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HIST DA PSIC (1)

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06/03/2024, 11:32 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/3
História da Psicologia
Apresentação da disciplina (Módulo 0)
 
 
Organização do material:
 
Nesta disciplina, você terá oportunidade de estudar as condições históricas,
sociais, políticas e culturais que permitiram a construção da subjetividade ao longo
da Modernidade. Estudará também o estabelecimento da Psicologia como ciência
independente, ao final do século XIX, na Europa e sua institucionalização no Brasil.
 
O material poderá ser utilizado como orientação para seu estudo e como
complemento das atividades realizadas nas aulas presenciais.
 
O programa da disciplina está distribuído em 6 módulos, que devem ser estudados
ao longo do semestre letivo.
Sugerimos que você siga a ordem abaixo apresentada, ao planejar seu estudo,
uma vez que os temas mantém entre si uma relação lógica.
 
Módulo 1: Ciência Psicológica: uma construção histórica de Sócrates ao
Humanismo Moderno.
 
Módulo 2: - O Humanismo Moderno: Renascimento.
1. O teocentrismo na Idade Média e o nascimento da experiência subjetiva
privatizada e individualizada no Renascimento.
 2. A subjetividade no Renascimento: antropocentrismo e diversidade cultural.
 3. Procedimentos de contenção do eu.
4. A crítica à aparência. 
Módulos 3 e 4: A Subjetividade Moderna.
1. A afirmação do sujeito através da razão
2. O Iluminismo: delimitação do público e do privado.
3. O Romantismo: característica da subjetividade romântica.
4. Iluminismo, Romantismo, Liberalismo e Regime Disciplinar: os diversos
caminhos para a Psicologia. 
 
Módulo 5: A institucionalização da Psicologia com Wilhelm Wundt.
1. O projeto de Wundt: a psicologia experimental e a psicologia cultural.
2. O objeto: a consciência imediata.
3. O método: a introspecção.
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https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/3
4. Titchener e o Estruturalismo.
 
Módulo 6: Funcionalismo: As Influências Anteriores.
1. A Revolução da Teoria da Evolução de Charles Darwin.
2. Diferenças Individuais: Francis Galton.
 
Módulos 7 e 8: Funcionalismo: Fundação e Evolução.
1. A Evolução chega aos Estados Unidos: Herbert Spencer.
2. O Precursor: William James e o pragmatismo.
3. As Escolas de Chicago e Columbia:
- John Dewey; James R. Angell; Harvey A. Carr
- Robert Sessions Woodworth; Edward Lee Thorndike 
4. A Psicometria: medir, classificar, diferenciar.
- James Mckeen Cattell: testes mentais.
- O movimento dos Testes Psicológicos.
Em cada um dos módulos, haverá uma breve apresentação do assunto, indicação
de material para leitura, atividades de estudo e exercícios de verificação da
aprendizagem. Lembre-se que a mera realização dos exercícios não permitirá a
aprendizagem dos temas. É imprescindível que você realize todas as atividades
descritas em cada módulo.
O presente conteúdo, por se tratar da apresentação do curso, não inclui
exercícios. 
 
Bibliografia:
 
A Bibliografia apresentada a seguir relaciona as obras consideradas importantes
para o estudo dos temas. Em cada módulo, serão indicados os trechos específicos
que devem ser lidos.
 
Bibliografia Básica:
 
MASSIMI, M. História dos Saberes Psicológicos. São Paulo: Paulus, 2016.
SANTI, P. L. R. A Construção do Eu na Modernidade. 6ª ed. Ribeirão Preto/SP:
Holos, 2009.
SCHULTZ, D. P. & SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 9ª ed. São
Paulo: Thomson Learning, 2011.
 
Bibliografia Complementar:
06/03/2024, 11:32 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/3
FIGUEIREDO, L. C. A invenção do psicológico: quatro séculos de subjetivação,
1500-1900. 7ª ed. São Paulo: Escuta/Educ, 2007.
FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis:
Vozes, 2012.
GOODWIN, C. J. História da Psicologia Moderna. 4ª ed. São Paulo: Cultrix, 2010.
JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (Orgs.) História da
Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013.
PENNA, A. G. Introdução à Psicologia do século XX. Rio de Janeiro: Imago Ed.,
2004.
TEXTOS DISPONÍVEIS ONLINE:
ANTUNES, Mitsuko Aparecida Makino. A Psicologia no Brasil: um ensaio sobre suas
contradições. Psicol. cienc. prof., Brasília, v. 32, n. spe, p. 44-65, 2012 .
ARAUJO, S. F. Uma visão panorâmica da psicologia científica de Wilhelm Wundt.
Scientiæ Zudia, São Paulo, v. 7, n. 2, p. 209-20, 2009.
Linha do Tempo da Psicologia no Brasil. CFP.
Além destas referências, é desejável que você recorra a outras fontes, caso queira
se aprofundar em algum tópico específico do programa. É importante que, em sua
pesquisa, você recorra a fontes confiáveis. Indicamos a seguir alguns endereços
eletrônicos cuja consulta é recomendada:
https://bvsalud.org/ 
https://www.scielo.org/php/index.php 
https://site.cfp.org.br/ 
https://www.crpsp.org/site/ 
 https://www.abp.org.br/ 
 www.redepsi.com.br 
www.bvs-psi.org.br 
http://www.historianet.com.br/home/
 
Se você necessitar de informações adicionais para ampliar seus conhecimentos, solicite-as do professor, nas aulas
presenciais.
 
https://bvsalud.org/
https://www.scielo.org/php/index.php
https://site.cfp.org.br/
https://www.crpsp.org/site/
https://www.abp.org.br/
https://www.redepsi.com.br/
https://www.bvs-psi.org.br/
https://www.historianet.com.br/home/
06/03/2024, 11:33 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/2
Módulo 1:
Ciência Psicológica: uma construção histórica de Sócrates ao Humanismo Moderno
Leitura Obrigatória:
- MASSIMI, M. História dos Saberes Psicológicos. São Paulo: Paulus, 2016. (Capítulo 1 – Eixo
estruturante: A voz interior e o imperativo de conhecer a si mesmo: os primeiros conceitos de psique e
Sócrates - pg. 48-55).
- SANTI, P. L. R. A Construção do Eu na Modernidade. 6ª ed. Ribeirão Preto/SP: Holos, 2009. (Capítulo
1).
Leitura para Aprofundamento:
- FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do Pensamento Psicológico. 17ª ed. Petrópolis: Vozes, 2012.
Historicamente, a Psicologia se estabeleceu como ciência independente muito tempo depois que outras
áreas de conhecimento já haviam alcançado pleno reconhecimento social. Foi somente no final do século
XIX que surgiram as primeiras tentativas de constituição de uma ciência para tratar dos problemas
humanos que hoje reconhecemos como fazendo parte do escopo da Psicologia, independentemente dos
estudos desenvolvidos em áreas afins, como a biologia e a filosofia.
 
O surgimento de um campo de conhecimento só se justifica a partir da definição de um objeto próprio, não
estudado pelas ciências pré-existentes. Outra condição é o desenvolvimento de formas apropriadas para se
conhecer este objeto, o que se faz pela definição de uma certa metodologia. Mas, principalmente, uma
ciência só tem razão para existir quando esta área de estudos por ela abrangida passa a ser
problematizada, gerando a demanda por conhecimento. Em outras palavras, só há necessidade de se
estudar um determinado assunto quando fazemos questões sobre ele.
 
Considerando estes requisitos, podemos começar a pensar sobre os motivos que fizeram com que fosse
tão tardio o surgimento da Psicologia.
 
Figueiredo (1991) propõe uma tese: para que a Psicologia surgisse foi necessário, primeiro, que se
estabelecesse a idéia de que as pessoas são indivíduos independentes e donos de uma experiência de si
que as diferencia dos demais. Esta primeira condição diz, portanto, respeito ao surgimento de um objeto de
estudo – o terreno de experiências que hoje reconhecemos como sendo nossa subjetividade: nossos
questionamentos sobre a vida, nossa forma de entrar em contato com o mundo e com as outras pessoas
etc..
 
Mas, para haver demanda porconhecimento, é preciso que esta experiência de si seja objeto de dúvidas e
cogitações: quem sou eu? Por que sou assim? Esta é, pois, de acordo com Figueiredo, a segunda pré-
condição necessária para o surgimento da Psicologia.
 
Ora, o surgimento da experiência de si e o questionamento desta experiência têm uma história. Não existiu
desde sempre. Atente para este fato importantíssimo para a compreensão de tudo que segue, na disciplina:
estamos afirmando que o psicológico não é um aspecto natural do ser humano, como poderíamos dizer,
por exemplo, de uma célula ou de um órgão. Se quisermos compreender por que a Psicologia tem uma
história “oficial” tão curta, teremos que retomar a história de seu objeto: a história da constituição daquilo
que hoje chamamos de subjetividade – o surgimento gradual desta noção, na cultura ocidental; e a história
de sua problematização – a crise da subjetividade privatizada.
 
 
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Atividades recomendadas:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os argumentos utilizados pelos autores, em
defesa de suas teses.
 
2) A partir da leitura, procure definir subjetividade. Confronte se sua definição se afina com a proposta de
Figueiredo, que não é substancialista, isto é, não define a subjetividade como algo já dado, já existente
naturalmente no homem.
 
3) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
 
A disciplina História da Psicologia se apóia na proposta de Figueiredo (1991), de acordo com a qual:
 
I. O objeto de estudo da Psicologia é a subjetividade, ou seja, o conjunto de características da espécie
humana que nos diferencia dos outros animais.
II. A Psicologia tornou-se uma área de estudos reconhecida como ciência quando os primeiros estudiosos
do tema observaram que os homens possuiam auto-consciência.
III. Para que a Psicologia se constituisse como ciência independente foi necessário o surgimento de uma
certa experiência de si que é decorrente de condições históricas determinadas.
 
É verdadeiro o que se afirma em:
 
a) I.
b) I e II.
c) II.
d) III.
e) II e III.
 
Se você compreendeu adequadamente a proposta de Figueiredo, assinalou a alternativa d. As afirmações I
e II partem de um conceito de subjetividade como sendo algo natural, uma característica própria do ser
humano. Ora, o que Figueiredo defende é que nem sempre os homens tiveram esta forma de se perceber
como indivíduos independentes, que hoje nos parece tão natural e inquestionável. Este argumento será
desenvolvido a seguir.
 
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Módulo 2:
Humanismo Moderno: Renascimento
2. 1. O teocentrismo na Idade Média e o nascimento da experiência subjetiva
Leitura Obrigatória:
SANTI, P.L.R. A construção do eu na modernidade. Ribeirão Preto/SP: Ed. Holos, 1998 (Capítulos 2 e 3).
Leitura para Aprofundamento: 
FERREIRA, A.A.L. O múltiplo surgimento da psicologia. In: JACÓ-VILELA, A.M.; FERREIRA, A.A.L.;
PORTUGAL, F.T.(orgs.) História da psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2007.
(Capítulo 1).
FIGUEIREDO, L.C.M. A Desnatureza Humana ou o Não no Centro do Mundo , Uma Santa Católica na
Idade da Polifonia. In: A invenção do psicológico. Quatro séculos de subjetivação (1500-1900). São
Paulo: EDUC: Escuta, 1996.
Tradicionalmente, entende-se por Idade Média o período histórico que se estende da queda do Império
Romano (século V dC) até o século XV; por sua extensão, é comum dividi-la em Alta Idade Média (do
século V até o início das cruzadas contra o Islã, no século X dC) e Baixa Idade Média (séculos XI a XV dC),
marcada pela reorganização das relações de produção, a intensificação do comércio e o surgimento de
grandes centros urbanos.
A Idade Média tem no feudalismo o seu elemento definidor, fundado em uma economia agrária, com o uso
do trabalho servil. O sistema produtivo estava à mercê dos fenômenos climáticos, havendo a alternância de
períodos de relativa abundância e períodos de penúria. Para amenizar os efeitos destas crises de
subsistência recorrentes, um comércio ocasional e em pequena escala era praticado entre os feudos.
A organização social era estratificada, com pequena possibilidade de ascensão social. As posições sociais -
de servo, de vassalo, de nobre - eram determinadas pelo nascimento.
Neste período, o clero detinha um amplo poder político, mantendo a ordem e os costumes, considerados
inquestionáveis.
Ao longo dos séculos finais da Idade Média, com a expansão das fronteiras do mundo ocidental, em
conseqüência das Cruzadas, intensificou-se o comércio, constituíram-se cidades, floresceu a urbanização.
Estavam dadas as condições para o início da derrocada do sistema feudal e o desaparecimento dos laços
sociais que até então asseguravam a solidez do poder senhorial e a manutenção do regime de servidão.
 Atividades recomendadas:
 1) Levante informações por meios tradicionais ou eletrônicos sobre o período histórico denominado Idade
Média (sec V dC ao sec XIV), caracterizando o sistema econômico, político, social, os costumes, os valores
etc.. O objetivo é o fornecimento de subsídios necessários para permitir uma reflexão sobre as formas
pelas quais o homem medieval se relacionava consigo mesmo, com os demais e com a natureza.
2) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, observando os argumentos utilizados pelos autores, em
defesa de suas teses.
3) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
Em resultado da queda do Império Romano e das invasões bárbaras em diversas regiões da Europa, vão
se alterando as formas de organização da produção e de propriedade que caracterizavam a
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Antiguidade. Ao longo dos séculos seguintes, vai se estruturando um novo sistema econômico e social – o
Feudalismo. A este respeito, afirma-se:
I) A economia era baseada na produção agrícola de subsistência; havia pouco comércio e quase nenhuma
atividade intelectual.
II) A organização feudal incluía grupos sociais bem definidos – o clero, a nobreza e os camponeses ou
servos -, entre os quais não ocorria mobilidade. O clero exercia grande poder político em uma cultura
profundamente religiosa, submetendo os servos pela persuasão e pelo recurso aos dogmas da fé. A
nobreza (senhores feudais) exercia poder econômico e militar.
III) A maior parte da população era constituída pelos servos, que trabalhavam a terra pertencente à nobreza
e a alguns elementos do clero.
Há afirmações falsas, dentre as apresentadas?
a) Não, todas as afirmações são verdadeiras.
b) Sim, a I.
c) Sim, a II.
d) Sim, a III.
e) Sim a I e a II.
Suas pesquisas sobre a sociedade medieval devem ter-lhe dado subsídios para assinalar a alternativa a.
As afirmações I, II e III apresentam um resumo adequado das condições existentes na Idade Média.
 2. 2. A subjetividade no Renascimento
Leitura Obrigatória:
- SANTI, P. L. R. A Construção do Eu na Modernidade. 6ª ed. Ribeirão Preto/SP: Holos, 2009. (Capítulos 4,
5, 6).
Leitura para Aprofundamento:
- FERREIRA, A. A. L. O múltiplo surgimento da psicologia. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.;
PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora,
2013. (Capítulo 1).
- FIGUEIREDO, L. C. A Desnatureza Humana ou o Não no Centro do Mundo. Uma Santa Católica na Idade
da Polifonia. In: FIGUEIREDO, L. C. A invenção do psicológico: quatro séculos de subjetivação, 1500-
1900. 7ª ed. São Paulo: Escuta/Educ, 2007.
Chamamos Renascimento ao período da história do Ocidente que se estende aproximadamente do fim do
século XIII à metade do século XVII e que marca o início da Idade Moderna. O período caracteriza-se por
muitas transformaçõespolíticas, econômicas e culturais decorrentes da expansão do comércio tornada
possível pelas Grandes Navegações.
 
Diferentemente do período histórico que o precedeu, o Renascimento favoreceu o surgimento de novas
idéias, descobrimentos, invenções. Em conseqüência, começaram a ser questionados os preceitos e
costumes ditados pela Igreja.
 
Com a perda gradual da vigência dos valores medievais, o homem ocidental teve que se confrontar com
um mundo novo, para o qual não havia mais referências inquestionáveis. Era necessário criar normas para
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reger a vida em comum, as relações sociais, de comércio etc. Não havia mais uma única ‘verdade’,
baseada na palavra de Deus, transmitida por seus legítimos representantes, o clero.
 
Desconsiderando os ditames divinos, colocado diante de um mundo desencantado, o homem devia criar
para si, por meio de normas auto-impostas, um modo de ser e um destino. Contando apenas consigo
próprio neste empreendimento, teria que encontrar um fundamento, a partir do qual erigir um conhecimento
seguro, que lhe permitisse relacionar-se com as coisas e com os outros homens.
 
Como resultado, assistimos a um adensamento da experiência de si, condição necessária ao surgimento
gradual do que hoje chamamos subjetividade.
 
 Atividades:
 
1) Faça as leituras indicadas, atentando para o conceito de subjetividade defendido pelos autores.
 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
 
As afirmativas abaixo se referem ao Renascimento. Analise-as, classificando-as como verdadeiras ou
falsas e, a seguir, assinale a alternativa que expressa o resultado de sua análise:
 
I. No Renascimento, a diminuição do poder da Igreja e a abertura operada sobre o mundo fechado dos
feudos foram acompanhadas por uma crise da concepção de mundo que vigorava. Esta crise é que
desencadeia o teocentrismo.
II. A liberdade, dom maior do homem renascentista, fará com que ele tenha que tentar definir por si mesmo
o que é certo e o que é errado.
III. A relação do homem com o mundo se torna cada vez mais de exclusão. As coisas são tomadas como
objetos, inclusive o próprio corpo humano. Esta concepção abre o caminho para a racionalidade científica.
IV. A posição do homem é peculiar: ao mesmo tempo que é livre para tornar-se o que quiser, sente-se
desamparado e só; o mundo não é mais estável e seguro e o homem deve continuamente tornar-se,
constituir-se, mover-se.
 
a) I – V; II – V; III – V; IV - F.
b) I – F; II – V; III – F; IV - V.
c) I – V; II – F; III – V; IV - F.
d) I – F; II – V; III – V; IV - V.
e) I – V; II – V; III – F; IV - V.
 
A alternativa correta é a d. A experiência humana no Renascimento é marcada pela liberdade e pelo
desamparo. O mundo é entendido como estando à disposição do homem, que pode usar seus recursos
para seus fins particulares. É esta compreensão do mundo que dá início ao desenvolvimento das ciências.
 
