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Medicina - 6º Semestre - Ana Paula Cuchera e Eduarda Costa Profº Luis 6 de nov. de 2023 Anatomia - Aneurisma → dilatação do diâmetro de um arteria ● Os aneurismas são definidos como aumento do tamanho superior a 50% do diâmetro arterial normal, podendo ocorrer em qualquer região ao longo da aorta, da raiz até a bifurcação. 1 Incidência - 25 casos por 100.000 pacientes/ano. - O diagnóstico de AAA ● Chega a 6% na população acima de 65 anos ● 10% em pacientes acima de 80 anos - O diagnóstico é mais frequente entre 65 e 75 anos. OBS!Mais comum é causado por iatrogenia → quando retira algum acesso do paciente e sangra muito Tipos de Aneurismas 1- Aneurismas Fusiformes ● Dilatação circunferencial que envolve as três camadas da parede do vaso 2- Aneurismas saculares ● São uma uma evaginação focal da parede arterial 3- Pseudoaneurismas (falsos aneurismas) ● Defeito focal na artéria, com uma coleção de sangue contido pela adventícia e tecido periarterial, podem ser degenerativos, infecciosos ou traumáticos. 4- Aneurismas Micóticos ● Associados a infecção , inflamação, doença autoimune ou do tecido conjuntivo. Fatores de Risco para o Desenvolvimento de Aneurisma - Tabagismo - Hipercolesterolemia - Hipertensão arterial sistêmica - Gênero masculino - História familiar ● Fatores genéticos que contribuem para a degradação do colágeno e da elastina estão associados a doença aneurismática Fatores de Risco para Expansão do Aneurisma ● Idade avançada ● Doença cardíaca grave ● Acidente vascular encefálico prévio ● Tabagismo ● Transplante cardíaco ou renal Fatores de Risco para Ruptura de Aneurisma - Gênero feminino - DPOC - Grande diâmetro do AAA - Pressão arterial média elevada - Tabagismo (tempo de consumo quantidade) 2 - Transplante cardíaco ou renal - Risco de ruptura: (segundo o diâmetro) - A maioria dos médicos considera a taxa de crescimento como fator de risco para ruptura. ● Taxa de crescimento acima de 5 mm em 6meses ● Oumais de 1 cm por ano - Independente do tamanho do aneurisma Diagnóstico - Exame físico com a palpação de massa pulsátil, mais comumente supra umbilical e na linha mediana. - A sensibilidade do exame físico é dependente do tamanho do aneurisma e do biotipo do paciente. - A ultrassonografia ● Temmostrado sensibilidade e especificidade excelentes. ● A ultrassonografia pode ser limitada pelo biotipo do paciente e presença de gases intestinais. ● É um excelente método de triagem, pois evita as complicações associadas com exames invasivos, radiação e meio de contraste. ● É para suspeita - Tomografia computadorizada (TC) ● Proporciona excelente imagem de AAA, commaior reprodutibilidade das medidas do diâmetro do que a ultrassonografia. ● A TC, com contraste iodado para realizar angiografia por tomografia computadorizada (ângio-TC), proporciona riqueza de informação anatômica, detecta calcificação do vaso, trombos e doença arterial oclusiva concomitante, permite a reconstrução multiplanar e tridimensional, e análise para planejamento cirúrgico. ● As desvantagens incluem substancial exposição radioativa, em particular no caso de exames seriados e do uso de meio de contraste iodado em população com elevada incidência de doença renal como comorbidade. ● Faz quando tem certeza e planejamento de cirurgia 3 OBS! O branco em volta é o cálcio - O branco de dentro é o lúmen - Parte mais escura é o coágulo → pelo fluxo turbulento no saco aneurismático - Ressonância Magnética (RM) e Angiografia por ressonância magnética (ângio-RM) ● São semelhantes à TC, na sensibilidade para detecção de AAA. ● Diferentemente da TC, a angio-RM não mostra calcificação da parede aórtica, o que pode ser importante no planejamento cirúrgico. ● Apesar de o exame não necessitar