optarem 
pela independência foi sua ambição de firmar relações comerciais diretamente com as 
demais nações, sem o intermédio ou taxação da metrópole. Contudo, o café não era o 
produto mais produzido e comercializado por essas elites no final do século XVIII e início 
do XIX, período no qual a maioria das colônias espanholas e a portuguesa conquistaram 
suas independências. 
c) Incorreto. Como veremos com mais detalhes na Aula 12, o Brasil não se tornou uma 
República ao conquistar sua independência em 1822. Uma vez separado de Portugal, 
tornou-se Império do Brasil, uma monarquia. Além disso, a escravidão não foi abolida nesse 
momento, apenas em 1888. A Princesa Isabel nem sequer era nascida na década de 1820. 
d) Incorreto. No caso da América portuguesa o livre-comércio com as demais nações teve 
início antes mesmo da independência. Em 1808, a Corte portuguesa foi transferida para o 
Brasil fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte. Assim que chegou ao Brasil, D. João VI 
assinou o Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas, que permitiu aos brasileiros 
comercializaram diretamente com outros países além de Portugal. 
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e) Correto! Os acontecimentos na Europa tiveram grande influência nos desdobramentos dos 
movimentos separatistas nas colônias americanas. Como disse no comentário, as ideias 
iluministas já circulavam entre os dois continentes, sobretudo na América Espanhola onde 
havia universidades e imprensa atuante. Contudo, definidor mesmo foi a expansão 
napoleônica iniciada em 1804 quando Napoleão Bonaparte foi coroado Imperador da 
França. Eles pretendiam expandir os territórios franceses na Europa por meio de guerras e 
da propagação das ideias liberais, mas também queria impor o monopólio francês sobre o 
comércio no continente. Ao não conseguir derrotar a Inglaterra no mar, para invadi-la e 
tirar da jogada seu principal rival na exportação de produtos industrializados, Napoleão 
decretou o Bloqueio Continental, em 1806. Com isso, todos os países europeus estavam 
proibidos de comercializar com os ingleses sob pena de serem invadidos e conquistados 
pela França. Os que mais se opuseram foram Rússia e Portugal. Os franceses fracassaram 
em invadir a Rússia. Por outro lado, entre 1807 e 1808, Bonaparte decidiu invadir Portugal 
e conseguiu permissão da Espanha para cruzar seu território por terra para lá chegar. A 
Corte portuguesa conseguiu fugir e as tropas francesas conquistaram Portugal, mas não 
suas colônias. Quando voltavam para França, ao passar pelo território espanhol novamente, 
os franceses derrubaram o rei da Espanha e o irmão de Napoleão assumiu seu lugar. Com 
isso, o domínio colonial se enfraqueceu dando a oportunidade que os separatistas das 
colônias precisavam e uma série de movimentos por independência teve início. No caso 
brasileiro, quando a Corte foi transferida para cá, D. João VI tomou uma série de medidas 
que dava mais autonomia política e economia para o Brasil, elevando-o a categoria de Reino 
Unido. Todavia, os portugueses não ficaram felizes com isso e tentaram arduamente 
restaurar o status de colônia junto de todas as restrições que isso acarretava. Esse foi o 
estopim para as lutas de independência pelo Brasil. Veremos esse processo com mais 
detalhes na Aula 12. 
Gabarito: E 
 (UEL – 2010) 
Sobre a América Latina Colonial, considere as afirmativas: 
I. A organização do trabalho colonial na América Espanhola baseou-se na exploração da 
mão de obra indígena, em formas variadas de servidão (como a encomienda e a mita), e no 
uso, em algumas regiões, do trabalho escravo africano. 
II. Na organização social das colônias espanholas na América, os brancos nascidos na 
América constituíram os criollos, grupo que concentrou a propriedade de terra e que tinha 
acesso restrito às mais altas funções dirigentes nos sistemas administrativo, judiciário e 
militar, privativos dos brancos nascidos na Espanha. 
III. No processo de independência das colônias espanholas na América, prevaleceu a 
proposta de Simon Bolívar (Bolivarismo), na qual os interesses particulares das novas nações 
eram mais importantes que uma unificação artificial baseada no passado comum da 
colonização ibérica. 
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IV. Na colônia francesa do Haiti, a aliança entre os escravos e a elite branca local, a favor da 
independência, foi vitoriosa contra o Estadofrancês, o que permitiu a dominação da minoria 
branca na ilha, depois da emancipação política. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são corretas. 
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas. 
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. 
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. 
e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas. 
Comentários: 
Como a questão aborda diversos aspectos da América Latina Colonial, vamos analisar cada 
afirmativa individualmente: 
I. Correta. Como vimos anteriormente nas aulas, o trabalho nas colônias espanholas na 
América era baseado, principalmente, na mita e na encomienda, duas formas de servidão. 
Nesse regime, era utilizada mão de obra indígena. No entanto, também houve a presença 
de mão de obra escrava africana. 
II. Correta. No seguinte esquema visto em aula, temos a estrutura social da América 
Espanhola, repare na caracterização dos criollos: 
III. Incorreta. De fato, Simón Bolívar foi uma das figuras mais importantes do processo de 
independência da América Espanhola. No entanto, ele defendeu um Projeto 
Panamericanista, ou seja, a união de todas as províncias e a Proclamação de uma República 
Confederada ou uma única república. O que ocorreu, na realidade, foi uma grande 
fragmentação do território. Assim, sua proposta não prevaleceu. 
IV. Incorreta. Não houve aliança entre escravos e elite branca. 
I e II estão corretas, portanto, alternativa a) é o gabarito. 
Gabarito: A 
 (UEL – 2008) 
A emancipação das colônias hispano-americanas, liderada pelos grandes senhores de terras 
e pela burguesia criolla, encontrou apoio nos setores médios e populares, os quais, em 
alguns momentos, chegaram a ameaçar a estrutura de dominação de classe imposta pelo 
regime colonial. Entretanto, com exceção dos Estados Unidos, que implantaram um regime 
liberal burguês, no restante da América a independência revelou-se um fato político. 
Realizada a autonomia, rompidos os vínculos com as metrópoles, as classes dominantes das 
antigas colônias tomaram o poder e constituíram Estados Nacionais que mantiveram afastada 
das decisões políticas a massa da população trabalhadora (majoritariamente indígena, 
camponesa ou não). A estrutura colonial não sofreu qualquer alteração de peso. A Inglaterra 
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abriu mais ainda a sua porta no continente, assegurando-se de mercados consumidores e de 
matérias-primas; a propriedade territorial continuou nas mesmas mãos, a despeito de 
algumas tentativas de líderes liberais das Guerras de Independência; a população camponesa 
permaneceu sob a exploração e o domínio dos seus antigos senhores. 
(AQUINO, R. S. L. de; LEMOS, N. J. F.; LOPES, O. G. P. C. História 
das sociedades americanas. Rio de Janeiro: Record, 2000. p.165-166.) 
De acordo com o texto, é correto afirmar: 
a) A América hispânica estava vivenciando, já há algum tempo, um maior grau de liberdade 
comercial em função da crise econômica metropolitana, bem como a crise política 
desencadeada pelo domínio francês, entre os anos de 1808 a 1813. 
b) O fenômeno da emancipação política na Nova Espanha foi peculiar na América. A 
Revolução Mexicana foi o movimento mais representativo do descontentamento da parcela 
camponesa da população contra o autoritarismo e dominação da Espanha, culminando na 
emancipação do território do México. 
c) Em toda a América hispânica e também na portuguesa, o processo de lutas pela 
emancipação dos diversos espaços geográficos que futuramente se constituiram em espaços 
nacionais, foi conduzido pela Igreja, que lucraria com as emancipações, agregando mais 
terras ao seu já rico patrimônio. 
d) A participação dos Estados Unidos nos processos de independência das Américas foi de 
crucial importância para a adoção do Regime Republicano pelos espaços recém-
independentes. 
e) Após sua independência, a América portuguesa rompeu os laços com a metrópole – 
Portugal – e aliou-se às forças de Napoleão Bonaparte, adotando para esse espaço recém-
independente os princípios da Revolução Francesa. 
Comentários: 
A questão aborda as independências americanas do ponto de vista político. Conforme estudamos, 
os processos de emancipação das colônias espanholas foram arquitetados pela elite criolla e 
ocorreram entre 1817 e 1825. O seguinte esquema visto em aula elucida sobre as motivações que 
levaram a independência. 
Com isso, vamos para as alternativas: 
a) Correta. Segundo o texto, a Inglaterra “abriu mais ainda a sua porta no continente” depois que 
as colônias se tornaram independentes. Isso significa que já havia um certo grau de abertura 
econômica anterior. De fato, com a invasão napoleônica na Espanha, as colônias hispano-
americanas conseguiram certa autonomia e liberdade comercial, tendo em vista que as atenções 
na metrópole estavam todas voltadas para a ações de Napoleão. 
b) Incorreta. Apesar da presença camponesa e indígena em algumas revoltas desse período, a 
emancipação mexicana ocorreu por meio de um golpe feito por um general. 
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c) Incorreta. A Igreja não teve participação ativa em todos os movimentos de emancipação. 
d) Incorreta. Os Estados Unidos mal participaram dos processos de independência. 
e) Incorreta. Após a independência o Brasil continuou sendo uma monarquia, regime que a 
Revolução Francesa se opunha. 
Gabarito: A 
 (UEL – 2007) 
Jean Jaques Dessalines, um dos líderes da revolução do Haiti, declara: “Salvei a minha pátria. 
Vinguei a América... Nunca mais um colono europeu porá o pé neste território com o título 
de amo ou de proprietário.” 
Fonte: DOZER, D. M. América Latina: uma perspectiva histórica. 
Tradução de Leonel Zallandro. Porto Alegre; Editora Globo; São 
Paulo; Edusp, 1996. P.191, 192. 
 
Baseado nesta declaração e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que: 
a) Após a independência, as rebeliões feitas pela população negra e mulata contra a 
exploração colonialista e os exércitos franceses deixaram de fazer parte do cotidiano da 
população haitiana. 
b) Dessalines, como líder revolucionário, conseguiu promover a unidade territorial do Haiti, 
unindo a metade oriental da ilha com a parte ocidental, que continuava escravista. 
c) A emancipação do Haiti deu-se em função das contradições sociais existentes nessa 
colônia e configurou-se num movimento de caráter político, econômico e social, visando 
estabelecer uma nova ordem sobre bases democráticas. 
d) O Haiti emancipado foi dirigido por governantes democráticos, cujos princípios 
assemelhavam-se aos da Revolução Francesa, como liberdade, igualdade e fraternidade. 
e) Os negros e mulatos, mesmo sendo a maioria, não tiveram força suficiente para 
promover a emancipação em função da superioridade estratégica e armamentícia do 
exército francês. 
Comentários: 
Conforme estudamos, o processo de emancipação do Haiti foi diferente das outras colônias da 
América. Por se tratar de uma colônia da França, sentiu diretamente os efeitos da Revolução 
Francesa, no final do século XVIII. De maneira que em 1791 iniciou-se uma rebelião de escravos 
sob o comando de Toussaint Louverture e, em seguida por, Jean-Jacques Dessalines. Após 
invasões e reviravoltas, o Haiti conseguiu sua independência em 1804. 
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Essa Revolução assustou metrópoles e proprietários de escravo de toda a América pois, além de 
ser liderada por escravizados, extinguiu a escravidão e procurou implantar a igualdade social. 
Sabendo disso, vejamos as alternativas:a) Incorreta. Para obter o reconhecimento de sua independência, o Haiti precisou pagar uma 
indenização de 150 milhões de francos para a Inglaterra, assim, não se livrou completamente da 
exploração colonialista. 
b) Incorreta. Dessalines permaneceu como chefe do novo governo haitiano após a declaração de 
independência. Após seu primeiro ano no cargo proclamou-se imperador do país, dando origem 
ao Império do Haiti. O imperador buscou consolidar seu poder pessoal através da criação de um 
Estado autocrático, semelhante ao nascer na França durante os anos. Seus métodos autoritários 
e uma quantidade de combates na ilha levou a um declínio do império, o que resultou no 
ocidente da ilha sendo recuperada pelos espanhóis, enquanto o oriente constitui uma 
conspiração entre os generais e Christophe Petion que resultou em seu assassinato em 1806. 
c) Correta. A Revolução Francesa e a exploração colonialista no Haiti eram situações conflitantes 
que a França vivenciava. Além disso, cerca de 90% da população haitiana era de escravizados, 
não era coerente que eles fossem os dominados. 
d) Incorreta. Conforme discutimos no item b), após a independência haitiana, por um breve 
período de tempo, o Haiti foi um Império. 
e) Incorreta. Como vimos, a independência do Haiti seu deu justamente por meio da luta de 
negros e mulatos. 
Gabarito: C 
 (VUNESP 2017) 
No movimento de Independência atuam duas tendências opostas: uma, de origem europeia, 
liberal e utópica, que concebe a América espanhola como um todo unitário, assembleia de 
nações livres; outra, tradicional, que rompe laços com a Metrópole somente para acelerar o 
processo de dispersão do Império. 
(Octavio Paz. O labirinto da solidão, 1999. Adaptado.) 
O texto refere-se às concepções em disputa no processo de Independência da América 
Latina. Tendo em vista a situação política das nações latino-americanas no século XIX, é 
correto concluir que 
a) os Estados independentes substituíram as rivalidades pela mútua cooperação. 
b) os países libertos formaram regimes constitucionais estáveis. 
c) as antigas metrópoles ibéricas continuavam governando os territórios americanos. 
d) o conteúdo filosófico das independências sobrepôs-se aos interesses oligárquicos. 
e) as classes dirigentes nativas foram herdeiras da antiga ordem colonial. 
Comentário 
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Na América Espanhola ocorreu o segundo tipo de independência descrito no texto: o que 
desembocou na fragmentação da Colônia e na criação de várias Repúblicas. 
Analisando os novos países latino-americanos surgidos com a independência pode-se verificar 
que a instabilidade política e econômica permaneceu. Além disso, registra-se uma série de 
continuidades do período colonial, como as desigualdades sociais e a dependência econômica 
em relação aos outros países de capitalismo mais desenvolvido, os industrializados. Dito isso 
vamos analisar cada item: 
a- Depois da independência continuou o conflito entre as classes, já que depois de derrotado 
o inimigo comum, a Espanha, as diferenças de interesses foram para o primeiro plano da 
organização das repúblicas latino americanas. 
b- Como falamos no comentário geral, a instabilidade política e econômica foi a marca do pós 
independência. O México é o melhor exemplo para ilustrar essa situação. Volta lá na aula para 
relembrar o processo. 
c- As metrópoles não governam mais, os países se tornam independentes politicamente e 
dependentes economicamente de outras potências, como Inglaterra primeiro e, depois, Estados 
Unidos. 
d- Apesar de os ideais iluministas, bem como as experiências dos Estados Unidos e da França 
terem influenciado sobremaneira os processos de luta pela independência da América 
Espanhola, os interesses locais determinaram a forma como as coisas aconteceram. 
e- Item correto. Classes dirigentes nativas, o que você entende sobre esse termo? Difícil, né. 
Mas podemos interpretar que são as classes que nasceram no território, por isso, nativas, e que 
são as dominantes, nesse caso, os criollos. Estes são fruto da forma de governar do sistema 
espanhol de exploração colonial. 
Gabarito: E 
 (VUNESP 2015) 
Era o fim. O general Simón José Antonio de La Santísima Trinidad Bolívar y Palacios ia 
embora para sempre. Tinha arrebatado ao domínio espanhol um império cinco vezes mais 
vasto que as Europas, tinha comandado vinte anos de guerras para mantê-lo livre e unido, e 
o tinha governado com pulso firme até a semana anterior, mas na hora da partida não levava 
sequer o consolo de acreditarem nele. O único que teve bastante lucidez para saber que na 
realidade ia embora, e para onde ia, foi o diplomata inglês, que escreveu num relatório oficial 
a seu governo: “O tempo que lhe resta mal dá para chegar ao túmulo.” 
MÁRQUEZ, Gabriel García. O general em seu labirinto, 1989. 
O perfil de Simón Bolívar, apresentado no texto, acentua alguns de seus principais feitos, 
mas deve ser relativizado, uma vez que Bolívar 
a) foi um importante líder político, mas jamais desempenhou atividades militares no processo 
de independência da América Hispânica. 
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b) obteve sucesso na luta contra a presença britânica e norte-americana na América 
Hispânica, mas jamais conseguiu derrotar os colonizadores espanhóis. 
c) defendeu a total unidade das Américas, mas jamais obteve sucesso como comandante 
militar nas lutas de independência das antigas colônias espanholas. 
d) teve papel político e militar decisivo na luta de independência da América Hispânica, mas 
jamais governou a totalidade das antigas colônias espanholas. 
e) atuou no processo de emancipação da América Hispânica, mas jamais exerceu qualquer 
cargo político nos novos Estados nacionais. 
Comentário 
A questão se refere ao processo de independência da América Espanhola no início do século XIX. 
O texto do escritor Gabriel García Márquez aponta para o libertador da América Espanhola Simón 
Bolívar. Ele representa uma figura e expressa um ideal político. 
Bolívar, conhecido como “o libertador”, foi um exemplo dos ideais da elite criolla. Nasceu na 
Venezuela (por isso, é uma figura particular da memória nacional desse país), republicano, 
comandou a luta pela libertação da América Espanhola com apoio da Inglaterra e Estados Unidos, 
partindo da Venezuela e do Peru em direção ao sul, defendendo como forma de organização 
política uma América do Sul livre, unida e forte. Era o ideal do americanismo ou da Pan-America. 
Embora Simón Bolívar tivesse um papel político e militar fundamental no processo de 
independência da América Espanhola, não chegou a governar a totalidade das antigas colônias 
espanholas. Mas apenas o que ficou conhecido como a Grande Colômbia. 
Morreu em 1830, aos 47 anos de idade, em ter atingido seu modelo de organização política de 
unificação de toda a América do Sul. Desta forma, Gabriel García Márquez pode ter enaltecido de 
forma exagerada os feitos do grande líder. Para o estilo de escrita de Marques está tudo bem, 
sobretudo porque ele é parte do movimento literário do realismo mágico (que você aprenderá 
nas aulas de literatura). Mas, do ponto de vista da história, é uma representação que deve ser 
relativizada e atribuído o devido sentido dos fatos. 
Nesse sentido, o único item possível de ser assinalado é o D. 
Gabarito: D 
 (VUNESP 2014) 
Sobre as lutas pela independência na América Hispânica, é correto afirmar que 
a) contaram com participação política e militar direta dos Estados Unidos e da Alemanha, 
interessados em ampliar sua presença comercial na região. 
b) tiveram claro caráter popular, expresso na realização, após aemancipação, de reformas 
sociais profundas. 
c) impediram a modernização das economias coloniais e reduziram a participação dos países 
da região no comércio internacional. 
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d) asseguraram a manutenção da unidade territorial e impediram a fragmentação política da 
região. 
e) foram controladas, na maior parte dos casos, pelas elites criollas, embora tenham contado 
com participação popular. 
Comentário 
Questão no alvo. Vai direto ao assunto, no caso, sobre a indepndência da América espanhola. 
Sendo assim, você já sabe nossa técnica: analisar item a item eliminando os erros. 
Contudo, para você ficar mais safo nisso, farei um comentário geral: A sociedade na América 
Espanhola no período colonial era formada: 
1- pelos chapetones (espanhóis que vinham para a colônia assumir cargos políticos), 
2- pelos criollos (descendentes de espanhol que nasceram na América, possuíam terras e 
escravos, ou seja, tinham poder econômico) 
3- pelas camadas populares constituídas por índios, negros e mestiços constituindo a grande 
maioria da população. 
Sabemos que os criollos, com apoio da Inglaterra, lideraram o processo de independência da 
América Espanhola com apoio e participação direta das camadas populares. 
Dito isso, passemos a análise: 
a- Não teve apoio da Alemanha e EUA. 
b- Com a independência não teve reformas sociais profundas. 
c- Item incorreto. A economia não se modernizou especialmente porque as elites locais 
ganharam muito dinheiro com a continuidade da venda de produtos primários para os países 
industrializados. Além disso, com as facilidades de importação, foi quase impossível surgir 
indústrias na América Latina. Contudo, não houve diminuição da participação da America Latina 
no comércio mundial. Ela continuou exposratndo muito seus produtos agrícolas, de modo a 
ocupar um papel dependente na economia mundial. Então cuidado, a América Laina não se 
desenvolveu não foi porque não participou do comércio mundial, mas foi devido ao lugar que ela 
ocupou nessa “divisão” do comércio mundial. 
d- Com a independência, a América Espanhola se fragmentou em diversas Repúblicas. 
e- Como falamos no comentário geral, o processo foi liderado pela Elite criolla com a 
participação das camadas populares. 
Gabarito: E 
 (VUNESP 2013) 
 Leia. 
É uma ideia grandiosa pretender formar de todo o Novo Mundo uma única nação com um 
único vínculo que ligue as partes entre si e com o todo. Já que tem uma só origem, uma só 
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língua, mesmos costumes e uma só religião, deveria, por conseguinte, ter um só governo 
que confederasse os diferentes Estados que haverão de se formar; mas tal não é possível, 
porque climas remotos, situações diversas, interesses opostos e caracteres dessemelhantes 
dividem a América. 
(Simón Bolívar. Carta da Jamaica [06.09.1815]. Simón Bolívar: política, 1983.) 
