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Psicologia de Desenvolvimento e Desenvolvimento Psicomotor(3)

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PSICOLOGIA DE 
DESENVOLVIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO 
PSICOMOTOR
PROF.a TANIA BEATRIZ IWASZKO 
MARQUES
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA
Prof.a Tania Beatriz Iwaszko Marques
PSICOLOGIA DE 
DESENVOLVIMENTO E 
DESENVOLVIMENTO 
PSICOMOTOR
Marília/SP
2023
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma 
ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
PSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO 
E DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
PROF.a TANIA BEATRIZ IWASZKO MARQUES
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
SUMÁRIO
CAPÍTULO 01
CAPÍTULO 02
CAPÍTULO 03
CAPÍTULO 04
CAPÍTULO 05
CAPÍTULO 06
CAPÍTULO 07
CAPÍTULO 08
CAPÍTULO 09
CAPÍTULO 10
CAPÍTULO 11
CAPÍTULO 12
08
17
24
33
41
47
56
68
75
83
93
103
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO 
DESENVOLVIMENTO 
MÉTODOS DE PESQUISA DO 
DESENVOLVIMENTO 
DESENVOLVIMENTO PSICOSSEXUAL 
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL I: 
LACTÂNCIA, INFÂNCIA PRECOCE, IDADE DO 
JOGO, IDADE ESCOLAR 
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL II: 
ADOLESCÊNCIA, INÍCIO DA VIDA ADULTA
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL III: IDADE 
ADULTA, VELHICE, VELHICE AVANÇADA 
DESENVOLVIMENTO AFETIVO-EMOCIONAL 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO I: 
CONCEITOS BÁSICOS 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO II: ESTÁDIOS 
DO DESENVOLVIMENTO; ESTÁDIO SENSÓRIO 
MOTOR 
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO III: ESTÁDIO 
PRÉ-OPERATÓRIO, ESTÁDIO OPERATÓRIO 
CONCRETO, ESTÁDIO OPERATÓRIO FORMAL
DESENVOLVIMENTO MORAL 
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM 
PSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO 
E DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
PROF.a TANIA BEATRIZ IWASZKO MARQUES
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 6
SUMÁRIO
CAPÍTULO 13
CAPÍTULO 14
CAPÍTULO 15
112
125
133
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR I: 
PRIMEIRA INFÂNCIA
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR II: 
SEGUNDA INFÂNCIA 
DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR III: 
TERCEIRA INFÂNCIA
PSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO 
E DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
PROF.a TANIA BEATRIZ IWASZKO MARQUES
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 7
INTRODUÇÃO
 O bebê humano nasce extremamente frágil, sem nenhuma condição de sobrevivência, 
se deixado à própria sorte. Ele deverá passar por um longo processo de desenvolvimento 
até que adquira habilidades físicas que lhe permitam ter autonomia e agilidade em 
seus movimentos. Do ponto de vista psicológico, esse processo dura toda a vida, pois 
sempre há aspectos a serem aprendidos e modificados. 
Neste livro, serão estudados vários aspectos do desenvolvimento humano e, para 
introduzir essa temática, no capítulo 1, você conhecerá alguns aspectos históricos 
e no capítulo 2 algumas metodologias utilizadas nas pesquisas sobre psicologia do 
desenvolvimento. 
 A partir do capítulo 3, você estudará vários aspectos do desenvolvimento humano, 
começando pela teoria do desenvolvimento psicossexual de acordo com a psicanálise.
Nos capítulos 4, 5 e 6 estudará a teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik 
Erikson, que estuda todo o ciclo vital, através de nove diferentes fases desde o 
nascimento até a velhice avançada.
No capítulo 7, você conhecerá a importância do desenvolvimento afetivo-emocional 
desde os primórdios da vida. 
Os capítulos 8, 9 e 10 apresentam o processo de desenvolvimento cognitivo a partir 
da teoria de Piaget. Você conhecerá os principais conceitos bem como os quatro 
diferentes estádios, que são o sensório-motor, o pré-operatório, o operatório concreto 
e o operatório formal. 
No capítulo 11, o foco do estudo é o desenvolvimento moral e no 12 é o 
desenvolvimento da linguagem, duas áreas exclusivas dos seres humanos. 
 Os capítulos 13, 14 e 15 fecham o livro com o estudo do desenvolvimento psicomotor 
na primeira, na segunda e na terceira infâncias. 
Espero que você aproveite a leitura deste livro e que os demais materiais indicados 
possam auxiliar no aprofundamento desses temas. 
Bons estudos!
 
PSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO 
E DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
PROF.a TANIA BEATRIZ IWASZKO MARQUES
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 8
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO AO ESTUDO 
DO DESENVOLVIMENTO 
 Introdução
A psicologia do desenvolvimento pode ser definida como a área da psicologia que se 
interessa pelo estudo do “desenvolvimento do ser humano em todos os seus aspectos: 
físico-motor, intelectual, afetivo-emocional e social – desde o nascimento até a idade 
adulta” (BOCK; TEIXEIRA; FURTADO, 1999, p. 97). Para quem trabalha com pessoas, 
é necessário conhecer como elas se desenvolvem e como diferentes fatores afetam 
esse processo.
 Neste capítulo, você encontrará uma introdução ao estudo da psicologia do 
desenvolvimento. Iniciaremos por alguns aspectos históricos, conhecendo os primeiros 
estudos, as principais correntes da psicologia do desenvolvimento, uma breve reflexão 
sobre o papel da hereditariedade e do meio no estudo do desenvolvimento humano. 
Conhecerá, também, as nomenclaturas convencionalmente utilizadas para designar 
as diferentes etapas cronológicas ao longo da vida, já que elas são necessárias para 
acompanhar o foco de estudo deste livro que é o desenvolvimento humano. 
Aspectos históricos 
Ao contrário da aprendizagem, que já despertava o interesse de filósofos da 
Antiguidade e da Idade Média (DELVAL, 2002), o desenvolvimento humano demorou 
a se tornar um tema de interesse. Philippe Ariès (1986) chama a atenção para o fato de 
que a criança era considerada como um adulto em miniatura, o que é possível verificar 
pela representação de crianças em pinturas renascentistas, como a apresentada na 
capa de seu livro História social da criança e da família, que você vê na Figura 1. 
PSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO 
E DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 9
Figura 1: Capa de Livro de Ariès. 
Fonte: A autora
ISTO ESTÁ NA REDE
Vídeo Poder de vida ou morte sobre os filhos?
Disponível em: https://youtube.com/shorts/loKs0zX8xaA?feature=share3 
Primeiros estudos 
Apenas no século XVIII começam a surgir escritos sistemáticos sobre o 
desenvolvimento humano. De acordo com o psicólogo espanhol Juan Delval (2002, 
p. 36), os primeiros trabalhos sobre o desenvolvimento da criança foram “biografias 
ou estudos monográficos de um único sujeito, tomando observações sistemáticas 
ao longo de seu desenvolvimento”.
Considera-se o primeiro trabalho desse tipo o do filósofo alemão Dietrich Tiedmann 
(1748-1803) que você pode ver na Figura 2. Durante dois anos e meio, o filósofo 
observou e fez anotações sobre o desenvolvimento de seu filho. Sua hipótese era de 
que as características humanas são adquiridas mediante a experiência (DELVAL, 2002). 
Figura 2. Filósofo alemão Dietrich Tiedmann
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Dietrich_Tiedemann
https://youtube.com/shorts/loKs0zX8xaA?feature=share3
https://pt.wikipedia.org/wiki/Dietrich_Tiedemann
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 10
O naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882), apresentado na Figura 3, que é 
conhecido por causa da sua teoria sobre A origem das espécies, também fez anotações 
a respeito das observações sobre o desenvolvimento de um de seus filhos (DELVAL, 
2002). 
Figura 3. Charles Darwin
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Darwin
O fisiologista inglês Wiliam Preyer (1841-1897), apresentado na Figura 4, também fez 
observações sobre o desenvolvimento de um filho.Durante três anos fez observações 
e anotações sobre seu filho ao menos três vezes por dia (DELVAL, 2002). 
Figura 4. William Preyer
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Preyer
Ângela Maria Brasil Biaggio (1940-2003), de quem tive a honra de ser aluna, foi 
uma importante pesquisadora brasileira sobre o desenvolvimento humano, mais 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Darwin
https://pt.wikipedia.org/wiki/William_Preyer
PSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO 
E DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 11
especificamente sobre o desenvolvimento moral, especialmente a partir da obra de 
Kohlberg. Sua foto pode ser vista na Figura 5.
Figura 5: Ângela Biaggio
Fonte: https://www.scielo.br/j/pcp/a/LxLhtPjQBMxhxzNrDLtYMJF/?lang=pt#
Seu livro Psicologia do desenvolvimento, cuja capa você pode ver na Figura 6, tem 24 
edições e foi utilizado na formação de várias gerações de psicólogos e educadores. 
