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Tópico 2 - Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais

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Insumos para a produção de flores e 
plantas ornamentais
Apresentação
A floricultura é uma atividade agrícola em constante expansão. No Brasil, o mercado de flores e 
plantas ornamentais vem ganhando cada vez mais importância econômica. Na base do mercado, 
são encontradas as empresas de insumos, que garantem adubos, defensivos, substratos e 
equipamentos para o setor florífero.
Com os avanços tecnológicos e experimentais na área, o mercado é desenvolvido rapidamente. 
Assim como as pesquisas, atualmente existem dados científicos que demonstram a melhor opção 
de substrato, bem como o melhor defensivo e os manejos a serem utilizados no setor. Além disso, 
no mercado são encontradas novas embalagens prontas para uso no plantio ou com material 
biodegradável. Esses exemplos demonstram uma tecnologia capaz de diminuir as perdas no setor e 
o interesse no meio ambiente.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá os setores envolvidos na produção de insumos 
para plantas ornamentais. Além disso, verá como ocorre a produção de mudas, bulbos e sementes, 
bem como as novidades do setor de substratos e embalagens.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Descrever o papel da produção de insumos para a floricultura e o paisagismo.•
Explicar a produção de mudas, sementes e bulbos.•
Identificar o processo de produção de substratos e embalagens.•
Desafio
O mercado brasileiro de flores e plantas ornamentais vem ganhando cada vez mais importância 
econômica. Entre as flores e plantas ornamentais produzidas está o amor-perfeito (Viola tricolor L.), 
utilizada principalmente no Sul do Brasil em bordaduras de canteiros e como forração.
Pensando nas condições de semeadura, responda:
a) Quais são as principais características do substrato a ser escolhido?
b) Quais são os principais tipos de substratos para a produção de mudas?
c) Nessas condições, qual substrato apresentaria o melhor custo-benefício?
Infográfico
A propagação vegetativa, também conhecida como “método assexuado de propagação”, é 
caracterizada pela utilização de partes da planta para a formação de clones, podendo ser realizada 
por estaquia, enxertia, mergulhia, encostia, divisão de rizomas, bulbos e touceiras. É um dos 
métodos mais utilizados na propagação de plantas ornamentais por ser simples, rápido e de baixo 
custo. A multiplicação por estaca proporciona plantas mais resistentes.
Neste Infográfico, você vai ver os principais tipos de estaquia realizados na propagação de plantas 
ornamentais.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/2e8faac2-3746-4049-a38f-18fd1cf31913/5c2b01d9-dadf-4a90-bebd-25f2442cc452.png
Conteúdo do livro
A cadeia produtiva da floricultura pode ser dividida em “antes da fazenda”, “na fazenda” e “depois 
da fazenda”. No elo “antes da fazenda” estão todas as atividades e empresas que garantem insumos 
e equipamentos para a produção, ou seja, substratos, sementes, bulbos, adubos, defensivos, 
embalagens, estufas e demais insumos e equipamentos. Esse mercado é a base para a produção e a 
multiplicação de flores e plantas ornamentais, cujos valores arrecadados são majoritariamente pela 
venda de mudas, sementes e bulbos, substratos, embalagens, adubações, estufas e equipamentos 
de irrigação e fertirrigação.
No capítulo Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais, base teórica desta Unidade 
de Aprendizagem, você vai conhecer a importância da produção de insumos para plantas 
ornamentais. Além disso, vai identificar características fundamentais do processo de produção de 
mudas, bulbos, sementes, substratos e embalagens. 
Boa leitura.
FLORICULTURA E 
PAISAGISMO 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Descrever o papel da produção de insumos para a floricultura e o paisagismo.
 > Explicar a produção de mudas, sementes e bulbos.
 > Identificar o processo de produção de substratos e embalagens.
Introdução
O cenário da floricultura brasileira está em expansão desde a última década, em 
decorrência de melhores indicadores socioeconômicos, da expansão da cultura 
do consumo e da evolução nos sistemas de distribuição dos produtos do setor 
(JUNQUEIRA; PEETZ, 2005). Desde os anos 1970, a produção de mudas passou a 
ser considerada atividade industrial, favorecida por modernas tecnologias que 
automatizaram algumas atividades rotineiras (KÄMPF, 2005). Mudas de plantas 
ornamentais para jardim e paisagismo ocupam a maior área entre todos os 
segmentos considerados, somando cerca de 2,6 mil hectares. Seu crescimento 
se deve à conscientização dos produtores pela obtenção de mudas com maior 
potencial produtivo (NEVES; PINTO, 2015). 
A produção de mudas movimenta um setor-base da cadeia produtiva da flori-
cultura, setor que movimentou em torno de R$ 1,3 bilhões em 2014, considerando 
insumos como substratos, sementes, bulbos, adubos, defensivos, embalagens, 
Insumos para a 
produção de flores e 
plantas ornamentais
Carine Rusin
estufas, etc., e equipamentos a serem utilizados para essa produção (NEVES; 
PINTO, 2015).
Neste capítulo, vamos explicar quais são os setores envolvidos na produção de 
insumos para plantas ornamentais e como ocorre a produção de mudas, bulbos 
e sementes. Além disso, vamos apresentar as novidades do setor de substratos 
e embalagens.
Mercado de insumos para plantas 
ornamentais
A produção de insumos, equipamentos e investimentos essenciais para a 
floricultura são constituintes do elo “antes das fazendas”, ou seja, o que 
é necessário para iniciar a produção de plantas ornamentais. O grupo de 
empresas de insumos engloba aquelas que produzem mudas, bulbos e se-
mentes, substratos, adubos e fertilizantes, produtos de controle biológico, 
utensílios para poda e colheita, vasos e embalagens. Nesse grupo, ainda 
consideramos empresas que produzem equipamento de proteção individual 
(EPI), concessionárias de fornecimento de energia elétrica e água, e empresas 
de combustível.
A principal característica dessas empresas é a perecibilidade: os mate-
riais não são reaproveitados nos diversos anos de cultivo, sendo necessário 
adquiri-los novamente em cada ciclo produtivo. As empresas fornecedoras 
de insumo para a cadeia produtiva de flores e plantas ornamentais tiveram 
um faturamento de aproximadamente R$ 855 milhões em 2014, equivalente 
a 66% do valor do elo “antes das fazendas” (NEVES; PINTO, 2015).
Nesse seguimento, as empresas produtoras de mudas, sementes e bulbos 
faturaram um valor estimado de R$ 248 milhões no ano de 2014, montante 
que representa 19% da movimentação financeira no elo “antes das fazendas”. 