O texto foi escrito durante as lutas de independência na América Hispânica. Podemos dizer 
que, 
a) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar não aceitou a diversidade americana e, em sua 
ação política e militar, reagiu à iniciativa autonomista do Brasil. 
b) ao contrário do que afirma na carta, Bolívar combateu as propostas de independência e 
unidade da América e se empenhou na manutenção de sua condição de colônia espanhola. 
c) conforme afirma na carta, Bolívar defendeu a unidade americana e se esforçou para que a 
América Hispânica se associasse ao Brasil na luta contra a hegemonia norte-americana no 
continente. 
d) conforme afirma na carta, Bolívar aceitou a diversidade geográfica e política do continente, 
mas tentou submeter o Brasil à força militar hispano-americana. 
e) conforme afirma na carta, Bolívar declarou diversas vezes seu sonho de unidade americana, 
mas, em sua ação política e militar, reconheceu que as diferenças internas eram insuperáveis. 
Comentários 
É uma questão de interpretação do texto. O conhecimento sobre o processo da independência 
da América espanhola e o papel de Bolivar nela é fundamental para garantir uma interpretação 
histórica adequada. Lembra-se que ideais de unidade latino-americana de Simon Bolívar 
representam o “pan-americanismo”, que passou a ser chamado de bolivarismo. 
Bolívar reconhecia que outras questões fragmentavam a América, apesar de diversas semelhanças. 
As lutas contra a dominação espanhola e o reconhecimento dos interesses imperialistas da 
Inglaterra – a grande potência da época – impulsionaram a visão de que a unidade seria a melhor 
forma política para o desenvolvimento independente das novas nações. Nesse momento, os EUA 
ainda não gozavam do poder econômico e militar para dominar os países latino-americanos, 
situação que se alterou a partir da segunda metade do século XIX. 
Por fim, Bolivar não se indispôs com o Brasil, tão pouco propôs que ele fizesse parte da grande 
América, tão pouco que lutassem juntos contra os EUA. 
Dito isso, passemos aos erros de cada item: 
a- Bolivar aceitou a diversidade. 
b- Bolivar lutou pela independência. 
c- Não propôs nada de luta contra os EUA, afinal, os dominantes na época eram a Espanha e 
a Inglaterra. 
d- Não tentou submeter o Brasil à força. 
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e- Item correto! 
Gabarito: E 
 (VUNESP 2012) 
O caudilhismo é um fenômeno político hispano-americano do século XIX, que se associa 
a) à resistência contra o intervencionismo norte-americano, sobretudo nas áreas do Caribe e 
América Central. 
b) às guerras civis entre unitários e federalistas durante o processo de formação dos Estados 
nacionais. 
c) aos pensadores liberais que lutaram pela emancipação política e econômica do continente. 
d) às lideranças militares que atuaram nas guerras de independência e defenderam a 
unificação do continente. 
e) ao temor, manifesto sobretudo na região do Prata, de que o Império brasileiro avançasse 
militarmente para o sul. 
Comentário 
O caudilhismo foi um fenômeno político tipicamente latino americano, principalmente nos países 
de língua espanhola, após a independência e num primeiro momento reflete a luta pela 
organização do Estado, com maior ou menor centralização política, expressa em maior ou menor 
autonomia às províncias. 
A luta pelo poder nas nações recém-formadas envolveu grandes proprietários, que comandaram 
exércitos pessoais formados nas guerras de independência e que buscavam o controle da nação 
através da força e de laços de fidelidade. A concentração de poderes nas mãos de um líder local 
representava o reforço do poder pessoal e do papel de sua região na economia do país. 
Gabarito: B 
 (VUNESP 1992) 
Após a emancipação política e ao longo do Século XIX, a vida institucional, na maioria dos 
países latino-americanos, foi marcada pelas seguintes características: 
a) prolongada instabilidade política, predomínio das oligarquias dirigentes e submissão das 
massas pauperizadas. 
b) velhas oligarquias em crise e o desenvolvimento do populismo atrelado ao capital 
multinacional. 
c) predomínio do modo de produção capitalista que promovia a unificação política e a 
integração econômica. 
d) estabilidade política alicerçada em modelo republicano de governo. 
e) sujeição dos políticos às exigências dos grupos oprimidos. 
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Comentário 
Essa questão do fundodo Baú serve para martelar na sua mente que, após a independência, os 
países latino americanos continuaram a ser dominados por oligarquias rurais com muito poder 
econômico, político e militar em cenários de muita instabilidade e disputa pelo poder. Assim, o 
gabarito é letra A. 
Gabarito: A 
 (VUNESP 1990) 
O processo de independência na América Latina deve ser compreendido no contexto da 
conjuntura internacional, marcada pelo ideário liberal iluminista, a expansão industrial 
inglesa, as guerras napoleônicas, além das crises inerentes ao sistema colonial. Assinale a 
alternativa diretamente relacionada com o processo de independência na América 
Espanhola: 
a) Conflito social que não teve relação com a desigualdade entre os nascidos na terra e na 
metrópole. 
b) Ruptura Colônia/Metrópole mais relacionada com a Guerra dos Sete Anos e sem relação 
alguma com as campanhas de Napoleão na Península Ibérica. 
c) Abertura dos portos à livre concorrência dos produtos manufaturados europeus para 
garantir a sobrevivência interna da pequena indústria têxtil latino-americana. 
d) Movimento de libertação fundamentado na identidade profunda entre a independência 
política e a independência econômica. 
e) Movimento emancipador conduzido principalmente pelos crioulos. 
Comentário 
Outra questão para sistematizar as informações de ouro sobre o processo. No próprio texto da 
questão aponta os elementos internacionais que influenciaram a Independência da América 
Espanhola: 
1- ideário liberal iluminista 
2- expansão industrial inglesa 
3- guerras napoleônicas 
4- além das crises inerentes ao sistema colonial 
• Sabemos que foi um conflito entre criollos e chapetones, por isso não pode ser item A; 
• Tem relação com a expansão napoleônica como acabamos de afirmar acima, por isso, não 
pode ser item B; 
• A abertura dos portos à outras nações tiveram efeito de desestimular as manufaturas 
internas e não o contrário como sugere o item; 
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• Não houve independência econômica, vimos que a consequência da independência política 
foi a dependência econômica, por isso não pode ser item D; 
• Por fim, o item E está corretíssimo! 
Gabarito: E 
 (UNCISAL – 2016) 
Muitos são os fatores que tornam a Revolução do Haiti um acontecimento único; a ex-colônia 
francesa foi uma das primeiras a realizar a independência diante da metrópole, utilizando-se, 
inclusive, das ideias de libertação da própria França, sua colonizadora, além disso, a 
Revolução foi levada a cabo por escravos, quando que na maior parte das colônias europeias 
na América Latina o processo de independência fora encabeçado por membros de uma elite 
crioula e, embora tenha havido participação popular, esta foi muito diminuta. 
SOARES, Ana Loryn; SILVA, Elton Batista da. A revolução do Haiti: 
um estudo de caso (1791-1804). Ameríndia, v.1, 2006, p.4. Disponível em: 
<http://200.129.29.202/index.php/2015/article/view/1380/1286>. Acesso em: 05 nov. 2015. 
A luta pela conquista da independência política do Haiti se tornou singular, pois Liberdade, 
para eles, implicava 
 
a) acabar com a escravidão. 
b) findar com a discriminação. 
c) agenciar a igualdade racial. 
d) lutar pela divisão das terras. 
e) buscar a livre comercialização. 
Comentários: 
Conforme estudamos, o processo de emancipação do Haiti foi diferente das outras colônias 
da América. Por se tratar de uma colônia da França, sentiu diretamente os efeitos da 
Revolução Francesa, no final do século XVIII. De maneira que em 1791 iniciou-se uma rebelião 
de escravos sob o comando de Toussaint Louverture e, em seguida por, Jean-Jacques 
Dessalines. Dessa maneira, o ideal de Liberdade para eles implicava no fim da escravidão. 
Portanto, a alternativa correta é letra a). 
Gabarito: A 
 (URCA 2018) 
No final do século XVIII e início do século XIX, a América espanhola foi palco de diversas revoltas 
sociais, insurreições escravistas e lutas pela independência. Sobre estes movimentos, é correto 
afirmar: 
A) A Revolta de Tupac Amaru teve a participação de milhares de pessoas, entre índios, mestiços 
e negros traficados para o Vice-Reino da Venezuela. 
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B) Em 1791, liderados por Toussaint L’Ouverture, escravos de São Domingos, atual Haiti 
promoveram um levante de grandes proporções e chegaram a ganhar a condição de libertos, 
facilitada pelo governo de Napoleão Bonaparte na França. 
C) A independências da atual Argentina e Chile no início do século XIX favoreciam aos interesses 
ingleses pela possibilidade de abrir mercados para os produtos de suas colônias recém-
estabelecidas na África. 
D) Na América Espanhola, em que pese a participação ampla de setores mais populares nas lutas 
pela independência, o que acabou predominando foi o projeto das elites criollas, o que explica, 
em parte, a continuidade da concentração de terras e das enormes diferenças sociais no pós-
emancipação. 
E) Um dos grandes líderes dos movimentos de independência na América espanhola foi Simon 
Bolívar, ardoroso defensor de uma América dividida, o que acabou dando origem aos 19 Estados 
autônomos pós-independência. 
 Comentários: 
As estruturas coloniais deixaram marcas profundas na sociedade latino-americana. Entre elas uma 
enorme desigualdade social, causada pela diferenciação de raças. Os criollos exploravam 
intensamente “a população de cor”. Essa violência aos povos originários, negros e mestiços foi 
perpetuada durante todos os séculos de colonização. A Coroa Espanhola criou estruturas raciais 
para inferiorizar esses grupos. Um exemplo disso eram os decretos e leis, em que os mestiços ou 
pardos eram considerados como “seres infames”. Apenas em 1795, o governo real fez uma lei em 
que os pardos podiam pedir a dispensa de “seres infames” para, assim, terem direito ao 
casamento com brancos e a ingressar no sacerdócio. Com isso, a coroa Espanhola tentava aliviar 
a tensão racial e social mediante a diminuição de formas legais de discriminação. Porém, havia um 
sentimento de raiva contida – represada- entre massas populares. Esse sentimento explodiu em 
diversas rebeliões, como as de Tupac Amaru, no Peru, em 1780 e no México, em 1810. Os nativos 
adentraram nas lutas pela libertação da América exigindo uma série de medidas contra a 
administração colonial a fim de conquistar sua liberdade e seus direitos negados pelos 
colonizadores. Entretanto, essas revoltas foram duramente reprimidas e os grupos indígenas viram 
seus projetos fracassarem em meio a ascensão do projeto oligárquico dos criollos. 
Dessa forma, sobre essas insurreições: 
a) Incorreto. A Revolta de Tupac Amaru ocorreu no Peru e foi criado por um líder nativo que se 
dizia descendente dos imperadores Incas. Ele impulsionou um movimento que acabou na 
execução de um chapetone e como punição, esse líder foi executado de forma brutal e seus 
seguidores forram exterminados pela coroa espanhola. O conflito foi considerado a maior 
insurreição colonial, com mais de 80 mil mortes. 
b) Incorreto. Em 1791 a França ainda passava pela Revolução Francesa. Napoleão só assumiria a 
partir de 1799. 
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c) Incorreto. Os ingleses só se estabeleceriam na África na segunda metade do século XIX e não 
na primeira. 
d) Correto. O projeto oligárquico das elites locais se sobressaiu as insurreições populares. Por 
meio de governos autoritários, os caudilhos (criollos) concentraram todo o poder em suas mãos e 
não estabeleceram mudanças muito significativas na economiae nas estruturais sociais e políticas 
dos novos países formados. 
e) Incorreto. Simon Bolivar foi um militar criollo do Vice-reinado de Nova Granada, responsável 
pela libertação de diversos países da América do Sul. Ele defendeu a união dos territórios de 
Venezuela, Panamá, Colômbia e Equador em um único país chamado de Grã-Colômbia, e 
posteriormente queria unificar todos os povos sul-americanos em uma única república. Seu projeto 
ficou conhecido como bolivarismo ou bolivarianismo e não teve sucesso. 
Gabarito: D 
 (URCA 2016) 
Para as elites agrárias, a política era a extensão de seus negócios, o que 
favoreceu o aparecimento de líderes regionais, civis ou militares, conhecidos como caudilhos, 
que assumiam o poder para defender os interesses de um determinado grupo 
oligárquico, governando geralmente de forma autoritária. Portanto, o caudilhismo 
é um fenômeno característico da América Latina após a independência, relacionado à 
manutenção do latifúndio e da economia agroexportadora. Neste sentido assinale a 
alternativa correta: 
A) Na Argentina, Juan Domingo Perón foi o maior representante desse tipo de Estado. 
Fenômeno urbano, o peronismo seduziu as massas populares com propostas nacionalistas e 
modernizadoras. 
B) No Brasil, o caudilhismo foi representado pelos dois Imperadores que usaram o próprio 
carisma para exercerem o poder como líderes autoritários que, ao mesmo tempo, 
estabeleciam estreitas relações pessoais com a população com base em apelos emocionais. 
C) O surgimento de caudilhos foi favorecido pela estrutura social das ex--colônias espanholas 
e portuguesas, nas quais latifundiários detinham grande poder político a exemplo do 
coronelismo no Brasil. 
D) O caudilhismo na América Latina ocorreu porque as estruturas políticas eram 
fundamentalmente democráticas em contraposição às estruturas oligárquicas, a maioria da 
população era alfabetizada e participava pelo voto das definições do poder. 
E) O caudilhismo iniciou sua queda em meados do século XX, devido ao processo de 
industrialização, à imigração europeia e à reforma eleitoral, somado à decadência dos 
exércitos, que passaram a combater as ditadura militares, no Brasil, Argentina, Bolívia, 
Uruguai, Chile, Haiti e Peru. 
 Comentários: 
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Sobre a questão, ela trata do Caudilhismo na América Espanhola. Este movimento surge no 
começo do século XIX e, até hoje, ele possui resquícios na Política da América Latina. Os caudilhos 
eram representados pelos criollos - descendentes de espanhóis e pertencentes às oligarquias 
locais. Eles controlavam a economia de determinadas regiões, porém, eles queriam também o 
poder administrativo e político da colônia, que ficava a cargo dos chapetones (espanhóis que eram 
enviados à América para assegurar o domínio da Metrópole e a manutenção do Pacto Colonial). 
Assim, os caudilhos foram os precursores das Independências, porém eles mantiveram as 
estruturas sociais das ex-colônias para que assegurassem seus privilégios. Seus governos, em sua 
maioria, eram autoritários e excludentes, devido ao receio que as revoltas populares poderiam 
causar, e muito se assemelhavam ao movimento do “coronelismo” no Brasil, que vigorou no 
Período da República Velha (1894-1930). 
Assim, sobre esse assunto, passamos as alternativas: 
a) Incorreto. O político Juan Domingo Perón foi um dos líderes sul-americanos que inaugurou os 
governos populistas na América Latina. Além disso, combateu o caudilhismo na Argentina no 
século XX. Ele acreditava que o país precisava passar por um processor industrializador. 
b) Incorreto. Como falado, os caudilhos no Brasil eram comparados aos coronéis, que 
comandavam as políticas locais brasileiras. 
c) Correto. Os caudilhos concentraram a maior parte poder econômico, político e administrativo 
das ex-colônias espanholas, semelhante à elite latifundiária brasileira composta pelos coronéis. 
d) Incorreto. As estruturas das sociedades colônias espanholas eram profundamente oligárquicas. 
Somente as classes sociais mais altas participavam do debate político, portanto, a ausência de 
políticas democráticas fez com que se constitui-se um Estado oligárquico entre os recém 
independentes países latino-americano. 
e) Incorreto. A primeira afirmação está correta com relação à industrialização e à imigração 
europeia em massa para a América. Todavia, o caudilhismo só iria perder força no começo do 
século XX, e não em meados do século XX, como a afirmação diz. Ademais, não houve uma 
decadência dos exércitos e estes não combaterem regimes ditatoriais nesse período, e sim 
promoveram. 
Gabarito: C 
 (UNITAU 2020) 
“O movimento de independência das colônias espanholas da América abriu possibilidades 
diversas para os que viveram naquele período. Tempos de sonhos, tempos de escolha. 
Sonharam os letrados ilustrados, que expressaram suas utopias em escritos, como aquele 
que leva por título: ‘Sonhava o Abade de São Pedro e eu também sei sonhar’, do 
guatemalteco José Cecílio Del Valle, que, em 1822, propunha a unidade americana. 
A mesma unidade idealizada por Simón Bolívar, que acreditara que a liberdade faria a 
América Meridional desabrochar e florescer. Sonharam os mais pobres, que alimentaram 
expectativas de mudança da ordem existente, de uma inversão da realidade”. 
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PRADO, Maria L. C. Esperança radical e desencanto conservador na Independência da 
América Espanhola. História, São Paulo, 22(2), p.15- 34, 2003. 
“Sabe que governei durante vinte anos e deles tirei apenas pouco resultados certos: 1º) a 
América é ingovernável para nós; 2º) aquele que serve a uma revolução ara no mar. 
Bolívar, Simón. Obras completas. Vol. III, p. 501-2. 
Sobre a influência dos ideais iluministas da Revolução Francesa nos processos de 
independência da América, é CORRETO afirmar: 
a) Chegam à América com os criollos (descendentes de espanhóis nascidos na América) que 
estudaram na Europa, como Bolívar, e promovem o surgimento de uma consciência 
nacionalista e a fundação dos primeiros estados-nações na América. 
b) Não encontram eco na América hispânica, pois o desejo dos criollos era ter maior 
participação na política colonial e nos principais cargos administrativos, preservando a 
monarquia sem romper com a metrópole. 
c) Apenas o ideal de livre-comércio e a possibilidade de negociar com todos tiveram 
influência sobre os criollos da América, pois esses recusavam a ideia de uma sociedade com 
direitos para os escravos africanos. 
d) Não encontram eco na América hispânica, pois os peninsulares não aceitavam a ideia de 
igualdade, devido à maciça presença de africanos escravizados nas sociedades hispânicas. 
e) Inspiraram os revolucionários na América hispânica, por divulgar a liberdade e a igualdade, 
porém, após as independências, seus ideais democráticos se frustraram devido à 
manutenção de antigas estruturas de poder, como o caudilhismo. 
Comentários 
O processo de independência da América Espanhola se desenvolveu nas três primeiras décadas 
do século XIX, mais especificamente entre 1817 e 1825, mas é resultado de tensões e conflitos 
que já se manifestavam desde fins do século XVIII. Ademais, não foi um movimento unificado. 
Tratou-se, na verdade, de vários processos emancipatórios com características ligadas à realidade 
de cada região. Ainda assim, devemos considerar a ordem social que valia em todas elas, a divisão 
da sociedade em chapetones (naturais da Espanha), criollos (brancos naturais das colônias) e povos 
originários, muitos dos quais escravizados. Diante dessequadro, podemos inferir que existia 
conflito de interesses entre chapetones e criollos, uma vez que a elite criolla só poderia obter a 
liberdade econômica caso se rompesse o pacto colonial. Por outro lado, os povos originários 
também não queriam mais a exploração colonial que era exercida por chapetones e criollos. De 
toda forma, essa rígida estrutura social não comportava mais as diferentes demandas que surgiam 
no final do século XVIII e começo do XIX, em particular, porque a dinamização das relações 
econômicas mundiais forçava um novo tipo de relação entre as camadas sociais que habitavam os 
territórios coloniais. Com isso, podemos considerar entre os principais fatores internacionais e 
nacionais que contribuíram para o estopim de uma série de movimentos de independência das 
colônias espanholas na América: 
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Resumidamente, na passagem do século XVIII para o XIX, a condição colonial da América 
Espanhola dificultava o livre-comércio e a circulação de manufaturas, práticas em ascensão após a 
difusão de ideias política e economicamente liberais, as quais, de forma direta ou indireta, 
estimularam revoluções na Europa e nas Américas. Entre as ideias iluministas que mais tivera 
impacto nesses movimentos estão o republicanismo, a liberdade, a igualdade, o direito a 
autodeterminação dos povos, autonomia política e autossuficiência econômica. Com isso em 
mente, vejamos qual alternativa está correta sobre a influência dessas ideias nas independências 
da América espanhola: 
a) Incorreta, pois é uma afirmação reducionista. De fato, muitos dos criollos que iam estudar 
na Europa, retornavam profundamente influenciados pelo iluminismo, mas não eram a única forma 
pela qual tais ideias chegavam a América. Devemos lembrar que o comércio entre Europa e 
América era intenso, todos os dias navios atracavam e zarpavam dos portos levando mercadorias, 
pessoas e informações. Neles tanto membros das elites coloniais como marinheiros, trabalhadores 
migrantes e até escravizados podiam ser os veículos pelos quais as ideias iluministas circulavam 
pelos dois continentes. Além disso, no caso das colônias espanholas havia universidades no 
território americano e a atividade de imprensa era permitida, diferente da América Portuguesa. 