Figura 6. Capa de livro de Biaggio 
Fonte: A autora.
Biaggio (1985) faz uma síntese na forma de um quadro da evolução das teorias 
do desenvolvimento no século XX, por meio da relação entre conteúdo, metodologia 
e teoria. Esse quadro pode ser analisado na Figura 7. 
https://www.scielo.br/j/pcp/a/LxLhtPjQBMxhxzNrDLtYMJF/?lang=pt
PSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO 
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Figura 7. Evolução da psicologia do desenvolvimento
Fonte: BIAGGIO (1985, p. 27).
 Arnold Gesell (1880-1961) foi um psicólogo, pediatra e professor alemão que estudou 
o desenvolvimento humano, interpretando as mudanças por meio de um inevitável 
processo de maturação, decorrente da passagem do tempo. Sua metodologia era 
descritiva, pois se dedicava à descrição dos comportamentos de milhares de crianças 
observadas em cada faixa etária. Na Figura 8, você pode ver Arnold Gesell realizando 
uma experiência com um bebê. 
Figura 8. Arnold Gesell 
Fonte: https://www.gesell-yale.org/pages/dr-arnold-gesell
O educador e psicólogo americano, Leonard Carmichael (1898-1973), que pode ser 
visto na Figura 9, utilizava a metodologia correlacional, que se baseia na busca em 
“estabelecer relações entre variáveis” (BIAGGIO, 1985, p. 28).
https://www.gesell-yale.org/pages/dr-arnold-gesell
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 13
 
Figura 9. Leonard Carmichael
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Leonard_Carmichael
 
A fase experimental tem o americano Albert Bandura (1925-2021), cuja foto você 
pode ver na Figura 10, como um dos seus principais representantes. A metodologia 
experimental se baseia em estudos realizados em laboratório, com controle de variáveis, 
tentando evidenciar a mudança provocada em uma variável dependente, a partir da 
manipulação de uma variável independente. 
Figura 10. Albert Bandura
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Albert_Bandura
Hereditariedade e meio 
Basicamente, o que diferencia uma teoria psicológica das outras está na importância 
atribuída ao papel da hereditariedade e do meio na causa dos comportamentos e na 
formação da personalidade. A explicação pode estar em um dos polos ou em diferentes 
https://en.wikipedia.org/wiki/Leonard_Carmichael
https://en.wikipedia.org/wiki/Albert_Bandura
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relações entre os dois elementos ou mesmo na síntese entre vários fatores, incluindo 
esses dois e outros. Os estudos da teoria da aprendizagem social centram seu foco 
nos aspectos ambientais, por meio da pesquisa experimental, que, como você já leu, 
manipula a variável independente para produzir variações nas variáveis dependentes. 
As demais teorias, que serão estudadas neste livro, Psicologia Genética, 
Psicanálise, Desenvolvimento Psicossocial – atribuem a causalidade do processo de 
desenvolvimento à síntese entre hereditariedade e meio, incluindo, inclusive, outros 
fatores (CÓRIA-SABINI, 1993).
J. B. Watson, criador da teoria behaviorista, realizou, em 1913, pesquisas que ficaram 
conhecidas como exemplos de maus tratos aos sujeitos. Ele tenta provar o papel do 
meio na origem de fobias. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Vídeo O pequeno Albert 
Disponível em: https://www.google.com/search?q=watson+behaviorismo+peqeuno+al
bert&client=firefox-b-d&sxsrf=APwXEdfXkM1rTxHU01xPFSbG2FuSyHCxLA%3A1683593
763480&ei=I5pZZLzvHMqrqtsPm9GJwA4&ved=0ahUKEwj8jN_Bg-f-AhXKlWoFHZtoAug
Q4dUDCA4&uact=5&oq=watson+behaviorismo+peqeuno+albert&gs_lcp=Cgxnd3Mtd2l6
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Principais correntes da psicologia do desenvolvimento 
Existem muitas teorias e, de acordo com Biaggio (1985), as principais teorias do 
desenvolvimento são a teoria do desenvolvimento intelectual de Piaget, a psicanálise 
e a teoria da aprendizagem social. 
Neste livro, as duas primeiras serão abordadas em capítulos específicos. A teoria da 
aprendizagem social não fará pare do escopo desta obra, pois, apesar da sua importância 
no estudo do comportamento humano, não se debruça sobre o desenvolvimento 
propriamente dito, entendo-o como aprendizagem. A teoria do desenvolvimento 
psicossocial também será analisada neste livro. No quadro da figura 11, você vê 
uma síntese dessas teorias. 
PSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO 
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Escola Local Objeto de estudo
Psicologia Genética Suíça Construção das estruturas cogntiivas/ Desenvolvimento cognitivo
Psicanálise Áustria Inconsciente / Desenvolvimento psicossexual
Aprendizagem Social Estados Unidos Comportamento 
Desenvolvimento Psicossocial Estados Unidos Fases do ciclo vital 
Figura 11: Algumas teorias da psicologia do desenvolvimento 
Fonte: Da autora. 
Classificações cronológicas convencionais 
Ao longo dos capítulos deste livro, você verá que alguns termos se repetirão, com 
relação às idades cronológicas. Portanto, anote estes termos. 
Da fecundação até oito semanas de vida embrionária, o nome do ser humano 
em formação é embrião. Feto é o nome que se dá ao bebê em formação, após oito 
semanas de vida embrionária até o fim da gestação. Recém-nascido é o nome desde o 
nascimento aos 28 dias. Bebê é a criança dos 28 dias até dois anos de idade. Também 
chamado de lactente. Criança é o termo usado genericamente para todas as pessoas 
até 12 anos incompletos, mas mais especificamente para maiores de dois anos até 
12 incompletos (MICHAELIS, s.d.). 
A adolescência vai dos 12 anos até 18 anos incompletos e a puberdade se caracteriza 
pelo aparecimento dos caracteres sexuais secundários. Os caracteres sexuais primários 
são os presentes no nascimento (OUTEIRAL, 1994). 
Na Figura 12, você tem um quadro mais completo, com classificações cronológicas. 
Figura 12. Classificações cronológicas convencionais
Fonte: GALLAHUE; OZMUN: GOODWAY (2013 p. 28)
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E DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
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Estas são algumas divisões utilizadas. Ao longo deste livro, você conhecerá outras 
divisões, de acordo com as teorias e a área do desenvolvimento estudada. 
Conclusão
Neste capítulo, você teve contato com algumas informações relevantes para iniciar 
o estudo do desenvolvimento humano. Você conheceu alguns aspectos históricos, tais 
como os primeiros estudos, o papel da hereditariedade e do meio na explicação sobre 
como ocorre o desenvolvimento humano e algumas divisões cronológicas usuais. 
No próximo capítulo, vocêestudará algumas das principais metodologias de pesquisa 
no estudo do desenvolvimento humano.
PSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO 
E DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
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CAPÍTULO 2
MÉTODOS DE PESQUISA 
DO DESENVOLVIMENTO 
Introdução 
É comum observarmos os fenômenos que acontecem à nossa volta e tentarmos 
dar explicações. As explicações são buscadas em eventos que estiveram próximos no 
tempo ou no espaço. Algumas vezes, esses eventos podem ter relação entre si e outras 
vezes não. Os eventos estarem próximos pode ser uma casualidade e as explicações 
que daí resultam podem gerar comportamentos supersticiosos. Por exemplo, se seu 
time ganhar quando você estiver usando a camiseta do time, pode atribuir a vitória à 
sua roupa. Outro comportamento supersticioso é acreditar que ocorram mais partos 
na lua cheia. 
A ciência, ao contrário da superstição, utiliza métodos para verificar se, de fato, 
há uma relação de causa e efeito entre diferentes variáveis e como acontecem os 
fenômenos. 
Existem muitos diferentes métodos e instrumentos para realizar pesquisas nas 
mais diversas áreas do conhecimento humano. A metodologia da pesquisa é uma 
área muito ampla e, neste capítulo, você conhecerá alguns dos principais métodos 
que são utilizados nas pesquisas sobre desenvolvimento humano, cada um deles com 
suas vantagens e desvantagens. 
 
Métodos de pesquisa no estudo do desenvolvimento humano 
Ao serem questionadas sobre o melhor método de pesquisa no estudo do 
desenvolvimento e do comportamento humano, Inhelder, Bovet e Sinclair (1977, p. 
30) afirmaram que “um método não é bom ou mau em si. Ele não pode ser julgado 
senão em função dos problemas ao qual é chamado a resolver e que, por sua vez, 
são orientados por perspectivas epistemológicas mais ou menos explícitas.” 
Ao ler uma pesquisa, pense sempre nisso. Identifique o problema a ser respondido 
e então pense se a metodologia utilizada pode ou não responder à pergunta proposta. 