Se considerarmos somente o grupo de empresas de insumos, esse valor 
representa 29% da movimentação financeira (Quadro 1). Segundo Neves e 
Pinto (2015), nesses valores, não estão contabilizados aqueles referentes 
aos produtores que obtêm suas plantas via extrativismo e royalties pagos a 
algumas espécies, uma vez que o setor de sementes e mudas floríferas brasi-
leiro é dominado pela presença de empresas multinacionais e que o material 
genético básico é obtido e importado de breeders e empresas, principalmente 
da Holanda, do Japão, dos Estados Unidos e da Alemanha, países onde a 
indústria de produção de híbridos tem importância econômica no mercado 
internacional de flores e plantas ornamentais (JUNQUEIRA; PEETZ, 2005).
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais2
Quadro 1. Faturamento de empresas de insumos para floricultura no ano 
de 2014
Empresas de insumo Faturamento em 2014 (R$) %
Mudas, sementes e 
bulbos 248.551.116 29,04
Substrato 171.109.632 19,99
Adubos e fertilizantes 82.623.708 9,65
Defensivos 30.713.865 3,59
Controle biológico 3.326.540 0,39
Utensílios de poda e 
colheita 3.277.093 0,38
Equipamentos de 
proteção individual 3.574.900 0,42
Vasos 152.310.805 17,79
Embalagens 98.829.070 11,55
Concessionárias e 
empresas ligadas ao 
fornecimentode água
4.774.083 0,56
Combustíveis para 
aquecimento 24.334.833 2,84
Concessionárias de 
energia elétrica 32.529.775 3,80
Total do faturamento 
de insumos 855.955.420 100
Fonte: Adaptado de Neves e Pinto (2015).
O mercado de substratos movimenta R$ 171 milhões ao ano, representando 
13% das vendas do setor. Quanto aos adubos e fertilizantes, independente-
mente da forma do produto (granulados, solução, solúvel, etc.), o valor de 
venda aos produtores no ano de 2014 alcançou R$ 83 milhões, 6% do segmento 
(NEVES; PINTO, 2015). 
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais 3
As empresas de defensivos, segundo Neves e Pinto (2015), movimenta-
ram R$ 30 milhões em 2014, mas a estimativa desses autores é baseada em 
entrevistas e análise de mercado. Oficialmente, esse valor pode ser subes-
timado, uma vez que, devido à falta de produtos registrados para as plantas 
ornamentais, os produtores necessitam utilizar produtos registrados para 
outras culturas. Atualmente, contamos com leis especificas para minor crops, 
culturas que não apresentam atratividade econômica para a pesquisa privada 
no desenvolvimento de pesticidas, facilitando a disponibilidade de produtos 
para elas sobretudo no controle de pragas e tornando o mercado mais formal. 
O controle biológico também tem crescido consideravelmente, em especial 
por produtores agroecológicos e os demais que buscam reduzir os efeitos 
ambientais negativos. O mercado de produtos biológicos movimentou um 
valor estimado de R$ 3 milhões no ano de 2014, representando cerca de 10% 
do valor total gasto com os defensivos químicos (NEVES; PINTO, 2015).
Em geral, na floricultura, são empregadas diversas tecnologias, mas, ainda 
assim, ela demanda muito trabalho manual, pois a mecanização é custosa e 
pode diminuir a qualidade do produto, principalmente no que se refere ao 
manejo de plantas e à colheita. Portanto, os produtores necessitam adquirir 
utensílios, como os de poda e colheita, de modo que as empresas dessa área 
apresentaram um faturamento estimado de R$ 3 milhões em 2014 (NEVES; 
PINTO, 2015).
Para o transporte de plantas, há necessidade de embalagens próprias. 
Para plantas inteiras, os vasos são essenciais, podendo ser de plástico, 
de barro, de concreto, entre outros materiais, e são comercializados em 
diversos tamanhos. A indústria de vasos e potes utilizados pelos produtores 
faturou R$ 152 milhões no ano de 2014. Os vasos são embalagens primárias, 
utilizadas diretamente no produto, mas também há as embalagens secun-
dárias, com a função de embalar os produtos que já possuem embalagem. 
No mercado, há diversos tipos de embalagens que se destinam para os dife-
rentes segmentos de flores e plantas ornamentais, como as embalagens para 
maços de flores de corte, embalagens para vasos, bandejas de papel para 
acomodar vasos, embalagens para raízes de palmeiras ou plantas ornamentais 
em vasos. Nesse setor, houve faturamento estimado de R$ 98 milhões em 
2014 (NEVES; PINTO, 2015).
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais4
Por sua vez, o grupo de empresas de equipamentos e de investimento 
essenciais engloba empresas montadoras de estufas agrícolas, plásticos, 
mesas para produção, equipamentos de aquecimento, iluminação, irrigação, 
bandejas, caixarias e máquinas. Esses materiais são utilizados na produção e 
são aproveitados por mais de um ano de produção. Na maioria dos casos, têm 
vida útil de no mínimo três anos dentro da propriedade rural. Essas empre-
sas tiveram um faturamento, em 2014, de aproximadamente R$ 435 milhões 
(Quadro 2), valor que representa 34% do valor do elo “antes das fazendas”.
Quadro 2. Faturamento de empresas de equipamentos para floricultura no 
ano de 2014
Empresas de investimento 
e equipamento
Faturamento 
em 2014 (R$) %
Estufa (armação e alvenaria) 147.222.457 33,84
Plástico, telados e agrotêxteis 117.966.823 27,11
Mesas, canteiros e grades 52.124.592 11,98
Estruturas de climatização 
(aquecimento ou refrigeração) 15.495.086 3,56
Estruturas de irrigação e fertirrigação 81.873.848 18,82
Bandejas e caixarias 1.025.999 0,24
Máquinas envasadoras 13.362.575 3,07
Equipamentos de iluminação 5.994.859 1,38
Total de faturamento 435.066.239 100
Fonte: Adaptado de Neves e Pinto (2015).
Em todo o Brasil, estima-se que uma parcela entre 67% e 70% da área 
ocupada pelo cultivo de flores e plantas ornamentais, exceto gramas, seja 
conduzida a céu aberto, e que entre 28% e 30% sejam conduzidos sob a 
proteção de estufas (Figura 1). Assim, estima-se que apenas entre 3% e 5% 
sejam conduzidos a proteção de telados (JUNQUEIRA; PEETZ, 2005).
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais 5
Figura 1. Plantas sob a proteção de estufa.
Fonte: Meirelles (2015, documento on-line).
As empresas de estufas são responsáveis por construir a infraestrutura 
da estufa, constituída da armação e alvenaria. Com relação ao material, 
geralmente as estufas são produzidas com metal ou madeira, diferenciando-
-se, principalmente, pela vida útil e pela resistência às intempéries climáticas. 
O cultivo de flores e plantas ornamentais geralmente apresenta um ganho de 
produtividade quando produzido em estufa. Por esse motivo, o investimento 
nessa forma de produção é uma característica presente entre os produtores 
mais técnicos, pois permite ampliar os investimentos em outros equipamen-
tos destinados à produção. Em 2014, o faturamento dessas empresas foi de 
R$ 147 milhões, ou 11% do faturamento do elo “antes das Fazendas” (NEVES; 
PINTO, 2015).
