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PTR02 – Estandartes da Reforma – Prof. Augustus Nicodemus 
 
Pós-Graduação - Faculdade Sudoeste / FASU - Instituto Reformado de São Paulo 
 
Sola Scriptura 
1) Na aula anterior vimos o declínio espiritual, doutrinário e moral da igreja na 
idade média 
a. Vimos como gradativamente ela se desviou do simples Evangelho 
b. Examinamos algumas de suas doutrinas e práticas errôneas 
c. Vimos muito brevemente a Reforma protestante e seus objetivos 
d. Vimos que o pensamento da Reforma pode inicialmente ser 
resumido em cinco estandartes ou bandeiras, chamados de “cinco 
solas”. 
2) Na aula de hoje veremos o primeiro dos chamados “cinco solas” que é Sola 
Scriptura 
a. Esses “solas” expressam de maneira resumida o pensamento geral 
dos reformadores. Encontramos nos escritos de todos eles 
referências a essas doutrinas, embora somente a partir do século XX 
eles foram resumidos em cinco lemas ou estandartes. 
b. Acreditamos que são muito úteis para nos ajudar a entender quais 
foram os estandartes, bandeiras, pontos centrais da Reforma 
protestante 
1) Vem do latim, “somente a Escritura” 
2) Ele aponta para a convicção que todos os reformadores tinham de que 
Deus havia se revelado salvadoramente somente na Escritura 
3) Também que todas as doutrinas e práticas da igreja cristã deveriam ter 
como base o ensino das Escrituras 
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4) Ele surgiu em reação dos reformadores ao ensino do catolicismo romano 
de que a revelação de Deus era maior que as Escrituras 
a. A igreja católica aceitava a Bíblia como Palavra de Deus, inspirada. 
b. Entretanto, não a considerava como a única forte de revelação – a 
Deus havia se revelado antes dela estar pronta e Deus continua a se 
revelar depois dela estar completa, com seu cânon definido 
5) Conforme o catolicismo, a tradição da igreja, o ensino dos pais apostólicos, 
também eram inspirados por Deus e eram revelação e serviam como fonte 
para a vida e fé dos católicos. 
a. Portanto, poderia haver doutrinas, práticas e ensinos baseados na 
tradição, mas não na Bíblia 
b. A igreja católica, através de seu magistério, doutores e papas, 
interpreta a Escritura a partir da tradição e estabelece a doutrina da 
igreja 
c. Foi dessa forma que práticas como a venda de indulgências, 
extrema unção, veneração de imagens e doutrinas como purgatório, 
Maria como mãe de Deus, etc. entraram na igreja, como se fosse 
algo revelado por Deus fora das Escrituras, embora sempre 
tentando achar alguma referência na Bíblia. 
6) “Sola Scriptura” expressa a reação reformada a tudo isso e é uma afirmação 
de que a revelação salvadora de Deus já foi de maneira total e final 
registrada de maneira infalível nas Escrituras do Antigo e Novo Testamento. 
1) O conceito expresso no slogan foi usado nos primórdios pelos 
reformadores, contudo a frase em si, junto com as demais, foi cunhada 
posteriormente. A idéia da “Escritura somente” nasceu por causa daquilo 
que o catolicismo romano acreditava e sustentava com relação às fontes de 
autoridade da igreja, a saber, a Bíblia, a tradição e o magistério da igreja. 
Todos com a mesma autoridade e importância. 
2) Foi a isso que os reformadores reagiram com o conceito de “Somente as 
Escritura”. Apesar disso, a igreja católica não mudou, continua com a 
mesma doutrina até hoje. 
3) O Vaticano II declarou recentemente: “É claro, portanto, que a sagrada 
tradição, a sagrada Escritura e o magistério da Igreja, de acordo com o mais 
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sábio desígnio de Deus, estão tão ligados e unidos que um não pode existir 
sem os outros, e que todos juntos e cada um a seu modo, sob a ação do 
único Espírito Santo, contribuem eficazmente para a salvação das almas”. 
4) Pela declaração acima se percebe que a verdadeira autoridade para Roma 
não é a Escritura nem a tradição, mas a igreja. O que é a Escritura e o que 
ela ensina? Só a igreja pode te dizer. O que é tradição e o que ela ensina? 
Só a igreja pode te dizer. 
5) Como disse o teólogo romano John Eck: “As Escrituras não são autênticas, 
exceto pela autoridade da igreja.” Como disse o Papa Pio IX na época do 
Concílio Vaticano I em 1870: “Eu sou a tradição.” A arrogância de tal 
declaração é impressionante. Mas confirma nossa afirmação de que, para 
Roma, a única autoridade real é a igreja: sola ecclesia. 
1) A razão é que os Reformadores acreditam que sendo a Escritura a única 
regra de fé e prática, é necessário primeiramente estabelecer esse ponto, já 
que todos os demais procedem dele. 
