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Medicina - 6º Semestre - Ana Paula Cuchera e Eduarda Costa
Profº Luis
6 de nov. de 2023
Anatomia
- Aneurisma → dilatação do diâmetro de um arteria
● Os aneurismas são definidos como aumento do tamanho superior a 50% do diâmetro arterial
normal, podendo ocorrer em qualquer região ao longo da aorta, da raiz até a bifurcação.
1
Incidência
- 25 casos por 100.000 pacientes/ano.
- O diagnóstico de AAA
● Chega a 6% na população acima de 65 anos
● 10% em pacientes acima de 80 anos
- O diagnóstico é mais frequente entre 65 e 75 anos.
OBS!Mais comum é causado por iatrogenia → quando retira algum acesso do paciente e sangra
muito
Tipos de Aneurismas
1- Aneurismas Fusiformes
● Dilatação circunferencial que envolve as três camadas da parede do vaso
2- Aneurismas saculares
● São uma uma evaginação focal da parede arterial
3- Pseudoaneurismas (falsos aneurismas)
● Defeito focal na artéria, com uma coleção de sangue contido pela adventícia e tecido
periarterial, podem ser degenerativos, infecciosos ou traumáticos.
4- Aneurismas Micóticos
● Associados a infecção , inflamação, doença autoimune ou do tecido conjuntivo.
Fatores de Risco para o Desenvolvimento de Aneurisma
- Tabagismo
- Hipercolesterolemia
- Hipertensão arterial sistêmica
- Gênero masculino
- História familiar
● Fatores genéticos que contribuem para a degradação do colágeno e da elastina estão
associados a doença aneurismática
Fatores de Risco para Expansão do Aneurisma
● Idade avançada
● Doença cardíaca grave
● Acidente vascular encefálico prévio
● Tabagismo
● Transplante cardíaco ou renal
Fatores de Risco para Ruptura de Aneurisma
- Gênero feminino
- DPOC
- Grande diâmetro do AAA
- Pressão arterial média elevada
- Tabagismo (tempo de consumo quantidade)
2
- Transplante cardíaco ou renal
- Risco de ruptura: (segundo o diâmetro)
- A maioria dos médicos considera a taxa de crescimento como fator de risco para ruptura.
● Taxa de crescimento acima de 5 mm em 6meses
● Oumais de 1 cm por ano
- Independente do tamanho do aneurisma
Diagnóstico
- Exame físico com a palpação de massa pulsátil, mais comumente supra umbilical e na linha
mediana.
- A sensibilidade do exame físico é dependente do tamanho do aneurisma e do biotipo do paciente.
- A ultrassonografia
● Temmostrado sensibilidade e especificidade excelentes.
● A ultrassonografia pode ser limitada pelo biotipo do paciente e presença de gases intestinais.
● É um excelente método de triagem, pois evita as complicações associadas com exames
invasivos, radiação e meio de contraste.
● É para suspeita
- Tomografia computadorizada (TC)
● Proporciona excelente imagem de AAA, commaior reprodutibilidade das medidas do
diâmetro do que a ultrassonografia.
● A TC, com contraste iodado para realizar angiografia por tomografia computadorizada
(ângio-TC), proporciona riqueza de informação anatômica, detecta calcificação do vaso,
trombos e doença arterial oclusiva concomitante, permite a reconstrução multiplanar e
tridimensional, e análise para planejamento cirúrgico.
● As desvantagens incluem substancial exposição radioativa, em particular no caso de exames
seriados e do uso de meio de contraste iodado em população com elevada incidência de
doença renal como comorbidade.
● Faz quando tem certeza e planejamento de cirurgia
3
OBS! O branco em volta é o cálcio
- O branco de dentro é o lúmen
- Parte mais escura é o coágulo → pelo fluxo turbulento no saco aneurismático
- Ressonância Magnética (RM) e Angiografia por ressonância magnética (ângio-RM)
● São semelhantes à TC, na sensibilidade para detecção de AAA.
● Diferentemente da TC, a angio-RM não mostra calcificação da parede aórtica, o que pode ser
importante no planejamento cirúrgico.
