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6 HISTÓRIA DO BRASIL COM RODRIGO BIONE HISTÓRIA DO BRASIL COM RODRIGO BIONE 7 EXERCÍCIOS. 1. (Enem 2018) A rebelião luso-brasileira em Pernambuco começou a ser urdida em 1644 e explodiu em 13 de junho de 1645, dia de Santo Antônio. Uma das primeiras medidas de João Fernandes foi decretar nulas as dívidas que os rebeldes tinham com os holandeses. Houve grande adesão da “nobreza da terra”, entusiasmada com esta proclamação heroica. VAINFAS. R Guerra declarada e paz fingida na restauração portuguesa. Tempo, n. 27, 2009. O desencadeamento dessa revolta na América portuguesa seiscentista foi o resultado do(a) a) fraqueza bélica dos protestantes batavos. b) comércio transatlântico da África ocidental. c) auxílio financeiro dos negociantes flamengos. d) diplomacia internacional dos Estados ibéricos. e) interesse econômico dos senhores de engenho. 2. (Enem PPL) Os holandeses desembarcaram em Pernambuco no ano de 1630, em nome da Companhia das Índias Ocidentais (WIC), e foram aos poucos ocupando a costa que ia da foz do Rio São Francisco ao Maranhão, no atual Nordeste brasileiro. Eles chegaram ao ponto de destruir Olinda, antiga sede da capitania de Duarte Coelho, para erguer no Recife uma pequena Amsterdã. NASCIMENTO, R. L. X. A toque de caixas. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 6, n. 70, jul. 2011. Do ponto de vista econômico, as razões que levaram os holandeses a invadirem o nordeste da Colônia decorriam do fato de que essa região a) era a mais importante área produtora de açúcar na América portuguesa. b) possuía as mais ricas matas de pau-brasil no litoral das Américas. c) contava com o porto mais estratégico para a navegação no Atlântico Sul. d) representava o principal entreposto de escravos africanos para as Américas. e) constituía um reduto de ricos comerciantes de açúcar de origem judaica. 3. (Enem) Rui Guerra e Chico Buarque de Holanda escreveram uma peça para teatro chamada "Calabar", pondo em dúvida a reputação de traidor que foi atribuída a Calabar, pernambucano que ajudou decisivamente os holandeses na invasão do Nordeste brasileiro, em 1632. - Calabar traiu o Brasil que ainda não existia? Traiu Portugal, nação que explorava a colônia onde Calabar havia nascido? Calabar, mulato em uma sociedade escravista e discriminatória, traiu a elite branca? Os textos referem-se também a esta personagem. Texto I: "... dos males que causou à Pátria, a História, a inflexível História, lhe chamará infiel, desertor e traidor, por todos os séculos" Visconde de Porto Seguro, in: SOUZA JÚNIOR, A. Do Recôncavo aos Guararapes. Rio de Janeiro: Bibliex, 1949. Texto II: "Sertanista experimentado, em 1627 procurava as minas de Belchior Dias com a gente da Casa da Torre; ajudara Matias de Albuquerque na defesa do Arraial, onde fora ferido, e desertara em consequência de vários crimes praticados..." (os crimes referidos são o de contrabando e roubo). CALMON P. História do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1959. Pode-se afirmar que: a) A peça e os textos abordam a temática de maneira parcial e chegam às mesmas conclusões. b) A peça e o texto I refletem uma postura tolerante com relação à suposta traição de Calabar, e o texto II mostra uma posição contrária à atitude de Calabar. c) Os textos I e II mostram uma postura contrária à atitude de Calabar, e a peça demostra uma posição indiferente em relação ao seu suposto ato de traição. d) A peça e o texto II são neutros com relação à suposta traição de Calabar, ao contrário do texto I, que condena a atitude de Calabar. 8 HISTÓRIA DO BRASIL COM RODRIGO BIONE e) A peça questiona a validade da reputação de traidor que o texto I atribui a Calabar, enquanto o texto II descreve ações positivas e negativas dessa personagem. 