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COMÉRCIO INTRABLOCO DO MERCOSUL

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ÍTALO DE ARAÚJO WANDERLEY ROMEIRO
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTRABLOCO DO MERCOSUL ENTRE BRASIL E ARGENTINA
SALVADOR, BA
2021
ÍTALO DE ARAÚJO WANDERLEY ROMEIRO
ANÁLISE DO COMÉRCIO INTRABLOCO DO MERCOSUL ENTRE BRASIL E ARGENTINA
Trabalho apresentado como requisito de conclusão do curso de Bacharelado em Relações Internacionais.
Orientador: Moisés Conde Silva de Oliveira
SALVADOR, BA
2021
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar, agradeço а Deus, qυе fez com que meus objetivos fossem alcançados, durante todos os meus anos de estudos. Aos meus pais Francisco Romeiro e Adalgisa Romeiro por todo o apoio e amor, que muito contribuíram para a realização deste trabalho. Aos professores e orientadores, pelos ensinamentos que me permitiram apresentar um melhor desempenho no meu processo de formação profissional ao longo do curso. E por fim àa todos que contribuíram, de alguma forma, para a realização desse sonho.
RESUMO
O tema escolhido para este trabalho consiste na análise do comércio intrabloco do Mercosul entre Brasil e Argentina. A metodologia que foi adotada na formulação do trabalho foi baseada em pesquisas bibliográficas, através de consultas a livros, revistas, pesquisa de manuais, tratados, artigos publicados na internet. Neste sentido o objetivo geral do presente estudo buscará analisar o relacionamento comercial entre Brasil e Argentina, baseados em seu relacionamento intrabloco Mercosul, entre os anos de 2008 e 2018 e sua relação com as semelhanças ideológicas do período. Assim os objetivos específicos buscarão apresentar a relação entre as relações internacionais, neofuncionalismo e a criação dos blocos econômicos, descrever o contexto da criação do Mercosul, seus principais aspectos e suasuas regras comercias, verificar as ideologias dos governos brasileiro e argentino no período 2008-2018, apresentar os dados comerciais entre Brasil e Argentina e por fim, apontar o posicionamento brasileiro e argentino dentro do Mercosul e o relacionamento entre as partes, a partir de suas ideologias do período. O presente trabalho deixa o tema em aberto, para que no futuro seja realizada mais uma pesquisa, contextualizando os temas abordados. Juntamente com esta nova pesquisa, sugere-se a realização de um estudo de caso, para o qual propõe-se uma análise detalhada de como tem se desenvolvido a relação do governo Bolsonaro com o governo de Alberto Fernández, atual presidente da Argentina.	Comment by Kaiza Correia: Você também faz análise descritiva	Comment by Kaiza Correia: O estudo foi realizado, os verbos devem estar no passado.	Comment by Kaiza Correia: Usar outra palavra (2 iguais na mesma frase)	Comment by Kaiza Correia: Como é medido esse relacionamento?	Comment by Kaiza Correia: Usa muitas vezes a palavra relacionamento	Comment by Kaiza Correia: ???	Comment by Kaiza Correia: Essa parte precisa vir aqui, e sim os resultados mais importantes
Palavras-chave: Pragmatismo; Comércio; Mercosul; Intrabloco; Relações políticas.	Comment by Kaiza Correia: Foram usadas no título, não devem estar entre as palavras-chave.
ABSTRACT
The theme chosen for this work is the analysis of the Mercosur intrabloc trade between Brazil and Argentina. The methodology that was adopted in the formulation of the work was based on bibliographical research, through consultations in books, magazines, search of manuals, treatises, articles published on the internet. In this sense, the general objective of this study will seek to analyze the trade relationship between Brazil and Argentina, based on their intrabloc Mercosur relationship, between 2008 and 2018 and its relationship with the ideological similarities of the period. Thus, the specific objectives will seek to present the relationship between international relations, neofunctionalism and the creation of economic blocs, describe the context of the creation of Mercosur, its main aspects and trade rules, verify the ideologies of the Brazilian and Argentine governments in the period 2008-2018 , present trade data between Brazil and Argentina and, finally, point out the Brazilian and Argentine position within Mercosur and the relationship between the parties, based on their ideologies of the period. Finally, the work leaves the subject open, proposing that in the future a new research be carried out, with the purpose of contextualizing the themes. Along with this new research, it is suggested to carry out a case study, for which a detailed analysis of how the relationship between the Bolsonaro government and the government of Alberto Fernández, current president of Argentina, has been developed.
Keywords: Pragmatism; Trade; Mercosur; Intrablock; Political relations.
SUMÁRIO
	
1 INTRODUÇÃO	1
2 METODOLOGIA	4
3 RELAÇÕES INTERNACIONAIS, NEOFUNCIONALISMO E BLOCOS ECONÔMICOS	7
3.1 NEOFUNCIONALISMO, PENSAMENTO LIBERAL E INTEGRAÇÃO REGIONAL	7
3.2 BLOCOS ECONÔMICOS	9
3.3 INFLUÊNCIA POLÍTICA NOS BLOCOS ECONÔMICOS	10
4 AMÉRICA DO SUL PRÉ MERCOSUL	12
4.1 A CRIAÇÃO DO MERCOSUL	12
4.1.1 A relação Brasil - Argentina	14
4.1.2 Tratado de Assunção	16
4.2 AS REGRAS COMERCIAIS DO MERCOSUL	18
5 DESENVOLVIMENTO	21
5.1 DISCURSOS E VISÕES IDEOLÓGICAS DOS PRESIDENTES DE BRASIL E ARGENTINA ENTRE OS ANOS DE 2008 A 2018	21
5.1.1 Brasil	21
5.1.2 Argentina	24
5.2 DADOS DO COMÉRCIO REALIZADO ENTRE BRASIL E ARGENTINA	27
5.2.1 Dados do comércio realizado entre brasil e argentina e os investimentos estrangeiros diretos 2008 a 2018	27
5.3 CASOS DE CRESCIMENTO COMERCIAL NO ÂMBITO MERCOSUL	33
5.4 O MERCOSUL E AS TEORIAS DE INTEGRAÇÃO REGIONAL	37
5.4.1 Visões difusas a respeito do Mercosul	38
5.4.1.1 Mercosul sob o governo Bolsonaro	39
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS	43
REFERÊNCIAS	45
1 INTRODUÇÃO 
O período da Guerra Fria foi um terreno fértil para as ditaduras cíveis-militares se instalarem por toda a América do Sul com a justificativa de que elas eram necessárias para combater o avanço do comunismo na região. Segundo Padrós (2007, p. 14), “O medo da ‘cubanização’ da América Latina levou ao copatrocínio do golpe de Estado de 1964 no Brasil e à promoção da invasão da República Dominicana em 1965, dando início a um novo tipo de relação com a região, o da contra insurgência.”	Comment by Kaiza Correia: 4 linhas – não pode vir dentro do texto
 Houve uma onda de governos ditatoriais que varreu o continente, como a exemplo dos países foco desta análise, que se deram durante os seguintes períodos: a ditadura argentina (1966-1973); a ditadura brasileira (1964-1985); a paraguaia (1954-1989) e a uruguaia (1973-1985), isso sem mencionar o caso de outros países do continente. Tal movimento não teria tido todo esse alcance e longevidade sem o aval da superpotência que dominava a esfera de influência da região, os EUA. E em alguns casos, só sendo possível com seu auxílio direto aos grupos militares que tomaram o poder. 	Comment by Kaiza Correia: Quais?	Comment by Kaiza Correia: Por extenso, primeira vez no texto. Explicitar a fonte de tais informações
Todo esse período foi permeado pela forte desconfiança e rivalidade entre todos os Estados da região, tendo sido marcado pela rivalidade das potências médias da região, o Brasil e a Argentina, que disputavam a hegemonia no cone sul.
É o caso das relações entre a Argentina e o Brasil, marcadas ora pela ambivalência, ora pela cooperação, ora pelos conflitos e rivalidades, situação a qual perdurou até o final da década de 1970, quando a resolução do contencioso histórico referente ao aproveitamento hidroelétrico das águas do rio Paraná, criou as condições para o estreitamento dos laços, culminado com a assinatura da Declaração de Iguaçu em 1982. (LEME, Álvaro Augusto Stumpf Paes. A declaração de Iguaçu (1985): a nova cooperação Argentino-Brasileira. 2006.)	Comment by Kaiza Correia: Página, autor?
O relaxamento das tensões entre as superpotências dos EUA e a URSS no início da década de 80 foi de suma importância para reduzir as tensões na região do cone sul, assim como a onda democrática que se espalhou pela América do Sul a partir dametade da década de 80 cimentou os caminhos para a criação do bloco. 	Comment by Kaiza Correia: Fonte?
O primeiro vislumbre de uma aproximação real e duradoura entre os rivais deu-se quando a ditadura brasileira apoiou firmemente o pleito da ditadura argentina às ilhas Malvinas, contrariando os interesses do Reino Unido na região. Anos depois a declaração de Iguaçu foi assinada, em 30 de novembro de 1985, sob uma ótica desenvolvimentista que tinha como objetivo o fortalecimento das duas economias por meio de uma maior complementaridade industrial de suas cadeias produtivas assim como a ampliação de mercados para suas exportações. 
Para criar um consenso inicial entre os países, o modelo dos neofuncionalistas foi primordial no entendimento da declaração de Iguaçu já que com isso foram formadas comissões técnicas e burocráticas de alto nível para formular uma estratégia de cooperação e integração argentino-brasileira. Tanto para o Presidente Sarney como para o Presidente Alfonsín, o modelo de integração dos países europeus foi uma grande referência já que ambos os mandatários viam a integração não sendo apenas de caráter econômico, mas sim político e cultural também (Alfonsín, 2001; Sarney, 2001). 
Desta maneira, a presente pesquisa buscará responder: o relacionamento comercial entre Brasil e Argentina, durante o período de 2008 a 2018, foi influenciado por suas semelhanças ou diferenças ideológicas? 	Comment by Kaiza Correia: Esse é o objetivo, encontrar a resposta para esse questionamento	Comment by Kaiza Correia: Como medir isso?