A afirmação I é falsa. Embora, de fato, o questionamento dos preceitos ditados pela Igreja tenha posto em
xeque a concepção de mundo medieval, esta crise levou ao antropocentrismo – o homem colocado como
centro do mundo, a quem compete decidir sobre suas ações – e não ao teocentrismo, que se refere à
centralidade da figura de Deus e a preponderância da religião.
 
3) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas
dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam,
apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.
 
2.3. Procedimentos de contenção do eu
2.4. A crítica á aparência. 
 
Assiste-se, no Renascimento, a um gradual processo de valorização do Homem. Considerado o ponto
máximo da criação divina, o Homem passa a ser compreendido como um ser livre para constituir normas e
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valores a partir dos quais deverá pautar sua conduta. Mas esta tarefa demandará o desenvolvimento de
procedimentos e mecanismos formativos – ser livre e poder escolher implica ser responsável pelos
resultados das próprias opções.
 
O período será marcado, ao mesmo tempo, por espaços de expansão e contenção da liberdade; na mesma
medida em que será feita a apologia à grandeza do homem, ser-lhe-á creditado o peso de todos os males.
 
Os textos indicados para leitura apresentam alguns desses mecanismos de produção das subjetividades
que surgiram no Renascimento e cuja herança perdura até nossos dias. Os veículos para apresentação
dessas idéias serão fundamentalmente textos literários. Em Santi (1998), você encontrará também a
discussão sobre a pintura e a música dessa época.
 
Atente particularmente para as práticas religiosas de contenção do eu propostos nos Exercícios Espirituais
de Inácio de Loyola, os procedimentos de formação dos soberanos discutidos em O Príncipe, de
Maquiavel, e as críticas ao papel central creditado ao eu feitas por Montaigne e Erasmo de Rotterdam. A
obra de Shakespeare também mostra o crescente adensamento da experiência de si
 
Atividades:
 
1) Faça as leituras indicadas, atentando para a compreensão dos procedimentos de construção e
contenção da subjetividade próprias do Renascimento. 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
 
O século XVI foi marcado por uma certa multiplicidade em relação aos projetos de constituição da
subjetividade do homem. Abaixo estão afirmações sobre vários dos projetos. Classifique-as em verdadeiras
ou falsas
I) Santo Inácio de Loyola, adaptando o pensamento religioso aos tempos, produz uma obra contendo
procedimentos para a afirmação da identidade sobre a dispersão do sujeito. Ele reconhece a liberdade
humana, mas constata que ela é a fonte da perdição do homem e busca mostrar o caminho do reencontro
com a ordem. O homem deve, meditando, dirigir sua vontade para o reencontro de Deus.
II) Maquiavel, preocupado com a fragmentação da sociedade, pensa ser necessária a imposição de um
governante. Constrói uma obra sobre como bem governar o mundo ou o povo. Ele afirma o valor do
humano, mas em um mundo sem ideal, no qual a imposição do poder é necessária, uma vez que o homem
é egoísta e auto-referente.
III) A obra de Shakespeare é um exemplo dos movimentos de elogio e crítica ao eu. Em Hamlet, há uma
denuncia melancolia das ilusões do eu que costuma esquecer sua dimensão mortal. Mas, ao mesmo
tempo, há a recusa do homem de servir de objeto de manipulação, buscando na morte uma forma de
construção de si.
IV) Montaigne contraria a norma de elogio e crítica ao eu e propõe uma concepção não problematizada do
ser humano, considerado como fundamento do conhecimento verdadeiro.
 
Assinale a alternativa que apresenta a correspondência correta:
a) I – V; II – V; III – V; IV – V.
b) I – F; II – V; III – V; IV – V.
c) I – V; II – V; III – V; IV – F.
d) I – F; II – V; III – F; IV – V.
e) I – V; II – V; III – F; IV – F.
 
A leitura dos textos de referência deve ter-lhe fornecido o necessário para assinalar a alternativa c. A única
afirmação incorreta é a IV. Montaigne, em Os Ensaios, empreende uma cáustica crítica às pretensões do
eu, revelando a natureza vaidosa e a inconstância do homem e, portanto, a impossibilidade de que este se
estabeleça como fundamento do conhecimento.
 
3) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas
dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam,
06/03/2024, 11:33 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.
 
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Módulo 3: A subjetividade moderna - Parte I
3.1: A afirmação do sujeito através da razão
Leitura Obrigatória:
- MASSIMI, M. História dos Saberes Psicológicos. São Paulo: Paulus, 2016. (Capítulo 6 – Eixo
estruturante A construção do arcabouço conceitual dos saberes psicológicos no âmbito dos conhecimentos:
a mente e o corpo segundo Descartes e as raízes conceituais da Psicologia Moderna, pg. 333 – 342).
- SANTI, P. L. R. A Construção do Eu na Modernidade. 6ª ed. Ribeirão Preto/SP: Holos, 2009. (Capítulos
7, 8 e 12).
Leitura para aprofundamento:
- FERREIRA, A. A. L. O múltiplo surgimento da psicologia. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.;
PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora,
2013. (Capítulo 1).
- FIGUEIREDO, L. C. A Desnatureza Humana ou o Não no Centro do Mundo. Identidade e esquecimento:
aspectos da vida civilizada. In: FIGUEIREDO, L. C. A invenção do psicológico: quatro séculos de
subjetivação, 1500-1900. 7ª ed. São Paulo: Escuta/Educ, 2007
 
Apresentação do tema:
 
Já, desde o século XVII, vinha sendo problematizada a possibilidade de constituição de uma convivência
harmônica entre homens livres, aptos a exercer esta liberdade em todos os âmbitos de sua vida. Como
vimos, em oposição ao ideal do bem comum, insurge-se a ‘natureza’ humana, egoísta, vaidosa e auto-
referente.
 
Para superar o impasse, Thomas Hobbes (1588 – 1679) propõe, em suas obras, o completo domínio desta
natureza do homem e a constituição de um pacto social, em que cada uma cederia parte de sua liberdade
em prol da construção de um Estado civil.
Neste contrato, os direitos naturais do homem seriam em parte transferidos a um soberano ou a uma
assembléia que se responsabilizaria por legislar e julgar os cidadãos.
 
Na organização da vida social, o homem moderno, como indivíduo, deve apropriar-se dos meios de
produção e assegurar as bases econômicas de sua existência; deve encontrar meios viáveis de
convivência com iguais; deve cuidar da defesa de seus interesses, em um mundo de interesses
particulares, muitas vezes em oposição.
 
Tanto quanto da produção do conhecimento, aqui também está presente a exigência à disciplina e à
legislação das condutas. Aqui também se operará uma cisão, já agora entre os espaços reservados à vida
em sociedade – submetida a regras de convivência – e os espaços destinados à privacidade, nos quais o
homem pode exercer a liberdade que lhe cabe “por natureza”.
 
Estabelece-se assim um território de representação, de cultivo de regras estritas da etiqueta, cuja
observância supostamente garantiria a contenção das paixões nos espaços privados.
 
Atividades:
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1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, procurando caracterizar a cisão entre os espaços
público e privados como solução para o dilema posto pelos ideais iluministas. Reflita sobre as repercussões
desta cisão para as subjetividades.
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
 
No Renascimento, nasce o humanismo moderno. Há uma grande valorização do homem e, ao mesmo
tempo, a idéia de que ele deve buscar se constituir enquanto homem. Mas o homem não está naturalmente
aparelhado para isto. Assim, é incorreto afirmar:
a) Na produção de conhecimento fidedigno, cabe ao homem expurgar de si, pelo uso do método, tudo o
que tem de variável, idiossincrático, suspeito.
b) Na produção do conhecimento, será necessário constituir um sujeito autônomo, autotransparente,
reflexivo, uno.
c) Na vida em comunidade, será preciso estabelecer um sistema social gerenciado por homens iguais em
direitos e deveres.
d) Na vida em sociedade será necessário constituir uma identidade fictícia, cuja conduta seja previsível e
regulável.
e) Na convivência de homens livres, mesmo os aspectos dos indivíduos que não se prestavam a
normatização exigida pela vida em sociedade poderiam ser publicamente expostos.
 
R.: Com base na leitura dos textos, você deve ter assinalado a alternativa ‘e’: ao longo da Modernidade, os
processos de constituição das subjetividades vão demandando uma série de cisões, entre elas a que
determina que só devem ser apresentadas publicamente nossas características que se adequavam as
normas sociais. Aspectos não plenamente normatizáveis só deveriam ser expressos no âmbito da vida
privada.
 
3) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser
motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor,
nas aulas presenciais.
 
3. 2. O Iluminismo: delimitação do público e do privado.
3. 3. O Romantismo: característica da subjetividade romântica.
3. 4. Iluminismo, Romantismo, Liberalismo e Regime Disciplinar: os diversos caminhos para a
Psicologia.
Leitura Obrigatória:
- SANTI, P. L. R. A Construção do Eu na Modernidade. 6ª ed. Ribeirão Preto/SP: Holos, 2009. (Capítulos
9, 10, 11, 14, 15).
Leitura para aprofundamento:
- FIGUEIREDO, L. C. A gestação do espaço psicológico no século XIX: Liberalismo, Romantismo e Regime
Disciplinar. In: FIGUEIREDO, L. C. A invenção do psicológico: quatro séculos de subjetivação, 1500-
1900. 7ª ed. São Paulo: Escuta/Educ, 2007.
- VIDAL, F. “A mais útil de todas as ciências”. Configurações da psicologia desde o Renascimento tardio até
o fim do Iluminismo. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da
Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 2).
 