Por exemplo, se você quer saber o que as crianças pensam sobre a escola, deve 
perguntar a elas e não aos professores. Se perguntar aos professores, será uma outra 
pesquisa. Se você quiser estudar o efeito do uso do computador sobre a aprendizagem 
da leitura em crianças em idade de alfabetização, não basta você acompanhar algumas 
PSICOLOGIA DE DESENVOLVIMENTO 
E DESENVOLVIMENTO PSICOMOTOR
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crianças que usam o computador, pois muitas variáveis afetam a aprendizagem das 
crianças, já que o uso do computador é apenas uma parte da sua vida. 
Na Figura 1, você pode ver a apresentação sintética de vários métodos de pesquisa 
no estudo do desenvolvimento humano, cada um deles com suas vantagens e seus 
inconvenientes e limitações e cada um deles adequado para um tipo ou outro de 
resposta que se está buscando. Aqui não se esgotam as metodologias de pesquisa 
nesta área. Para outras áreas, existem outras metodologias de pesquisa. Neste livro, 
você estudará várias áreas do desenvolvimento e várias teorias, sendo que cada uma 
delas utilizou ferramentas apropriadas para encontrar suas respostas. 
Métodos de pesquisa: observação pura ou natural 
O primeiro método de pesquisa apresentado na Figura 1 é a observação pura ou 
natural, que é aquela metodologia utilizada nos primeiros estudos, sobre os quais você 
já leu no capítulo 1. Ela é feita no ambiente natural da criança, podendo ser na própria 
casa, na própria escola ou em uma praça onde costuma brincar. Não há intervenção 
do pesquisador que só observa e anota o que lhe chama a atenção, porém, sem um 
foco completamente delimitado. Na observação natural ou pura você observa e anota 
o que lhe chamar a atenção, sem uma definição prévia do que observar.
A observação pura pode fornecer dados muito relevantes sobre o comportamento 
da criança em seu ambiente natural, o que certamente é mais interessante do que 
em ambiente de laboratório. Porém, algumas condutas podem acontecer com uma 
baixa frequência e exigir um tempo muito longo de observação. 
Figura 1. Métodos de pesquisa no estudo do desenvolvimento 
Fonte: DELVAL (2002, p. 50).
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Como exemplo da dificuldade desse tipo de observação, recorro a um exemplo 
que ocorreu ao longo do desenvolvimento de meu filho Bruno, em que pude observar 
um único exemplo de imitação diferida. Porque tive que presenciar a cena original 
e a cena que estava sendo imitada, situação que ocorreu com intervalo de horas. 
Se presenciasse apenas uma das cenas não teria condições de saber se uma cena 
representava a imitação da outra. Imitação diferida é uma imitação que ocorre sem 
a presença do modelo imitado e será analisada em um dos capítulos dedicados ao 
estudo do desenvolvimento cognitivo. 
Métodos de pesquisa: observação estruturada 
A observação estruturada, ao contrário da observação natural ou pura, é realizada 
em condições definidas. Em geral, ocorre em laboratório, ou seja, em um ambiente 
que foi planejado e preparado para a atividade, e previamente são estabelecidos 
parâmetros para a observação. Por ser organizada quanto aos padrões de conduta 
a serem observados e quanto ao tempo, o pesquisador pode centrar sua atenção no 
comportamento que lhe interessa e pode fazer comparações entre sujeitos ou entre 
o sujeito e ele próprio em diferentes momentos. 
Um exemplo de observação estruturada consiste em verificar se uma criança deixada 
sozinha em uma sala com um pote de doces mexe nele ou não e, se o fizer, quanto 
tempo demora para fazer isso. Como a criança não está em seu próprio ambiente 
natural, o seu comportamento pode não corresponder ao que faria, o que consiste 
em uma das limitações do método. Além disso, esse tipo de estudo não abre muitas 
possibilidades para o aparecimento de novidades, pois o pesquisador está focado em 
um comportamento específico. 
ISTO ESTÁ NA REDE
O psicólogo Walter Mischel realizou uma série de estudos sobre autocontrole, 
utilizando o que ficou conhecido como Teste do Marshmallow. 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=OKNu1qjgXaA 
Métodos de pesquisa: questionários e testes 
Os questionários e testes são materiais com perguntas fixas que são aplicados de 
forma padronizada a muitos sujeitos. Uma de suas vantagens é que a coleta de dados 
https://www.youtube.com/watch?v=OKNu1qjgXaA
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é fácil, não demandando muito treinamento de quem os aplica. A aplicação é rápida, 
porque pode ser aplicada simultaneamente a várias pessoas e permite a comparação 
de respostas entre sujeitos. Por exemplo, você pode pedir o auxílio de professores de 
uma escola e os instruir a aplicar um questionário aos seus estudantes no período 
de aula. Assim, em pouco tempo você pode obter as respostas ao questionário de 
alunos de uma escola inteira. Porém, só se pode obter o resultado e não o processo. 
As perguntas são previamente organizadas e não há lugar para o surgimento de 
novidades. 
Um exemplo de testes padronizados são os testes de QI (Quociente Intelectual), que 
mede a idade mental em relação à idade cronológica. A famosa escala dos franceses 
Binet e Simon foi criada porque o governo francês queria entender os estudantes “com 
dificuldade de aprendizagem na escola da rede pública francesa no ano de 1905. Essa 
escala mensurava a inteligência de acordo com a idade do aprendiz, ou melhor, idade 
mental.” (SANTOS, 2008, online).
ISTO ESTÁ NA REDE
Os primórdios dos testes psicológicos de inteligência são apresentados pelo 
psicólogo Tiago André.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=rEQxieZTVok
Na psicologia, existe uma área específica que trabalha com testes e questionários 
padronizados, chamadade psicometria. Psicometria é o “conjunto de processos e 
métodos utilizados nos estudos de psicologia para medir a força e a duração dos 
processos mentais” (MICHAELIS, sd).
Métodos de pesquisa: método clínico piagetiano 
O método clínico parte de um núcleo comum de questionamentos que permite 
seguir o pensamento da pessoa pesquisada. Permite acompanhar em profundidade 
o seu pensamento, tirando dúvidas e levantando hipóteses ao longo da realização 
dos experimentos. Permite acompanhar o raciocínio da criança e entender o seu 
processo de desenvolvimento cognitivo. Porém, uma de suas dificuldades é que requer 
grande treinamento por parte do investigador. Outra dificuldade é que a aplicação é 
individual. A análise dos dados é difícil e requer um profundo conhecimento teórico e 
https://www.youtube.com/watch?v=rEQxieZTVok
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a comparação entre as respostas dos sujeitos requer muita habilidade, pois respostas 
parecidas em conteúdos podem revelar raciocínios diferentes, enquanto respostas 
diferentes em conteúdo podem revelar raciocínios semelhantes. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Neste vídeo, é possível acompanhar uma aula da autora sobre a teoria e a prática 
do método clínico piagetiano. 
Disponível em: https://youtu.be/RyNtaP1Dr04 
Métodos de pesquisa: método experimental 
O método experimental consiste na manipulação de uma variável independente para 
verificar o efeito sobre uma variável dependente. Por exemplo, aumentar o número de 
crianças em uma sala e verificar o efeito sobre as verbalizações. Permite identificar 
as causas e os efeitos. Para isso, contudo, é necessário ter hipóteses muito bem 
elaboradas para que a relação entre as variáveis seja comprovada e faça sentido. 
Em geral, usa grandes quantidades de sujeitos e os dados são submetidos à análise 
estatística, que relaciona as variáveis. 
ISTO ESTÁ NA REDE
Albert Bandura, um importante teórico da teoria da aprendizagem social, criou um 
famoso experimento, com um boneco João Bobo, para mostrar que a violência é 
provocada pela imitação de modelos. 
Disponível em: https://www.google.com/search?client=firefox-b-d&q=experiment
o+jo%C3%A3o+o+bobo#fpstate=ive&vld=cid:c50dd0d4,vid:3mFyq7A8DwI
Delineamentos evolutivos 
Estudar as mudanças que ocorrem em um ou vários sujeitos ao longo do tempo 
requer procedimentos específicos, que são os delineamentos evolutivos. De acordo 
com Delval (2002), os delineamentos evolutivos são utilizados quando se quer estudar 
o desenvolvimento, ou evolução, ao longo do tempo, de uma conduta, capacidade ou 
representação. Na figura 2, você pode conhecer as três possibilidades de delineamentos 
evolutivos. 
https://youtu.be/RyNtaP1Dr04
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ANOTE ISTO
O delineamento da pesquisa inclui vários aspectos entre os quais o objetivo, o 
tamanho e as características da amostra, a seleção dos participantes, as variáveis 
a serem estudadas, os procedimentos, os instrumentos e as técnicas de coleta de 
dados. 
O estudo longitudinal permite acompanhar um grupo de sujeitos ao longo do tempo. 