2) Não podemos falar de fé, graça, Cristo e glória de Deus sem que sejamos 
guiados pelas Escrituras, com segurança e confiança. 
3) Essa sequência foi baseada na obra de muitos reformadores e reformados 
que escreveram teologias, confissões e catecismos começando com a 
doutrina das Escrituras. 
4) As Confissões de Westminster e Batista de 1689, começam todas com um 
capítulo sobre a Escritura, para em seguida desenvolver o ensino sobre 
Deus, o homem, o pecado, a salvação, etc. 
1) O slogan “Sola Scriptura” pressupõe que existe uma Escritura, a qual é a 
única revelação salvadora de Deus 
2) Existe, entretanto, uma diferença no número de livros nas Escrituras aceitas 
pelos católicos e reformados. 
3) O cânon bíblico inicialmente tinha 66 livros no total (39 do AT e 27 no NT). 
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a. O Antigo Testamento era composto dos livros escritos antes de 
Cristo que os judeus, Jesus e os autores do NT consideravam 
inspirados por Deus, e que são os atuais 39 livros que o compõem. 
b. Na época de Jesus e dos apóstolos já se conhecia o cânon fechado 
entre os judeus, o cânon hebraico, como o temos hoje. Todos os 
livros tinham sido escritos em hebraico (algumas poucas partes em 
aramaico). 
c. Ele é referido como Lei, Profetas, Escrituras, Palavra de Deus. 
d. Os autores do NT citam quase todos os livros do cânon hebraico, 
concentrando em Deuteronômio, Salmos e Isaías (exceto Ester). 
e. Esse processo de organização final do cânon hebraico de 39 livros 
pode ter acontecido durante o cativeiro babilônico, quando os 
judeus não tinham mais o culto no templo e tudo girava no estudo 
das Escrituras nas sinagogas, e havia a necessidade de se contar a 
história de Israel e a causa do cativeiro. 
4) Quanto ao cânon do NT, houve vários motivos que levaram os primeiros 
cristãos a colocar os escritos dos apóstolos de Cristo e seus associados ao 
lado dos livros do cânon do AT, como Escritura inspirada. 
a. Eles entendiam que o nascimento, morte e ressurreição de Cristo 
eram cumprimento das profecias do AT e que, portanto, os 
Evangelhos, Atos, cartas e Apocalipse eram a continuação divina da 
Escritura. 
b. Reconheciam que os apóstolos eram os legítimos sucessores dos 
profetas do AT e os intérpretes autorizados do cânon hebraico do 
Antigo Testamento. 
c. Confiavam na promessa de Cristo aos apóstolos que o Espírito Santo 
os guiaria em toda verdade. 
d. O Espírito Santo havia chegado sobre eles em Pentecostes, os sinais 
e prodígios realizados por eles. 
5) Mas, nem todos os livros escritos pelos cristãos eram considerados 
canônicos. Havia critérios para se reconhecer a inspiração divina de uma 
obra. 
a. Autoria apostólica – um apóstolo ou alguém associado a eles, como 
Tiago, Judas, Lucas, Marcos. 
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b. Ortodoxia – estava de acordo com o ensino dos apóstolos? (“regra 
de fé”). 
c. Aceitação geral das igrejas 
6) A mudança quanto ao número dos livros do cânon da Bíbliaaconteceu 
durante o Concílio de Trento, após a Reforma protestante. Esse Concílio, 
ocorrido em 1546 na cidade de Trento, Itália, sob o papa Paulo III, 
reafirmou a doutrina católica, redefiniu o cânon e condenou os 
protestantes. 
a. O cânon que eles aprovaram vale até hoje para a igreja católica, que 
inclui mais 7 livros, considerados antes como apócrifos, escritos 
pouco tempo antes de Cristo em grego: Tobias, Judite, I Macabeus, II 
Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico. 
b. O concílio de Trento também estabeleceu que a versão oficial, 
inspirada e autoritativa da Bíblia era a Vulgata Latina, uma tradução 
feita do grego e do hebraico para o latim, por Jerônimo no séc. IV, e 
que trazia esses livros apócrifos. 
7) O que nos leva a sustentar que os 66 livros do cânon protestante 
representam a Escritura? 
a. O cânon de 66 livros sempre foi aceito pela Cristandade, desde os 
séculos iniciais. 
b. Os apócrifos que Trento incluiu no cânon nunca foram reconhecidos 
como inspirados por Deus pelos judeus e pelos cristãos. Jerônimo os 
incluiu na Vulgata não por considerá-los inspirados, mas úteis para 
nosso conhecimento. 
c. Alguns deles contém doutrinas e ensinos contrários ao ensino 
apostólico. 