Neste sentido o objetivo geral do presente estudo buscará analisar o relacionamento comercial entre Brasil e Argentina, baseados em seu relacionamento intrabloco Mercosul, entre os anos de 2008 e 2018 e sua relação com as semelhanças ideológicas do período. Assim os objetivos específicos buscarão apresentar a relação entre as relações internacionais, neofuncionalismo e a criação dos blocos econômicos, descrever o contexto da criação do Mercosul, seus principais aspectos e suasuas regras comercias, verificar as ideologias dos governos brasileiro e argentino no período 2008-2018, apresentar os dados comerciais entre Brasil e Argentina e por fim, apontar o posicionamento brasileiro e argentino dentro do Mercosul e o relacionamento entre as partes, a partir de suas ideologias do período. 	Comment by Kaiza Correia: Estudo foi feito, usa-se verbos no passado	Comment by Kaiza Correia: O que considera?
Justifica-se o presente trabalho como uma ferramenta para analisar de que formas as diferenças ou semelhanças ideológicas dos governos influenciam no relacionamento entre países, impactando diretamente sua economia, principalmente tratando-se de países pertencentes ao mesmo bloco econômico. 	Comment by Kaiza Correia: Não é justificativa
Observando o seguinte assunto, este Trabalho de Conclusão de Curso pretende averiguar de 2008 até 2018 os resultados econômicos e sociais atingidos pelos Estados partes do MERCOSUL, especificamente Brasil e Argentina, com o comércio intrabloco, assim como os números de investimentos estrangeiros diretos (IED) que foram destinados a ele, em consonância com as declarações públicas de altos membros dos novos governos que chegaram ao poder na região, e das forças políticas hegemônicas de cada país. Sob a perspectiva metodológica, será feita uma revisão da literatura sobre o tema em foco. 	Comment by Kaiza Correia: Esse é o objetivo? Novo? Essa não é a metodologia
este Trabalho de Conclusão de Curso pretende averiguar de 2008 até 2018 os resultados econômicos e sociais atingidos pelos Estados partes do MERCOSUL, especificamente Brasil e Argentina, com o comércio intrabloco, assim como os números de investimentos estrangeiros diretos (IED) que foram destinados a ele, em consonância com as declarações públicas de altos membros dos novos governos que chegaram ao poder na região, e das forças políticas hegemônicas de cada país. Sob a perspectiva metodológica, será feita uma revisão da literatura sobre o tema em foco. 
2 METODOLOGIA 
O método utilizado para formulação deste trabalho, encontra-se de acordo com a proposta de estudo, a qual encontra-se adequada por meio dos objetivos a serem alcançados. O desenvolvimento da ciência tem como base o alcance de resultados que permite validar hipóteses sobre determinado acontecimento ou fato, presente em nossas vidas, ou não.	Comment by Kaiza Correia: 	Comment by Kaiza Correia: 
A pesquisa é de fundamental importância para a evolução dos conhecimentos em determinado campo de estudo, ou seja, por meio da pesquisa pode-se ampliar os horizontes de conhecimento sobre determinado tema.
A metodologia utilizada na formulação deste trabalho se baseia em pesquisas bibliográficas, através de consultas a diversos periódicos, a livros, revistas, artigos publicados na internet. 
A pesquisa bibliográfica explica um tema baseado nas referências teóricas publicadas em diversos periódicos e busca analisar conteúdos científicos sobre o tema escolhido.
Para este caso, foram utilizados critérios de citações, pesquisas, artigos, teses, dissertações, e citações traduzidas. 
A coleta de dados seguiu as seguintes premissas: Leitura exploratória: leitura objetiva ou leitura rápida, para assim verificar se a fonte é de interesse para a pesquisa. 
Foi utilizado também o modelo de leitura seletiva, a qual consiste em uma leitura com uma maior profundidade, adicionando consistência ao trabalho. Finalizando, foi realizado o registro das informações obtidas, especificando no trabalho, com nome e ano de publicação. 
Nesta última etapa, se realizou a leitura analítica, para assim realizar o sumario corretamente. Neste processo, foi considerado as informações que possibilitassem obter a resposta do problema de pesquisa, por meio dos objetivos gerais e específicos.
Esta pesquisa fora desenvolvida através de um estudo descritivo, partindo da compreensão geral do assunto buscando descrever os fatos ou situações e proporcionar conhecimento acerca do fenômeno estudado e comprovar ou contrastar relações evidenciadas no caso. Este tipo de estudo tem como finalidade explicar o conteúdo das premissas. De acordo com Gil (2008):	Comment by Kaiza Correia: Página?
 “O estudo descritivo é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu conhecimento amplo e detalhado, tarefa praticamente impossível mediante os outros tipos de delineamentos considerados.”
Pesquisa descritiva é utilizada para descrever características de uma população ou fenômeno em estudo. Não responde a perguntas sobre como / quando / porque as características ocorreram. Em vez disso, aborda a questão "o quê" (quais são as características da população ou situação que está sendo estudada?) As características usadas para descrever a situação ou população são geralmente algum tipo de esquema categórico também conhecido como categorias descritivas. 
Assim, a pesquisa descritiva não pode descrever o que causou uma situação. Assim, a pesquisa descritiva não pode ser usada como base de uma relação causal, em que uma variável afeta outra. Em outras palavras, a pesquisa descritiva pode ter baixa exigência de validade interna.
Este projeto de pesquisa será realizado pela tipologia não experimental, pois não haverá influência ou manipulação de dados pelo pesquisador, onde as variáveis de interesse do estudo serão observadas ou mensuradas.	Comment by Kaiza Correia: Não é mais projeto	Comment by Kaiza Correia: passado
De acordo com Coelho (2018), . Aa pesquisa não experimental consiste no estudo de fenômenos sem a intervenção sistemática do pesquisador. Quanto ao tipo de pesquisa será do tipo descritiva pois o objetivo é descrever as características do objeto em estudo, apenas descrevendo a realidade já existente.
Segundo Moretti (2017), o pesquisador necessita de inúmeras informações sobre o que deseja pesquisar. Neste tipo de estudo descreve os fatos e acontecimentos de uma realidade.
A pesquisa quanto instrumento de coleta de dados será bibliográfica.Visto que o uso da pesquisa bibliográfica está relacionado à utilização de várias bibliografias de diversos autores para evidenciar a importância deste projeto de pesquisa.
“A pesquisa bibliográfica é a base de qualquer trabalho científico. Essa etapa serve para reunir o conhecimento teórico já disponível. A partir daí, pode-se analisar ou explicar o objeto de estudo.”. (RAYMUNDO, 2018).	Comment by Kaiza Correia: página
Será utilizado, para análise de dados, nesta pesquisa será a análise de verificação. De acordo com Moraes (2009), A análise de verificação faz a análise de documentos e literaturas especializadas tendo como objetivo a hipótese de verificação, sabendo-se o que se busca para atingir um determinado objetivo.	Comment by Kaiza Correia: E a pesquisa descritiva de dados secundários?
3 RELAÇÕES INTERNACIONAIS, NEOFUNCIONALISMO E BLOCOS ECONÔMICOS
3.1 NEOFUNCIONALISMO, PENSAMENTO LIBERAL E INTEGRAÇÃO REGIONAL	Comment by Kaiza Correia: Balassa? Senti falta
 
O neofuncionalismo foi desenvolvido por Ernst B. Haas, na linha da abordagem funcionalista de David Mitrany, e posteriormente aprimorado por Leon Lindberg e Joseph Nye. A teoria dá grande ênfase ao papel das organizações supranacionais estabelecidas para fornecer a dinâmica para uma integração posterior. O neofuncionalismo sugere que a direção e a extensão da integração não podem ser conhecidas ou programadas com antecedência. Em vez disso, um mecanismo complexo de transbordamento garante que os estados atribuam progressivamente mais responsabilidades supranacionais à organização existente. Na verdade, toda a lógica do modelo neofuncionalista é baseada no efeito transbordamento (VIRGA, 2018). 	Comment by Kaiza Correia: Ano?
O modelo neofuncionalista, que prioriza ações comuns e conquistas concretas entreconcretas entre os atores estatais, preferencialmente vizinhos que desejam constituir uma entidade integrada, baseia-se na “solidariedade comum” entre esses estados. Os membros desse movimento de integração devem criar instituições comuns para as quais devem transferir progressivamente mais competências (SIPPLE, 2020). 
Os neofuncionalistas sugerem que a vontade de cooperação entre estados ou governos não será suficiente para realizar a integração, já que as elites políticas e econômicas das nações devem estimular a aproximação também no plano social, tendo em vista que, em um ambiente democrático ,democrático, os cidadãos devem apoiar o esforço de integração (MESQUITA, 2019). 
A integração emergente não será construída do zero instantaneamente, de acordo com um cronograma premeditado e detalhado. Pelo contrário, realizações modestas deveriam encorajar progressivamente mais integração, a reaproximação econômica encorajando uma reaproximação política e todo esse processo criando a necessidade de uma florescente institucionalização, istoinstitucionalização, isto é, um círculo virtuoso que leva à integração plena em todos os domínios, até mesmo chegando ao estágio de uma federação. Ainda que essa teoria possa ser vista como determinista demais, é preciso ter em mente que o modelo neofuncionalista se baseia na evolução histórica da União Europeia (VICENTE, 2015). 
Ao devolver mais autoridade às organizações supranacionais que criaram, os estados garantem que seus cidadãos começarão a transferir cada vez mais suas expectativas para o "sindicato". A integração econômica e social irá então “transbordar” para a integração política (SZUCKO, 2017). 
A abordagem neofuncionalista identifica uma série de fatores causais que interagem e criam um estímulo de integração entre os estados-nação: crescente interdependência econômica entre as nações envolvidas, capacidade organizacional para resolver disputas regionais e capacidade de construir um regime jurídico internacional por meio de órgãos judiciais comumente aceitos , regras de mercado supranacionais que substituem os regimes regulatórios nacionais, percepções mútuas entre sociedades e o desenvolvimento de valores políticos e sociais comuns (SIPPLE, 2020). 
O tamanho das populações, o nível das transações econômicas e a economia de escala que elas geram, bem como a complementaridade das elites políticas e econômicas, também estão entre as condições importantes. Além disso, as nações envolvidas na integração regional devem aceitar a transferência de sua lealdade de seu próprio governo nacional para os recém-criados órgãos supranacionais. Doravante, essas instituições devem gozar de algum tipo de autonomia e legitimidade porque, dentro delas, as nações decidirão sobre seu futuro comum (VIRGA, 2018). 