do uso de contraste iodado, a angio-RM utiliza gadolínio, que tem sido associado ao desenvolvimento de fibrose nefrogênica sistêmica em pacientes com taxa de filtração glomerular baixa. ● A disponibilidade da ressonância magnética também pode ser limitada pela presença de implantes ou corpos estranhos metálicos incompatíveis. Seguimento - Crescimento: ● < 2,6 cm: não recomenda triagem adicional ● 2,6-2,9 cm: reexaminar em 5 anos ● 3,0-3,4 cm: reexaminar em 3 anos ● 3,5-4,4 cm: reexaminar em 12 meses ● 4,5-5,4 cm: reexaminar em seis meses OBS! Sempre fazer com o mesmomédico (preferência) Tratamento Clínico - Ácido acetilsalicílico - AAS → evitar trombo - Betabloqueadores - Estatinas - Cessação do tabagismo 4 Tratamento cirúrgico - Em geral, o tratamento cirúrgico é recomendado para aneurismas commais de 5,5 cm de diâmetro, ● Aqueles que apresentammais de 5 mm de crescimento em 6 meses ou mais de 1 cm em 1 ano, e aneurismas com anatomia sacular em vez de a anatomia típica fusiforme. - A existência de diferenças entre gêneros em vários fatores justifica que alguns especialistas defendam que o reparo do aneurisma deve ser considerado para tamanhos menores emmulheres. - Também foi citado que a presença de muita ansiedade relacionada com o aneurisma, associada ao conhecimento sobre a presença de um aneurisma não reparado, afeta a qualidade de vida e pode ser um fator a ter em conta no tratamento de aneurismas abaixo de 5,5 cm de diâmetro. OBS! O sacular = bolha → tem indicação cirúrgica, pois temmuito mais risco de romper, independente do tamanho. Avaliação pré-operatória - Compreende planejamento cirúrgico, como também a identificação e o manejo das comorbidades clínicas importante ● Doença das artérias coronárias (DAC) ● Insuficiência renal ● Estenose carotídea ● Doença arterial periférica oclusiva ● Diabetes ● Doença pulmonar obstrutiva Técnica de Reparo por Cirurgia Aberta de Aneurismas Aórticos Abdominais 1- Abordagem transperitoneal: ● O reparo transperitoneal via laparotomia com incisão mediana é a abordagemmais amplamente utilizada para aneurisma infrarrenal típico e oferece exposição rápida. ● Para aneurismas abaixo das artérias renais ● Modo de fazer: clamperia a aorta para parar a circulação, abre o aneurisma tira o trombo e depois coloca uma prótese e fecha o saco aneurismático 5 2- Abordagem Retroperitoneal: ● Exposição aórtica retroperitoneal pode ser executada com o paciente em posição de decúbito lateral direito modificado, com o tórax rodado, mas o quadril relativamente plano para permitir o acesso a ambas as regiões inguinais. ● Para aneurisma acima da artéria renal ● Onde precisa subir até o tórax → a cirurgia é maior ● Reduz o estresse fisiológico do paciente e resulta emmenos complicações pulmonares pós-operatórias, como também reduz o íleo pós-operatório. ● As incisões medianas podem complicar causando defeitos da parede abdominal, aparentes radiograficamente em aproximadamente 20% dos casos ● Dor pós-operatória persistente, flacidez da parede lateral e hérnia têm sido descritas como complicações do reparo retroperitoneal ● A abordagem retroperitoneal fornece maior acesso ao segmento visceral da aorta abdominal e pode ser auxiliada, se necessário, pela extensão torácica da incisão e exposição com ou sem secção do diafragma. ● A exposição extensiva das porções supra celíaca e viscerais da aorta permite o acesso completo, e a decisão a ser tomada no que diz respeito à colocação do clampe, que pode ser supra renal, supra mesentérica ou supra celíaca OBS! Só consegue fazer isso com exposição retroperitoneal 6 Manejo pós-operatório - Pacientes são internados na unidade de tratamento intensivo: ● Commonitoramento cardiopulmonar contínuo. ● Controle adequado da dor (anestesia epidural