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● INTRODUÇÃO - A RELIGIÃO E O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA: Religião - Descrita como valores e crenças compartilhados e institucionalizados, implicada como envolvimento em uma determinada comunidade. A doença causa sofrimento e desencadeia a procura de significados, na tentativa de compreender a razão de experienciar situações avassaladoras, como diagnósticos definitivos e o recebimento de títulos como "paciente em cuidados paliativos". A depender da crença do indivíduo e sua família, o significado dado à doença e à morte faz com que o enfrentamento de situações adversas seja mais fácil ou não. As crenças religiosas alteram a percepção do indivíduo quanto à doença e, dessa forma, podem alcançar um maior bem-estar psicológico quando creem em sua melhora. Observa-se que muitas pessoas atribuem a Deus o aparecimento ou a resolução dos problemas de saúde que as acometem e recorrem frequentemente a Ele como recurso cognitivo, emocional ou comportamental para enfrentá-los. O fenômeno da religiosidade e da espiritualidade mesmo que não implique na remoção dos sintomas que causam a dor, modifica a percepção dos significados quanto à doença. Parte-se da hipótese de que a religiosidade e a espiritualidade atribuem sentido à vida mesmo diante do sofrimento, pois criam uma rede de apoio, que deve ser mobilizada de maneira conjunta às práticas médicas tradicionais. A religiosidade e a espiritualidade constituem as crenças e percepções do indivíduo quanto à doença e, desse modo, não podem ser excluídas do tratamento terapêutico dos pacientes. https://www.scielo.br/j/prc/a/NpQ6BzVkrs3W9YRXKDZNvNK/?lang=pt ● DESAFIOS NA ÁREA DA SAÚDE EM RELAÇÃO À RELIGIOSIDADE/ESPIRITUALIDADE: https://doi.org/10.1590/S0103-73312021310409 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-32692020000100008 Espiritualidade e religiosidade podem influenciar no processo saúde-doença-cuidado e, muitas vezes estão relacionadas à redução da mortalidade e também com a melhora da qualidade de vida do indivíduo. Nesse sentido,desenvolver competências para a abordagem da dimensão espiritual/religiosa do paciente por parte dos médicos torna-se necessário, embora muitos desses profissionais encontrem desafios diante dessa abordagem. Dentre as principais barreiras enumeradas pelos profissionais da área de saúde temos: falta de tempo, falta de conhecimento e a falta de treinamento na área. Nesse viés, notamos a importância de como o ensino e o desenvolvimento dessa competência permeiam a formação médica durante a graduação e a residência. Essa competência deve estar presente em três instâncias, visando fortalecer documentos norteadores da formação médica e a preparação adequada do profissional no contexto cuidados com o paciente: https://www.scielo.br/j/prc/a/NpQ6BzVkrs3W9YRXKDZNvNK/?lang=pt https://doi.org/10.1590/S0103-73312021310409 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-32692020000100008 1. Diretrizes curriculares nacionais (DCN) do curso de medicina; 2. Projetos político pedagógicos dos cursos de medicina; 3. Programas de residência médica da comissão nacional de residência médica (CNRM). É necessário evidenciar também as particularidades e a diversidade dos pacientes em inúmeros níveis, sendo eles: socioeconômicos, culturais, intelectuais e religiosos. Dessa forma, fica evidente que cada paciente possui sua individualidade e que cada um se comporta de maneira distinta frente ao processo de adoecimento. Nesse sentido, fica evidente que cada paciente deve ser entendido na sua totalidade, deixando de lado o tratar pacientes de forma generalizada de uma doença. Sendo assim, deve ser feita uma espécie de anamnese espiritual,visando entender a religiosidade e espiritualidade,as crenças e como isso auxiliaria e fortifica o paciente, para que dessa forma o profissional consiga utilizar às crenças do indivíduo como uma espécie do suporte do tratamento, promovendo um ambiente acolhedor e adequado para o paciente. Achar o episódio de greys anatomy que a menina (era uma asiática) apenas deixa a equipe realizar uma cirurgia nela após o ‘’xamã’’ visitá-la ● RELIGIOSIDADE/ESPIRITUALIDADE COMO PRÁTICAS FACILITADORAS OU DIFICULTADORAS: - Instrumento de explicações que ajudam a dar significado e entendimento às experiências de doença e morte; - Condutoras dos comportamentos dos familiares ao se moverem para um estado de adaptação