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Fitoterapia pdf UNIDADE4

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Conteudista: Prof.ª Dra. Gisele Damian Antonio Gouveia
Revisão Textual: Esp. Jéssica Dante
 
Objetivo da Unidade:
Organizar uma orientação terapêutica fitoterápica para tratamentos
cicatrizantes da pele e estéticos no contexto de atuação do profissional de
práticas integrativas, priorizando a segurança do uso.
 Material Teórico
 Material Complementar
 Referências
Plantas Medicinais para Afecções da Pele,
Mucosa e Estética
Introdução
O trabalho com fitoterapia é uma alternativa para o cuidado e promoção de saúde para a
população. O trabalho com plantas medicinais favorece a troca de saberes e prática de todos os
envolvidos, não apenas do usuário, mas também do profissional, por meio da possibilidade de
intervir de forma criativa e singular no cuidado de cada pessoa. 
Há muitas plantas medicinais citadas pela medicina popular, tradicional e científica como
recurso terapêutico, podendo ser utilizadas de diferentes formas, com diferentes propósitos.
Contudo, a ideia de orientar o uso de plantas medicinais como uma opção terapêutica não tem o
intuito de substituir medicamentos por opções mais “econômicas”, mas sim aumentar as
opções terapêuticas dos profissionais de saúde, parapsicólogos e terapeutas holísticos com
indicações complementares e integrativas, sempre respeitando os preceitos éticos e legais de
cada categoria profissional ou órgão de autorregulação, bem como os requisitos de eficácia,
segurança e qualidade. 
As plantas medicinais selecionadas para essa unidade possuem evidências tradicionais e
científicas pautadas em estudos fitoquímicos (in vitro e in vivo), etnofarmacológicos (tradição
de uso popular) e estudos clínicos e in vitro.     
Plantas Cicatrizantes para Pele e Mucosa
Aloe vera (L.) Burm. f., Família Xanthorrhoeaceae (Babosa)
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 Material Teórico
Grupos de princípio-ativos: polissacarídeos, saponinas,
antraquinona;
Indicação terapêutica: queimadura de 1o e 2o grau, ferimentos leves, desordens
inflamatórias na pele, hemorroida e afecções do couro cabeludo como cicatrizante.
Pode ser indicada para fissuras mamárias e alívio rápido de dor nos mamilos;
Via de administração: tópico. Adulto e infantil.
Aplicação terapêutica: 
 
Gel hidroalcoólico ou pomada de extrato glicólico de babosa
de 10%: aplicar nas áreas afetadas de uma a três vezes ao dia; 
 
Gel in natura da babosa (70 g de gel in natura diluído em 30 mL
de água): para o alívio rápido da dor. Cortar uma folha de
babosa, depois extraia o gel. Aplicar de três a quatro vezes ao
dia esse gel fresco sobre as áreas afetadas e deixá-lo secar por
conta própria; 
 
Efeitos adversos: dermatite de contato e o uso interno
nefrotóxicas. Além da Aloe vera (L.) Burm. F. existe a espécie
chamada de Aloe arborescens Mill (babosa-de-árvore).
Precauções: antes das mamadas lave os mamilos com água morna, nunca alimentar
o bebê sem retirar completamente a babosa com água, pois ela pode causar diarreia
em bebês pequenos.
Figura 1 – Aloe Vera (babosa) 
Fonte: Getty Images
Calendula o�cinalis L., Asteraceae (Calêndula, Margarida-Dourada,
Maravilha)
Grupos de princípio-ativos: óleo essencial, saponinas, flavonoides (hipeosídeos,
antrocianinas);
Parte usada: capítulos florais secos;
Indicações terapêuticas: dermatite de fralda, fissura mamária, queimadura de 2º e
3º grau, acne, cavidade oral como anti-inflamatório e cicatrizante;
Via de administração: tópico. Uso adulto e crianças acima de 6 anos de idade;
Aplicação terapêutica: 
 
Infusão: De 1 a 2 g das flores secas em 150 mL de água fervente.
Fazer compressas ou lavar as feridas três vezes por dia; 
 
Lavagens vaginais: Deve ser feito cozimento com 60 a 80 g das
flores para um litro d´água. Pode ser usada na forma de
pomadas ou cremes; 
 
