Prévia do material em texto
Capítulo 12224 Resolução: Sejam P 1 (x 1 ) e P 2 (x 2 ) os dois pontos de potencial nulo mencionados no problema. Inicialmente tra- balharemos com o ponto P 1 . B 6,0 – x 1 x 1 6,0 A Q A Q B P 1 V A1 = K · Q A x 1 ; V B1 = K · Q B (6,0 – x 1 ) V res P 1 = V A1 + V B1 = 0 K Q A x 1 + Q B (6,0 – x 1 ) = 0 ⇒ Q A x 1 = Q B x 1 – 6,0 Sendo: Q A = –1,0 μC e Q B = +2,0 μC, vem: –1,0 x 1 = 2,0 x 1 – 6,0 6,0 – 1,0x 1 = 2,0x 1 6,0 = 3,0x 1 ⇒ x 1 = 2,0 m Observação: entre A e B o único ponto de poten- cial nulo é o ponto P 1 , pois obtivemos uma equa- ção de 1o. grau em x que nos forneceu uma única raiz. No entanto, o enunciado do exercício fala em dois pontos. Onde estará o ponto P 2 ? A única solução é procurá-lo do lado externo do segmento AB. Certamente mais próximo da carga de menor módulo. Assim, ele estará à esquerda de A, e sua abscissa será negativa. B x 6,0 + | x 2 | | x 2 | AP 2 V A2 = K · Q A |x 2 | V B2 = K · Q B 6,0 + |x 2 | Usamos o módulo, pois trata-se de uma distância: V res P 2 = V A2 + V B2 = 0 K Q A |x 2 | + Q B 6,0 + |x 2 | = 0 ⇒ ⇒ Q A |x 2 | + Q B 6,0 + |x 2 | = 0 ⇒ Q B 6,0 + |x 2 | = –Q A |x 2 | Sendo: Q A = –1,0 μC e Q B = +2,0 μC, vem: 2,0 6,0 + |x 2 | = 1,0 |x 2 | ⇒ ⇒ 2,0|x 2 | = 6,0 + 1,0|x 2 | ⇒ 1,0|x 2 | = 6,0 Sendo x 2 < 0, vem: x 2 = –6,0 m Exercícios de Reforço 42. Na figura temos um triângulo retângulo ABC, de catetos 5,0 cm e 12 cm. Sobre o vértice A colocou-se uma carga Q 1 = +5,0 nC. Sobre B foi posta uma segunda carga Q 2 . Resultou em C um potencial nulo. Logo: a) Q 2 = +13 nC b) Q 2 = –13 nC c) Q 2 = +12 nC d) Q 2 = –12 nC e) Q 2 = –5,0 nC A 5,0 cm 12 cm C B 43. Sobre uma reta r fixaram-se duas pequenas esferas eletrizadas com cargas elétricas +Q e –Q, tal que a distância entre elas fosse igual a 2d. A constante eletrostática do meio é K. No ponto médio M do segmento formado pelas duas esferinhas, traçou-se a reta mediatriz. Tomou-se um ponto P sobre a reta mediatriz, tal que a distância PM = d. +Q –Q M r P O potencial elétrico resultante em P vale: a) zero c) 2KQ 2d e) 4 2KQ d b) 2KQ d d) 2KQ d Il u St r A ç õ eS : ZA Pt 41. No eixo x da figura fixaram-se duas cargas pun- tiformes Q 1 = +1,0 μC e Q 2 = –2,0 μC, respecti- vamente, nas abscissas x 1 = 0 e x 2 = 3,0 cm. Q 1 = +1,0 μC Q 2 = –2,0 μC x 2 = 3,0x 1 = 0 x (cm) Determine: a) a abscissa de um ponto P 1 entre as cargas, tal que o seu potencial seja nulo; b) a abscissa de um ponto P 2 à esquerda de Q 1 , tal que seu potencial seja nulo. Potencial elétrico 225 44. Na figura foram fixadas duas cargas puntiformes: Q 1 = –3,0 μC e Q 2 desconhecida. Sabe-se que na origem do sistema o potencial é nulo. O meio é o vácuo e é dada a constante eletrostática: K 0 = 9,0 ∙ 109 V · m/C. 0 x (m) y (m) Q 2 Q 1 y 2 = 4,0 x 1 = 3,0 Determine: a) o valor da carga Q 2 ; b) o módulo do campo elétrico resultante na origem do sistema. 45. No triângulo equilátero, de lado a, foram coloca- das, em seus vértices, três cargas elétricas: +Q; +Q; –2Q. Estando o sistema no vácuo, determine o poten- cial resultante no baricen- tro G. No vácuo se conhece a constante K 0 da Lei de Coulomb. 