e ajustamento à doença e morte proporcionando assim, união familiar; - Crença em que a vida não termina no momento da morte como fator consolador, permitindo melhor aceitação da morte. - Práticas de rezas e cultos como momento confortador no momento de dificuldade e fomentar conexões sociais que proporcionam apoio emocional. - Práticas dificultadoras do enfrentamento: - Pode ocorrer associação da doença a algo negativo baseado nas crenças do indivíduo e família, o tipo de associação pode determinar o grau de aceitação da doença e direcionar o modo como a família e o paciente lidam com a situação; - Acreditar que a doença é consequência das atitudes da própria pessoa pode gerar um sentimento de culpa e até atrapalhar o curso do tratamento e manejo; - O aspecto moral também surge quando a explicação é de a doença com uma conotação punitiva. ● PERSPECTIVA DA MORTE DE ACORDO COM A RELIGIOSIDADE: A doença frequentemente causa sofrimento e desencadeia a procura de significados, na tentativa de compreender uma experiência tão avassaladora. Esses significados são moldados pelas crenças religiosas e espirituais, que proporcionam possibilidades de significação e respostas às perguntas existenciais que se colocam diante da doença e possibilidade de morte. - Morte como algo natural É comum a família adotar uma perspectiva biológica da morte �como algo natural, principalmente quando relacionada a pessoas idosas. - Morte como determinação do divino: Na situação de doença e morte, a família atribui a Deus ou a forças ocultas não só a causa do evento mas, algumas vezes, a possibilidade de superação da experiência, uma maneira de não se perder a esperança. https://doi.org/10.1590/S0080-62342011000200014 ● NOÇÕES DE VIDA E MORTE NAS RELIGIÕES: - Cristianismo - Igreja católica e protestante - O cristianismo tem sua origem na figura de Jesus Cristo. - A morte para os católicos pauta-se no caminhar encontro da eternidade. Para os católicos,a vida não é retirada na morte, mas sim transformada, e todos são ambiciosos pela "vida eterna". Depois da morte, o indivíduo não é submetido a somente um estado de espírito, o céu e o inferno não são espaços geográficos. O céu é a presença próxima de Deus, enquanto o inferno é o distanciamento. - Acredita-se que a alma criada por Deus sobrevive à separação da alma e do corpo. Alma tende a receber sua recompensa de acordo com os seus feitos em terra, ou então a punição por condenação dos seus crimes. A vida é única na terra, os seres humanos são matéria e espírito, dessa forma, há algo que nos separa após a morte. - O céu é o prêmio máximo, purgatório é o local onde a maioria dos homens trilham até o céu, pois precisam pagar os seus pecados; e o inferno é o caminho para aqueles que praticaram o mal, fizeram o mal e negaram Deus na vida de cada um. - A igreja católica ensina que o pecado original deve sofrer a morte corporal, cujo não teria sido necessário passar caso não tivesse pecado. - - Referências: - https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/o-significado-da-morte-e-o-processo-de-l uto-para-os-catolicos/ - https://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/o-que-a-igreja-ensina-sobre-a-mort e/ - - Protestante Colocar no Slide: A compreensão da vida e da morte na igreja protestante varia em diferentes tradições e denominações dentro do protestantismo, no entanto existem pontos gerais que podem ser destacados: ● Vida Eterna através de Cristo ● Julgamento Final ● Morte como Passagem para a Eternidade ● Luto https://doi.org/10.1590/S0080-62342011000200014 https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/o-significado-da-morte-e-o-processo-de-luto-para-os-catolicos/https://www.portaldoenvelhecimento.com.br/o-significado-da-morte-e-o-processo-de-luto-para-os-catolicos/ https://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/o-que-a-igreja-ensina-sobre-a-morte/ https://formacao.cancaonova.com/igreja/doutrina/o-que-a-igreja-ensina-sobre-a-morte/ Texto para apresentar (Não vai no slide): A crença central na maioria das denominações protestantes é que a vida eterna é alcançada através da fé em Jesus Cristo como Salvador. Essa fé concede a promessa de salvação e vida eterna com Deus após a morte, sendo assim, morte não é o fim, mas sim uma transição para a presença de Deus. Além disso, essa vertente do cristianismo acredita em um julgamento final, onde todas as pessoas serão julgadas por suas ações e fé