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12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 1/47 Raciocínio lógico Prof. Marcelo Roseira Descrição Você vai aprender fundamentos dos argumentos lógicos, estrutura de um argumento, premissas e conclusão, princípios da dedução e da indução, diferentes formas lógicas de argumentos e sua validade, estratégias para análise crítica, falácias mais comuns, bem como evitar erros de raciocínio. Propósito O conhecimento em lógica matemática é fundamental para a formação acadêmica e profissional em diversas áreas. A compreensão dos princípios lógicos e das técnicas de argumentação proporciona uma base sólida para a tomada de decisões, a resolução de problemas e a análise crítica de informações. Essas habilidades são relevantes em campos como ciência da computação, engenharia, matemática, filosofia, direito e administração, em que a capacidade de raciocínio lógico e a clareza na argumentação são valorizadas. Objetivos 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 2/47 Módulo 1 Argumentos lógicos Reconhecer as formas lógicas de argumentos. Módulo 2 Avaliação de argumentos dedutivos Reconhecer estratégias de avaliação de argumentos dedutivos. Módulo 3 Formas lógicas de argumentos indutivos Identificar falácias comuns em argumentos indutivos. Introdução Aqui, você terá oportunidade de explorar os princípios fundamentais da lógica e desenvolver habilidades essenciais para análise e avaliação de argumentos. A lógica desempenha papel fundamental em diversas áreas do conhecimento, desde a filosofia e matemática até as ciências da computação e a tomada de decisões. Ela nos ajuda a identificar a validade dos argumentos, entender a estrutura lógica das proposições e aplicar regras de inferência para chegar a conclusões precisas. Inicialmente, você desenvolverá habilidades para analisar a estrutura de um argumento, distinguir argumentos válidos de argumentos não válidos e compreender diferenças entre 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 3/47 argumentos dedutivos e indutivos. Exploraremos também formas lógicas comuns de argumentos, modus ponens e modus tollens, bem como estratégias para avaliar a validade de um argumento. Posteriormente, você aprenderá a aplicar regras de inferência válidas e, por fim, exploraremos diferentes formas lógicas que os argumentos indutivos podem assumir, como generalização, analogia e argumento por autoridade. Também discutiremos a importância de exemplos na argumentação indutiva e identificaremos falácias comuns nesse tipo de argumento. Ao longo do conteúdo, utilizaremos exemplos e exercícios para facilitar a compreensão dos conceitos. Prepare-se para mergulhar no mundo da lógica e desenvolver habilidades analíticas que serão valiosas em sua formação acadêmica e profissional. Vamos iniciar essa jornada emocionante juntos! Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF. Download material javascript:CriaPDF() 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 4/47 1 - Argumentos lógicos Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer formas lógicas de argumentos. Estrutura de um argumento: premissas e conclusão Neste vídeo, você aprenderá que comreender a estrutura de um argumento é fundamental para análise crítica e avaliação de sua validade. Você também compreenderá que a conclusão é deduzida diretamente das premissas. A estrutura de um argumento é a organização lógica das proposições que o compõem. Compreendê-la é fundamental para análise crítica e avaliação de sua validade. Um argumento consiste em premissas, proposições que fornecem evidências ou razões em apoio à conclusão (proposição final concebida a partir das premissas). As premissas são fundamentos ou evidências que justificam a conclusão, e podem ser expressas de várias maneiras, como afirmações, fatos, dados estatísticos, princípios gerais ou raciocínio indutivo. A conclusão, por sua vez, é a proposição final derivada das premissas; é a posição ou alegação que o argumentador deseja estabelecer com base nas premissas apresentadas. A estrutura de um argumento pode ser representada de forma esquemática, usando símbolos ou letras para as proposições e setas para indicar a relação lógica entre as premissas e a conclusão. Essa representação esquemática ajuda a visualizar a organização do argumento e identificar inferências lógicas realizadas. Veja exemplos de representação esquemática. Exemplo 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 5/47 Premissa 1: Todos os seres humanos são mortais. Premissa 2: Sócrates é um ser humano. Conclusão: Portanto, Sócrates é mortal. Representação esquemática: P1: Todos os seres humanos são mortais. P2: Sócrates é um ser humano. C: Sócrates é mortal. Aqui temos um argumento válido, pois a conclusão segue logicamente a partir das premissas. A conclusão é deduzida das duas premissas, em que a primeira estabelece uma generalização sobre todos os seres humanos e a segunda afirma que Sócrates é um ser humano. A conclusão de que Sócrates é mortal é suportada por elas. Exemplo Premissa 1: Se chover, a rua ficará molhada. Premissa 2: Está chovendo. Conclusão: Logo, a rua está molhada. Representação esquemática: P1: Se chover, a rua ficará molhada. P2: Está chovendo. C: A rua está molhada. Aqui temos mais um argumento válido. A conclusão é deduzida diretamente das premissas, em que a primeira estabelece uma condição hipotética (se chover...) e a segunda afirma que está chovendo. A conclusão de que a rua está molhada é uma dedução lógica baseada nelas. A estrutura de um argumento não depende do conteúdo específico das proposições, mas sim da relação lógica entre elas. Podemos ter argumentos válidos ou não válidos, independentemente de concordarmos ou discordarmos das premissas ou da conclusão. A validade de um argumento é determinada pela coerência da sua estrutura lógica, ou seja, se a conclusão segue logicamente e pode ser deduzida a partir das premissas. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 6/47 Ao analisar a estrutura de um argumento, é essencial avaliar se as premissas oferecem suporte adequado à conclusão. Isso envolve examinar se as premissas são verdadeiras, se estão bem fundamentadas, se são relevantes para a conclusão e se não há contradições lógicas entre elas. Uma conclusão só poderá ser considerada válida se, partindo-se de premissas verdadeiras, pudermos garantir a veracidade lógica da conclusão. Esse exemplo apresenta a estrutura de argumentos e como a conclusão é deduzida a partir das premissas. Ao analisar essa estrutura, é importante considerar a validade lógica das deduções obtidas, bem como avaliar se as premissas fornecem suporte adequado para a conclusão do argumento. A prática de identificar a estrutura de argumentos em exemplos como esses ajuda a desenvolver habilidades de análise crítica e avaliação em diferentes contextos, contribuindo para uma tomada de decisão mais fundamentada e uma comunicação mais clara e persuasiva. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 7/47 Dedução e indução Neste vídeo, veremos que dedução é um tipo de raciocínio deduzido das premissas que são apresentadas. Também veremos que a indução é um raciocínio que tem sua conclusão a partir de observações e evidências. Agora, vamos explorar dois diferentes tipos de raciocínio: dedução e indução. Esses termos são amplamente utilizados na lógica e nos ajudam a compreender como os argumentos são construídos e avaliados. Dedução Tipo de raciocínio cuja conclusão é deduzida obrigatoriamentedas premissas apresentadas. É como seguir um caminho lógico e preciso, cujas informações iniciais nos levam a uma conclusão inquestionável. Na dedução, a validade do argumento é determinada pela estrutura lógica entre as premissas e a conclusão. Exemplo “Se todas as maçãs são frutas e João possui uma maçã, então podemos deduzir que João possui uma fruta.” Nesse exemplo, as premissas estabelecem uma relação clara e direta entre as maçãs e as frutas. A partir dela, podemos deduzir que, se João possui uma maçã, também possui uma fruta. Esse é um exemplo de raciocínio dedutivo, cuja conclusão é uma dedução lógica das premissas apresentadas. Indução Tipo de raciocínio cuja conclusão é obtida a partir de observações e evidências. Na indução, partimos de casos particulares para chegar a uma conclusão geral, baseada em uma probabilidade ou generalização. É como se estivéssemos tirando conclusões a partir de exemplos específicos. Veja um exemplo de raciocínio indutivo: 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 8/47 "Todas as vezes em que Maria saiu de casa com um guarda-chuva, choveu." A conclusão não é necessariamente verdadeira em todos os casos. Por isso, esse não é um exemplo de argumento dedutivo, pois pode haver situações em que Maria saia com um guarda-chuva e não chova. A indução nos fornece uma probabilidade, ou tentativa de generalização, baseada em evidências, mas não garante a veracidade absoluta ou a dedução da conclusão. Embora exista uma tendência de que, sempre que Maria saia de casa com um guarda-chuva, chova, não podemos afirmar que essa relação se mantenha em todas as situações. O raciocínio indutivo nos permite tentar fazer generalizações com base em evidências, mas não garante que a conclusão seja verdadeira em todos os casos. É importante reconhecer as limitações desse tipo de raciocínio e não o confundir com um argumento Com base nessas observações, podemos concluir que, sempre que Maria sair de casa com um guarda-chuva, é certo que chova? Resposta Não! Mas, podemos induzir que, sempre que Maria sair de casa com um guarda-chuva, é possível que chova. Mas é possível que não chova também. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 9/47 dedutivo, cuja conclusão é verdadeira com base nas premissas estabelecidas. É fundamental compreender a diferença entre dedução e indução, pois isso nos permite avaliar a força dos argumentos e a validade das conclusões. Enquanto a dedução busca a validade lógica estrita, a indução nos leva a conclusões mais prováveis, porém sujeitas a exceções. Vamos praticar um pouco com exemplos. Veja! Nesse caso, estamos aplicando um raciocínio dedutivo para chegar à conclusão. Observe a seguir. Dedução P1 Todos os cachorros são mamíferos. P2 Rex é um cachorro. C Portanto, Rex é um mamífero. Primeira premissa Estabelece uma relação geral entre cachorros e mamíferos, afirmando que todos os cachorros são mamíferos. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 10/47 A conclusão das premissas é uma consequência direta das premissas e segue as regras de inferência válidas na lógica. Diferentemente da indução, em um raciocínio dedutivo (argumento válido), a conclusão é obtida e garantida a partir das premissas. Se elas são verdadeiras, a conclusão também deve ser verdadeira. No exemplo dado, se aceitamos as premissas como verdadeiras, a conclusão de que Rex é um mamífero é uma dedução lógica, e estamos, portanto, diante de um argumento válido. Segunda premissa Afirma que Rex é um cachorro em particular. Conclusão Deduz, a partir das premissas, a conclusão de forma lógica e suficiente: Rex também é um mamífero Indução P1 Em todas as vezes que João comeu um morango, ele estava delicioso. P2 João está prestes a comer um morango. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 11/47 Nesse caso, a indução é baseada em experiências anteriores de João com morangos, que estavam deliciosos sempre que ele os comeu. Com base nessa tendência observada, podemos inferir que é provável que o morango que João está prestes a comer também esteja delicioso. No entanto, não temos garantia absoluta de que isso será verdade em todos os casos, pois pode haver exceções em que o morango não esteja tão saboroso quanto os anteriores. A indução nos permite tentar fazer generalizações com base em evidências, mas não podemos afirmar que a conclusão será verdadeira em todos os casos. É importante reconhecer a natureza probabilística, e, portanto, incerta, da indução e estar ciente das suas limitações. Ao utilizar a dedução e a indução, podemos analisar e avaliar argumentos de maneira mais precisa. Essas habilidades são essenciais para um raciocínio lógico e crítico, auxiliando-nos a compreender e tomar decisões fundamentadas em diversas áreas de conhecimento. Formas lógicas de argumentos: condicional e disjuntivo Aqui veremos exemplos que ilustram cada uma dessas formas, permitindo identificar e compreender a estrutura lógica subjacente a cada tipo de argumento. Argumento condicional Também conhecido como argumento hipotético, tem uma estrutura lógica (premissa) condicional, geralmente expressa na forma "Se... então", e uma conclusão que decorre dessa premissa. C Provavelmente, esse morango também estará delicioso. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 12/47 Um argumento condicional tem a seguinte estrutura básica: Se uma condição (a premissa) for verdadeira, então uma consequência (a conclusão) também será verdadeira. A relação entre a premissa e a conclusão é de implicação lógica, indicando que a veracidade da conclusão depende da veracidade da premissa condicional. Veja um exemplo para ilustrar essa estrutura! Premissa Se estudo para a prova, tiro uma boa nota. Conclusão Portanto, se eu estudar para a prova, vou tirar uma boa nota. Nesse exemplo, a premissa condicional estabelece a relação entre o estudo para a prova e a obtenção de uma boa nota. A conclusão é inferida diretamente da premissa, indicando que, se a condição da premissa for satisfeita (estudar para a prova), a consequência da conclusão também será satisfeita (obter uma boa nota). Existem diferentes formas de argumentos condicionais, sendo as mais comuns o modus ponens e o modus tollens. O primeiro é uma regra de inferência válida que afirma que, se temos uma premissa condicional na forma "Se A, então B" e a premissa "A" é verdadeira, então podemos deduzir que a conclusão "B" também é verdadeira. Exemplo P1: Se chover, a rua ficará molhada. P2: Está chovendo. C: Portanto, a rua está molhada. No modus ponens, a primeira premissa estabelece a relação condicional entre a chuva e a rua molhada. A segunda afirma que está chovendo. A conclusão é deduzida diretamente delas, indicando que, dado que a premissa condicional é verdadeira e a premissa "Está chovendo" também, podemos concluir que a rua está molhada. Outra forma de argumento condicional é o modus tollens, que é a negação do modus ponens: se negamos a consequência da premissa 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 13/47 condicional, podemos negar a condição. Exemplo P1: Se estudo para a prova, tiro uma boa nota. P2: Não tirei uma boa nota. C: Portanto, não estudei para a prova. No exemplo, a primeira premissa estabelece a relação condicional entre o estudo para a prova e a obtenção de uma boa nota. A conclusão nega a consequência da premissa condicional, indicando que não foi obtida uma boa nota. A conclusão é obtida, negando a condição da premissa, ou seja, concluindo que não houve estudo para a prova. Argumento disjuntivo Aqui temos umapremissa disjuntiva, que expressa uma relação lógica de exclusão mútua entre duas ou mais alternativas. Veja a estrutura que o argumento disjuntivo apresenta. 