Os plásticos, telados e outros tipos de agro têxteis (tecidos, malhas, plás-
ticos, etc.) fornecem proteção física e melhoria nas condições climáticas, 
sendo utilizadas, sobretudo, pelos produtores mais técnicos. Estima-se que 
o faturamento das empresas de plásticos e telados para estufa e demais 
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais6
agrotêxteis tenha sido de aproximadamente R$ 118 milhões no ano de 2014 
(NEVES; PINTO, 2015).
Para a produção das mudas, é necessária a utilização de mesas, canteiros 
e grades para o suporte das embalagens, principalmente dentro das estufas. 
O mercado de mesas, canteiros e grades faturou, em 2014, aproximadamente 
R$ 52 milhões, e, com embalagens para acomodação das mudas e transporte, 
bandejas e caixas, faturou-se, em 2014, em torno de R$ 1 milhão (NEVES; 
PINTO, 2015).
Outro setor muito importante para a produção de mudas de plantas 
ornamentais são as empresas de equipamentos de irrigação e fertirrigação, 
considerando empresas que contemplam os canos, tubos e conexões con-
dutores de água, motobombas, filtros, caixas d’água etc. Estima-se que as 
empresas de equipamentos de irrigação e fertirrigação tenham faturado R$ 
82 milhões em 2014 (NEVES; PINTO, 2015). Os números de demais empresas 
do setor podem ser observados no Quadro 2.
O demonstrativo financeiro apresentado é do ano de 2014. Considerando 
que os dados do Instituto Brasileiro de Floricultura, IBRAFLOR (c2018), mostram 
que toda a cadeia produtiva movimentou R$ 8,7 bilhões em 2019, consumo 
per capita de R$ 42,00 e previsão de aumento de 5% no retorno financeiro 
em 2021 em comparação com 2020, sugere-se maior rendimento no setor de 
insumos em comparação com o ano apresentado.
Bragato et al. (2018) acompanharam uma área de cultivo de orquídeas, 
na qual foram investidos R$ 8.200,00 na instalação da estufa de 100 m² 
(10m × 10m) e gastos R$ 16.808,00 para a compra de mudas e, em média, 
R$ 12.300,00 com insumos diversos. Esses valores demonstram que a distri-
buição dos valores é similar às demonstradas, com as principais arrecadações 
financeiras envolvendo mudas, sementes ou bulbos, substratos, embalagens, 
adubações, estufas e equipamentos de irrigação e fertirrigação.
Além dos custos com insumos e equipamentos, custos importantes 
envolvem a logística de distribuição. Trata-se de um setor elástico, 
que se modifica ao longo dos anos, conforme a renda, a conjuntura econô-
mica, a classe social e as datascomemorativas. Entre os processos logísticos, 
o transporte é o mais oneroso e de maior importância na cadeia produtiva 
da floricultura. Em 2008, custos com transporte corresponderam a 59,8% dos 
custos logísticos totais.
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais 7
O transporte é complexo, demandando cuidados especiais devido à delica-
deza e à perecibilidade dos produtos, que podem, com os devidos cuidados, 
ser distribuídos via encomendas expressas por meio dos serviços dos Correios. 
De fato, 4,5% das plantas de orquídeas de orquidários de Brasília são comer-
cializadas pelos Correios, via Sedex. 
Informações detalhadas sobre a logística de distribuição de flores e 
plantas ornamentais podem ser obtidas no trabalho de conclusão de curso 
“A logística do transporte e da distribuição de flores e plantas ornamen-
tais no Brasil”, de Isabella Teixeira Bonato, e no relatório “Avaliação de 
fluxo de encomendas do agronegócio das flores e plantas ornamentais na 
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em Brasília, Distrito Federal”, 
de Renato Rodrigo da Costa.
Produção de mudas, bulbos e sementes
Em geral, a produção de mudas de espécies ornamentais pode ser realizada 
pelos métodos sexuado e assexuado. O método sexuado se refere à produção 
de mudas por meio de sementes, enquanto o assexuado consiste na pro-
pagação vegetativa (partes da planta), como estaquia, enxertia, mergulhia, 
encostia, divisão de rizomas, bulbos e touceiras. Atualmente, com o avanço 
da tecnologia, muitas espécies já podem ser propagadas por meio da micro-
propagação, que é a propagação vegetativa das plantas feita em laboratório, 
sob condições controladas (WENDLING; FERRARI; GROSSI, 2002).
A semeadura pode ser realizada de forma direta ou indireta, mas a semea-
dura direta é a mais aconselhável, pois, além de facilitar a operacionalização 
do viveiro, evita danos à raiz e possíveis traumas durante o processo de 
repicagem. É utilizada, principalmente, para sementes de tamanho médio 
e grande, de fácil manipulação e que possuam uma alta porcentagem de 
germinação. Dependendo da viabilidade das sementes, são adicionadas duas 
ou mais sementes por recipiente e, após a germinação, mantém-se a plântula 
com maior vigor, podendo as demais serem repicadas para outro recipiente 
ou descartadas (SÃO PAULO, 2014).
Quando as sementes são muito pequenas, de difícil manipulação e dis-
tribuição individualizada, ou quando a germinação é irregular, utiliza-se a 
semeadura indireta. Ela pode ser realizada em recipientes de diferentes 
materiais, como, por exemplo, caixas de madeira, caixas de plástico e ban-
dejas de isopor, ou em canteiros construídos para essa finalidade no próprio 
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais8
viveiro (SÃO PAULO, 2014). Já os canteiros devem ser preenchidos com uma 
camada de material para drenagem (brita ou argila expandida) e uma camada 
de areia grossa, que pode ser misturada com substratos orgânicos, isentos 
de propágulos de espécies indesejáveis e agentes patogênicos. Além disso, 
é aconselhável que sejam suspensos para proporcionar melhores condições 
ergométricas de trabalho (SENAR, 2017). O procedimento de semeadura in-
direta é feito a lanço, sendo as sementes cobertas com uma fina camada 
de substrato peneirado. As plântulas devem ser transferidas (repicadas) 
para um recipiente definitivo, local onde as mudas serão formadas até sua 
destinação final.
A propagação vegetativa é um dos métodos mais utilizados na propaga-
ção de plantas ornamentais, sendo realizada principalmente por estaquia, 
de acordo com Costa et al. (2015), um método simples, rápido, de baixo custo, 
por meio do qual se pode obter muitas mudas a partir de um pequeno número 
de plantas matrizes. Vários fatores influenciam o sucesso da propagação por 
estaquia, destacando-se a variabilidade genética, as condições fisiológicas 
e fitossanitárias da planta-matriz e das estacas, a idade da planta-matriz, 
o tipo de estaca, a época do ano em que são coletadas, as condições ambien-
tais a que são submetidas após a estaquia e o substrato utilizado (KÄMPF, 
2005). 