Isso facilitava a circulação de ideias. 
b) Incorreta. Como disse no comentário e na alternativa anterior, fica inquestionável que o 
iluminismo teve eco na América Hispânica. As motivações e objetivos das elites criollas variava de 
região para região, mas todas elas estavam insatisfeitas com os limites impostos pelas autoridades 
metropolitanas e queriam conquistar autonomia política muito mais do que simplesmente mais 
espaço das instituições espanholas. 
c) Incorreta. De fato, em muitos lugares a ideia de conceder direitos aos escravizados, fossem 
indígenas ou africanos, não era um consenso, mas em alguns isso chegou a ser pautado. Contudo, 
após a série de independências por toda a América Espanhola quase nada mudou para esse setor 
da população. Os criollos foram os grandes beneficiários concentrando poder político e 
econômico. Por outro lado, não só a ideia de livre-comércio teve influência nesses movimentos de 
independência, mas também o republicanismo, a liberdade, a igualdade, a autodeterminação dos 
povos e autonomia política. 
d) Incorreta. Já disse que é inquestionável que houve eco das ideias iluministas na América 
Espanha. Também comentei que incluir os escravizados (africanos e/ou indígenas) no princípio de 
igualdade variava. De todo modo, assim como na Europa, apenas a igualdade jurídica foi garantida 
e a desigualdade social e econômica continuou praticamente inalterada. 
e) Correta! É justamente o que expliquei nas alternativas “c” e “d”. 
Gabarito: E 
 (UNITAU 2019) 
“A figura de Toussaint Louverture, o Espártaco Negro, domina os anos revolucionários do 
final do século XVIII na América, retratados pelo escritor cubano Alejo Carpentier, em seu 
romance ‘O Século das Luzes’. Formidável estrategista, que soube jogar habilmente com as 
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rivalidades entre as grandes potências – Espanha, Inglaterra e França –, Louverture 
consolidou seu poder e desafiou Napoleão. Capturado à traição, morre numa cela glacial nos 
Alpes do Jura, mas seus tenentes resistem. Os 43 mil soldados franceses, sob ordens de um 
cunhado de Napoleão, são dizimados pela guerrilha de ex-escravos”. 
CAROIT, J. M. País marcado por golpes se rebelou contra escravidão. Folha de S. Paulo, 01 
de março de 2004. Adaptado. 
O texto acima faz referência a um célebre episódio do processo de independência das 
colônias na América, que marcou o imaginário dos senhores de escravos, criando o que a 
historiadora Celia Maria Marinho de Azevedo denominou de “medo branco”. Trata-se da 
a) Revolução de São Domingos, primeiro processo de independência na América após os 
EUA, em que Toussaint Louverture criou a única monarquia negra do continente. 
b) Revolução de São Domingos, primeira revolução de escravos vitoriosa na América, em que 
foi proclamada a independência da colônia francesa, que recebeu o nome indígena de Haiti. 
c) Revolução do Haiti, em que, após mais de 10 anos de guerra civil, pequenos proprietários 
de terras, apoiados pelos escravos, proclamam a independência em relação à Espanha. 
d) Revolução de Cuba, de 1768, em que proprietários de terras, escravos e negros livres 
lutaram pelo fim do domínio colonial espanhol e pela abolição da escravidão. 
e) Revolução de Cuba, de 1788, guerra civil que opunha, de um lado os que defendiam a 
independência da colônia e o fim da escravidão e, de outro, aqueles que defendiam apenas 
a emancipação política. 
Comentários 
No texto, podemos identificar facilmente o tempo, espaço e tema, os quais podem nos ajudar a 
interpretar a questão. O tema são os movimentos de independência da América Latina, mais 
especificamente do Haiti, que seria o espaço. Portanto, estamos falando do período entre 1791 e 
1804, no qual se desenrolou os eventos que marcaram a libertação nacional daquele país. Antes 
de sua independência, o local era chamado de São Domingos (em francês, Saint Domingues). 
O movimento de independência dessa colônia se destaca entre tantas outras naquela região, pois 
sofreu diretamente a influência da Revolução Francesa. Quando esta foi deflagrada o controle 
colonial enfraqueceu. Na metrópole não havia a menor condição de pensar em combater o levante 
dos escravos. Além disso, em 1793, com a ascensão dos jacobinos ao poder, houve o fim oficial 
da escravidão nas colônias francesas. 
Quando a rebelião estava em andamento, com a libertação dos escravos, a Inglaterra e Espanha 
– inimigas da França – tentaram invadir São Domingos. Foi aí que L’Ouverture liderou uma guerra 
contra a invasão! Em 1801, Toussaint Louverture convocou uma Assembleia que o nomeou 
governador vitalício de uma República que seria parte da França – algo como um reino unido, mas 
independente. Contudo, e apesar das medidas jacobinas, os proprietários de terra e os militares 
franceses mantiveram-se em luta contra os negros rebelados. Em 1802, durante o Governo de 
Bonaparte – e com a escravidão restaurada – L’Ouverture foi preso e levado para França, onde foi 
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morto. É nesse momento que Dessalines assume a liderança da Revolução Haitiana. Foi uma fase 
de guerra extremamente violenta. Porém, os haitianos conseguiram expulsar os franceses e suas 
tropas recolonizadoras. Em 1804, Dessalines proclamoua Independência do Haiti – nome que a 
Ilha recebeu naquele momento – significa “terra alta”. Foi a primeira nação latino-americana a 
declarar a Independência. Aliás, foi a primeira revolução de escravos a ser bem-sucedida, por isso, 
tem um caráter profundamente popular! Por isso também inspirou medo e terror nas mentes e 
corações dos proprietários de escravizados por toda a América que passaram a se preocupar que 
o evento se repetisse em suas terras. Logo eles começaram a chamar de “haitianismo” qualquer 
indício de comportamentos suspeitos por parte dos cativos e dos negros em geral que lhes 
parecesse sinal de que uma revolta estava sendo organizada. 
Sabendo desse contexto, repare que o comando da questão é bem simples. Pede apenas para 
assinalar a alternativa que melhor define que movimento foi aquele descrito pelo texto. Então, 
vejamos: 
a) Errada. L’Overture não criou, nem tinha a intenção de criar, uma monarquia, mas sim uma 
república. 
b) Certa! É como vimos no comentário acima. 
c) Errada. Na verdade, foi o inverso: os escravizados tomaram a iniciativa e os negros livres 
que eram pequenos proprietários aderiram ao movimento, pois consideravam que a continuidade 
da escravidão e do domínio colonial não era interessante para eles. 
d) Errada. Já vimos que não se tratava de Cuba, mas sim do Haiti, antiga São Domingos. Além 
disso, a independência cubana só foi concluída em 1898. 
e) Errada, pelas mesmas razões que a “d”. 
Gabarito: B 
 (UNAERP 2018) 
Em agosto de 1791, passados dois anos da Revolução Francesa e dos seus reflexos em São 
Domingos, os escravos se revoltaram. Em uma luta que se estendeu por doze anos, eles 
derrotaram, por sua vez, os brancos locais e soldados da monarquia francesa. Debelaram 
também uma invasão espanhola, uma expedição britânica com algo em torno de sessenta 
mil homens e uma expedição francesa de semelhantes dimensões comandadas pelo cunhado 
de Bonaparte, o que gerou, em 1803, um novo Estado independente. 
JAMES, C.L.R. Os jacobinos negros. São Paulo: Boitempo, 2000, p. 15. Adaptado. 
O texto refere-se à independência 
a) de Cuba. 
b) do Haiti. 
c) do Níger. 
d) da Jamaica. 
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e) da Martinica. 
Comentários 
Esta é uma questão fácil, mas vamos por partes. Primeiro, identificaremos tempo, espaço e tema. 
Já nas duas primeiras linhas podemos fazer isso. Estamos falando do ano de 1791, na ilha de São 
Domingos, colônia francesa na América Central. O texto fala da revolta de escravizados liderada 
por Toussaint L’Overture. Portanto, o tema é “independências na América Latina”. O movimento 
de independência dessa colônia se destaca entre tantos outros naquela região, pois sofreu 
diretamente influência da Revolução Francesa. Lembre-se de que, quando a Revolução Francesa 
foi deflagrada, o controle colonial enfraqueceu. Na metrópole não havia a menor condição de 
pensar em combater a Revolução dos escravos. Além disso, em 1793, com a ascensão dos 
jacobinos ao poder houve o fim da escravidão nas colônias francesas. 
Quando a rebelião estava em andamento, com a libertação dos escravos, a Inglaterra e Espanha 
– inimigas da França – tentaram invadir São Domingos. Foi aí que L’Ouverture liderou uma guerra 
contra a invasão! Em 1801, Toussaint Louverture convocou uma Assembleia que o nomeou 
governador vitalício de uma República que seria parte da França – algo como um reino unido, mas 
independente. Contudo, e apesar das medidas jacobinas, os proprietários de terra e os militares 
franceses mantiveram-se em luta contra os negros rebelados. Em 1802, durante o Governo de 
Bonaparte – e com a escravidão restaurada – L’Ouverture foi preso e levado para França, onde foi 
morto. É nesse momento que Dessalines assume a liderança da Revolução Haitiana. Foi uma fase 
de guerra extremamente violenta. Porém, os haitianos conseguiram expulsar os franceses e suas 
tropas recolonizadoras. Em 1804, Dessalines proclamou a Independência do Haiti – nome que a 
Ilha recebeu naquele momento – significa “terra alta”. Foi a primeira nação latino-americana a 
declarar a Independência. Aliás, foi a primeira revolução de escravos a ser bem-sucedida, por isso, 
tem um caráter profundamente popular! 
Enfim, por isso, a alternativa “b” é correta. Quanto às demais, estão erradas, pois: 
a) Cuba era uma colônia Espanhola. 
c) Níger foi colônia francesa, mas só se tornou parte do território francês na África a partir 
de 1896. 
d) A Jamaica era uma colônia britânica. 
e) A Martinica também foi uma colônia francesa na América Central, mas a Revolução 
Francesa não a afetou ao ponto de gerar uma guerra de independência, como no caso Haitiano. 
A Martinica só se tornou independente em 1946. 
Gabarito: B 
 (UNAERP 2016) 
“Os americanos ou defendem seus direitos ou sofrerão repressão nas mãos da Espanha, que, 
embora tenha sido um grande império mundial, agora está muito fraca com o pouco que lhe 
restou para controlar o novo hemisfério ou até mesmo se manter no antigo. E deverá a 
Europa, a civilizada, comerciante, a amante da liberdade, permitir que uma antiga serpente, 
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que só se preocupa com sua raiva venenosa, devore a parte mais honrada de nosso globo?... 
[se] ela [Espanha] se fixar em seus próprios domínios, poderá crescer em prosperidade e 
poder sobre bases mais sólidas do que conquistas dúbias, comércio precário e impostos 
forçados de povos distantes e poderosos”. 
ANDREA, Alfred J. e OVERFIELD, James H. in: GOUCHER, Candice. História Mundial: 
jornadas do passado ao presente. Porto Alegre: Penso, 2011, p. 215. Adaptado. 
O trecho citado é de uma carta escrita pelo líder revolucionário chamado 
a) Bernardo O’Higgins, responsável pela independência do Haiti e do Chile. 
b) Tupac Amaru, responsável pela independência da Argentina e da Colômbia. 
c) Simon Bolívar, responsável pela independência da Bolívia e da Venezuela. 
d) José de San Martín, responsável pela independência de Granada e do México. 
e) Toussaint Louverture, responsável pela independência da Jamaica e da Guiana Francesa. 
Comentários 
Esta questão exige que você interprete o texto e conheça o contexto no qual ele foi produzido. 
Para facilitar, vamos identificar o T.E.T. Lendo o texto, pode se ver que o autor fala contra o 
domínio colonial espanhol na América, portanto, o tema é “independências na América Latina”. 
O tempo é um pouco vago. Esse discurso pode ter sido feito em qualquer momento do fim do 
século XVIII ou do século XIX inteiro, espaço de tempo no qual a monarquia espanhola perdeu 
várias colônias americanas que se libertaram. O espaço é amplo, poderia ser qualquer uma dessas 
colônias. Antes de prosseguirmos, com essas informações já podemos eliminar a alternativa “e”, 
pois a Jamaica era uma colônia britânica e a Guiana Francesa, como o nome já diz, pertencia a 
França. Além disso, Toussaint L’Ouverture foi o líder da independência do Haiti, outra colônia 
francesa, o que elimina a alternativa “a”, pois Bernardo O’Higgins não teve nada a ver com o 
movimento haitiano. Ele esteve envolvido apenas na independência do Chile. 
Para avaliar as demais, vamos rememorar algumas coisas básicas sobre os processos de libertação 
nacional das antigas colônias espanholas. O processo de independência da América Espanhola se 
desenvolveu nas três primeiras décadas do século XIX, mais especificamente entre 1817 e 1825, 
mas é resultado de tensões e conflitos que já se manifestavam desde fins do século XVIII. Ademais, 
não foi um movimento unificado. Tratou-se, na verdade, de vários processos emancipatórios com 
características ligadas à realidade de cada região. Ainda assim, devemos considerar a ordem socialque valia em todas elas, a divisão da sociedade em chapetones (naturais da Espanha), criollos 
(brancos naturais das colônias) e povos originários, muitos dos quais escravizados. Diante desse 
quadro, podemos inferir que existia conflito de interesses entre chapetones e criollos, uma vez 
que a elite criolla só poderia obter a liberdade econômica caso se rompesse o pacto colonial. Por 
outro lado, os povos originários também não queriam mais a exploração colonial que era exercida 
por chapetones e criollos. De toda forma, essa rígida estrutura social não comportava mais as 
diferentes demandas que surgiam no final do século XVIII e começo do XIX, em particular, porque 
a dinamização das relações econômicas mundiais forçava um novo tipo de relação entre as 
camadas sociais que habitavam os territórios coloniais. Com isso, podemos considerar entre os 
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principais fatores internacionais e nacionais que contribuíram para o estopim de uma série de 
movimentos de independência das colônias espanholas na América: 
Resumidamente, na passagem do século XVIII para o XIX, a condição colonial da América 
Espanhola dificultava o livre-comércio e a circulação de manufaturas, práticas em ascensão após a 
difusão de ideias politicamente e economicamente liberais, as quais, de forma direta ou indireta, 
estimularam revoluções na Europa e nas Américas. Você me perguntar agora: “mas, profe, se 
esses são os pontos em comum, como vamos diferenciar as alternativas que restam?” 
Bixo, isso foi só para contextualizar o texto e você entende-lo melhor! Assim, ao lê-lo novamente, 
considerando isso, é fácil identificar a especificidade de seu autor. Repare que na primeira linha, 
se fala em “americanos”, no plural. Portanto, o autor está direcionando sua fala a todos os 
habitantes das colônias espanholas na América, não apenas a qual ele é nativo. Ora, entre os 
líderes listados, apenas dois tinham um projeto pan-americanista, ou seja, a união de todas as 
províncias após a independência: Simon Bolívar e José de San Martin. Bolívar era natural da 
Venezuela, criollo e defendia a proclamação de uma República Confederada ou uma única 
república continental. Ele liderou os exércitos do norte da América do Sul e é considerado o 
libertador da Venezuela, Colômbia, Equador e Bolívia. San Martin nasceu na província de 
Corrientes e era criollo. Ele defendia que as províncias deveriam se tornar independentes sob a 
forma de governo monárquico. San Martin é considerado o libertador da Argentina, Chile e Peru, 
não Granada e México. Portanto, a alternativa correta é a letra “c”. Quanto a “b”, está incorreta, 
pois: 
b) Tupac Amaru foi líder da resistência Inca contra a conquista espanhola, no século XVI. Por outro 
lado, em 1780, José Gabriel Condorcanqui Noguera, um curaca (tipo de cacique) de uma aldeia 
peruana, dizia ser descente daquele líder Inca e, por isso, designava-se como Tupac Amaru II. Ele 
estudou em escolas religiosas e na Universidade de São Marcos, em Lima. No meio universitário 
ele foi influenciado pelas ideias iluministas. Dessa maneira, começou a levantar bandeiras liberais 
contra a Metrópole, tais como fim das pesadas tributações. Conseguiu, com isso, obter simpatia 
de alguns criollos. A atuação de Túpac Amaru II desencadeou um movimento cujo marco foi o 
enforcamento de um chapetone. Em seguida, os camponeses começaram – de forma inédita – a 
invadir as propriedades e a destruir tudo o que representasse símbolo da dominação espanhola. 
Na prática, a rebelião defendia a volta do império Inca – ou o fim da dominação espanhola. O 
movimento foi duramente reprimido e Condorcanqui foi executado. Assim, vemos que esta 
alternativa está errada tanto não Tupac Amaru não ser o autor do texto quanto pelo fato dele não 
estar ligado à independência da Argentina nem da Colômbia. 
Gabarito: C 
 (UNIRV 2018) 
Em 1804, Napoleão fundou o Império Francês, impondo medidas imperialistas e liberais. Em 
1807, como retaliação à desobediência espanhola ao Bloqueio Continental (1806), o Império 
Francês invadiu a Espanha iniciando os processos de independência da América Espanhola. 
A respeito dessas transformações no século XIX, assinale (V) para as afirmativas verdadeiras 
e (F) para as falsas. 
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a) ( ) Simon Bolívar foi um líder popular venezuelano, que iniciou os movimentos pela 
independência da América através da doutrina do bolivarianismo, um ideal de cunho 
socialista que almejava a distribuição de renda através de programas sociais, custeados por 
monopólios estatais. 
b) ( ) O caudilhismo foi um fenômeno político latino americano decorrente dos processos de 
independência, no qual a elite criolla assume um papel de protagonismo político, econômico 
e militar como uma força política descentralizadora. 
c) ( ) O bolivarianismo era o ideal compartilhado por Bolívar e San Martín, segundo o qual os 
países sul-americanos deveriam manter-se unidos, formando grandes nações 
economicamente autônomas. 
d) ( ) Os processos de independência latino americanos resultam de revoltas populares que 
destituíram do poder as elites colonial e metropolitana, construindo repúblicas 
presidencialistas que representam através da representatividade os desejos do povo. 
Comentários 
O enunciado nos informa as coisas mais importantes, para podermos contextualizar e responder 
à questão. Em primeiro lugar, o tempo é o século XIX, mais especificamente o início. Em segundo, 
o espaço são as colônias espanholas na América. Por último, o tema são os movimentos de 
independência dessas mesmas colônias. Nesse sentido, não é à toa que o enunciado cita a 
expansão napoleônica como um dos fatores que contribuíram para a eclosão das revoltas 
coloniais. Uma vez que as metrópoles estavam na Europa, o que acontece naquele continente 
influenciava direta ou indiretamente a situação política na América. Isso estava evidente pelo 
menos desde a Revolução Francesa que criou a oportunidade para os escravizados do Haiti se 
levantarem contra o domínio colonial. Além disso, as ideias iluministas se espalharam rapidamente 
inspirando outros movimentos em diferentes locais no Novo e no Velho Mundo. 
De modo geral, em todo o território colonial espanhol a divisão da sociedade se dava em 
chapetones (naturais da Espanha), criollos (brancos naturais das colônias) e povos originários, 
muitos dos quais escravizados. Diante desse quadro, podemos inferir que existia conflito de 
interesses entre chapetones e criollos, uma vez que a elite criolla só poderia obter a liberdade 
econômica caso se rompesse o pacto colonial. Por outro lado, os povos originários também não 
queriam mais a exploração colonial que era exercida por chapetones e criollos. De toda forma, 
essa rígida estrutura social não comportava mais as diferentes demandas que surgiam no final do 
século XVIII e começo do XIX, em particular, porque a dinamização das relações econômicas 
mundiais forçava um novo tipo de relação entre as camadas sociais que habitavam os territórios 
coloniais. Apesar desses fatores em comum, não foi um movimento unificado. Tratou-se, na 
verdade, de vários processos emancipatórios com características ligadas à realidade de cada 
região. 
De qualquer maneira, quando Napoleão Bonaparte se coroou Imperador da França e decidiu 
iniciar uma campanha de expansão territorial na Europa, diversas tensões internas e influências 
ideológicas externas já “marinavam” nas diferentes possessões espanholas na América. Quando 
o exército francês derrubou o rei espanhol para substituí-lo pelo irmão de Bonaparte, apenas se 
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criava a oportunidade perfeita para os insatisfeitos nas colônias darem início a seus movimentos 
de libertação nacional, uma vez que o controle espanhol ficou enfraquecido. Com isso em mente, 
vejamos: 
a) Falsa. De fato, Bolívar foi um líder venezuelano, contudo ele não era de origem popular. Fazia 
parte da elite criolla da região. Por outro lado, o bolivarianismo é o projeto pan-americanista, isto 
é, a união das diversas províncias em uma única república após a independência. Porém, Bolívar 
não deu esse nome a seu projeto e tampouco era socialista, haja vista que o socialismo só se 
elaborou plenamente após 1830. Assim, o bolivarianismo é como veio a ser chamada uma 
concepção política latino-americana que pregava a cooperação entre, ou mesmo a união dos 
países da América Latina, durante o século XX. Além disso, o caráter socialista estava presente ou 
não dependendo da região. 
b) Verdadeira! A elite criolla não era um grupo homogêneo e se diferenciava em interesses e ideias 
políticas. Por isso, preferia garantir a manutenção de seu poder local. Dessa forma, criollos 
acumulavam enorme poder local, como poder político, administrativo, militar e judiciário, 
especialmente porque, mantinham seus exércitos operando após a conclusão da independência 
política. Assim, essa é a origem do seu poder: militar e econômico! As estruturas republicanas 
existiam, mas a influência desses criollos, agora chamados de caudillos, era enorme – o que lhes 
permitia controlar a exploração da mão de obra local. Caudilhismo é o nome que damos a esse 
fenômeno político. 
c) Verdadeira! Como expliquei na alternativa “a”, tratava-se do projeto pan-americanista. 