e a analgesia controlada do paciente são opções excelentes para manejo da dor no pós-operatório) ● Oxigenação adequada ● Controle da frequência cardíaca. ● A utilização de profilaxia apropriada para trombose venosa profunda é importante ● A atenção para a mobilização precoce e a nutrição do paciente também são essenciais para a recuperação. - A isquemia e reperfusão também podem contribuir para lesões nos pulmões, desenvolvimento de síndrome compartimental das extremidades inferiorescom rabdomiólise - Síndrome compartimental abdominal que pode requerer laparotomia descompressiva OBS! Quanto mais tempo clampeado → maior isquemia da perna e pode dar rabdomiólise e infrequente, pode dar síndrome compartimental do abdome ● Ideal = 30 minutos de clampeamento, mas até 60 minutos dá para fazer - Apesar de eventos tardios após o reparo cirúrgico aberto serem relativamente raros, um programa de observação é importante para detectar essas complicações, como a formação de aneurismas anastomóticos ou paranastomóticos, que podem ocorrer emmais de 20% dos pacientes, em qualquer momento até 15 anos de pós-operatório. - Exames de imagem do paciente com TC imediata e a cada cinco anos após o reparo. OBS! Paciente com cirurgia aberta → precisa de tomografia a cada 5 anos - A ultrassonografia é exame técnico dependente e não tem a sensibilidade da TC para detecção de alterações anastomóticas ou paranastomóticas Reparo Endovascular - Relatado pela primeira vez por Parodi et al. em 1991, e tem sido amplamente adotado. - Em 2006, a Agency for Healthcare Research and Quality publicou uma comparação entre o REVA e o reparo cirúrgico aberto para AAA, que concluiu que: ● O REVA apresenta menor tempo de internação ● Menor morbidade e mortalidade em 30 dias ● Mas não melhora a qualidade de vida após três meses ou sobrevida após dois anos OBS! Coloca cateter na ilíaca → vai com o guia → coloca o stent (mola), que em volta tem umamalha → depois infla dentro = protese infra renal - Apesar de as taxas de morbidade e mortalidade precoces (0,5% a 1,54% versus 3% a 4,8%) serem mais baixas com o REVA, há uma taxa maior de reintervenção (embora principalmente endovascular) para reparo endovascular do que para reparo aberto de aneurismas e, após 2 a 3 anos, não existe diferença significativa na taxa de mortalidade global. - Essa tecnologia relativamente recente originou um conjunto totalmente novo de complicações. ● Endoleak (vazamento interno) ● Complicações relacionadas ao acesso, que ocorrem em até 3% dos casos, e incluem hematoma, pseudoaneurisma, oclusão ou dissecção arterial e ruptura ou transecção da artéria ilíaca; embolização periférica 7 ● Insuficiência renal ● Oclusão inadvertida da artéria renal ou hipogástrica – ocorrências raras, como isquemia do cólon ou da medula. ● Infecção do enxerto. - Essas vantagens, embora limitadas, foram suficientes para que o REVA fosse realizado nos últimos anos commais frequência do que o reparo cirúrgico aberto para aneurismas com anatomia adequada. - Várias considerações anatômicas permitem selecionar o paciente com indicação para REVA, incluindo a anatomia do colo do aneurisma (diâmetro, comprimento, forma e angulação) e das artérias ilíacas (calibre, tortuosidade e envolvimento aneurismático). - Endoleak tipo I: ● É definido como a falha em selar completamente as zonas de selamento proximal (tipo Ia) ou distal (tipo Ib), representando uma falha em excluir o saco aneurismático ● Fica entrando sangue por cima e por baixo (imagem) - Endoleak tipo II: ● São as formas mais comuns e representam enchimento contínuo do saco aneurismático pelos ramos lombares ou artéria mesentérica inferior. ● Fica entrando sangue pelas artérias (sangue refluindo) - Endoleak tipo III: ● Representam a falência