em Cristo. Diferente de outras vertentes cristãs, estes não acreditam no purgatório, onde haveria a possibilidade de arrependimento dos pecados cometidos em vida. A igreja protestante no luto se expressa por meio de cânticos, recitação de textos bíblicos, nos sermões ou nas preces emotivas para conforto da comunidade e família. Referências https://doi.org/10.1590/S0103-863X2009000200008 https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5763445 - Islamismo: - A morte no islamismo é algo que todos esperam, trata-se de uma passagem que sabem que irá acontecer em algum momento. - Os islâmicos compreendem que a morte é um resultado natural da vida e é algo que ninguém pode negar, nem fugir. - A vida neste mundo, acima de tudo, é uma curta existência quando comparada a vida eterna em que eles acreditam. - No pós morte, são adotados três dias de luto obrigatório para que os enlutados vivam intensamente o luto, uma vez que a morte é um fato que irá acontecer e portanto, deve-se viver esse momento intensamente, pois se esse luto é adiado, a forma com que se lida com a perda tende a piorar. - Budismo: Observação, experimentação e verificação sobre a realidade - Base da fé budista. Libertação de ciclos de aflições mentais e emocionais - Posterior ensino aos demais indivíduos de como se libertar das condições adversas que os prendem ao samsãra. Princípio de auto-aperfeiçoamento e posterior direcionamento para o ensino e assistência daqueles que buscam seguir o caminho para a libertação do sofrimento e suas causas, trazendo o elemento da compaixão. Samsãra - A roda da vida budista: Representa um ciclo interminável de nascimento, morte e renascimento, que são baseados no conceito de ação e reação - Lei kármica. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2009000200008 https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5763445 Os desejos, ilusões e apegos materiais mantém os seres aprisionados na roda da vida, os impedindo de encontrar o caminho da iluminação. Samsara significa "vagando", "fluindo", "passando", indicando a passagem pela vida e como cada ato pode afetar a próxima vivência e o caminho para o nirvana ou iluminação. Há relação com o símbolo do Karma, o qual enfatiza o fato de que o indivíduo colhe o que planta, os desejos e ilusões levam a ações que mantém os seres humanos na eterna roda da vida. O objetivo no budismo é seguir os ensinamentos de Buda, tomando consciência dos próprios atos e de quem você é, assumindo uma postura benéfica na vida atual, para que a existência posterior não seja tão ruim e para que um dia o Samsara seja quebrado. Ciclo de renascimentos e sofrimentos - Seres têm de passar sem controle de onde tomarão nascimento, até que se libertem, ou seja, atinjam o estado de um Buda. No centro - O galo (ignorância), a cobra (ódio) e porco (ambição). O círculo maior ao redor do centro (fundo branco e preto) - Ascensão ou queda dos seres de acordo com suas ações em vida. Anel médio - 6 reinos (ou 6 caminhos) - 3 superiores compostos por deuses, semideuses e humanos, 3 inferiores representam animais, fantasmas e demônios. Anel exterior (maior) - Simboliza os 12 elos da cadeia da dependência, ciclo interminável de uma vida não iluminada, a quebra do Samsara resulta da quebra desses elos (ignorância, impulsividade, desejo, etc). A figura que segura a Samsara se chama YAMA - Deus da morte e do submundo, responsável por julgar o destino final das almas, baseado nas ações tomadas em vida. - Judaísmo ● Viver de acordo com a justiça e seguir os mandamentos de Deus ● Transição das almas para o Sheol ● Julgamento e purificação dos pecados cometidos durante a vida ● Inferno como local de purificação ou refinamento das almas, como punição temporária de um ano ● Ciclo de luto e recitação do Kadish ● Olam Habá: existência espiritual eterna ● Visão da morte como transição do estado de existência (recompensa, correção ou ressurreição) - Religiões de matriz africana - Umbanda e candomblé: VISÃO DO MUNDO E MORTE: Para a cultura Iorubá tudo acontece em 3 planos: 1. Aiê - Nosso mundo terreno (carnal), o do tempo presente; 2. Orum - O outro mundo, a morada dos deuses orixás e dos antepassados, mundo mítico do passado remoto; 3. Mundo intermediário - Local onde os indivíduos estão aguardando para renascer; O mundo intermediário está próximo do aiê, e representa o futuro imediato, atado ao presente pelo fato de que aquele que vai nascer de novo continua