Contudo, deve-se ressaltar que Bolívar defendia que essa grande nação unificada deveria ser uma 
República Confederada ou uma única república continental, enquanto San Martin era favorável a 
criação de um único governo monárquico. 
d) Falsa. Cada região da América Espanhola passou por processo próprio que levou a 
independência, apesar dos fatores comuns que influenciavam todas elas. A intensidade da 
participação popular e dos povos originários também variava. Todavia, quem realmente conseguiu 
sair por cima na maioria dessas independências, senão em todas, foram as elites criollas, que 
mantiveram a desigualdade social praticamente inalterada. 
Gabarito: F – V – V – F 
 (UNIRV 2019) 
A América Colonial não foi dócil e pacífica, muitos conflitos deflagraram-se no continente 
contra a dominação europeia. Sobre as revoltas coloniais na América, assinale V (verdadeiro) 
ou F (falso) para as alternativas. 
a) ( ) Em 1780, Tupac Amaru II, liderou uma revolta de nativos no Peru, lutando contra a 
exploração do trabalho indígena e mestiço. A revolta também almejava autonomia, 
retomando a mitologia do Império Inca, inclusive enaltecendo a origem inca de seu líder. 
b) ( ) A Inconfidência Mineira, de 1789, foi um movimento popular de luta por independência 
no Brasil, liderado por Tiradentes, um oficial de baixa patente, e procurava aplicar os ideais 
desenvolvidos pela Revolução Francesa de igualdade, liberdade e fraternidade. 
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c) ( ) A Guerra Guaranítica foi um movimento indígena no sul do Brasil, contra a ofensiva de 
bandeirantes paulistas. O objetivo dos índios era ampliar a civilização missioneira para além 
do Rio Grande do Sul, ameaçando a autonomia da cultura portuguesa representada por São 
Paulo. 
d) ( ) O haitianismo é o movimento de independência do Haiti, em 1798. Nesse conflito, os 
escravos haitianos mataram seus senhores e tomaram o poder sob líderes libertos como 
Toussaint Louverture, formando uma nação independente governada por negros e que 
intimidou as elites escravocratas de outras colônias. 
Comentários 
De imediato, podemos ver que o tema da questão são os movimentos de independência na 
América, continente que constituiu o espaço. Portanto, estamos falando de um tempo que vai 
desde 1776, ano de início da guerra de independência dos EUA, até 1898, ano em que Cuba 
conquistou sua autonomia diante da Espanha. Esse período abriga aquelas revoltas e levantes que 
tinham o objetivo expresso de se libertar das metrópoles, mas devemos lembrar que resistência 
sempre houve em todos os territórios coloniais. Dito isto, a virada do século XVIII para o XIX foi 
um momento que em que muitas transformações econômicas, políticas, sociais e culturais 
aconteciam por todos os lugares, inclusive na Europa. As ideias iluministas, a revolução industrial, 
a Revolução Francesa, a expansão napoleônica e as revoltas liberais e nacionalistas causaram 
grande impacto no mundo todo, influenciando até mesmo os habitantes das colônias americanas. 
A esses fatores se somavam as tensões sociais próprias de cada região. Estou falando das 
rivalidades entre as classes sociais que compunham cada colônia. No caso das possessões 
espanholas, a sociedade era dividida em chapetones (naturais da Espanha), criollos (naturais da 
colônia), povos originários e escravizados. No caso da colônia portuguesa (Brasil), havia os 
senhores de escravos, os cativos e uma camada de trabalhadores livres e pequenos 
proprietários/comerciantes, quadro semelhante às colônias britânicas e francesas. As regras de 
segregação racial e de miscigenação também variavam. Contudo, em todas elas, era nítido que 
uma porção bem pequena da sociedade (grandes proprietários escravocratas, em geral brancos 
europeus) ficava com todo o lucro e privilégios oriundos desse sistema, enquanto a grande massa 
pobre, escravizada, negra e indígena era obrigada a viver e trabalhar em condições extremamente 
precária. Ao mesmo tempo, as elites coloniais iam percebendo que seus interesses específicos 
nem sempre eram os mesmos das autoridades metropolitanas, o que foi alimentando um 
sentimento separatista em muitos locais. Podemos inferir que existia conflito de interesses entre 
metrópole e elite colonial, uma vez que esta só poderia obter a liberdade econômica caso 
rompesse o pacto colonial. Por outro lado, os povos originários e os africanos escravizados 
também não queriam mais a exploração colonial que era exercida tanto pelos europeus quanto 
por seus descendentes naturais das colônias. Sabendo desse contexto, vamos avaliar cada uma 
das alternativas: 
a) Verdadeira! Tupac Amaru foi líder da resistência Inca contra a conquista espanhola, no 
século XVI. Por outro lado, em 1780, José Gabriel Condorcanqui Noguera, um curaca (tipo de 
cacique) de uma aldeia peruana, dizia ser descente daquele líder Inca e, por isso, designava-se 
como Tupac Amaru II. Ele estudou em escolas religiosas e na Universidade de São Marcos, em 
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Lima. No meio universitário ele foi influenciado pelas ideias iluministas. Dessa maneira, começou 
a levantar bandeiras liberais contra a Metrópole, tais como fim das pesadas tributações. 
Conseguiu, com isso, obter simpatia de alguns criollos. A atuação de Túpac Amaru II desencadeou 
um movimento cujo marco foi o enforcamento de um chapetone. Em seguida, os camponeses 
começaram – de forma inédita – a invadir as propriedades e a destruir tudo o que representasse 
símbolo da dominação espanhola. Na prática, a rebelião defendia a volta do império Inca – ou o 
fim da dominação espanhola. O movimento foi duramente reprimido e Condorcanqui foi 
executado. Assim, vemos que esta alternativa está errada tanto não Tupac Amaru não ser o autor 
do texto quanto pelo fato dele não estar ligado à independência da Argentina nem da Colômbia. 
b) Falsa. A Inconfidência Mineira era inspirada por valores iluministasà semelhança da 
Revolução Francesa, porém aconteceu antes desta. A primeira ocorreu em fevereiro enquanto a 
segunda teve lugar em maio, do mesmo ano de 1789. Logo, não teria como Tiradentes querer 
aplicar os ideais que foram reivindicados pelos franceses meses depois. A maior inspiração dos 
inconfidentes mineiros era a Revolução Americana que conquistou a independência dos Estados 
Unidos da Americana. As ideias iluministas que realmente se deseja aplicar em Minas Gerais era a 
de República, autonomia política e autossuficiência econômica. Veremos mais sobre os 
movimentos que reivindicavam a independência na América portuguesa na Aula 12, mas para 
avaliar esta alternativa isso é suficiente. 
c) Falsa. A Guerra Guaranítica ocorreu entre 1753 e 1756, portanto antes do tempo que a 
questão aborda. Entretanto, complementando, esse conflito foi motivado pela oposição entre 
jesuítas e indígenas, de um lado, e espanhóis e portugueses, de outro. A região em disputa se 
chamava Sete Povos das Missões e foi ocupada originalmente por padres jesuítas, que levaram os 
índios do litoral brasileiro para o sul da colônia no intuito de protegê-los da escravidão e iniciar a 
evangelização. Portugueses e espanhóis disputavam a região para aprisionar os índios e utilizá-los 
como mão de obra escrava e buscar metais preciosos. Ali também era o local de escoamento da 
prata extraída de Potosí, na Bolívia. Ao longo dos séculos XVII e XVIII, as expedições bandeirantes 
iniciaram a exploração do sertão brasileiro, alcançando as aldeias jesuíticas. O conflito aconteceu 
porque os religiosos não entregariam os índios sem resistência. Esses conflitos próximos à 
fronteira entre os domínios português e espanhol exigiram um acordo para que os limites fossem 
demarcados: o Tratado de Madri, de 1750. Os portugueses cederiam a região de Sacramento 
para a Espanha e, em troca, controlariam os Sete Povos das Missões. Pelo tratado, os indígenas e 
jesuítas que estavam do lado brasileiro deveriam atravessar o Rio Uruguai e se mudar para o lado 
espanhol. Esse tratado não agradou a índios e religiosos, porque, além do deslocamento de uma 
região para outra, os espanhóis eram favoráveis à escravização dos índios. Os jesuítas resolveram, 
então, armar os índios e lutar pelas suas terras contra os colonos. Eles deram o controle das 
missões aos índios, mas o líder indígena Sepé Tiaraju se recusou a fazer a mudança do lado 
português para o espanhol. As tropas da Espanha foram acionadas para forçar o cumprimento da 
ordem, sem sucesso. O conflito se alastrou para a região de La Plata. Os espanhóis receberam 
reforço dos portugueses e derrotaram os índios na Batalha de Caiboaté, em 1756. Portanto, vemos 
que o objetivo dos indígenas não era ampliar a civilização missioneira, mas apenas defender seu 
território. 
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d) Verdadeira! O Haiti era a colônia francesa conhecida como ilha de São Domingos. 
Aproveitando a oportunidade aberta pela instabilidade gerada pela Revolução Francesa, 
Toussaint L’Overture liderou os escravizados da colônia em uma revolta que colocou fim a 
escravidão e ao domínio colonial. Na verdade, L’Overture não pretendia separar São Domingos 
da França, apenas tornar o país uma república autônoma, espécie de reino unido. Tanto é que em 
1801 ele foi nomeado governador vitalício pela Assembleia que convocou. No entanto, quando 
Napoleão Bonaparte assumiu o poder na França deu início a uma série de tentativas para reinstituir 
a escravidão e recolonizar São Domingos. Em 1802, L’Overture foi preso, levado para França e 
executado. Jean-Jacques Dessalines prontamente assumiu a liderança do movimento e, em 1804, 
proclamou a independência do Haiti. De fato, esse foi uma das poucas revoltas escravas bem 
sucedidas e o único país fundado por negros e escravizados. Você deve estar se perguntando: 
“mas, profe, onde entra 1798, ano citado na alternativa?” Bixo, provavelmente foi um erro de 
digitação do elaborador, pois as demais informações apresentadas são corretas e o gabarito 
informa que a alternativa é verdadeira. Caso você marcasse falsa por conta desse erro, você 
poderia entrar com recurso. 
Gabarito: V – F – F – V 
 (IFRS 2018) 
Entre 1791 e 1804, uma das colônias francesas no Novo Mundo, Saint Domingue (Haiti), 
passou por um processo marcado pela reação contra a dominação de uma elite branca que 
resultou na sua independência e na abolição da escravidão. 
Sobre este fato, é correto afirmar. 
I - A chegada de Napoleão Bonaparte ao poder foi um grande estímulo aos revoltosos, pois 
o novo governo da França aboliu definitivamente a escravidão em todos os domínios 
franceses nas Américas (1802). 
II - A eliminação dos dominadores brancos e o protagonismo de escravos, libertos e 
quilombolas foi motivo de grande preocupação entre as sociedades escravistas das 
Américas. Temia-se a “haitinização”, ou seja, que a revolta se espalhasse e colocasse em 
xeque a manutenção da instituição escravista em toda a região. 
III - A Revolução do Haiti foi um dos inúmeros casos nas Américas em que o rompimento do 
domínio colonial esteve associado à abolição da escravidão. 
IV - Após unir-se aos revolucionários, entre 1794 e 1802, o liberto François Dominique 
Toussaint (“Toussaint L’Ouverture”) foi a principal autoridade da ilha. Depois da sua captura 
e deportação para a França, o ex-escravo Jean-Jacques Dessalines assumiu a liderança dos 
revoltosos que proclamaram a Independência do Haiti em 1804. 
Quais estão corretas? 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) II e III. 
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d) II e IV. 
e) I, II, III e IV. 
 
Comentários 
No enunciado, podemos identificar facilmente o tempo, espaço e tema, os quais podem nos 
ajudar a interpretar a questão. O tema são os movimentos de independência da América Latina, 
mais especificamente do Haiti, que seria o espaço. Portanto, estamos falando do período entre 
1791 e 1804, no qual se desenrolou os eventos que marcaram a libertação nacional daquele país. 
Antes de sua independência, o local era chamado de São Domingos (em francês, Saint 
Domingues). 
O movimento de independência dessa colônia se destaca entre tantas outras naquela 
região, pois sofreu diretamente a influência da Revolução Francesa. Quando esta foi deflagrada o 
controle colonial enfraqueceu. Na metrópole não havia a menor condição de pensar em combater 
o levante dos escravos. Além disso, em 1793, com a ascensão dos jacobinos ao poder, houve o 
fim oficial da escravidão nas colônias francesas. 
 Quando a rebelião estava em andamento, com a libertação dos escravos, a Inglaterra e 
Espanha – inimigas da França – tentaram invadir São Domingos. Foi aí que L’Ouverture liderou 
uma guerra contra a invasão! Em 1801, Toussaint Louverture convocou uma Assembleia que o 
nomeou governador vitalício de uma República que seria parte da França – algo como um reino 
unido, mas independente. Contudo, e apesar das medidas jacobinas, os proprietários de terra e 
os militares franceses mantiveram-se em luta contra os negros rebelados. Em 1802, durante o 
Governo de Bonaparte – e com a escravidão restaurada – L’Ouverture foi preso e levado para 
França, onde foi morto. É nesse momento que Dessalines assume a liderança da Revolução 
Haitiana. Foi uma fase de guerra extremamente violenta. Porém, os haitianos conseguiram 
expulsar os franceses e suas tropas recolonizadoras. Em 1804, Dessalines proclamou a 
Independência do Haiti – nome que a Ilha recebeu naquele momento – significa “terra alta”. Foi 
a primeira nação latino-americana a declarar a Independência. Aliás, foi a primeira revolução de 
escravos a ser bem-sucedida, por isso, tem um caráter profundamente popular!Por isso também 
inspirou medo e terror nas mentes e corações dos proprietários de escravizados por toda a 
América que passaram a se preocupar que o evento se repetisse em suas terras. Logo eles 
começaram a chamar de “haitianismo” qualquer indício de comportamentos suspeitos por parte 
dos cativos e dos negros em geral que lhes parecesse sinal de que uma revolta estava sendo 
organizada. 
 Com isso em mente, precisamos identificar quais das afirmações estão corretas. Vejamos: 
I. Falsa. Ao chegar ao poder na França, Napoleão Bonaparte tentou reinstituir a 
escravidão em todas as colônias francesas, inclusive o Haiti. Neste país, ele ainda tentou 
impor novamente o controle total da ilha que era uma república autônoma (apesar de 
ainda ligada a França) desde 1801, quando L’Overture foi nomeado governador vitalício. 
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II. Verdadeira! O protagonismo negro, principalmente dos escravizados, no movimento 
haitiano aterrorizou autoridades coloniais e senhores de escravos em toda a América, 
mesmo a após as diversas independências, inclusive no Brasil. “Haitianização” ou 
“haitianismo” é como eles começaram a chamar qualquer comportamento suspeito por 
parte dos cativos e negros em geral que lhes parecesse conter algum indício de revolta. 
III. Falsa. Na verdade, os casos em que independência nacional e abolição da escravidão 
ocorreram juntos são exceção. A maioria das ex-colônias optou pela manutenção do 
cativeiro mesmo após de libertar das metrópoles. 
IV. Verdadeira! É necessário ressaltar que o elaborar da questão provavelmente cometeu 
um erro de digitação, pois Toussaint aderiu às revoltas a partir de 1791, não 1794. Se 
você deixasse de considerar esta afirmação como correta por conta disso, você poderia 
entrar com recurso. 
Portanto, a alternativa correta é a letra “d”. 
Gabarito: D 
 
 (IFRS 2017) 
Assinale a alternativa que melhor caracteriza as causas da independência das colônias latino-
americanas. 
a) A independência das colônias latinoamericanas insere-se no processo de 
enfraquecimento das metrópoles ibéricas face ao crescimento industrial da Inglaterra e 
França e o crescimento, por parte das elites latino-americanas, da insatisfação com o modelo 
de exploração colonial. 
b) A independência das colônias latinoamericanas insere-se no processo de 
enfraquecimento das metrópoles ibéricas face ao crescimento industrial da Inglaterra e 
Holanda e o crescimento, por parte das elites latino-americanas, da insatisfação com o 
modelo de industrialização imposto pelos ibéricos. 
c) A independência das colônias latinoamericanas teve como exclusiva causa a insatisfação 
desta região com o modelo de industrialização imposto pelos ibéricos. 
d) A independência das colônias latinoamericanas teve como única causa o 
enfraquecimento das metrópoles ibéricas face ao crescimento industrial da Inglaterra e 
França. 
e) A independência das colônias latinoamericanas insere-se no contexto do Renascimento 
Cultural, onde a valorização do antropocentrismo proporcionou à sociedade uma concepção 
descentralizada da política, levando à perda de poder por parte das metrópoles ibéricas e, 
consequente, consolidação do poder na América nas mãos das elites industriais. 
Comentários: 
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A questão aborda o contexto em que se inserem os processos de independência das colônias 
latino-americanas. Como estudamos, esses movimentos aconteceram nas primeiras décadas do 
século XX e foram encabeçados pela elite criolla. A seguir, relembro um esquema visto em aula 
que elucida sobre as motivações que levaram a emancipação: 
Com isso, vejamos as alternativas: 
a) Correta. Conforme apresentado, a Revolução Industrial (tanto na Inglaterra quanto na França) 
e a Revolução Francesa constituem elementos que compunham o contexto internacional. Esses 
dois movimentos representavam um progresso, enquanto os países ibéricos enfrentavam um 
enfraquecimento. Somado a isso, a insatisfação da elite latino-americana crescia cada vez mais. 
b) Incorreta. O crescimento industrial se dava na Inglaterra e França, não na Holanda. 
c) Incorreta. Os ibéricos eram contrários à industrialização das colônias. 
d) Incorreta. Além desse enfraquecimento, também ocorria a insatisfação da elite latino-americana 
frente ao sistema colonial. 
e) Incorreta. O Renascimento é um movimento que surgiu no século XIV, portanto, é 
extemporâneo. 
Gabarito: A 
 (UECE 2018) 
Há vários líderes cujos nomes estão associados à emancipação de diferentes países da 
América Latina, como por exemplo, José de San Martín, na Argentina; Bernardo O’Higgins, 
no Chile, assim como Francisco José de Paula Santander, na Colômbia, mas nenhum deles 
tem o prestígio incontestável de principal líder expresso na figura de 
A) Che Guevara. 
B) Fidel Castro. 
C) Simón Bolívar. 
D) Pedro de Valdivia 
Comentários 
Os processos de emancipação política da América Latina ocorreram entre as primeiras 
décadas do século XIX. A maioria dos líderes dos movimentos de independência foi formada 
pela elite criolla. Somente no Haiti, a luta foi promovida por escravos. Sobre as principais 
figuras desse momento, José de San Martín tinha como projeto político a independência e 
autonomia das províncias espanholas, com a formação de um governo monárquico e com 
príncipes europeus. Porém, outra ideia surgiu nas ex-colônias de Nova Granada, idealizada 
por Simón Bolivar, um militar criollo responsável pela libertação da Venezuela, da Colômbia, 
do Equador e da Bolívia. Ela defendia a formação de um Estado único com todas as 
províncias da América do Sul. Seu governo seria de caráter republicano. Portanto, a 
alternativa correta é a letra C. Nas alternativas A e B, Che Guevara e Fidel Castro foram 
líderes da Revolução Cubana, de 1959, um século depois do período retratado na questão. 
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Por isso, não se pode compará-los com os líderes das independências. Já na alternativa D, 
Pedro de Valdivia foi um conquistador espanhol do século XVI, ou seja, também sem ligações 
com o processo emancipatório. 
Gabarito: C 
 (UECE 2016) 
O Congresso Nacional de Lima, a capital do Peru, situa-se na Praça Bolívar. A principal praça 
de Bogotá, capital da Colômbia, tem o mesmo nome: Praça Bolívar. A Bolívia recebeu este 
nome para homenagear Simon Bolívar. Sobre Simón Bolívar, pode-se afirmar corretamente 
que 
a) liderou um movimento a favor da independência da América do Sul e idealizou uma 
unidade continental chamada Gran Colômbia que se desfez em repúblicas. 
b) lutou ao lado de José de San Martín, na Argentina, e Bernardo O’Higgins, no Chile, pela 
libertação desses países do domínio espanhol. 
c) foi um revolucionário criador do nacionalismo venezuelano e liderou a Revolução 
Bolivariana. 
d) era um monarquista convicto; por isso, defendeu a centralização do poder, para uma 
América emancipada. 
Comentários 
Simón Bolívar foi um líder da elite criolla espanhola, conhecido como “El libertador”. 
Nascido na província da Venezuela, liderou o processo de independência da região e 
pretendeu unificar a América espanhola em um grande país republicano, chamado de Grã-
Colômbia. Ele acreditava que a língua, os costumes e a religião eram suficientes para unir 
diversos territórios. Porém, a América espanhola tinha suas próprias identidades 
particulares que impediam essa junção. Os países se definiam por questões de origens 
territoriais, por suas histórias e por seus próprios interesses. Por isso, na Independência, o 
ProjetoBolivariano não se firmou, e os territórios espanhóis se fragmentaram em várias 
repúblicas. Dessa forma, a resposta correta é: 
a) Correto. Como falado, o movimento criado por Simon Bolivar pela construção de uma 
unidade continental chamada de Grã-Colômbia não deu certo. 
b) Incorreto. Esses líderes lutavam pela emancipação política dos territórios espanhóis na 
América, porém eles não lutaram juntos. Inclusive defendiam projetos políticos muito 
diferentes para as ex-colônias. Bolivar libertou Venezuela, Colômbia, Equador e Bolívia, 
enquanto Martín e O’Higgins libertaram Argentina, Chile e Peru. 