Como vimos, dos ideais iluministas surge a necessidade de separação de espaços publico e privado e
institui-se o estrito cultivo da etiqueta – um mundo de representação. É contra isto que se insurge o
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Romantismo. Para os movimentos românticos, a essência do homem, seus aspectos mais verdadeiramente
humanos não estariam na sua capacidade racional, mas, pelo contrário na riqueza e no ímpeto de suas
paixões.
 
O movimento romântico desdobra-se em duas faces: a primeira, idílica, mostra o homem em contato
estreito e harmônico com a natureza, numa vida de deleite e felicidade; o segundo – tempestade e ímpeto –
ressalta a natureza passional que, sua complexidade e contradição, leva muitas vezes à dissolução do eu e
à loucura.
 
Em qualquer de suas vertentes, no entanto, o homem romântico julga-se dono de uma vida interior rica,
singular e incomunicável, caracterizando, no plano das idéias, uma inversão de valores: o que o Iluminismo
racionalista expunha como aspectos pouco confiáveis do homem, o romantismo apregoa como o seu
verdadeiro eu, sua essência mais própria e preciosa.
 
Além dos ataques externos, a partir do século XVIII, a razão, dentro do âmbito do projeto iluminista,
começa a sofrer um processo de auto-crítica, no qual se procura investigar suas possibilidades e os
limites. Kant é o grande nome neste movimento, postulando a impossibilidade humana de atingir o
conhecimento das coisas em si. Para ele, nosso conhecimento sobre o mundo seria sempre mediado por
nossas estruturas cognitivas.
 
Ainda que rechaçados e submetidos a uma estrita auto-vigilância, os aspectos excluídos do eu retornam
sempre, extravasam do terreno íntimo e ameaçam as estratégias desenvolvidas para a manutenção de
relações sociais estáveis e igualitárias.
 
Diante da falência dos dispositivos criados para garantir a separação entre as esferas públicas e privadas,
assistimos a um progressivo fortalecimento do Estado, incumbido de inserir alguma ordem na vida social. A
sociedade deve, a partir de então, ser administrada, com a imposição de leis heterônomas, que se
imiscuem na livre decisão dos indivíduos e determinam o que o homem pode e deve ser.
 
Através de mecanismos como a vigilância e controle sobre as condutas,da sanção, do estabelecimento da
norma, os indivíduos são adestrados. Produtos de uma cultura disciplinar, tornam-nos sujeitos presos a
identidades que reconhecemos como nossas, mas que nos foram impostas pelas redes de poder que
passaram, a partir do século XIX, a permear todas as relações.
 
O tema é complexo e a leitura indicada é extensa. Ainda assim, recomendamo-la fortemente.
 
Atividades:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, procurando caracterizar as repercussões do
Romantismo nos processos de constituição das subjetividades. Atente para a valorização do “interno” em
contraposição às aparências.
 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
 
O Romantismo, movimento que se estende do final do século XVII a meados do XIX, refere-se a
manifestações bastante diversas. Analise as afirmações abaixo:
I. O Romantismo denuncia e privilegia aquele aspecto do eu que estava excluído pelo projeto cartesiano.
Uma das imagens mais recorrentes foi a de que o real é encoberto por um véu e impõe-se a necessidade
de desvelá-lo ou revelá-lo. Assim, o Romantismo acusa a vida social de afastar o homem de sua verdadeira
natureza, que é passional.
II. O Romantismo se constitui como um movimento de crítica ao período medieval, à medida que ele
representa uma espécie de saudosismo de um estado natural perdido, que seria preciso reencontrar. A
natureza a que se refere é altamente idealizada e compreendida como o jardim do Éden.
III. Uma das expressões do Romantismo apresenta uma natureza violenta, que ultrapassa em muito a
potência da vontade consciente. O eu é invadido por aquilo que procurava excluir. Aqui se introduz o
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elemento anti-humanista. O homem vê-se diante de um despojamento total de sua importância: ele não
seria mais do que um invólucro que porta a vontade e que pode ser substituído.
IV. O Romantismo é essencial no desenvolvimento do sentido de interioridade e profundidade da alma
humana, constituindo-se de uma das bases do que poderíamos chamar de individualismo.
V. Schopenhauer, Edgar Allan Poe e Goethe são alguns dos autores que representam o movimento
tempestuoso e impetuoso do romantismo. Além deles, podemos mencionar no campo da música
Beethoven, Wagner e Chopin.
Assinale a alternativa que contemple as afirmações corretas:
A) I, II, III
B) I, III, IV, V
C) II, IV, V
D) I, III, V
E) I, II, III, IV
 
A alternativa a ser assinalada é a ‘b’: as afirmações I, III, IV, V são verdadeiras, a afirmação II é falsa, pois
o saudosismo empreende crítica ao passado; é, pelo contrário, um desejo de retorno a um período anterior,
idealizado.
 
3) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser
motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor,
nas aulas presenciais.
 
 
 
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Conteúdo
MÓDULO 3: A Subjetividade Moderna - Parte II
Leitura Básica:
SANTI, P.L.R. A construção do eu na modernidade. Ribeirão Preto/SP: Ed. Holos,
1998. cap. 7, 8 e 9.
 
Leitura de Aprofundamento:
FIGUEIREDO, L.C.M. Identidade e esquecimento: aspectos da vida civilizada. A
invenção do psicológico. Quatro séculos de subjetivação (1500-1900). São Paulo:
EDUC: Escuta, 1996.
 
 
Parte 1. O Racionalismo e a máxima afirmação do eu
 
 
Apresentação do tema:
 
Entre as práticas de construção de si, destaca-se, a partir do século XVII, uma
forma especial, que não se vincula à busca do Bem ou do Mal na interioridade dos
seres humanos. Esta nova forma de exame ocupa-se em estabelecer as fronteiras
entre o conhecimento válido e as ilusões, procura distingüir a verdade e o erro.
Como figura-chave desse momento histórico, destaca-se o filósofo René Descartes
(1596 – 1650), considerado uma figura central da Modernidade, sendo seu
pensamento associado ao Iluminismo e ao surgimento da ciência.
 
Se o Renascimento colocara o homem como centro do mundo, fonte e fundamento
de todas as certezas, a obra de Descartes O Discurso do Método localiza este
centro em uma das capacidades humanas - a razão, a autoconsciência. A partir de
então, para saber-se a verdade das coisas, seria necessário saber, antes, a
verdade sobre o ser pensante.
Em busca de um fundamento que pusesse fim ao crescente ceticismo presente nas
idéias do século XVI, Descartes postula a razão como base segura para o
conhecimento. A partir dela, seria possível, pelo rigor do método, estabelecer o
mundo confiável das coisas que realmente são.
 
A esta solução racionalista para a questão da busca do conhecimento verdadeiro
é, ao longo dos séculos XVII e XVIII, contraposta à concepção empirista de John
Locke (1624-1704), George Berkeley (1685-1753) e David Hume (1711 – 1776).
Na visão dos empiristas, seriam justamente as experiências sensoriais, tão
vilipendiadas na proposta cartesiana, as fontes do único conhecimento possível.
Para os empiristas, nada haveria nos homens além do que provém das sensações.
 
É possível perceber, compreendendo estas diferentes formas de busca da verdade,
como a subjetividade vai se tornando mais e mais complexa. O homem, que é
corpo, que é espírito, que é racional, que é sensível, vai sendo posto a nu. Estão
se desenhando os elementos do que reconhecemos hoje como mundo psicológico.
 
Atividades:
 
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1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, procurando compreender a
proposta de Descartes, bem como a dos empiristas.
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
 
Sobre Descartes, podemos afirmar que (analise as afirmações e assinale V para
verdadeiro e F para falso):
I) ( ) Assim como Platão, Descartes exclui o corpo e seus impulsos no processo
do conhecimento da verdade sobre o mundo.
II) ( ) A partir de Descartes, a concepção de homem altera-se significativamente,
pois a razão passa a ser o centro do mundo, não mais o homem, ele próprio
desprovido de um centro. 
III) ( ) Em Descartes vemos o projeto de busca do dado indubitável, cuja
verdade absoluta seria fundamento para todo conhecimento válido.
IV) ( ) O procedimento de dúvida metódica utilizado por Descartes consiste no
exame das opiniões das pessoas leigas e especializadas, das leis e regras morais,
dos próprios órgãos dos sentidos e dos seus sentimentos.
 
Assinale a alternativa que a apresenta a seqüência correta:
a) V, F, V, V
b) V, F, F, V
c) V, V, F, F
d) V, V, F, V
e) V, F, V, F
 
R.: A alternativa correta é a ‘a’, apenas a afirmação II é falsa. Mantendo a
concepção renascentista da primazia do lugar do Homem na criação divina,
Descartes destaca uma capacidade humana como sendo a parte mais importante
do homem, o seu centro - a razão, a autoconsciência. 
 