Como os mesmos sujeitos são acompanhados ao longo do tempo, pode-se verificar 
a mudança de suas condutas. Porém, é muito difícil realizar estudos longitudinais, 
porque o acompanhamento das mesmas pessoas costuma ter vários inconvenientes, 
como a recusa em permanecer na pesquisa, mudanças de endereço, mortes etc. 
O estudo transversal é realizado com sujeitos de diversas faixas etárias, porém o 
estudo é realizado com todos os sujeitos numa mesma época, com a tentativa de 
reproduzir por meio desses diferentes grupos o caminho percorrido pelos indivíduos 
ao longo do seu desenvolvimento. A coleta de dados é muito mais fácil do que no 
delineamento longitudinal, pois permite estudar um grupo grande de sujeitos em pouco 
tempo. Porém, os dados não pertencem aos mesmos sujeitos. O número grande de 
sujeitos pode compensar essa dificuldade. 
Figura 2. Tipos de delineamentos evolutivos
Fonte: DELVAL (2002, p. 49)
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O método longitudinal-transversal ou misto combina os dois modelos. Vários grupos 
de sujeitos de diferentes idades são acompanhados por um tempo muito menor do 
que seria necessário em um estudo longitudinal. A coleta de dados é muito mais fácil 
do que no estudo longitudinal, mas ainda apresenta a desvantagem de não serem os 
mesmos sujeitos acompanhados e estudados ao longo do tempo.
ISTO ESTÁ NA REDE
Faço parte, como sujeito de pesquisa, de dois estudos longitudinais. 
Um deles é o Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto - ELSA Brasil, que existe 
desde 2002, envolve 15 mil pessoas e cujo objetivo é investigar a saúde do adulto 
brasileiro. Vários artigos já foram produzidos e a pesquisa ainda não tem uma data 
para terminar. 
Disponível em: http://elsabrasil.org/ 
O outro estudo longitudinal de que faço parte é o Nutrinet Brasil, que trata de 
questões alimentares. No dia 21 de abril de 2023 já contava com 107.134 
participantes e ainda está aberto para receber mais colaboradores.
Disponível em: https://nutrinetbrasil.fsp.usp.br/ 
Conclusão
Neste capítulo, você teve contato com alguns dos mais importantes métodos 
utilizados nas pesquisas sobre o desenvolvimento humano, que são a observação 
pura, a observação estruturada, os questionários e testes, o método clínico e o método 
experimental. Cada método tem suas vantagens e suas desvantagens. A escolha por 
um método ou por outro depende do tipo de problema que se quer responder, depende 
da pergunta de pesquisa. Você conheceu, também, os delineamentos evolutivos que 
são longitudinal, transversal e misto e aprendeu que cada um deles tem vantagens 
e desvantagens. 
http://elsabrasil.org/
https://nutrinetbrasil.fsp.usp.br/
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CAPÍTULO 3
DESENVOLVIMENTO 
PSICOSSEXUAL 
Introdução 
Ao longo do ciclo de vida do ser humano, várias mudanças ocorrem e são estudadas 
a partir de diversos enfoques. Um desses enfoques é o desenvolvimento psicossexual, 
apresentado pelo criador da psicanálise Sigmund Freud. 
Talvez você já tenha se feito algumas dessas perguntas. Por que algumas pessoas, 
ao beberem álcool, fazem coisas que não fariam sem a bebida? Por que, algumas 
vezes, quando alguém está muito irritado com uma pessoa é possível sonhar que 
a está matando? Por que, em alguns sonhos, há alguém nos perseguindo? Por que, 
às vezes, estamos falando com uma pessoa e a chamamos pelo nome de outra? As 
explicações para algumas dessas situações podem ir além de nossa lógica consciente 
e é preciso recorrer à noção de inconsciente. 
Neste capítulo, você irá conhecer alguns conceitos importantes da psicanálise como 
o conceito de inconsciente, o id, o ego e o superego, o desejo do saber e a teoria do 
desenvolvimento psicossexual, com suas diversas fases. 
 
Psicanálise 
Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico austríaco que revolucionou a compreensão 
do comportamento humano, ao criar a psicanálise, que tem como objeto de estudo o 
inconsciente. Antes de Freud, o foco dos estudos psicológicos estava no consciente, 
e Freud demonstrou a força do inconsciente sobre o comportamento humano e sobre 
a formação da personalidade. 
O termo psicanálise, além de ser o nome de uma teoria, também representa um 
método de investigação e uma forma de tratamento. Neste capítulo, o nosso foco 
é a psicanálise enquanto teoria que explica o comportamento humano a partir do 
inconsciente (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA, 1999). 
As conclusões de Freud, que você vê na Figura 1, baseiam-se na análise de pacientes 
adultos. Ele próprio não fezpesquisas sistemáticas com crianças para corroborar 
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suas descobertas. Por essa razão, muitos autores discutem se psicanálise é ou não 
ciência. Apesar dessa discussão, é inegável o fato de que a psicanálise provocou 
mudanças sobre a forma de pensar o mundo e sobre a forma de compreender as 
relações interpessoais, especialmente sobre a importância dos cuidados para com 
as crianças e sobre a importância dos pais para o desenvolvimento infantil (KUPFER, 
1989). 
Figura 1. Sigmund Freud aos 66 anos de idade 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sigmund_Freud
Surgimento da psicanálise 
Freud (1979) era médico e suas primeiras publicações são sobre neurologia. 
Considera-se o início da psicanálise o ano de 1900, com a publicação de A interpretação 
dos sonhos, porém esse não é o início de sua carreira. Suas descobertas se deram por 
meio da análise clínica de seus pacientes, ou seja, foram estudos de caso. Enquanto 
as outras teorias da época estudavam a consciência e a razão, a psicanálise recupera 
a necessidade de se estudar a afetividade, tendo o inconsciente como o seu objeto 
de estudo (HOTHERSALL, 2019). 
ISTO ESTÁ NA REDE
Freud além da alma é um filme de 1962 que retrata os anos iniciais da carreira de 
Freud. Não é um documentário. Trata-se de uma história romanceada, baseada em 
fatos.
Disponível em: https://www.facebook.com/cpc.psi/videos/freud-al%C3%A9m-da-
alma-1962/1005942306590534/ 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sigmund_Freud
https://www.facebook.com/cpc.psi/videos/freud-al%C3%A9m-da-alma-1962/1005942306590534/
https://www.facebook.com/cpc.psi/videos/freud-al%C3%A9m-da-alma-1962/1005942306590534/
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Conceitos importantes 
A primeira explicação de Freud para o funcionamento mental, chamada de primeira 
tópica, dividia o aparelho psíquico em consciente, pré-consciente e inconsciente. Os 
conteúdos conscientes são os que estão acessíveis, os pré-conscientes são aqueles 
facilmente acessáveis, com pequeno esforço. Os inconscientes são aqueles conteúdos 
que não estão acessíveis ao nosso pensamento. Conteúdos que causam sofrimento 
podem ser afastados da consciência, tornando-se inconscientes, por meio de um 
mecanismo de defesa chamado de recalque (FREUD, 1979).
O fato de determinados conteúdos serem inconscientes não significa que não afetem 
a nossa vida. Ao contrário, eles afetam a nossa vida sem que tenhamos consciência 
da causa do sofrimento psíquico. Sem ter consciência, torna-se mais difícil se propor 
a realizar as mudanças necessárias. 
Você já deve ter ouvido alguém falar: “Meus relacionamentos dão errado, porque 
os homens são todos iguais”. Se a pessoa não se der conta de que é ela que está 
buscando pessoas que são iguais em determinado aspecto, ela continuará a fazer 
essas mesmas escolhas. 
No início de seu trabalho, Freud utilizou a hipnose como como forma de acesso 
ao inconsciente. Ao criar a psicanálise, abandonou a hipnose e utilizou outras vias 
de acesso ao inconsciente: associação livre, interpretação dos sonhos, análise dos 
atos falhos. Associação livre consiste em falar tudo o que vier à mente, mesmo que 
pareçam ser conteúdos desconexos. Atos falhos são erros que todos cometem no seu 
dia a dia, como errar palavras, chamar o atual namorado pelo nome do anterior ou se 
confundir com o horário de um compromisso. Esses erros podem revelar aspectos 
inconscientes de quem os comete (FREUD, 1979).
A segunda tópica, que foi uma segunda explicação para o aparelho psíquico, divide-o 
em id, ego e superego. O id quer a gratificação total e imediata, sem limites ou regras. 
O superego é a internalização das regras, sendo o responsável pela autoimposição 
de limites. O ego precisa encontrar um equilíbrio entre os desejos do id, as restrições 
do superego e os limites da realidade. 
Ao nascer, a criança é totalmente id. Ela não em noções de regras e é regida pelo 
princípio do prazer, querendo a gratificação imediata de suas necessidades. O superego 
tem seu surgimento a partir do Complexo de Édipo, que será explicado na sequência. 
O ego vai se constituindo ao longo da vida. A inteligência é uma função do ego. Tanto 
id quanto ego e superego têm partes conscientes e inconscientes (KUPFER, 1989).