● Apesar de o exame não necessitar do uso de contraste iodado, a angio-RM utiliza gadolínio,
que tem sido associado ao desenvolvimento de fibrose nefrogênica sistêmica em pacientes
com taxa de filtração glomerular baixa.
● A disponibilidade da ressonância magnética também pode ser limitada pela presença de
implantes ou corpos estranhos metálicos incompatíveis.
Seguimento
- Crescimento:
● < 2,6 cm: não recomenda triagem adicional
● 2,6-2,9 cm: reexaminar em 5 anos
● 3,0-3,4 cm: reexaminar em 3 anos
● 3,5-4,4 cm: reexaminar em 12 meses
● 4,5-5,4 cm: reexaminar em seis meses
OBS! Sempre fazer com o mesmomédico (preferência)
Tratamento Clínico
- Ácido acetilsalicílico - AAS → evitar trombo
- Betabloqueadores
- Estatinas
- Cessação do tabagismo
4
Tratamento cirúrgico
- Em geral, o tratamento cirúrgico é recomendado para aneurismas commais de 5,5 cm de diâmetro,
● Aqueles que apresentammais de 5 mm de crescimento em 6 meses ou mais de 1 cm em 1 ano,
e aneurismas com anatomia sacular em vez de a anatomia típica fusiforme.
- A existência de diferenças entre gêneros em vários fatores justifica que alguns especialistas
defendam que o reparo do aneurisma deve ser considerado para tamanhos menores emmulheres.
- Também foi citado que a presença de muita ansiedade relacionada com o aneurisma, associada ao
conhecimento sobre a presença de um aneurisma não reparado, afeta a qualidade de vida e pode ser
um fator a ter em conta no tratamento de aneurismas abaixo de 5,5 cm de diâmetro.
OBS! O sacular = bolha → tem indicação cirúrgica, pois temmuito mais risco de romper,
independente do tamanho.
Avaliação pré-operatória
- Compreende planejamento cirúrgico, como também a identificação e o manejo das comorbidades
clínicas importante
● Doença das artérias coronárias (DAC)
● Insuficiência renal
● Estenose carotídea
● Doença arterial periférica oclusiva
● Diabetes
● Doença pulmonar obstrutiva
Técnica de Reparo por Cirurgia Aberta de Aneurismas Aórticos Abdominais
1- Abordagem transperitoneal:
● O reparo transperitoneal via laparotomia com incisão mediana é a abordagemmais
amplamente utilizada para aneurisma infrarrenal típico e oferece exposição rápida.
● Para aneurismas abaixo das artérias renais
● Modo de fazer: clamperia a aorta para parar a circulação, abre o aneurisma tira o trombo e
depois coloca uma prótese e fecha o saco aneurismático
5
2- Abordagem Retroperitoneal:
● Exposição aórtica retroperitoneal pode ser executada com o paciente em posição de decúbito
lateral direito modificado, com o tórax rodado, mas o quadril relativamente plano para permitir
o acesso a ambas as regiões inguinais.
● Para aneurisma acima da artéria renal
● Onde precisa subir até o tórax → a cirurgia é maior
● Reduz o estresse fisiológico do paciente e resulta emmenos complicações pulmonares
pós-operatórias, como também reduz o íleo pós-operatório.
● As incisões medianas podem complicar causando defeitos da parede abdominal, aparentes
radiograficamente em aproximadamente 20% dos casos
● Dor pós-operatória persistente, flacidez da parede lateral e hérnia têm sido descritas como
complicações do reparo retroperitoneal
● A abordagem retroperitoneal fornece maior acesso ao segmento visceral da aorta abdominal
e pode ser auxiliada, se necessário, pela extensão torácica da incisão e exposição com ou sem
secção do diafragma.
● A exposição extensiva das porções supra celíaca e viscerais da aorta permite o acesso
completo, e a decisão a ser tomada no que diz respeito à colocação do clampe, que pode
ser supra renal, supra mesentérica ou supra celíaca
OBS! Só consegue fazer isso com exposição retroperitoneal
6
Manejo pós-operatório
- Pacientes são internados na unidade de tratamento intensivo:
● Commonitoramento cardiopulmonar contínuo.