É claro que, para usufruir desse nível de legitimidade, as pessoas devem se sentir representadas nesses órgãos e aceitar, em princípio, ter um destino comum, para benefício mútuo e para se protegerem de ameaças econômicas e políticas comuns (VICENTE, 2015).
Os neofuncionalistas acreditam que a integração é um processo contínuo, por isso estudam as condições iniciais favoráveis ​​para iniciar um movimento de integração. Se faltar o sentimento comum de um futuro partilhado e de legitimidade, o processo pode ser bloqueado ou encapsulado, sendo as múltiplas crises institucionais da União Europeia bons exemplos desses desafios. Vale lembrar que a integração econômica, sem dúvida, terá mais êxito no caso dos países já desenvolvidos (SZUCKO, 2017). 
A teoria neofuncionalista é um modelo dinâmico e preditivo, que foi adaptado e modificado em diferentes períodos da integração europeia. Sua flexibilidade em comparação com outras teorias de integração é a razão pela qual é uma ferramenta útil e um método relevante na avaliação dos movimentos de integração emergentes em outras geografias. No entanto, sua aplicação em outros lugares permanece problemática devido ao número importante de fatores envolvidos no processo (MESQUITA, 2019).
3.2 BLOCOS ECONÔMICOS
Segundo Almeida (2001), os blocos comerciais são grupos de países que formam acordos comerciais entre si. Os blocos de negociação podem incluir:
a) Áreas de livre comércio - eliminação de tarifas entre economias no bloco comercial;
b) União aduaneira - área de livre comércio + tarifa externa comum com não-membros;
c) União económica / mercado único - união aduaneira + regras e regulamentos comuns.
Os blocos comerciais tornaram-se cada vez mais influentes no comércio mundial. Eles têm vantagens em permitir o livre comércio entre países geograficamente próximos. Isso pode levar a preços mais baixos, maior potencial de exportação, maior crescimento, economias de escala e maior concorrência (CADEMARTOR, et al. 2016).
No entanto, isso pode levar a um comprometimento, pois os países reúnem a soberania econômica. Além disso, a mudança para o livre comércio tende a criar vencedores e perdedores - com algumas indústrias domésticas perdendo para importações de menor custo (MAGYARICS, 2010). Segundo Robson (2007), os principais blocos econômicos no mundo são:
a) União Europeia - O bloco comercial mais integrado. A UE possui livre comércio e regulamentos comuns e faz parte de uma união aduaneira. 
b) NAFTA - Associação de Livre Comércio do Atlântico Norte. Uma área de livre comércio entre Canadá, EUA e México.
c) Área de Livre Comércio da ASEAN A área de livre comércio do Sudeste Asiático foi fundada em 1992. Inclui: Brunei, Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura e Tailândia, Vietnã, Laos, Mianmar e Camboja. 
d) Área de livre comércio do SAFTA no sul da Ásia - baseada no subcontinente indiano. Inclui Afeganistão, Bangladesh, Butão, Índia, Maldivas, Nepal, Paquistão e Sri Lanka. 
e) Mercosul - um bloco comercial do sul da América formado em 1991. Inclui membros efetivos da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Com membros associados, incluindo Bolívia, Chile, Colômbia, Equador. 
f) União Africana - 55 países do continente africano. Criado para estreitar laços políticos e econômicos. Tem aspirações de se tornar uma área de livre comércio.
3.3 INFLUÊNCIA POLÍTICA NOS BLOCOS ECONÔMICOS
O confronto pós-guerra Mundial (1945) entre os Estados Unidos (EUA), representandoo grupo capitalista e a União Soviética (URSS), simbolizando o grupo socialista, embora não tenha sido considerado uma batalha, inspirou muitos países no âmbito político, econômico e social. Com a URSS aniquilada, em 1991, a visão bipolar do planeta deixou de existir e desde então, o mundo se tonou globalizado e multipolar. Portanto, o blocos econômicosos blocos econômicos que passaram e ainda passam por algumas mudanças e manipulações políticas de Estados, passaram a surgir pós esta mudança de visão do mundo 	Comment by Kaiza Correia: Palavras repetidas na mesma frase
Devido os interesses políticos e econômicos em comum, alguns países se uniram em grupos. Por causa dos medos que o conflito pós Guerrapós-guerra Mundial gerou, especificadamente na Europa, houve a criação da União Europeia (UE), pois com a inexistência de uma inserção econômica, social e política entre os países, o cenário de 1945 poderia se repetir (CASTELLS, 1999). 
Por outro lado, o contexto na América Latina era diferente em relação ao que a Europa estava vivendo, pois a inserção entre os países ocorreu após o fim da Guerra Fria, pois até então o palco ainda era de rivalidade. Entretanto, a divisão do mundo entre blocos econômicos, desencadeia uma aproximação mundial com o objetivo de benefícios mútuos (BANZATTO, 2016).	Comment by Kaiza Correia: Será?
Em suma, a união à um bloco econômico contribui na formação de pactos comerciais, fluxo de serviços e de pessoas do mesmo ou de diferente bloco. A competitividade de países sozinhos entre os que se unem, tende a ter um nível mais alto no comércio internacional, pois quanto mais favoritismo e menos ligação internacional, menos chances econômicas e políticas serão criadas (CADEMARTOR, et al. 2016).	Comment by Kaiza Correia: confuso
O Euro é a moeda da União Europeia, pois isso há um livre fluxo de mercadorias, pessoas e serviços. Dessa forma, toda todos osa cidadãos da UE conseguem visualizar os benefícios de estarem inseridos à um bloco econômico. Por outro lado, os sul-americanos não conseguem visualizar resultado de estarem inseridos no Mercosul, pois não está exposto em seu dia-a-diadia a dia. Em 2013, o Mercosul, passou a ter uma corrente ideológica, onde evidenciou-se uma ligação com um pensamento esquerdista. Torna-se notório que o desempenho do Mercosul deixa a desejaré insuficiente, a partir do momento em que adquirir mercadorias argentinas nos EUA, por exemplo, é mais barato do que no próprio Brasil (MAGYARICS, 2010).	Comment by Kaiza Correia: Parágrafo mal construído	Comment by Kaiza Correia: confuso	Comment by Kaiza Correia: Com base em que foi feita essa afirmativa?	Comment by Kaiza Correia: Qual o resultado?	Comment by Kaiza Correia: O que? Está confuso, não compreendi.	Comment by Kaiza Correia: Qual é o pensamento esquerdista? O que isso significa em termos de política econômica e de integração?
4 AMÉRICA DO SUL PRÉ MERCOSUL
O fim da Guerra Fria não apenas atenuou os desequilíbrios clássicos inerentes ao capitalismo histórico, mas também foi um impulso decisivo para a liberalização progressiva do comércio mundial e para uma globalização econômica que vem se formando há várias décadas. A ausência do contrapeso soviético e o desaparecimento da política de blocos fazem com que o capitalismo dê rédea livre à sua lógica imanente, porque não precisa mais demonstrar a ninguém uma falsa vontade de dividir, nem sua superioridade em relação aos sistemas socialistas, podendo assim abandone com segurança seu rosto amistoso (socialdemocracia e bem-estar social) (KRASNER, 1992).	Comment by Kaiza Correia: Ao que se refere?	Comment by Kaiza Correia: ??	Comment by Kaiza Correia: Texto confuso ???
A perda de destaque das lutas político-ideológicas entre os soviéticos e os americanos em favor de confrontos comerciais em escala planetária deu primazia ao mercado mundial como um campo de batalha novo e competitivo, onde vários conflitos de interesses são resolvidos, já que nada mais de ser um campo de harmonia e harmonia. Pode-se até dizer que fatores econômicos e participação de mercado ganharam importância relativa com relação ao poder militar dos países, embora o oposto possa ser interpretado se observarmos vários episódios bélicos recentes, como as duas guerras no Golfo Pérsico ou intervenções armadas. dos Estados Unidos em Granada ou Panamá, entre outros (SILVA, 2006).
Nesse contexto econômico-comercial, iniciativas em todo o mundo se multiplicam para formar áreas regionais de livre comércio, impulsionadas pela necessidade de as nações se associarem para enfrentar a forte concorrência existente no mercado mundial e se inserir melhor. em redes de negócios globais. Assim, essa estratégia é a seguida pelo Mercosul, criado em 1991 (Tratado de Assunção) com a integração da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, além da Bolívia e do Chile como parceiros (TOKATLIAN, 2002).	Comment by Kaiza Correia: Faltou aprofundar mais quais os fatores e o contexto econômico e comercial
4.1 A CRIAÇÃO DO MERCOSUL 
 Mercosul, sigla de Mercado Comum do Sul ou Mercado Comum da organização econômica regional da América do Sul. O Mercosul surgiu dos esforços anteriores para integrar as economias da América Latina através da Associação Latino-Americana de Livre Comércio (1960) e seu sucessor, a Associação Latino-Americana de Integração (1980). Em 1985, Argentina e Brasil assinaram a Declaração de Iguaçu, que criou uma comissão bilateral para promover a integração de suas economias; no ano seguinte, os dois países haviam negociado vários acordos comerciais (ALVES, 2004).
O Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento comprometeu a Argentina e o Brasil a trabalhar pelo estabelecimento de um mercado comum em dez anos e convidou outros países da América Latina a ingressar. O Mercosul foi criado em 1991 pelo Tratado de Assunção, assinado pelos chefes de estado da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Mais tarde, vários outros países foram admitidos como membros associados e, em 2006, os presidentes dos quatro países membros aprovaram a adesão total à Venezuela, embora sua ascensão final tenha sido bloqueada por anos pelo congresso paraguaio. O Mercosul está sediado em Montevidéu, Uruguai (VIZENTINI, 2003).	Comment by Kaiza Correia: Escritório não?
Os objetivos do Mercosul incluem a harmonização das políticas econômicas de seus membros e a promoção do desenvolvimento econômico. O Protocolo de Ouro Preto (1994) estabeleceu a atual estrutura organizacional do Mercosul e lhe conferiu uma personalidade jurídica sob o direito internacional, permitindo negociar acordos com países e outras organizações internacionais (ANTIQUERA, 2007).