de um componente individual ou do selamento entre os componentes de um sistema modular de enxerto ● Vazamento entre os componentes, ou quando a malha está rompida - Endoleak tipo IV: ● Representam porejamento por meio do material poroso do enxerto e são caracteristicamente autolimitados, resolvendo quando o processo de anticoagulação é revertido ● Vazamento por dentro da malha - Endoleak tipo V: ● Endotensão ● Não se sabe o que causa, apesar de não detectar vazamento ele continua enchendo Aneurisma Aórtico Torácico 8 Classificação de aneurisma de aorta tóraco abdominal - Extensão I: distal à artéria subclávia esquerda até acima das artérias renais - Extensão II: distal à artéria subclávia esquerda até abaixo das artérias renais - Extensão III: do sexto espaço intercostal até abaixo das artérias renais - Extensão IV: do 12.° espaço intercostal até bifurcação aórtica (aneurisma aórtico abdominal total) - Extensão V: a partir do sexto espaço intercostal até logo acima das artérias renais. - Reparo Aberto dos Aneurismas Torácico e Toracoabdominal - O nível da entrada na cavidade torácica para reparo de aneurismas torácicos ou tóraco abdominais é guiado pela extensão proximal do aneurisma - Uma incisão no: ● Quinto ou sexto espaço intercostal → proporciona excelente exposição da aorta descendente proximal ● Oitavo ou nono espaço intercostal → para descendente média ● Décimo ou décimo primeiro espaço intercostal → para a porção infradiafragmática da aorta - A circulação extracorpórea combinada com o uso seletivo de perfusão aórtica distal e visceral com parada circulatória hipotérmica, tem alcançado bons resultados emmãos experientes. Tratamento Endovascular dos Aneurismas Torácicos - Em 2005, a FDA aprovou a endoprótese torácica TAG da Gore para o tratamento de aneurismas da aorta torácica descendente. - Desde então, o tratamento com cirurgia aberta de aneurismas da aorta torácica descendente tem sido largamente suplantado pela REVAT (reparo endovascular) para lesões anatomicamente adequadas. - Como para as endopróteses de aorta abdominal, o estudo inicial e subsequente tem demonstrado índice significativamente mais baixo de morbidade e mortalidade em curto prazo do que com o reparo aberto. - Diferentemente do REVA do AAA (reparo endovascular de aneurisma de aorta), o reparo endovascular do aneurisma de aorta torácica descendente parece oferecer significativa vantagem na mortalidade, em longo prazo, relacionada com o aneurisma. - As complicações mais frequentes do REVAT são as relacionadas com as lesões nos acessos arteriais, femoral e ilíaco. - Várias considerações anatômicas orientam a seleção do paciente para o REVAT. ● Assim como na REVA, o diâmetro, o comprimento e a configuração do colo proximal do aneurisma devem ser adequados à configuração e às possibilidades dos enxertos disponíveis - O REVAT tem, entretanto, consistentemente alcançado índices mais baixos de mortalidade precoce e complicações pós-operatórias do que o reparo aberto. 9 ● Índices de mortalidade perioperatória de 2,1% versus 11,7%; ● De isquemia da medula espinhal de 3% versus 14%; ● De insuficiência respiratória de 4% versus 20%; ● De insuficiência renal de 1% versus 13% OBS! Ou seja, resultado muito superior ao reparo aberto Isquemia da medula espinal - Tal como acontece com o reparo aberto de aneurismas torácicos e toracoabdominais, a isquemia da medula espinhal, que pode manifestar-se como paraparesia ou paraplegia temporária ou permanente, unilateral ou bilateral, tem grande importância. - Os fatores de risco para isquemia da medula espinhal incluem o comprimento da cobertura aórtica, a cobertura da aorta torácica distal, o comprometimento de vários territórios colaterais, insuficiência renal pré-operatória e hipotensão