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30 Obstrução Arterial Aguda e Crônica

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Medicina - 6º Semestre - Ana Paula Cuchera e Eduarda Costa
Profº Luis
16 de out. de 2023
Anamnese
- Duas queixas se destacam:
● Dor
● Feridas acometendo os membros
- Em relação à dor, deve-se caracterizar
● O tempo de início do sintoma (agudo ou crônico)
● Localização
● Fatores desencadeantes
● Fatores de melhora e piora
● Duração
- Doença arterial CRÔNICA
● A principal etiologia é a ATEROSCLEROSE
- Fatores de risco
● Hipertensão arterial sistêmica
● Diabetes
● Tabagismo
● Dislipidemias
Exame Físico
● Inspeção
● Palpação
● Ausculta
Inspeção
- Alterações da pele, como integridade da mesma, coloração (perfusão), presença de cianose ou
hiperemia
- Alterações dos anexos também podem estar presentes, como a ausência de pelos
- Trofismo da musculatura
- Presença de lesões tróficas
Palpação
- Alterações de temperatura comparando-se os membros.
- Palpação dos pulsos
● Identificar sua presença (ausência), intensidade, amplitude e ritmo. (FRAS)
● A gradação dos pulsos em intensidade (+1, +2, +3, +4) pode ser subjetiva entre diferentes
examinadores, mas pode servir para comparação entre pulsos do mesmo paciente
● A presença de frêmitos à palpação traduz turbulência do fluxo arterial, podendo indicar a
presença de estenoses secundárias a uma placa aterosclerótica ou FAV (fístula arteriovenosa)
1
- Artéria Carótida:
● Pode ser palpada junto à borda anterior do músculo esternocleidomastoideo e posterior ao
ângulo da mandíbula
- Artéria Axilar:
● Palpada no cavo axilar, pressionando-se a artéria contra o úmero
- Artéria Braquial:
● Palpada medialmente ao tendão do bíceps braquial junto ao cotovelo ou em sua porção mais
proximal, pressionando-se a artéria contra o úmero, medialmente ao bíceps
- Artéria Radial:
● Pode ser facilmente palpada lateralmente ao tendão flexor radial do carpo no punho
- Artéria Ulnar:
● Mais profunda, é palpada medialmente ao tendão flexor superficial dos dedos.
- Aorta:
● Pode ser de difícil palpação, sobretudo em pacientes obesos, em virtude de sua localização no
retroperitônio.
● É palpada na linha média do abdome, ligeiramente à esquerda.
● Quando palpável, deve-se procurar estimar o seu diâmetro, tentando identificar suas laterais
com os dedos.
● Aneurismas podem ser detectados dessa forma.
2
- Artéria Femoral:
● Palpação na região do trígono femoral. Palpada habitualmente no ponto equidistante entre a
espinha ilíaca anterossuperior e a sínfise púbica, abaixo do ligamento inguinal.
- Artéria Poplítea:
● É palpada no centro da fossa poplítea.
● É palpada com as polpas digitais dos 2º, 3º e 4º dedos das duas mãos, com o paciente em
decúbito dorsal, assumindo uma posição semi fletida do joelho, com o membro relaxado.
● É um pulso de difícil palpação, sobretudo em pacientes obesos.
● A palpação de um pulso muito amplo nesta região pode indicar a presença de aneurisma de
artéria poplítea.
- Artéria tibial posterior:
● Palpada posteriormente ao maléolo medial do tornozelo, entre o maléolo e o tendão calcâneo
(Aquiles)
- Artéria tibial anterior:
● Pode ser palpada no terço distal da perna na loja do músculo tibial anterior
- Artéria pediosa:
● Palpada na região dorsal do pé, lateralmente ao tendão extensor longo do hálux.
Ausculta
- Sopros podem ser auscultados
● Na região cervical (carótidas)
● No abdome (aorta, renais)
● Regiões inguinais (ilíacas, femorais)
● Face medial da coxa (canal de Hunter)
Anato + Histo
Doença Arterial Periférica
- Doença arterial oclusiva periférica, refere-se à obstrução ou deterioração das artérias, exceto as que
suprem o coração e as intracranianas.
- A incidência de DAP sintomática aumenta com a idade .
- Nos Estados Unidos, a DAP afeta de 12% a 20% dos americanos commais de 65 anos.
- O risco aumenta em fumantes e pacientes com hipertensão (HAS), dislipidemia, obesos, estado de
hipercoagulabilidade, insuficiência renal e diabetes melito.