● Controle adequado da dor (anestesia epidural e a analgesia controlada do paciente são opções
excelentes para manejo da dor no pós-operatório)
● Oxigenação adequada
● Controle da frequência cardíaca.
● A utilização de profilaxia apropriada para trombose venosa profunda é importante
● A atenção para a mobilização precoce e a nutrição do paciente também são essenciais para a
recuperação.
- A isquemia e reperfusão também podem contribuir para lesões nos pulmões, desenvolvimento de
síndrome compartimental das extremidades inferiorescom rabdomiólise
- Síndrome compartimental abdominal que pode requerer laparotomia descompressiva
OBS! Quanto mais tempo clampeado → maior isquemia da perna e pode dar rabdomiólise e
infrequente, pode dar síndrome compartimental do abdome
● Ideal = 30 minutos de clampeamento, mas até 60 minutos dá para fazer
- Apesar de eventos tardios após o reparo cirúrgico aberto serem relativamente raros, um programa
de observação é importante para detectar essas complicações, como a formação de aneurismas
anastomóticos ou paranastomóticos, que podem ocorrer emmais de 20% dos pacientes, em
qualquer momento até 15 anos de pós-operatório.
- Exames de imagem do paciente com TC imediata e a cada cinco anos após o reparo.
OBS! Paciente com cirurgia aberta → precisa de tomografia a cada 5 anos
- A ultrassonografia é exame técnico dependente e não tem a sensibilidade da TC para detecção de
alterações anastomóticas ou paranastomóticas
Reparo Endovascular
- Relatado pela primeira vez por Parodi et al. em 1991, e tem sido amplamente adotado.
- Em 2006, a Agency for Healthcare Research and Quality publicou uma comparação entre o REVA e
o reparo cirúrgico aberto para AAA, que concluiu que:
● O REVA apresenta menor tempo de internação
● Menor morbidade e mortalidade em 30 dias
● Mas não melhora a qualidade de vida após três meses ou sobrevida após dois anos
OBS! Coloca cateter na ilíaca → vai com o guia → coloca o stent (mola), que em volta tem umamalha →
depois infla dentro = protese infra renal
- Apesar de as taxas de morbidade e mortalidade precoces (0,5% a 1,54% versus 3% a 4,8%) serem
mais baixas com o REVA, há uma taxa maior de reintervenção (embora principalmente endovascular)
para reparo endovascular do que para reparo aberto de aneurismas e, após 2 a 3 anos, não existe
diferença significativa na taxa de mortalidade global.
- Essa tecnologia relativamente recente originou um conjunto totalmente novo de complicações.
● Endoleak (vazamento interno)
● Complicações relacionadas ao acesso, que ocorrem em até 3% dos casos, e incluem
hematoma, pseudoaneurisma, oclusão ou dissecção arterial e ruptura ou transecção da artéria
ilíaca; embolização periférica
7
● Insuficiência renal
● Oclusão inadvertida da artéria renal ou hipogástrica – ocorrências raras, como isquemia do
cólon ou da medula.
● Infecção do enxerto.
- Essas vantagens, embora limitadas, foram suficientes para que o REVA fosse realizado nos últimos
anos commais frequência do que o reparo cirúrgico aberto para aneurismas com anatomia
adequada.
- Várias considerações anatômicas permitem selecionar o paciente com indicação para REVA,
incluindo a anatomia do colo do aneurisma (diâmetro, comprimento, forma e angulação) e das
artérias ilíacas (calibre, tortuosidade e envolvimento aneurismático).
- Endoleak tipo I:
● É definido como a falha em selar completamente as zonas de selamento proximal (tipo Ia) ou
distal (tipo Ib), representando uma falha em excluir o saco aneurismático
● Fica entrando sangue por cima e por baixo (imagem)
- Endoleak tipo II:
● São as formas mais comuns e representam enchimento contínuo do saco aneurismático pelos
ramos lombares ou artéria mesentérica inferior.