Na propagação por estaquia, o uso de fitorreguladores é necessário em 
espécies com maior dificuldade de enraizamento. Esses produtos aceleram a 
iniciação radicular e aumentam o número e a qualidade das raízes formadas, 
além de uniformizar o enraizamento (BECKMANN-CAVALCANTE et al., 2014). 
As estacas devem ser manipuladas em ambientes com temperatura entre 
18 e 24°C e umidade adequada, e transferidas para substratos que possibili-
tem uma drenagem adequada do excesso de água e que mantenham o nível 
adequado de oxigênio às raízes (KÄMPF, 2005). 
As estacas são cortadas, com comprimento variando entre 2 e 10 cm, 
com três folhas apicais, utilizando utensílios bem afiados, que promovam 
cortes limpos, facilitando a cicatrização e, consequentemente, o enraiza-
mento (KÄMPF, 2005). Além disso, os utensílios devem ser periodicamente 
desinfectados em solução de limpeza, hipoclorito de sódio a 3%, por exemplo. 
Antes da renovação do matrizeiro, as estufas devem ser esterilizadas para 
eliminar possíveis fontes de inóculo de patógenos microbiológicos (FRONZA; 
HAMANN, 2015). Após cortadas, as estacas são plantadas em substrato, onde 
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais 9
permanecem por três a quatro semanas para formar um sistema radicular de 
qualidade, ou até oito semanas, como no caso do gerânio.
A propagação comercial de roseiras é realizada pelo método de 
estaquia, em que o material semilenhoso é selecionado, identifi-
cado e transportado para a estufa para o processo de enraizamento (Figura 2). 
O enraizamento pode ser facilitado de acordo com a estaca obtida, o uso de 
hormônios enraizantes e o tipo de substrato, que é muito importante para que 
ocorra o enraizamento uniforme.
Figura 2. Corte de roseiras para estaquia.
Ritter et al. (2018) testaram o enraizamento de roseiras em casca de arroz 
carbonizada, fibra de coco e substrato comercial TNGold®. As estacas foram 
cortadas com 8 cm e duas gemas, e a gema basal foi retirada para que não 
ocorresse a brotação. As estacas, então, foram submersas por cinco segundos 
em solução de 2.000 mg L–1 de IBA (ácido indol butírico) e, posteriormente, 
colocadas em bandejas com substrato e mantidas em casa de vegetação. 
A partir dos resultados, os autores concluíram que, para a roseira, os melhores 
substratos são cascas de arroz carbonizada e fibra de coco, que são, portanto, 
indicados para a propagação de rosas.
Além da estaquia de ramos, a estaquia pode ser realizada via foliar ou 
de raiz. Um exemplo de planta multiplicada pelas folhas é a violeta-africana 
(Figura 3a), e a papoula-oriental é um exemplo de propagação por raiz. 
A violeta-africana pode ser multiplicada por sementes quando se visa à ob-
tenção de novas cultivares, mas, em geral, é multiplicada assexuadamente, 
pelo emprego de estacas foliares compostas por uma folha e seu pecíolo 
(Figura 3b). Indica-se enraizar as folhas inicialmente em água e, depois, 
transplantá-las para pó de xaxim ou substrato similar (LOPES et al., 2005).
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais10
Figura 3. (a) Vaso de violeta-africana florida e (b) estaca foliar de violeta-africana.
Fonte: Violeta Africana (2020, documento on-line).
a b
Outra forma de propagação vegetativa é pela multiplicação de bulbos. 
No Brasil, as bulbosas ornamentais são cultivadas e comercializadas tanto 
para consumo de corte quanto para vasos, paisagismo e jardinagem. Espécies 
do grupo como alstroeméria (Alstroemeria sp.), amarílis (Hippeastrum sp.), 
copo-de-leite (Zantedeschia sp.), gladíolo (Gladiolus), hemerocale (Hemero-
callis sp.) e lírio (Lilium sp.) estão entre as principais flores de corte e vaso 
cultivadas e comercializadas no país (TOMBOLATO et al., 2010).
A multiplicação, em geral, é feita a campo, durante todo o ano. As cultiva-
res podem ser multiplicadas por meio de bulbilhos laterais,que produzem 
três ou mais bulbilhos/bulbo/ano, ou por escamas duplas. A produção de 
bulbos comerciais a partir de bulbilhos leva de dois a três anos, dependendo 
do tamanho do bulbilho e das condições de cultivo. O método de escamas 
duplas é utilizado em 20–25% do volume da produção para introdução de 
novas cultivares, renovação do plantel e cultivares com menor capacidade de 
perfilhamento. A colheita mecânica de bulbos, como os de amarílis (Figura 4), 
é feita com um implemento adaptado da colheita do alho. A limpeza manual 
consiste na retirada de detritos de solo, escamas velhas, bem como no corte 
drástico do sistema radicular e das folhas, para adequar os bulbos à classifi-
cação mecânica, ao plantio em vasos, à venda a granel ou ao armazenamento 
(TOMBOLATO et al., 2010).
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais 11
Figura 4. Bulbos de amarílis (Hippeastrum hybridum).
Fonte: PlantaSonya (c2021, documento on-line).
A propagação vegetativa por micropropagação envolve a seleção da fonte 
de explante, a desinfestação dos tecidos e a introdução destes em frasco 
asséptico contendo meio de crescimento vegetal. A micropropagação permite 
a produção massal de clones de plantas a partir de um mínimo de material, 
utilizado como explante primário. É um método de particular importância em 
espécies de alto valor genético, gerando inúmeras plantas idênticas à planta-
-mãe, sem a perda de suas características comerciais desejáveis, e a para 
propagação de espécies em que os métodos de propagação convencionais 
são pouco eficientes (FLORES, 2003). 
Entre as flores e plantas ornamentais, as principais espécies micropropa-
gadas são as orquídeas, as bromélias e as aráceas, sendo outras produzidas 
em menor escala. Nesse grupo, o emprego da micropropagação é significativo 
e tem repercussão direta na economia, devido, principalmente, ao alto valor 
agregado ao produto. A propagação in vitro de flores e plantas ornamentais 
(Figura 5) é a principal aplicação da cultura de tecidos vegetais e a ativi-
dade de maior importância dos laboratórios comerciais de micropropagação 
(CARVALHO; RODRIGUES; SANTOS, 2016).
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais12
Figura 5. Propagação de planta in vitro.
Fonte: Rosa (2014, documento on-line).
Como vimos nesta seção, as mudas podem ser realizadas via semente 
(produção sexual) e via propagação vegetativa (produção assexuada). 
Na produção vegetativa, destacam-se os métodos de estaquia, de propagação 
de bulbos e de micropropagação.