Síndromes Aórticas Agudas - Dissecção da Aorta - Hematoma Intramural - Úlcera penetrante ateroscleróticas - Trauma aorta Dissecção da Aorta - A dissecção aórtica ocorre quando um defeito na camada íntima do vaso permite que o sangue crie um falso canal na parede aórtica entre as camadas média e adventícia. - A aorta fica dividida em 2 lumens (verdadeiro e falso) que são separados por um septo denominado retalho de dissecção. - Várias condições estão associadas ao desenvolvimento da dissecção aórtica ● Desordens do tecido conjuntivo (síndrome de Marfan) ● Hipertensão ● Gravidez ● Abuso de cocaína ● Halterofilismo 10 Classificações de DeBakey e Stanford - As dissecções: ● Tipo I de DeBakey (envolve a aorta ascendente e toracoabdominal) ● Tipo II de DeBakey (limitado à aorta ascendente) ou tipo A de Stanford (qualquer envolvimento da aorta ascendente) ● Tipo IIIa de DeBakey (confinado à aorta torácica descendente) ● Tipo IIIb de DeBakey ou tipoB de Stanford (envolvendo aorta torácica descendente e aorta abdominal) Diagnóstico - A TC permanece como o principal método diagnóstico de imagem ● Obtenção de dados anatômicos excelentes ● Capacidade para localizar a entrada da laceração e fenestrações, ● Avaliação da patência dos ramos da aorta e detecção de extravasamento de contraste, consistente com ruptura ● A TC está amplamente disponível, e estudos excelentes podem ser obtidos rapidamente com canais multidetectores helicoidais modernos em poucos minutos. - A RM consome substancialmente mais tempo para ser obtida, e sua utilização pode ser limitada por fatores do paciente (implante metálico ou a existência de dispositivos terapêuticos implantados) - A Angiografia proporciona excelente informação sobre a anatomia e o envolvimento da aorta e seus ramos; tem capacidade para visualizar a anatomia do retalho da dissecção e as fenestrações (particularmente com o uso adjuvante do ultrassom intravascular – USIV). - Ecocardiograma Transesofágico (Pacientes instáveis) - Imagem: ● A, Dissecção tipo A de Stanford com retalho (flap) de dissecção visível nas aortas ascendente (seta fina) e descendente (seta grossa). ● B, Dissecção tipo B de Stanford demonstrando fenestração na laceração de entrada proximal distalmente à artéria subclávia esquerda (seta fina vertical) e enchimento dos lumens verdadeiro (seta grossa) e falso (seta horizontal fina) com diferente intensidade do meio de contraste. 11 Tipo A - Quadro Clínico: - A dissecção tipo A ● Dor torácica ou dorsal aguda, comumente descrita como dilacerante ou lancinante. ● Acompanhado por grave hipotensão, em particular no caso de tamponamento pericárdico ou ruptura da valva aórtica, hipoperfusão distal. ● Os déficits de pulso distal ou outras evidências de má perfusão de início súbito, dor torácica ou dorsal de grande intensidade devem imediatamente levar à suspeição de dissecção aórtica. ● A dissecção tipo A aguda é, geralmente, considerada emergência cirúrgica. - Tratamento Cirúrgico tipo A - Sob parada circulatória, a aorta ascendente e o arco aórticos são abertos, a dissecção é exposta (1, 2). O falso lúmen é obliterado (4) - O enxerto é suturado ao arco transverso em uma anastomose distal aberta (3) B, a anastomose distal é reforçada (5). A valva aórtica foi suspensa (6). A anastomose proximal é realizada (7). Tipo B - Quadro Clínico: - A dissecção do tipo B ● Aguda (≤ 14 dias do início dos sintomas) ○ Apresentam, frequentemente, dor torácica ou dorsal lancinante, principalmente no caso de hipertensão grave ○ Amá perfusão da medula espinhal , renal, visceral ou das extremidades inferiores pode complicar a evolução ● Crônica (> 14 dias do início dos sintomas) 12 - A extensão é normalmente anterógrada, estendendo-se até as artérias ilíacas ou femorais. As