1 Uma premissa disjuntiva que é geralmente expressa na forma "A ou B" ou "A Ú B", em que A e B são proposições que representam alternativas. 2 Uma conclusão que decorre dessa premissa. A conclusão do argumento disjuntivo é deduzida da premissa disjuntiva, considerando-se as possibilidades apresentadas. Veja um exemplo para entender melhor! P1 Ou vou ao cinema ou fico em casa. P2 Nã i 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 14/47 Nesse exemplo, a premissa disjuntiva apresenta duas alternativas: ir ao cinema ou ficar em casa. A conclusão é inferida da premissa, estabelecendo que, se a primeira alternativa não ocorre (não vou ao cinema), então a segunda alternativa se torna verdadeira (fico em casa). O argumento disjuntivo não garante a veracidade de uma das alternativas, mas estabelece uma relação lógica entre elas. A conclusão é válida dentro do contexto da premissa disjuntiva, considerando-se as possibilidades apresentadas. Existem outras formas de argumentos disjuntivos, como o silogismo disjuntivo e o dilema. O primeiro afirma que, se uma das alternativas da premissa disjuntiva é verdadeira, então a outra alternativa é falsa. Veja um exemplo de silogismo disjuntivo. Exemplo P1: Ou é sábado ou é domingo. P2: Não é sábado. C: Portanto, é domingo. Nesse caso, a primeira premissa disjuntiva apresenta duas alternativas: ser sábado ou domingo. A segunda nega a primeira alternativa (não é sábado). A conclusão é deduzida afirmando que, dado que a primeira alternativa é negada, então a única opção restante é ser domingo. Outra forma de argumento disjuntivo é o dilema, que envolve uma premissa disjuntiva seguida por uma implicação condicional. Ele apresenta duas alternativas na premissa disjuntiva e uma conclusão Não vou ao cinema. C Logo, fico em casa. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 15/47 que é deduzida da implicação condicional, considerando-se as possibilidades apresentadas. Veja um exemplo de dilema. Exemplo P1: Ou estudo para a prova ou tiro uma nota baixa. P2: Estudo para a prova. C: Portanto, não tiro uma nota baixa. Nesse exemplo, a primeira premissa disjuntiva apresenta duas alternativas: estudar para a prova ou tirar uma nota baixa. A segunda afirma que estudou para a prova. A conclusão é inferida da implicação condicional, indicando que, dado que a primeira alternativa é verdadeira, a segunda alternativa (tirar uma nota baixa) é falsa. Os argumentos disjuntivos são utilizados em diferentes contextos, como a lógica formal, o direito e a filosofia, permitindo que sejam analisadas as relações de exclusão mútua entre diferentes alternativas. Formas lógicas de argumentos: conjuntivo, bicondicional e transitivo Neste vídeo, estudaremos as formas lógicas de argumentos conjuntivos, cobinação de duas ou mais proposições; bicondicionais, baseada na relação de implicação lógica bidirecional e transitivos, deduzidos pela relação transitiva entre o primeiro termo e o terceiro. Veremos agora argumentos conjuntivos, bicondicionais e transitivos, apresentando exemplos que ilustram cada um e permitem identificar e compreender sua estrutura lógica subjacente. Argumento conjuntivo 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 16/47 Aquele em que duas ou mais proposições são combinadas por meio do conectivo lógico "e" (conjunção). Aqui, a conclusão é obtida a partir da relação de conjunção entre as premissas. A estrutura geral de um argumento conjuntivo é a seguinte: P1: Proposição 1. P2: Proposição 2. Pn: Proposição n. C: Conclusão. Nesse tipo de argumento, a conclusão é deduzida a partir da verdade simultânea de todas as premissas. Se todas elas forem verdadeiras, então a conclusão também será. Veja um exemplo para ilustrar um argumento conjuntivo. Exemplo P1: João estuda todos os dias. P2: João dedica-se aos exercícios práticos. C: João tem um bom desempenho acadêmico. Nesse exemplo, as premissas afirmam que João estuda todos os dias e dedica-se aos exercícios práticos. A conclusão é de que João tem um bom desempenho acadêmico. Para que o argumento seja válido, é necessário que ambas as premissas sejam verdadeiras. Caso contrário, a conclusão não pode ser considerada válida. A validade de um argumento conjuntivo depende da verdade das premissas e da correção da relação de conjunção estabelecida entre elas. Caso haja uma falha na relação de conjunção, ou se alguma premissa for falsa, o argumento pode se tornar inválido. Veja outro exemplo. Exemplo P1: Ana gosta de sorvete. P2: Ana gosta de chocolate. C: Ana gosta de sorvete de chocolate. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 17/47 Nesse caso, as premissas afirmam que Ana gosta de sorvete e de chocolate. A conclusão é de que Ana gosta de sorvete de chocolate. Novamente, para que o argumento seja válido, é necessário que ambas as premissas sejam verdadeiras. Assim como nos outros tipos de argumentos, é importante avaliar cuidadosamente as premissas e a relação de conjunção estabelecida para determinar a validade do argumento conjuntivo. A lógica e a coerência das proposições desempenham papel fundamental na determinação da validade do argumento. Argumento bicondicional Forma especial de argumento baseada na relação de implicação lógica bidirecional, ocorre quando a conclusão é deduzida a partir de sentença que estabelece uma equivalência entre duas proposições. Relembrando Para entender melhor, vamos revisar o conceito de implicação lógica bidirecional, relação em que duas proposições são equivalentes, ou seja, são verdadeiras juntas ou falsas juntas. A implicação bidirecional é simbolizada pelo operador lógico "se e somente se" . Em um argumento bicondicional, as premissas estabelecem uma relação de equivalência, e a conclusão é deduzida dessa relação. Pode ser representado usando a seguinte estrutura: Nesse esquema, e são proposições relacionadas pela implicação bidirecional. A primeira premissa ( ) estabelece a equivalência entre e , enquanto a segunda (P) afirma a verdade de P. A conclusão (Q) é deduzida a partir dessas premissas. Veja um exemplo de argumento bicondicional. (↔) P1 : P ↔ Q P2 : P c : Q P Q P ↔ Q P Q P1: Ter um diploma universitário ↔ Ter um nível de educação superior P2: João tem um diploma universitário C: João possui um nível de educação superior 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 18/47 Nesse exemplo, a primeira premissa estabelece a equivalência entre ter um diploma universitário e um nível de educação superior. A segunda afirma que João possui um diploma universitário. A conclusão é deduzida a partir delas, concluindo que João possui um nível de educação superior. Assim como nos outros tipos de argumento, a validade de um argumento bicondicional depende da correta relação lógica entre as premissas e a conclusão. Se a relação de equivalência estabelecida pelas premissas for verdadeira, e se elas forem verdadeiras, então a conclusão será necessariamente verdadeira. No entanto, assim como em outros tipos de argumentos, a validade de um argumento bicondicional não garante a verdade das premissas. É possível ter um argumento bicondicional válido com premissas falsas. Portanto, é importante analisar tanto a validade lógica quanto a verdade das premissas ao avaliar um argumento bicondicional. Argumento transitivo Aquele cuja conclusão é obtida a partir de duas premissas intermediárias conectadas por um termo comum. Aqui, a relação lógica entre as premissas é estabelecida pela transitividade,propriedade que permite estender a relação lógica de um termo para outro relacionado a ele. Em um argumento transitivo, as premissas estabelecem relação entre o primeiro termo e o segundo, e outra relação entre o segundo termo e o terceiro. A conclusão é então deduzida pela relação transitiva entre o primeiro termo e o terceiro. Veja um exemplo para ilustrar esse conceito. Exemplo P1: Todos os seres humanos são mortais. P2: Sócrates é um ser humano. C: Portanto, Sócrates é mortal. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 19/47 Nesse exemplo, temos um argumento transitivo. A premissa 1 estabelece a relação de que todos os seres humanos são mortais. A premissa 2 afirma que Sócrates é um ser humano. Com base em ambas, podemos concluir que Sócrates é mortal. A transitividade desse argumento ocorre porque ser humano implica na relação de ser mortal. Portanto, se todos os seres humanos são mortais e Sócrates é um ser humano, podemos deduzir que Sócrates é mortal. A transitividade não se limita apenas a argumentos com duas premissas. Em argumentos com mais de duas, a transitividade é aplicada sucessivamente para estabelecer relação entre todos os termos envolvidos. Agora que compreendemos o conceito de argumento transitivo, podemos perceber sua utilidade na estruturação de argumentos válidos e na dedução de conclusões lógicas a partir de premissas relacionadas. A validade de um argumento transitivo depende da correta relação lógica entre as premissas e de sua consistência. É importante avaliar cuidadosamente as premissas e a conexão entre elas para garantir a validade do argumento. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Analise o seguinte argumento e identifique sua estrutura lógica (condicional, disjuntivo, conjuntivo, bicondicional ou transitivo). Em seguida, avalie se o argumento é válido ou não válido. Escolha a alternativa correta. P1: “Se chover, então a rua estará molhada.” P2: “A rua está molhada.” C: “Logo, choveu.” A Condicional - Válido. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 20/47 Parabéns! A alternativa B está correta. O argumento apresentado é condicional, pois segue a estrutura "se...então". A premissa P1 afirma que, se chover, então a rua estará molhada. A P2 afirma que a rua está molhada. A conclusão C é que choveu. Para avaliar a validade do argumento, precisamos verificar se a conclusão segue necessariamente a partir das premissas. Nesse caso, a conclusão não é verdadeira apenas porque a rua está molhada. Pode haver outras razões para a rua estar molhada, como alguém ter derramado água. Portanto, o argumento é não válido. Questão 2 Analise o seguinte argumento e identifique sua estrutura lógica (condicional, disjuntivo, conjuntivo, bicondicional ou transitivo). Em seguida, avalie se o argumento é válido ou não válido. Escolha a alternativa correta. P1: “Ou eu estudo para a prova ou vou ao cinema.” P2: “Estudei para a prova.” C: “Logo, não fui ao cinema.” B Condicional - Não válido. C Conjuntivo - Não válido. D Bicondicional - Não válido. E Transitivo - Não válido. A Condicional – Não válido. B Disjuntivo – Não válido. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 21/47 Parabéns! A alternativa B está correta. A estrutura lógica do argumento apresentado é disjuntiva, pois estabelece uma relação de exclusão entre as duas proposições. A primeira premissa estabelece a disjunção entre "eu estudar para a prova" e "ir ao cinema". A segunda afirma "eu estudei para a prova". A conclusão é "não fui ao cinema". No entanto, esse argumento é inválido, pois a conclusão não segue necessariamente das premissas. O fato de ter estudado para a prova não implica diretamente que a pessoa não tenha ido ao cinema. Pode haver outras razões para não ter ido ao cinema, mesmo tendo estudado. 2 - Avaliação de argumentos dedutivos Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer estratégias de avaliação de argumentos dedutivos. C Conjuntivo – Não válido. D Bicondicional – Válido. E Transitivo – Válido. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 22/47 Conceito de validade lógica Neste vídeo, vamos explicar e exemplificar o conceito de validade lógica que é o que trata da relação lógica entre a premissa e a conclusão. O conceito de validade lógica está relacionado à estrutura do argumento e à relação lógica entre as premissas e a conclusão. Um argumento dedutivo é considerado válido quando a conclusão segue necessariamente das premissas, ou seja, quando não é possível que todas as premissas sejam verdadeiras e a conclusão seja falsa. Para avaliar a validade lógica de um argumento dedutivo, é necessário analisar a estrutura lógica e verificar se a conclusão é uma consequência lógica das premissas. Essa análise envolve o uso de regras de inferência válidas e das leis da lógica. As regras de inferência válidas são princípios lógicos que permitem derivar uma conclusão a partir de premissas válidas. Essas regras são fundamentadas na validade lógica e na coerência do raciocínio. Alguns 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 23/47 exemplos de regras de inferência comuns são o modus ponens, o modus tollens, o silogismo hipotético e o silogismo disjuntivo. Além das regras de inferência, as leis da lógica desempenham papel importante na avaliação de argumentos dedutivos, pois são princípios fundamentais que regem o pensamento lógico e a validade dos argumentos. Algumas delas, comumente aplicadas na avaliação de argumentos dedutivos, incluem: a lei da identidade; a lei da não contradição; a lei do terceiro excluído. Para avaliar a validade lógica de um argumento dedutivo, é necessário verificar se a estrutura lógica do argumento segue as regras de inferência válidas e respeita as leis da lógica. O argumento é válido se obedecer a essas regras e leis. No entanto, a validade lógica de um argumento não garante a verdade das premissas ou da conclusão; trata apenas da relação lógica entre elas, independentemente do conteúdo factual das afirmações. Ao avaliar argumentos dedutivos, é importante lembrar que a validade lógica é um critério objetivo e universalmente aplicável. Por meio da análise da estrutura lógica, das regras de inferência válidas e das leis da lógica, podemos determinar se um argumento é válido ou inválido, independentemente do conteúdo específico das premissas e da conclusão. Regras de inferência válidas Neste vídeo, aprenderemos sobre relações lógicas entre proposições que nos permite chegar a uma conclusão de forma válida, ou seja, as regras de inferência válidas. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 24/47 Regras de inferência válidas são princípios lógicos que nos permitem realizar deduções corretas a partir das premissas de um argumento. Estabelecem relações lógicas entre proposições, permitindo-nos chegar a uma conclusão de forma válida. Existem diversas regras de inferência válidas amplamente utilizadas na lógica e na avaliação de argumentos dedutivos. Veja duas delas a seguir. Estabelece que, se temos uma premissa na forma "Se A, então B" e outra premissa que afirma "A", então podemos deduzir a conclusão "B". Em outras palavras, se uma condição é verdadeira e sua antecedente também, podemos concluir que o consequente é verdadeiro. Exemplo: P1: Se chover, então a rua estará molhada. P2: Está chovendo. C: Portanto, a rua está molhada. Nesse exemplo, a premissa P1 estabelece a relação condicional entre chuva e a rua molhada. A P2 afirma que está chovendo. Utilizando a regra do modus ponens, podemos deduzir corretamente que a rua está molhada.Essa regra é o inverso da anterior. Estabelece que, se temos uma premissa na forma "Se A, então B" e outra premissa que nega o consequente "não B", então podemos deduzir a conclusão "não A". Ou seja, se uma condição implica em uma consequência e essa consequência não ocorre, podemos concluir que a condição tampouco ocorre. Exemplo: P1: Se a bateria estiver carregada, o celular ligará. P2: O celular não está ligando. C: Portanto, a bateria não está carregada. Modus ponens Modus tollens 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 25/47 Nesse exemplo, a premissa P1 estabelece a relação condicional entre a bateria carregada e o celular ligado. A P2 afirma que o celular não está ligando. Utilizando a regra do modus tollens, podemos deduzir corretamente que a bateria não está carregada. Essas são apenas duas das regras de inferência válidas mais comuns. Existem outras, como o silogismo hipotético, o silogismo disjuntivo, a simplificação e a adição, aplicadas de acordo com a estrutura lógica do argumento em questão. Atenção! A aplicação correta das regras de inferência válidas é fundamental para a avaliação precisa da validade de um argumento dedutivo. Ao utilizar essas regras, devemos garantir que a estrutura lógica do argumento esteja correta, e que as inferências realizadas sejam logicamente válidas. Ao analisar um argumento dedutivo, devemos verificar se as premissas são verdadeiras e se as inferências realizadas estão de acordo com as regras de inferência válidas. Se todas as premissas forem verdadeiras e a estrutura do argumento seguir regras de inferência válidas, podemos concluir que o argumento é válido. Essas são algumas das principais regras de inferência válidas utilizadas na avaliação de argumentos dedutivos. Elas nos ajudam a determinar a validade lógica de um argumento e a chegar a conclusões corretas com base nas premissas fornecidas. Princípios lógicos aplicados na avaliação de argumentos dedutivos Neste vídeo, veremos os princípios lógicos aplicados na avaliação de argumentos dedutivos, ou seja, o princípio do terceiro excluído, a lei da identidade e a lei da não contradição. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 26/47 Agora vamos explorar alguns princípios lógicos aplicados na avaliação de argumentos dedutivos, apresentando princípios fundamentais que regem o funcionamento do raciocínio lógico e permitem estabelecer relações entre proposições e realizar inferências corretas. Na avaliação de argumentos dedutivos, essas leis são aplicadas para garantir a validade lógica das conclusões. Vamos discutir algumas das leis da lógica mais relevantes. Princípio do terceiro excluído Essa lei afirma que uma proposição é verdadeira (V) ou falsa (F), não havendo uma terceira possibilidade. Não pode existir um meio-termo ou uma indefinição. Portanto, qualquer proposição deve ser verdadeira ou falsa. Exemplo: P1: A afirmativa "O sol é uma estrela" é verdadeira. C: Portanto, a afirmativa "O sol não é uma estrela" é falsa. Lei da identidade Estabelece que uma proposição é idêntica a si mesma. Ou seja, se uma proposição é verdadeira, então ela é verdadeira. Se uma proposição é falsa, então ela é falsa. Exemplo: P1: A afirmativa "2 + 2 = 4" é verdadeira. C: Portanto, a afirmativa "2 + 2 = 4" é verdadeira. Lei da não contradição Afirma que uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo. Uma proposição e sua negação não podem ser 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 27/47 verdadeiras simultaneamente. Exemplo: P1: A afirmativa "O dia é ensolarado" é verdadeira. C: Portanto, a afirmativa "O dia não é ensolarado" é falsa. Essas são apenas algumas das leis da lógica mais utilizadas na avaliação de argumentos dedutivos. Elas nos ajudam a verificar a consistência e a validade lógica das proposições envolvidas em um argumento. Atenção! Ao avaliar um argumento dedutivo, é importante garantir que as leis da lógica sejam respeitadas e que as conclusões sejam coerentes com as premissas fornecidas. A aplicação correta dessas leis nos permite identificar inconsistências, contradições ou violações lógicas nos argumentos. A utilização das leis da lógica é um dos aspectos essenciais na avaliação de argumentos dedutivos, juntamente com as regras de inferência válidas. Ambos os elementos contribuem para a determinação da validade lógica de um argumento e para a obtenção de conclusões coerentes e corretas. Estratégias de avaliação de argumentos dedutivos Neste vídeo, abordaremos estratégias de avaliação de argumentos dedutivos que são: Modus ponens (MP), Modus Tollens (MT), Silogismo disjuntivo (SD), Silogismo hipotético (SH). Ao analisar a validade lógica de um argumento dedutivo, podemos utilizar várias estratégias para nos ajudar a determinar se as premissas 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 28/47 fornecidas realmente suportam a conclusão de forma lógica e coerente. Veja algumas das principais estratégias de avaliação a seguir: Modus ponens (MP) Estratégia que se baseia em duas premissas, uma condicional (se... então) e a afirmação da primeira condição. Se a condicional é verdadeira e a primeira condição é afirmada, então podemos deduzir que a segunda condição também é verdadeira. Exemplo P1: Se chover, a rua ficará molhada. P2: Está chovendo. C: Portanto, a rua está molhada. Nesse caso, a primeira premissa é uma proposição condicional (se chover, a rua ficará molhada). A segunda afirma que está chovendo. A conclusão é deduzida diretamente das premissas, seguindo a estrutura lógica do modus ponens. Modus tollens (MT) Estratégia semelhante ao modus ponens, mas, em vez de afirmar a primeira condição, negamos a segunda. Se a condicional é verdadeira e a segunda condição é negada, então podemos inferir que a primeira condição também é falsa. Exemplo P1: Se o restaurante estiver fechado, não poderemos jantar lá. P2: Podemos jantar lá. C: Portanto, o restaurante não está fechado. Nesse exemplo, a primeira premissa é uma proposição condicional (se o restaurante estiver fechado, não poderemos jantar lá). A segunda afirma que podemos jantar lá. A conclusão é deduzida negando a segunda condição e inferindo que o restaurante não está fechado. Silogismo disjuntivo (SD) Estratégia que se baseia em uma premissa que afirma uma disjunção (ou... ou). Se uma das opções da disjunção é negada, podemos inferir que a outra opção é verdadeira. Exemplo 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 29/47 P1: Ou vou ao cinema ou fico em casa. P2: Não vou ao cinema. C: Portanto, vou ficar em casa. Nesse caso, a primeira premissa afirma uma disjunção entre duas opções (ir ao cinema ou ficar em casa). A segunda nega a opção de ir ao cinema. A conclusão é inferida ao deduzir que a outra opção, ficar em casa, é a escolha a ser feita. Silogismo hipotético (SH) Estratégia que envolve duas proposições condicionais. Se a primeira condição implica na segunda e a segunda condição é negada, podemos inferir que a primeira também é. Exemplo P1: Se estudarmos com dedicação, teremos um bom desempenho na prova. P2: Não tivemos um bom desempenho na prova. C: Portanto, não estudamos com dedicação. Nesse exemplo, a primeira premissa é uma proposição condicional (se estudarmos com dedicação, teremos um bom desempenho na prova). A segunda afirma que não tivemos um bom desempenho na prova. A conclusão é deduzida ao negar a primeira condição e inferir que não estudamos com dedicação. O silogismo hipotético é útil para analisar argumentos que envolvem relações causais e implicações condicionais. Ao aplicar essa estratégia, é importante garantir que as condições estejam corretamenterelacionadas e que a negação da segunda condição leve à negação da primeira. Resumindo Argumento válido 1. É impossível que, se verdadeiras as premissas, seja falsa a conclusão. 