Tintura 2 a 10%: Para afecções de pele, após higienização,
diluir 25 mL de tintura diluída em 100 mL de água. Aplicar de
duas a quatro vezes ao dia; 
 
Creme ou pomada com extrato glicólico de calêndula 2 a
10%: Aplicar na área afetada três vezes ao dia, de cinco a dez
dias para fissura mamária, dermatites e processos
inflamatórios; 
 
Creme de Calêndula 10% + Óxido de Zinco: Pode ser orientado
em casos de dermatites de fraldas, aplicado no local afetado
três vezes ao dia ou a cada troca de fralda; 
 
Gel de Calêndula a 10% - 60 g: Aplicar na lesão de duas a três
vezes ao dia, fazendo a cobertura primária, quando for o caso,
com gazinha embebida em óleo de girassol em casos de
queimaduras de 2º e 3º graus, lesões extensas não profundas e
acne; 
 
Cataplasma de 1-2 flores de calêndula esmagadas: Aplicar
sobre a área afetada e deixá-la secar; 
 
Pinda fitoterápica: Anti-inflamatório, antialérgico,
cicatrizante, diminui oleosidade; 
 
Solução de Calêndula a 5% ou 10% - 60 mL: A plicar nas áreas
afetadas, deixar permanecer por 6 horas, lavar. Repetir esse
Figura 2 – Calêndula 
Fonte: Getty Images
procedimento de cinco a dez dias para fissura mamária,
dermatite seborreica, afecções do couro cabeludo; 
 
Óleo Vegetal de calêndula: Acalma e cicatriza a pele áspera e
rachada, indicado nas inflamações e queimaduras. A mistura
de partes iguais de Óleo de calêndula e Óleo de Coco extra
virgem aquecido pode ser usado sobre os mamilos doloridos
por meio de massagem suave.
Efeitos adversos: Reações alérgicas;
Contraindicação: Uso interno (ação espermicida, antifertilizante e uterotônico).
Chamomilla recutita L., Rauschert, Família Asteraceae (Camomila)
Grupos de princípio-ativos: flavanoides, cumarinas, óleo essencial, apigenina-7-
glicosídeo e derivados bisabolônicos calculados como levomenol;
Parte usada: Capítulos florais;
Indicação terapêutica: 
 
Uso externo: para desconforto de dentição em bebês, gengiva,
eczemas, queimadura de 2º e 3º graus, dermatite fralda,
brotoejas, acne como anti-inflamatório; 
 
Uso interno: antiespasmódico intestinal, ansiolítico e sedativo
leve, dispepsias funcionais; 
 
Via de administração: Oral e Tópico. Uso adulto e crianças
acima de 6 meses;
Aplicação terapêutica: 
 
Infusão – uso interno (acima de 6 meses): 0,5 a 4 g de
inflorescências secas em 150 mL de água fervente. Tomar uma
xícara de duas a três vezes ao dia; 
 
Infusão – uso externo (acima de 6 anos): de 2 a 10 g de
inflorescências secas em 150 mL de água fervente para
bochechos e/ou gargarejos, três vezes ao dia ou de 30 a 100 g de
droga vegetal em 1000 mL de água para preparar compressas
para auxilio no alívio de afecções cutâneas, da pele e mucosa
da região anal e genital; 
 
Spray de Camomila 10% ou gel oralbase: Aplicar dois jatos seis
vezes ao dia (até oito vezes ao dia); 
 
Tintura 10%: Administrar de 1 a 4 mL da tintura três vezes ao
dia ou de 0,2 a 2mL dose única da tintura diluídos em 100 mL
de água (uso tópico); 
 
Loção, Creme de Camomila a 10% - 100 mL: Aplicar na área
afetada de duas a três vezes ao dia para processos cutâneos
inflamatórios e alérgicos intensos; 
 
Gel de Camomila a 10% - 60 g: Aplicar na lesão de duas a três
vezes ao dia para queimaduras de 2º e 3º graus, acne,
dermatite alérgica, queimadura solar; 
 
