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Universidade Nove de Julho Maria Lívia Introdução: • Presença de ar no espaço pleural; • Entidade nosológica comum nas unidades de emergência; • Comportamento normalmente benigno; • Pode ser grave - mortes em alguns casos; • Múltiplas etiologias e com manifestações clínicas variáveis; • Frequência: Homem - 7/100.000; Mulheres - 1/100.00. Quadro Clínico: • Dispneia + dor torácica + tosse seca; • Exame Físico: Timpanismo; Diminuição de MV; Batimento asa de nariz, tiragem intercostal, cianose, choque circulatório. 1. Fisiopatologia dos Sintomas: • Assintomático - oligossintomático; • Evolui para sintomático; • Evolui para insuficiência respiratória com choque circulatório; Risco de morte; Situação menos frequente. Diagnóstico: 1. Raio X de Tórax: • Incidência -> PA; • Linha pleural - pulmão parcialmente colabado; • Enxerga pleura visceral - ela está separada da parietal e esse espaço tem ar. 2. Tomografia de Tórax: • Raramente feito para diagnóstico; • Usado para estabelecer qual a causa do pneumotórax; • Pulmão parcialmente colabado. Classificação: 1. Classificação quanto ao Volume: • Pequeno - 1/3 da cavidade pleural; • Moderado - 2/3 da cavidade pleural • Grande - mais que 2/3 da cavidade pleural. Pneumotórax Pneumotorax Universidade Nove de Julho Maria Lívia 2. Classificação quanto à Etiologia: • Pneurmotórax Espontâneo - primário ou secundário: Primário - idiopático, indivíduos s/ doença pulmonar conhecida; - Pulmão sem alterações à radiologia convencional; - Ruptura de “blebs” subpleurais. Secundário - possui uma doença pulmonar (DPOC, tuberculose, neoplasia, metástase, fibrose, entre outras). • Traumático: Penetrante -> ferimento de arma de fogo ou arma branca; Contuso -> quedas, associado ou não a fraturas distais; Possíveis Sítios de Lesão: parede torácica, parênquima pulmonar, mediastino (vias aéreas, esôfago). • Iatrogênico - surge após procedimentos feitos por profissionais de saúde; Punção venosa central, barotrauma, biópsia transparietal e transbrônquica, massagem cardíaca externa,toracocentese, acupuntura, cirurgia laparoscópica. 3. Classificação quanto à Clínica: • Pode ser aberto ou fechado; • Aberto - trauma; • Fechado - hipertensivo ou não hipertensivo; Espontâneo, traumático, iatrogênico. Pneumotórax aberto: • Etiologia: trauma - grande só, unção de continuidade da parede torácica; • Risco de morte; doente crítico; • Requer tratamento imediato; • Livre comunicação da cavidade pleural c/ meio externo então pressão intracelular se iguala a pressão atmosférica - paciente não consegue respirar por conta disso; • Tratamento - curativo de 3 pontas: Ao expirar - ar sai pela brecha; Ao inspirar - esse plástico gruda na pele e não deixa o ar entrar. “Blebs” Subpleurais - pequenas vesículas de ar localizadas geralmente no ápice pulmonar. Descolamento da pleura visceral consequente a rompimentos alveolares. Não é vista no RX (faz TC). Primário Secundário Homem Homem 15-40 anos > 40 anos Pardo/negro Tabagista Longilíneo > risco de morte Sem pneumopatia Com doença pulmonar prévia (DPOC) Dor torácica súbita + dispneia + tosse seca Tórax em tonel, dispneia Lado direito - mais frequente Ambos os lados Universidade Nove de Julho Maria Lívia Pneumotórax fechado: 1. Hipertensivo: • Risco de morte iminente, doente crítico; • Etiologia: espontânea, traumático, iatrogenia • Diagnóstico não é confirmado; • Conduta adotada diante da suspeita clínica; • NÃO deve realizar Raio X no paciente com suspeita de pneumotórax hipertensivo; • Evolui para choque cardiogênico; • Tratamento: descompressão pleural (agulha calibrosa); Após a descompressão pleural, deve fazer a drenagem pleural. 2. Não Hipertensivo: • Forma mais comum do pneumotórax; • Etiologia: espontânea, traumática, iatrogenia • Evolução -> estável ou progressiva. Conduta: • Observação clínica; • Drenagem Pleural: Resolução de quase todos casos, quando persistir - Toracotomia; Exceções: - Pneumotórax de pequeno volume e doente assintomático ou oligo -> realiza internação observação clínica + controle radiográfico seriado; - Pneumotórax hipertensivo ou aberto. • Videotoracoscopia / Toracotomia - indicada na falha da drenagem torácica; Conduta tardia. Pneumotórax espontâneo Recidivante: • Pneumotórax espontâneo que ocorre a partir do 2° episódio; • Tratamento definitivo: profilaxia de recidivas; Indicações: - Pneumotórax espontâneo a partir do 2° episódio - Situações específicas do 1º episódio: pneumopatias associadas, ocupação de risco, difícil acesso a serviços de saúde. 1. Opções Terapêuticas: • Ressecção das blebs; • Pleurodese: Indução de processo inflamatório intenso na superfície pleural posterior reparação tecidual e “acolamento” dos folhetos pleurais; Injeção de agente esclerosante na pleura Vias de acesso possiveis - dreno de tórax e videotoracoscopia. • Abrasão pleural; • Pleurectomia.
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