Em 1º de janeiro de 1995, após vários anos de esforços para reduzir tarifas internas (tarifas impostas por membros a outros membros), formalmente foram estabelecidas uma zona de livre comércio e uma união aduaneira. No entanto, a harmonização total iludiu o Mercosul: alguns bens internos ainda estavam sujeitos aos direitos aduaneiros e, embora os membros concordassem em aplicar uma tarifa comum sobre as importações de não-membros, continuavam a existir disparidades em tais direitos. Em 1996, a Comissão Parlamentar Conjunta, composta por parlamentares dos países membros, declarou que todos os membros participantes devem ter instituições democráticas em funcionamento (VIZENTINI, 2003).	Comment by Kaiza Correia: Iludiu? Tentar não usar esses termos na produção científica
Em 2003, o Mercosul assinou um acordo de livre comércio com a Comunidade Andina, que entrou em vigor em 1º de julho de 2004. Em 2007, um novo parlamento dos Estados membros foi inaugurado em Montevidéu. Em 2012, após o impeachment controverso do Presidente Paraguai. Fernando Lugo, Brasil, Argentina e Uruguai votaram pela suspensão da adesão ao Paraguai até 2013. Mais tarde, na mesma cúpula em que essa ação foi tomada, os líderes dos três países membros ativos anunciaram a ascensão da Venezuela à participação plena, a partir de 31 de julho de 2012. (CADEMARTOR, et al. 2016).	Comment by Kaiza Correia: É um tratado,os países membros assinaram	Comment by Kaiza Correia: Palavras em outra língua devem vir em itálico
As instituições do Mercosul incluem o Conselho do Mercado Comum, o principal órgão de decisão da organização; o Common Market Group, um órgão executivo que implementa políticas; a Comissão de Comércio, que supervisiona a política comercial e pode resolver disputas comerciais; e o Fórum Econômico e Social Consultivo, através do qual empresas e sindicatos podem expressar suas opiniões. (PEÑA, et al. 2005).
O Mercosul é um processo aberto e dinâmico. Desde a sua criação, seu principal objetivo tem sido promover um espaço comum que gere oportunidades de negócios e investimentos através da integração competitiva das economias nacionais no mercado internacional. Como resultado, estabeleceu vários acordos com países ou grupos de países, concedendo-lhes, em alguns casos, o status de Estados Associados - sendo essa a situação dos países sul-americanos. Eles participam de atividades e reuniões do Bloco e têm preferências comerciais com os Estados Partes. O MERCOSUL também assinou acordos comerciais, políticos ou de cooperação com um número diversificado de nações e organizações nos cinco continentes. (ESTEVEZ, 2003).	Comment by Kaiza Correia: rever
4.1.1 A relação Brasil - Argentina
A relação entre Argentina e Brasil é estreita e histórica e abrange todas as dimensões possíveis: economia, comércio, cultura, educação e turismo. Da guerra e rivalidade à amizade e aliança, esse relacionamento complexo já dura mais de dois séculos. Os países também compartilham um sistema de governo, ambos sendo repúblicas federais com um sistema presidencialista (BANZATTO, 2016).
O Rio de Janeiro foi a primeira capital a reconhecer a independência argentina, enquanto, Buenos Aires foi o primeiro governo a reconhecer a independência do Brasil. Depois de alcançar a independência das coroas ibéricas no início do século XIX, a Argentina e o Brasil herdaram uma série de disputas territoriais não resolvidas de suas potências coloniais. A brecha mais séria no relacionamento foi a Guerra da Cisplatina (1825-1828), liderada pela invasão e anexação brasileira da Banda Oriental. (ALVES, 2004).	Comment by Kaiza Correia: evitar palavras e expressões de uso coloquial
Apesar dos inúmeros períodos de hostilidade silenciosa, o relacionamento argentino-brasileiro não foi definido pela hostilidade aberta durante a maior parte dos séculos XIX e XX. Havia competição em muitos níveis, e suas respectivas políticas de defesa refletiam suspeitas mútuas, mas a ascensão econômica brasileira na década de 1980 levou à acomodação da Argentina como potência regional secundária e ao aumento da cooperação (ANTIQUERA, 2007).	Comment by Kaiza Correia: reescrever	Comment by Kaiza Correia: confuso
Com a criação da Agência Brasil-Argentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares, em 1991, os dois países transformaram sua competição nuclear em cooperação através da confiança mútua. Um alto volume de comércio e migração entre Argentina e Brasil gerou laços mais estreitos, especialmente após a implementação do Mercosul em 1991. Hoje, a relação estratégica entre Argentina e Brasil é considerada "no ponto mais alto de história". A política externa argentina deu ênfase especial ao "aprofundamento da aliança estratégica com o Brasil em todos os seus aspectos". Da mesma forma, a Argentina tem sido "uma prioridade absoluta" para a política externa brasileira (TOKATLIAN, 2002).
O governo Néstor Kirchner colocou o Brasil como uma prioridade da política externa e as relações com o Brasil foram consideradas estratégicas. Isso foi recebido com reciprocidade no Brasil, pois Lula da Silva colocou a Argentina como a principal prioridade de sua política externa. A primeira visita estrangeira de Lula da Silva, como presidente eleito, foi à Argentina em dezembro de 2002. Do ponto de vista brasileiro, somente com essa aliança estratégica seria possível transformar a América do Sul em um bloco de poder mundial., um dos objetivos da política externa de Lula da Silva. (PEÑA, et al. 2005).	Comment by Kaiza Correia: do governo Lula
Desde 2003, Argentina e Brasil coordenam suas posições nos fóruns multilaterais, como pode ser visto pela participação conjunta nas negociações agrícolas na reunião da OMC em Cancún, sua posição conjunta em relação à criação da Área de Livre Comércio das Américas e sua articulação no G-20 para reformar o sistema financeiro internacional. A criação da União das Nações Sul-Americanas, em 2008, foi um marco nas novas políticas externas do Brasil e da Argentina. Em outro sinal de confiança mútua, desde 2003, diplomatas de ambos os países ocupam uma única cadeira no Conselho de Segurança das Nações Unidas quando um deles ocupa um assento não permanente (SILVA, 2006).	Comment by Kaiza Correia: ?	Comment by Kaiza Correia: Evitar essas expressões
cA presidente Dilma Rousseff escolheu a Argentina como a primeira viagem ao exterior de sua presidência, em uma demonstração dos laços "especiais e estratégicos" entre os dois países. Durante sua visita de estado a Buenos Aires em 31 de janeiro de 2011, Dilma declarou que "não foi uma decisão casual escolher a Argentina como meu primeiro destino estrangeiro" e elogiou a Argentina como um "aliado estratégico" de seu país. "O governo brasileiro assume, mais uma vez, um verdadeiro compromisso com o governo argentino, além de uma política conjunta destinada a promover uma estratégia de desenvolvimento para a região. Para mim, a idéeia principal é a de um relacionamento estratégico com a Argentina, que deve brilhar a si próprio. em todas as áreas de interesse dos dois países ", afirmou Dilma em conversas com jornais locais antes de chegar a Buenos Aires (CADEMARTOR, et al. 2016).	Comment by Kaiza Correia: Mais de 3 linhas, não deve vir no corpo do texto. Qual página?
No Brasil, as eleições de 2018 ocorreram na sequência de turbulências políticas e econômicas do impeachment de Dilma Rousseff em 2016 e da condenação de Lula no início de 2018. Condenado por duas acusações de corrupção, Lula passou 18 meses na prisão entre abril de 2018 e novembro de 2019, alegando o a condenação era apenas uma maneira de impedi-lo de concorrer nas eleições de 2018 (DIAS, 2019).	Comment by Kaiza Correia: Não compreendi
Na Argentina, Cristina Kirchner deixou a Casa Rosada em 2015, após dois mandatos. Ela está enfrentando acusações de corrupção, com membros de seu círculo interno presos. Kirchner sempre negou as acusações, chamando-as de perseguição política. Em 2015, ela perdeu a eleição para, Mauricio Macri. (BANZATTO, 2016).
Em 2019, Kirchner aliou- se com Alberto Fernandez, centro-esquerda, como seu candidato a vice-presidente. Era uma maneira de atrair partidários de esquerda e não alienar aqueles que não gostam de Kirchner, mas que também considerariam apoiar Macri. A estratégia funcionou e Fernandez venceu no segundo turno, com 47,8% dos votos.
Desde então, o evidente apoio do presidente argentino a partidos de esquerda brasileiros foi somente o início das divergências entre ele e o presidente brasileiro. O fato de ambos serem de diferente ideologiasdiferentes ideologias tem sido um grande empecilho para a conclusão de assuntos que são de interesse mútuo para os países. 	Comment by Kaiza Correia: Atual
4.1.2 Tratado de Assunção
O Tratado de Assunção de 26 de março de 1991 é um acordo entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai em Assunção, capital do Paraguai, por isso leva seu nome. A partir da assinatura do mesmo, é criado o Mercosul. Segundo Krasner (1992), o Tratado de Assunção contém cinco anexos:
a) Anexo I - estabeleceu o programa de liberação comercial, protocolado na ALADI por meio do acordo de escopo parcial da complementação econômica número 18;
b) Anexo II - incorporou um regime de origem para o período de transição, substituído no período seguinte de consolidação da união aduaneira pelo regime estabelecido pelas Decisões 6/94 e 23/94 do Conselho Mercado Comum;
c) Anexo III - o procedimento de solução de controvérsias e,em seguida, foi substituído pelo sistema de arbitragem instituído pelo Protocolo de Brasília e pelo sistema de "reclamações" da Comissão de Comércio do Mercosul (sistema incorporado no anexo ao Protocolo). Ouro Preto);
d) Anexo IV - sobre a aplicação de salvaguardas que, conforme planejado, deixaram de ser aplicadas no final do período de transição; e
e) Anexo V - criou os diferentes subgrupos de trabalho que compõem o órgão executivo do regime, o Grupo Mercado Comum, que foram modificados na fase de consolidação da união aduaneira.
Os três pontos fundamentais do tratado são: a livre mobilidade de bens, serviços e fatores produtivos; a adoção de uma política comercial única que implique a fixação de uma tarifa externa comum e a coordenação de políticas macroeconômicas e setoriais nas seguintes áreas: agrícola, industrial, fiscal, monetária, cambial e de capital, serviços, alfândega e transporte e comunicações (SILVA, 2006).