C) Incorreto. Esses termos são utilizados para designar as políticas aplicadas por Hugo 
Chávez, ex-presidente venezuelano e seu sucessor Nicolas Maduro na Venezuela do século 
XXI. 
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d) Incorreto. A primeira afirmação está incorreta, Simón Bolivar não era um monarquista e 
sim um republicano. 
Gabarito: A 
 (UVA 2019) 
No século XVIII as ideias iluministas inspiraram os movimentos de independência na América 
espanhola, liderados pelas elites criollas. O movimento recebeu o apoio tanto dos Estados Unidos 
quanto da Inglaterra. Assinale a alternativa que melhor caracteriza o interesse dos aliados: 
a) À Inglaterra interessava a ampliação do comércio com a América, aos Estados Unidos, o controle 
político e econômico. 
b) Ambos desejavam ser solidários para com os povos latino-americanos. 
c) Tanto a Inglaterra quanto os Estados Unidos eram críticos dos ideais da Revolução Francesa. 
d) Ambos defendiam a “América para os americanos”. 
 Comentários: 
O texto aborda que, diplomaticamente, tanto Inglaterra quanto os Estados Unidos apoiaram os 
processos de independência ocorridos na América Latina. O período retratado está entre as 
décadas de 1810 e 1830. Nesse momento, no contexto internacional, os ingleses passavam pela 
Revolução Industrial, então, visto que a sua produção havia aumentado consideravelmente, eles 
precisavam expandir seus mercados consumidores para poder comercializar seus produtos com o 
resto do mundo. Já os americanos, pioneiros dos processos emancipatórios, gostariam de 
controlar política e economicamente o continente, uma vez que foram os primeiros a se rebelarem 
contra os colonizadores europeus e já iniciarem o processo de industrialização. 
Portanto, 
a) Correto. A ampliação do mercado consumidor na América era fundamental para a expansão 
industrial inglesas. Era de interesses dos Estados Unidos ter poder e influência entre os territórios 
americanos, tanto política quanto economicamente. 
b) Incorreto. Por trás de suas ações, esses Estados tinham muitos interesses geopolíticos e 
comerciais com as independências espanholas. 
c) Incorreto. Os dois países haviam passado por processos revolucionários em seus territórios, e 
se tornaram inspiração para os movimentos de independência que surgiram na América Latina. 
d) Incorreto. Essa política foi adotada pelo Presidente americano James Monroe, em 1823, 
segundo a qual os europeus não deveriam interferir nos interesses comerciais e políticos das terras 
americanas. Ela foi chamada de “Doutrina Monroe”. Porém, mesmo que fosse contra o 
colonialismo no continente e a favor das independências espanholas, no fundo, essa doutrina se 
preocupava mais com os interesses norte-americanos do que com o resto da América. 
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Gabarito: A 
 (UVA 2018) 
No início do século XIX, a independência da América Espanhola ocorreu num contexto político 
internacional marcado por fatos. Dentre os fatos que favoreceram a independência da América 
Espanhola, podemos mencionar: 
a) A Revolução Industrial Espanhola. 
b) O Despotismo Esclarecido. 
c) As Guerras Napoleônicas. 
d) A derrota dos americanos na guerra de independência dos Estados Unidos. 
 Comentários: 
Sobre o processo de independência da América Espanhola, ela se desenvolveu nas três primeiras 
décadas do século XIX, mais especificamente entre 1817 e 1825, e não foi um movimento 
unificado. Tratou-se, na verdade, de vários processos emancipatórios com características ligadas 
à realidade de cada região. Então, dentre os acontecimentos externos deste período que 
motivaram a independência as colônias hispânicas estão: 
- Difusão do iluminismo – a partir do século XVIII; 
- Revolução Industrial (1750); 
- Independência dos EUA (1776); 
- Revolução Francesa (1789-99) 
- Expansão Napoleônica (1799-1814) 
Passando ao comando da questão, entre os fatos internacionais citados na alternativa, o que 
melhor se encaixa é: 
a) Incorreto. A Revolução Industrial, nesse primeiro momento se concentrou mais profundamente 
na Inglaterra. A Espanha ainda era um país atrasado industrialmente. Só a partir da segunda 
metade do século XIX que a Revolução Industrial se espalharia por todo o continente europeu. 
b) Incorreto. O despotismo esclarecido não vingou na Espanha, sendo a monarquia espanhola 
uma das mais próximas da Igreja. Além disso, esse fenômeno político ocorreu no século XVIII, 
anterior as Independências. 
c) Correto. As expansões napoleônicas na Espanha, sob o pretexto de chegarem até Portugal, se 
tornaram invasões ao seu território. Com isso, Napoleão depôs dois reis espanhóis, Carlos IV 
(1788-1808) e Fernando VII (1808). A coroa espanhola então se concentrou em recuperar seus 
domínios na Europa, enquanto na América, o vazio de poder fez com que as elites locais se 
revoltassem contra o domínio da Metrópole. 
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d) Incorreto. Os americanos conquistaram sua independência após a guerra de emancipação, que 
durou de 1775 a 1783. 
Gabarito: C 
 (UFSC – 2018) 
Os dilemas do Haiti 
Até o início de 2010, podia-se dizer que o Haiti era um país marcado pela pobreza e 
instabilidade política. Afinal, desde 2004, em meio a um clima de guerra civil, lá estavam 
tropas de paz da ONU, comandadas pelo governo brasileiro, interessado em ampliar a sua 
influência no continente – eram mais de sete mil homens! 
SANTIAGO, Pedro. Por dentro da História, 2. 3. ed. São Paulo: Escala Educacional, 2013, p. 
113. 
Sobre o Haiti e a trajetória do seu povo, é correto afirmar que: 
01. considerado um caso singular, o movimento de independência do Haiti foi resultado de 
um levante popular comandado pela população negra contrária à dominação francesa. 
02. em 2010, um forte terremoto atingiu o país, deixando o cenário de pobreza e 
instabilidade política ainda mais grave. 
04. localizado no noroeste da África, o Haiti possui uma economia baseada na monocultura 
de cana-de-açúcar e no comércio clandestino de marfim e diamante. 
08. no final do século XVIII, durante a rebelião escrava que iniciou o processo de 
independência, o líder François-Dominique Toussaint Louverture determinou a abolição da 
escravidão no Haiti. 
16. em função do caráter violento do processo de emancipação, a independência do Haiti 
ainda não foi reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) e, por essa razão, o 
país está sob o controle das tropas internacionais. 
32. a Primavera Árabe e o contexto de guerra civil das últimas décadas estão entre as 
principais razões para o crescimento da imigração de refugiados haitianos para o Brasil nos 
últimos anos. 
Comentários: 
Conforme estudamos, o processo de emancipação do Haiti foi diferente das outras colônias da 
América. Por se tratar de uma colônia da França, sentiu diretamente os efeitos da Revolução 
Francesa, no final do século XVIII. De maneira que em 1791 iniciou-se uma rebeliãode escravos 
sob o comando de Toussaint Louverture e, em seguida por, Jean-Jacques Dessalines. Após 
invasões e reviravoltas, o Haiti conseguiu sua independência em 1804. 
Essa Revolução assustou metrópoles e proprietários de escravo de toda a América pois, além de 
ser liderada por escravizados, extinguiu a escravidão e procurou implantar a igualdade social. 
Sabendo disso, vejamos as proposições: 
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1. Correta, conforme discutimos anteriormente. 
2. Correta. Em 12 de Janeiro de 2010 ocorreu um terremoto catastrófico no Haiti. O abalo 
alcançou a magnitude 7,0 na escala Richter. O país – que já sofria com a pobreza há tempos 
– ficou em uma situação ainda mais miserável. 
4. Incorreta. O Haiti está localizado na América Central. 
8. Correta. Em 1801, o líder haitiano libertou os escravos da ilha. 
16. Incorreta. O reconhecimento da Independência Haitiana ocorreu em 1825. 
32. Incorreta. O crescimento da imigração de refugiados haitianos para o Brasil nos últimos 
anos se dá em razão dos terremotos que assolaram o país em 2010. 
Gabarito: 11 
 (UFSC 2015) 
Os criollos: uma elite contra os espanhóis 
“Instalados há várias gerações [...] numa terra que consideram sua, os criollos têm nas mãos 
as rédeas econômicas da América hispânica. Possuem imensas estâncias e rebanhos e 
escravos, detêm e desempenham cargos da advocacia e constituem, de modo compacto, o 
povo dos letrados, particularmente aberto às ideias do século. Ora, por uma contradição 
interna, essa elite econômica e de inteligência, numa sociedade em que a presença do índio 
e do escravo negro confere a todo homem branco ‘um complexo de superioridade’, sofre 
com a exclusão da administração real e com a desconfiança que esta lhe manifesta”. 
CHAUNU. História da América Latina. 4. ed. São Paulo: Difel, 1979. p. 59 
A respeito do texto e dos movimentos de resistência e de independência na América 
hispânica, é CORRETO afirmar que: 
01. apesar do seu poder econômico, os criollos não podiam participar das atividades 
administrativas coloniais e eram desprezados pelos espanhóis por sua origem africana. 
02. as ideias iluministas foram, em parte, responsáveis pela formação intelectual da elite 
criolla em fins do século XVIII e princípio do século XIX. 
04. Simón Bolívar, conhecido como “o Libertador”, defendia a ideia de uma América 
fragmentada em pequenos estados independentes e controlados pelos trabalhadores rurais 
e urbanos. 
08. as contradições dos movimentos de independência ficaram evidentes após sua 
concretização e a implantação de regimes monárquicos na maior parte dos novos países. 
16. o atual Uruguai foi incorporado oficialmente por Portugal ao Brasil em 1821 e tornou-se 
uma província brasileira. A independência da banda oriental do rio da Prata foi conquistada 
somente após a Guerra Cisplatina (1825-1828). 
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32. Tupac Amaru II, líder de origem inca, comandou um dos maiores levantes indígenas 
desde a conquista espanhola. Um dos objetivos do movimento era acabar com a cobrança 
da mita. 
Comentários 
Como dito no enunciado, o tema da questão são os movimentos de resistência e de 
independência na América hispânica, que tiveram lugar desde o século XVIII até o fim do XIX. A 
virada de um século para outro foi um momento em que muitas transformações econômicas, 
políticas, sociais e culturais aconteciam por todos os lugares. As ideias iluministas, a revolução 
industrial, a Revolução Francesa, a expansão napoleônica e as revoltas liberais e nacionalistas 
causaram grande impacto no mundo todo, influenciando até mesmo os habitantes das colônias 
americanas. A esses fatores se somavam as tensões sociais próprias de cada região. Estou falando 
das rivalidades entre as classes sociais que compunham cada colônia. No caso das possessões 
espanholas, a sociedade era dividida em chapetones (naturais da Espanha), criollos (naturais da 
colônia), povos originários e escravizados. As elites coloniais iam percebendo que seus interesses 
específicos nem sempre eram os mesmos das autoridades metropolitanas, o que foi alimentando 
um sentimento separatista em muitos locais. Podemos inferir que existia conflito de interesses 
entre metrópole e elite colonial, uma vez que esta só poderia obter a liberdade econômica caso 
rompesse o pacto colonial. Por outro lado, os povos originários e os africanos escravizados 
também não queriam mais a exploração colonial que era exercida tanto pelos europeus quanto 
por seus descendentes naturais das colônias. Repare que o texto destacado pela questão enfoca 
na situação específica das elites criollas. Considerando isto, vejamos quais alternativas estão 
corretas: 
01. Incorreta. O criollos não tinham origem africana. Havia um outro mestiço, mas a maioria 
deles era simplesmente filhos de espanhóis nascidos nas colônias e seus descendentes. Não 
confunda com os crioulos que, no Brasil, eram os africanos nascidos aqui. De qualquer 
forma, é verdade que os criollos da América hispânica não podiam assumir cargos na 
burocracia metropolitana, pois os espanhóis temiam que isso enfraqueceria o controle 
colonial. 
02. Correta! Essas seriam as “ideias do século” citadas pelo autor. Entre as ideias iluministas 
que mais tiveram recepção nas elites criollas estavam o republicanismo, a liberdade 
econômica, a igualdade jurídica, o direito à autodeterminação dos povos e a autonomia 
política. 
03. Incorreta. Bolívar defendia um projeto pan-americanista. Em outras palavras, ele propunha 
uma República Confederada que uniria todas as ex-colônias espanholas, ou uma única 
república continental. 
04. Incorreta. A primeira parte da afirmação é correta, contudo, nenhuma das ex-colônias 
espanholas se tornou uma monarquia. Todas acabaram virando repúblicas independentes. 
Vale complementar dizendo que os criollos não eram um grupo homogêneo e se 
diferenciavam em interesses e ideias políticas. Por isso, preferiam garantir a manutenção 
de seu poder local. Assim, acumulavam enorme poder político, administrativo, militar e 
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judiciário regionalmente porque mantinham seus exércitos operando após a conclusão da 
independência política. As estruturas republicas existiam, mas a influência desses criollos, 
agora chamados de caudilhos, era enorme – o que lhes permitia controlar a exploração da 
mão de obra local. Esse fenômeno político ficou conhecido como caudilhismo. Além disso, 
as estruturas sociais, isto é, as desigualdades socioeconômicas entre as elites e a massa de 
trabalhadores indígenas e negros continuaram praticamente inalteradas. A igualdade se 
resumia apenas à igualdade perante a lei. 
05. Correta! A história da independência do Uruguai está ligada à da Argentina e à do Brasil. 
Montevidéu e Buenos Aires são a porta de entrada ao rio da Prata, que dá acesso ao interior 
do continente e, principalmente, às minas de prata na Bolívia. A independência uruguaia se 
confunde com as lutas argentinas, uma vez que, como Buenos Aires, a cidade de 
Montevidéu foi invadida pelos ingleses em 1807. Depois disso, o território conhecido como 
Banda Oriental (à direita do Rio da Prata) se dividiu. Aos poucos o grupo ligado à Espanha 
venceu a disputa interna. Os derrotados, liderados por José Gervásio Artigas, apoiavam 
Buenos Aires, por causa do rompimento com a Metrópole espanhola. Com isso, o Uruguai 
que fazia parte do Vice-Reino do Prata optou pelo caminho que, ao mesmo tempo, negava 
a unificação com a Argentina e buscava um caminho próprio.Neste contexto de divisão, os 
portugueses invadiram a Província Oriental, em 1816, por temer que as ideias de 
independência se espalhassem pela colônia brasileira. Em 1821, o Uruguai foi incorporado 
ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Com a independência brasileira, em 1822, a 
Província Cisplatina, região incorporada, enfrentou novos distúrbios e, em 1825, teve início 
um levante que contou com a ajuda dos argentinos. Em 1828, houve o estabelecimento do 
Estado Oriental do Uruguai, livros dos domínios brasileiro e argentino. 
06. Correta! Tupac Amaru foi líder da resistência Inca contra a conquista espanhola, no século 
XVI. Por outro lado, em 1780, José Gabriel Condorcanqui Noguera, um curaca (tipo de 
cacique) de uma aldeia peruana, dizia ser descente daquele líder Inca e, por isso, designava-
se como Tupac Amaru II. Ele estudou em escolas religiosas e na Universidade de São 
Marcos, em Lima. No meio universitário ele foi influenciado pelas ideias iluministas. Dessa 
maneira, começou a levantar bandeiras liberais contra a Metrópole, tais como fim das 
pesadas tributações. Conseguiu, com isso, obter simpatia de alguns criollos. A atuação de 
Túpac Amaru II desencadeou um movimento cujo marco foi o enforcamento de um 
chapetone. Em seguida, os camponeses começaram – de forma inédita – a invadir as 
propriedades e a destruir tudo o que representasse símbolo da dominação espanhola. Na 
prática, o rebelião defendia a volta do império Inca – ou o fim da dominação espanhola. O 
movimento foi duramente reprimido e Condorcanqui foi executado. Assim, vemos que esta 
alternativa está errada tanto não Tupac Amaru não ser o autor do texto quanto pelo fato 
dele não estar ligado à independência da Argentina nem da Colômbia. 
Gabarito: 02 + 16 + 32 = 50. 
 (UFMS – 2019) 
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Sobre o processo de conquista da independência das antigas colônias portuguesa e 
espanhola na América, assinale a alternativa correta. 
 
a) O Brasil se tornou independente de Portugal assim que a família real portuguesa aportou 
no território americano, em 1808, com a mudança da capital para o Rio de Janeiro, quando 
o Brasil se tornou sede do império português. 
b) A independência do Peru ocorreu em 1821 liderada pelo general argentino José de San 
Martín, que também foi decisivo no processo de independência de Argentina e Chile. 
c) O Paraguai se tornou independente da Espanha somente com a chegada da família 
Lopez ao poder, quando o Marechal Solano Lopez decretou guerra contra a Espanha e os 
demais países que não reconheciam sua independência. 
d) A Argentina se tornou independente após uma longa negociação diplomática entre o 
revolucionário criollo Simón Bolivar e a corte espanhola, quando em 1813 a então província 
conquistou sua autonomia. 
e) A independência da Venezuela ocorre somente em 1821, após intensas negociações 
entre a elite criolla e o governo espanhol, por intermédio do líder político Simón Bolivar. 
Comentários: 
A questão aborda diversos pontos do processo de independência das colônias americanas. Como 
vimos, no caso da américa espanhola, a elite criolla tinha muito interesse na ruptura. O movimento 
teve duas lideranças principais: 
• Simon Bolívar: Nasceu na capitânia da Venezuela. Era criollo e liderou exércitos do 
norte da América do Sul. É considerado libertador da Venezuela, Colômbia, Equador e 
Bolívia. Defendeu um Projeto Panamericanista, ou seja, a união de todas as províncias e a 
Proclamação de uma República Confederada ou uma única república continental. 
• San Martín: Também criollo, nasceu na província de Corrientes. Liderou o exército 
popular na América do Sul. É considerado o libertador da Argentina, Chile e Peru. Defendeu 
que as províncias deveriam se tornar independentes com forma de governo Monárquico. 
Mais à frente vamos estudar o que ocorreu na América Portuguesa. 
Com isso, vejamos as alternativas: 
a) Incorreta. A Família Real Portuguesa chegou no Brasil em 1808 e a Independência do Brasil 
ocorreu apenas em 1822. 
b) Correta. Conforme vimos anteriormente, San Martín foi fundamental na emancipação do Peru. 
A declaração de independência desse país ocorreu em 1821. 
c) Incorreta. Os paraguaios proclamaram sua independência em 14 de maio de 1811, Francisco 
Solano López assumiu a presidência do Paraguai apenas em 1862. 
d) Incorreta. A independência da Argentina teve como líder San Martín e não Simon Bolívar. 
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e) Incorreta. A independência da Venezuela foi declarada em 1811. 
Gabarito: B 
 (UFMS 2018-2020) 
Leia o texto a seguir. 
“Com tanta atividade acontecendo em seu próprio quintal, teria sido fácil para as grandes 
nações europeias esquecer que ainda precisavam cuidar de um grupo de colônias esforçadas 
nas Américas Central e do Sul. Para sorte das colônias esforçadas, foi exatamente isso que 
aconteceu. O Haiti obteve a sua independência da França em 1804, e dezoito anos depois o 
Brasil conseguiu se libertar do nocivo controle de Portugal. O único país que ainda realmente 
se importava com as suas colônias latino-americanas era a Espanha. Infelizmente, no início 
do século XIX, essa nação ibérica um dia poderosa havia se tornado tão perigosa, do ponto 
de vista puramente militar quanto um estilingue. Isso proporcionou às suas colônias a chance 
de se empenhar em conquistar a liberdade.” 
(Fonte: REAR, Dave. História do mundo sem as partes chatas. São Paulo: Cultrix, 2013. p. 
208-209. Adaptado). 
De acordo com o autor, a Espanha do século XIX apresentava uma resistência militar tão 
potente quanto um estilingue, fato que permitiu que boa parte de suas colônias se tornassem 
independentes sem grandes esforços. Assinale a alternativa correta que explica este 
contexto. 
a) Após o período de colonização, a Espanha manteve-se inclinada à exploração de ouro e 
prata nas colônias onde atualmente estão México, Bolívia, Peru e Colômbia, não se 
preocupando em guarnecer militarmente os governos do sul e do norte da América, que 
acabaram se rebelando e colocando fim à exploração espanhola. 
b) Após sua independência, os Estados Unidos promoveram um grande assédio a todos os 
territórios coloniais da América administrados por portugueses, espanhóis, franceses e 
holandeses e permitiram que as elites criollas tomassem fôlego suficiente para proclamar 
suas independências frente às metrópoles europeias. 
c) De acordo com o texto, a Espanha passou por um longo processo de sucateamento de 
sua frota e de engessamento dos setores produtivos, o que ocasionou, ainda no início do 
século XIX, a emancipação política e econômica de suas colônias. 
d) O cenário apresentado sugere o enfraquecimento do poder de resistência espanhola tanto 
pela falta de investimentos quanto pela questão política, visto que a Espanha, ainda no início 
do século XIX, foi invadida por Napoleão e não dispunha de poder político para impedir a 
independência de suas posses coloniais. 
e) A independência das colônias espanholas no início do século XIX está diretamente ligada 
às investidas inglesas contra o pacto colonial da América, visto que, impulsionada pela 
Revolução Industrial, a potência bretã incentivava o fim da escravidão e toda forma de 
exploração que não permitisse a prática capitalista industrial. 