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ISTO ESTÁ NA REDE
Este pequeno vídeo de 2min 28 s, da Enciclopédia Britânica, traz um breve relato 
sobre a vida de Freud. A narração e as legendas estão em inglês, mas vale a pena 
ver as imagens. 
Disponível em: https://www.msn.com/en-us/video/other/who-was-sigmund-
freud/vi-AA14NReV
Desenvolvimento psicossexual 
Freud iniciou seu trabalho com o objetivo de tratar seus pacientes, porém seu legado 
vai muito além do trabalho clínico individual. Deixou uma importante compreensão sobre 
o desenvolvimento infantil. Descobriu que as experiências ao longo do desenvolvimento 
deixam marcas na vida, determinando a diferença entre uma vida psíquica saudável 
e a doença e o tipo de personalidade que a pessoa terá (FREUD, 1979).
ISTO ESTÁ NA REDE
- Vídeo A sexualidade a partir da psicanálise 
https://www.youtube.com/watch?v=mZ0rV1Ix40Y 
O ambiente em que Freud vivia, a Áustria do final do século XIX e início do século XX, 
era de grande repressão sexual. Ele deu-se conta de que os conteúdos sexuais estavam 
muito presentes nas causas dos sofrimentos de seus pacientes. A princípio, pensou 
que, quando crianças, essas pessoas tinham sido vítimas de abuso sexual. Porém, 
percebeu que essa explicação não correspondia à realidade. A partir daí, ampliou o 
conceito de sexualidade, não a restringindo ao sexo genital, como se costuma entender. 
Freud incluiu nesse conceito outras formas de gratificação, inicialmente a partir da 
satisfação com o próprio corpo, depois voltando-se a outras pessoas (FREUD, 1979). 
ANOTE ISTO 
Parafilias - práticas sexuais não convencionais, rejeitadas socialmente, como, 
por exemplo, o exibicionismo, o fetichismo, a pedofilia, o sadomasoquismo etc. 
(DICIONÁRIO MICHAELIS on line). Disponível em https://michaelis.uol.com.br/
moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/parafilia/
https://www.msn.com/en-us/video/other/who-was-sigmund-freud/vi-AA14NReV
https://www.msn.com/en-us/video/other/who-was-sigmund-freud/vi-AA14NReV
https://www.youtube.com/watch?v=mZ0rV1Ix40Y
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/parafilia/
https://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/parafilia/
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Existem várias parafilias. Alguns tipos de parafilias são crimes, como aquelas que 
envolvem sujeitos vulneráveis ou que não contam com a permissão do outro. 
Alguns tipos de parafilias: 
• Sadismo – prazer sexual com sofrimento do parceiro
• Masoquismo – prazer sexual em sentir dor ou imaginar que a sente
• Pedofilia ou hebefilia – prazer sexual com crianças
• Frotteurismo – prazer sexual por tocar ou esfregar em pessoa não consentiu
• Exibicionismo – prazer sexual em exibir o órgão genital ao outro
• Pigmalionismo – atração sexual por estátuas
• Necrofilia – atração sexual por pessoa morta
• Edipismo – impulso sexual por parentes próximos
• Zoofilia – prazer sexual com animais
• Coprolalia – prazer sexual por palavras obscenas
• Coprofilia – prazer sexual pelo contato com fezes
• Coprofagia – prazer sexual na ingestão de fezes
• Urolagnia – prazer sexual que envolve micção, ruído de urina, urinar no parceiro
• Dolismo – atração sexual por bonecas ou manequins
Especialmente no texto intitulado Três ensaios sobe a teoria da sexualidade, escrito 
em 1905, FREUD(1979) apresenta de forma organizada as fases do desenvolvimento 
infantil.
Freud esclarece que, ao falar de sexualidade, não está usando o termo no sentido 
leigo do termo, que se refere ao relacionamento genital entre adultos. Freud se refere 
aos pontos de interesse da criança ao longo do desenvolvimento. A partir dessas 
constatações, criou uma teoria sobre o desenvolvimento da sexualidade a partir das 
fases oral, anal, fálica, latência e genital. 
ISTO ESTÁ NA REDE
- Vídeo Três ensaios sobre a teoria da sexualidade – Introdução 
Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=aZSsUQ7yq8s 
Desenvolvimento psicossexual: fase oral 
A primeira fase do desenvolvimento psicossexual, segundo Freud, é a fase oral. 
Nessa fase, a fonte de gratificação da criança encontra-se na boca. Ao nascer, a região 
https://www.youtube.com/watch?v=aZSsUQ7yq8s
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da boca é muito mais sensibilizada do que outras regiões do corpo. Na Figura 2, Eva, 
com 5 dias de vida, suga a própria mão, que acidentalmente ficou perto da boca. 
Figura 2. Fase oral
Fonte: Acervo pessoal da autora.
Tudo a criança leva à boca. Não se tata de fome, mas é sua forma de se relacionar 
com o mundo. Por isso, é necessário estar sempre atento à criança, pois ela leva tudo 
à boca.
 Uma pessoa pode desenvolver fixações nessa fase se sofrer grandes frustrações. 
Transtornos alimentares podem estar relacionados a dificuldades na fase oral. 
Relacionamentos de extrema dependência também podem revelar traços da fase oral. 
Há algumas décadas, era comum ouvir que os bebês deveriam ser alimentados de 
três em três horas e não nos intervalos. Ora, sabe-se que o bebê recém-nascido não 
tem força suficiente para sugar até se alimentar e cansa facilmente. Dorme e logo se 
acorda porque continua com fome. 
ISTO ESTÁ NA REDE
 Neste pequeno vídeo, eu falo para você porque o bebê pequeno faz mamadas 
curtas e a cada pouco tempo. 
Disponível em: https://youtube.com/shorts/J3sy7x7AnuA?feature=share3 
O bebê acaba de sair do conforto do útero e tem que aprender a viver no mundo 
externo, cheio de desconfortos até então desconhecidos. O colo lhe dá conforto. 
Então, quando o bebê de fase oral chora, não se trata de manha. Trata-se de alguma 
necessidade que não está sendo satisfeita. O choro é a maneira que o bebê tem de 
manifestar suas necessidades. 
https://youtube.com/shorts/J3sy7x7AnuA?feature=share3
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Algumas situações como um desmame abrupto ou a retirada repentina do bico 
podem causar grandes frustrações, com as quais o bebê pode não ter condições de 
lidar, pois não tem ainda outras maneiras de encontrar o conforto que a mamada e o 
bico proporcionam. Mais adiante, ele irá abandonar tanto o peito quanto o bico, não 
porque não sejam bons, mas porque há outras coisas a serem descobertas. Porém, se 
o bebê continuar precisando do peito e do bico, mesmo com a passagem do tempo, 
é porque não está conseguindo adquirir autonomia para isso e precisa de atenção. A 
retirada abrupta, ao invés de resolver a situação, produzirá mais estresse, com o qual 
ele não conseguiu aprender a lidar. Se você conhecer alguém que enfrenta esse tipo 
de situação, recomende a ajuda de um psicólogo infantil.
ISTO ESTÁ NA REDE
Neste pequeno vídeo, eu respondo para você se é bom ou não trocar a chupeta por 
um brinquedo, fato que costuma ocorrer com frequência na época do Natal. 
Disponível em: https://youtu.be/s-76H_R5bBU 
Desenvolvimento psicossexual: fase anal 
A fase anal corresponde à época em que a atenção da criança se volta ao controle 
dos esfíncteres anais. Corresponde à época em que a criança adquire um maior controle 
sobre seu corpo, podendo se deslocar sem ajuda. O controle sobre o corpo inclui a 
capacidade de reter ou expulsar as fezes. Esta fase é marcada por um uso intenso 
do não. 
Da mesma forma que na fase oral, problemas na fase anal também podem gerar 
dificuldades na vida adulta. Por exemplo, uma criança que tenha sido forçada ao 
controle esfincteriano em uma idade muito precoce pode desenvolver, na sua vida 
adulta, um hábito compulsivo de limpeza ou de acumulação (FREUD, 1979).
Desenvolvimento psicossexual: fase fálica 
A fase fálica é a terceira fase do desenvolvimento psicossexual e ocorre em torno 
dos três a cinco anos de idade. Mesmo que ela tenha estado na presença de pessoas 
nuas, é apenas nesta fase que a criança se dá conta das diferenças anatômicas entre 
os sexos e procura entendê-las. É na fase fálica que ocorre o Complexo de Édipo e 
se dá o surgimento do superego. 
https://youtu.be/s-76H_R5bBU
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No Complexo de Édipo, a mãe é o objeto de desejo do menino, e 
o pai é o rival que impede seu acesso ao objeto desejado. Ele 
procura então ser o pai para ter a mãe, escolhendo-o como modelo 
de comportamento, passando a internalizar as regras e as normas 
sociais representadas e impostas pela autoridade paterna (BOCK, 
TEIXEIRA, FURTADO, 1999, p. 75).