4. (Uece 2020) Filipe Camarão, Henrique Dias, André Vidal de Negreiros e João Fernandes Vieira são personagens que participaram da Insurreição Pernambucana, que foi a) um movimento de oposição ao absolutismo de D. Pedro I e resultou na formação de outro país, a Confederação do Equador, durante o primeiro reinado. b) o conflito entre manifestantes a favor e contra as medidas de austeridade de D. Pedro II, em 1848, na primeira fase do segundo reinado. c) um movimento separatista pernambucano, ocorrido no período regencial, entre 1831 e 1840, e que somente foi pacificado com a ascensão de D. Pedro II ao trono. d) o conflito responsável pela expulsão dos holandeses do Nordeste brasileiro, no século XVII, e que garantiu a continuidade do sistema colonial português na região. 5. (Fuvest 2020) As tentativas holandesas de conquista dos territórios portugueses na América tinham por objetivo central a) a apropriação do complexo açucareiro escravista do Atlântico Sul, então monopolizado pelos portugueses. b) a formação de núcleos de povoamento para absorverem a crescente população protestante dos Países Baixos. c) a exploração das minas de ouro recém-descobertas no interior, somente acessíveis pelo controle de portos no Atlântico. d) a ocupação de áreas até então pouco exploradas pelos portugueses, como o Maranhão e o Vale Amazônico. e) a criação de uma base para a ocupação definitiva das áreas de mineração da América espanhola. 6. (G1 - cps 2019) Frans Post, pintor, desenhista e gravador holandês, documentou paisagens e cenas do cotidiano do chamado “Brasil Holandês”, sob o governo de Maurício de Nassau (1630–1654). Entre as características da presença holandesa em Pernambuco, pode-se citar, corretamente, a) a valorização da cultura muçulmana, a implementação da monocultura do café e a abolição da escravidão, considerada pelos holandeses um símbolo do atraso civilizatório brasileiro. b) a intolerância religiosa e a perseguição a cristãos e muçulmanos, o estímulo à mineração de ouro e prata e o descaso pelo patrimônio público, que não resistiu às intempéries e ao vandalismo. c) a implementação do regime absolutista, a perseguição a intelectuais e artistas e a deterioração dos equipamentos urbanos, cuja manutenção dependia dos investimentos diretos da Coroa portuguesa. d) o princípio da isonomia, o incentivo a pesquisas sobre geologia e astronomia e o desenvolvimento de uma cultura própria, na qual se destaca a miscigenação de elementos das três religiões monoteístas. e) a tolerância religiosa, o incentivo a pesquisas sobre a fauna e a flora tropicais e o desenvolvimento da arquitetura, no qual se destacam a drenagem de áreas alagadiças e a construção da primeira ponte de grande porte do Brasil. 7. (Uece 2018) O governo de Felipe I à frente do reino português (1581-1598) marcou o início da União Ibérica, período em que os dois reinos ibéricos foram governados pelo mesmo soberano, após a guerra de sucessão portuguesa. Este mesmo monarca, chamado Felipe II, na Espanha, originou a dinastia filipina. Em relação ao Brasil, a chegada do rei espanhol ao trono português teve como consequência a) a elevação do Brasil a vice-reino, tal qual os demais vice-reinos que a coroa espanhola possuía na América. b) a ocupação do litoral brasileiro da região Sudeste, no Rio de Janeiro e em São Paulo, por espanhóis. HISTÓRIA DO BRASIL COM RODRIGO BIONE 9 c) a elevação do Brasil à categoria de Reino Unido à Portugal e à Espanha, o que apressou a independência da colônia. d) a ocupação do litoral nordeste do Brasil pelos holandeses, que pretendiam retomar o comércio do açúcar. 8. (Uece) Atente ao seguinte enunciado: “Em seu governo, Maurício de Nassau incentivou a produção de açúcar, que havia decaído durante a conquista, com a concessão de financiamentos; também estimulou a agricultura de subsistência, sobretudo da mandioca, para que não faltassem alimentos aos mais pobres. Homem culto e amante das artes, seu governo foi um período de tolerância religiosa entre católicos e protestantes. Seu retorno à Europa e sua substituição por um ‘triunvirato’ – que alterou suas práticas administrativas– fez surgir reações e insurreições por parte dos senhores de engenho”. O enunciado se refere ao período histórico marcado a) pela implantação do Governo-Geral, em 1548, como forma de resolver o fracasso administrativo das Capitanias Hereditárias e garantir a posse e a pacificação da Colônia. b) pelo domínio francês no Maranhão, no qual o governo do Conde Nassau trouxe grandes avanços à cultura canavieira daquela região e o desenvolvimento da cidade de São Luís. c) pelo domínio francês no Rio de Janeiro, que teve na figura de Maurício de Nassau seu grande nome, responsável por desenvolver a economia e a cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. d) pelo domínio holandês no Nordeste do Brasil, que se estendeu desde a Bahia até o Maranhão e que teve na administração de Nassau seu período de maior desenvolvimento. 