Próxima a época que o tratado foi assinado a República do Paraguai reformou sua Constituição em 1992, atualizando-a para as novas taxas de integração e, similarmente à reforma constitucional argentina de 1994, a falta de reforma nos textos fundamentais do Brasil e do Uruguai foi apresentado como um grande desequilíbrio, porém foi sendo resolvido ao longo dos anos. O Tratado de Assunção é um tratado de forma devida ou solene, de natureza multilateral e limitado em aberto. De acordo com o tipo de obrigações que cria, é um tratado. Segundo o seu conteúdo, o Tratado de Assunção é, como o Tratado de Roma de 1957, um verdadeiro tratado de integração econômica, política e jurídica (TOKATLIAN, 2002).	Comment by Kaiza Correia: reescrever
4.2 AS REGRAS COMERCIAIS DO MERCOSUL 
O direito comunitário do Mercosul é a estrutura legal através da qual o Mercosul é executado. Em um sentido amplo, combina os tratados clássicos, protocolos e declarações de direito internacional, com suas próprias regras obrigatórias emitidas pelos órgãos de decisão do bloco (direito comunitário como tal), recomendações não obrigatórias emitidas pelos órgãos subsidiários e até acordos de consenso social regionais. A rigor, inclui apenas as regras diretas ou obrigatórias para os países membros, emitidas pelos órgãos do Mercosul (SILVA, 2006). O Mercosul possui três órgãos decisórios:
a) o Conselho do Mercado Comum (CMC), seu órgão supremo, que emite Decisões;
b) o Grupo Mercado Comum (GMC) que emite resoluções;
c) a Comissão de Comércio do Mercosul (CCM) emite diretrizes.
Esses três tipos de normas comunitárias ditadas pelos órgãos de decisão do Mercosul são obrigatórios para os Estados Partes, segundo o Protocolo de Ouro Preto. Isso gerou um problema específico, que, embora com diferenças quanto ao sistema de internalização de normas que cada um possui, quanto à maneira de "internalizar" as normas do Mercosul aos sistemas jurídicos de cada uma das nações que o compõem e ao nível hierarquia que eles ocupam na pirâmide legal. (TOKATLIAN, 2002). 	Comment by Kaiza Correia: confuso o texto
Para isso, em todos os casos é necessário um ato jurídico dos países membros. Por esse motivo, especialistas discutem se essas regras do Mercosul realmente constituem a própria lei do Mercosul, o que é conhecido como direito comunitário, ou são regras do direito internacional que precisam ser ratificadas. Um grande setor optou por criar a categoria de direito comunitário secundário. (SILVA, 2006).	Comment by Kaiza Correia: qual?
Os regulamentos obrigatórios do Mercosul são adotados por consenso de todos os Estados Partes (ou seja, desde que não haja oposição de nenhum deles; artigo 37 do Protocolo de Ouro Preto). Por outro lado, o Conselho do Mercado Comum pode emitir Recomendações, que não são vinculativas (ALVES, 2004).
Regras de extraordinária importância para o Mercosul são estabelecidas como tratados internacionais e, portanto, precisam ser aprovadas pelos parlamentos nacionais. Eles assumem a forma de protocolos complementares ao Tratado de Assunção, que constitui a norma institucional básica do Mercosul (VIZENTINI, 2003).
Como é uma regra complementar a um tratado, os protocolos geralmente têm um processamento mais rápido para sua ratificação parlamentar em cada país. Excepcionalmente, em alguns casos, como o Acordo Multilateral sobre Seguridade Social de 1997, recorreu à forma do tratado e, para o processo de ratificação, ele atrasou 8 anos (SILVA, 2006).
Em alguns casos, os países membros já recorreram a declarações presidenciais, como no caso da Declaração do Compromisso Democrático de 1996 ou da Declaração Socio - Laboral de 1998. As declarações são atos assinados por todos os presidentes que não precisam de nenhum tipo de aprovação. parlamentar nem ato de internalização. A validade dessas normas é discutida entre juristas, com uma grande variedade de pontos de vista (ANTIQUERA, 2007).
Os outros órgãos do Mercosul produzem recomendações para um dos três órgãos de tomada de decisão e só se tornam padrões obrigatórios se aprovados e assumem a forma de algumas das alternativas discutidas no item anterior. Um caso especial são as recomendações da Comissão Socio-Laboral. Do ponto de vista puramente formal, não há diferença alguma com as recomendações feitas por outras organizações do Mercosul. Mas, devido à sua composição tripartite peculiar (governos, empregadores e sindicatos), as recomendações que faz constituem atos de consenso entre os três setores, que fazem os mesmos atos de diálogo e acordo social regional. O peso desse consenso e o fato de os governos estarem representados significa que sua aprovação é praticamente garantida (VIZENTINI, 2003).
A maneira pela qual a aplicação efetiva das decisões, resoluções e diretrizes do Mercosul é alcançada como lei interna de cada país e a classificação legal que ocupam em relação às regulamentações nacionais, gerou um problema específico conhecido como "internalização". "de normas supranacionais” (PEÑA, et al. 2005).
Os países membros do Mercosul possuem diferentes mecanismos constitucionais para "internalizar" as normas estabelecidas pelo bloco e atribuir a ele diferentes graus de supremacia sobre seu direito interno. Na Argentina e no Paraguai, que adotaram o sistema conhecido como "monista", os tratados e protocolos ratificados têm um valor superior às leis nacionais e, portanto, não podem ser revogados ou substituídos por eles. No Brasil e no Uruguai, que adotaram o sistema conhecido como "dualístico", os tratados e protocolos têm o mesmo valor que as leis nacionais e, portanto, prevalecem sobre os se forem de data posterior. (ANTIQUERA, 2007).
Por outro lado, as constituições dos países membros não definiram claramente o status legal das normas obrigatórias ditadas pelos órgãos decisórios do Mercosul, nem suas condições de validade interna em cada estado. Na prática, cada país desenvolveu procedimentos que permitem uma rápida incorporação das regras do MERCOSUL como lei interna, mas em nenhum caso existe uma aplicação direta. Isso levou vários especialistas a sustentar que o direito do Mercosul não possui o status de direito comunitário (PEÑA, et al. 2005).
5 DESENVOLVIMENTO
5.1 DISCURSOS E VISÕES IDEOLÓGICAS DOS PRESIDENTES DE BRASIL E ARGENTINA ENTRE OS ANOS DE 2008 A 2018
5.1.1 Brasil
Luiz Inácio Lula da Silva, comumente chamado de Lula, é um político brasileiro e ex-líder sindical que serviu como 35º Presidente do Brasil em De 1 de janeiro de 2003 a 31 de dezembro de 2010. Lula foi membro fundador do Partido dos Trabalhadores (PT) e concorreu à presidência sem sucesso três vezes antes de alcançar a vitória nas eleições de 2002. Ele foi reeleito em 2006 (BRESSER-PEREIRA, 2010).
Durante seu mandato, Lula introduziu amplos programas sociais, incluindo o Bolsa Família e o Fome Zero, com o objetivo de combater a pobreza e elevar a posição da classe trabalhadora do país. Como presidente, Lula desempenhou um papel de destaque em assuntos internacionais, incluindo atividades relacionadas ao programa nuclear do Irã e às mudanças climáticas, sendo descrito como "umhomem com ambições audaciosas para alterar o equilíbrio de poder entre as nações".	Comment by Kaiza Correia: Por quem?
Desde o início de sua carreira política até o presente, Lula mudou algumas de suas ideias originais e moderou suas posições. Em vez das drásticas mudanças sociais que ele propôs no passado, seu governo escolheu uma linha reformista, aprovando nova legislação sobre aposentadoria, impostos, trabalho e judicial e discutindo a reforma da universidade (CARNEIRO,. 2006).	Comment by Kaiza Correia: ?
Muito poucas das reformas propostas foram realmente implementadas durante os mandatos de Lula. Algumas alas do Partido dos Trabalhadores discordam da crescente moderação em foco desde o final dos anos 80 e desde então deixaram o partido para formar alas dissidentes, como o Partido da Causa dos Trabalhadores, o Partido Socialista dos Trabalhadores Unidos e, durante a presidência de Lula, o Partido Socialismo e Liberdade. Alianças com antigos políticos oligarcas tradicionais, como os ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor, foram motivo de decepção para alguns (BRESSER-PEREIRA, 2010).	Comment by Kaiza Correia: rever
Antes de assumir o cargo, Lula havia criticado a privatização. Em seu governo, no entanto, seu governo criou concessões de parcerias público-privadas para sete estradas federais. Após décadas com a maior dívida externa entre as economias emergentes, o Brasil se tornou um credor líquido pela primeira vez em janeiro de 2008. Em meados de 2008, tanto a Fitch Ratings quanto a Standard & Poor's haviam elevado a classificação da dívida brasileira de especulativa para investimento. grau. Os bancos fizeram lucros recordes sob o governo de Lula (DUTRA, 2010).	Comment by Kaiza Correia: logo mais tem outro “governo”	Comment by Kaiza Correia: você não desenvolveu a ideia das privatizações e já insere a questão da dívida. Ficou confuso	Comment by Kaiza Correia: ??
Em 2008, o Brasil desfrutou de boa saúde econômica para combater a crise financeira global com um grande estímulo econômico que durou, pelo menos, até 2014. Ppolíticas econômicas do governo Lula também ajudaramou a aumentar significativamente os padrões de vida, com o percentual de brasileiros pertencentes à classe média consumista subindo de 37% para 50% da população.
O Brasil desempenhou um papel importante nas negociações sobre conflitos internos na Venezuela e na Colômbia e concentrou esforços no fortalecimento do Mercosul. Durante o governo Lula, o comércio exterior brasileiro aumentou dramaticamente, passando de déficits a vários superávits. Em 2008, ele teria se tornado um "homem de referência para curar crises regionais", como na escalada de tensões entre Colômbia, Venezuela e Equador. O ex-ministro das Finanças, Delfim Netto, disse: "Lula é o pragmatista supremo" (ACIOLY, et al. 2010, pág?).	Comment by Kaiza Correia: Quem disse isso? Fonte?	Comment by Kaiza Correia: Cadê o elo entre esses dois governos?
