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Imaginário político grego e moderno Castoriadis compara as concepções de democracia na Grécia antiga e na era moderna, destacando diferenças fundamentais: ● Na Grécia antiga, a democracia era direta, enquanto na modernidade é representativa. ● Na Grécia, a participação política era essencial para o corpo político, mas na modernidade, é relegada a especialistas. ● Na Grécia antiga, havia um reconhecimento explícito do governo e do poder, enquanto na modernidade isso é obscurecido sob o termo "poder executivo". ● Na Grécia, a fonte das leis era coletiva e popular, enquanto na modernidade é baseada na soberania do povo. ● Na Grécia antiga, não havia a ideia de Constituição, enquanto na modernidade busca-se preservar princípios fundamentais em uma carta magna. ● Na Grécia antiga, havia identidade entre o povo e o governo, mas na modernidade o Estado é identificado com outros grupos. ● Na Grécia, a sociedade formava o indivíduo, enquanto na modernidade, o indivíduo é visto como fundador da sociedade. ● Na Grécia, a atividade política reforçava a coletividade, enquanto na modernidade é vista como defesa de interesses fragmentários. ● Na Grécia antiga, a cidadania era particularizada, enquanto na modernidade é universal. ● Na Grécia, a política se limitava aos assuntos comuns, enquanto na modernidade questões privadas assumem dimensão pública. ● Na modernidade, há a ideia de Estado-nação, enquanto na Grécia a atividade política era limitada à polis. ● Na Grécia, a lei se aplicava apenas aos iguais (cidadãos), enquanto na modernidade se aplica a todos, embora as diferenças ainda influenciem sua aplicação. ● Na Grécia, o objetivo da vida era alcançar glória e consideração, enquanto na modernidade é buscar felicidade, principalmente individualmente. ● Na Grécia, o imaginário político era baseado na mortalidade, enquanto na modernidade é orientado para a imortalidade ou progresso. ● Na Grécia, havia uma ontologia das oposições entre caos e ordem, enquanto na modernidade a ontologia é unitária, muitas vezes com conotações teológicas. Essas diferenças delineiam os limites e insuficiências da democracia tanto para os antigos quanto para os modernos, ao mesmo tempo em que destacam aspectos inovadores trazidos pela modernidade para a construção de uma democracia plena em uma sociedade autônoma.
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