- A predominância de DAP é muito alta em população diabética mais jovem, afetando um em cada
três diabéticos commais de 50 anos.
3
- Outros fatores de risco que estão sendo estudados incluem níveis de vários mediadores
inflamatórios, como proteína C-reativa e Homocisteína
Aterosclerose
- Fatores causais
● Hipercolesterolemia
● Hipertensão
● Diabetes Melito
● Fumo
● Hiper-homocisteinemia
- Há vários componentes encontrados na placa aterosclerótica – lipídios, células musculares lisas,
tecido conjuntivo e células inflamatórias (macrófagos).
- O acúmulo de lipídios é central ao processo e distingue ateromas de outras arteriopatias.
- Em placas avançadas, é vista calcificação
- Áreas erosivas (ulcerações) podem ocorrer, expondo o conteúdo da placa a células pró-trombóticas
circulantes.
- A capa fibrosa:
● O núcleo lipídico da placa pode tornar-se uma mistura necrótica de lipídios extracelulares
amorfos, proteínas e fatores pró-trombóticos cobertos por uma camada de células musculares
lisas de espessura variável.
● Se a capa fibrosa for fina (placa instável) e se romper, os conteúdos do centro lipídico são
expostos aos fatores humorais circulantes, levando a mobilização de plaquetas para o local
iniciando a formação de trombos.
● Dessa forma, uma estenose hemodinamicamente insignificante, pode precipitar uma
trombose aguda e resultar em evento isquêmico dramaticamente significativo (p. ex. IAM)
- As placas tendem a ocorrer nas bifurcações ou dobras associadas ao estresse externo repetitivo.
● Aorta abdominal infra-renal,
● Bifurcações ilíacas,
● Bifurcações carotídeas,
● Artérias femorais superficiais na saída do canal de Hunter
● Óstios das artérias coronárias, renais e mesentéricas
4
Insuficiência Arterial Crônica
- A apresentação clínica varia de assintomática à perda de tecido.
- A Claudicação intermitente é o sintoma mais comum no cenário de paciente ambulatorial.
- Classicamente, a dor ocorre com a locomoção e é aliviada com o repouso.
- A piora na perfusão leva à isquemia crítica dos membros, que pode se manifestar por dor em
repouso.
- Essa dor é normalmente no dorso do pé e é aliviada com pernas pendentes na beira do leito.
- O paciente também pode ter perda de tecido com úlceras ou feridas nos pés que não cicatrizam.
- Síndrome de Leriche:
● Claudicação dos membros inferiores ou das nádegas
● Pulsos femorais ausentes
● Disfunção erétil
- Exame Físico - Lesões tróficas:
Teste Fisiológico e Imagem
- Índice tornozelo Braquial (ITB)
- Ecocolor Doppler
- Angiografia
- Angiografia por tomografia computadorizada (angio-TC)
- Angiografia por ressonância magnética (angio RM)
- Angiografia com dióxido de carbono
- Ultrassom intravascular
5
Índice tornozelo Braquial (ITB)
- Realizado com aparelho de pressão e uma sonda Doppler de onda contínua.
● Com o paciente em posição supina, após vários minutos de descanso para permitir que a
pressão do membro volte à linha-base, o manguito é inflado no tornozelo, com a sonda
Doppler mantida no local do sinal distal na artéria dorsal do pé ou tibial posterior.
● A pressão sistólica é gravada com a desinflação do manguito de pressão quando o sinal do
Doppler retorna.
- O ITB é calculado usando a maior pressão em cada tornozelos e a maior pressão braquial
- Correlação Clínica de Diferentes Níveis de Índice Tornozelo-braquial
- Pacientes sintomáticos com ITB em repouso normal devem passar por teste de esforço com a
medida do ITB pós-exercício.
● A diminuição na resistência vascular periférica que ocorre com a vasodilatação induzida por
exercício aumentará a queda na pressão trans estenose.
● Os pacientes passam por teste de ITB em repouso, seguido pelo exercício em esteira até
ocorrer o sintoma;
● ITB pode ter diminuição no ITB de 0,20.
● Essas mudanças, ou falha no ITB em retornar à linha-base pré-exercício dentro de três minutos,
são interpretadas como resultado positivo
Ecocolor Doppler
- O ecocolor Doppler fornece imagemmodo B (escala cinza), e dado de fluxo em cores
● Fluxo de cor é usado para demonstrar vasos patentes, mesmo com fluxo muito baixo, e para
distinguir o fluxo anterógrado do retrógrado.