● Fica entrando sangue pelas artérias (sangue refluindo)
- Endoleak tipo III:
● Representam a falência de um componente individual ou do selamento entre os componentes
de um sistema modular de enxerto
● Vazamento entre os componentes, ou quando a malha está rompida
- Endoleak tipo IV:
● Representam porejamento por meio do material poroso do enxerto e são caracteristicamente
autolimitados, resolvendo quando o processo de anticoagulação é revertido
● Vazamento por dentro da malha
- Endoleak tipo V:
● Endotensão
● Não se sabe o que causa, apesar de não detectar vazamento ele continua enchendo
Aneurisma Aórtico Torácico
8
Classificação de aneurisma de aorta tóraco abdominal
- Extensão I: distal à artéria subclávia esquerda até acima das artérias renais
- Extensão II: distal à artéria subclávia esquerda até abaixo das artérias renais
- Extensão III: do sexto espaço intercostal até abaixo das artérias renais
- Extensão IV: do 12.° espaço intercostal até bifurcação aórtica (aneurisma aórtico abdominal total)
- Extensão V: a partir do sexto espaço intercostal até logo acima das artérias renais.
- Reparo Aberto dos Aneurismas Torácico e Toracoabdominal
- O nível da entrada na cavidade torácica para reparo de aneurismas torácicos ou tóraco abdominais é
guiado pela extensão proximal do aneurisma
- Uma incisão no:
● Quinto ou sexto espaço intercostal → proporciona excelente exposição da aorta descendente
proximal
● Oitavo ou nono espaço intercostal → para descendente média
● Décimo ou décimo primeiro espaço intercostal → para a porção infradiafragmática da aorta
- A circulação extracorpórea combinada com o uso seletivo de perfusão aórtica distal e visceral com
parada circulatória hipotérmica, tem alcançado bons resultados emmãos experientes.
Tratamento Endovascular dos Aneurismas Torácicos
- Em 2005, a FDA aprovou a endoprótese torácica TAG da Gore para o tratamento de aneurismas da
aorta torácica descendente.
- Desde então, o tratamento com cirurgia aberta de aneurismas da aorta torácica descendente tem
sido largamente suplantado pela REVAT (reparo endovascular) para lesões anatomicamente
adequadas.
- Como para as endopróteses de aorta abdominal, o estudo inicial e subsequente tem demonstrado
índice significativamente mais baixo de morbidade e mortalidade em curto prazo do que com o
reparo aberto.
- Diferentemente do REVA do AAA (reparo endovascular de aneurisma de aorta), o reparo
endovascular do aneurisma de aorta torácica descendente parece oferecer significativa vantagem na
mortalidade, em longo prazo, relacionada com o aneurisma.
- As complicações mais frequentes do REVAT são as relacionadas com as lesões nos acessos arteriais,
femoral e ilíaco.
- Várias considerações anatômicas orientam a seleção do paciente para o REVAT.
● Assim como na REVA, o diâmetro, o comprimento e a configuração do colo proximal do
aneurisma devem ser adequados à configuração e às possibilidades dos enxertos disponíveis
- O REVAT tem, entretanto, consistentemente alcançado índices mais baixos de mortalidade precoce
e complicações pós-operatórias do que o reparo aberto.
9
● Índices de mortalidade perioperatória de 2,1% versus 11,7%;
● De isquemia da medula espinhal de 3% versus 14%;
● De insuficiência respiratória de 4% versus 20%;
● De insuficiência renal de 1% versus 13%
OBS! Ou seja, resultado muito superior ao reparo aberto
Isquemia da medula espinal
- Tal como acontece com o reparo aberto de aneurismas torácicos e toracoabdominais, a isquemia da
medula espinhal, que pode manifestar-se como paraparesia ou paraplegia temporária ou
permanente, unilateral ou bilateral, tem grande importância.