9. (Fmp) Ao longo do período colonial da História do Brasil, o Império Português foi vítima de assédio e de tentativas de invasão de seus territórios ultramarinos por parte de diversas potências rivais. Alguns exemplos de invasões estrangeiras na América Portuguesa estão listados a seguir: 1612 - Estabelecimento da França Equinocial 1624 - Tentativa derrotada da invasão holandesa a Salvador 1630 - Tomada de Recife e Olinda por invasores holandeses A interpretação dos dados acima permite identificar que uma causa direta de todas essas invasões estrangeiras foi a a) fuga da Corte portuguesa para a América b) vitória francesa na Guerra dos Sete Anos c) conclusão da Reconquista da Península Ibérica d) guerra de Restauração Portuguesa contra a Espanha e) criação da União das Coroas Ibéricas 10. (Upe-ssa 1) Os holandeses ocuparam, durante 24 anos, o Nordeste brasileiro: Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Itamaracá (1630-1654). Nesse período, Pernambuco se transformou numa verdadeira metrópole, com uma vida cultural intensa, onde poetas, cientistas e filósofos tornaram o Brasil um centro intelectual único na América do Sul. Nesse contexto, os judeus puderam constituir uma comunidade com escolas, sinagogas e cemitério, dando sua contribuição ao enriquecimento da vida cultural da região. LEVY, Daniela Tonello. Judeus e Marranos no Brasil Holandês. Pioneiros na colonização de Nova York. Século XVII. São Paulo: USP, 2008. (Adaptado) Uma característica sociopolítica da ocupação holandesa no contexto mencionado foi a) a retração da produção de açúcar. b) o florescimento de um movimento antimodernizador. c) o estabelecimento da tolerância e da liberdade religiosa. d) a preocupação apenas em explorar comercialmente o território. e) a manutenção de boas relações comerciais com o mundo ibérico. 11. (Upf) As invasões holandesas que ocorreram no século XVII foram o maior conflito militar da Colônia. Embora concentradas no Nordeste, elas não se resumiram a um simples episódio regional. Ao contrário, fizeram parte do quadro das relações internacionais entre os países europeus, revelando a dimensão da luta pelo controle do açúcar e das fontes de suprimento de escravos. (FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Edusp, 1996, p. 84.) Tendo em vista o quadro histórico descrito acima, considere o seguinte: 10 HISTÓRIA DO BRASIL COM RODRIGO BIONE I. A Companhia Holandesa das Índias Ocidentais teve como alvo principal a ocupação das zonas de produção açucareira na América portuguesa. II. Domingos Fernandes Calabar, alagoano, tornou- se colaborador das forças invasoras, até ser preso e executado. III. Durante o governo do príncipe Maurício de Nassau, ocorreu a vinda de artistas, naturalistas e letrados para Pernambuco, e o Recife conheceu vários melhoramentos urbanos. IV. Os holandeses defendiam o trabalho livre e postulavam pelo fim da escravidão. V. A reconquista ocorreu porque os brasileiros uniram os brancos, os negros escravos e os índios em prol de Portugal num acordo que ficou conhecido como a “união das três raças”. Está correto apenas o que se afirma em: a) I e II. b) II e III. c) I, II e III. d) III, IV e V. e) III e V. 12. (Upe) A primeira metade do século XVII em Pernambuco foi marcada pela invasão holandesa à capitania. A presença holandesa em Pernambuco durou 24 anos, de 1630 a 1654. A invasão foi motivada por vários fatores, dos quais podemos destacar a) o sucesso da colonização holandesa no sul da América, especialmente nas possessões espanholas, e a vontade da Holanda em expandir seus domínios no Novo Mundo. b) a necessidade do algodão, produto amplamente produzido na capitania de Pernambuco, desde o século XVI, por parte das indústrias têxteis holandesas. c) o bloqueio do acesso holandês pela Coroa Espanhola ao comércio do açúcar produzido em Pernambuco, durante a União Ibérica. d) a presença maciça de tropas holandesas na Bahia, desde 1625. e) os interesses dos comerciantes e senhores de engenho locais em comercializar com os holandeses, em detrimento dos portugueses. 