Apesar de Freud usar os termos pai e mãe, pode-se ler como função materna e 
função paterna, ou seja, as pessoas que ocupam essas funções na vida da criança. A 
psicanálise mostra que essas funções precisam ser desempenhadas por duas pessoas 
diferentes, mesmo que se alternem nesses papeis. 
ANOTE ISTO
 O termo Complexo de Édipo foi criado com inspiração na tragédia Grega Édipo Rei, 
escrita por Sófocles em 427 a.C.
Édipo não foi criado por seus pais biológicos e não os conhece. Mata seu pai, 
sem saber quem era, e se casa com a viúva Jocasta, que é sua mãe. 
Fonte: SÓFOCLES (2004)
Desenvolvimento psicossexual: latência 
Na latência, a criança tem uma diminuição da curiosidade sobre a sexualidade 
e seu próprio corpo e tem um aumento de curiosidade sobre o mundo que a cerca, 
voltando-se mais para os estudos, período que costuma coincidir com a entrada na 
escola de ensino fundamental. A fase de latência segue até o início da puberdade. 
Desenvolvimento psicossexual: fase genital 
 A fase genital inicia com as modificações produzidas pela puberdade. Ao nascer, a 
criança apresenta os caracteres sexuais primários e na puberdade surgem os caracteres 
sexuais secundários. Nessa fase, o interesse se volta para um foco externo a ela, que 
pode ser outra pessoa ou não. Ver as parafilias. 
 
Desejo de saber 
Para a psicanálise, o que você aprende não equivale ao que é ensinado pelo professor, 
já que a aprendizagem depende de processos inconscientes. Para Freud (KUPFER, 
1989), educar é uma profissão impossível, pois não se pode controlar os efeitos do 
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ensino sobre a aprendizagem do outro. Além disso, a aprendizagem depende do desejo 
de aprender. Apesar de o desejo de aprender não garantir a aprendizagem, sem ele 
ela não ocorre. 
Transferência 
Outro conceito psicanalítico importante para a área da educação é o de transferência. 
Esse conceito foi criado por Freud (HOTHERSALL, 2019) para explicar a relação 
estabelecida pelo paciente com seu médico. Surge no tratamento analítico um “amor 
que se volta para o analista, desempenhando um papel [...] revelador do passado [...] 
(KAUFMANN, 1996, p. 548). 
Esse amor dedicado ao médico seria uma repetição inconsciente do relacionamento 
da criança com os seus pais. Da mesma forma, Freud explica que pode surgir na 
relação docente-estudante um amor de transferência e afirma que se aprende por 
amor a alguém (KUPFER, 1989).
ISTO ESTÁ NA REDE
Vídeo Paradigma psicanalítico na educação 2 
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=eqTjj2PXU9kConclusão
Neste capítulo, você conheceu a psicanálise, uma das importantes teorias sobre 
o desenvolvimento infantil. A psicanálise teve um grande impacto sobre a forma de 
interpretar o mundo, seja na literatura, no teatro, no cinema e na educação, ressaltando 
o papel do inconsciente na determinação de nossos comportamentos. A teoria do 
desenvolvimento psicossexual revolucionou a forma como se entende o ser humano 
e a necessidade de maiores cuidados à criança, especialmente nos primeiros anos 
de vida. 
https://www.youtube.com/watch?v=eqTjj2PXU9k
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CAPÍTULO 4
DESENVOLVIMENTO 
PSICOSSOCIAL I: LACTÂNCIA, 
INFÂNCIA PRECOCE, IDADE DO 
JOGO, IDADE ESCOLAR 
Introdução
O psicanalista Erik Erikson ampliou o estudo freudiano sobre os estágios do 
desenvolvimento psicossexual e criou a teoria do desenvolvimento psicossocial. A teoria 
freudiana foi ampliada em dois sentidos. No primeiro sentido, Erikson ampliou o espectro 
das preocupações freudianas, assinalando não apenas as questões relacionadas ao 
próprio corpo da criança, mas também os efeitos da sociedade sobre ela. No segundo 
sentido, ampliou as idades estudadas, preocupando-se com o desenvolvimento humano 
até o fim da vida. 
Neste capítulo, você irá conhecer a teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik 
Erikson (1976a, 1976b, 2000; ELKIND, 1978) e os estágios de 1 a 4, ou seja, lactância, 
infância precoce, idade do jogo, e idade escolar, cada um deles com suas principais 
características e reflexos sobre os estágios posteriores. 
 
A teoria do desenvolvimento psicossocial 
A teoria do desenvolvimento psicossocial foi criada pelo psicanalista Erik Erikson 
(1902-1994), que você vê na Figura 1. 
Figura 1. Erik Erikson 
Fonte: FEIST; FEIST; ROBERTS (2015, p.145). 
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As ideias de Erik Erikson resultaram de pesquisas do tipo antropológico, histórico, 
sociológico e clínico. Ele acreditava que as formas como a pessoa interage com o 
ambiente e consigo própria mudam ao longo do ciclo vital. O autor dividiu o ciclo vital 
em oito estágios, de acordo com essas formas como a pessoa realiza essa interação. 
Após sua morte, sua esposa Joan Erikson acrescentou um nono estágio na edição 
revisada de O ciclo de vida completo (ERIKSON, 2000), o que se tornou necessário 
devido ao aumento da expectativa de vida nos últimos cem anos. Na Figura 2 você 
vê um quadro síntese com esses estágios.
Estágio Nome Idade Crise
1º Lactância Primeiro ano confiança básica x desconfiança básica
2º Infância precoce Segundo e terceiro anos autonomia x vergonha e dúvida 
3º Idade do jogo De três a cinco anos iniciativa x culpa
4º Idade escolar Dos seis aos 12 anos diligência x inferioridade
5º Adolescência
Da puberdade ao início da idade 
adulta
identidade x confusão de identidade
6º Início da vida adulta Dos 19 aos 30 anos intimidade x isolamento
7º Idade adulta Dos 31 aos 60 anos generatividade x estagnação
8º Velhice
Originalmente, dos 60 até o final da 
vida. Modificado para 60 a 80 anos
integridade x desespero
9º Velhice avançada Acima dos 80 anos
desenvolvimento interior x limitações físicas e mentais. 
Força básica: Gerotranscendência. Capacidade para 
transcender as limitações corporais e experimentar 
uma compreensão mais universal da vida e focalizar 
nos aspectos iminentes da própria morte. 
Figura 2. Os estágios do desenvolvimento psicossocial de acordo com Erik Erikson 
Fonte: Elaborado pela autora. 
Na sequência deste capítulo, você estudará os quatro primeiros desses estágios 
do desenvolvimento psicossocial, que são a lactância, a infância precoce, a idade do 
jogo e a idade escolar. 
Primeiro estágio: Lactância 
O primeiro estágio do desenvolvimento psicossocial de Erikson é a lactância e 
corresponde ao primeiro ano de vida. Em termos etários, corresponde à fase oral do 
desenvolvimento psicossexual de Freud. Porém, Erik Erikson estende sua análise para 
além da importância da boca. 
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Para Erikson, a lactância é representada pelo termo oral-sensorial, pois, além da 
boca, acredita que o bebê se relaciona com o mundo com todos os seus sentidos. 
Ao longo do primeiro estágio, a crise psicossocial básica pela qual passam os bebês 
é a de confiança básica X desconfiança básica. Se têm suas necessidades atendidas, os 
bebês tendem a desenvolver a confiança básica. “Todavia, eles aprendem desconfiança 
básica se não encontram correspondência entre suas necessidades orais-sensoriais e 
o ambiente” (FEIST; FEIST; ROBERTS, 2015, p.151). O afeto é uma das necessidades 
do bebê. Na Figura 3, Anycandra de 11 meses, recebe aconchego do colo. 
Figura 3. Construção da confiança básica
Fonte: Acervo pessoal da autora. 
Embora seja importante que o sentimento de confiança predomine sobre o de 
desconfiança, o bebê precisa experienciar os dois, pois apenas confiança torna a 
criança completamente ingênua e vulnerável ao mundo. Se predominar a desconfiança, 
sobressaem “a frustração, raiva, hostilidade, cinismo ou depressão” (FEIST; FEIST; 
ROBERTS, 2015, p. 152).
ANOTE ISTO
• Lactância - fase da vida em que a criança é amamentada. 
• Lactação - amamentação; secreção e excreção de leite. 
• Lactente - a criança que mama.
• Lactante - quem produz leite.
Se a crise confiança básica X desconfiança básica for resolvida de forma satisfatória, 
surge a esperança. Se esse conflito não for vivido de forma satisfatória, prevalece “o 
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retraimento, a patologia central do lactente. Com pouco a esperar, eles se retiram do 
mundo externo e começam a jornada em direção a graves transtornos psicológicos” 
(FEIST; FEIST; ROBERTS, 2015, p. 152).