Pinda fitoterápica facial: Anti-inflamatório, calmante,
cicatrizante. 
Efeitos adversos: Reações alérgicas, dermatites de contato;
Contraindicado: Gestantes, hipersensibilidade;
Interação medicamentosa: Anticoagulantes orais, estatinas, contraceptivos orais,
radioterapia.
Figura 3 – Camomila 
Fonte: Getty Images
Saiba Mais 
A camomila é uma planta que atua na harmonização do chacra
Umbilical. É uma planta fria, Yin, auxilia no controle da raiva, do ódio,
das mágoas, ajuda a ter esperança e saber perdoar, elimina o medo e a
falta de fé, gera otimismo, elimina estresse emocional, acalma, relaxa
em casos de hiperatividade.
Malva sylvestris L., Família Malvaceae (Malva);
Principais classes químicas: Mucilagem (10-20%), flavonoides (antocianinas),
vitamina C, complexo B, taninos e minerais;
Parte usada: Folha e flores;
Indicação:  afecções bucais, garganta, pele como anti-inflamatório e antisséptico;
Via de administração: Tópico. Uso Adulto;
Aplicação terapêutica: 
 
Infusão – uso externo: 4,5 a 7 g de folhas e flores secas em 150
mL de água fervente. Após higienização, aplicar o infuso com
auxílio de algodão sobre o local afetado, três vezes ao dia ou
fazer bochechos ou gargarejos três vezes ao dia. Também pode
ser usado na forma de banho localizado; 
 
Pinda: Anti-inflamatório, cicatrizante; 
 
Banho ou lavagem local: Consiste no banho de imersão em
banheira com água em torno de 30°C, na qual se acrescentam o
infuso, decocto ou tintura da planta medicinal, agitando-se
para que se misture bem a toda a água. Os banhos fitoterápicos
promovem bem-estar e assepsia.
Efeitos adversos: Reações alérgicas ocasionais. Em caso de superdosagem, pode
ocorrer o aparecimento de náuseas, excitação nervosa e insônia. Em doses elevadas
é purgativo;
Figura 4 – Malva 
Fonte: Getty Images
Há outras espécies de malva: malva-comum (Malva parviflora L.) e malva-cheirosa (Pelargonium
graveolens L’Hér).
Contraindicação: Uso interno, primeiro trimestre da gestação;
Interação medicamentosa: Pode alterar a absorção de medicamentos.
Figura 5 – Malva-comum (Malva parviflora L.) 
Fonte: Getty Images
Figura 6 – Malva-cheirosa (Pelargonium graveolens L’Hér) 
Fonte: Getty Images
Importante! 
Essas duas espécies, malva-cheirosa e malva-comum, o uso é,
exclusivamente, externo para aplicação tópica ou em bochechos por no
máximo uma semana. Recomenda-se usar desidratada.
Chenopodium ambrosioides (Erva de Santa Maria)
Modo de uso:
Partes usadas:  Folhas e frutos;
Indicação: Vermífugo, parasitoses, pediculoses e sarnas, anti-inflamatória,
cicatrizante. É um inseticida doméstico para afugentar pulgas, percevejos, baratas e
demais insetos;
Como anti-inflamatório local e cicatrizante: Usar três colheres de sopa das folhas e
sumidades floridas frescas picadas, amassar com um pilão, estender sobre um pano
e aplicar no local afetado, duas vezes por dia;
Para tratar bicho geográfico e sarna: Utilizar a mesma recomendação de preparo
descrita no item anterior e aplicar sobre o local afetado;
Para piolhos: Usar a infusão para enxaguar o cabelo ou incorporar a tintura de santa
maria 5% em sabonete ou xampu. Obs.: Não usar internamente o óleo essencial.
Figura 7 – Erva de santa maria 
Fonte: Getty Images
Sálvia o�cinalis L., Família Lamiaceae (Sálvia-real, Sálvia-de-
jardim)
Conhecida como Sálvia-real, sálvia-das-boticas, sálvia, chá-da-Grécia, erva-sagrada, sálvia-
dos-jardins, sálvia-comum. É uma planta nativa da região sul da Europa ou Mediterrâneo. As
suas folhas são simples, finamente dentadas e de cor esbranquiçada na face interior e verde-
grisácea na face superior.
Composição química: Taninos, flavonoides, óleos essenciais
(tujonas A e B – 35 a 60%), princípios amargos;
Indicação terapêutica: Anti-inflamatório, digestiva, antimicrobiana, afecções da
pele, garganta e boca;
Parte usada: Folhas;
Via de administração: Uso externo. Adulto;
Posologia – Infusão: Preparar o infuso com sete colheres de café em 150 mL de água
(xícara). Aplicar na área afetada três vezes ao dia, por sete dias;
Limpeza de ambiente: Pulverizar sálvia esmagada com cravo com álcool onde o
paciente será deitado para limpeza do ambiente. Recomenda-se para tratamento de
tendões e ossos da coluna vertebral. É considerada uma planta quente;
Interações medicamentosas: Hipoglicemiantes, anticonvulsivantes,
benzodiazepínicos;
Contraindicações: Gestantes, lactantes, pacientes epiléticos, crianças;
Precauções: A neurotoxicidade da planta é atribuída pela presença das tujonas.
Evitar o consumo excessivo e por longos períodos.
Figura 8 – Sálvia o�cinalis L., família Lamiaceae (sálvia-
real, sálvia-de-jardim) 
Fonte: Getty Images
Chenopodium ambrosioides, Família Amaranthaceae (Erva de Santa
Maria)
Conhecida como mastruço, mestruz, mastruz, erva-das-cobras, caacica. É uma planta nativa do
norte do Brasil.
Saiba Mais 
No norte do Brasil é conhecida como mastruço ou mastruz. Já na região
sul brasileira, o mastruço é outra planta: Coronopus didymus L.
Composição química: A caridol (9,2% nas folhas, 20% nos
frutos), flavonoides, saponinas, taninos, óleos essenciais;
Indicação terapêutica: Antiparasitário, cicatrizante, anti-inflamatório;
Parte usada: Folhas;
Via de administração: Uso externo e interno. Adulto;
Posologia – Infusão: 
 