13. (Uece) Atente ao que se afirma a respeito da invasão holandesa no Nordeste brasileiro. I. A ocupação do Nordeste do Brasil pelos holandeses surgiu como episódio da ofensiva econômica holandesa do século XVII. II. A expansão econômica holandesa baseava-se essencialmente no comércio, na usura e em outras atividades ligadas à circulação de riquezas. III. O objetivo maior da invasão era a conquista da próspera economia açucareira das capitanias do Nordeste. É correto o que se afirma em a) I e II apenas. b) II e III apenas. c) I e III apenas. d) I, II e III. 14. (Ufpr) Considere as seguintes afirmativas sobre a sociedade e a economia açucareiras entre os séculos XVI e XVII do período colonial brasileiro: 1. O período de produção açucareiro pode ser compreendido em seus aspectos econômicos como a primeira iniciativa de colonização do Brasil, em que o açúcar era o principal produto no comércio com a metrópole. 2. Entre 1630 e 1654, os espanhóis controlaram as fontes brasileiras de produção de açúcar em Pernambuco com o apoio dos indígenas e dos escravos, que podiam viver sob uma administração política mais tolerante aos seus costumes religiosos. 3. O declínio da economia açucareira ocorreu após a expulsão dos holandeses, que investiram na produção de açúcar nas Antilhas. 4. O sistema açucareiro caracterizou-se por uma agricultura em grandes propriedades, comandadas pelo senhor de engenho, que possuía plenos poderes políticos sobre a estrutura que os engenhos mobilizavam no campo e nas vilas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. b) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. HISTÓRIA DO BRASIL COM RODRIGO BIONE 11 15. (Ufsm) Analise o mapa e o texto. Os domínios holandeses da colônia portuguesa estenderam-se desde o litoral dos atuais Maranhão até Sergipe. Para administrá-los, foi nomeado o conde Maurício de Nassau, que permaneceu no cargo entre 1637 e 1644. Preocupado em normalizar a rica produção açucareira, o conde conseguiu a colaboração de muitos senhores de engenho, concedendo- lhes empréstimos que permitiram o aumento da produtividade. [...] A administração de Nassau destacou-se pelas realizações urbanísticas e culturais, saneando e modernizando Recife, que se converteu num centro urbano repleto de notáveis obras arquitetônicas, passando a chamar-se Mauritzstadt, ou cidade Maurícia. Fonte: VICENTINO, Cláudio; DORIGO, Gianpaolo. História para o Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2008. p. 188-189. (adaptado) A economia colonial portuguesa do nordeste açucareiro constituiu um dos núcleos fundamentais do mercado mundial em expansão, nos séculos XVI e XVII. As invasões dos holandeses, o domínio das regiões produtoras e os investimentos feitos atestam essa importância. Integram esse contexto histórico, entre outros, os seguintes processos: I. o domínioda Espanha sobre Portugal durante a denominada “União Ibérica”. II. as rivalidades entre holandeses e espanhóis na Europa, fruto das lutas para a formação do Estado Nacional holandês em territórios sob o domínio da monarquia espanhola. III. a continuidade da produção açucareira, caracterizada como uma economia colonial típica, voltada para o exterior, com a função de promover a acumulação primitiva do capital. IV. o enfraquecimento do controle dos senhores sobre seus escravos durante o conflito com os holandeses, facilitando o aumento das fugas e a ampliação da população dos quilombos, principalmente o de Palmares. Está(ão) correta(s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas I, II e III. d) apenas III e IV. e) I, II, III e IV. Gabarito: 1: [E]; 2: [A]; 3: [E]; 4: [D]; 5: [A]; 6: [E]; 7: [D]; 8: [D]; 9: [E]; 10: [C]; 11: [C]; 12: [C]; 13: [D]; 14: [B]; 15: [E]