Dilma Vana Rousseff, é uma economista e política brasileira que atuou como 36a presidente do Brasil, ocupando o cargo de 2011 até seu impeachment em agosto de 2016. Embora Dilma afirme que seu pensamento político mudou drasticamente - do marxismo ao capitalismo pragmático - ela continua orgulhosa de suas raízes radicais (BASTOS, 2014).	Comment by Kaiza Correia: Quem disse isso?
As opiniões de Dilma são principalmente pró-vida, apoiando o aborto apenas em gestações que colocam em risco a vida da mãe ou são resultado de estupro, casos em que a legislação brasileira atual permite que as mulheres interrompam a gravidez. No entanto, ela foi criticada por setores da Igreja Católica no Brasil e outros grupos religiosos, devido ao seu apoio anterior à legalização do aborto (SINGER, 2015).	Comment by Kaiza Correia: Qual a relevância econômica para a integração?
Esse também foi o principal alvo de críticas da campanha de José Serra e da revista Veja, que enfatizou as posições passadas e atuais de Dilma em sua capa. O assunto apenas desapareceu das notícias depois que as informações se tornaram públicas de que a esposa de José Serra, Monica Serra, teria feito um aborto na juventude (ZUCMAN, 2015).
Como membro do Partido dos Trabalhadores, um partido socialista que se opõe à política da Terceira Via, esperava-se que Dilma fosse contra a privatização e o neoliberalismo. A Nação, como exemplo dessa lógica, descreveu a vitória de Dilma como uma derrota para o Consenso de Washington. Dilma, no entanto, tem uma posição ambígua em questões que envolvem privatização. Ela é, por exemplo, "a favor de conceder às empresas privadas a construção de novas usinas e estradas, caso seja mais barato fazê-las por meio de doações do que por obras públicas ". Além disso, ela favoreceu a privatização de aeroportos para preparar a infraestrutura do Brasil para a Copa do Mundo da FIFA 2014. (BRAGA, 2016, p.?).
Michel Miguel Elias Temer Lulia, comumente chamado de Michel Temer, é um político, advogado e escritor brasileiro que atuou como 37º presidente do Brasil entre 31 de agosto de 2016 e 31 de dezembro de 2018. Ele assumiu o cargo após o impeachment e destituição do cargo de sua antecessora Dilma Rousseff. Ele era vice-presidente desde 2011 e presidente em exercício desde 12 de maio de 2016, quando Dilma foi suspensa enquanto aguardava julgamento de impeachment. Com 75 anos, ele é a pessoa mais velha que assumiu o cargo (RICARDO, 2017).
Uma pesquisa de 2017 mostrou que o governo de Temer tinha 7% de aprovação popular, com 76% dos entrevistados a favor da demissão de Temer. Apesar dos protestos generalizados, Temer se recusou a renunciar. Temer não concorreu à presidência nas eleições de 2018 e foi sucedido por Jair Bolsonaro./
Em 2015, a aliança com o PMDB forjada pelo mentor de Dilma, Luiz Inácio Lula da Silva (“Lula”), começou a desmoronar. Naquele dezembro, no contexto do maior escândalo político da história do país – o Escândalo da Petrobras, no qual estavam envolvidos membros do Partido dos Trabalhadores e do PMDB - Temer enviou uma carta a Dilma, reclamando que seu papel no governo dela havia sido marginalizado (SOUZA, 2016).
Enquanto isso, estava ganhando força o movimento de impeachment de Dilma por supostamente ter manipulado as finanças do governo para disfarçar déficits orçamentários no período que antecedeu sua reeleição. Em março de 2016, a aliança entrou em colapso quando o PMDB decidiu cortar seus laços com a cada vez mais vulnerável Dilma e deixou a coalizão governante. Dilma argumentou que ela foi vítima de uma tentativa de golpe e acusou Temer de liderar uma conspiração contra ela. Em abril, uma fita de áudio vazada revelou Temer praticando um discurso como se ele fosse o presidente (RICARDO, 2017).
A queda de Dilma em paralelo ao colapso da economia brasileira, que em 2016 havia deslizado para uma recessão amplamente caracterizada como pelo menos a pior do país desde a virada do século XX. Temer procurou reverter a economia adotando políticas pró-mercado, pressionando pela promulgação de novas leis trabalhistas e pela reestruturação de aposentadorias e introduzindo medidas de austeridade, incluindo cortes nos serviços públicos. As políticas de Temer começaram a mostrar resultados positivos com a queda da inflação e das taxas de juros. No entanto, os esforços do presidente foram prejudicados por novas alegações de seu próprio envolvimento no escândalo de corrupção (AGUIAR, 2016).
5.1.2 Argentina
Cristina Elisabet Fernández de Kirchner, comumente chamada de Cristina Kirchner, foi presidente da Argentina de 2007 a 2015 e a primeira-dama durante o mandato de seu marido, Néstor Kirchner. Ela foi a terceira mulher a ocupar a vice-presidência argentina, a segunda mulher a ocupar a presidência argentina, a primeira eleita diretamente presidente do sexo feminino e a primeira mulher reeleita para o cargo. Ideologicamente, ela se identifica como peronista e social-democrata, com sua abordagem política chamada Kirchnerismo. Sua abordagem se enquadra na categoria de populismo de esquerda (BUENO, 2016).
Durante seus dois mandatos como presidente,ocorreram vários escândalos de corrupção e, posteriormente, seu governo enfrentou várias manifestações contra. Ela foi acusada de venda fraudulenta de preço baixo em futuros de dólar e foi indiciada por obstruir a investigação do AMIA Bombing de 1994 (GRANATO, 2013). Em 2017, foi emitido um mandado de prisão para Fernández de Kirchner, acusando-a de traição, depois que mais evidências surgiram, mostrando que o pacto assinado entre seu governo e o Irã incluía secretamente a impunidade dos iranianos envolvidos no ataque terrorista. Por causa da imunidade parlamentar, ela não foi para a prisão. Em 2018, ela também foi indiciada por corrupção sob acusações de que seu governo havia aceitado subornos em troca de contratos de obras públicas.	Comment by Kaiza Correia: Fonte?
Quando assumiu o cargo, Cristina Kirchner substituiu o ministro da Economia anterior, Miguel Gustavo Peirano, que havia sido nomeado por seu marido como ex-presidente. Peirano foi sucedido por Martín Lousteau em dezembro de 2007. Ele atuou como o primeiro de vários ministros da economia sob sua presidência. A tentativa de aumentar os impostos sobre as exportações agrícolas causou um conflito com o setor agrícola e houve protestos. Como resultado, os impostos não aumentaram, e Lousteau renunciou em abril de 2008, apenas alguns meses após sua indicação. Ele foi substituído pelo chefe da agência tributária da Argentina, Carlos Rafael Fernández (NOLTE, 2016).
Como alternativa ao aumento de impostos e ao pagamento de dívidas no ano seguinte, o governo nacionalizou os fundos de pensão privados, conhecidos como "As Administradoras de Fundos de Jubilações e Pensões " (AFJP). A quantidade de dinheiro envolvida nessa operação foi de quase 30 bilhões de dólares e as obrigações de dívida foram de quase 24 bilhões de dólares. A nacionalização foi justificada pelo presidente como protecionismo do governo durante a crise e comparada com os resgates bancários na Europa e nos Estados Unidos. Foi criticado como uma ameaça aos direitos de propriedade e ao Estado de direito (PEREIRA, 2016).
Fernández renunciou após a derrota Kirchnerista nas eleições de 2009 e foi substituído por Amado Boudou, presidente da ANSES que havia trabalhado para essa nacionalização. Embora a inflação estivesse próxima de 25% e em alta, Boudou não a considerou um problema significativo (NOLTE, 2016).
Em janeiro de 2010, Cristina Kirchner criou o fundo bicentenário, empregando um decreto de necessidade e urgência para pagar obrigações de dívida com reservas em moeda estrangeira. Martín Redrado, presidente do Banco Central, recusou-se a implementá-lo e foi demitido por outro decreto. A juíza María José Sarmiento anulou os dois decretos, alegando que o Banco Central era independente. Redrado renunciou um mês depois e foi substituído por Mercedes Marcó del Pont (CORIGLIANO, 2011).
Na tentativa de combater a pobreza, o governo introduziu em 2009 o Universal Child Allowance, um programa de transferência de renda para pais desempregados ou na economia informal. Mais tarde, foi expandido para cobrir outros grupos desfavorecidos (CORIGLIANO, 2011).
A medida em que as políticas de Kirchner reduziram a pobreza é controversa, com a taxa de pobreza relatada pelo governo sendo questionada por alguns especialistas. Segundo um relatório da UNICEF de 2017, as transferências de renda reduziram a pobreza extrema em 30,8% e a pobreza geral em 5,6%.	Comment by Kaiza Correia: Quais?
Kirchner foi reeleita em 2011, juntamente com Amado Boudou como vice-presidente e a Frente para a Vitória recuperou o controle sobre as duas câmaras do Congresso. Hernán Lorenzino tornou-se o novo ministro da economia. O governo estabeleceu controles de moeda que limitavam o poder de comprar ou vender moedas estrangeiras, especialmente dólares americanos. Muitos argentinos mantiveram suas economias em dólares como proteção contra a inflação. O governo acreditava que os controles eram necessários para evitar a fuga de capitais e a sonegação de impostos. 
Eles iniciaram um período de reforma fiscal, que incluiu vários aumentos de impostos, limites para aumentos salariais, mais aumentos no protecionismo e reorganização das empresas estatais. Hugo Moyano, principal líder sindical, forte defensor do kirchnerismo, começou a se opor ao presidente. Moyano posteriormente organizou um grande protesto na Plaza de Mayo, com 30.000 pessoas, solicitando a abolição do imposto sobre ganhos de capital (GRANATO, 2013).	Comment by Kaiza Correia: Mesmo?
Axel Kicillof foi nomeado ministro em 2013 e serviu pelo restante do mandato de Kirchner. Ele providenciou o pagamento da dívida ao Clube de Paris e a indenização solicitada pela Repsol pela nacionalização da YPF. Um mês depois, as negociações com os fundos de hedge falharam, e o juiz americano Thomas Griesa emitiu uma ordem que a Argentina deveria pagar a todos os credores e não apenas àqueles que aceitaram um pagamento reduzido, conforme descrito no plano de reestruturação da dívida argentina. Kicillof se recusou a concordar que o país havia caído em um padrão soberano (PEREIRA, 2016).