Uso externo: preparar o infuso com três colheres de sopa das
folhas e sumidades floridas frescas e picadas, amassar com
um pilão, e aplicar no local em forma de cataplasma, duas
vezes ao dia para bicho geográfico e sarna. Para piolhos usar a
infusão para enxaguar o cabelo ou a tintura em sabonete ou
shampoo; 
 
Uso interno: preparar a infusão com uma colher de sobremesa
em uma xícara de 150 mL de água. Tomar duas xícaras ao dia
por dez dias em casos de gripes e resfriados.
Interações medicamentosas: Não há relato na literatura;
Figura 9 – Erva de Santa Maria 
Fonte: Getty Images
Na prática: prepare um shampoo para piolho.
Ingredientes:
Contraindicações: Gestantes, lactantes, crianças até 3 anos, pessoas com doenças
hepáticas, renais e auditivas;
Precauções: Há relato de indução de tumores. É uma planta abortiva.
100g folhas capim limão;
Preparo:
Planta para Tratamento Complementar na Estética
(Emagrecimento)
Cynara scolymus L., Família Asteracea (Alcachofra)
100g folhas verdes de boldo;
100g de folhas verdes de Erva de Santa Maria;
50g de folhas verdes de arruda;
1 barra (200g) de sabão de coco.
Cozinhar as ervas em um litro de água por quinze minutos;
Coar e acrescentar o sabão ralado ou picado e retornar ao fogo até que o sabão seja
diluído;
Deixe esfriar e guarde em frascos escuros;
Lave a cabeça diariamente, deixando este Shampoo agir por quinze minutos;
Repita a ação e passe o pente fino, até que o piolho desapareça totalmente.
Grupos de princípio-ativos: Saponinas, óleo essencial, flavonoides, derivados de
ácido cafeoilquínico (ácido clorogênico);
Parte usada: Folhas;
Indicação terapêutica: Colagogo e colerético. Tratamento de dispepsia funcional e de
hipercolesterolemia leve a moderada, antiflatulento e      diurético. Auxiliar na
prevenção de arteriosclerose e sintomas do intestino irritado;
Via de administração: Oral. Acima de 12 anos;
Aplicação terapêutica: 
 
Infuso: 1,5 g de folhas secas em 150 mL de água. Tomar quatro
vezes ao dia, antes das refeições; 
 
Cápsulas: Tomar 1 a 2 cápsula 200mg até 3 vezes ao dia vezes
ao dia. A dose diária deve estar entre 600 a 2700mg.
Contraindicação: Gestantes, nutrizes, doenças da vesícula biliar, hepatite grave,
falência hepática e câncer hepático;
Interação medicamentosa: Medicamentos metabolizados pelas CYP3A4, CYP2B6 e
CYP2D6, anticoagulantes, cumarínicos e diuréticos.
Figura 10 – Alcachofra 
Fonte: Getty Images
Centella asiatica L. Urban (Centela Asiática)
Parte usada: Partes aéreas;
Indicação: Provoca a redução da fibrose entre os adipócitos, edema, anti-inflama
tória e rejuvenescedora, drenagem linfática.
Aplicação terapêutica: 
 