- Os fatores de risco para isquemia da medula espinhal incluem o comprimento da cobertura aórtica,
a cobertura da aorta torácica distal, o comprometimento de vários territórios colaterais, insuficiência
renal pré-operatória e hipotensão
Síndromes Aórticas Agudas
- Dissecção da Aorta
- Hematoma Intramural
- Úlcera penetrante ateroscleróticas
- Trauma aorta
Dissecção da Aorta
- A dissecção aórtica ocorre quando um defeito na camada íntima do vaso permite que o sangue crie
um falso canal na parede aórtica entre as camadas média e adventícia.
- A aorta fica dividida em 2 lumens (verdadeiro e falso) que são separados por um septo denominado
retalho de dissecção.
- Várias condições estão associadas ao desenvolvimento da dissecção aórtica
● Desordens do tecido conjuntivo (síndrome de Marfan)
● Hipertensão
● Gravidez
● Abuso de cocaína
● Halterofilismo
10
Classificações de DeBakey e Stanford
- As dissecções:
● Tipo I de DeBakey (envolve a aorta ascendente e toracoabdominal)
● Tipo II de DeBakey (limitado à aorta ascendente) ou tipo A de Stanford (qualquer
envolvimento da aorta ascendente)
● Tipo IIIa de DeBakey (confinado à aorta torácica descendente)
● Tipo IIIb de DeBakey ou tipoB de Stanford (envolvendo aorta torácica descendente e aorta
abdominal)
Diagnóstico
- A TC permanece como o principal método diagnóstico de imagem
● Obtenção de dados anatômicos excelentes
● Capacidade para localizar a entrada da laceração e fenestrações,
● Avaliação da patência dos ramos da aorta e detecção de extravasamento de contraste,
consistente com ruptura
● A TC está amplamente disponível, e estudos excelentes podem ser obtidos rapidamente com
canais multidetectores helicoidais modernos em poucos minutos.
- A RM consome substancialmente mais tempo para ser obtida, e sua utilização pode ser limitada por
fatores do paciente (implante metálico ou a existência de dispositivos terapêuticos implantados)
- A Angiografia proporciona excelente informação sobre a anatomia e o envolvimento da aorta e seus
ramos; tem capacidade para visualizar a anatomia do retalho da dissecção e as fenestrações
(particularmente com o uso adjuvante do ultrassom intravascular – USIV).
- Ecocardiograma Transesofágico (Pacientes instáveis)
- Imagem:
● A, Dissecção tipo A de Stanford com retalho (flap) de dissecção visível nas aortas ascendente
(seta fina) e descendente (seta grossa).
● B, Dissecção tipo B de Stanford demonstrando fenestração na laceração de entrada proximal
distalmente à artéria subclávia esquerda (seta fina vertical) e enchimento dos lumens
verdadeiro (seta grossa) e falso (seta horizontal fina) com diferente intensidade do meio de
contraste.
11
Tipo A
- Quadro Clínico:
- A dissecção tipo A
● Dor torácica ou dorsal aguda, comumente descrita como dilacerante ou lancinante.
● Acompanhado por grave hipotensão, em particular no caso de tamponamento pericárdico ou
ruptura da valva aórtica, hipoperfusão distal.
● Os déficits de pulso distal ou outras evidências de má perfusão de início súbito, dor torácica ou
dorsal de grande intensidade devem imediatamente levar à suspeição de dissecção aórtica.
● A dissecção tipo A aguda é, geralmente, considerada emergência cirúrgica.
- Tratamento Cirúrgico tipo A
- Sob parada circulatória, a aorta ascendente e o arco aórticos são abertos, a dissecção é exposta (1, 2).
O falso lúmen é obliterado (4)
- O enxerto é suturado ao arco transverso em uma anastomose distal aberta (3) B, a anastomose
distal é reforçada (5). A valva aórtica foi suspensa (6). A anastomose proximal é realizada (7).