● Mudançana forma da curva de velocidade de trifásica para monofásica ou um aumento no
pico de velocidade sistólica seguido por uma queda nessa mesma velocidade indica lesão
hemodinamicamente significativa
6
Arteriografia
Angiografia
- A maioria das angiografias tem sido terapêutica e não diagnóstica
- Por ser invasiva, com risco de complicações, as angiografias são realizadas em lesões que são
consideradas de indicação para a intervenção endovascular ao mesmo tempo da angiografia inicial.
- Complicações:
● Hematoma na região inguinal
● Sangramento retroperitoneal
● Pseudoaneurisma
● Fístula arteriovenosa
● Dissecção arterial
● Risco de nefropatia induzida por contraste
● Alergia ao meio de contraste
● O risco de exposição à radiação
7
1- Angiografia por tomografia computadorizada
- Uma vantagem da angio-TC é a contrastação de todo o vaso, fornecendo detalhes para a
visualização de trombos e calcificações; a arteriografia normalmente mostra somente o lúmen da
artéria.
- A angiotomografia permite reconstrução tridimensional
- Desvantagens da angio-TC
● Uso de contraste
● Radiação ionizante
2- Angiografia por ressonância magnética
- Os defensores da angio-RM por contraste com gadolínio relatammaior
sensibilidade e especificidade para demonstrar o grau e a extensão da lesão, e
até superioridade em definir os vasos distais quando comparada à arteriografia
convencional.
- Desvantagens da angio RM incluem
● O desconforto,
● A necessidade da cooperação do paciente,
● O exame mais demorado,
● O custo,
● As contraindicações para certos implantes metálicos
● E relatos de toxicidade renal com o uso do agente de contraste gadolínio.
3- Angiografia com dióxido de carbono
- Pode ser útil em pacientes com insuficiência renal crônica grave.
- O dióxido de carbono desloca temporariamente o sangue da artéria e ocupa o
seu lugar, permitindo a imagem angiográfica.
- Limitações incluem
● visualização precária, especialmente dos vasos distais pequenos.
● Existem relatos de complicação do uso de dióxido de carbono causando
embolia com isquemia mesentérica.
● O dióxido de carbono não é utilizado em arteriografía cerebral nem no
arco aórtico
8
Ultrassom Intravascular
- O USIV fornece imagem axial (transversal) de 360 graus do lúmen do vaso ao longo do seu trajeto e
dados qualitativos sobre a anatomia da parede do vaso.
● Como ferramenta diagnóstica, associado ao ecocolor Doppler, fornece a histologia virtual da
parede do vaso, mostrando a delimitação entre o fluxo e o trombo.
● A histologia virtual atribui cor aos componentes da placa, identificando a placa de densidade
fibrosa, fibroadiposa, calcificada e ulcerada.
OBS! Stent na artéria ilíaca comum (A); trombose no stent da artéria ilíaca comum (B); placa na
artéria ilíaca externa (C); placa na artéria ilíaca externa (D)
Tratamento Clínico
- Dislipidemia
● Dieta, exercício
● Estatina, commeta de LDL <100 mg/dL
● Genfibrozila, útil em pacientes com baixo HDL, LDL normal, TG alto
- Hipertensão
● Meta 140/90 mmHg em não diabéticos, 130/80 mmHg em DM
● Betabloqueador
● Inibidores de ECA
- Diabetes
● Meta
○ Hemoglobina A1c <7%
● Cuidado apropriado do pé;
○ Lesões cutâneas, ulcerações devem ser tratadas urgentemente em todos os pacientes
diabéticos com DAP da extremidade inferior
- Aterosclerose
● Ácido acetilsalicílico 75 a 325 mg VO uma vez ao dia
● Clopidogrel 75 mg VO uma vez ao dia, alternativa eficaz ao ácido acetilsalicílico
- Fumo
● Médicos devem advertir para abandonar o fumo!
OBS! Esquema com cilostazol (inibição da ação da fosfodiesterase III e supressão do AMP cíclico
promove a inibição da agregação plaquetária e vasodilatação)
- Exercícios supervisionados são recomendados
- Pacientes que inicialmente apresentam pressão do tornozelo baixa ou ausência de pulso femoral,
ou que retornam com sintomas graves, semmelhora, com estilo de vida limitante e que não
responderam adequadamente às medidas clínicas são considerados para a intervenção
9
Tratamento Claudicação Intermitente
Isquemia Crítica do MI
10
Pé diabético
- Amputações são cinco a dez vezes maiores em diabéticos que em não diabéticos.