Parte 2. A des-razão e o surgimento da loucura
 
Apresentação do tema:
 
A apologia da razão tem sua contrapartida: o reconhecimento de um território de
não razão, de não-eu – a loucura. Se o aspecto mais louvável do homem é a sua
racionalidade, o delírio, as ilusões, o desvario marcam o não humano.
 
A obra marcante nesta conceituação de loucura é Michel Foucault (obra indicada
como Leitura de Aprofundamento, que foi publicada inicialmente em 1961), que
construiu um brilhante exame de como esta noção vai ao longo dos séculos, se
estabelecendo como contraponto da racionalidade.
 
Foucault, em História da Loucura, mostra-nos como é somente a partir do século
XVII que a constatação de que uma pessoa havia perdido a razão passa a se
constituir como fonte de ansiedade e medo aos circunstantes. O louco,
apresentando o conjunto de sintomas que costumamos hoje reconhecer como
doença, até então, era considerado em algumas culturascomo possesso (ou seja,
tomado por entidades benignas ou malignas), como visionário ou simplesmente
como uma pessoa que é objeto de chacota e riso. Não havia o costume da
segregação destas pessoas, afastando-as, pela internação, do convívio social.
 
Num mundo cartesiano (em outras palavras, posterior à proclamação da razão,
por Descartes, como o centro do homem), a loucura não pode mais ser
considerada desta forma ‘leviana’, na medida em que sua existência e
possibilidade ameaça a integridade do eu, sua lucidez e estabilidade.
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Desta forma, a representação moderna da loucura é a outra face da afirmação do
eu como consciência e capacidade de conhecer a verdade.
 
Atividades:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados, contrapondo ao racionalismo a
idéia da existência de uma zona de exclusão – a desrazão, as paixões e a loucura.
 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
 
Leia as afirmações abaixo e responda quais os enunciados que contém a idéia correta de como a sociedade,
antes do séc XVII, encarava a loucura.
I) Havia um grande medo da loucura e de todos aqueles considerados loucos. “Enlouquecer” era o maior mal
que poderia acontecer a alguém, pois, uma vez louco, o sujeito seria retirado do convívio social, passando o
resto de sua vida confinado em um “hospício”, destinado aos loucos, leprosos, ladrões e às prostitutas.
II) Não havia o medo que temos hoje do louco. Em determinadas culturas ele era visto como um visionário,
como alguém que transcendia a experiência imediata, entrando em contato com outras dimensões da
verdade.
III) O louco era encarado como alguém que fosse possuído pelo demônio ou, simplesmente, como alguém
“bobo”.
 
Agora responda:
A) A afirmação I é correta.
B) A afirmação II é correta.
C) As afirmações I e II são corretas.
D) As afirmações II e III são corretas.
E) A afirmação III é correta.
 
R: Conforme o que se afirma na apresentação do tema, bem como o que se
discute nos textos indicados, apenas as afirmações II e III são corretas. Antes do
século XVII, não havia o conceito de loucura tal como existe hoje. Deve-se
assinalar a alternativa D.
 
3) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução.
Estas dúvidas devem ser motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-
las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.
 
Parte 3: Procedimentos de constituição do eu do século XVII – La
Fontaine e La Rochefoucauld
 
Prosseguindo a apresentação de obras significativas dos diferentes períodos históricos, destacamos, no século
XVII, a tarefa desempenhada pelos moralistas do século XVII, engajados na formação deste eu livre e
indeterminado proposto pelo Renascimento. Usando diferentes recursos – La Fontaine através de fábulas[1] e
La Rochefoucauld através de máximas[2] -, estes autores incumbiram-se da observação criteriosa do
comportamento humano e da elaboração de estratégias educativas. Em suas obras, estão codificadas normas
de conduta, dentro de um certo padrão de certo e errado, que serviam para coibir a livre ação dos indivíduos,
‘civilizando-os’.
 Atividades:
 
1) Faça uma leitura criteriosa dos textos indicados.
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
 
https://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn1
https://adm.online.unip.br/blank.htm#_ftn2
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A partir do Renascimento, com a colocação de Deus na periferia do mundo, o
homem foi obrigado a construir ele próprio as referências morais para sua vida.
Abaixo estão algumas afirmações sobre a concepção moral de alguns autores.
Analise-as atentamente e depois assinale a alternativa que melhor corresponde à
sua análise:
 
I. Na medida em que a referência moral vai se afastando dos preceitos religiosos,
caberá à própria sociedade criar instrumentos favorecedores do auto-controle: é
neste contexto que devemos avaliar o valor das fábulas e máximas produzidas no
século XVII.
II. As fábulas de La Fontaine costumam conter uma ‘moral da história’, de
conteúdo edificante. Ele procura mostrar como comportamentos considerados
bons moralmente são recompensados, enquanto os maus são punidos. A utilização
de animais como personagens serve para disfarçar um pouco a crítica a
determinados grupos e pessoas.
III. As máximas de LaRochefoucauld denunciam que o principal motor da vida
humana é sua vaidade, seu amor a seu próprio eu. Ele denuncia com humor
irônico o quanto o eu é pretensioso e iludido sobre si mesmo.
IV. De acordo com Santi, pela precisa observação que fazem dos comportamentos
dos homens e dos motivos de suas ações, os moralistas do século XVII poderiam
ser considerados os primeiros psicólogos da história.
 
A) I, II, III são corretas.
B) II, III e IV são corretas.
C) I, III e IV são corretas.
D) I, II, IV são corretas.
E) Todas as alternativas são corretas.
 
R: A alternativa correta é a E: os textos lidos devem ter lhe dado indicações de
que todas as afirmações são corretas
 
3) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução.
Estas dúvidas devem ser motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-
las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.
 
[1] Fábulas são narrativas alegóricas nas quais os personagens (em geral animais
com características humanas) envolvem-se em situações emblemáticas das quais
é possível extrair um ensinamento – a moral da história.
[2] Máximas são textos curtos, que servem como provérbios, incitando a reflexão.
No caso de La Rochefoucauld, o principal tema das máximas é a denúncia da
vaidade humana
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Módulo 5: A institucionalização da Psicologia com Wilhelm Wundt.
4. 1. O projeto de Wundt: a psicologia experimental e a psicologia cultural
4. 2. O objeto: a consciência imediata
4. 3. O método: a introspecção
4. 4. Titchener e o Estruturalismo
Leitura Obrigatória:
- SCHULTZ, D. P. & SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 9ª ed. São Paulo: Thomson
Learning, 2011. (Capítulos 4 e 5)
Leitura para aprofundamento:
- ARAUJO, S. F. Wilhelm Wundt e o estudo da experiência imediata. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA,
A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau
Editora, 2013. (Capítulo 5).
- ARAUJO, S. F. Uma visão panorâmica da psicologia científica de Wilhelm Wundt. Scientiæ Zudia, São
Paulo, v. 7, n. 2, p. 209-20, 2009. Disponível em https://www.scielo.br/pdf/ss/v7n2/v7n2a03.pdf Acesso em
05 dez de 2019.
Parte 1: O duplo projeto de Psicologia de Wundt; os pioneiros europeus.
 
Apresentação do tema:
 
Historicamente, é concedido a Wilhelm Wundt (1832 – 1920) o título de fundador da Psicologia, como
ciência independente. Evidentemente, o estabelecimento de um campo de estudos envolve uma longa pré-
história, antes que ocorra “oficialmente” sua fundação. Este foi também o caso da Psicologia. 
 
Muitos cientistas desenvolviam estudos em áreas que vieram, mais tarde, a pertencer ao escopo da
Psicologia. Aqui, destaque deve ser dado ao trabalho desenvolvido por Fechner (1801 – 1887) que, com
suas pesquisas na área da psicofísica, permitiu o estudo das relações existentes entre os processos físicos
(por exemplo, a estimulação ambiental) e os processos mentais (sensações, experiência consciente). 
 
Cabe inegavelmente a Wundt , no entanto, o mérito da instalação do primeiro laboratório em Leipzig
(Alemanha), bem como do lançamento da primeira revista especializada. Além disso, Wundt teve a
intenção deliberada de, em suas próprias palavras, “demarcar um novo domínio da ciência” (da Introdução
de Principles of PhysiologicalPsychology, publicado em 1873-1874 – apud. SCHULTZ, D.P. & SCHULTZ,
S.E, 2007, p. 78)
 
O projeto de Wundt para a Psicologia é peculiar porque já põe a nu a duplicidade da Psicologia e a
complexidade dos procedimentos necessários à investigação dos fenômenos psicológicos: Wundt
concebeu-a como uma ciência intermediária entre as ciências da natureza e da cultura, entendendo que os
estudos psicológicos deveriam se desdobrar em uma investigação da experiência imediata dos sujeitos – o
que se poderia alcançar pela utilização do método experimental – e o estudo de como os elementos
componentes desta experiência se combinavam nos sujeitos, numa síntese criativa.
 
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Para Wundt, portanto, desde logo se colocou a demanda por um método que, indo além dos procedimentos
investigativos da ciência natural, possibilitasse o estudo dos fenômenos culturais – linguagem, sistemas
religiosos, mitos, etc. – enquanto manifestações da subjetividade humana. Wundt propunha a utilização dos
métodos advindos da Antropologia e da Filologia como forma de acesso aos processos mentais superiores
que produzem a cultura e a linguagem.
 