Substratos e embalagens
O substrato tem função de sustentar a muda e fornecer-lhe nutrientes para 
seu adequado crescimento. Para a produção de mudas, podem ser utilizados 
materiais facilmente encontrados no mercado, como areia lavada, composto 
orgânico, esterco de animal, serragem, casca de árvore decomposta, moinha 
de carvão, vermiculita, pó-de-coco, casca de arroz carbonizada, espuma fenó-
lica e substrato comercial próprio para essa finalidade (WENDLING; FERRARI; 
GROSSI, 2002) . O substrato ideal deve, segundo o Manual de orientação para 
implantação de viveiro de mudas, São Paulo (2014):
 � fornecer suporte apropriado para as plantas;
 � apresentar porosidade adequada, com valores ótimos em 85%, a fim 
de permitir a aeração e a retenção de água sem que haja acúmulo; 
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais 13
 � ter volume constante, mesmo quando submetido a diferentes umidades; 
 � apresentar alta capacidade de retenção de nutrientes; 
 � ser leve e de fácil manuseio; 
 � não apresentar mau odor; 
 � ser economicamente viável; 
 � ser isento de substâncias tóxicas, patógenos e sementes de plantas 
competidoras.
No Quadro 3, são apresentados alguns grupos materiais utilizados na 
composição de substratos, com suas vantagens e desvantagens. É importante 
recomendar misturas de grupos diferentes, a fim de obter as características 
desejadas para o substrato, sendo que a proporção depende de suas ca-
racterísticas físico-químicas, bem como da espécie e do recipiente a serem 
utilizados (WENDLING; FERRARI; GROSSI, 2002).
Quadro 3. Classificação dos diferentes materiais que podem compor um 
substrato em grupos
Grupo Exemplos Vantagens Desvantagens
A
 � Composto orgânico 
de esterco bovino, 
casca de eucalipto, 
casca de pinus, 
bagaço de cana, 
bagaço e engaço 
de uva
 � Resíduos sólidos 
urbanos
 � Outros resíduos 
 � Baixo custo
 � Fáceis obtenção e 
processamento
 � Média a alta 
porosidade e 
drenagem
 � Média a alta 
capacidade de 
retenção de água 
e nutrientes
 � Permite boa 
formação e 
agregação de 
sistema radicular
 � Baixa aeração
 � Composição 
química variada
 � Pode conter 
sementes 
e pragas 
indesejadas
B
Turfas � Alta CTC efetiva
 � Alta capacidade 
de retenção de 
água e nutrientes
 � Média a alta 
concentração de 
N e S
 � Formada a partir 
de processos 
naturais
 � Produto não 
renovável
 � Composição 
física e química 
variada
 � Pode sofrer 
oscilações de 
volume
(Continua)
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais14
Grupo Exemplos Vantagens Desvantagens
C
 � Casca de arroz 
carbonizada
 � Cinza de caldeira 
de biomassa
 � Bagaço de cana 
carbonizado
 � Baixo custo
 � Fácil obtenção e 
processamento
 � Boa 
homogeneidade 
no tamanho das 
partículas, alta 
porosidade e 
baixa densidade
 � Dificilmente 
apresenta 
inóculos de 
doenças, insetos 
e plantas 
indesejáveis
 � Possui pH 
elevado (> 6,5)
 � Relação C/N 
elevada
 � Baixa 
concentração de 
N e S
 � Reduz a 
capacidade de 
retenção de água 
do substrato
D
Vermiculita comercial � Baixa densidade, 
alta aeração, 
drenagem e 
porosidade
 � Química e 
fisicamente 
padronizada
 � Dificilmente 
apresenta 
inóculos de 
doenças, insetos 
e plantas 
indesejáveis
 � Apresenta 
deficiência 
em relação a 
nutrientes
 � Contrai-se 
após ciclos de 
umedecimento e 
secagem
 � Em alta 
concentração, 
apresenta 
pouca aderência 
das raízes ao 
substrato
E
Terra de subsolo 
(depende das 
características do 
solo da região)
 � Baixo custo
 � Média a alta 
capacidade de 
retenção de água 
e nutrientes
 � Fáceis obtenção e 
processamento
 � Dificilmente 
apresenta 
inóculos de 
doenças, insetos 
e plantas 
indesejáveis
 � Baixa aeração, 
porosidade e 
retenção de água 
(se solo arenoso)
 � Baixa 
concentração de 
nutrientes
 � Não renovável
 � Alta densidade
Fonte: Adaptado de Wendling, Ferrari e Grossi (2002).
(Continuação)
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais 15
Quanto à densidade do substrato, normalmente os valores de referência 
são de 350 a 500 kg m–3, sendo que a escolha do substrato pela densidade 
deve levar em consideração a altura e o volume do recipiente de cultivo, 
podendo variar de 100 a 300 kg m–3 para bandejas multicelulares, de 200 a 
400 kg m–3 para vasos de até 15 cm de altura, de 300 a 500 kg m–3 para vasos 
de 20 a 30 cm de altura e de 500 a 800 kg m–3 para vasos maiores de 30 cm 
de altura. Em geral, materiais como areia, que possuem densidade em base 
seca de 1713 kg m–3 e aparas de corte de gramados que possuem densidade 
em base seca de 15,5 kg m–3 podem ser usados como complementos em uma 
mistura para formar um substrato, mas não como produtos únicos. O pH do 
substrato para floricultura é recomendado de acordo com a necessidade da 
espécie a ser cultivada, mas, em geral, a faixa de pH para flores ou plantas 
ornamentais situa-se entre 5 e 6,5 (CAVINS et al., 2000).
Normalmente, as propriedades físicas e químicas dos substratos variam 
em função de sua origem, do método de produção/obtenção e das propor-
ções de seus componentes (WENDLING; FERRARI; GROSSI, 2002). No Quadro 4, 
são apresentadas as principais características físico-químicas de materiais 
simples e compostos utilizados para a composição dos substratos aplicados 
na produção de mudas.
A escolha do substrato depende, também, do recipiente de plantio a ser 
utilizado. Em tubetes, indica-se o uso de substratos leves e porosos,pois 
a embalagem apresenta tamanho reduzido, exigindo a promoção de maior 
espaço para o desenvolvimento radicular. Contudo, deve-se evitar excesso 
de porosidade para impedir a perda excessiva de água. Atualmente, existem, 
no mercado, substratos próprios para tubetes, com diferentes constituintes. 
Entretanto, é importante observar sua composição, sendo uma sugestão a 
seguinte fórmula: 50% fibra de coco, 35% de casca de arroz carbonizada, 15% 
de vermiculita superfina e 2 kg/m³ da fórmula NPK 15-09-12, de um fertilizante 
de liberação lenta (SÃO PAULO, 2014).