- Os cuidados com pacientes diabéticos devem começar commedidas preventivas
● É importante evitar infecções em pacientes com pés não sensíveis por causa da neuropatia.
Esses pacientes precisam usar sapatos adequados permanentemente para proteger os pés.
- No atendimento inicial, um exame físico cuidadoso
● A celulite sobrejacente é avaliada, e qualquer possibilidade de abscesso é examinada por
palpação para avaliar se existe crepitação ou detecção de drenagem de fluido purulento.
● A presença de um abscesso requer drenagem imediata antes da revascularização.
- A presença ou ausência de pulso nas extremidades inferiores, ou seja, nas artérias femorais comuns,
poplíteas e artérias dos pés, é examinada.
● O Doppler arterial colorido pode ser útil na avaliação da extensão da doença arterial.
- Raios X simples
● Gás no tecido mole significa infecção do tecido profundo e necessidade de desbridamento
cirúrgico urgente
● Osteomielite avançada pode ser detectada; porém, raios X simples podem não mostrar
infecção óssea precoce
● A imagem por ressonância magnética RM do pé para detectar osteomielite precoce.
- Em infecções com celulite sem envolvimento subjacente do tecido mole, os pacientes são tratados
com terapia antibiótica IV.
- A causa de celulite persistente e a persistência da infecção estão normalmente na infecção
profunda subjacente ou osteomielite.
- Os pacientes podem apresentar gangrena, exposição articular ou exposição óssea, ou abscesso.
Nesses pacientes, o desbridamento cirúrgico é necessário, além da antibioticoterapia.
- Pequenas úlceras abertas podem ser tratadas com desbridamento simples, mas normalmente há
envolvimento do tecido profundo que não é visível na superfície.
- Para remover todo o tecido não visível e fazer drenagem ampla, pode ser preciso amputar. Se
houver infecção extensiva do pé, com gás, dor na panturrilha ou sepse sistêmica, o paciente pode
precisar de amputação como terapia inicial.
- Após o desbridamento cirúrgico, os pacientes são tratados com cuidado agressivo. Em pacientes
com circulação arterial adequada, a ferida pode ser fechada secundariamente após a resolução da
infecção.
- Todos os pacientes com evidência de doença oclusiva arterial concomitante são considerados para a
revascularização da extremidade inferior com cirurgia aberta ou endovascular para otimizar a
cicatrização da ferida e salvar o membro
11
- Amputações do pé:
- Amputação abaixo do joelho:
- Amputação acima do joelho:
Procedimentos de revascularização cirúrgica
- Lesões de tipo TASC A e D:
● A terapia endovascular é o tratamento de escolha para lesões do tipo A
● A cirurgia é o tratamento de escolha para lesões do tipo D.
- Lesões de tipo TASC B e C:
● O tratamento endovascular é o mais indicado para lesões do tipo B,
● A cirurgia é indicada para pacientes de baixo risco com lesões do tipo C.
Classificação das Lesões
- Lesões Aortoilíacas do Transatlantic Inter-Society Consensus (TASC)
12
- Lesões Femoropopliteal do TransAtlantic Inter-Society Consensus (TASC)
Tratamento por Cirurgia Aberta
- Doença aortoilíaca
● Quando a doença é mais extensa ou envolve as artérias femorais comuns, necessitando de
uma abordagem aberta, os pacientes normalmente passam por bypass aorto bifemoral com
enxerto protésico pela abordagem transperitoneal ou retroperitoneal
13
Doença oclusiva da extremidade inferior
- Bypass femoro poplíteo
● O bypass femoro poplíteo é utilizado em pacientes com oclusão da AFS (artéria femoral
superficial) e artéria poplítea proximal, havendo um segmento da artéria poplítea distal pérvio
desaguando com ramos arteriais da tibial e fibular.
● O enxerto de PTFE-politetrafluoretileno ou veia safena pode ser utilizado
- Bypass infra poplíteo
● O bypass infra poplíteo é usado para artérias além da artéria poplítea quando há doença
arterial que envolve a artéria poplítea distal sendo a veia safena o materialde escolha
Tratamento Endovascular
- Angioplastia subintimal
● Descrita em 1987, a técnica de angioplastia subintimal envolve o uso de um fio para criar
dissecção arterial proposital, começando no segmento proximal da oclusão arterial.
● Usando esse plano, uma oclusão total crônica pode ser recanalizada.