vivo na memória de seus descendentes, participando de suas vias e sendo por eles alimentados, até o dia de seu renascimento como um novo membro de sua própria família. O ser humano paga por seus crimes em vida e são punidos pelas circunstâncias humanas, não havendo punições após a morte, excluindo a noção ocidental cristã de salvação no outro mundo e a noção de PECADO. O morto não pode ter sido esquecido por seus familiares para poder nascer de novo, daí a crença e a base da religião na ancestralidade, a lembrança é um sentimento de veneração respeitosa e afetiva, tanto que não há escrituras sagradas dentro do candomblé que guiem os fiéis que chegam a religião, todo o conhecimento e práticas devem obrigatoriamente ser passados do mais velho ao mais novo. O rito funerário do candomblé é o AXEXÊ, celebração que desliga o morto da vida presente, para que ele possa partir e depois voltar como outra pessoa, permite que os seres espirituais que um dia acompanharam o indivíduo em vida possam compreender que este se foi, impedindo que se siga uma estimulação da energia de um ser que não se encontra mais no aiê. Depois da morte, o que se espera é voltar para este mundo, o presente do aiê. A umbanda por outro lado sofreu grande influência do espiritismo Kardecista, trazendo consigo a idéia kármica de reencarnação, onde esta atua como mecanismo de um sistema ético de premiação e punição dos atos praticados em vida e que permite ao espírito do morto aperfeiçoar-se através de muitas vidas, a concepção é de tempo repetitivo em espiral, que expressa mudança, evolução espiritual, aperfeiçoamento voltado para o futuro neste e no outro mundo, o que é tudo muito diferente da visão africana. Além da influência Kardecista, as concepções africanas da morte também foram se borrando no contato da religião dos orixás com as noções próprias do catolicismo hegemônico, devido a mais de um século de sincretismo, o que de maneira geral influencia também o candomblé, provocando algumas noções de reencarnação punitiva, pagamento de dívidas para evolução, entre outros. - Espiritismo: VISÃO DO ESPIRITISMO SOBRE AS DOENÇAS: ● A visão do espiritismo, de modo geral, é a de que devemos guardar calma e paciência em qualquer situação de enfermidade. ● Reforçam que sempre é necessário fazer o tratamento adequado para afastá-las, uma vez que, na visão deles, a espiritualidade enxerga a medicina como uma providência divina e, portanto, as orientações dos médicos devem ser seguidas, bem como tratamentos tradicionais. ● Existe, inclusive, a Associação Médico Espírita do Brasil (AME - Brasil), que age em prol de atender os pacientes os enxergando como “homem integral” (espírito e matéria) ● Há também a ideia do “planejamento reencarnatório”, que diz que os espíritos, antes de reencarnarem, planejam muitas das coisas pelas quais precisarão passarenquanto encarnados, a fim de cumprir o processo de evolução pessoal da maneira necessária. VISÃO DO ESPIRITISMO SOBRE A MORTE: ● Para o espiritismo, a morte é somente uma transformação. Usa-se o termo “desencarnação” justamente por ser somente uma separação do espírito e de seu corpo físico ● Morrer, então, seria continuar vivendo em outro plano (o espiritual), com todos os sentimentos e experiências adquiridos e acumulados durante suas encarnações ● Para os espíritas não existem ritos de passagem, sacramentos, posturas específicas ou roupas especiais para se despedir de quem faleceu ● São realizados velórios para acolher amigos e parentes, mas que visam principalmente o acolhimento do espírito que está desencarnando através de preces amorosas - Xintoísmo: o Xintoismo não possui um fundador ou um conjunto de escrituras sagradas como muitas outras religiões, mas sim em práticas e tradições transmitidas ao longo de gerações. O Xintoísmo é frequentemente praticado em conjunto com o Budismo no Japão, e muitos japoneses adotam uma abordagem sincrética para questões de morte e espiritualidade. No budismo japonês, acredita-se que a morte seja apenas uma transição para outra existência, e muitos rituais budistas são realizados em funerais e cerimônias de morte para auxiliar a alma do falecido em sua jornada pós-morte. No Xintoísmo, a visão do processo de morte é influenciada pela crença nos Kami (espíritos ou divindades) e em uma profunda conexão com a natureza. Crença na Continuidade Espiritual: No Xintoísmo, acredita-se que a morte não seja o fim definitivo da existência. Em