Segundo estágio: Infância precoce 
A infância precoce é o segundo estágio do desenvolvimento psicossocial conforme 
Erikson e ocorre nos segundo e terceiro anos de vida da criança. Em termos etários, 
corresponde à fase anal do desenvolvimento psicossexual de Freud. 
Assim como no primeiro estágio, da lactância, também neste estágio Erikson 
estendeu a visão sobre o campo de interesse da criança. Para Erikson, “as crianças 
pequenas obtêm prazer não só ao dominarem o músculo esfincteriano, mas também 
ao dominarem outras funções corporais como urinar, caminhar, jogar, segurar, entre 
outras” (FEIST; FEIST; ROBERTS, 2015, p. 152). Nesse estágio, a criança vai construindo 
um maior controle sobre seu ambiente e sobre seu próprio corpo. Ao mesmo tempo 
em que tem mais autocontrole e controle sobre o mundo, também começa a sentir 
dúvida e vergonha, já que nem sempre é bem-sucedida nos seus movimentos de 
autonomia e precisa de ajuda, como se vê na Figura 4. 
Figura 4. Aumento de autonomia, mas nem sempre
Fonte: Acervo pessoal da autora
Erikson denominou o modo de relação com o mundo como anal-uretral-muscular. 
Nesse estágio, a criança aprende a ter controle sobre seu próprio corpo, seja nas 
questões de limpeza, controlando seus esfíncteres, mas também com relação à 
mobilidade. Aprende a controlar as fezes, expulsando ou retendo. Pode se aproximar da 
mãe ou se afastar. Pode aproximar-se dos objetos ou atirá-los longe. Esse movimento 
em que a criança apresenta comportamentos opostos leva a uma crise psicossocial 
de autonomia X vergonha e culpa. 
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Da mesma forma que no conflito do primeiro estágio, a criança precisa vivenciar os 
dois polos, agora representados pela autonomia e pela vergonha e dúvida. A autonomiadepende da confiança básica, e, se predomina o sentimento de autonomia, a criança 
desenvolve sua força básica que é a vontade. Se, no estágio anterior, tiver predominado 
a desconfiança, a criança terá dificuldade para desenvolver o controle sobre o próprio 
corpo, vencendo a vergonha e a dúvida. “Vergonha é um sentimento de autoconsciência, 
de ser olhado e estar exposto. Dúvida, por sua vez, é o sentimento de não estar certo, 
o sentimento de que algo permanece oculto e não pode ser visto” (FEIST; FEIST; 
ROBERTS, 2015, p. 153).
Ao vencer a vergonha e a dúvida, sobressai-se a compulsão, que é uma vontade 
inadequada. As consequências disso se fazem sentir em idades posteriores: “pouca 
vontade e muita compulsividade se transportam para a idade do jogo como falta de 
propósito e para a idade escolar como falta de confiança” (FEIST; FEIST; ROBERTS, 
2015, p. 153). 
Terceiro estágio: Idade do jogo 
A idade do jogo é o terceiro estágio do desenvolvimento psicossocial. Em termos 
de idade, estende-se em torno dos 3 aos 5 anos de vida, equivalente à fase fálica 
do desenvolvimento psicossexual. Na teoria freudiana, a fase fálica é marcada pelo 
Complexo de Édipo (FREUD, 1979). Como diz o nome, o jogo prevalece, como se vê 
na Figura 5.
Figura 5. Idade do jogo
Fonte: Acervo pessoal da autora.
Para Erikson, além do Complexo de Édipo, desenvolvem-se algumas importantes 
habilidades na criança: “a locomoção, as habilidades de linguagem, a curiosidade, a 
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imaginação e a capacidade de estabelecer objetivos” (FEIST; FEIST; ROBERTS, 2015, 
p. 153).
Para Erikson, a relação da criança com o mundo na idade do jogo se dá por meio 
de um modelo genital-locomotor. Ao mesmo tempo em que se interessa por questões 
relacionadas às diferenças anatômicas e de comportamento e de reprodução, adquire 
mais autonomia na locomoção, caminhando, correndo e saltando com facilidade. Ao 
mesmo tempo, o seu jogo ganha em iniciativa e em imaginação. 
O crescimento da capacidade imaginativa, em que pode se colocar em diferentes 
papéis, não só lhe proporciona iniciativa, mas também o sentimento de culpa. Assim, 
quando consegue se deslocar e imaginar com mais intensidade, sobrevém um 
sentimento de culpa. 
Iniciativa X culpa é o conflito básico da idade do jogo. Os dois sentimentos devem 
ser vivenciados, mas, se prevalecer a iniciativa desenfreada, pode surgir o caos e a falta 
de princípios morais. Se a culpa se sobrepuser, surge ou uma moral compulsiva ou 
muita inibição. A inibição é a patologia central neste estágio. Se o conflito for resolvido 
de forma adequada, desenvolve-se o propósito, que é a força básica da idade do jogo.
Quando o propósito vence, a criança consegue seguir seus objetivos, competir em 
jogos e tem o interesse em vencer. Começa a compreender as noções de certo e de 
errado, que se desenvolverá posteriormente, servindo de base à moral. 
Quarto estágio: Idade escolar
O quarto estágio do desenvolvimento psicossocial conforme Erikson é a idade 
escolar, abrangendo a faixa etária dos seis aos 12 anos de idade. O autor compara 
com o estágio freudiano de latência. O mundo da criança expande-se e aumenta o 
convívio social com amigos e professores. A criança interessa-se mais pelo saber e 
busca a competência. “As crianças empenham-se com diligência em ler e escrever, 
caçar e pescar, em aprender as habilidades requeridas por sua cultura” (FEIST; FEIST; 
ROBERTS, 2015, p. 154). 
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Figura 6. Fase escolar
Fonte: Acervo pessoal da autora. 
A idade escolar é uma fase em que as crianças se dedicam mais a conhecer como 
funciona o mundo em que vivem, voltando sua energia para as tecnologias, para a sua 
cultura e as formas e normas das interações sociais. Na Figura 6, Wendell preparado 
para um evento na escola.
A idade escolar é um momento de grande desenvolvimento social e a crise que 
marca este estágio é a diligência X inferioridade. A diligência se refere ao empenho, 
à capacidade de se ocupar com algo e concluí-lo e à capacidade de cooperação. Por 
outro lado, se o trabalho da criança não for suficiente para que ela o conclua, surge 
o sentimento de inferioridade. 
Como nos estágios anteriores, os dois sentimentos - diligência e inferioridade - 
devem ser vivenciados para que a criança possa chegar à superação desse estágio. O 
sentimento de inferioridade, desde que não seja exagerado, leva à busca por melhorar. 
Se o sentimento de inferioridade é exagerado, paralisa a atividade produtiva e pode 
destruir o sentimento de competência, podendo levar à uma regressão à fase anterior, 
surgindo a inércia, que é a patologia central da idade escolar. A força básica da idade 
escolar é a competência, em que a criança consegue usar suas habilidades para 
resolver problemas (ERIKSON, 1976a, 1976b, 2000). 
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Conclusão
Neste capítulo, você conheceu a teoria do desenvolvimento psicossocial, criada pelo 
psicanalista Erik Erikson que, partindo do modelo desenvolvido por Freud, ampliou-o, 
incluindo outros aspectos além da sexualidade. Erikson, sem se descuidar dos aspectos 
biológicos do crescimento, considerava a importância do papel da sociedade na 
resolução dos conflitos de cada faixa etária. Além disso, ampliou a quantidade 
de estágios do desenvolvimento, estudando as várias etapas do ciclo vital até o 
envelhecimento e a morte. 
Você estudou os quatro primeiros estágios do ciclo vital de acordo com Erikson que 
são: a lactância, a infância precoce, a idade do jogo e a idade escolar. Nos próximos 
capítulos, você estudará os outros estágios.
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CAPÍTULO 5
DESENVOLVIMENTO 
PSICOSSOCIAL II: 
ADOLESCÊNCIA, INÍCIO 
DA VIDA ADULTA
Introdução
O ser humano passa por muitas mudanças ao longo do seu ciclo vital. Diferentes 
teorias foram criadas para explicar esse processo. Uma dessas teorias é a criada pelo 
psicanalista Erik Erikson que dividiu o ciclo vital em oito estágios. Posteriormente, em 
função do aumento da expectativa de vida no último século (IBGE), foi acrescido um 
nono estágio. 
No capítulo anterior, você estudou os quatro primeiros estágios do desenvolvimento 
psicossocial, de acordo Erikson: lactância, infância precoce, idade do jogo e idade 
escolar. Neste capítulo, você continuará a conhecer os estágios do desenvolvimento 
psicossocial, a partir do estudo da adolescência e do início da vida adulta, o quinto e 
o sexto estágios do desenvolvimento psicossocial, respectivamente. 