● Quando o fio ultrapassar a lesão, ele reentra no lúmen arterial verdadeiro.
● O lúmen falso é tratado com angioplastia por balão para aumentar seu diâmetro.
● Apesar de os índices de sucesso técnico serem favoráveis, a patência em longo prazo e os
índices de salvamento do membro não têm impressionado
14
- Angioplastia com balão
● A angioplastia com balão, originalmente descrita em 1974, exige primeiro que se ultrapasse a
lesão arterial transluminalmente com um fio-guia e depois se infle um balão introduzido sobre
o fio no local da lesão.
● O tratamento é considerado bem-sucedido se a estenose residual for menor que 30% ou não
houver gradiente de pressão na área tratada
- Stent
● Umametanálise foi relatada comparando a angioplastia com balão ao stent para o tratamento
de lesões femoropoplíteas.
● O uso de stents não melhorou o índice de patência em um ano, variando de 63% a 90%.
Arteriopatias não Ateroscleróticas
- Síndrome de Raynaud
● O fenômeno de Raynaud é caracterizado por vasoespasmo episódico recorrente dos
quirodáctilos desencadeado por estímulo, como frio ambiental ou estresse emocional,
manifestando-se como mudanças tricolores – branco, azul e vermelho.
● Inicialmente produz palidez pela exposição ao frio e vasoconstrição, subsequente cianose da
hipóxia e, então, rubor pela resposta hiperêmica associada ao reaquecimento.
● Os quirodáctilos voltam ao normal 10 a 15 minutos após a remoção do estímulo, e os dedos
permanecem normais entre os episódios isquêmicos
- Doença de Buerger (tromboangeíte obliterante)
● Homens jovens, fumantes, com cerca de 30 anos, apresentando isquemia distal de membro e
gangrena digital localizada.
● A tromboangeíte obliterante é uma vasculite.
● As lesões oclusivas são geralmente vistas em artérias pequenas e médias das extremidades
superiores e inferiores.
● Os pacientes frequentemente têm dor de repouso, ulceração e gangrena digital.
● A arteriografia normalmente revela os vasos infrageniculares extensamente doentes.
● O reenchimento dos segmentos arteriais distais é fornecido por vasos colaterais tortuosos
(saca rolhas), o que é patognomônico da doença.
● O tratamento requer parada absoluta do tabagismo.
● O padrão distoproximal da progressão da doença geralmente impede a revascularização
cirúrgica de sucesso.
● Não há tratamento farmacológico eficaz.
- Vasculite de grande vaso
● Arterite Temporal
15
○ Ocorre em pacientes commais de 55 anos. É duas ou três vezes mais comum em
mulheres. Afeta principalmente os ramos da artéria carótida externa (ACE).
○ Os sintomas constitucionais incluem cefaléia, mal-estar, anorexia e perda de peso. Um
sintoma característico é a dor intensa sobre a artéria temporal.
○ Até 20% dos pacientes podem desenvolver cegueira unilateral permanente, com um
terço deles progredindo à cegueira contralateral dentro de mais uma semana.
○ O tratamento deve ser imediato, consistindo em doses altas de corticosteroides.
○ Os pacientes com suspeita de ACG devem ser submetidos a biópsia da artéria temporal
antes de iniciar a terapia com esteróides.
● Arterite de Takayasu
○ A doença de Takayasu ocorre commais frequência em pacientes do sexo feminino
asiático com idades entre 3 e 35 anos (85%).
■ Os pacientes inicialmente apresentam febre, anorexia e mialgia, seguidas de um
segundo estágio de sintomas decorrentes de oclusões de múltiplas artérias,
dependendo da localização da doença.
○ A doença frequentemente afeta a aorta, seus ramos principais e a artéria pulmonar.
■ As lesões normalmente são estenóticas, mas também podem se apresentar como
degeneração aneurismática.
■ Os pacientes são mais bem tratados com o tratamento clínico conservador.
■ A intervenção cirúrgica ou endovascular é usada na doença estenóticas
sintomática, mas só é feita quando o processo inflamatório ativo está sob controle
- Vasculite de Vasos de médio calibre
● Poliarterite nodosa
● Doença de Kawasaki
● Doença de Behçet
● Síndrome de Cogan
Obstrução Arterial Aguda
- Regra dos 6 pês
● Poikilothermia (frialdade)
● Pain (dor)
● Pallor (palidez)
● Pulselessness (sem pulso)
● Paresthesias (parestesia)
● Paralysis (paralisia)
16
- A isquemia aguda de membro constitui uma emergência cirúrgica. Como na maioria dos casos de
doença vascular, há métodos endovasculares e de cirurgia aberta para tomada de decisão sobre a
conduta de tratamento.