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Comentários 
Pelo enunciado, é evidente que o tema dessa questão são os movimentos de independência 
das colônias espanholas. Portanto, é um período que vai desde o final do século XVIII até o final 
do XIX.Ao ler o texto de Dave Read, destaca-se que o autor está enfocando os fatores ligados 
às transformações que aconteciam na própria Europa, mas que repercutiram na América, 
criando oportunidades para que as colônias dessem inicio a uma série de movimentos pela 
libertação nacional. Entre tais fatores estão as ideias iluministas, a revolução industrial, a 
Revolução Francesa, a expansão napoleônica e as revoltas liberais e nacionalistas. Considerando 
este contexto, vejamos qual das alternativas é a correta: 
a) Errada. A afirmação é contraditória. O México era o território espanhol no norte da 
América, enquanto Bolívia, Peru e Colômbia ficavam no sul. Estes eram as regiões mais 
prósperas das colônias espanholas e é onde se concentravam as forças metropolitanas. 
Contudo, de fato o território espanhol na América era muito vasto e a Coroa não tinha recursos 
para manter todos os lugares vigiados e sob controle o tempo todo. Para aumentar o efetivo 
em uma região, era necessário diminuir o de outra e isso com certeza pesou para as dificuldades 
militares da Espanha nas guerras de independência. 
b) Errada. Os Estados Unidos foram extremamente cautelosos no apoio às guerras de 
independência das demais colônias. Alguns políticos norte-americanos realmente se 
encontraram secretamente com lideranças da América Latina, contudo só davam seu apoio 
explicitamente após a independência ter sido conquistada por elas. Tanto é que a Doutrina 
Monroe só foi elaborada e passou a ser executada pelos norte-americanos a partir de 1823, 
quando boa parte das colônias espanholas e o Brasil já estavam independentes. É nesse 
momento que o “grande assédio” dos EUA sobre a América Latina se inicia. 
c) Errada. De fato, a frota espanhola passava por um longo processo de sucateamento desde 
sua derrota para a marinha Inglesa no século XVII. Contudo, não houve um engessamento dos 
setores produtivos, que estavam concentrados na América, nos anos que precederam os 
movimentos de independência. 
d) Certa! No final do século XVIII e ao longo do XIX, a Espanha não tinha mais o mesmo poder 
que tivera nos séculos XV e XVI. Após guerras navais com Holanda e Inglaterra sua frota foi 
reduzida. Além disso, o crescimento da competitividade no mercado internacional de gêneros 
agrícolas devido a criação de novas colônias agroexportadoras por outras nações europeias 
comprometeu seus lucros. Consequentemente, sua capacidade de investimento na 
manutenção de seu poder militar e político também ficou comprometida. Para completar, em 
1808, Napoleão Bonaparte invadiu a Espanha, derrubou o rei e colocou seu irmão no lugar. Isso 
causou uma grande desordem política, econômica e militar nos territórios espanhóis o que deu 
oportunidade para os colonos que queriam a independência dar início a seus movimentos. 
e) Certa! O gabarito informa que esta alternativa é incorreta, porém isso não se confirma. 
Realmente, a Inglaterra tinha um grande interesse na ruptura do pacto colonial nas diversas 
possessões europeias (que não as suas) para que houvesse novos mercadores consumidores 
para seus produtos industrializados. Além disso, os ingleses também pretendiam fazer dos 
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novos países recém-independentes fornecedores de matérias-primas para suas indústrias a 
baixo custo. Portanto, está correto que os movimentos de libertação nacional das diversas 
colônias americanas estavam ligados a esse interesse inglês, de forma direta ou indireta. Com 
isso, você poderia entrar com recurso para anular a questão ou mudar o gabarito. 
Gabarito: D 
 (UFMS 2007) 4000067682 
Patrocinada pelo governo venezuelano, por meio da companhia petrolífera estatal PDVSA, a 
escola de samba Unidos de Vila Isabel ganhou o carnaval do Rio de Janeiro de 2006 com o 
samba-enredo intitulado “Soy Loco por Ti, America”, no qual destacava a figura de Simon 
Bolívar, general vitorioso na guerra pela independência da América do Sul e político de 
formação liberal. A respeito do papel representado por Simon Bolívar no contexto político 
sul-americano dos séculos XIX e XX, assinale a alternativa correta. 
a) Ao contrário de outros líderes da independência da América espanhola, como Jose de San 
Martin e Bernardo O'Higgins, Simon Bolívar liderou o movimento de oposição à idéia de 
unidade latino-americana, o qual viria a ser conhecido por Bolivarismo. 
b) Foi autor de escritos sobre diversos temas políticos, entre os quais a famosa Carta da 
Jamaica, de 1815, na qual expressou sua total simpatia pela democracia nos moldes norte-
americanos, caracterizada pela ampla participação popular nos processos decisórios da vida 
republicana. 
c) Inspirou a união entre Bolívia, Colômbia e Equador que formaram, por mais de uma 
década, uma única nação, fragmentada, em 1839, por problemas políticos. 
d) Sua defesa da unidade das ex-colônias, através da criação de uma federação de repúblicas, 
foi amplamente aceita pelas elites criollas que lideraram os movimentos pela independência, 
tornando-se elemento fundamental para a estabilidade da unidade centro-americana. 
e) Defendeu, de forma pioneira, a possibilidade da construção de uma unidade das ex-
colônias espanholas, ideal posteriormente retomado, sob novas roupagens, por muitos 
intelectuais e políticos latino-americanos, a exemplo do próprio presidente venezuelano 
Hugo Chávez. 
Comentários 
Vamos por partes. A questão não é sobre o carnaval de 2006, sobre o samba, nem sobre a 
Venezuela no século XXI. Isso foi um recurso retórico e pedagógico do enunciado para chamar 
atenção ao que lhe interessa: Simon Bolívar. Portanto, o tempo que estamos lidando seria 1783 a 
1830, período que ele viveu. Bolívar foi uma das principais lideranças do movimento de 
independência da Venezuela, Colômbia, Equador e Bolívia. Portanto, o espaço que nos interessa 
é a América do Sul. O tema, evidentemente, é a independência das colônias espanholas. 
A virada do século XVIII para o XIX foi um momento em que muitas transformações econômicas, 
políticas, sociais e culturais aconteciam por todos os lugares. As ideias iluministas, a revolução 
industrial, a Revolução Francesa, a expansão napoleônica e as revoltas liberais e nacionalistas 
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causaram grande impacto no mundo todo, influenciando até mesmo os habitantes das colônias 
americanas. A esses fatores se somavam as tensões sociais próprias de cada região. Estou falando 
das rivalidades entre as classes sociais que compunham cada colônia. No caso das possessões 
espanholas, a sociedade era dividida em chapetones (naturais da Espanha), criollos (naturais da 
colônia), povos originários e escravizados. As elites coloniais iam percebendo que seus interesses 
específicos nem sempre eram os mesmos das autoridades metropolitanas, o que foi alimentando 
um sentimento separatista em muitos locais. Podemos inferir que existia conflito de interesses 
entre metrópole e elite colonial, uma vez que esta só poderia obter a liberdade econômica caso 
rompesse o pacto colonial. Por outro lado, os povos originários e os africanos escravizados 
também não queriam mais a exploração colonial que era exercida tanto pelos europeus quanto 
por seus descendentes naturais das colônias. Sabendo que foi nesse contexto que Bolívar nasceu, 
cresceu e aderiu aos movimentos de independência, vamos avaliar cada uma das alternativas: 
a) Incorreta. Na verdade, era Bolívar que defendia uma unidade latino-americana após a 
consolidação das independências. Ele propunha um projeto pan-americanista, ou seja, 
a união de todas as províncias e a Proclamação de uma República Confederada ou uma 
única república continental. 
b) Incorreta. De fato, Bolívar foiautor de muitos escritos políticos, entre eles A Carta da 
Jamaica. Todavia, a democracia norte-americana não permitia ampla participação 
popular. Era uma democracia representativa, ou seja, sem participação direta do povo. 
Este precisava eleger seus representantes que estes, sim, governariam o país. 
c) Incorreta. Na verdade, a República Confederada da Grã-Colômbia reunia os territórios 
da Colômbia, Venezuela, Panamá e parte do Equador. Ela existiu entre 1819 e 1831. Os 
problemas que levaram ao seu fim foram os conflitos de interesses entre as diversas 
elites criollas de cada região, além da pressão dos EUA e da Inglaterra para que a união 
não tivesse sucesso. Esses dois países não viam com bons olhos a formação de um 
grande país na América. Principalmente os norte-americanos, que seguiam a Doutrina 
Monroe (“América para os americanos”). Assim como os ingleses, eles se interessavam 
em manter a América Latina como um bom fornecedor de produtos primários e mercado 
consumidor para os produtos industrializados. 
d) Incorreta. O projeto pan-americanista não foi amplamente aceito por todas as elites 
criollas. Como eu disse antes, apenas os territórios que formaram a Grã-Colômbia 
aderiram ao projeto. E mesmo assim, a república confederada teve uma vida de 
aproximadamente uma década devido aos conflitos de interesses entre as elites das 
diferentes regiões. O criollos não eram um grupo homogêneo e se diferenciavam em 
interesses e ideias políticas. Por isso, preferiam garantir a manutenção de seu poder 
local. Assim, acumulavam enorme poder político, administrativo, militar e judiciário 
regionalmente porque mantinham seus exércitos operando após a conclusão da 
independência política. As estruturas republicas existiam, mas a influência desses 
criollos, agora chamados de caudilhos, era enorme – o que lhes permitia controlar a 
exploração da mão de obra local. Esse fenômeno político ficou conhecido como 
caudilhismo. 
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e) Correta! Está de acordo com o que afirmamos nas explicações das alternativas anteriores 
Gabarito: E 
 (UNEB 2015) 
A luta contra a situação denunciada no princípio de que “nascemos todos com os mesmos direitos 
fundamentais que, quando violados, nos arrancam dessa condição e nos transformam em coisas, 
instrumentos descartáveis de trabalho”, pode ser identificada 
01) no processo de independência do Haiti, quando a ruptura com os laços coloniais ocorreu 
paralelamente à extinção do trabalho compulsório. 
02) no Congresso de Viena, evento que, buscando anular a opressão estabelecida pelo império 
napoleônico, reafirmou o direito de autodeterminação dos povos. 
03) nas ondas revolucionárias de 1820, momento em que as concepções socialistas se 
consolidaram, a partir do estabelecimento da Comuna de Paris. 
04) no Plano Marshall, que, buscando arruinar o expansionismo soviético na Europa Oriental, 
proibiu o trabalho compulsório nos países satélites. 
05) na Declaração Universal dos Direitos Humanos, momento em que a ONU convocou os Estados 
Unidos para intervir militarmente no processo de independência das colônias africanas, visando 
ao fim da escravidão. 
 Comentários: 
A questão aborda questões como a escravidão e a liberdade. Visto isso, a pergunta pede para 
identificarmos a alternativa que melhor expressa a luta por esse direito humano. Então: 
01. Está correto, porque quem fez a emancipação política da colônia do Haiti com a metrópole 
francesa foi a própria população escrava. A luta dos negros (maioria na ilha) acabou com o 
trabalho compulsório, diferentemente de outras ex-colônias em que a independência foi feita 
pelas elites locais e que pouco modificou as estruturas sociais dos novos países. Vale ressaltar que 
a Revolução no Haiti teve forte inspiração na França Revolucionária. 
02. Está incorreto. O Congresso de Viena não se caracterizou por um evento que buscava anular 
a opressão de Napoleão aos povos. Nem mesmo a lutar pela liberdade deles. A reunião entre as 
monarquias europeias tentou restabelecer os territórios perdidos nas ex-colônias americanas. 
03. Está incorreto, pois as ondas revolucionarias de 1820 não têm relação com a Comuna de Paris, 
que ocorreu em 1871. 
04. Está incorreto. O trabalho compulsório não era praticado pela União Soviética e o Plano 
Marshall foi aplicado na Europa Ocidental e não Oriental. 
05. Está incorreto. Seria contra a Declaração Universal dos Direitos Humanos os Estados Unidos 
intervirem no processo de independência dos países africanos no contexto pós-2ª GM, muito 
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embora saibamos que os EUA desrespeitaram a própria Declaração ao longo do século XX. São 
ideias conflitantes que não fazem sentido juntas e conforme o enunciado. Além disso, repare que 
há uma informação incorreta sobre escravidão, pois, no século XX, a escravidão, pelo menos do 
ponto de vista formal, não era mais praticada tal como até o século XIX. 
Gabarito: 01 
 (UEM 2017) 
Sobre o processo de independência das antigas colônias europeias nas Américas, assinale 
a(s) alternativa(s) correta(s). 
01) A independência das colônias inglesas da América do Norte foi influenciada pelas 
práticas comerciais mercantilistas, que visavam ao acúmulo de metais preciosos nos Estados 
Unidos da América em vez da Inglaterra. 
02) A ocupação da Espanha pelas tropas de Napoleão Bonaparte enfraqueceu o controle da 
metrópole sobre as colônias americanas e favoreceu o desenvolvimento de movimentos 
separatistas. 
04) Na década de 1820, os Estados Unidos, já independentes da Inglaterra, formularam a 
Doutrina Monroe, que declarava a “América para os americanos” e reconhecia a 
independência das antigas colônias ibéricas. 
08) O lema American first (América em primeiro lugar) foi o suporte teórico que legitimou a 
luta dos moradores das treze colônias inglesas da América pela independência. 
16) O primeiro movimento de independência vitorioso na América Latina ocorreu na ilha de 
São Domingos, colônia francesa nas Antilhas, atual Haiti. Distintamente do que ocorreria em 
outras regiões das Américas, nessa ilha a revolta assumiu a forma de rebelião de escravos. 
Comentários 
Essa é uma boa questão para recapitularmos as características dos movimentos de libertação 
nacional das colônias espanholas, francesas e britânicas, que estudamos nas Aulas 08 e 11. De 
imediato, podemos ver que o tema da questão são os movimentos de independência na América, 
continente que constituiu o espaço. Portanto, estamos falando de um tempo que vai desde 1776, 
ano de início da guerra de independência dos EUA, até 1898, ano em que Cuba conquistou sua 
autonomia diante da Espanha. Esse período abriga aquelas revoltas e levantes que tinham o 
objetivo expresso de se libertar das metrópoles, mas devemos lembrar que resistência sempre 
houve em todos os territórios coloniais. Dito isto, a virada do século XVIII para o XIX foi um 
momento que em que muitas transformações econômicas, políticas, sociais e culturais aconteciam 
por todos os lugares, inclusive na Europa. As ideias iluministas, a revolução industrial, a Revolução 
Francesa, a expansão napoleônica e as revoltas liberais e nacionalistas causaram grande impacto 
no mundo todo, influenciando até mesmo os habitantes das colônias americanas. A esses fatores 
se somavam as tensões sociais próprias de cada região. Estou falando das rivalidades entre as 
classes sociais que compunham cada colônia. No caso das possessões espanholas, a sociedade 
era dividida em chapetones (naturais da Espanha), criollos (naturais da colônia), povos originários 
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e escravizados. No caso da colônia portuguesa (Brasil), havia os senhores de escravos, os cativos 
e uma camada de trabalhadores livres e pequenos proprietários/comerciantes, quadro semelhante 
às colônias britânicas e francesas. As regras de segregação racial e de miscigenação também 
variavam. Contudo, em todas elas, era nítido que uma porção bem pequena da sociedade 
(grandes proprietários escravocratas, em geral brancos europeus) ficava com todo o lucro e 
privilégios oriundos desse sistema, enquanto a grande massa pobre, escravizada, negra e indígena 
era obrigada a viver e trabalhar em condições extremamente precária. Ao mesmo tempo, as elites 
coloniais iam percebendo que seus interesses específicos nem sempre eram os mesmos das 
autoridades metropolitanas, o que foi alimentando um sentimento separatista em muitos locais. 
Podemos inferir que existia conflito de interesses entre metrópole e elite colonial, uma vez que 
esta só poderia obter a liberdade econômica caso rompesse o pacto colonial. Por outro lado, os 
povos originários e os africanos escravizados também não queriam mais a exploração colonial que 
era exercida tanto pelos europeus quanto por seus descendentes naturais das colônias. Sabendo 
desse contexto, vamos avaliar cada uma das alternativas: 
01) Errada. O movimento de independência dos EUA foi influenciado por ideias e práticas 
liberais, que eram contrárias ao mercantilismo. Além disso, a extração de metais preciosos 
não fazia parte do rol de atividades econômicas na América do Norte, mas sim na América 
do Sul, nas colônias espanholas e portuguesa. 
02) Certa! Os acontecimentos na Europa tiveram grande influência nos desdobramentos dos 
movimentos separatistas nas colônias americanas. Como disse no comentário, as ideias 
iluministas já circulavam entre os dois continentes, sobretudo na América Espanhola onde 
havia universidades e imprensa atuante. Contudo, definidor mesmo foi a expansão 
napoleônica iniciada em 1804 quando Napoleão Bonaparte foi coroado Imperador da 
França. Eles pretendiam expandir os territórios franceses na Europa por meio de guerras e 
da propagação das ideias liberais, mas também queria impor o monopólio francês sobre o 
comércio no continente. Ao não conseguir derrotar a Inglaterra no mar, para invadi-la e 
tirar da jogada seu principal rival na exportação de produtos industrializados, Napoleão 
decretou o Bloqueio Continental, em 1806. Com isso, todos os países europeus estavam 
proibidos de comercializar com os ingleses sob pena de serem invadidos e conquistados 
pela França. Os que mais se opuseram foram Rússia e Portugal. Os franceses fracassaram 
em invadir a Rússia. Por outro lado, entre 1807 e 1808, Bonaparte decidiu invadir Portugal 
e conseguiu permissão da Espanha para cruzar seu território por terra para lá chegar. A 
Corte portuguesa conseguiu fugir e as tropas francesas conquistaram Portugal, mas não 
suas colônias. Quando voltavam para França, ao passar pelo território espanhol novamente, 
os franceses derrubaram o rei da Espanha e o irmão de Napoleão assumiu seu lugar. Com 
isso, o domínio colonial se enfraqueceu dando a oportunidade que os separatistas das 
colônias precisavam e uma série de movimentos por independência teve início. 
04) Certa! A Doutrina Monroe tinha natureza política e foi elaborada pelo Presidente James 
Monroe. Ele declarava a neutralidade dos EUA em relação aos conflitos e disputas entre as 
potências europeias – lembremos que este é o momento da restauração do Antigo Regime 
da Europa, após a derrota de Napoleão Bonaparte. Porém, queria dizer também que os 
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EUA não aceitariam qualquer interferência dos europeus nos seus assuntos internos. Mais 
que isso, os norte-americanos declaravam também seu apoio às independências das demais 
colônias americanas e deixavam implícito que não permitiriam que os europeus 
continuassem a explora-las, o que apenas eles passariam a fazer. 
08) Errada. American First refere-se a uma política externa nos Estados Unidos que enfatiza o 
nacionalismo americano, o nacionalismo econômico e o unilateralismo, na rejeição de 
políticas internacionalistas. Na eclosão da Primeira Guerra Mundial, o presidente Woodrow 
Wilson usou o lema para definir sua versão de neutralidade. Portanto, é um lema criado 
muito tempo depois do movimento de independência dos EUA. 
16) Certa! O movimento de independência dessa colônia se destaca entre tantas outras naquela 
região, pois sofreu diretamente a influência da Revolução Francesa. Quando esta foi 
deflagrada o controle colonial enfraqueceu. Na metrópole não havia a menor condição de 
pensar em combater o levante dos escravos. Além disso, em 1793, com a ascensão dos 
jacobinos ao poder, houve o fim oficial da escravidão nas colônias francesas. Quando a 
rebelião estava em andamento, com a libertação dos escravos, a Inglaterra e Espanha – 
inimigas da França – tentaram invadir São Domingos. Foi aí que L’Ouverture liderou uma 
guerra contra a invasão! Em 1801, Toussaint Louverture convocou uma Assembleia que o 
nomeou governador vitalício de uma República que seria parte da França – algo como um 
reino unido, mas independente. Contudo, e apesar das medidas jacobinas, os proprietários 
de terra e os militares franceses mantiveram-se em luta contra os negros rebelados. Em 
1802, durante o Governo de Bonaparte – e com a escravidão restaurada – L’Ouverture foi 
preso e levado para França, onde foi morto. É nesse momento que Dessalines assume a 
liderança da Revolução Haitiana. Foi uma fase de guerra extremamente violenta. Porém, os 
haitianos conseguiram expulsar os franceses e suas tropas recolonizadoras. Em 1804, 
Dessalines proclamou a Independência do Haiti – nome que a Ilha recebeu naquele 
momento – significa “terra alta”. Foi a primeira nação latino-americana a declarar a 
Independência. Aliás, foi a primeira revolução de escravos a ser bem-sucedida, por isso, 
tem um caráter profundamente popular! Por isso também inspirou medo e terror nas 
mentes e corações dos proprietários de escravizados por toda a América que passaram a 
se preocupar que o evento se repetisse em suas terras. Logo eles começaram a chamar de 
“haitianismo” qualquer indício de comportamentos suspeitos por parte dos cativos e dos 
negros em geral que lhes parecesse sinal de que uma revolta estava sendo organizada. 
