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224 UNIDADE 1 | TERMOLOGIA 40. Uma placa metálica de dimensões 10 cm 3 3 20 cm 3 0,5 cm tem em seu centro um furo cujo diâmetro é igual a 1,00 cm quando a placa está à temperatura de 20 8C. O coeficiente de di- latação linear do metal da placa é 20 ? 1026 8C21. Quando a temperatura é de 520 8C, a área do furo: a) aumenta 1%. b) diminui 1%. c) aumenta 2%. d) diminui 2%. e) não se altera. 41. (UFSE) Uma placa re- tangular de ferro pos- sui, a 20 8C, dimensões de 20 cm 3 10 cm e um furo central, circular, de raio 2,5 cm. Na mesma temperatura de 20 8C, dispõe-se de duas esferas, uma de ferro e outra de zinco, ambas com diâmetro de 5,0 cm. Sabendo que os coeficien- tes de dilatação linear do ferro e do zinco valem, respectivamente, 1,2 ? 1025 8C21 e 3,0 ? 1025 8C21, analise as afirmações que seguem. 0 – Aquecendo a placa de ferro a 70 8C ela sofre uma dilatação superficial de 0,12 cm2. 1 – Aquecendo a placa de ferro a 70 8C o furo sofre uma contração de aproximadamente 0,09 cm2. 2 – Aquecendo as esferas a 70 8C, seus diâmetros passam a ter uma diferença de 4,5 ? 1023 cm. 3 – Aquecendo a placa e as esferas a 70 8C, ape- nas a esfera de ferro passa pelo furo. 4 – Resfriando a placa e as esferas a 0 8C, as duas esferas passam pelo furo. 42. (UPM-SP) Um cubo regular homogêneo de ares- ta 20,0 cm está inicialmente a 20,0 8C. O coefi- ciente de dilatação linear médio do material com que foi fabricado é 2,0 ? 1025 8C21. Aquecendo-se uniformemente o cubo com uma fonte de calor constante durante 50,0 s, a temperatura se eleva para 120,0 8C. A dilatação ocorrida em uma das superfícies do cubo é a) 4,00 ? 1021 cm2 b) 8,00 ? 1021 cm2 c) 12,0 ? 1021 cm2 d) 16,0 ? 1021 cm2 e) 20,0 ? 1021 cm2 43. Ao aquecermos um sólido de 20 8C a 80 8C, observamos que seu volume experimenta um aumento correspondente a 0,09% em relação ao volume inicial. Qual é o coeficiente de di- latação linear do material de que é feito o sólido? E.R. Resolução: O volume inicial V0 corresponde a 100% e a variação de volume DV, a 0,09%. Assim, po- demos escrever a relação: D 5V 0,09V 100 0 Como: DV 5 V0gDu então: 0,09V 100 0 5 V0gDu Mas g 5 3a. Portanto: 0,09 100 5 3a(80 2 20) a 5 5 ? 1026 oC21 44. (UFJF-MG) O gráfico mostra a variação do compri- mento , da aresta de um cubo em função da tem- peratura T. Quando a temperatura varia de 0 8C a 100 8C, o volume do cubo deve variar de: a) 3,0 cm3 b) 2,0 cm3 c) 5,0 cm3 d) 6,0 cm3 e) 1,0 cm3 45. Uma barra de estanho tem a forma de um prisma reto de 4,0 cm2 de área da base e 1,0 m de com- primento, quando na temperatura inicial de 68 8F. Sabendo que o coeficiente de dilatação linear do estanho é igual a 2,0 ? 1025 8C21, determine o com- primento e o volume dessa barra quando ela atinge a temperatura de 518 8F. 46. (UPM-SP) Uma chapa metálica de área 1 m2, ao sofrer certo aquecimento, dilata 0,36 mm2. Com a mesma variação de temperatura, um cubo de mes- mo material, com volume inicial de 1 dm3, dilatará: a) 0,72 mm3 b) 0,54 mm3 c) 0,36 mm3 d) 0,27 mm3 e) 0,18 mm3 47. (UPM-SP) Uma esfera de certa liga metálica, ao ser aquecida de 100 8C, tem seu volume aumen- tado de 4,5%. Uma haste dessa mesma liga me- tálica, ao ser aquecida de 100 8C, terá seu com- primento aumentado de: a) 1,0%. b) 1,5%. c) 2,0%. d) 3,0%. e) 4,5%. 10,00 0 50 10,01 , (cm) T (¼C) R e p ro d u ç ã o / A rq u iv o d a e d it o ra R e p ro d u ç ã o /A rq u iv o d a e d it o ra 2CONECTEFis_MERC18Sa_U1_Top6_p208a235.indd 224 7/7/18 2:16 PM 225TÓPICO 6 | DILATAÇÃO TÉRMICA DOS SÓLIDOS E DOS LÍQUIDOS 6. Dilatação térmica dos líquidos Um líquido, devido às suas características, precisa estar no interior de um recipiente sólido para que possamos determinar seu volume. Assim, podemos estudar o que ocorre com o volume de um líquido, no aqueci- mento ou no resfriamento, se ele estiver em uma proveta graduada, por exemplo. Imaginemos um recipiente de vidro transparente, graduado corretamente em cm3, a uma temperatura u0. Um líquido, também à temperatura u0, é colocado no interior desse frasco até a marca de 10 cm3. Como o frasco foi graduado corretamente a essa tempera- tura u0, podemos dizer com certeza que o recipiente contém 10 cm 3 de