Em sacos plásticos, sugere-se que seja formado, principalmente, por terra 
e composto orgânico, sendo que a composição ideal depende da espécie e 
do tamanho da embalagem. Além disso, deve-se evitar a utilização de solo 
excessivamente argiloso, uma vez que ele pode empedrar, prejudicando a 
drenagem e, consequentemente, causando problemas de aeração e encharca-
mento. Por outro lado, se o solo for muito arenoso, vai reter pouca quantidade 
de água e nutrientes, dificultando a formação do torrão. A utilização de solo 
proveniente de barranco é comum nesse tipo de embalagem, sendo neces-
sário conhecer a procedência de sua extração para reduzir a possibilidade 
de contaminação por organismos indesejáveis, como nematoides, fungos e 
ervas daninhas (SÃO PAULO, 2014).
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais16
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Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais 17
Quanto à escolha dos recipientes de plantio, deve-se levar em conta a 
destinação da muda, seu tamanho, a logística de produção e expedição à área 
disponível no viveiro e o valor de venda. Os principais recipientes utilizados 
na produção de mudas são os sacos plásticos, os tubetes, os vasos e as em-
balagens biodegradáveis, como paper pot e sacos plásticos biodegradáveis, 
com diversas perfurações (Figura 6).
Figura 6. (a) Saco preto para mudas, (b) tubetes para mudas, (c) bandeja em isopor para 
mudas e (d) bandeja em papel biodegradável para mudas. 
Fonte: (a) Senar (2017, documento on-line); (b) Sousa (2017, documento on-line); (c) Agroecologia 
(2013, documento on-line); (d) Anzuchttöpfe Pflanztöpfe (c2021, documento on-line).
a
c d
b
Os sacos plásticos apresentam diversas dimensões e espessuras, permi-
tindo o cultivo da muda por um maior tempo em viveiro e suportando mudas 
com maior porte. Os tubetes são produzidos com material de polietileno e são 
encontrados em diversas dimensões, apresentando capacidade de volume de 
substrato a partir de 30 cm³ e estrias verticais, que atuam como direcionadora 
das raízes. As principais vantagens desse recipiente são a possibilidade de 
automatização no enchimento dos recipientes com substrato, a reutilização 
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais18
do tubete e a maior agilidade na operacionalização em viveiro, bem como a 
facilidade no transporte e manuseio. Por outro lado, a utilização dos tubetes 
requer maior investimento no momento da aquisição e implantação das 
estruturas do viveiro, quando comparada com a utilização de sacos plásticos 
(SÃO PAULO, 2014).
As embalagens biodegradáveis apresentam, como vantagem, a degradação 
mais rápida em relação aos plásticos comuns, e, com a utilização embalagens 
biodegradáveis, não há a necessidade de as mudas serem retiradas dos 
recipientes no momento do plantio. Por exemplo, segundo Ferraz, Cereda e 
Iatauro (2015) , a petúnia é propagada em sementeiras e, após quatro a cinco 
semanas, é repicada para saquinhos plásticos, contendo solos com alto teor 
de argila. Essas mudas, por sua vez, são acondicionadas em pequenas caixas 
de madeira com 15 unidades, que são vendidas quando atingem um tamanho 
ideal para a comercialização. Para o plantio definitivo, as mudas devem ser 
retiradas dos saquinhos plásticos e plantadas em solo preparado, o que 
demanda tempo, além de aumentar as perdas e poluir o meio ambiente. 
Isso poderia ser evitado com a utilização de embalagens biodegradáveis, 
elaboradas com material fibroso vegetal constituído à base de fécula de 
mandioca e raspa de madeira, como sugerido por Ferraz, Cereda e Iatauro 
(2015) , desde que o recipiente tenha volume igual ao das embalagens plásticas 
comumente utilizada.
Além disso, Vichiato et al. (2008) testaram a substituição do palito de xaxim 
(Dicksonia sellowiana [Presl.] Hook.) por bucha vegetal (Luffa cylindrica L.) 
no cultivo de orquídea (Dendrobium nobile Lindl) e concluíram que a bucha 
vegetal não substitui o xaxim, mas pode representar uma alternativa pro-
missora, indicando que novos estudos devem ser realizados.
A escolha de recipientes para a produção de mudas deve ser muito 
bem planejada, levando em consideração o espaço para o desenvolvi-
mento da planta. Brum et al. (2007) avaliaram o desenvolvimento de crisântemos 
(Dendranthema indicum) em três tamanhos de vasos, número 11 (0,8 litro), 
15 (1,3 litro) e 20 (3,6 litros), observando que a altura e o diâmetro das plantas 
eram maiores em vasos maiores. Provavelmente em função do maior volume 
de solo e, consequentemente, da maior área de exploração radicular, tiveram 
acesso a uma maior quantidade de nutrientes e de água, garantindo o melhor 
desenvolvimento das mudas.
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais 19
Após a escolha de substrato e das embalagens, é necessário realizar 
o enchimento destas. O enchimento dos sacos plásticos é realizado indi-
vidualmente, enquanto tubetes e vasos podem ser preenchidos de forma 
mecanizada, o que acaba acelerando o processo. Além dos recipientes vazios, 
há, no mercado, sistemas conjugados substrato/recipiente, que funcionam 
como recipiente e substrato ao mesmo tempo. Eles são constituídos de ma-
teriais orgânicos (turfas, fibras de coco, etc.) prensados, os quais, depois de 
umedecidos, expandem-se. 
Nos sistemas conjugados substrato/recipiente, quando apta ao plantio 
definitivo, a muda é plantada no campo com o material, não havendo necessi-
dade de retirada da embalagem. Assim, haverá redução de mão de obra, uma 
vez que não há a necessidade de preparação do substrato, do enchimento 
das embalagens e da retirada da embalagem na hora do plantio (WENDLING; 
STUEPP; ZANETTE, 2017). Além disso, segundo estudos realizados com eucalipto, 
as mudas produzidas nesses tipos de recipientes podem apresentar melhor 
desempenho de crescimento no campo, com menor deformação das raízes, 
quando comparadas com mudas produzidasem tubetes plásticos (LELES 
et al., 2001).
Um exemplo de sistema conjugado substrato/recipiente encontrado é o 
AGROPOTE®, uma embalagem biodegradável, envasada mecanicamente com 
substrato preparado e produzido com fibras de polipropileno. A embalagem 
é produzida com TNT (tecido não tecido), sem fundo, e preenchida mecani-
camente com substratos de liberação lenta. Os substratos são elaborados 
conforme as necessidades de cada espécie. Depois de preenchidas, essas 
embalagens são organizadas em caixas de madeira, o que facilita a operação. 
A principal vantagem desse sistema é a desnecessidade de retirar a embalagem 
para o plantio no campo.
Em geral, observamos que a cadeia de plantas ornamentais dispõe de 
diversas tecnologias de substratos e recipientes para otimizar a produção, 
sendo um ramo altamente rentável e tecnológico. De qualquer maneira, 
é necessária atenção a cuidados básicos na escolha do solo e do recipiente. 
de forma a atender a demanda pelas plantas.