Tipo B
- Quadro Clínico:
- A dissecção do tipo B
● Aguda (≤ 14 dias do início dos sintomas)
○ Apresentam, frequentemente, dor torácica ou dorsal lancinante, principalmente no caso
de hipertensão grave
○ Amá perfusão da medula espinhal , renal, visceral ou das extremidades inferiores pode
complicar a evolução
● Crônica (> 14 dias do início dos sintomas)
12
- A extensão é normalmente anterógrada, estendendo-se até as artérias ilíacas ou femorais. As
reentradas podem permitir comunicação entre os lumens, verdadeiro e falso, em intervalos ao longo
do comprimento da dissecção.
- Tratamento da dissecção do tipo B
- O tratamento clínico intensivo tem sido parte principal do tratamento para dissecção não
complicada,
- As dissecções complicadas por ruptura, expansão aneurismática e evidência de má perfusão ou, dor
intratável, têm sido tratadas cirurgicamente.
- Dissecções tipo B complicadas
- Os ramos aórticos para extremidades inferiores, vísceras e medula espinhal podem originar-se dos
lumens verdadeiro ou falso.
- A má perfusão pode resultar
● Da compressão dinâmica do lúmen verdadeiro,
● Da trombose de um ou ambos os lumens,
● Da obstrução estática causada pela extensão da dissecção para dentro do ramo aórtico.
- Pode manifestar-se com o surgimento de disfunção renal, dor abdominal e isquemia mesentérica,
isquemia de extremidade inferior ou função neurológica, variando de parestesia a paraplegia.
Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B complicadas
- Pode consistir
● Troca da aorta descendente
○ A troca da aorta descendente tem o objetivo de interromper o alargamento e a ruptura
da mesma
○ Mortalidade hospitalar(29,3%)
● Fenestração da aorta abdominal
○ Visa aliviar a isquemia visceral e para os membros inferiores.
○ Esse procedimento, que é raramente efetivo, envolve a realização de aortotomia na aorta
dissecada, para ressecar uma porção do retalho da dissecção na aorta no intuito de
permitir a perfusão das artérias mesentéricas e renais ou, na aorta infrarrenal,
reperfundir os membros inferiores
○ 43% de mortalidade cirúrgica
- Em 1999, Dake et al. relataram a colocação endovascular de endopróteses para dissecção aórtica
aguda como alternativa ao tradicional tratamento cirúrgico
- O princípio da terapia endovascular com endoprótese é a exclusão da entrada da laceração com
despressurização do falso lúmen; isso resulta na expansão do lúmen verdadeiro e trombose do lúmen
falso com remodelamento subsequente da aorta, com aumento do diâmetro do lúmen verdadeiro e
diminuição do diâmetro do lúmen falso.
- As técnicas coadjuvantes, como fenestração ou colocação direta de stent para restaurar o fluxo dos
ramos obstruídos, também são importantes componentes do tratamento moderno da dissecção.
- Tratamento cirúrgico para dissecção tipo B não complicadas
- O reparo aberto para dissecção crônica pode produzir resultados mais favoráveis com taxa de
mortalidade de 5,8% em 30 dias, taxa de AVC de 3% e taxa de isquemia da medula espinhal de 6%
- Colocação endovascular de endopróteses para dissecção aórtica para dissecção crônica, em geral
ocorre espessamento progressivo do retalho da íntima e as fenestrações de “reentrada” distal estão
13
bem consolidadas, causando mais dificuldade em induzir a trombose do falso lúmen do que em uma
dissecção aguda e, provavelmente, diminuindo a ocorrência global de remodelamento favorável.
- Apesar de a terapia clínica continuar sendo o padrão de tratamento. Uma revisão demonstrou:
● Falha precoce (nos primeiros 15 dias) 12% dos pacientes
● 58% de falhas principalmente relacionadas com a degeneração aneurismática,
● Em última análise, a sobrevida livre de intervenção foi de apenas 55% em três anos e diminuiu
para 41% em seis anos.
● No contexto destas informações, o potencial de remodelamento aórtico e a prevenção da
dilatação aneurismática com o tempo provocaram interesse crescente no uso precoce de stent
nessa população. Um ensaio randomizado de combinação de REVAT e tratamento clínico
ótimo versus tratamento clínico isolado (ensaio INSTEAD-XL) relatou recentemente uma
análise de referência sugerindo benefício para REVAT em todos os desfechos, incluindo
mortalidade por todas as causas, mortalidade específica da aorta e progressão da doença
entre dois e cinco anos.