Gabarito: 02 +04 + 16 = 22 
 (UEM 2016) 
No século XIX, a maioria dos países da América Latina conseguiu a independência dos 
impérios coloniais europeus. Sobre esse processo, é correto afirmar que: 
01) A primeira colônia a se tornar independente na América, depois das colônias inglesas, foi 
o Haiti, o que se constituiu em um caso raro, já que o movimento de independência foi 
conduzido por descendentes de escravos africanos. 
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02) Simon Bolívar (venezuelano) e José de San Martín (argentino) desempenharam 
importante papel na luta pela independência das colônias espanholas sul-americanas. 04) A 
Argentina teve a sua independência declarada em 1816, no congresso de Tucumã, e passou 
a se chamar República das Províncias Unidas do Rio da Prata, nome posteriormente 
modificado para República Argentina. 
08) O Paraguai, por estar em guerra contra o Brasil, a Argentina e o Uruguai, só conseguiu a 
sua independência no início do século XX, quando o general Alfredo Stroessner deu um 
golpe de Estado, em 1902. 
16) Na maioria dos países latino-americanos, a independência teve caráter meramente 
político, pois permaneceu a antiga estrutura colonial baseada na produção agrícola paraexportação, na monocultura e na importação de produtos manufaturados. 
Comentários: 
A questão aborda diversos momentos dos processos de Independência da América Latina. Dessa 
forma, vamos analisar cada proposição individualmente e debater os tópicos apresentados: 
1. Correta. Conforme vimos na aula, o Haiti era uma colônia da França, por isso, sentiu diretamente 
os efeitos da Revolução Francesa, no final do século XVIII. A população Haitiana era 
majoritariamente escrava (alguns historiadores afirmam era composta de 90% de escravos e o 
resto de administradores coloniais brancos). 
Em 1791, em meio a Revolução Francesa, iniciou-se uma rebelião de escravos sob o comando de 
Toussaint Louverture e, em seguida por, Jean-Jacques Dessalines. Na metrópole não havia a 
menor condição de pensar em combater a Revolução dos escravos. Além disso, em 1793, com a 
ascensão dos jacobinos ao poder houve o fim da escravidão nas colônias francesas. 
Quando a rebelião estava em andamento, com a libertação dos escravos, a Inglaterra e Espanha 
– inimigas da França – tentaram invadir o Haiti. Foi aí que Louverture liderou uma guerra contra a 
invasão. 
Em 1802, durante o Governo de Bonaparte – e com a escravidão restaurada – Louverture foi preso 
e levado para França, onde foi morto. 
É nesse momento que Dessalines assume a liderança da Revolução Haitiana e os haitianos 
conseguiram finalmente expulsar os franceses e suas tropas recolonizadoras. Em 1804, Dessalines 
proclamou a Independência do Haiti – nome que a Ilha recebeu naquele momento – significa 
“terra alta”. Foi a primeira nação latino-americana a declarar a Independência. 
2. Correta. San Martín foi um general argentino que obteve sucesso no seu esforço para a 
independência da Espanha, tendo participado ativamente dos processos de emancipação da 
Argentina, do Chile e do Peru. Simon Bolívar, por sua vez, foi um militar e líder político 
venezuelano que, durante seu curto tempo de vida, liderou a Bolívia, a Colômbia, Equador, 
Panamá, Peru e Venezuela à independência. 
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4. Incorreta. O erro dessa proposição é em relação ao nome da Argentina. Apenas em 1825 que 
ela passou a se chamar Províncias Unidas do Rio da Prata e não no processo de independência, 
como é afirmado. 
8. Os paraguaios proclamaram sua independência em 14 de maio de 1811. 
16. Correta. Relembro a seguir o trecho da aula que chegamos a essa conclusão: 
“No geral, os processos de independência marcaram o rompimento da América espanhola com a 
Metrópole, sendo que o território ficou fragmentado em diversas repúblicas organizadas em 
sistemas federativos. 
A camada social que conseguiu sair por cima das lutas por independência foi a dos criollos e a 
desigualdade social se manteve tal como antes das declarações de emancipação.” 
Gabarito: 19 
 (PISM 2018) 
No processo de Independência e ao longo do século XIX muitas nações latino-americanas 
foram marcadas pelo fenômeno político conhecido como Caudilhismo. 
Documento 1 
 
Cartaz com a imagem do argentino Juan Manuel de Rosas, considerado um dos grandes 
caudilhos do século XIX. Fonte: https://goo.gl/1xWbZP 
Documento 2 
"Na América Latina o termo caudilho ainda continua a ser usado, como o de cacique, para 
designar chefes de partido local ou de aldeia, com características demagógicas. 
Presentemente, parte dos estudiosos da ciência política creem que o Caudilhismo é 
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particularmente significativo para a compreensão da gênese do militarismo na América 
Latina." 
Adaptado de BOBBIO, Norberto. Dicionário de Política, Brasília: Editora UnB, 2000. 
Com base nestas informações e em seus conhecimentos, assinale a alternativa CORRETA: 
a) O caudilhismo foi um fenômeno político típico dos países europeus, e que foi exportado 
para o Brasil e demais países americanos. 
b) Os caudilhos se opunham ao poder do Exército e da Igreja e defendiam a centralização 
em oposição ao federalismo. 
c) Pode-se afirmar que o caudilhismo foi um fenômeno tipicamente urbano, ligado ao 
processo de expansão da industrialização. 
d) Os caudilhos foram fundamentais para o estabelecimento das democracias que 
caracterizaram os países americanos desde o século XIX. 
e) O caudilhismo tem vinculação com as elites locais, e é um poder baseado no carisma do 
líder (o caudilho), no uso da força e no apoio dos proprietários de terra. 
Comentários 
No enunciado podemos identificar facilmente o tempo, o espaço e o tema que são abordados. 
Tratam-se das consequências políticas dos movimentos de independência da América espanhola, 
durante o século XIX. A virada do século XVIII para o XIX foi um momento em que muitas 
transformações econômicas, políticas, sociais e culturais aconteciam por todos os lugares. As 
ideias iluministas, a revolução industrial, a Revolução Francesa, a expansão napoleônica e as 
revoltas liberais e nacionalistas causaram grande impacto no mundo todo, influenciando até 
mesmo os habitantes das colônias americanas. A esses fatores se somavam as tensões sociais 
próprias de cada região. Estou falando das rivalidades entre as classes sociais que compunham 
cada colônia. No caso das possessões espanholas, a sociedade era dividida em chapetones 
(naturais da Espanha), criollos (naturais da colônia), povos originários e escravizados. As elites 
coloniais iam percebendo que seus interesses específicos nem sempre eram os mesmos das 
autoridades metropolitanas, o que foi alimentando um sentimento separatista em muitos locais. 
Podemos inferir que existia conflito de interesses entre metrópole e elite colonial, uma vez que 
esta só poderia obter a liberdade econômica caso rompesse o pacto colonial. Por outro lado, os 
povos originários e os africanos escravizados também não queriam mais a exploração colonial que 
era exercida tanto pelos europeus quanto por seus descendentes naturais das colônias. Assim, 
houve diferentes arranjos das forças sociais e políticas em cada região, ora com mais participação 
popular, ora com a liderança das elites coloniais mais marcante. 
Todavia, essas elites não necessariamente concordavam entre si sobre o projeto de 
sociedade que deveria ser levado adiante após a conquista da independência. Alguns, como 
Simon Bolívar sonhavam com a união de todas as ex-colônias em uma República Confederada. 
Porém, a elite criolla não era um grupo homogêneo e se diferenciava em interesses e ideias 
políticas. Por isso, preferia garantir a manutenção de seu poder local. Dessa forma, criollos 
acumulavam enorme poder local, como poder político, administrativo, militar e judiciário, 
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especialmente porque, mantinham seus exércitos operando após a conclusão da independência 
política. As estruturas republicanas existiam, mas a influência desses criollos, agora chamados de 
caudillos, era enorme – o que lhes permitia controlar a exploração da mão de obra local. 
Caudilhismo é o nome que damos a esse fenômeno político, o qual gera uma situação de 
descentralização do poder. Considerando esse contexto e o que foi apresentado pelos 
documentos expostos no enunciado, vejamos: 
a) Incorreta. Como está bem evidente, o caudilhismo é um fenômeno latino-americano, 
não europeu. 
b) Incorreta. Uma das bases do poder de um caudilho era sua força militar, por isso 
mantinha laços estreitos com o Exército. A religião também desempenhava papel 
importante na dominação cultural dos seus dependentes e subordinados. Por outro 
lado, o caudilhismo era em essencial contrárioa centralização do poder num governo 
nacional, isso fica evidente no documento 1 do enunciado. Federalismo é um tipo de 
Estado e está relacionado a autonomia das províncias, estados ou regiões que compõe 
um país. Qual o poder das diversas regiões para se autogovernarem? Na prática, foi a 
discussão de quanto poder cada uma delas teriam para exercer as políticas locais. Na 
forma política isso é representado pelo embate entre centralização e descentralização 
do poder político e administrativo. Ou seja, a formação de um Estado Unitário 
(centralização) ou de um Estado Federalista (descentralização). Por isso, podemos 
considerar os caudilhos mais relacionáveis com esse tipo de projeto, visto sua 
preferência pela autonomia local em detrimento do poder central. 
c) Incorreta. O caudilhismo era um fenômeno político tanto urbano quanto rural na 
América hispânica. Lembre-se a maior parte desse território era rural e dedicada à 
exportação de gêneros agrícolas. 
d) Incorreta. Os caudilhos do século XIX, assim como os atuais, eram muito pouco 
democráticos. Como disse acima, eles preferiam fortalecer seu poder local e, 
nacionalmente, aderiam a projetos federalistas e repúblicas representativas. De 
preferência com voto censitário. 
e) Correta! O caudilhismo é um tipo de poder personalista, ou seja, depende do contato 
pessoal tanto com os subordinados para submetê-los quanto nas alianças com outros 
caudilhos. Por isso, o carisma pessoal, a força de seus exércitos particulares e o apoio 
dos proprietários de terra (outros caudilhos) era importante para sua dominação 
funcionar. 
Gabarito: E 
 (PUC-SP 2018) 
O Haiti tornou-se independente da França em 1804, e o Brasil emancipou-se de Portugal em 
1822. Comparando os dois processos de independência, é CORRETO afirmar que: 
a) os dois movimentos foram inspirados por ideias iluministas e liderados pelas camadas 
médias urbanas, resultando na libertação dos escravos. 
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b) no Haiti, os líderes do movimento foram os latifundiários criollos que mantiveram a 
escravidão, enquanto, no Brasil, a independência foi proclamada pela elite escravocrata e 
cafeeira. 
c) no Brasil, a independência foi proclamada pelo príncipe regente apoiado pela elite 
escravista e, no Haiti, uma revolta de escravos e afrodescendentes livres provocou a abolição 
da escravatura. 
d) foram movimentos apoiados militarmente pelos EUA e terminaram por implementar 
monarquias que mantiveram a estrutura fundiária e a escravidão. 
Comentários 
Esta é uma boa questão para compararmos processos bem diferentes de independência colonial. 
No caso do Haiti, ou a Ilha de Saint-Domingues, devemos lembrar que era uma colônia da França, 
por isso, sentiu diretamente os efeitos da Revolução Francesa, no final do século XVIII. Como eu 
expliquei na parte teórica, o Haiti era uma colônia produtora de café e cacau, desenvolvida em 
grandes propriedades e com mão de obra escrava negra voltada para exportação. Alguns 
historiadores afirmam que a população era composta de 90% de escravos e o resto de 
administradores coloniais brancos. Em 1791, em meio a Revolução Francesa, iniciou-se uma 
rebelião de escravos sob o comando de Toussaint Louverture e, em seguida por, Jean-Jacques 
Dessalines. Ou seja, no Haiti, o movimento de independência teve um caráter popular, liderado 
por ex-escravos, fato que levou a abolição da escravidão na Ilha. Veja que a A, B e a D já estão 
erradas. 
No Brasil, por sua vez, o movimento de independência foi elitista e liderado pelo Príncipe Regente 
D. Pedro I. 
Gabarito: C 
 (PUC SP 2018) 
Em 1822, a América espanhola, de independência conquistada em oposição a uma 
metrópole e suas Cortes em muitos aspectos tidas por opressoras, agora plenamente 
reconhecida por uma potência de primeira grandeza como eram os Estados Unidos, 
ofereceria um modelo para a independência do Brasil.” 
João Paulo Pimenta. A independência do Brasil e a experiência hispano-americana (1808-
1822). São Paulo: Hucitec, 2015, p. 448. 
O caráter exemplar que a independência da América espanhola representou, segundo o 
texto, para aqueles que lutavam pela independência do Brasil pode ser identificado, por 
exemplo, na: 
a) capacidade de manter a coesão territorial da antiga colônia, que acabou por gerar uma 
única e poderosa nação. 
b) subserviência imediata aos interesses comerciais e políticos norte-americanos, que 
rapidamente se impuseram sobre toda a América. 
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c) disposição de defender princípios emancipacionistas e enfrentar militar e politicamente 
as forças da metrópole. 
 d) possibilidade de estabelecer laços comerciais imediatos e lucrativos com as 
antigas colônias portuguesas do litoral africano. 
Comentários 
A alternativa A está errada porque a afirmação de “coesão territorial” não condiz com aquilo que 
expliquei sobre a característica da fragmentação da América espanhola. Basta lembrar, também, 
de que dois líderes oriundos de diferentes regiões – Simón Bolivar e José de San Martín. A letra 
B também está errada porque os EUA serviram como exemplo de inspiração e como influência na 
independência da América Latina. 
A C é o nosso gabarito. 
A D é também está errada. A luta pela independência das colônias portuguesas na África ocorreu 
apenas no século XX, como a emancipação de Angola (década de 1960). 
Gabarito: C 
 (PUC RJ 2017) 
 Sobre a revolução de independência do Haiti, em 1804, e suas repercussões, assinale a 
alternativa incorreta: 
a) O movimento vitorioso em 1804 resultou na única revolta de escravos bem-sucedida da 
História − até então uma inédita conquista nas Américas − e no estabelecimento de um 
Estado independente no Haiti. 
b) Apesar de o Haiti ser a mais importante colônia francesa da época, a França manteve-se 
afastada do processo de independência, iniciado em 1791, por estar mergulhada no 
movimento revolucionário em seu território com repercussões na Europa. 
c) A base da economia haitiana era o açúcar, mas também eram produzidos café, algodão e 
índigo; e essa estrutura econômica era sustentada pelo trabalho de escravos que 
movimentavam um dos maiores mercados para o tráfico negreiro europeu. 
d) O movimento, que começou como uma revolta de escravos, se converteu em uma guerra 
civil – de mulatos contra brancos e de plantadores contra as autoridades metropolitanas – e 
em uma guerra internacional com a participação de Espanha, Inglaterra e França. 
e) Os proprietários de escravos de todo o mundo atlântico − dos Estados Unidos, do Caribe, 
da América espanhola e do Brasil − sentiram-se profundamente ameaçados e amedrontados, 
receosos de que o exemplo haitiano fosse seguido. 
Comentários 
A questão tem como tema o processo de independência do Haiti. Conforme estudamos na aula, 
por se tratar de uma colônia francesa, o Haiti sentiu diretamente os efeitos da Revolução Francesa, 
no final do século XVIII. A seguir, relembro o trecho da aula em que estudamos o desenrolar desse 
processo: 
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 “Era uma colônia produtora de café e cacau, desenvolvida em grandes propriedades e 
com mão de obra escrava negra voltada para exportação. Alguns historiadores afirmam que a 
população era composta de 90% de escravos e o resto de administradores coloniais brancos. 
Em 1791, em meio a Revolução Francesa, iniciou-se uma rebelião de escravos sob o comando de 
Toussaint Louverture e, em seguida por, Jean-Jacques Dessalines. Na metrópole não havia a 
menor condição de pensarem combater a Revolução dos escravos. Além disso, em 1793, com a 
ascensão dos jacobinos ao poder houve o fim da escravidão nas colônias francesas. 
Quando a rebelião estava em andamento, com a libertação dos escravos, a Inglaterra e Espanha 
– inimigas da França – tentaram invadir o Haiti. Foi aí que Louverture liderou uma guerra contra a 
invasão! 
Em 1801, Toussaint Louverture convocou uma Assembleia que o nomeou governador vitalício de 
uma República que seria parte da França – algo como um reino unido, mas independente. 
Contudo, e apesar das medidas jacobinas, os proprietários de terra e os militares franceses 
mantiveram-se em luta contra os negros rebelados. Em 1802, durante o Governo de Bonaparte – 
e com a escravidão restaurada – Louverture foi preso e levado para França, onde foi morto. 
É nesse momento que Dessalines assume a liderança da Revolução Haitiana. Foi uma fase de 
guerra extremamente violenta. Porém, os haitianos conseguiram expulsar os franceses e suas 
tropas recolonizadoras. Em 1804, Dessalines proclamou a Independência do Haiti.” 
Tendo isso em mente, vamos para as alternativas (lembrando que a questão pede a INCORRETA): 
a) Correta. A emancipação do Haiti decorreu de uma rebelião de escravos, a única bem sucedida 
da História até então. 
b) Incorreta. A França, mesmo mergulhada no movimento revolucionário iniciado em 
1789, esteve diretamente envolvida nos acontecimentos que levaram à independência do 
Haiti, sua colônia antilhana mais importante na época. 
c) Correta, conforme discutimos anteriormente. 
d) Correta. O processo de independência do Haiti teve início com uma revolta de escravos e em 
seu desenrolar acumulou uma série de conflitos e nações envolvidas. 
e) Correta. Todos os proprietários de escravo no atlântico ficaram receosos com essa revolta pois 
viram o poder que os escravizados tinham e viram na rebelião uma possibilidade de inspiração. 
Gabarito: B 
 (PUC-SP 2015) 4000112784 
O caudilhismo foi um fenômeno político presente em parte da América Hispânica, no 
decorrer do século XIX. É possível relacioná-lo com 
a) os projetos federalistas, atuantes nas lutas de formação e consolidação dos Estados 
nacionais. 
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b) a defesa das tradições indígenas locais, contra a dominação cultural europeia e norte-
americana. 
c) a proposta de unidade americana, formulada durante as lutas de independência. 
d) a expansão dos interesses imperialistas norte-americanos nas áreas de colonização ibérica 
do continente. 
e) os anseios de democratização dos Estados nacionais, a partir da adoção de política 
econômica liberal. 
Comentários 
Aqui temos uma questão direta e objetiva. Em seu curto enunciado podemos identificar 
facilmente o tempo, o espaço e o tema que são abordados. Trata-se de consequências 
políticas dos movimentos de independência da América espanhola, durante o século XIX. A 
virada do século XVIII para o XIX foi um momento em que muitas transformações 
econômicas, políticas, sociais e culturais aconteciam por todos os lugares. As ideias 
iluministas, a revolução industrial, a Revolução Francesa, a expansão napoleônica e as 
revoltas liberais e nacionalistas causaram grande impacto no mundo todo, influenciando até 
mesmo os habitantes das colônias americanas. A esses fatores se somavam as tensões sociais 
próprias de cada região. Estou falando das rivalidades entre as classes sociais que 
compunham cada colônia. No caso das possessões espanholas, a sociedade era dividida em 
chapetones (naturais da Espanha), criollos (naturais da colônia), povos originários e 
escravizados. As elites coloniais iam percebendo que seus interesses específicos nem sempre 
eram os mesmos das autoridades metropolitanas, o que foi alimentando um sentimento 
separatista em muitos locais. Podemos inferir, por um lado, que existia conflito de interesses 
entre metrópole e elite colonial, uma vez que esta só poderia obter a liberdade econômica 
caso rompesse o pacto colonial. Por outro lado, os povos originários e os africanos 
escravizados também não queriam mais a exploração colonial que era exercida tanto pelos 
europeus quanto por seus descendentes naturais das colônias. Assim, houve diferentes 
arranjos das forças sociais e políticas em cada região, ora com mais participação popular, ora 
com a liderança das elites coloniais mais marcante. 
Todavia, essas elites não necessariamente concordavam entre si sobre o projeto de 
sociedade que deveria ser levado adiante após a conquista da independência. Alguns, como 
Simon Bolívar sonhavam com a união de todas as ex-colônias em uma República 
Confederada. Porém, a elite criolla não era um grupo homogêneo e se diferenciava em 
interesses e ideias políticas. Por isso, preferia garantir a manutenção de seu poder local. 