Quinto estágio: Adolescência 
O interesse sobre a adolescência é recente, podendo ser situado na segunda metade 
do século XX. Nessa época, começou a transcorrer um tempo maior entre o fim da 
infância e o início da vida adulta, pois o grande progresso na industrialização exigiu 
uma maior formação e a demora para o ingresso no trabalho. 
Puberdade e adolescência às vezes são usadas como sinônimos, mas representam 
distintos fenômenos. A puberdade é um fenômeno biológico, pelo qual passam todos 
os seres humanos. Consiste no aparecimento dos caracteres sexuais secundários, 
que são os pelos, a menstruação, o crescimento de seios etc. que indica o início da 
capacidade reprodutiva (OUTEIRAL, 1994). 
A adolescência é um fenômeno bem mais complexo e, por isso, alguns autores 
falam em adolescências, já que não existe “um critério claro para definir a fase que 
vai da puberdade até a idade adulta. Essa confusão acontece porque a adolescência 
não é uma fase natural do desenvolvimento humano, mas um derivado da estrutura 
socioeconômica” (BOCK; FURTADO; TEIXEIRA;1999, p. 291). 
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 Do ponto de vista legal, a definição para a adolescência é objetiva. Para o Estatuto 
da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990), é criança quem tem de zero a 12 anos 
incompletos, ou seja, até o dia anterior a completar 12 anos é criança e no dia em que 
completa 12 anos torna-se adolescente. É adolescente quem tem de 12 a 18 anos 
incompletos. Perante a lei, a pessoa é adolescente até o dia anterior a completar 18 
anos. No dia em que completa 18 anos é considerada adulto.
ISTO ESTÁ NA REDE
Lei nº 8069, de 13 de julho de 1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do 
Adolescente. 
Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm 
Segundo a teoria de Erik Erikson (1976 a, 1976 b, 2000), o conflito pelo qual passa 
o adolescente é o da identidade X confusão de identidade e a sua tarefa básica é a 
construção de uma nova identidade. O estágio da adolescência, segundo Martorell 
(2014, p. 312), é uma fase de confusão de identidade, que também é denominada de 
“confusão de função”. 
A construção da nova identidade depende de muitos fatores além dos biológicos, 
entre os quais os étnicos, os culturais, os econômicos e os sociais. Sendo assim, 
trata-se de um fenômeno complexo, que pode até não existir em algumas culturas 
ou em diferentes classes sociais. 
O psicanalista gaúcho José Outeiral (1994, p. 71) afirma que, para sair dessa 
confusão e construir sua própria identidade, o adolescente identifica-se com várias 
pessoas, como mãe, pai, família, professores, amigos, ídolos e a sociedade mais ampla. 
Segundo o autor, “O novo corpo é habitado por uma nova mente”. O corpo muda muito 
rapidamente, enquanto a identidade se constrói lentamente. 
A confusão de papeis, típica da adolescência, é definida por Bock, Furtado e Teixeira 
(1999, p. 203) como: “Uma vontade de ser criança e adulto ao mesmo tempo”. Esse 
conflito é muito bem retratado em Alice no país das maravilhas. 
A construção da identidade ocorre “com ‘turbulências’ com ‘idas e vindas’, provocando 
perplexidade e confusão nos adultos” (OUTEIRAL, 1994, p. 72), que se esquecem de 
que também foram adolescentes e que também passaram por essa confusão. 
Para Martorell (2014, p. 312), a identidade adulta surge quando são realizadas certas 
conquistas: “a escolha de uma profissão ou ocupação, a adoção dos valores pelos 
quais se guiará pela vida e o desenvolvimento de uma identidade sexual que satisfaça”.
Esse processo depende de vários fatores. Anacleto e Fonseca (2021) consideram que 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
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“a ideia de adolescência é tributária da discursividade contemporânea, ou seja, ela é 
efeito de uma produção política e social que demarca uma diferença com o infantil”.
O corpo muda, mudam a identidade adolescente e os relacionamentos. Não apenas 
o adolescente se vê de maneira distinta como passa a ver as outras pessoas de 
maneira diferente do que costumava ver. Durante a infância, os pais são idealizados, 
são considerados perfeitos. Na adolescência, porém, o adolescente passa a ver os 
pais como pessoas normais, com acertos e erros. 
A adolescência exige independentizar-se, com “a transformação de vínculos infantis 
de relacionamento por um outro tipo e vínculo mais maduro, mais independente e mais 
adulto” (OUTEIRAL, 1994, p. 16). Segundo Outeiral (1994), a família toda adolesce 
junto e muitos adultos acabam se identificando com o comportamento adolescente. 
É interessante ressaltar que pais de adolescente, em geral, estão vivendo um outro 
momento de crise no ciclo vital, que é a crise da meia idade. 
Na Figura 1, é retratada a adolescência. Os amigos passam a ocupar o papel 
central nos relacionamentos e no grupo o adolescente se identifica e busca sentir-se 
aceito, adotando padrões semelhantes no cabelo, nas roupas, no vocabulário e nos 
comportamentos. Apesar disso, segundo Steinberg (2008), em caso de divergências 
de valores, os valores familiares continuam sendo os mais importantes. 
Figura 1. Adolescência
Fonte: Acervo pessoal da autora. 
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Muitas mudanças intensas são percebidas na adolescência, sendo muitas vezes 
chamada de “época da rebeldia adolescente, envolvendo um turbilhão emocional, 
conflitos com a família, segregação da sociedade adulta, comportamento imprudente 
e rejeição dos valores adultos” (MARTORELL, 2014, p. 319). Apesar disso, a maioria 
dos adolescentes apresenta padrões adequados de comportamento. As mudanças 
são esperadas, mas parece haver um exagero quanto à rebeldia. Segundo Outeiral 
(1998, p. 18), o “processo de estabelecimento de novos vínculos com a família e a 
sociedade, não mais em termos infantis, e si, dentro de um modelo mais adulto, é 
uma das tarefas básicas da adolescência”. 
Para Erikson (1976a, 1976b), a adolescência é uma crise normativa, ou seja, faz 
parte do processo de desenvolvimento normal. Maurício Knobel (in ABERASTURY 
e KNOBEL, 1992) descreveu a Síndrome da Adolescência Normal com as seguintes 
características: busca de si mesmo e da identidade; tendência grupal; necessidade 
de intelectualizar e fantasiar; crises religiosas; deslocalização temporal; evolução 
sexual manifesta; atitude social reivindicatória; contradições sucessivas em todas as 
manifestações da conduta; separação progressiva dos pais; constantes flutuações 
do humor. 
A adolescência, com todas essas manifestações, é “absolutamente necessária, 
para o adolescente que, nesse processo, vai estabelecer a sua identidade” (KNOBEL in 
ABERASTUTY; KNOBEL, 1992, p. 9). O adolescente, embora se separe gradativamente 
de seus pais, precisa deles para conter sua ansiedade. 
Quando prevalece a confusão de papéis, predomina o comportamento delinquente. 
Segundo Elkind (1978, p. 8): 
Alguns jovens procuram uma “identidade negativa”, uma identidade 
oposta a que lhes foi atribuída pela família e pelos amigos. Possuir 
uma identidade como “delinquente”, às vezes, pode ser preferível a 
não ter qualquer identidade 
Segundo Erik Erikson, a força básica da adolescência é a fidelidade, ou fé em sua 
própria ideologia, que surge quando vence a construção de uma identidade. Por outro 
lado, quando vence a confusão de papéis, pode gerar o adiamento de responsabilidades 
da vida adulta. 
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ISTO ESTÁ NA REDE
O Ministério da Saúde (BRASIL, 2018), lançou uma cartilha específica para cuidar 
dos adolescentes, especificamente aqueles em vulnerabilidade social: Proteger e 
cuidar do adolescente na atenção básica. 
Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/proteger_cuidar_
adolescentes_atencao_basica_2ed.pdf 
Sexto estágio: Início da vida adulta 
O sexto estágio do desenvolvimento psicossocial é o início da vida adulta, que surge 
quando o adolescente consegue construir a sua identidade. O início da vida adulta 
situa-se aproximadamente entre os 19 e os 30 anos de idade. As idades, porém, não 
são o mais significativo para indicar os limites. A delimitação da vida adulta inicial 
está muito mais focada nas características, sendo o início dessa fase marcado pela 
intimidade e o final marcado pela generatividade. As tarefas a serem enfrentadas 
pelos jovens adultos são o desenvolvimento da genitalidade madura, a superação do 
conflito intimidade x isolamento e a construção da força básica que é o amor.
Enquanto a sexualidade adolescente está marcada pela busca da sua identidade, 
no jovem adulto está marcada pela genitalidade, pelo compartilhamento com outrapessoa, conforme se vê na Figura 2. 
O conflito básico é o da intimidade X isolamento. A intimidade é a capacidade para 
se vincular com outra pessoa, porém sem perder a própria identidade. Na intimidade 
é possível construir uma intimidade mútua. 
Figura 2. