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1 LISTA DE EXERCÍCIOS: REVISÃO DOS 112 DIAS – HISTÓRIA DO BRASIL TEMAS ABORDADOS AULA 04 – Brasil Colônia: Aspectos Políticos. AULA 05 – Brasil Colônia: Economia Açucareira. AULA 06 – Brasil Colônia: Atividades Complementares. 1. (Puccamp 2017) Do Brasil descoberto esperavam os portugueses a fortuna fácil de uma nova Índia. Mas o pau-brasil, única riqueza brasileira de simples extração antes da “corrida do ouro” do início do século XVIII, nunca se pôde comparar aos preciosos produtos do Oriente. (...) O Brasil dos primeiros tempos foi o objeto dessa avidez colonial. A literatura que lhe corresponde é, por isso, de natureza parcialmente superlativa. Seu protótipo é a carta célebre de Pero Vaz de Caminha, o primeiro a enaltecer a maravilhosa fertilidade do solo. (MERQUIOR, José Guilherme. De Anchieta a Euclides − Breve história da literatura brasileira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977, p. 3-4) A colonização portuguesa, no século XVI, se valeu de algumas estratégias para usufruir dos produtos economicamente rentáveis no território brasileiro, e de medidas para viabilizar a ocupação e administração do mesmo. São exemplos dessas estratégias e dessas medidas, respectivamente, A) a prática do escambo com os indígenas e a instituição de vice-reinos, comarcas, vilas e freguesias. B) a implementação do sistema de plantation no interior e a construção, por ordem da Coroa, de extensas fortalezas e fortes. C) a imposição de um vultoso pedágio aos navios corsários de distintas procedências e a instalação de capitanias hereditárias. D) a introdução da cultura da cana-de-açúcar com uso de trabalho compulsório e a instituição de um governo geral. E) o comércio da produção das missões jesuíticas e a fundação da Companhia das Índias Ocidentais. 2. (G1 - ifba 2016) De 1500 a 1822, o Brasil foi uma das colônias portuguesas. Umas das primeiras tentativas de colonização do território foi a implantação das Capitanias Hereditárias, sobre as quais se pode afirmar que: A) todas as Capitanias fracassaram devido às poucas verbas oferecidas pela Coroa Portuguesa. B) as Capitanias Hereditárias não obtiveram sucesso econômico devido às rebeliões indígenas que reivindicaram a posse da terra. C) as Capitanias de Pernambuco e de São Vicente tiveram êxito, porque os seus respectivos Capitães Donatários não aceitaram as condições impostas pela Coroa Portuguesa. D) o gigantismo territorial, poucos recursos financeiros e altos tributos a serem pagos à Coroa Portuguesa foram alguns dos motivos que contribuíram para que as Capitanias Hereditárias não prosperassem. E) a Carta Foral e a Carta de Doação davam amplos poderes aos Capitães Donatários, sendo este um dos motivos que fizeram com que as Capitanias não tivessem o sucesso econômico esperado pela Coroa Portuguesa. 2 3. (Fgv 2015) Caracteriza a agricultura colonial no Brasil do final do século XVIII: A) a importância alcançada pela produção de tabaco em São Paulo e em Minas Gerais, que ocorreu após o Conselho Ultramarino ter permitido esse cultivo, o que favoreceu a sua troca com manufaturas inglesas e francesas. B) um novo produto, o trigo, foi beneficiado pela estrutura originada da Revolução Industrial, que aprofundou a divisão entre os papéis a serem exercidos pelas nações, isto é, as ricas, produtoras de industrializados e, as pobres, de matérias-primas. C) o valor especial adquirido pelo extrativismo no Norte do Brasil, com o guaraná, que concorreu com os produtos agrícolas tradicionais, como o açúcar, permitiu um rápido desenvolvimento dessa região e a sua articulação com o restante da colônia. D) o revigoramento da produção de açúcar e o desenvolvimento do cultivo do algodão decorrentes, principalmente, de alguns fatos internacionais importantes, em especial, a independência das treze colônias inglesas e a Revolução Haitiana. E) o aparecimento do café na pauta de exportações coloniais, o que revolucionou as relações entre o Estado português e a elite escravista, pois a sustentação econômica da metrópole exigiu o abrandamento das restrições mercantilistas. 4. (Fuvest 2013) A economia das possessões coloniais portuguesas na América foi marcada por mercadorias que, uma vez exportadas para outras regiões do mundo, podiam alcançar alto valor e garantir, aos envolvidos em seu comércio, grandes lucros. Além do açúcar, explorado desde meados do século XVI, e do ouro, extraído regularmente desde fins do XVII, merecem destaque, como elementos de exportação presentes nessa economia: A) tabaco, algodão e derivados da pecuária. B) ferro, sal e tecidos. C) escravos indígenas, arroz e diamantes. D) animais exóticos, cacau e embarcações. E) drogas do sertão, frutos do mar e cordoaria. 5. (Ufrn 2012) Os estudos históricos sobre a formação do espaço norte-rio-grandense mostram que o povoamento do interior do Rio Grande do Norte intensificou-se a partir da segunda metade do século XVIII, época em que estava consolidado o povoamento português no litoral e a Europa entrava no processo da Revolução Industrial. Nesse período, na capitania do Rio Grande, a organização socioeconômica das áreas do sertão foi marcada A) pelo estabelecimento de uma economia monocultora, em que o algodão conquistou as áreas antes destinadas à pecuária. B) pelo desenvolvimento da indústria têxtil, que aproveitava a matéria-prima de produção local. C) pela nítida separação dos vários setores produtivos e a especialização das atividades econômicas por grupos sociais. D) pela integração entre a pecuária, a produção algodoeira e as culturas de mantimentos. 3 6. (Fgv 2015) [...] se o interesse da Coroa estava centralizado na atividade minerária, ela não poderia negligenciar outras atividades que garantissem sua manutenção e continuidade. É nesse contexto que a agricultura deve ser vista integrando os mecanismos necessários ao processo de colonização desenvolvidos na própria Colônia, uma vez que, voltada para o consumo interno, era um meio de garantir a reprodução da estrutura social, além de permitir a redução dos custos com a manutenção da força de trabalho escrava. Guimarães, C. M. e REIS, F. M. da M. “Agricultura e mineração no século XVIII”, in Resende, m.e.l. e VILLALTA, L.C. (orgs.) História de Minas Gerais. As minas setecentistas. Belo Horizonte: Autêntica Editora/Companhia do Tempo, 2007, p. 323. Assinale a alternativa que interpreta corretamente o texto. A) Para o desenvolvimento das atividades de exploração das minas foi decisiva a permissão dada pela metrópole ao desenvolvimento técnico e industrial da região. B) Os caminhos entre as minas e Salvador, além de escoar a produção mineradora e permitir a entrada de escravos, ficaram marcados pelo aparecimento de importantes vilas e povoados. C) A produção agrícola na região das minas desenvolveu-se a ponto de se tornar um dos principais itens da pauta de produtos exportados no período colonial. D) Apesar do crescimento da agricultura e da pecuária, o mercado interno não se desenvolveu no Brasil colonial, cuja produção se manteve estritamente voltada ao mercado externo. E) As atividades agrícolas e a pecuária desenvolveram-se de certo modo integradas ao desenvolvimento da mineração e da urbanização da região mineradora. RESOLUÇÕES Resposta da questão 1: [D] Buscando um meio de obter lucro e, ao mesmo tempo, promover a ocupação do território colonial, Portugal decidiu promover a introdução da cultura da cana-de-açúcar e dividir a Colônia em Capitanias Hereditárias. Para tornar a empresa agrícola mais rentável, houve a adoção da mão de obra escrava negra. E quando o sistema de Capitanias Hereditárias se mostrou, em partes, ineficiente, houve a introdução do sistemade Governo Geral para auxiliá-lo. Resposta da questão 2: [D] A questão remete à criação das Capitanias Hereditárias no Brasil, em 1534, durante o reinado de João III. Entre 1500-1530 no chamado período Pré-colonial, Portugal deixou o Brasil em segundo plano priorizando o comércio das especiarias no Oriente. Assim, ocorreram inúmeras invasões inglesas e francesas preocupando a coroa portuguesa. Em 1530, Portugal vive um grande dilema: colonizar ou perder o Brasil. Diante da queda nos lucros das especiarias no Oriente, Portugal optou em colonizar o Brasil. Porém a nação portuguesa não possuía recursos para este empreendimento, preferindo dividir o Brasil em capitanias hereditárias doando para os donatários. 4 Resposta da questão 3: [D] Somente a proposição [D] está correta. A questão remete a agricultura durante o Brasil Colonial. Caracterizou-se pelo plantation, ou seja, latifúndio, escravidão, monocultura e a economia visando o mercado externo. O açúcar foi o principal produto e foi com ele que começou efetivamente a colonização do Brasil com a implantação das Capitanias Hereditárias em 1534. No entanto, no final do século XVIII com a crise da mineração, o algodão (produzido no nordeste) ganhou destaque na pauta de exportação do Brasil devido as guerras de independência dos Estados Unidos bem como a Revolução Haitiana. Resposta da questão 4: [A] A questão demanda conhecimentos específicos acerca dos produtos explorados comercialmente por Portugal no Brasil Colonial, dentro dos interesses mercantilistas daquele país europeu. O tabaco era usado principalmente como moeda de troca na aquisição de escravos africanos. O algodão atendeu ao mercado europeu, sobretudo no momento em que as Colônias Inglesas da América do Norte, envolvidas em seu processo de independência, deixaram de fazê-lo. Já o couro e o charque, derivados da pecuária, atendiam ao mercado luso. Resposta da questão 5: [D] Na segunda metade do século XVIII, o Rio Grande do Norte, assim como outras capitanias da região Nordeste – a exemplo do Maranhão – encontravam-se ligadas à produção de algodão, já que as indústrias têxteis inglesas demandavam essa matéria- prima em larga escala. Por essa época, as colônias do sul das Treze Colônias inglesas da América do Norte, principais fornecedoras de algodão para a Inglaterra, estavam envolvidas com o processo de independência (a Revolução Americana), o que incentivou a entrada do algodão brasileiro no mercado inglês. A pecuária e a agricultura de abastecimento local completavam as atividades econômicas da região naquele período. Resposta da questão 6: [E] A questão remete ao Brasil no período colonial. Neste contexto ocorreu o “Plantation”, isto é, prevaleceu o trabalho escravo, o latifúndio, a monocultura e a economia visava o mercado externo. Apesar deste modelo de colonização, outras atividades econômicas foram importantes como forma de reprodução da estrutura social. A agricultura tinha sua função nesta engrenagem colonial no sentido de alimentar a mão de obra. A pecuária, por sua vez, foi fundamental. O gado representava o alimento, o transporte, o couro, etc.