Quando a Argentina desvalorizou o peso em janeiro de 2014, Kicillof culpou a especulação do mercado de câmbio por Juan José Aranguren, chefe da Royal Dutch Shell na Argentina; mais tarde no ano, quando o peso estava na posição mais baixa de sempre em relação ao dólar, ele culpou os " fundos abutres " dos Estados Unidos.	Comment by Kaiza Correia: rever
Na conferência das Nações Unidas de 2014, ela acusou os " fundos abutres " de desestabilizar a economia dos países e os chamou de " terroristas econômicos ". Segundo o The Economist, os Kirchners devolveram a Argentina ao " nacionalismo econômico e quase autarquia ".
Mauricio Macri é um empresário e político argentino que atuou como presidente da Argentina de 2015 a 2019. É líder do partido Proposta Republicana (PRO) desde sua fundação em 2005. Macri atuou anteriormente como 5º Chefe de Governo de Buenos Aires de 2007 a 2015 e foi membro da Câmara dos Deputados representando Buenos Aires de 2005 a 2007. Ideologicamente, Macri se identifica como um conservador moderado e centrista no Centro-direita argentina (NOLTE, 2016).
A presidência de Macri concentrou-se na reforma da economia nacional e no aprimoramento das relações diplomáticas. Ele alinhou o país ao neoliberalismo gradualista e reabriu a Argentina aos mercados internacionais, elevando os controles cambiais, reestruturando a dívida soberana e pressionando soluções de mercado livre. Internamente, ele seguiu políticas socialmente liberais moderadas, liberalizou o setor de energia e combateu a corrupção pública (PEREIRA, 2016).
Suas atividades legislativas variaram em eficácia e receberam recepção mista da Argentina e do mundo. Macri navegou na crise monetária de 2018, garantindo financiamento externo do Fundo Monetário Internacional, revertendo a restrição fiscal inicial. Macri tornou-se o primeiro presidente em exercício a perder a reeleição para um segundo mandato durante as eleições gerais de 2019. Sua presidência foi criticada por não reformar materialmente a economia ao receber elogios por deixar um legado de anticorrupção e por aumentar a comercialização soberana da Argentina.	Comment by Kaiza Correia: rever	Comment by Kaiza Correia: confuso
Durante o primeiro ano de Macri, a recuperação econômica foi lenta. O desemprego e a inflação permaneceram altos e o crescimento não foi o esperado. O programa de controle de preços de Kirchner, Careful Pricing, que beneficiava pequenas e médias empresas, foi mantido com uma revisão de seus produtos incluídos. O governo iniciou vários projetos de obras públicas para estimular a economia e ajudar o setor de construção. A intervenção política nos números do INDEC terminou e o Fundo Monetário Internacional (FMI) declarou em novembro de 2016 que as estatísticas argentinas estavam novamente de acordo com os padrões internacionais (BUENO, 2016). A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico .(OCDE) estimou que a Argentina sairia da recessão em 2017 ou 2018e reduziu sua classificação de risco-país de sete pontos para seis.
5.2 DADOS DO COMÉRCIO REALIZADO ENTRE BRASIL E ARGENTINA
5.2.1 Dados do comércio realizado entre brasil e argentina e os investimentos estrangeiros diretos 2008 a 2018
No ano de 2008, as exportações do Brasil para a Argentina valem US $ 17.606 bilhões, com uma proporção de 22,1%% de associadas. As exportações da Argentina para o Brasil valem US $ 13.258 bilhões, com uma proporção de 27,4% de associadas. 	Comment by Kaiza Correia: valiam/ foram, passado
Tabela 1: Evolução comercial entre Brasil e Argentina (em bilhões de US$ FOB) – 2008.
	
	Exportações
	Importações
	Valor
	17,606
	13,258
	Variação
	22,1%
	27,4%
	Saldo
	4,347
Fonte: O autor (2021), com base em dados do Ministério da indústria, comércio exterior e serviços. 
Depois da forte contração sofrida em 2002, o Índice de Regionalização do Comércio cresceu anualmente até 2007, quando atingiu 16,1%. Porém, tal evolução se deu de forma modesta quando comparada à verificada na Etapa I: em 1998, o Índice havia atingido 23,1%. O Índice se estabiliza em torno dos 16% a partir de 2008, demonstrando que o crescimento da interdependência comercial entre os países do bloco havia se esgotado dentro dos limites do atual arcabouço de integração regional.	Comment by Kaiza Correia: Talvez o cenário tenha mudado e a integração tenha limites, mas afirmar que foi esgotada é muito forte
Adiante, no ano de 2009 é destacado pela queda geral do comércio do bloco (queda de 25% no comércio total), impactado pela crise financeira internacional ocorrida no ano anterior e pela consequente desaceleração econômica verificada tanto regionalmente, quanto globalmente. Desta forma, tem-se os seguintes valores e variações:	Comment by Kaiza Correia: rever
Tabela 2: Evolução comercial entre Brasil e Argentina (em bilhões US$ FOB) – 2009.
	
	Exportações
	Importações
	Valor
	12,785
	11,282
	Variação
	-24,4%
	-14,9%
	Saldo	Comment by Kaiza Correia: Explorar e trabalhar melhor as informações na tabela. Sugiro colocar todos os anos em uma única tabela
	1,503
Fonte: O autor (2021), com base em dados do Ministério da indústria, comércio exterior e serviços. 
No ano de 2010 o fluxo de comércio voltou a crescer dentro do ambiente de recuperação econômica, com destaque para as elevadas taxas de crescimento do PIB verificadas no Brasil (7,5%) e Argentina (9,1%).	Comment by Kaiza Correia: fonte?
Tabela 3: Evolução comercial entre Brasil e Argentina (em US$ FOB) – 2010.
	
	Exportações
	Importações
	Valor
	18.526
	14.435
	Variação
	44,9%
	27,9%
	Saldo
	4,091
Fonte: O autor (2021), com base em dados do Ministério da indústria, comércio exterior e serviços. 
Adiante, no ano de 2011, a evolução do comércio exterior entre Brasil e Argentina, resultaram nos seguintes indicadores:
Tabela 4: Evolução comercial entre Brasil e Argentina (em US$ FOB) – 2011.
	
	Exportações
	Importações
	Valor
	22,701
	16,905
	Variação
	22,5%
	17,2%
	Saldo
	5,795
Fonte: O autor (2021), com base em dados do Ministério da indústria, comércio exterior e serviços
	No ano de 2012, no que se refere a evolução do comércio exterior entre Brasil e Argentina, tem-se os seguintes valores e variações:
Tabela 5: Evolução comercial entre Brasil e Argentina (em US$ FOB) – 2012.
	
	Exportações
	Importações
	Valor
	17,986
	16,433
	Variação
	-20,7%
	-2,7%
	Saldo
	1,553
Fonte: O autor (2021), com base em dados do Ministério da indústria, comércio exterior e serviços
A partir de 2012 o volume de importações e exportações entre Brasil e Argentina caiu devido às restrições impostas pelo governo argentino, como a limitação da cota para a venda a outros países. 
No ano de 2013, a evolução do comércio exterior entre Brasil e Argentina apresentou os seguintes valores e variações: 	Comment by Kaiza Correia: Não faz sentido dividir a tabela por anos individuais e não as descrever.
Tabela 6: Evolução comercial entre Brasil e Argentina (em US$ FOB) – 2013.
	
	Exportações
	Importações
	Valor
	19,612
	16,462
	Variação
	9%
	0,2%
	Saldo
	3,150
Fonte: O autor (2021), com base em dados do Ministério da indústria, comércio exterior e serviços
No ano de 2014, a evolução do comércio exterior entre Brasil e Argentina, apresentou os seguintes valores e variações: 
Tabela 7: Evolução comercial entre Brasil e Argentina (em US$ FOB) – 2014.
	
	Exportações
	Importações
	Valor
	14,277
	14,142
	Variação
	-27,2%
	-14%
	Saldo
	0,135
Fonte: O autor (2021), com base em dados do Ministério da indústria, comércio exterior e serviços
 	No ano de 2015, a evolução do comércio exterior entre Brasil e Argentina, apresentou os seguintes valores e variações: 
Tabela 8: Evolução comercial entre Brasil e Argentina (em US$ FOB) – 2015.
	
	Exportações
	Importações
	Valor
	12,793
	10,284
	Variação
	-10,3%
	-27,2%
	Saldo
	2,509
Fonte: O autor (2021), com base em dados do Ministério da indústria, comércio exterior e serviços
. 
A Argentina foi o 3º principal parceiro comercial do Brasil em 2016, sendo o 3º nas exportações e o 4º nas importações. Entre 2012 e 2016, o intercâmbio comercial Brasil-Argentina decresceu 34,7%, de US$ 34,4 bilhões para US$ 22,5 bilhões. 
Nesse período, as exportações diminuíram 25,4% em razão, sobretudo, do desaquecimento nas vendas brasileiras de plásticos, máquinas, ferro e aço, papel, químicos inorgânicos e minérios. O superávit brasileiro na balança comercial oscilou nos últimos cinco anos, passando de US$ 1,553 bilhões em 2012, para US$ 4,333 bilhões, representando o 3º maior saldo positivo em 2016.	Comment by Kaiza Correia: rever	Comment by Kaiza Correia: O Brasil não necessariamente depende da Argentina
Adiante, no ano de 2017 houve um forte aumento de 31,31% nas exportações brasileiras, ante um aumento de apenas 3,85% nas vendas argentinas para o Brasil fez com que o fluxo de comércio entre os dois principais sócios do Mercosul registrasse em 2017 o maior desequilíbrio da série histórica, proporcionando ao Brasil um superávit de US$ 8,184 bilhões, quase o dobro do saldo de US$ 4,333 bilhões apurado em 2016. No ano de 2017, as exportações para a Argentina totalizaram US$ 17,619 bilhões, enquanto as importações somaram US$ 9,435 bilhões.	Comment by Kaiza Correia: confuso
Em 2017, a corrente de comércio entre Brasil e Argentina somou US$ 27 bilhões, revertendo uma sequência de três anos consecutivos de queda. Na soma de importações e exportações dos dois países, houve aumento de mais de 20%, confirmando a Argentina como o terceiro maior parceiro comercial do Brasil no mundo e nosso maior parceiro na América Latina.	Comment by Kaiza Correia: evitar escrever em primeira pessoa
A qualidade da pauta também merece destaque. No ano anterior, quase 93% dos produtos exportados do Brasil para a Argentina e mais de 76% dos produtos exportados da Argentina para o Brasil foram bens manufaturados. Em 2018, de janeiro a setembro, há um aumento de 3,2% na corrente de comércio bilateral.