líquido. Agora, aquecendo o conjunto frasco- -líquido até uma temperatura u (u . u0), notamos que o líquido atinge a marca de 11 cm3. Qual foi a dilatação sofrida por esse lí- quido? À primeira vista, pode-se pensar que o líquido dilatou 1 cm3. Mas será que foi 1 cm3 mesmo? Na realidade, es se líquido dilatou mais do que 1 cm3, pois, como o frasco também dilatou, entre duas marcas con- secutivas da graduação do frasco temos agora uma capacidade maior do que 1 cm3. Assim, à temperatura u, temos o líquido ocupando 11 unidades da gra- duação do frasco, sendo que cada unidade corresponde a um volume maior do que 1 cm3. Daí termos mais de 11 cm3 de líquido e, em consequência, uma dila- tação real maior do que 1 cm3. Lembre-se de que esse problema é inevitável, já que o líquido tem de estar no interior de um frasco sólido, que também dilata. É por isso que se observam dois tipos de dilatação para os líquidos: uma real (que não depende do frasco) e outra aparente (afetada pela dilatação do frasco). Em líquidos, só existe interesse no estudo da dilatação volumétrica, que é regida pela mesma equação da dilatação volumétrica dos sólidos: V 5 V0(1 1 gDu) Os coeficientes de dilatação real dos líquidos são, em geral, maiores do que os dos sólidos. Veja, na tabela ao lado, os coeficientes de dilatação real de alguns líquidos: Para entendermos melhor as dilatações real e aparente, consideremos um frasco totalmente cheio com um líquido. Ao aquecermos o conjunto, notamos que ocorre um extravasamento parcial do líquido. Bloco 3 Água no interior de uma proveta graduada. O volume da água é lido na escala. cm3 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 cm3 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 u 0 u . u 0 * Por volta de 20 8C. Fonte: <www.engineeringtoolbox.com/cubical-expansion-coefficients-d_1262.html>. Acesso em: 20 jun. 2018. B a n c o d e i m a g e n s /A rq u iv o d a e d it o ra C ri s ti n a X a v ie r/ A rq u iv o d a e d it o ra Líquido greal ( 8C 21) Éter 16,0 ? 1024 Álcool etílico 10,9 ? 1024 Petróleo 10,0 ? 1024 Glicerina 5,08 ? 1024 Água* 2,14 ? 1024 Mercúrio 1,8 ? 1024 2CONECTEFis_MERC18Sa_U1_Top6_p208a235.indd 225 7/7/18 2:16 PM 226 UNIDADE 1 | TERMOLOGIA Note que após o aquecimento o recipiente continua cheio. A quantidade de líquido extravasado representa a aparente dilatação do líquido, pois o recipiente também dilatou, au- mentando sua capacidade. Assim, a dilatação real do líquido corresponde à variação da capacidade do frasco mais o volume do líquido extravasado: DVreal 5 DVfrasco1 DVaparente Entretanto, DV 5 V0gDu; como, no início, o volume real do líquido é igual ao aparente e, ainda, igual à capacidade do frasco, temos: V0grDu 5 V0gfDu 1 V0gaDu Daí: gr 5 gf 1 ga O coeficiente de dilatação real do líquido é igual à soma do seu coeficiente de dilatação aparente com o coeficiente de dilatação do frasco que o contém. Observemos que a dilatação real depende somente do líquido, enquanto a dilatação aparente depende também do frasco em que foi medida. Um mesmo líquido apresenta dilatações aparentes diferentes quando medidas em dois fras- cos de materiais diferentes, pois o frasco que dilata menos provoca maior extra- vasamento e maior dilatação aparente. 7. Temperatura e massa específica Vamos agora observar a influência da temperatura na massa específica de uma substância. Define-se massa específica ou densidade absoluta (m) de uma substância como o quociente de sua massa (m) pelo respectivo volume (V ): µ 5 m V Com a variação de temperatura, a massa da substância considerada permaneceinalterada, porém seu volume varia, o que provoca alteração em sua massa específica. Assim, a uma temperatura u0, temos: m 5 m V0 0 ⇒ m5 m0V0 (I) À temperatura u, temos, para a densidade da substância: m 5 m V ⇒ m 5 mV (II) Igualando (I) e (II), podemos escrever: m0V0 5 mV (III) Substituindo em (III) a expressão da dilatação volumétrica: V 5 V0(1 1 gDu) Obtemos: m0V0 5 mV0(1 1 gDu) m0 5 m(1 1 gDu) m 5 m 1 gDu(1 ) 0 Observe, na relação, que a massa específica de um líquido diminui com o au- mento da temperatura. u 0 u ladr‹o B a n c o d e i m a g e n s / A rq u iv o d a e d it o ra 2CONECTEFis_MERC18Sa_U1_Top6_p208a235.indd 226 7/7/18 2:16 PM