- A causa da isquemia aguda de membro normalmente é o tromboembolismo.
● A fonte do embolismo pode ser o coração, (fibrilação atrial)
● Fontes embólicas alternativas incluem os folhetos valvulares, a aorta e as artérias ilíacas que
podem alojar trombos
● Os pacientes com histórico anterior de bypass cirúrgico ou colocação de stent podem ter
oclusão aguda do enxerto ou falha do stent
- Membros categoria I
● São viáveis e não ameaçados imediatamente.
- Membros categoria IIa
● Estão ameaçados, mas são recuperáveis se tratados.
- Membros categoria IIb
● São recuperáveis se tratados como emergência.
- Membros categoria III
● Têm isquemia irreversível e não são recuperáveis.
- Embolectomia
17
- Trombectomia
- Fibrinólise
● Contraindicação à trombólise
○ Diátese hemorrágica ativa
○ Hemorragia gastrointestinal recente (<10 dias)
○ Cirurgia intracraniana ou espinhal,
○ Trauma intracraniano nos três meses anteriores.
○ AVC recente, dentro de dois meses
● Contraindicações relativas maiores incluem
○ Cirurgia ou trauma não vascular principal nos dez dias anteriores
○ Hipertensão descontrolada
○ Punção de vasos não compressíveis
○ Tumores intracranianos
○ Cirurgia ocular recente
- Sindrome Compartimental- Fasciotomia
Caso 1
- EF
● P- MV+ bilateralmente sem RA
● COR- BRNF S/S
● Abd-globoso, flácido, indolor sem VMG MMII- pulso femoral esquerdo fraco (2+) diminuído em
relação ao da direita assim como pulsos distais muito fracos
- ITB - 0,7
- HD?
- Doppler- estenose 80% da artéria ilíaca esquerda. Obstruções sem estenose significativa em femoral
esquerda , poplítea ,TP. TA ocluída
- ITB pós exercício
● ITB- 0,7
● ITB pós exercício- 0,4
- Conduta?
● Paciente foi orientado a parar de fumar , e deambular. Medicado com cilostazol.
● Retorna depois de 3 meses queixando-se de claudicação persistente, que está piorando.
18
- Angiografia
- Indicado Tratamento endovascular com boa evolução (angioplastia com balão)
● Os stents são empregados de forma seletiva, segundo as indicações:
○ Resultado inadequado da angioplastia com balão, com dissecção extensa ou limitadora
do fluxo ou com gradiente pressórico superior a 11 mmHg
○ Oclusões
○ Lesões ostiais
○ Placas calcificadas ou com grandes ulcerações
Caso 2
- Pac 65 a, HAS, DM2, Tabagista, dislipidêmico
- HPMA
● Refere dor lesão no tornozelo, após trauma causado pelo gato há cerca de 2 meses.
● Refere quadro de dor ao caminhar principalmente quando há elevação já há algum tempo.
● Faz uso de anti-hipertensivos , hipoglicemiante oral e estatina de forma adequada.
- EF
● P- MV+ bilateralmente sem RA COR- BRNF S/S Abd-globoso, flácido, indolor sem VMG MMII-
Lesão ulcerada em face dorsal do pé esquerdo. Pulso femoral 4+, ausência de pulso poplíteo e
distais.
● ITB- 0,3
- Estudo de imagem:
19
- Boa evolução com fechamento da úlcera e melhora da claudicação embora os pulso distais (TP e
Ped) não tenhammelhorado.
- ITB-0,7
Caso 3
- Pac 65 a, HAS, DM1, Tabagista, dislipidêmico
- HPMA
● Refere lesão no pé esquerdo há cerca de 2 meses, há 1 semana com saída de secreção
purulenta. E edema do pé além de eritema da perna e descontrole da glicemia
● Faz uso de anti-hipertensivos , hipoglicemiante oral, insulina e estatina de forma adequada.
- EF
● Nota-se celulite do dorso do pé , drenagem de fluido purulento além de crepitação local.
- O que é de fundamentalimportância a ser identificado neste momento?
● A presença de pulsos ou um ITB nl vai definir a conduta
● Se +
○ Desbridamento e atb, com cicatrização por segunda intenção •
● Se -
○ Amputação primária
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