2. É impossível que, admitindo-se as premissas como verdadeiras, a conclusão não possa ser imediatamente deduzida delas. Argumento não válido 1. Supondo verdadeiras as premissas, a conclusão pode ser falsa. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 30/47 2. Não obstante as premissas serem consideradas verdadeiras, a conclusão não pode ser deduzida a partir delas. A respeito das regras de inferência, observe o resumo a seguir. Com relação às falácias, veja o resumo a seguir. Modus ponens → q p q text Modus tollens p → q p q Soligismo hipotético p → q p q (i) Falácia da negação do antecedente Distorção do modus ponens, sua forma é: p → q ∼ p ∼ q (i) Falácia da a�rmação do consequente Di t ã d d t ll f é 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 31/47 As regras de inferência são ferramentas úteis para demonstrar a validade de argumentos mais complexos. Utilizando esse método, podemos verificar a validade de um argumento ou provar um teorema a partir das seguintes etapas: 1. Supomos que as premissas sejam verdadeiras. 2. Aplicamos as definições dos conectivos lógicos para determinar o valor lógico da conclusão, que deve ser verdadeira (V) para que o argumento seja válido. Essa abordagem nos permite analisar a estrutura lógica do argumento e avaliar se as premissas realmente implicam na conclusão. Ao seguir essas etapas, podemos determinar se o argumento é válido ou não. Atenção! A validade de um argumento não está relacionada ao conteúdo das premissas ou conclusão, mas sim à sua estrutura lógica. Essas são as estratégias de avaliação de argumentos dedutivos mais comuns. Cada uma tem sua própria estrutura lógica e critérios de aplicação. Ao avaliar um argumento dedutivo, é importante identificar a estrutura lógica subjacente e aplicar a estratégia adequada para determinar a validade da conclusão. A aplicação dessas estratégias requer um raciocínio cuidadoso e uma análise minuciosa das premissas e da conclusão do argumento. Além disso, é importante considerar a consistência e a coerência lógica das premissas em relação à conclusão para avaliar corretamente a validade do argumento dedutivo. Distorção do modus tollens, sua forma é: p → q p 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 32/47 Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Considere os seguintes argumentos: I. Se 7 é menor do que 4, então 7 não é primo. Mas 7 não é menor do que 4, logo 7 é primo. II. Se Londres está na Dinamarca, então Paris não está na França. Mas Paris está na França, portanto Londres está na Dinamarca. III. III. Se 5 é um número primo, então 5 não divide 15. Mas 5 divide 15, logo 5 não é um número primo. A validade dos argumentos I, II e III forma, respectivamente, a seguinte sequência: Parabéns! A alternativa B está correta. O argumento apresentado no item I possui uma estrutura condicional, cuja primeira premissa estabelece uma condição hipotética e a segunda nega essa condição. No entanto, a conclusão é contrária à negação da condição estabelecida, tornando o argumento não válido. A Válido, válido, válido. B Não válido, não válido, válido. C Válido, não válido, válido. D Válido, válido, não válido. E Não válido, não válido, não válido. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 33/47 O argumento do item II possui uma estrutura condicional, cuja primeira premissa estabelece uma condição hipotética e a segunda nega essa condição. No entanto, a conclusão afirma que Londres está na Dinamarca com base na premissa de que Paris está na França. Essa conclusão não pode ser deduzida a partir das premissas fornecidas, tornando o argumento não válido. O argumento do item III segue a estrutura condicional, cuja primeira premissa afirma uma relação hipotética entre 5 ser um número primo e não dividir 15. A segunda premissa afirma que 5 de fato divide 15. A conclusão é tirada corretamente, afirmando que 5 não é um número primo com base na premissa de que ele divide 15. Portanto, o argumento é válido. Questão 2 Considere os argumentos a seguir: I. Se 6 não é par, então 3 não é primo. Mas, 6 é par. Logo, 3 é primo. II. Se faz frio, Margarete fica em casa. Margarete não ficou em casa. Logo, não fez frio. III. Se você tem ar-condicionado, então não passa calor. Quem mora em Foz do Iguaçu tem ar-condicionado. Logo, se você mora em Foz do Iguaçu, não passa calor. O(s) argumento(s) dedutivo(s) é(são): A I e II. B II e III. C Somente I. D Somente III. E I, II e III. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 34/47 Parabéns! A alternativa B está correta. I. Nesse argumento, temos a implicação condicional "Se 6 não é par, então 3 não é primo". A premissa "6 é par" é apresentada, sem implicar que a antecedente da condicional seja falsa, pois 6 é de fato par. Portanto, não podemos concluir que "3 é primo" a partir dessas premissas. O argumento é não válido. II. Nesse argumento, temos a implicação condicional "Se faz frio, Margarete fica em casa". A negação da conclusão é apresentada, ou seja, "Margarete não ficou em casa". A partir disso, concluímos que a premissa também é falsa, o que nos leva a concluir que "não fez frio". Portanto, o argumento é válido. III. Nesse argumento, temos novamente uma implicação condicional: "Se você tem ar-condicionado, então não passa calor". A premissa "Quem mora em Foz do Iguaçu tem ar-condicionado" é apresentada, o que nos leva a concluir que "se você mora em Foz do Iguaçu, não passa calor". Portanto, o argumento também é válido. 3 - Formas lógicas de argumentos indutivos Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car falácias comuns em argumentos indutivos. Generalização 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 35/47 Neste vídeo, veremos o conceito de generalização, entendendo que ela ocorre em todas as áreas de conhecimentos. Veremos ainda que ela depende da representatividade e da diversidade dos casos observados. Forma lógica de argumento indutivo, a generalização ocorre quando uma conclusão é tirada com base em observações ou exemplos específicos para fazer uma afirmação mais ampla sobre uma classe de objetos, pessoas ou eventos. A generalização ocorre em diversas áreas do conhecimento, como ciência, sociologia, psicologia e outras. O processo da generalização envolve observar um número limitado de casos e, a partir dessas observações, inferir uma conclusão sobre todos os casos semelhantes. Por ser uma forma de raciocínio indutivo, a conclusão não é necessariamente verdadeira em todos os casos. A força de um argumento baseado na generalização depende da representatividade e da diversidade dos casos observados. Quanto mais casos relevantes e diversos forem considerados, maior será a probabilidade de a generalização ser válida. Ao avaliar um argumento baseado na generalização, é fundamental considerar algumas questões importantes. Casos representativos É necessário analisar se os casos observados são suficientemente representativos da classe em questão. Uma amostra pequena ou enviesada pode levar a uma generalização inválida. Diferenças relevantes É necessário considerar se existem diferenças relevantes entre os casos observados e a classe em geral. Se houver características distintas que tornem os casos observados diferentes dos demais, a generalização pode não ser apropriada. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html#36/47 Para compreender melhor, é interessante ver o exemplo a seguir. Exemplo "Todas as rosas que vi até agora são vermelhas. Portanto, todas as rosas são vermelhas." Nesse caso, a generalização é feita com base nas rosas observadas, assumindo que todas as rosas compartilham a mesma característica de cor. No entanto, a generalização pode ser questionada e refinada com novas evidências. Se, por exemplo, alguém observar uma rosa de cor diferente, a generalização de que todas as rosas são vermelhas seria refutada. Resumindo A ideia central aqui é compreender como a generalização é usada como forma lógica de argumento indutivo. Por meio da análise cuidadosa dos casos observados e considerando sua representatividade e diversidade, podemos avaliar a validade e a força de um argumento baseado na generalização. Analogia Neste vídeo, vamos aprender que a analogia é utilizada como forma lógica de argumento indutivo. E que é por meio dela que podemos avaliar a força e a validade de um argumento. Forma lógica de argumento indutivo, a analogia é usada para fazer comparações entre situações ou objetos semelhantes, a fim de inferir uma conclusão sobre uma determinada situação ou objeto com base na semelhança percebida. Ocorre quando identificamos semelhanças entre dois ou mais casos e, com base nelas, argumentamos que eles também são semelhantes em outras características ou aspectos relevantes. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 37/47 O raciocínio analógico é frequentemente utilizado em diversas áreas, como ciências, filosofia, direito e até mesmo no cotidiano. Ao usar a analogia como forma de argumento indutivo, é importante garantir que as semelhanças entre os casos sejam relevantes para a conclusão que está sendo inferida. Quanto mais semelhantes os casos comparados forem em termos de características e contextos relevantes, maior será a força do argumento por analogia. No entanto, é preciso ter cuidado ao usar a analogia como argumento, pois as semelhanças entre os casos nem sempre garantem a validade da conclusão. As diferenças entre os casos também devem ser levadas em consideração, pois podem afetar a validade da analogia. Imagine que alguém apresente o seguinte argumento. Veja! Exemplo Assim como um pássaro constrói um ninho para proteger seus filhotes, um ser humano também deve construir uma casa para proteger sua família. No caso anterior, a analogia é estabelecida entre o comportamento do pássaro e a necessidade humana de construir uma casa. A conclusão é inferida com base na suposta semelhança de proteção e cuidado entre as duas situações. Entretanto, existem diferenças significativas entre seres humanos e pássaros, suas necessidades, capacidades e contextos de vida. Portanto, a validade dessa analogia pode ser questionada. Ao avaliar um argumento baseado na analogia, é fundamental analisar semelhanças e diferenças entre os casos comparados, bem como a relevância dessas 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 38/47 semelhanças para a conclusão que está sendo inferida. Em resumo, a ideia central aqui é compreender como a analogia é utilizada como forma lógica de argumento indutivo. Por meio da identificação de semelhanças relevantes entre casos comparados e da consideração cuidadosa das diferenças, podemos avaliar a força e a validade de um argumento baseado na analogia. Argumento por autoridade Neste vídeo, veremos que argumento de autoridade é usado para dar credibilidade a um discurso. Apesar disso, especialistas podem cometer erros, portanto é necessário sabermos avaliar criticamente as afirmações. O argumento por autoridade explora uma forma de argumento indutivo cuja conclusão é baseada na autoridade ou expertise de uma “fonte confiável”. Aqui, acredita-se que a pessoa ou instituição com conhecimento especializado em determinado assunto possui credibilidade e, portanto, suas afirmações devem ser consideradas verdadeiras ou altamente prováveis. É frequentemente utilizado em áreas como ciência, medicina, direito, política, entre outras em que a opinião e o conhecimento de especialistas são fundamentais para embasar decisões e crenças. Ao utilizar o argumento por autoridade, é importante considerar a reputação e a expertise da fonte em questão. Quanto maior for o conhecimento e a experiência da pessoa ou instituição em relação ao assunto em discussão, maior será sua autoridade para sustentar a conclusão. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 39/47 No entanto, é necessário ter cautela ao empregar o argumento por autoridade. A autoridade não é garantia absoluta de veracidade, e nem todos os especialistas concordam entre si. Portanto, é fundamental analisar criticamente a base de conhecimento e as evidências apresentadas pela autoridade, bem como considerar possíveis conflitos de interesse ou visões enviesadas. Exemplo Suponha que um renomado cientista afirme que a vacinação é segura e eficaz com base em extensas pesquisas e evidências científicas. Nesse caso, o argumento por autoridade se baseia na expertise e no consenso científico estabelecido na comunidade científica. A conclusão é inferida com base na confiança na autoridade do cientista e na credibilidade da ciência como método confiável para obter conhecimento. Contudo, é importante ressaltar que até especialistas podem cometer erros ou ter opiniões divergentes. Portanto, é necessário avaliar criticamente as afirmações e verificar se há consenso geral entre a comunidade acadêmica ou científica antes de aceitar a conclusão baseada em um argumento por autoridade. Argumento por exemplo Neste vídeo, abordaremos o argumento por exemplo, e entenderemos como exemplos específicos podem ser usados para suportar uma generalização ou tendência mais ampla. O argumento por exemplo explora uma forma de argumento indutivo cuja conclusão é baseada em exemplos específicos que suportam uma generalização ou tendência mais ampla. Aqui, utiliza-se a ideia de que, se algo é verdadeiro em alguns casos específicos, é provável que seja verdadeiro em outros casos semelhantes. É frequentemente utilizado para sustentar afirmações sobre comportamentos, características, tendências ou ocorrências observadas na realidade. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 40/47 Ao fornecer exemplos específicos que ilustram um padrão ou uma regularidade, busca-se estabelecer uma conclusão mais geral. A força de um argumento, por exemplo, depende da representatividade, da quantidade e da relevância dos exemplos apresentados. Quanto mais exemplos relevantes e representativos forem apresentados, maior será o suporte para a conclusão geral. É necessário ter cautela ao utilizar o argumento por exemplo. Um número limitado de exemplos não é suficiente para sustentar uma generalização universal. Sempre há possibilidade de existirem exceções ou casos atípicos que não se enquadram no padrão observado. Exemplo Suponha que alguém afirme "todos os estudantes que se dedicam aos estudos alcançam boas notas". Nesse caso, o argumento por exemplo seria construído apresentando estudantes que se dedicaram aos estudos e obtiveram boas notas. Esses exemplos servem como evidência para a conclusão de que a dedicação aos estudos está relacionada ao bom desempenho acadêmico. Nem todos os estudantes que se dedicam aos estudos alcançam boas notas, pois fatores como habilidades individuais, ambiente educacional, motivação e recursos disponíveis também podem influenciar nos resultados. Portanto, é necessário considerar a variedade de circunstâncias e contextos antes de generalizar a partir de um conjunto limitado de exemplos. Em resumo, essa estrutura de argumento nos permite compreender como exemplos específicos podemser utilizados para sustentar uma generalização ou tendência mais ampla. Ao utilizar esse tipo de argumento, é importante apresentar exemplos relevantes e representativos, além de considerar possíveis exceções e contextos específicos que possam influenciar os resultados. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 41/47 Duas falácias importantes Neste vídeo, vamos explicar e exemplificar a falácia da afirmação do consequente e a falácia da negação do antecedente. Falácia da a�rmação do consequente Ocorre quando alguém afirma erroneamente que, se uma determinada consequência ocorre, então a condição antecedente também deve ser verdadeira. Essa afirmação não é válida, pois existem outras condições que podem levar à mesma consequência. É uma falácia porque, a partir do conhecimento da verdade do consequente, não podemos deduzir a veracidade do antecedente. Observe a seguir o exemplo. p → q q2 p P1 Se João for um bom estudante, ele passará no exame. P2 João passou no exame. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 42/47 Essa afirmação é falaciosa, pois existem outras razões pelas quais João pode ter passado no exame, além de ser um bom estudante. Falácia da negação do antecedente Ocorre quando alguém erroneamente nega o antecedente de uma condicional e, com base nessa negação, conclui que o consequente também é negado. Essa inferência não é válida, pois, mesmo que o antecedente seja falso, o consequente ainda pode ser verdadeiro. Observe a seguir o exemplo. C Portanto, ele é um bom estudante. p → q ∼ p ∼ q P1 Se chover, a grama ficará molhada. P2 Não está chovendo. C Portanto, a grama não ficará molhada. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 43/47 Essa afirmação é falaciosa, pois, mesmo que não esteja chovendo, existem outras maneiras pelas quais a grama pode ficar molhada, como ser regada com uma mangueira. É importante reconhecer essas falácias para evitar erros lógicos em nossos argumentos e raciocínios. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Leia atentamente o seguinte argumento e identifique sua forma lógica (generalização, analogia, argumento por autoridade, argumento por exemplo). Em seguida, avalie se o argumento é forte ou fraco e escolha a alternativa correta. "Todos os cães que conheci são brincalhões. Portanto, todos os cães são brincalhões." Parabéns! A alternativa A está correta. No argumento apresentado, o autor utiliza a experiência pessoal de ter conhecido cães brincalhões para generalizar e afirmar que todos os cães são brincalhões. O argumento é considerado forte, pois se baseia em uma amostra relevante de cães conhecidos pelo autor. A Generalização – Forte. B Analogia – Forte. C Argumento por autoridade – Forte. D Argumento por exemplo – Forte. E Analogia – Fraco. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 44/47 No entanto, o argumento poderia ser enfraquecido caso houvesse evidências contrárias, ou seja, se o autor tivesse conhecido cães que não fossem brincalhões. Mas, com base nas informações fornecidas, o argumento é considerado forte. Questão 2 Leia atentamente o seguinte argumento e identifique sua forma lógica (generalização, analogia, argumento por autoridade, argumento por exemplo). Em seguida, avalie se o argumento é forte ou fraco e escolha a alternativa correta. "Assim como as plantas precisam de luz solar para crescer, os seres humanos também precisam de luz solar para se manterem saudáveis." Parabéns! A alternativa B está correta. O argumento não estabelece uma comparação relevante entre as necessidades de luz solar das plantas e dos seres humanos. Embora ambos possam se beneficiar da exposição à luz solar, as necessidades e os processos biológicos envolvidos são diferentes. A analogia não é suficientemente forte para suportar a conclusão. A Generalização – Forte. B Analogia – Fraco. C Analogia – Forte. D Argumento por autoridade – Forte. E Argumento por exemplo – Fraco. 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 45/47 Considerações �nais Exploramos princípios fundamentais da lógica aplicados e desenvolvemos habilidades essenciais para análise e avaliação de argumentos lógicos. Vimos diferentes aspectos da lógica, desde a estrutura de um argumento até a aplicação de regras de inferência. Aprendemos a identificar a estrutura lógica de um argumento, distinguir argumentos válidos de não válidos e compreender as diferenças entre argumentos dedutivos e indutivos. Exploramos também formas lógicas comuns de argumentos, como o modus ponens e o modus tollens, e aprendemos estratégias para avaliar a validade de um argumento. Aprofundamos nosso conhecimento sobre o conceito de validade lógica e estudamos regras de inferência válidas. Com base em princípios lógicos, desenvolvemos habilidades para avaliar a força dos argumentos dedutivos e aplicar estratégias de avaliação. Exploramos diferentes formas de argumentação (generalização, analogia, argumento por autoridade e argumento por exemplo), vimos como podem ser utilizadas na prática e avaliamos sua força na construção de uma argumentação convincente. Trabalhamos com exemplos e exercícios que nos ajudaram a aplicar os conceitos aprendidos e a desenvolver habilidades práticas de análise e avaliação de argumentos. Reforçamos a importância de uma abordagem lógica e crítica no processo de tomada de decisão, na resolução de problemas e na análise de informações. Esse conhecimento em raciocínio lógico é valioso tanto no âmbito acadêmico quanto profissional. Ele nos capacita a identificar a validade dos argumentos que encontramos no nosso dia a dia, a construir argumentos sólidos e a tomar decisões fundamentadas em bases racionais. Explore + Veja em Como vencer um debate sem precisar ter razão o receituário de precauções que Schopenhauer oferece contra a argumentação 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 46/47 desonesta, ensinando a reconhecer e desmontar as artimanhas do debatedor capcioso. Antony Weston e David Morrow têm um portal com vários conteúdos sobre a publicação A Workbook for Arguments: A Complete Course in Critical Thinking. Veja em The Nature and Functions of Critical & Creative Thinking (Thinker's Guide Library) como Richard Paul e Linda Elder promovem o ensino simultâneo de diferentes tipos de pensamento, explorando suas inter-relações como entendimentos essenciais na aprendizagem. Em "Validity and Soundness", capítulo do livro A Brief Introduction to Philosophy, Yoni Porat discute conceitos de validade e solidez no raciocínio dedutivo, explorando suas diferenças e sua importância na avaliação de argumentos. Acesse a Stanford Encyclopedia of Philosophy, excelente fonte de informações sobre uma ampla gama de tópicos filosóficos. O site oferece artigos acadêmicos e revisados por especialistas que exploram conceitos, teorias e debates na área da lógica. Referências COPI, I. M.; COHEN, C. Introdução à lógica. São Paulo: Mestre Jou, 2002. HURLEY, P. J. A concise introduction to logic. Boston: Cengage Learning, 2017. SAMPAIO, C. A. A.; MARTINS, G. A. Lógica de argumentação: um guia para o estudante. São Paulo: Atlas. 2017. TARSKI, A. Introduction to logic and to the methodology of deductive sciences. Oxford: Oxford University Press. 1994. VENN, J. The principles of empirical or inductive logic. Oxfordshire: Routledge. 2018. Material para download 12/03/2024, 13:39 Raciocínio lógico https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212ge/07792/index.html# 47/47 Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formatoPDF. Download material O que você achou do conteúdo? Relatar problema javascript:CriaPDF()
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