Infuso: uma colher de sobremesa três vezes ao dia, por 90 dias; 
 
Cápsulas: 60 mg/dia por 90 dias; 
 
Figura 11 – Centela 
Fonte: Getty Images
Garcina cambogia (Tamarindo)
Pó: tomar 0,5 g/dia; 
 
Em gel, creme, loções e bandagens na concentração de 5 a 10%.
Parte usada: Frutos;
Indicação: Inibe o apetite e a estocagem de gorduras corporais;
Via de administração: Oral. Acima de 12 anos.
Aplicação terapêutica – Cápsulas e comprimidos de extrato seco: 1 g
três vezes ao dia na primeira semana e a seguir 500 mg três
vezes ao dia, de trinta minutos a uma hora antes das refeições;
Efeitos adversos: Distúrbios gástricos leves;
Contraindicação: Diabéticos, gravidez, lactação;
Interação medicamentosa: Hipoglicemiantes.
Figura 12 – Garcina 
Fonte: Getty Images
Ilex paraguariensis A. St. Hil (Erva Mate)
Parte usada: Folhas;
Indicação: Antioxidantes, metabolismo de colesterol, hepatoprotetor, diurético,
digestivo,
obesidade;
Via de administração: Oral e Tópico. Acima de 12 anos.
Aplicação terapêutica: 
 
Cápsula e comprimido de extrato seco: De 100 a 300 mg/dia
antes das principais refeições; 
 
Cataplasma: No tratamento caseiro de feridas e úlceras.
Contraindicação: Insônia, nervosismo, grávidas e lactantes.
Figura 13 – Erva mate 
Fonte: Getty Images
Lippia alba (Mill.) N.E.Br. ex Britton & P. Wilson (Erva Cidreira,
Melissa)
Parte usada: Folhas e inflorescências;
Indicação: Ansiedade, redução da pressão arterial por um efeito direto sobre o
músculo liso vascular levando a vasodilatação;
Via de administração: Oral. Acima de 12 anos.
Aplicação terapêutica – Infusão: De 1 a 3 g (uma a três colheres de chá) em 150 mL
de água (uma xícara). Utilizar uma xícara de três a quatro vezes ao dia;
Figura 14 – Melissa/Cidreira 
Fonte: Getty Images
Ilex paraguariensis. A. St. Hill, Família: Aquifoliaceae (Erva Mate)
A planta é conhecida como erva-mate, mate, erveira, chá-mate. É uma árvore de até 20 cm de
altura. As folhas são usadas com fins medicinais e alimentícios. É nativa da América do Sul.
Precauções: Doses acima da recomendada podem causar irritação gástrica,
bradicardia e hipotensão.
Composição química:  Alcaloides (cafeína, teofilina e
teobromina), flavonoides, saponinas, vitaminas e sais
minerais;
Parte usada: Folhas;
Figura 15 – Ilex paraguariensis. A. St. Hill 
Fonte: Getty Images
Indicação: Reduz a fadiga, melhora a digestão e o apetite, estimula o sistema
nervoso central, antioxidantes, metabolismo de colesterol, hepatoprotetor,
diurético, digestivo, obesidade. Externo usado para cicatrização;
Via de administração: Oral. Acima de 12 anos;
Aplicação terapêutica: – Cápsula e comprimido de extrato seco: De 100 a 300mg/dia
antes das principais refeições;
Contraindicação: Insônia, nervosismo, grávidas e lactantes.
Camellia sinensis, família: Theaceae (chá verde).
Camellia sinensis, Família: Theaceae (Chá Verde)
O Chá Branco, Chá Verde e Chá Vermelho são produzidos da mesma planta. A diferença entre
eles é a colheita e o processamento. Observe:
Chá verde: é extraído de folhas da planta não fermentada;
Chá branco: é extraído de gomos das partes superiores da planta, que darão origem
a essas folhas jovens e que não sofreram efeitos de oxidação;
Chá vermelho: é extraído das folhas em estágios diferenciados de desenvolvimento,
onde não há uma completa secagem das folhas, o que promove uma fermentação
devido à ação de bactérias desejadas, o que origina um aroma não agressivo e
oxidação parcial com concentração média de um teor de cafeína;
Chá preto: é extraído das folhas completamente oxidadas, deixando-as com um tom
mais escuro e sabor mais forte. A cafeína nesse chá é encontrada em maior
quantidade;
Composição química: Ricos em polifenóis que abrangem os flavonoides, taninos,
catequinas, ácido fólico, cafeína, flúor, manganês, óleo essencial, potássio,
teofilina, vitamina C, vitamina K, vitamina B1, vitamina B2 e vitamina B6;
Parte usada: Folhas;
Indicação: Antioxidante, aumento no consumo energético, acelerando o
metabolismo de lipídios e carboidratos, emagrecimento; melhora o funcionamento
hepático e efeito diurético;
Via de administração: Oral. Acima de 12 anos;
Aplicação terapêutica: 
 