Esta dupla Psicologia – uma fisiológica experimental e uma social (“dos povos”) – apresentava dificuldades
metodológicas extremas, especialmente em um período histórico em que imperavam o Empirismo e o
Positivismo. Wundt acabou por obter maior adesão da comunidade científica em sua investigação
experimental. Sua Psicologia dos povos (Völkerpsychologie) sofreu um certo desprestígio, especialmente
em território americano, tendo sido, no entanto , fundamental no estabelecimento de uma Psicologia Social
Sociológica na Europa (Farr, As raízes da Psicologia Social Moderna, 2001).
 
Atividades:
 
1) Faça as leituras indicadas, atentando para as condições histórico-culturais presentes no momento em
que Wundt propõe seu projeto de ciência psicológica.
 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
Wundt, fundador da psicologia como disciplina acadêmica formal, propôs deliberadamente a constituição de
uma nova ciência, coroando o trabalho que vinha sendo desenvolvido por diversos autores em temas
pertencentes ao escopo da Psicologia. A este respeito, afirma-se:
I) Wundt propôs um projeto de psicologia que envolvia duas tarefas independentes – a psicologia
experimental e a social, entendendo que seria possível compreender a experiência humana tanto pela via
experimental quando pela consideração dos aspectos culturais determinantes dos processos mentais
superiores.
II) Wundt propôs um projeto para a Psicologia, entendendo-a como ciência intermediária entre as ciências
da natureza e da cultura.
III) Para Wundt, a experiência imediata dos sujeitos – isto é, a experiência vivida pelo sujeito, antes que
sobre ela formalize qualquer pensamento - deveria ser o objeto de estudo da nova ciência que fundara.
Responda: É verdadeiro o que se afirma em:
A) I.
B) I e II.
C) II.
D) II e III.
E) III.
A alternativa correta é a D. O duplo projeto de Wundt foi engendrado a partir da compreensão que ele tinha
do objeto de estudo da Psicologia, que não podia ser completamente estudado por um único método.
Como se afirma em II e III, Wundt entendia que a psicologia, ciência que se localizava entre as ciências da
natureza e as ciências da cultura, devia se desdobrar em uma investigação da experiência imediata dos
sujeitos – o que se poderia alcançar pela utilização do método experimental – e o estudo de como os
elementos componentes desta experiência se combinavam nos sujeitos, numa síntese criativa.
 
3) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas
dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam,
apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.
 
Wundt fundou o primeiro laboratório de Psicologia e editou a primeira revista científica da área. Deu início,
assim, à Psicologia Experimental, delimitando um campo de estudo para a nova ciência e definindo um
métido de investigação. Para ele, a psicologia tinha como tarefas: 1 - analisar os processos conscientes
procurando identificar seus elementos básicos; 2 - descobrir como se dá a organização e síntese desses
elementos básicos; 3- descobrir as leis que regiam esta organização dos elementos na consciência.
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Wundt, em seus estudos sobre a experiência imediata, projetou experimentos que pudessem esclarecer
como se dá a percepção de fenômenos físicos pelos indivíduos. Dedicou-se primordialmente à investigação
dos sentidos, em especial da visão. Seus seguidores estudaram também a atenção, a emoção e a
memória.
Wundt recorreu à observação, à experimentação e à quantificação na investigação dos fenômenos mentais.
Como seu interesse era a percepção dos fenômenos pelos sujeitos, incluiu em seus estudos a
introspecção, mas de uma forma modificada. Método herdado da filosofia, a introspecção consiste na
observação e registro das percepções, pensamentos e sentimentos pelo próprio sujeito. Wundt introduziu
algumas alterações neste método. Seus sujeitos experimentais eram treinados em auto-observação, que
Wundt chamava de 'percepção interna', na tentativa de torná-los aptos a fornecer relatos fidedignos.
Em Wundt, o estabelecimento na consciência como objeto reflete uma concepção do homem como agente
ativo, estruturador de sua própria experiência.
Em seu laboratório, encontramos sujeitos experimentais capazes de ser observadores de si.
Em outras palavras, o que é considerado efetivamente psicológico em Wundt é a experiência consciente
dos fenômenos sensoriais, forma primordial de contato entre o homem e o mundo.
Atividades:
 
1) Faça as leituras indicadas, atentando para as características do método introspectivo utilizado no estudo
da consciência imediata.
 
2) Acompanhe o seguinte exemplo de exercício:
Wundt utilizava métodos experimentais em seus estudos desenvolvidos em laboratório. Ele adaptou
métodos empregados por fisiologistas para desenvolver estudos sobre a consciência, que para ele seria o
objeto de estudo da Psicologia. A consciência, para Wundt, deveria ser estudada, inicialmente, por meio da
descrição dos elementos individuais da consciência, a qual teria um papel ativo em organizar seu conteúdo.
A capacidade própria de organização da mente era classificada por Wundt como:
a) Método da introspecção ou percepção interna, segundo o qual os investigadores obedeciam as regras
por Wundt estabelecidas e descreviam suas percepções internas
b) Voluntarismo, em referência à volição, que significa força ou ato de vontade, tendo em vista que a mente
organizaria seus conteúdos a partir de um ato de vontade próprio, o que exemplificaria seu papel ativo
c) Experiência mediata e imediata, ou seja, a partir das experiências com interpretação pessoal, a
organização da consciência ocorria
d) Teoria tridimensional do sentimento, a partir da qual os sentimentos conscientes eram classificados como
prazer/desprazer, tensão/relaxamento
e) Método da introspecção ou percepção interna, segundo o qual os investigadores davam sua
interpretação pessoal sobre as observações realizadas
R: b
3) Realize os exercícios deste módulo, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas
dúvidas devem ser motivo de novas pesquisas bibliográficas, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam,
apresente-as ao professor, nas aulas presenciais.
 
O Estruturalismo de Titchener
 
O primeiro objetivo do psicólogo (...) é determinar a natureza e o número dos elementos mentais. Ele toma
a experiência mental, parte por parte, dividindo-a e subdividindo-a, até que a divisão não possa prosseguir.
Quando atinge esse ponto, ele encontrou um elemento da consciência.
 
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E. B. Titchener, 1896 (apud GOODWIN, C.J. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cultrix, 2005, p.
215)
 
Depois de Wundt, muitos de seus discípulos abandonaram a proposta da Völkerpsychologie, prosseguindo
as suas investigações na área da psicologia experimental. Titchener (1867 – 1927) foi um deles.
Responsável pela divulgação dos trabalhos do mestre nos EUA, aproximou-se gradativamente de uma
psicologia puramente fisiológica, em que os sujeitos eram pensados como organismos e não como
membros de uma dada cultura, como queria Wundt.
 
O trabalho de Titchener visava o estabelecimento das unidades elementares da consciência, através da
análise progressiva dos processos conscientes – daí a expressão Estruturalismo para nomear sua
psicologia.
 
Para Titchener, a Psicologia deveria ser uma ciência puramente positivista, caracteristicamente
experimental. Não deveria preocupar-se nas possibilidades práticas de aplicação do conhecimento nele
gerado.
 
Com base em seus estudos, Titchener identificou três tipos de processos mentais elementares: as
sensações, as imagens e os afetos. Cada um desses elementos possuia vários atributos. As sensações e
as imagens tinham os atributos de qualidade (o que distingue uma sensação da outra), intensidade (a força
do estímulo), duração e clareza (posição que assume na consciência em relacão aos demais elementos); já
os afetos possuiam os atributos de qualidade, intensidade e duração, mas não de clareza. Por outro lado,
os afetos podiam ser agradáveis ou desagradáveis, atributos que não poderiam se resumir à mera
sensação.
 
A proposta inicial de Titchener sofreu mudanças ao longo dos anos. Na década de 20, Titchener propõe um
modelo mais fenomenológico para compreender a mente humana, descrevendo os processos sensoriais
em termos de dimensões e abandonando a ênfase inicial nos elementos da consciência
 
Redescobrindo a proposta de Wundt
 
Em sua inserção em solo americano, o duplo projeto de Psicologia de Wundt foi preterido, a exemplo do
que já havia ocorrido na Europa, sendo mais amplamente divulgada e aceita a sua Psicologia Experimental.
Na década de 70, análises mais detalhadas da obra de Wundt recuperaram suas idéias referentes à
Psicologia Cultural e sua preocupação com a síntese criativa, elementos que haviam pouco a pouco
perdido importância em solo americano.
 
Atividades:
 
1) Leia atentamente os textos indicados, procurando identificar os pressupostos envolvidos nas propostas
de Wundt e Titchener. Compare os principais experimentos realizados pelos autores, identificando neles
semelhanças e diferenças, especialmente no que diz respeito ao método utilizado e ao papel do sujeito
experimental.
 
Obs: Atente para o fato de que as leituras indicadas posicionam-se de maneira diferente em relação aos
projetos de Wundt e Tichener, ficando evidente, para o leitor atento, o viés positivista de Schultz.
Salientamos que, coerentemente com a maneira pela qual se concebe a diversidade teórica da Psicologia
na disciplina, advogamos as idéias expostas em Figueiredo e Santi.
 
2) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser
motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor,
nas aulas presenciais. Atente para este exemplo de exercício:
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Titchener, discípulo de Wundt, leva suas idéias aos EUA, aonde:
a) mantém-se fiel às idéias do mestre, organizando-as em um sistema a que denominou Estruturalismo.
b) contraria as idéias de Wundt, preocupando-se em estudar não apenas os elementos da consciência, tal
como o mestre, mas também as sínteses criativas presentes na experiência imediata dos sujeitos.
c) abandona definitivamente o tema “experiência consciente”, passando a investigar apenas os
componentes observáveis do comportamento humano.
d) desenvolve a Psicologia Social Americana, realizando, por fim, a proposta da “Psicologia dos Povos” de
Wundt.
e) afasta-se da proposta wundtiana, na medida em que abandona a investigação da organização dos
elementos da consciência em processos cognitivos superiores.
 
R: e
 
3) Pesquise (meios eletrônicos ou convencionais): Em que consiste o repúdio positivista de Wundt?
Pesquise também a influência de Wundt na Psicologia Social Sociológica européia.
Exercício 1:
Ao fundar o primeiro laboratório de Psicologia em Leipzig, Wundt delimitou um campo de estudo para a
nova ciência e definiu um método de investigação. 
Para ele, a Psicologia tinha como tarefas
 
I estudar a organização dos elementos da experiência consciente, a qual ele denominou de 'apercepção',
ou seja, o processo pelo qual elementos mentais são organizados.
II descobrir como se dá a organização e síntese dos elementos básicos dos processos conscientes.
III descobrir as leis que regem a organização dos elementos básicos na consciência.
IV analisar os processos inconscientes procurando identificar sua estrutura fundamental.
V descobrir as leis que regem a estrutura do inconsciente e seus desdobramentos na consciência imediata.
 
Está correto somente o afirmado em
A)
I, II e III. 
B)
II, III e IV.
C)
III, IV e V.
D)
II, III e V. 
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E)
II, IV e V.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários
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Módulo 6: Funcionalismo: As Influências Anteriores.
6. 1. A Revolução da Teoria da Evolução de Charles Darwin.
6. 2. Diferenças Individuais: Francis Galton.
Leitura Obrigatória:
- SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 9ª ed. São Paulo: Thomson
Learning, 2011. (Capítulo 6).
Leitura para Aprofundamento:
- PORTUGAL, F. T. Comparação e genealogia na psicologia inglesa no século XIX. In: JACÓ-VILELA, A.
M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio
de Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 6).
O pensamento evolucionista e suas repercussões para a Psicologia
Apresentação do tema: 
O ambiente cultural do século XIX foi palco para o surgimento de uma teoria que, do âmbito específico da
biologia comparada, estendeu sua influência para o campo da Psicologia: a teoria de evolução das
espécies, proposta por Darwin.
Entre 1831 e 1836, Darwin participou de uma expedição que tinha os objetivos de inspecionar a costa sul-
americana, em busca de áreas portuárias, e de circunvagar a Terra, verificando a longitude de certos locais.
Em resultado de observações feitas durante a viagem exploratória, Darwin publicou, em 1859, o
coroamento de vários anos de estudos: A origem das espécies.
A obra focalizava a variabilidade entre as espécies vivas, propondo que esta era resultado de um longo
processo de seleção natural que, atuando sobre diferenças ocorridas ao acaso entre membros de uma
mesma espécie, favorecia a sobrevivência das características que contribuíam para a adaptação e
sobrevivência do organismo. Ao mesmo tempo e da mesma forma, as características desfavoráveis
tendiam a sucumbir, ao longo do tempo.
A teoria da evolução das espécies deu campo para o florescimento de ideias funcionalistas entre os
psicólogos americanos. A escola funcionalista propunha o estudo do comportamento e dos processos
mentais humanos enquanto mecanismos que se prestavam à adaptação dos indivíduos a diferentes
ambientes.
Em decorrência das ideias evolucionistas, houve, na história da Psicologia, dois importantes
desdobramentos. O primeiro deles, a psicologiacomparativa, desenvolveu estudos considerando a
existência de uma continuidade evolutiva entre os animais inferiores e o ser humano. A ideia de que haveria
uma progressão entre as espécies, em que as mais evoluídas manteriam algumas das características das
espécies das quais se derivaram, sustentou a realização de experimentos com organismos simples e a
aplicação dos resultados à compreensão dos processos humanos.
O segundo desdobramento foi o estudo das diferenças individuais. A preocupação em compreender por
que e como as pessoas se diferenciam em termos de determinadas características consideradas relevantes
– inteligência, traços de caráter, etc. – levou a uma profícua linha de pesquisa, dedicada ao
desenvolvimento de instrumentos para a mensuração das diferenças individuais: a psicometria.
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No ambiente americano, o funcionalismo obteve um sucesso jamais alcançado pela proposta wundtiana e
pelo estruturalismo, por permitir a aplicação dos conhecimentos psicológicos às questões e aos problemas
cotidianos. Esta psicologia prática foi difundida, especialmente a partir do período pós-guerras, nas áreas
de educação, da saúde e da reabilitação, nas organizações empresariais, etc., configurando o campo
profissional da psicologia.
Uma outra vertente desse movimento inglês do século XIX tem em Francis Galton (1822 -1911) seu maior
representante. Sua tese principal é de que não havia igualdade entre os homens e que alguns eram
dotados de certas habilidades e competências, enquanto outros não.
Galton contribuiu para a Psicologia em duas áreas - a psicologia diferencial, isto é, o estudo das diferenças
individuais (que será objeto de estudo do próximo módulo) e a eugenia.
Com a eugenia, Galton tinha a intenção de obter um melhoramento da espécie humana através de um
projeto de reprodução seletiva, que incentivaria a procriação dos 'mais aptos' (eugenia positiva) e que
buscaria evitar ou reduzir a procriação dos 'menos aptos' (eugenis negativa).
A proposta de Galton teve consequências marcantes e deletérias, servindo de justificativa 'científica' para
procedimentos cruéis de inseminação, esterilização, eutanásia, além, obviamente, do genocídio impetrado
pelos nazistas, na 2a. Guerra Mundial.
Atividades:
1) Realize uma leitura atenta dos textos indicados, apreendendo os elementos fundamentais da teoria da
evolução das espécies de Darwin e seus desdobramentos para a psicologia: o funcionalismo e a psicologia
aplicada.
2) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser
motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor,
nas aulas presenciais. Atente para o exercício abaixo:
Darwin (1872-1965) via as emoções como algo geneticamente programado nos animais para fins de
sobrevivência. Considerando os seres humanos, analise as afirmações a seguir: 
I. Os componentes da emoção são interativos, um interferindo no outro, no sentido de intensificá-los ou
enfraquecê-los.
II. Os bebês buscam e utilizam informações emocionais de pessoas que lhe são significativas para
compreender novas experiências. 
III. As emoções preparam o sujeito para lidar com emergências, preparando-o para a fuga ou a defesa. 
Responda: Atestam o valor de sobrevivência destacado por Darwin:
A) o que se afirma em I.
B) o que se afirma em III.
C) o que se afirma em I e II.
D) o que se afirma em I e III.
E) o que se afirma em II e III.
R: A alternativa correta é E.
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Exercício 1:
Leia atentamente as afirmativas a seguir:
I A EUGENIA pode ser definida como a ciência que trata daquelas agências sociais que influenciam, mental
ou fisicamente, as qualidades raciais das futuras gerações.
II ASSIM, a eugenia não é condizente com as pretensões galtonianas de desenvolver uma ciência genuína
sobre a hereditariedade humana que pudesse, por meio de instrumentação matemática e biológica,
identificar os melhores membros – como se faz com cavalos, porcos, cães ou qualquer animal portador das
melhores características – para então estimular sua reprodução.
 