Úlcera arterosclerótica penetrante e hematoma intramural
- São considerados variantes de dissecção aórtica.
- A úlcera aterosclerótica penetrante (UAP)
● Representa ulceração focal da íntima da aorta em região com doença aterosclerótica
preexistente. Essas lesões podem, eventualmente, estender-se para a média e evoluir para uma
dissecção verdadeira.
- O hematoma intramural (HI)
● Ocorre quando um trombo intramural é encontrado sem evidência de ruptura intimal
associada, possivelmente como resultado da ruptura da vasa vasorum na parede aórtica. De
modo similar à úlcera aterosclerótica penetrante, o hematoma intramural pode evoluir para
dissecção se uma laceração franca da íntima se desenvolver
- Úlcera aterosclerótica penetrante
● UAP-A úlcera penetrante de aorta, apesar de ser infreqüente, deve ser sempre considerada
como hipótese diagnóstica em pacientes idosos com cardiopatias e hipertensão arterial
sistêmica, que apresentam com dor torácica subaguda e crônica de difícil controle clínico, sem
indícios de isquemia miocárdica. Nesses casos, prefere-se o tratamento percutâneo com o
implante de endopróteses via femoral
- Hematoma intramural
● Há maior prevalência da doença em homens (61%) commédia de idade para o sexo masculino
entre 63 e 68e com antecedentes de hipertensão arterial sistêmica de 53%.
● A forma não-traumática é a mais freqüente, sendo encontradacom incidência de 94%.
● A presença de sintomas como dor no peito e/ou no dorso esteve presente emmais de 80% dos
casos
● Considerando uma população mais idosa e uma maior mortalidade e morbidade da cirurgia da
aorta, acreditamos que o tratamento clínico nos pacientes com hematoma intramural da aorta
ascendente ainda é factível.
● Entretanto, a opção do tratamento cirúrgico deve ser considerada, uma vez que a sobrevida
nesse grupo é superior quando comparada ao tratamento clínico, mesmo que essa conduta
ainda precise de mais suporte baseado em investigações com séries mais representativas.
● Na aorta ascendente a operação consiste na substituição desse segmento do vaso enquanto
que na descendente existe a possibilidade do procedimento endovascular.
Trauma Contuso da Aorta Torácica
- A maioria das lesões contusas da aorta está relacionada com veículos motorizados e envolve a aorta
torácica.
- As transecções verdadeiras são rapidamente fatais,
14
- No entanto, os pacientes podem chegar relativamente estáveis com lesões que vão desde
pseudoaneurismas contidos, hematoma intramural ou interrupções da íntima relativamente sutis.
- O atual padrão ouro para o diagnóstico de imagem do trauma aórtico é a angio tomografia com
contraste
- O local lesionado commais frequência é o istmo aórtico e, geralmente, consiste em um rasgo
transversal que pode abranger parcial ou completamente a circunferência aórtica .Acredita-se que a
lesão neste local resulte de uma desaceleração rápida, que cria grande torção e forças de
cisalhamento, onde os segmentos relativamente móveis da aorta se tornam fixos, como o
ligamentum arteriosum, raiz aórtica e diafragma.
- O histórico e o exame físico podem não ser reveladores. A radiografia de tórax pode demonstrar
alargamento do mediastino, entre outras.
- A TC é sensível e identifica o verdadeiro hematoma periaótico.
- Desde o primeiro trabalho sobre reparo endovascular de lesão traumática na aorta torácica em 1997,
os dados acumularam-se rapidamente para apoiar o uso preferencial de endoprótese endovascular
em vez de o tradicional reparo aberto decorrentes das consistentes taxas reduzidas
● De mortalidade (8% a 9% versus 19%)
● Paraplegia (0,5% a 3% versus 3% a 9%)
● E doença renal terminal (5% versus 8%)
● Com uma taxa de AVC comparável (2,5% versus 1%).
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