1) Que temos os originais da Bíblia 
2) Que a Bíblia é clara em tudo o que diz 
3) Que a igreja católica não aceita a Bíblia como Palavra de Deus 
a. Ela aceita as Escrituras como sendo inspiradas e contendo revelação 
divina 
b. Entretanto, negam que ela é a única revelação salvadora de Deus 
c. Para o catolicismo, a revelação divina vai além das Escrituras. 
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4) Devemos rejeitar todas as demais fontes de conhecimento sobre nós, o 
mundo e Deus, como a natureza. 
5) Devemos rejeitar todos os outros livros religiosos pois não há verdade 
nenhuma neles 
6) Precisamos sempre de um versículo bíblico para apoiar tudo que fazemos 
na vida e igreja 
a. Podemos fazer deduções lógicas, claras e legítimas 
b. O bom senso e a sabedoria dos pastores e líderes nos ajudam 
7) Que Deus não nos guia diariamente através das circunstâncias, pela sua 
providência 
1) Deus se revelou salvadoramente somente na Bíblia, e que a partir do 
fechamento do cânon cessaram aqueles modos antigos de Deus se revelar, 
como visões, sonhos, profecias. Tudo que é necessário para a salvação está 
revelado de maneira clara e final nas Escrituras. 
a. Calvino, “A Bíblia é tão autoritativa como se o próprio Deus estivesse 
falando” (Inst. 1.7.1). 
b. Lutero, “Aprendi a considerar somente a Escritura como inerrante”.1 
2) Essa revelação não é somente através de passagens explícitas, mas 
também por dedução legítima 
3) A tradição da igreja não é fonte de autoridade, embora seja útil para nos 
ajudar a entender o desenvolvimento de certos pensamentos através da 
história da igreja. 
4) A igreja não está acima da Escritura e nem a infalibilidade da Escritura 
depende da autoridade da igreja. 
5) A Bíblia é a nossa única regra de fé e de prática – não temos outra dentro 
da igreja. 
6) As Escrituras deveriam ser acessíveis para os cristãos lerem e verificarem a 
veracidade do ensino que estão recebendo. 
 
1 Martin Luther, What Luther Says: An Anthology, ed. Ewald M. Plass (St. Louis: 
Concordia, 1959), 1:87. 
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a. Evidentemente não havia pregação bíblica na idade média, mas 
homilias em latim que não significavam nada para o povo que ia às 
missas, que estava imerso na ignorância da verdade e nas trevas da 
idolatria, com a consequente corrupção da conduta. 
b. Pensava-se que a salvação se desse mediante os sacramentos 
estabelecidos pela igreja, e que a instituição fosse a medianeira 
entre Deus e os homens. 
c. Por muito tempo, a igreja católica impediu os cristãos de ler a Bíblia 
por si mesmo. Isso mudou em parte com o concílio Vaticano II. 
7) A Bíblia é sua única e melhor intérprete. Os teólogos reformados 
enfatizaram a harmonia entre a Escritura e o Espírito Santo (Spiritus cum 
verbo). 
a. O Espírito Santo é o verdadeiro expositor da Bíblia, disse Ulrico 
Zwinglio, o que permite à igreja reconhecer que a Escritura 
interpreta a Escritura (Confissão de Westminster 1.6). 
b. A chave de interpretação, portanto, pertence a toda a comunidade 
dos cristãos, não apenas a Pedro e seus supostos sucessores em 
Roma. Embora a tradição possa ajudar na interpretação, o 
verdadeiro significado espiritual da Escritura é seu sentido natural e 
literal, não alegórico, a menos que a passagem específica da 
Escritura que está sendo estudada seja claramente de natureza 
alegórica. 
c. Igualmente importante, como Calvino enfatizou, foi o caráter auto-
autenticador da Bíblia. Este ensino afirma que o testemunho da 
Bíblia é confirmado pelo testemunho interno do Espírito no coração 
do crente. 
1) Da parte do catolicismo romano 
a. Foi a igreja que determinou o cânon, portanto está acima dele. 
i. Entendemos que o cânon já existia antes de ser reconhecido 
formalmente. A autoridade dos livros inspirados é auto 
evidente. Eles se auto autenticaram. A igreja simplesmente 
reconheceu a autoridade deles. 
ii. A autoridade apostólica da maioria dos 66 livros canônicos 
nunca foi realmente disputada, mas não havia uma 
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necessidade formal de reconhecê-los, até que Marcião, 
Montano e o gnosticismo entraram em cena – eles formaram 
seu próprio cânon e insistiram em ter novas revelações. 
iii. A Igreja não estabeleceu o cânon, o qual foi constituído por 
Cristo e seus apóstolos; ela apenas aponta para esse cânon e 
reconhece a sua inspiração. 
iv. A igreja se baseia no cânon, e não ao contrário - esse é o 
ponto central da disputa entre protestantes e católicos 
b. Não existe evidência bíblica para o Sola Scriptura – é um argumento 
circular, usar a Bíblia para provar que somente ela é a revelação 
autorizada de Deus. 