A respeito das afirmativas apresentadas, conclui-se que
A)
I e II são verdadeiras, e a II a complementa a I.
B)
I e II são falsas.
C)
a I é verdadeira, e a II é falsa.
D)
I e II são verdadeiras, mas a II não complementa a I.
E)
a I é falsa, e a II verdadeira.
Comentários:
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Exercício 2:
Considerando o trabalho desenvolvido por Titchener, de orientação estruturalista, podemos destacar alguns
aspectos da experiência que são de interesse dessa abordagem e incluem:
I Intensidade da sensação
II Clareza das imagens
III Duração das sensações 
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IV Caráter prazeroso dos afetos 
V Interação entre sensação e afeto na determinação do comportamento 
Entre os aspectos da experiência destacados acima, de acordo com a perspectiva de Titchener, está
incorreto somente o afirmado em
A)
I.
B)
II.
C)
III.
D)
IV.
E)
V.
Comentários:
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Exercício 3:
A Psicologia Funcionalista não nasce com a intenção de se firmar enquanto uma escola de pensamento,
mas como uma tentativa de ampliar o conceito de Psicologia em contraposição às ideias de Wundt e
Titchener. 
Acerca das diferenças entre as três psicologias propostas a que estamos nos referindo, assinale a
afirmativa correta:
A)
Wundt queria estudar a apercepção, ou seja, a organização dos elementos da experiência consciente;
Titchener queria estudar as estruturas da consciência; a Psicologia Funcionalista queria estudar a utilidade,
o propósito dos processos mentais para o organismo vivo, em suas permanentes tentativas de adaptar-se
ao ambiente.
B)
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Titchener queria estudar os conteúdos da consciência; Wundt queria estudar as estruturas da consciência;
a Psicologia Funcionalista queria estudar a utilidade, o propósito dos processos mentais para o organismo
vivo em suas permanentes tentativas de adaptar-se ao seu ambiente.
C)
Enquanto a Psicologia Funcionalista queria estudar os conteúdos da consciência, Wundt queria estudar as
estruturas da consciência, e Titchener queria estudar a utilidade, o propósito dos processos mentais para o
organismo vivo.
D)
Titchener queria estudar os conteúdos da consciência; Wundt queria estudar a utilidade, o propósito dos
processos mentais para o organismo vivo; a Psicologia Funcionalista buscava investigar as estruturas da
consciência.
E)
Titchener e Wundt concordavam que a Psicologia deveria se dedicar ao estudo das estruturas da
consciência, enquanto a Psicologia Funcionalista queria estudar a estrutura e a utilidade dos processos
mentais para o organismo vivo em suas permanentes tentativas de adaptar-se ao seu ambiente.
Comentários:
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Exercício 4:
De acordo com SCHULTZ e SCHULTZ (2007), todas as 1.250 cópias da primeira edição do livro de Darwin
- A origem das espécies -, foi vendida no dia de sua publicação. A obra provocou reações e discussões
imediatas. SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 8 Ed. São Paulo: Thomson Learning, 2007. 
Sobre as reações à obra de Darwin, presentes no comentário dos autores, considere as afirmativas a
seguir:
I Embora alguns líderes religiosos aceitassem a teoria da evolução, a maioria a considerava uma ameaça,
pois desafiavaa interpretação bíblica literal sobre a criação.
PORQUE
II A teoria da evolução das espécies de Darwin, aos olhos da ciência considera o homem como mais um
dos animais que habitam o planeta e que resultaram de uma longa cadeia evolutiva, mas não o destituí do
posto de criatura feita à imagem e semelhança de Deus.
A respeito das afirmativas apresentadas, conclui-se que
A)
I e II são verdadeiras, e a II justifica a I.
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B)
I e II são verdadeiras, mas a II não justifica a I.
C)
a I é verdadeira, e a II falsa.
D)
a I é falsa, e a II verdadeira.
E)
I e II são falsas.
Comentários:
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Exercício 5:
Leia atentamente as afirmativas a seguir:
I A Eugenia pode ser definida como a ciência que trata daquelas agências sociais que influenciam, mental
ou fisicamente, as qualidades raciais das futuras gerações.
ASSIM
II A Eugenia é condizente com as pretensões galtonianas de desenvolver uma ciência genuína sobre a
hereditariedade humana que pudesse, por meio de instrumentação matemática e biológica, identificar os
melhores membros, portadores das melhores características, e estimular a sua reprodução.
A respeito das afirmativas apresentadas, conclui-se que 
A)
I e II são verdadeiras, e a II complementa a I.
B)
I e II são falsas.
C)
a I é verdadeira, e a II falsa.
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D)
I e II são verdadeiras, mas a II não complementa a I.
E)
a I é falsa, e a II verdadeira.
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Módulos 7 e 8: Funcionalismo: Fundação e Evolução.
7. 1. A Evolução chega aos Estados Unidos: Herbert Spencer.
7. 2. O Precursor: William James e o pragmatismo.
8. 1. As Escolas de Chicago e Columbia: - John Dewey, James R. Angell, Harvey A. Carr; - Robert
Sessions Woodworth, Edward Lee Thorndike.
8. 2. A Psicometria: medir, classificar, diferenciar.
- James Mckeen Cattell: testes mentais.
- O movimento dos Testes Psicológicos.
Leitura Obrigatória:
- SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. 9ª ed. São Paulo: Thomson
Learning, 2011. (Capítulos 7, 8, 9)
Leitura para Aprofundamento:
FERREIRA, A. A. L.; GUTMAN, G. O funcionalismo em seus primórdios: a psicologia a serviço da
adaptação. In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia:
Rumos e Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 7)
CASTRO, A. C.; CASTRO, A. G.; JOSEPHSON, S. C.; JACÓ-VILELA, A. M. Medir, classificar e diferenciar.
In: JACÓ-VILELA, A. M.; FERREIRA, A. A. L.; PORTUGAL, F. T. (orgs.) História da Psicologia: Rumos e
Percursos. 3ª ed. Rio de Janeiro: Nau Editora, 2013. (Capítulo 16).
Apresentação do tema:
Com base nas idéias transformacionistas (isto é, aquelas que procuram compreender as transformações
pelas quais os seres vivos passaram ao longo do tempo, em resultado de sua adaptação às condições do
meio) e evolucionistas, foi possível ver a tareefa da Psicologia sob outro prisma: caberia a essa ciência
explicar como teria ocorrido o gradual surgimento, nos seres humanos, das capacidades mentais
superiores que nos caracterizam como espécie.
Desse novo fundamento, surge uma importante vertente da Psicologia, no século XIX, na Inglaterra. Aqui, é
referência o nome de Herbert Spencer (1820-1903).
Spencer foi um importante divulgador das teses evolucionistas na Inglaterra, embora tenha deturbado as
idéias de Darwin, no sentido de adequa-las ao estudo das sociedades. Defende o Liberalismo e sua
proposta de um Estado mínimo, apoiado na redução do papel de todas as instituições na regulação da vida
em sociedade, com exceção da propriedade, bastante valorizada em sua proposta.
Spencer é o formulador do 'darwinismo social', teoria que propunha que as sociedades seriam selecionadas
por um processo de seleção do mais apto, tal como ocorria na evolução biológica. Para dar fundamento a
suas teses, Spencer precisou dar ao conceito de seleção natural de Darwin um viés individualista. Ao
propor a lei da seleção natural, Darwin enfatizava o valor de sobrevivência das comunidades e não de
indivíduos. Spencer desloca o foco para indivíduos - sobrevivem os indivíduos mais aptos, em resultado de
uma lei 'natural'. Este evolucionismo social, versão espúria das idéias de Darwin, serviu de suporte para
práticas sociais de exclusão, largamente utlizadas com fins ideológicos.
06/03/2024, 11:35 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
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Atividades:
1) Realize uma leitura atenta dos textos indicados, apreendendo os elementos fundamentais da teoria da
evolução das espécies de Darwin e seus desdobramentos para a psicologia: o funcionalismo e a psicologia
aplicada.
2) Realize os exercícios, anotando as dúvidas que surgirem durante a resolução. Estas dúvidas devem ser
motivo de reexame dos textos, na tentativa de saná-las. Caso elas persistam, apresente-as ao professor,
nas aulas presenciais. Atente para o exercício abaixo:
Abaixo estão algumas propostas que poderiam ser feitas tendo por base o “Darwinismo Social” de Herbert
Spencer. Analise-as. 
I – a criação de uma sociedade sem classes, baseada na propriedade comum dos meios de produção,
com a consequente abolição da propriedade privada. Assim, via neste caminho o desdobramento de uma
sociedade com Estado mínimo.
II – uma forma de governo em que um indivíduo apto governaria como chefe de Estado, geralmente de
maneira vitalícia ou até sua abdicação. Aqueles indivíduos que não se adaptassem, seriam expulsos ou
mortos, operando assim a seleção natural do Darwinismo Social.
III – uma forma de governo liberal, em que a organização da vida social se daria sem o constrangimento
das instituições, de forma que cada indivíduo pudesse agir livremente em função de seus interesses.
 
É correto o que se afirma:
A) I e II.
B) I e III.
c) II e III.
d) II.
e) III.
R. A afirmação III poderia ser devirada do Darwinismo Social, mas não a I e a II. Spencer não defendia a
abolição da propriedade privada - pelo contrário, era um ferrenho defensor dela. Por outro lado, não
advogada a ideia de um governo absoluto, mas sim de um Estado mínimo, com não interferencia das
instituições nas decisões dos indivíduos. A alternativa a ser assinalada é a e.
William James e o pragmatismo
Apresentação do tema:
Foi nos Estados Unidos, na passagem do século XIX para o século XX, que a psicologia assumiu os
contornos que conhecemos hoje. Até então, a psicologia que teve como berço a Alemanha dedicava-se a
desenvolver pesquisa pura, sem qualquer preocupação com a aplicabilidade dos conhecimentos gerados
por meio de suas investigações conduzidas em laboratório. Mantendo como objeto a experiência imediata,
esta psicologia essencialmente teórica procurava identificar como se dá a percepção em sua forma mais
pura – isto é, sem ser afetada pelos vieses provocados pelas ilusões dos sentidos. Para tanto, precisava
recorrer, em seus experimentos, a sujeitos especialmente treinados em percepção interna.
 
Toda essa proposta é modificada na inserção e divulgação da nova ciência em solo americano, em função
do contexto peculiar daquele país. Os Estados Unidos vivia um processo de modernização nos campos
político e administrativo, marcado pela urbanização acelerada. Este processo gerou necessidades novas,
no sentido de permitir o avanço industrial, a expansão do sistema educacional e outras transformações
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