Nos primeiros cinco meses do ano (2017), as exportações argentinas para o Brasil cresceram 9,1% no comparativo anual. (Embora estejam localizados 17% abaixo do acumulado em maio de 2015). Esse avanço está em linha com a expansão das compras externas brasileiras no período (+ 9,4% aa).
Em 2018, o fluxo comercial bilateral atingiu US $ 26 bilhões, com queda de 3,89% em relação ao ano anterior, devido à redução das exportações brasileiras (US $ 15 bilhões, -15,1 %) e aumento das importações de produtos argentinos (US $ 11 bilhões, + 17,1%). No período, o Brasil adicionou um superávit bilateral de US $ 3,9 bilhões (-52,33% em relação a 2017). A Argentina ocupa o terceiro lugar no destino das exportações brasileiras.
Além disso, as exportações argentinas para o Brasil foram de US $ 11.291 milhões, o que resultou em um aumento de 21,3% em relação a 2017. Os principais produtos exportados foram veículos para o transporte de mercadorias com carga máxima igual ou inferior a 5 toneladas, o que representou 28,4%; trigo e mistura de trigo com centeio,com 16%; e veículos para transporte de pessoas com cilindrada superior a 1.500 cm3 e menor ou igual a 3.000 cm3 (6,2% do total).
Por seu turno, as importações argentinas do Brasil foram de US $ 15.573 milhões em 2018, 12,9% abaixo do valor registrado no ano anterior. Entre os principais produtos importados, destacam-se os veículos de transporte de pessoas e mercadorias, que juntos representam 25,5% das compras argentinas.	Comment by Kaiza Correia: fazer referência a figura
Gráfico 1: Evolução comercial entre Brasil e Argentina (em US$ FOB).
Fonte: O autor (2021), com base em dados do Ministério da indústria, comércio exterior e serviços. 
Por outro lado, o investimento direto estrangeiro no Brasil e na Argentina cresceu entre 2009-2011, mas desde então vem desacelerando. Após três anos consecutivos de declínio dos fluxos de IDE, eles conseguiram recomeçar. De acordo com o Relatório Mundial de Investimentos 2019 Publicado pela UNCCD, as entradas de IDE aumentaram 9,4% entre 2017 e 2018 e atingiram US $ 61,2 bilhões. O Brasil é o sétimo maior destinatário de IDE do mundo (o sexto do ano anterior) e o maior da América Latina e do Caribe. 	Comment by Kaiza Correia: IDE de outros países? Por que falou sobre isso aqui?	Comment by Kaiza Correia: ?
Os investimentos foram direcionados principalmente à extração de petróleo e gás, indústria automotiva, serviços financeiros, comércio, eletricidade, produção de papel, TIC, armazenamento e transporte, indústria de alimentos e mineração. Mas deve aumentar graças a previsões econômicas positivas, estimulando políticas de investimento e projetos totalmente novos. O estoque de IED aumentou 9% entre 2017 e 2018 e atingiu US $ 684 bilhões no final do ano. Em 2018, os principais investidores no Brasil foram Holanda, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Bahamas, Luxemburgo, Reino Unido, Canadá, França e Chile. 
Deve-se destacar que o presidente eleito na Argentina, Mauricio Macri embolsou no fim de 2015 uma economia quase estagnada, com crescimento inferior muito incitado pelos consumos públicos. No seu primeiro ano foi pior ainda: o PIB despencou 2,3%. A dura adaptação econômica efetuada no começo de seu mandato, o freio às obras públicas e uma presunção impulsiva, adicionados a uma situação internacional contrário pela crise do Brasil.	Comment by Kaiza Correia: Rever a escrita	Comment by Kaiza Correia: rever
A Argentina empilha uma ampliação do PIB de 1,6% graças ao progresso de 2,7% adquirido no segundo trimestre. Neste caso, a ampliação dos serviços básicos como a água, transporte, luz, gás, colaborou para que os preços desfechassem 40% em 2016, perante dos 29,9% considerados por consultorias particulares em 2015. 	Comment by Kaiza Correia: rever
A Argentina apresentava no fim de 2015 uma taxa inferior de dívida externa em afinidade ao PIB, abaixo a 50%. Por isso o governo Macri ficou conhecido por colocar a pobreza zero entre suas preferências de Governo, porém os meses iniciais de sua administração direcionaram o país na direção adversa. A pobreza ampliou em 1,4 milhões, alcançando a 13 milhões no total, 34,5% da população. 
Além disso, sob a administração de Macri, a balança comercial argentina exacerbou seu desequilíbrio com a ampliação das importações e a greve das exportações em favor da infausta situação internacional. O déficit comercial em agosto empilhou 4,498 bilhões de dólares (cerca de 14,3 bilhões de reais), perante os 3,035 bilhões (9,7 bilhões de reais) com os quais negociou 2015. 
5.3 CASOS DE CRESCIMENTO COMERCIAL NO ÂMBITO MERCOSUL
Por ser o país de maior peso econômico e populacional, atualmente o Brasil é o país que tira os maiores benefícios comerciais do Mercosul, levando também grande desenvolvimento e qualidade de vida para os países vizinhos, vendendo produtos industrializados que não são produzidos localmente. As principais compras do Brasil, dentro da cadeia de relações internacionais com o Mercosul, são matérias primas, recursos naturais (derivados do petróleo) e produtos agrícolas.	Comment by Kaiza Correia: rever	Comment by Kaiza Correia: rever
Tabela 9 - Relações Comerciais no MERCOSUL – Exportações do Brasil
	
	Vendeu para a Argentina
	Vendeu para a Venezuela
	Vendeu para o Uruguai
	Vendeu para o Paraguai
	Brasil (Vendedor)
	Automóveis, celulares e autopeças.
	Frango, carne bovina e açúcar.
	Óleo Diesel, automóveis e celulares.
	Óleo Diesel, fertilizantes e caminhões.
	Valor das Vendas (em dólares)	Comment by Kaiza Correia: Tabela não é fechada nas laterais. Isso é um quadro
	US$ 14,7 bilhões
	US$ 4,96 bilhões
	US$ 1,5 bilhões
	US$ 1,92 bilhões
Fonte: Fonte: O autor (2021), com base em dados do Ministério da indústria, comércio exterior e serviços. 
Tabela 10 Relações Comerciais no MERCOSUL – Importações do Brasil
	
	Comprou da Argentina
	Comprou da Venezuela
	Comprou do Uruguai
	Comprou do Paraguai
	Brasil (Comprador)
	Trigo, produtos químicos e automóveis.
	Combustível de Aviação, produtos químicos e Óleo Diesel.
	Malte, garrafas PET e Trigo.
	Milho, Trigo e Farinha de Soja.
	Valor das Compras (em dólares)
	US$ 9,55 bilhões
	US$ 1,9 bilhão
	US$ 0,818 bilhão
	US$ 0,92 bilhão
Fonte: O autor (2021), com base em dados do Ministério da indústria, comércio exterior e serviços. 
O Mercosul é o grande expoente brasileiro no cenário internacional, nas relações econômicas e até mesmo políticas, possibilitando uma maior estrutura de negociação ao gozar do status de bloco econômico, é visto, por muitos, como uma forma de fugir da gigantesca influência dos Estados Unidos na América Latina que é uma constante preocupação no que diz respeito a manter tradições e costumes culturais singulares dos latinos.	Comment by Kaiza Correia: mudanças abruptas de conteúdo
Além disso, uma cadeia produtiva de valor agregado pode ser explicada como uma sequência de atividades realizadas no processo de desenvolvimento, fabricação, marketing e pós-venda de um bem ou serviço. Nesse contexto, as cadeias globais de valor caracterizam-se pela fragmentação dos vários estágios envolvidos na cadeia de valor de um determinado bem em diferentes empresas dispersas em diferentes países.
Dessa forma, o perfil comercial dos Estados membros do Mercosul é apontado como uma das principais justificativas para limitar seus lucros relacionados à participação nas cadeias globais de valor. O fato de serem principalmente exportadores de produtos agrícolas mostra a baixa participação de valores provenientes de insumos importados na geração de valor de suas exportações. 
Ao mesmo tempo, participam da geração de valor em países terceiros, geralmente no ponto de partida das cadeias, cujos valores geralmente são mais baixos. Neste contexto, a tabela abaixo apresenta dados sobre a participação de grupos de produtos nas operações de comércio internacional dos membros do bloco.
Tabela 11 – Dados sobre a participação dos grupos
	Estado Membro Mercosul
	Exportações por principais grupos de produtos
	Importações por principais grupos de produtos
	Argentina
	Produtos Agrícolas: 60,9%
Combustíveis e Mineração: 5,3%
Fabricado: 28.1%
	Produtos Agrícolas: 3,7%
Combustíveis e Mineração: 13,7%
Fabricado: 81.6%
	Brasil
	Produtos Agrícolas: 41,9%
Combustíveis e mineração: 19,1%
Fabricado: 36.1%
	Produtos Agrícolas: 6,2%
Combustíveis e mineração: 17,9%
Fabricado: 75.9%
	Paraguai
	Produtos Agrícolas: 63,4%
Combustíveis e mineração: 26,1%
Fabricado: 10%
	Produtos Agrícolas: 9,6%
Combustíveis e mineração: 14,7%
Fabricado: 75.6%
	Venezuela
	Produtos Agrícolas: 94,7%
Combustíveis e mineração: 4.9%
Manufaturado: 0,3%
	Produtos Agrícolas: 12,4%
Combustíveis e Mineração: 5,3%
Manufaturado: 72,5%
	Uruguai
	Produtos Agrícolas: 74,5%
Combustíveis e mineração: 24,2%
Fabricado: 0.8%
	Produtos Agrícolas: 14,9%
Combustíveis e Mineração: 12,9%
Fabricado: 72.2%
Fonte: O autor (2021), com base em dados do Ministério da indústria, comércio exterior e serviços. 
De maneira geral, os países do Mercosul estão localizados como fornecedores de outras cadeias produtivas. Assim, o perfil comercial dos países

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