46. Observe a figura. A B D y x C O q 1 > 0q 2 < 0 Duas cargas elétricas pontuais, q 1 = 1,0 ∙ 10–8 C e q 2 = –2,0 · 10–8 C, encontram-se fixas no vácuo, respectivamente, no ponto O e no ponto A. O ponto O é o centro de uma circunferência, de raio 10 cm, e os pontos A, B, C e D pertencem à circunferência. Dado: K 0 = 9,0 ∙ 109 N · m2 · C–2. Considere desprezíveis as ações gravitacionais. a) Calcule o potencial elétrico que as cargas q 1 e q 2 criam no ponto B. b) Uma terceira carga elétrica q 3 = 3,0 ∙ 10–12 C, suposta pontual, descreve o arco BCD. Qual é o trabalho realizado, neste deslocamento, pela força elétrica que atua na carga elétrica q 3 devi- do à ação das cargas elétricas q 1 e q 2 ? Justifique. 47. Na figura temos um quadra- do cuja diagonal mede 2d. O meio tem constante eletros- tática K. Nos vértices foram colocadas cargas elétricas positivas de valor +Q. Determine, em função de Q, d e K: a) o potencial elétrico resultante no centro O do quadrado; b) o módulo do campo elétrico resultante no centro O do quadrado. 48. (UPE-PE) Na figura, considere o campo elétrico originado por duas cargas puntiformes Q 1 = 8,0 μC e Q 2 = –8,0 μC. Adote: d = 8,0 cm. Dado: constan- te eletrostática no vácuo K 0 = 9,0 · 109 N · m2/C2. Q 1 Q 2 D d A B C d d 4 d 4 d 4 d 4 Assinale (V) verdadeiro ou (F) falso. I. O módulo de energia potencial elétrica do sistema das duas cargas vale 7,2 J. II. O potencial elétrico no ponto A vale 2,4 ∙ 106 V. III. O potencial elétrico no ponto B e o potencial elétrico no ponto D são nulos. IV. O trabalho da força elétrica sobre uma carga q = 2,0 ∙ 10–9 C que se desloca do ponto D ao ponto A vale 2,4 ∙ 10–3 J. 49. (UCSal-BA) Considere uma carga puntiforme positiva Q, fixa na origem O de um sistema de eixos cartesianos, e dois pontos A e B desse plano, como mostra a figura. No ponto B o vetor e o campo elétrico têm intensidade E e o poten- cial elétrico é V. 0 Q 5 10 A x y 5 B No ponto A, os valores dessas grandezas serão, respectivamente: a) E 4 e V 2 c) E e V e) 4E e 2V b) E 2 e V 2 d) 2E e 2V Il u St r A ç õ eS : ZA Pt C G aa a BA +Q +Q +Q +Q O Capítulo 12226 V 1 V 2 V 3 Figura 15. Família de super- fícies equipotenciais V 1 , V 2 e V 3 . 8. Superfícies equipotenciais Denomina-se superfície equipotencial, ou superfície de nível, o lugar geométri- co dos pontos que apresentam um mesmo potencial elétrico. Geralmente, nas representações de campos elétricos usa-se uma “família” de superfí- cies equipotenciais, cada uma correspondendo a determinado valor de potencial (fig. 15). Consideremos uma carga puntiforme Q, em repouso, gerando um campo elétrico cujas linhas de força estão representadas na figura 16a. Em cada ponto da região que a envolve, o potencial elétrico é dado por: V = K · Q d Se fixarmos uma distância d = r 1 e tomarmos todos os pontos do espaço em torno de Q, correspondentes a essa distância, geraremos uma superfície esférica de raio r 1 e centro em Q (fig.16b). Se fixarmos d = r 2 > r 1 e depois d = r 3 > r 2 e assim por diante, geraremos novas superfícies esféricas, concêntricas, com centro em Q, constituindo uma família de superfícies equipotenciais (fig.16c). Q + (a) r 1 Q superfície equipotencial (b) Q r 1 r 2 r 3 (c) Figura 16. Exemplo 8 q A B Figura 17. Uma carga puntiforme é deslocada numa superfície equipotencial entre os pontos A e B. Il u St r A ç õ eS : ZA Pt Propriedades das superfícies equipotenciais 1a. ) O trabalho da força elétrica durante o deslocamento de uma carga elétrica puntiforme sobre uma superfície equipotencial é nulo. Para demonstrá-la, basta deslocar uma carga puntiforme q em uma trajetória qualquer AB, contida numa superfície equipotencial (fig. 17). O trabalho da força elétrica será: ö AB = q ∙ (V A – V B ) Como V A = V B , concluímos que ö AB = 0.