Infuso: De 3 a 10 g de droga vegetal – o chá deve ficar em
infusão por no mínimo dez minutos, para que sejam extraídos
os taninos. Isso dá um sabor amargo à bebida; 
Figura 16 – Camellia Sinensis 
Fonte: Getty Images
 
Pinda: Antioxidante, estimula a circulação.
Precaução: Contém cafeína (causa excitação, contraindicada para hipertensos,
pacientes com úlcera gástrica). Os taninos podem interferir na absorção de
nutrientes.
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
  Site  
Mapa de Evidências – Efetividade Clínica da Fitoterapia e
Plantas Medicinais para Cicatrização e Doenças Agudas
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ACESSE
  Leitura  
Plantas Medicinais Utilizadas no Tratamento da Obesidade:
uma Revisão
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 Material Complementar
ACESSE
Orientação Técnica para Cultivo de Plantas Medicinais,
Aromática e Condimentos
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ACESSE
Plantas Usadas no Emagrecimento
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ACESSE
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de fitoterápicos da farmacopéia
brasileira. Brasília, DF: ANVISA, 2011. Disponível em:
<http://antigo.anvisa.gov.br/documents/33832/259456/Formulario_de_Fitoterapicos_da_Fa
rmacopeia_Brasileira.pdf/c76283eb-29f6-4b15-8755-2073e5b4c5bf>. Acesso em:
24/07/2022.
________. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de fitoterápicos da
farmacopéia brasileira. 2. ed. Brasília, DF: ANVISA, 2021. Disponível em:
<https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/farmacopeia/formulario-fitoterapico/2022-
�fb2-versao-13-mai-2022.pdf>. Acesso em: 24/07/2022.
________. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Memento fitoterápico da Farmacopeia
Brasileira. Brasília, DF: ANVISA, 2016. Disponível em:
<http://antigo.anvisa.gov.br/documents/33832/2909630/Memento+Fitoterapico/a80ec477-
bb36-4ae0-b1d2-e2461217e06b>. Acesso em: 24/07/2022.
________. Biblioteca Virtual em Saúde. Núcleo Telessaúde Santa Catarina. Quais plantas
medicinais são indicadas para cicatrização de feridas?. 26/01/2015. Disponível em:
<https://aps-repo.bvs.br/aps/quais-plantas-medicinais-sao-indicadas-para-cicatrizacao-de-
feridas/#:~:text=As%20plantas%20medicinais%20indicadas%20para,%2C%20Stryphnodendr
om%20adstrigens%20>. Acesso em: 29/07/2022.
FLORIANÓPOLIS. Secretaria Municipal de Saúde. Guia de plantas medicinais de Florianópolis.
Florianópolis, SC: Prefeitura de Florianópolis, 2019. Disponível em:
<https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/10/1122249/guia-de-plantas-medicinais-de-
florianopolis.pdf>. Acesso em: 23/07/2022.
3 / 3
 Referências
GOUVEIA, G. D. A.; SIMIONATO, C. (org.). Memento Terapêutico para prática clínica na Atenção
Básica. Florianópolis, SC: Telessaúde Núcleo UFSC/SC, 2018. Disponível em:
<https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13389/1/Memento_FINAL.pdf>. Acesso em:
26/07/2022.

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