Dessa forma, criollos acumulavam enorme poder local, como poder político, administrativo, 
militar e judiciário, especialmente porque, mantinham seus exércitos operando após a 
conclusão da independência política. As estruturas republicanas existiam, mas a influência 
desses criollos, agora chamados de caudillos, era enorme – o que lhes permitia controlar a 
exploração da mão de obra local. Caudilhismo é o nome que damos a esse fenômeno 
político, o qual gera uma situação de descentralização do poder. Com isso em mente, 
vejamos com o que podemos relacionar o caudilhismo: 
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a) Correto! Federalismo é um sistema de organização do Estado e está relacionado à 
autonomia das províncias, estados ou regiões que compõem um país. Qual o poder das 
diversas regiões para se autogovernarem? Na prática, foi a discussão de quanto poder cada 
uma delas teriam para exercer as políticas locais. Na forma política isso é representado pelo 
embate entre centralização e descentralização do poder político e administrativo. Ou seja, a 
formação de um Estado Unitário (centralização) ou de um Estado Federalista 
(descentralização). Por isso, podemos considerar os caudilhos mais relacionáveis com esse 
tipo de projeto, visto sua preferência pela autonomia local em detrimento do poder central. 
b) Incorreto, pois era possível alguns caudilhos estivessem mais ou menos associados a 
comunidades indígenas. Contudo, a maioria deles era de origem criolla, descendentes de 
espanhóis e pretendiam dar continuidade a estrutura social e a imposição da cultura europeia 
de forma autoritária. 
c) Incorreto. Como falei no comentário, o caudilhismo foi um fenômeno político contrário à 
proposta de unificação das ex-colônias, mesmo sob uma federação de repúblicas. A 
preferência pelo poder local e autoritário prevaleceu, mesmo com a instalação de instituições 
republicanas. 
d) Incorreto. O desenvolvimento dos caudilhos enquanto fenômeno político estava mais 
ligado aos arranjos políticos e sociais internos das colônias hispânicas do que à influência 
externa. 
e) Incorreto. Não havia intenção por parte dos caudilhos em democratizar o Estado nacional. 
Era de seu interesse que apenas as elites tivessem acesso às instituições de poder para 
facilitar sua manipulação a nível local. Além disso, a liberdade econômica tão almejada por 
eles se resumia a somente seus negócios não terem mais que lidar com a burocracia 
metropolitana e as taxas alfandegárias decorrentes disso. Não se trata de ampliar a liberdade 
econômica de seus trabalhadores, por exemplo. Por isso, as estruturas sociais e as 
desigualdades continuaram praticamente inalteradas após as independências. 
Gabarito: A 
 (PUC SP 2010) 
“A independência se fez em nome dos ideais liberais, justificando os interesses dos setores 
dominantes criollos que mantiveram a direção política do processo na América Espanhola.Caíam os monopólios reais, abriam-se as linhas de comércio, a economia devia se reger sem 
a intervenção da antiga metrópole.” 
PRADO, Maria Lígia. A formação das nações latino-americanas. São Paulo: Atual, 1985. p. 
16. 
O texto menciona os resultados mais notáveis dos processos de independência política na 
América Hispânica. Sobre eles, é possível dizer que, no pós-independência, 
a) o predomínio das elites urbanas ligadas ao comércio restringiu a expansão da agricultura, 
provocando declínio rápido da produção rural. 
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b) a falta de regimes fortes nos novos Estados facilitou, sobretudo na América do Sul, a 
penetração imediata de capital norte-americano. 
c) o fim do trabalho escravo e a abolição de quaisquer tributos sobre comunidades 
indígenas provocaram queda abrupta na extração de minérios. 
d) a hegemonia política e econômica das elites comerciais e agrárias sobre os novos Estados 
impediu a realização de transformações sociais profundas. 
e) o interesse inglês na abertura dos mercados hispano-americanos gerou rápida unificação 
política e implantação do regime monárquico. 
Comentários: 
A questão aborda a situação dos países da América Hispânica após o processo de independência. 
Conforme estudamos, após o rompimento da América espanhola com a Metrópole, o território 
ficou fragmentado em diversas repúblicas organizadas em sistemas federativos. A camada social 
que conseguiu sair por cima das lutas por independência foi a dos criollos e a desigualdade social 
se manteve tal como antes das declarações de emancipação. 
Tendo isso em mente, sabemos que a alternativa correta é letra d) 
Gabarito: D 
 (FGV-SP 2021) 
As independências das colônias da América Ibérica tiveram aspectos semelhantes e 
particularidades locais. 
Entre as semelhanças mais relevantes, pode-se citar 
a) a ruptura política sem uma revolução comparável nas estruturas sociais do período 
colonial. 
b) a oposição manifesta dos libertadores aos princípios revolucionários da filosofia iluminista. 
c) a ausência de participação de significativos movimentos populares nos processos 
independentistas. 
d) a manutenção dos laços comerciais privilegiados com a economia das antigas metrópoles. 
e) a importância ideológica do projeto futuro de unificação política dos povos americanos. 
 
Comentários 
Esta questão é bem direta e objetiva. No seu breve enunciado podemos identificar facilmente o 
tempo, o espaço e tema que estão sendo abordados. Trata-se do período que vai desde meados 
do século XVIII até o fim do XIX, na América, quando ocorreram diversos movimentos pela 
independência das colônias espanholas e portuguesa. A questão não entra muito em detalhes e 
é possível identificar a alternativa correta apenas com o que aprendemos na Aula 11. Lembra-se 
que na aula eu mencionei que cada região passou por um processo específico envolvendo os 
arranjos sociais e políticos particulares de cada uma? No entanto, sempre devemos nos atentar 
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que havia também uma série de fatores internacionais que contribuíram para criar as circunstâncias 
e oportunidades para que esses movimentos fossem debelados. Eles influenciavam direta ou 
indiretamente todas as colônias, pois estas estavam ligadas às suas metrópoles europeias por laços 
de dominação econômica, política, cultural e social. Olha de novo o quadro que mostrei na aula: 
 
Esses fatores internacionais se combinavam com outros próprios de cada contexto local. Em geral, 
também havia algumas semelhanças gerais entre as colônias, sobretudo as espanholas. A 
sociedade colonial era basicamente dividida em espanhóis (chapetones), criollos (brancos naturais 
da colônia), povos originários (trabalhadores) e escravizados (indígenas ou africanos). Havia dois 
focos de tensão social em qualquer colônia que eram: 1) o conflito de interesses entre chapetones 
e criollos pelo controle das instituições e da economia; 2) o conflito de interesses entre povos 
originários e escravizados, de um lado, e, de outro, a elites que exploravam seu trabalho 
(chapetones e criollos). Sabendo disso, vamos avaliar as alternativas: 
a) Correta! Em muitos lugares a insatisfação dos indígenas e africanos se confundia com a das 
elites criollas, pois ambos encontravam nos chapetones um inimigo comum. Nesses casos, 
os movimentos populares desempenhavam grande papel na luta pela independência. 
Todavia, uma vez conquistada a liberdade nacional, o que se verificou de fato foi que as 
estruturas sociais coloniais não foram alteradas significativamente. Após a independência, 
o regime político mudou formando uma variedade de repúblicas autônomas. Porém, a 
maioria da população continuou sendo pobre e trabalhando em condições precárias para 
o lucro e benefício de uma elite minoritária. Os mais explorados continuaram sendo os 
indígenas e africanos, enquanto os mais ricos eram majoritariamente brancos apesar de 
serem minoria na população geral. A igualdade iluminista tão propagandeada se resumiu a 
igualdade jurídica, isto é, todos os cidadãos eram iguais perante a lei. Contudo, para viver 
bem, trabalhar em condições dignas, participar da política institucional, para tudo isso 
continuou havendo uma série de obstáculos formais, burocráticos e econômicos que 
impediam a massa trabalhadora de colher os benefícios da independência. 
b) Incorreta. As ideias iluministas tiveram grande respaldo nas colônias ibéricas, em quase 
todas as camadas sociais. Entretanto, as elites coloniais foram os que mais aderiram a tais 
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ideias, sobretudo o que dizia respeito ao liberalismo, ao direito de autodeterminação dos 
povos, a igualdade jurídica e a autonomia política. 
c) Incorreta. Em muitos locais houve participação de movimentos populares em várias 
tentativas bem e mal sucedidas de conquistar a independência. Tupac Amaru II, no Peru; o 
exército de africanos que acompanhou San Martín na sua expedição contra as tropas 
espanholas em Lima; a rebelião popular dos Padres Miguel Hidalgo e José Maria Morelos, 
no México; entre outras. 
d) Incorreta. O monopólio das antigas metrópoles foi completamente quebrado, resultando 
na perda de privilégios fiscais e tributários que os produtos dessas nações fosse mantido 
nas suas antigas coloniais. 
e) Incorreta. Nem todos os movimentos e lideranças das independências latino americanas 
desejam a união de todas as ex-colônias. Na verdade, a maioria preferiu garantir a 
manutenção de seu poder local. Por exemplo, os criollos que lideraram alguns desses 
movimentos acumulavam enorme poder político, administrativo, militar e judiciário, 
especialmente porque mantinham seus exércitos operando após a conclusão da 
independência política. Isso deu origem ao caudilhismo. Entre os poucos que defendiam 
um projeto pan-americanista podemos citar Simon Bolívar, criollo venezuelano que liderou 
as lutas de libertação nacional na Venezuela, Colômbia, Equador e Bolívia. Ele conseguiu 
materializar brevemente seu sonho por meio da criação da Grã-Colômbia, uma república 
confederada composta pelos territórios do Panamá e dos países citados, com exceção da 
Bolívia. Essa grande nação existiu entre 1819 e 1831. 
Gabarito: A 
 (FGV-RJ 2017) 
Sobre o México e o seu processo de emancipação política é correto afirmar: 
a) Foi iniciado em 1810, com forte caráter popular, e concluído em 1821, como um 
movimento de elite. 
b) Foi o único movimento de independência política comandado por escravos, libertos e 
mestiços. 
c) Foiinspirado no princípio de unidade latino-americana defendido por Símon Bolívar. 
d) Serviu de referência para os demais movimentos emancipatórios americanos pelo seu 
republicanismo. 
e) Foi marcado pela ausência de conflitos armados, ao contrário dos demais movimentos 
americanos. 
Comentários 
Logo de cara já dá pra saber que o tempo é a primeira metade do século XIX, o espaço é o México 
e o tema seu processo de independência. É importante lembrar algumas coisas básicas sobre esse 
contexto. Entre fim do século XVIII e início do XIX, diversas transformações repercutiram tanto nas 
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metrópoles europeias quanto nas colônias americanas. As ideias iluministas, a revolução industrial, 
a Revolução Francesa, a expansão napoleônica e as revoltas liberais e nacionalistas causaram 
grande impacto no mundo todo. As colônias espanholas tinham suas próprias tensões sociais e 
políticas. A sociedade era dividida em chapetones (espanhóis), criollos (brancos nascidos na 
colônia), trabalhadores (povos originários) e escravizados (indígenas e africanos). Isso gerava dois 
focos de tensão: 1) o conflito de interesses entre chapetones e criollos pelo controle das 
instituições e da economia; 2) o conflito de interesses entre povos originários e escravizados, de 
um lado, e, de outro, a elites que exploravam seu trabalho (chapetones e criollos). Entretanto, no 
México temos um caso peculiar no quadro das independências das diversas colônias espanholas, 
pois lá esse processo de luta foi protagonizado por movimentos populares contra as autoridades 
metropolitanas (chapetones) e as elites criollas que se aliaram por teme-los. Tendo isso em mente, 
vamos avaliar as alternativas: 
a) Correta! Como disse, o movimento começou pela iniciativa popular liderada pelos padres 
Miguel Hidalgo e José Maria Morelos. O movimento, de cunho religioso, era composto e 
apoiado pela maioria da sociedade mexicana formada por indígenas, mestiços, campesinos 
e povo pobre. Assim, tiveram como reinvindicação, além da emancipação política em 
relação à Espanha, uma demanda social, sobretudo, relacionada à reforma agrária e ao fim 
da escravidão. No entanto, a luta foi árdua. Ao longo do processo, os dois padres acabaram 
presos e executados, em momentos distintos. Em 1821, o Vice-Reinado da Espanha, em 
aliança com setores aristocráticos de chapetones e criollos, findou, de vez, com a república 
instalada pelo movimento de 1810. A ideia era recolonizar o México e instituir igualdade 
entre chapetones e criollos sob a monarquia espanhola. Contudo, em 1822, o general 
criollo Agostín Itúrbide deu um golpe na própria Metrópole e se autoproclamou Imperador 
do México, Augostín I. Todavia, no ano seguinte, ele foi deposto por outro general, 
Guadalupe Victoria, líder do movimento republicano. Assim, em 1824, foi proclamada 
definitivamente a independência do México e a forma de governo foi fixada em República 
Federativa. 
b) Incorreta. Os movimentos liderados por escravos, libertos e mestiços eram vários, mas o 
único bem sucedido a ponto de conquistar a independência e fundar um Estado 
comandado por eles foi o movimento de independência do Haiti. 
c) Incorreta. Os mexicanos não pretendiam fundar uma única nação continental unindo todas 
as ex-colônias. Queriam a independência apenas do território do Vice-Reinado da Nova 
Espanha. 
d) Incorreta. Na verdade, foi a Revolução Americana e a Revolução Francesa que serviram de 
exemplo para os movimentos de independência das colônias ibéricas, por seu 
republicanismo. 
e) Incorreta. Desde o início, a luta armada foi uma das características mais marcantes do 
processo de independência do México. Começou com uma rebelião popular que tomou o 
palácio do Vice-Rei. Em seguida, muitas batalhas entre as tropas libertadoras e as 
metropolitanas resultaram em massacres e execuções públicas. 
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Gabarito: A 
 FGV 2015) 
É a América Latina, as regiões das veias abertas. Desde o descobrimento até nossos dias, 
tudo se transformou em capital estrangeiro e como tal acumula-se até hoje. A causa nacional 
latino-americana é, antes de tudo, uma causa social. 
(Eduardo Galeano, As veias abertas da América Latina, 1978, p. 14 e 281. Adaptado) 
A partir do texto, é correto afirmar que 
a) a luta na América pela ruptura do domínio espanhol manteve o poder econômico dos 
crioIIos, somado ao poder político que preservou a estrutura colonial, inclusive a escravidão, 
e garantiu o livre comércio aos britânicos, enquanto a maioria desapropriada, que lutou pela 
terra, continuou pobre e excluída, submetida à elite, dominante internamente e dominada 
externamente. 
b) o processo de independência da América Latina transformou a estrutura colonial, na 
medida em que a elite crioIIa aboliu a escravidão e promoveu a reforma agrária, diminuindo 
as distâncias sociais, ou seja, elaborou um projeto social próprio, o que afastou os interesses 
britânicos, estimulou os investimentos nacionais e fez o Estado assumir sua própria 
identidade latino-americana. 
c) o movimento de emancipação latino-americano restringiu-se aos aspectos culturais, ou 
seja, não ocorreu a descolonização, pois a estrutura colonial permaneceu, exceção à 
escravidão, obstáculo ao avanço do liberalismo, abolida pelos crioIIos para garantir o 
consumo dos produtos franceses, já que o projeto político dos proprietários estava em 
sintonia com os interesses externos capitalistas. 
d) a ruptura latino-americana com a metrópole espanhola foi revolucionária, na medida em 
que as classes dominantes locais, os crioIIos, perderam o poder que tinham na estrutura 
colonial, graças à luta social dos não-proprietários que promoveram a descolonização e 
implantaram um projeto político identificado com os interesses populares, como o fim da 
escravidão, a reforma agrária e o voto universal. 
e) o movimento de quebra dos laços coloniais ocorreu de forma violenta, no qual a maioria 
não proprietária teve papel decisivo, transformando a luta em uma causa social, destruindo 
a estrutura colonial e construindo um projeto político que atendeu tanto aos interesses dos 
crioIIos como aos dos ingleses, isto é, fornecer produtos para o mercado externo e consumir 
os produtos industrializados. 
Comentários 
Eduardo Galeano (1940-2015) é um escritor uruguaio cuja tese no livro As veias abertas da 
América Latina está vinculada aos problemas sociais causados pelo capital internacional. Agora, 
veja que as alternativas não buscam uma compreensão sobre os problemas mais 
contemporâneos, mas sim aqueles de acordo com o contexto dos processos de independência 
da América espanhola. No livro, Galeano faz uma abordagem desde a conquista espanhola. 
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Porém, você não precisa conhecer o livro, apenas tomar a frase do comando da questão como 
referência e analisar as alternativas. Veja que as alternativas sugerem ou a manutenção da 
estrutura colonial, ou a sua transformação (reforma agrária). Sabemos que a elite criolla que 
liderou o processo emancipacionista não promoveu profundas mudanças estruturais na 
sociedade, na política e na economia. Por isso, a B, a D e a E já pode ser descartada, pois 
afirmam que os não-proprietários de terra conseguiram um espaço anteriormente inexistente, 
fato que não confere. A C está errada porque afirma não ter havida a independência. 
Nosso gabarito é mesmo a letra A. 
Gabarito: A 
 (Unicamp 2016) 
As revoluções de independência na América hispânica foram, ao mesmo tempo,um conflito 
militar, um processo de mudança política e uma rebelião popular. 
(Rafael Rojas, Las repúblicas de aire. Buenos Aires: Taurus, 2010, p. 11.) 
São características dos processos de independência nas ex-colônias espanholas na América: 
a) o descontentamento com o domínio colonial e a agregação de grupos que expressavam 
a heterogeneidade étnica, regional, econômica e cultural do continente. 
b) o caudilhismo, sob a liderança política criolla, e o discurso revolucionário de uma nova 
ordem política, que assegurou profundas transformações econômicas na América. 
c) o uso dos princípios liberais de organização política republicana e a criação imediata de 
exércitos nacionais que lutaram contra as forças espanholas. 
d) a participação de indígenas e camponeses, determinante para a consolidação do processo 
de independência em regiões como o México, e sua ausência nas ações comandadas por 
Bolívar. 
Comentários 
Repare que o comando da questão faz referência direta a um “processo” histórico. Nesse sentido, 
reforço que fatores internacionais e regionais contribuíram para a independência da América 
Espanhola. O fato internacional que desencadeou os processos de independência nas Américas 
espanhola e portuguesa foi a invasão Napoleônica na Península Ibérica, em 1807. 
Contudo, o descontentamento dos colonos com a Metrópole já vinha se apresentando porque os 
diferentes grupos instalados (criollos e povos originários) na América não se identificavam com a 
dominação colonial. Lembro que os chapetones eram os representantes dos interesses da coroa. 
A heterogeneidade dos movimentos de independência pode ser exemplificada com o processo 
peculiar ocorrido no México em que o padre Miguel Hidalgo se uniu à indígenas e mestiços contra 
o domínio dos fazendeiros abastados espanhóis. 
Como essa é uma questão importante, guarde o quadrinho abaixo: 
Gabarito: A 
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 (UFSCAR 2004) 
Bolívar, durante os anos de luta pela independência, deixara escritos cantos de louvor à 
liberdade e prognosticava um porvir que faria da América um exemplo para o mundo. Quinze 
anos depois, morria doente, desiludido e só. Poucos dias antes de sua morte, escreveu uma 
carta (...) em que afirmava que nem mesmo os espanhóis desejariam reconquistar a América, 
tal o caos instalado (...). Nosso destino, dizia ele, era ser governado por pequenos tiranos. 
(Maria Lígia Coelho Prado, América Latina no século XIX.) 
As afirmações de Bolívar 
a) expressam opiniões pessoais de um líder político favorável ao estabelecimento de 
governos anti-imperialistas. 
b) revelam que o peso da herança do colonialismo era maior do que supunham os heróis da 
independência. 
c) foram negadas pela experiência histórica concreta da América Latina ao longo do século 
XIX. 
d) indicam o descontentamento da elite agrária, prejudicada pela adoção de princípios 
liberais. 
e) aplicam-se somente aos países do Caribe, que não conseguiram atingir estabilidade após 
a independência. 
Comentário 
O texto fala da desilusão de Simón Bolivar com os desdobramentos internos após o processo de 
independência da América Latina. Sabemos que ele tinha um ideal de ver a América Unida em 
uma Confederação de Repúblicas, mas os interesses dos criollos locais, agora, caudillos, e as 
disputas militares entre eles prevaleceu. Isso demonstrou o peso que a cultura colonial, seus traços 
marcantes como a desigualdade, o uso abusivo da mão de obra, a concentração de terras e 
riquezas eram elementos estruturais que não se alteraram. São essas observações levantadas por 
Bolivar nos seus escritos do fim da vida. Por isso, não se trata de opinião pessoal anti-imperialista, 
mas de análise de um líder político que viveu ativamente o processo. Como estudaremos, as 
tiranias em forma de coronelismo ou caudilhismo marcaram a vida social e política da América 
Latina no século XIX e XX. As ditaduras em todo o continente também demonstram isso. 
Gabarito: B 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS DAS AULA 
Bem, querido e querida vestibulando chegamos ao final da nossa aula. 
Não existe solução mágica. Apesar disso, existem estratégias que, se utilizadas com afinco 
e dedicação, podem realizar sonhos!! Uma ótima professora, um excelente material e um acertado 
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planejamento individualizado, conforme sua necessidade e suas potencialidades, podem ser o 
diferencial para quem vai enfrentar diferentes provas. 
Lembre-se de que cada questão acertada é como um degrau até a sua sonhada aprovação. 
E nessa jornada eu orientarei você, sempre! 
Utilize o Fórum de Dúvidas. Eu responderei suas perguntas rapidinho! E 
não se esqueça de que não existe dúvida boba. Quanto mais você pergunta, mais 
conversamos e mais você sintetiza o conteúdo, certo! 
Também me procure nas redes sociais. Lá tem dicas preciosas para te 
ajudar na sua preparação. 
Um grande abraço estratégico, Alê 
 
 
 
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