reentradas podem permitir comunicação entre os lumens, verdadeiro e falso, em intervalos ao longo do comprimento da dissecção. - Tratamento da dissecção do tipo B - O tratamento clínico intensivo tem sido parte principal do tratamento para dissecção não complicada, - As dissecções complicadas por ruptura, expansão aneurismática e evidência de má perfusão ou, dor intratável, têm sido tratadas cirurgicamente. - Dissecções tipo B complicadas - Os ramos aórticos para extremidades inferiores, vísceras e medula espinhal podem originar-se dos lumens verdadeiro ou falso. - A má perfusão pode resultar ● Da compressão dinâmica do lúmen verdadeiro, ● Da trombose de um ou ambos os lumens, ● Da obstrução estática causada pela extensão da dissecção para dentro do ramo aórtico. - Pode manifestar-se com o surgimento de disfunção renal, dor abdominal e isquemia mesentérica, isquemia de extremidade inferior ou função neurológica, variando de parestesia a paraplegia. Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B complicadas - Pode consistir ● Troca da aorta descendente ○ A troca da aorta descendente tem o objetivo de interromper o alargamento e a ruptura da mesma ○ Mortalidade hospitalar(29,3%) ● Fenestração da aorta abdominal ○ Visa aliviar a isquemia visceral e para os membros inferiores. ○ Esse procedimento, que é raramente efetivo, envolve a realização de aortotomia na aorta dissecada, para ressecar uma porção do retalho da dissecção na aorta no intuito de permitir a perfusão das artérias mesentéricas e renais ou, na aorta infrarrenal, reperfundir os membros inferiores ○ 43% de mortalidade cirúrgica - Em 1999, Dake et al. relataram a colocação endovascular de endopróteses para dissecção aórtica aguda como alternativa ao tradicional tratamento cirúrgico - O princípio da terapia endovascular com endoprótese é a exclusão da entrada da laceração com despressurização do falso lúmen; isso resulta na expansão do lúmen verdadeiro e trombose do lúmen falso com remodelamento subsequente da aorta, com aumento do diâmetro do lúmen verdadeiro e diminuição do diâmetro do lúmen falso. - As técnicas coadjuvantes, como fenestração ou colocação direta de stent para restaurar o fluxo dos ramos obstruídos, também são importantes componentes do tratamento moderno da dissecção. - Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B não complicadas - O reparo aberto para dissecção crônica pode produzir resultados mais favoráveis com taxa de mortalidade de 5,8% em 30 dias, taxa de AVC de 3% e taxa de isquemia da medula espinhal de 6% - Colocação endovascular de endopróteses para dissecção aórtica para dissecção crônica, em geral ocorre espessamento progressivo do retalho da íntima e as fenestrações de “reentrada” distal estão 13 bem consolidadas, causando mais dificuldade em induzir a trombose do falso lúmen do que em uma dissecção aguda e, provavelmente, diminuindo a ocorrência global de remodelamento favorável. - Apesar de a terapia clínica continuar sendo o padrão de tratamento. Uma revisão demonstrou: ● Falha precoce (nos primeiros 15 dias) 12% dos pacientes ● 58% de falhas principalmente relacionadas com a degeneração aneurismática, ● Em última análise, a sobrevida livre de intervenção foi de apenas 55% em três anos e diminuiu para 41% em seis anos. ● No contexto destas informações, o potencial de remodelamento aórtico e a prevenção da dilatação aneurismática com o tempo provocaram interesse crescente no uso precoce de stent nessa população. Um ensaio randomizado de combinação de REVAT e tratamento clínico ótimo versus tratamento clínico isolado (ensaio INSTEAD-XL) relatou recentemente uma análise de referência sugerindo benefício para REVAT em todos os desfechos, incluindo mortalidade por todas as causas, mortalidade específica da aorta e progressão da doença entre dois e cinco anos. Úlcera arterosclerótica penetrante e hematoma intramural - São considerados variantes de dissecção aórtica. - A úlcera aterosclerótica penetrante (UAP) ● Representa ulceração focal da íntima da aorta em região com doença aterosclerótica preexistente. Essas lesões podem, eventualmente, estender-se para a média e evoluir para uma dissecção verdadeira. - O hematoma intramural (HI) ● Ocorre quando um trombo intramural é encontrado sem evidência de ruptura intimal associada, possivelmente como resultado da ruptura da vasa vasorum na parede aórtica. De modo similar à úlcera aterosclerótica penetrante, o hematoma intramural pode evoluir para dissecção se uma laceração franca da íntima se desenvolver - Úlcera aterosclerótica penetrante ● UAP-A úlcera penetrante de aorta, apesar de ser infreqüente, deve ser sempre considerada como hipótese diagnóstica em pacientes idosos com cardiopatias e hipertensão arterial sistêmica, que apresentam com dor torácica subaguda e crônica de difícil controle clínico, sem indícios de isquemia miocárdica. Nesses casos, prefere-se o tratamento percutâneo com o implante de endopróteses via femoral - Hematoma intramural ● Há maior prevalência da doença em homens (61%) commédia de idade para o sexo masculino entre 63 e 68e com antecedentes de hipertensão arterial sistêmica de 53%. ● A forma não-traumática é a mais freqüente, sendo encontradacom incidência de 94%. ● A presença de sintomas como dor no peito e/ou no dorso esteve presente emmais de 80% dos casos ● Considerando uma população mais idosa e uma maior mortalidade e morbidade da cirurgia da aorta, acreditamos que o tratamento clínico nos pacientes com hematoma intramural da aorta ascendente ainda é factível. ● Entretanto, a opção do tratamento cirúrgico deve ser considerada, uma vez que a sobrevida nesse grupo é superior quando comparada ao tratamento clínico, mesmo que essa conduta ainda precise de mais suporte baseado em investigações com séries mais representativas. ● Na aorta ascendente a operação consiste na substituição desse segmento do vaso enquanto que na descendente existe a possibilidade do procedimento endovascular. Trauma Contuso da Aorta Torácica - A maioria das lesões contusas da aorta está relacionada com veículos motorizados e envolve a aorta torácica. - As transecções verdadeiras são rapidamente fatais, 14 - No entanto, os pacientes podem chegar relativamente estáveis com lesões que vão desde pseudoaneurismas contidos, hematoma intramural ou interrupções da íntima relativamente sutis. - O atual padrão ouro para o diagnóstico de imagem do trauma aórtico é a angio tomografia com contraste - O local lesionado commais frequência é o istmo aórtico e, geralmente, consiste em um rasgo transversal que pode abranger parcial ou completamente a circunferência aórtica .Acredita-se que a lesão neste local resulte de uma desaceleração rápida, que cria grande torção e forças de cisalhamento, onde os segmentos relativamente móveis da aorta se tornam fixos, como o ligamentum arteriosum, raiz aórtica e diafragma. - O histórico e o exame físico podem não ser reveladores. A radiografia de tórax pode demonstrar alargamento do mediastino, entre outras. - A TC é sensível e identifica o verdadeiro hematoma periaótico. - Desde o primeiro trabalho sobre reparo endovascular de lesão traumática na aorta torácica em 1997, os dados acumularam-se rapidamente para apoiar o uso preferencial de endoprótese endovascular em vez de o tradicional reparo aberto decorrentes das consistentes taxas reduzidas ● De mortalidade (8% a 9% versus 19%) ● Paraplegia (0,5% a 3% versus 3% a 9%) ● E doença renal terminal (5% versus 8%) ● Com uma taxa de AVC comparável (2,5% versus 1%). 15