i. De fato, não temos uma frase ou versículo que diga “somente 
a Escritura” na Bíblia 
ii. Mas é evidente que seus autores bíblicos demonstram 
consciência de que estão escrevendo por inspiração divina. O 
Novo Testamento se vê em pé de igualdade com os “escritos” 
do Antigo Testamento (2Pe 3.15–16; Ap 1.3). Paulo tem 
consciência de que “as coisas que vos escrevo são um 
mandamento do Senhor” (1 Coríntios 14.37). 
iii. Além disso, percebe-se a tendência crescente nos escritos 
bíblicos de se registrar por escrito a revelação divina e a 
ausência cada vez maior de revelações diretas da parte de 
Deus. 
iv. Os autores do NT já citavam o AT como se fosse um cânon 
fechado de Escritura, inspirada por Deus e autoritativa. 
Portanto, antes deles já havia Escritura. 2Tm 3.14-17 – 
“Quanto a você, permaneça naquilo que aprendeu e em que 
acredita firmemente, sabendo de quem você o aprendeu e 
que, desde a infância, você conhece as sagradas letras, que 
podem torná-lo sábio para a salvação pela fé em Cristo Jesus. 
Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a 
repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim 
de que o servo de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado 
para toda boa obra”. 
v. À medida que os Doze Apóstolos de Cristo e o apóstolo Paulo 
foram morrendo – e não foram substituídos – os escritos 
deles e daqueles que faziam parte do círculo apostólico 
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(como Lucas, Marcos, Tiago, Judas) passaram a representar a 
autoridade máxima nas igrejas cristãs.Sola Scriptura 
expressa esse princípio. Não temos mais os apóstolos entre 
nós, mas temos os seus escritos. 
vi. Os pais da igreja não consideravam seus próprios escritos 
como inspirados e consideravam o período de revelação 
como terminado com os apóstolos. Tanto é que 
consideraram Marcião e Montano como hereges. 
vii. As decisões dos grandes concílios da igreja durante os 
primeiros séculos, sobre a Trindade, sobre a pessoa de 
Cristo, etc foram tomadas com base nas Escrituras e não em 
revelações diretas da parte de Deus para os conciliares, 
pastores, bispos e doutores que participavam dos concílios. 
c. Os protestantes rejeitam tudo que a Igreja Cristã recebeu, aprendeu 
e ensinou pelos pais da igreja e teólogos da idade média 
i. Não é verdade. Os Reformadores eram profundos 
conhecedores da Patrística e dela se utilizaram 
abundantemente em seus escritos, pois estavam 
convencidos que não estavam ensinando nada que os pais e 
teólogos antigos haviam ensinado 
ii. Contudo, eram críticos dos erros doutrinários e práticos deles 
e não recebiam seus escritos como revelação ao pé de 
igualdade com as Escrituras. Lutero, na verdade, era bastante 
crítico dos escritos dos Pais: 
Devemos ler os Pais cautelosamente, e pesá-los na 
balança dourada, pois freqüentemente tropeçam e se 
desviam, e misturam com seus livros muitas coisas dos 
monges. Agostinho teve mais trabalho para se livrar dos 
escritos dos Pais do que em combater os heréticos... 
Quanto mais leio os escritos dos Pais, mais me ofendo, 
pois apesar da sua reputação e autoridade, diminuíram o 
valor dos livros e escritos dos santos apóstolos de Cristo. 
2) Da parte dos protestantes liberais e críticos bíblicos 
a. A Bíblia contém erros grosseiros de história, geografia e os originais 
não existem mais. Como podemos usá-la de maneira exclusiva? 
Além disso, ela foi escrita em uma cultura diferente da nossa e 
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reflete a visão daquela época em matérias como sexualidade, 
família, papel da mulher etc. 
b. Nossa resposta é que para nós o liberalismo teológico é outra 
religião distinta do Cristianismo. Apesar de usar as mesmas palavras 
o sentido delas é diferente. Sem a Bíblia como referência, passam a 
usar a cultura e assim admitem em suas igrejas pastores e pastoras 
homossexuais, casamento gay, são universalistas e ecumênicos. 
1) Leitura, estudo e meditação constante nas Escrituras 
2) Avaliação crítica pelas Escrituras de sermões, estudos, livros etc. que se 
proponham cristãos 
3) Prática consistente e confiante dos seus ensinos 
4) Nossa consciência está presa somente às Escrituras 
 
 Lopes, Augustus Nicodemus. Lutero Ainda Fala 
 ANGLADA, Paulo. A Doutrina Reformada da Autoridade Suprema das 
Escrituras 
 CAMPOS, Heber Carlos, A Bíblia na Igreja Católica 
 
 
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