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do Paraná, 2015. Disponível em: https://www.ufpr.br/portalufpr/noticias/ufpr-coloca-
-a-venda-mudas-de-plantas-ornamentais/. Acesso em: 23 mar. 2021.
NEVES, M. F.; PINTO, M. J. A. (coord.). Mapeamento e quantificação da cadeia de flores 
e plantas ornamentais do Brasil. São Paulo: OCESP, 2015. Disponível em: https://www.
researchgate.net/publication/304156137_Mapeamento_e_Quantificacao_da_Cadeia_
de_Flores_e_Plantas_Ornamentais_no_Brasil. Acesso em: 23 mar. 2021.
PLANTASONYA. Saiba como cultivar bulbos. PlantaSonya, c2021. Disponível em: http://
www.plantasonya.com.br/category/bulbos/page/2. Acesso em: 23 mar. 2021.
RITTER, G. et al. Rooting of tineke and Natal Briar rose stem cuttings in different 
substrates. Ciência Rural, v. 48, n. 8, p. 1-5, 2018. Disponível em: http://www.scielo.
br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782018000800402&lng=en&tlng=en. 
Acesso em: 23 mar. 2021.
ROSA, R. Laboratório de Biotecnologia IV: propagação de plantas em laboratório. 
Embrapa, 2014. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-imagens/-/mi-
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SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Manual de orientação para implan-
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SENAR. Senar Bahia realiza curso de produção de mudas e sementes de maracujá em 
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SOUSA, M. Reciclando cápsulas, Dolce Gusto distribui 1,6 milhão de tubetes de mudas 
de café. Ciclo Vivo: por um mundo melhor, 2017. Disponível em: https://ciclovivo.com.br/
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TOMBOLATO, A. F. C. et al. Bulbosas ornamentais no Brasil. Revista Brasileira de Horti-
cultura Ornamental, v. 16, n. 2, p. 127-138, 2010. Disponível em: https://doi.org/10.14295/
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VICHIATO, M. R. M. et al. Bucha vegetal e fertilização organo-mineral no cultivo de 
Dendrobium nobile lindl. Revista da FZVA, v.15, n.1, p. 34-42, 2008. Disponível em: https://
www.researchgate.net/publication/279480794_Bucha_vegetal_e_fertilizacao_organo-
-mineral_no_cultivo_de_Dendrobium_nobile_lindl. Acesso em: 23 mar. 2021.
VIOLETA AFRICANA saiba tudo sobre essa planta. Guia das suculentas,2020. Disponível 
em: https://guiadassuculentas.com/violeta-africana-saiba-tudo-sobre-essa-planta/. 
Acesso em: 23 mar. 2021.
Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais22
WENDLING, I.; FERRARI, M. P.; GROSSI, F. Curso intensivo de viveiros e produção de mu-
das. Colombo: Embrapa Florestas, 2002. Disponível em: https://www.infoteca.cnptia.
embrapa.br/handle/doc/306458. Acesso em: 23 mar. 2021.
WENDLING, I.; STUEPP, C. A.; ZANETTE, F. Produção de mudas de araucária por semente. 
In: WENDLING, I.; ZANETTE, F. (ed.). Araucária: particularidades, propagação e manejo de 
plantios. p. 41-62. Brasília: Embrapa, 2017. Disponível em: https://www.researchgate.
net/publication/318360258_Producao_de_mudas_de_araucaria_por_semente. Acesso 
em: 23 mar. 2021.
Leituras recomendadas
BONATO, I. T. A logística do transporte e da distribuição de flores e plantas ornamentais 
no Brasil. 2015. Monografia (Bacharelado em Agronomia) — Faculdade de Agronomia e 
Medicina Veterinária, Universidade de Brasília, Brasília, 2015. Disponível em: https://
bdm.unb.br/handle/10483/14216. Acesso em: 24 mar. 2021.
COSTA, R. R. Avaliação de fluxo de encomendas do agronegócio das flores e plantas 
ornamentais na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos em Brasília, Distrito Federal. 
Relatório Final (Bacharelado em Gestão do Agronegócio) — Universidade de Brasília, 
Brasília, 2016. Disponível em: https://bdm.unb.br/handle/10483/16150. Acesso em: 24 
mar. 2021.
PAIVA, Patrícia Duarte de Oliveira; ALMEIDA, Elka Fabiana Aparecida. Produção de flores 
de corte: volume 1. Lavras: UFLA, 2012.
PAIVA, Patrícia Duarte de Oliveira; ALMEIDA, Elka Fabiana Aparecida. Produção de flores 
de corte: volume 2. Lavras: UFLA, 2014.
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Insumos para a produção de flores e plantas ornamentais 23
Dica do professor
As bulbosas ornamentais são cultivadas e comercializadas tanto para consumo de corte quanto 
para vasos, paisagismo e jardinagem. Espécies do grupo, como alstroeméria (Alstroemeria sp.), 
amarílis (Hyppeastrum sp.), copo-de-leite (Zantedeschia sp.), gladíolo (Gladiolus X grandiflorus), 
hemerocale (Hemerocallis sp.) e lírio (Lilium sp.) estão entre as principais flores de corte e vaso 
cultivadas e comercializadas no Brasil. As cultivares podem ser multiplicadas por meio de bulbilhos 
laterais ou escamas duplas, assim como por micropropagação.
Nesta Dica do Professor, você vai ver como ocorre a propagação de bulbos de plantas ornamentais.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
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Exercícios
1) A propagação vegetativa é um dos métodos mais utilizados na propagação de plantas 
ornamentais, tendo como principais vantagens a rapidez de produção da muda e a 
precocidade de florescimento, além de a muda ser um clone da planta-mãe, permitindo, 
assim, que plantas cujas sementes são estéreis sejam reproduzidas. Entre os processos de 
propagação vegetativa, o método mais utilizado é a estaquia, um método simples, rápido 
e de baixo custo.
Sobre a estaquia, avalie as afirmações a seguir:
I. A estaquia pode ser realizada por meio de caules ou ramos, folhas ou raízes; as de ramos 
são subdivididas de acordo com a consistência e a localização na planta.
II. Apesar de ser uma técnica de propagação vegetativa, a estaquia de raízes não é utilizada 
em plantas ornamentais.
III. Em espécies com maior dificuldade de enraizamento, este pode ser facilitado com o uso 
de hormônios enraizantes.
Qual é a alternativa correta?
A) Apenas a afirmativa I está correta.
B) Apenas a afirmativa II está correta.
C) Apenas a afirmativa III está correta.
D) As afirmativas I e III estão corretas.
E) As afirmativas II e III estão corretas.
De maneira geral, a floricultura é dividida em três grandes elos: “antes das fazendas”, que 
compõe os insumos necessários à produção; “nas fazendas”, composto pelas atividades 
relacionadas à produção de flores e plantas ornamentais e “depois das fazendas”, em que 
estão concentradas as atividades de comercialização, tanto no atacado quanto no varejo.
O setor “antes das fazendas” movimentou em torno de R$ 1,3 bilhões em 2014, 
considerando insumos como substratos, sementes, bulbos, adubos, defensivos, embalagens, 
estufas e demais insumos e equipamentos a serem utilizados para essa produção (NEVES; 
PINTO, 2015).
2) 
Entre os insumos utilizados, avalie as afirmações a seguir:
I. A compra e venda de sementes, mudas e bulbos movimenta a maior porcentagem 
financeira do setor.
II. Em ordem de importância, os substratos são encontrados em segundo lugar na 
movimentação financeira de insumos.
III. Os defensivos apresentam oficialmente valores subestimados devido à falta de produtos 
registrados para plantas ornamentais.
IV. O uso de controle biológico tem crescido consideravelmente, representando em torno de 
50% dos gastos com defensivos.
Qual é a alternativa correta?
A) As afirmativas I e II estão corretas.
B) As afirmativas I e IV estão corretas.
C) As afirmativas I, II e III estão corretas.
D) As afirmativas I, II e IV estão corretas.
E) As afirmativas II, III e IV estão corretas.
3) A propagação por estaquia é uma técnica que permite obter várias plantas idênticas a partir 
de uma única planta-matriz. A estaquia nas culturas em geral é mais comumente realizada 
com estacas retiradas a partir de ramos, podendo ser realizada também por raízes ou folhas. 
Na estaquia de folha, a multiplicação é produzida a partir de uma simples folha que é 
retirada com o pecíolo da planta-mãe e cultivada em substrato para enraizar.
Essa técnica é muito utilizada para a produção de qual das floríferas a seguir?
A) Suculentas.
B) Roseiras.
C) Papoula-oriental.
D) Hortênsias.
E) Amor-perfeito.
4) A produção de mudas é geralmente realizada dentro de recipientes, como, por exemplo, 
vasos e tubetes. Para isso, é necessário um substrato de qualidade, que atinja as exigências 
mínimas da cultura. Dificilmente um substrato puro e com todas as características ideais 
para o cultivo é encontrado. Dessa forma, para melhorar as características físicas e químicas 
dos substratos, são adicionados materiais melhoradores.
Sobre o substrato para a produção de mudas, é correto afirmar que:
A) o substrato ideal deve apresentar baixa porosidade para armazenar oxigênio para as plantas.
B) o substrato ideal é aquele que apresenta boa permeabilidade, facilitando a drenagem no 
recipiente.
C) o substrato ideal deve ter baixo poder tampão para evitar a lixiviação de nutrientes após a 
irrigação.
D) o substrato ideal não deve reter água, de modo a garantir que não ocorra o excesso de 
umidade.
E) o substrato ideal pode ter uma quantidade mínima de sementes de outras culturas, desde que 
não afete a principal.
5) Recipiente é a estrutura física utilizada para o acondicionamento do substrato para o cultivo 
das plantas ornamentais, podendo ser usado desde a germinação de sementes até a 
comercialização final da muda pronta. No mercado são encontrados diversos modelos de 
recipientes adaptados às diferentes etapas de produção.
Nessa perspectiva, avalie as afirmações a seguir:
I. Na escolha dos recipientes para plantio, o tamanho da muda nas diversas etapas de 
produção deve ser considerado
II. É necessário que os recipientes sejam coloridos para melhor assimilar a luz local para a 
germinação das sementes.
III. Outro fator importante na escolha dos recipientes é a logística de produção e a 
expedição na área disponível no viveiro.
Qual é a alternativacorreta?
A) Apenas a afirmativa I está correta.
B) Apenas a afirmativa II está correta.
C) Apenas a afirmativa III está correta.
D) As afirmativas I e III estão corretas.
E) As afirmativas II e III estão corretas.
Na prática
Um grande número de plantas ornamentais pode ser propagado sexualmente com a utilização de 
sementes. A semente utilizada em áreas comerciais de cultivo de flores pode ser obtida por meio da 
compra formal com produtores especializados ou empresas da área, bem como realizada pelo 
próprio produtor na propriedade, principalmente para espécies de menor exigências ou produção 
comercial restrita ou inexistente. 
Além disso, no Brasil são encontrados poucos estudos de identificação de locais ou regiões 
favoráveis à produção, ou seja, locais cujas condições climáticas são propícias ao rendimento e à 
qualidade das sementes produzidas. Portanto, os produtores que desejam investir na área devem 
iniciar com áreas menores de testes e, depois de definida a espécie, iniciar a produção com o 
objetivo de venda de sementes.
Neste Na Prática, você vai ver um exemplo de produção de semente de plantas ornamentais na 
região central do Rio Grande do Sul.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
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código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/201ab204-53d1-4787-8f56-5e2c5128beb9/ff6c18f3-1e25-4240-b004-79e9758c9c5a.png
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Viveiro de flores: produção própria evita prejuízos
Neste vídeo, você vai ver como um viveirista goiano optou por investir na produção própria de 
plantas e flores, produzindo 60 mil mudas por mês, de forma a diminuir os custos. Confira.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Amor-perfeito: conheça um viveiro de produção de sementes 
no Chile
A propagação de plantas ornamentais pode ser realizada sexuada e assexuadamente. Na 
propagação sexuada, ocorre a produção de mudas via semente, para isso é necessário viveiro 
próprio para o plantio e a colheita de sementes. No vídeo a seguir você vai conhecer a produção de 
sementes floríferas.
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Plantas ornamentais: propagação e produção de mudas
A propagação é um dos processos mais importantes e determinantes do sucesso em um cultivo de 
flores, folhagens ou mudas para jardim. As plantas podem ser propagadas por meio de sementes 
(propagação sexuada) ou por partes vegetativas (propagação assexuada), em ambientes abertos ou 
totalmente protegidos. Neste artigo, você vai ver como propagar e produzir mudas de plantas 
ornamentais.
https://www.youtube.com/embed/B-xbX53upd4
https://www.youtube.com/embed/CyNE4ee5OtI
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Como montar um viveiro de mudas
Para montar um viveiro de mudas é necessário um terreno com boa drenagem e água, além do 
investimento na estrutura para o cultivo das plantas. No link a seguir você vai ver o passo a passo 
para montar um viveiro de mudas.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Estufas: mais rosas em menos espaço
No Brasil, entre 28% e 30% do cultivo de flores e plantas ornamentais é conduzido sob a proteção 
de estufas, que têm como principais vantagens a otimização de espaço, as condições climáticas 
controladas e a menor incidência de pragas e doenças. Veja a seguir.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.cnabrasil.org.br/assets/arquivos/211-PLANTAS-ORNAMENTAIS.pdf
https://www.montarumnegocio.com/como-montar-um-viveiro-de-mudas/
https://www.youtube.com/embed/FtUDBTZIHC4

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