vez disso, a alma ou espírito do falecido pode continuar a existir e a influenciar o mundo dos vivos. Os antepassados são frequentemente considerados Kami e são reverenciados pelos vivos. Culto aos Antepassados: A adoração dos antepassados é uma parte importante do Xintoísmo. As famílias frequentemente mantêm altares domésticos chamados "kamidana" dedicados aos antepassados, onde são oferecidas orações e oferendas. Essas práticas visam manter uma conexão espiritual com os antigos membros da família. Festivais e Cerimônias: O Xintoísmo tem várias cerimônias e festivais dedicados aos antepassados e ao culto dos mortos. O "Obon" é um dos festivais mais conhecidos, durante o qual as almas dos antepassados são acreditadas para retornar ao mundo dos vivos. As pessoas participam de danças e cerimônias em homenagem aos antepassados durante o Obon. Sepultamento: O enterro é uma parte significativa do ritual de despedida no Xintoísmo. Os rituais de sepultamento variam, mas podem incluir orações e oferendas no local de sepultamento. Ciclo da Natureza: O Xintoísmo está profundamente enraizado na natureza, e a morte é vista como parte do ciclo natural da vida. Assim como a natureza passa por ciclos de nascimento, crescimento, declínio e renovação, o mesmo é visto na vida humana e no ciclo de vida. ● HUMANIZAÇÃO DO MORRER: Benefícios Paciente A partir da tríade paciente-religiao-espiritualidade, promove a aceitação e conforto do doente, por meio da compreensão de que a morte é um processo que faz parte do viver. Sendo assim, a espiritualidade, de suas diversas formas, traz um propósito que transcende o morrer, uma vez que, da um significado ao momento de vida e morte, fazendo uma mediação para introdução dos cuidados paliativos. Benefícios Família Aos familiares essa relação entra no contexto aceitação do fim da vida e fortalecimento das relações familiares. Portanto, neste ínterim, há formação de uma rede de apoio que favorece um ambiente de acolhimento tanto ao paciente quanto aos cuidadores, fornecendo um amparo ao dar sentido à dicotomia do cuidado árduo e fragilidade emocional. Ética Por consequência da formação de um ambiente menos hostil, mais seguro e positivo, é importante delimitar a ação da religião e dos cuidados paliativos. Uma vez que este ambiente foi delimitado, os profissionais conseguem exercer seu trabalho de forma mais eficaz respeitando os desejos do paciente. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BARBOSA, Roberta Maria de Melo et al . A espiritualidade como estratégia de enfrentamento para familiares de pacientes adultos em cuidados paliativos. Rev. SBPH, Rio de Janeiro , v. 20, n. 1, p. 165-182, jun. 2017 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-08582017000100010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 01 set. 2023. Arrieira ICO, Thofehrn MB, Porto AR, Moura PMM, Martins CL, Jacondino MB. Spirituality in palliative care: experiences of an interdisciplinary team. Rev Esc Enferm USP. 2018;52:e03312. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1980-220X2017007403312 Crenças religiosas, doença e morte: perspectiva da família na experiência de doença Regina Szylit Bousso; Kátia Poles; Taís de Souza Serafim; Mariana Gonçalves de Miranda. Rev. esc. enferm. USP 45 (2) • Abr 2011. Disponível em https://doi.org/10.1590/S0080-62342011000200014 O candomblé e o tempo: concepções de tempo, saber e autoridade da África para as religiões afro-brasileiras Rev. bras. Ci. Soc. 16 (47) • Out 2001. Disponível em https://doi.org/10.1590/S0102-69092001000300003 1 YAMAKAGE, Motohisa. The Essence of Shinto: Japan's Spiritual Heart. Kodansha International, 1996. 2 ONO, Sokyo. Shinto: The Kami Way. Tuttle Publishing, 1962. 3 Enciclopédia Britannica. Shinto. Disponível em: https://www.britannica.com/topic/Shinto. Acesso em: 01/09/2023. 4 Japan Guide. Shinto Shrines. Disponível em: https://www.japan-guide.com/e/e2056.html. Acesso em: 01/09/2023 5 NOSS, John B. Man's Religions. 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As reminiscência da morte: Espiritualidade e morte no budismo tibetano em diálogo com a psicologia ocidental. DONADON Felipe. São Bernardo do Campo, 2021. Disponível em: http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/2135/2/FELIPE_DONADON%202.%20Final.pdf http://tede.metodista.br/jspui/bitstream/tede/2135/2/FELIPE_DONADON%202.%20Final.pdf
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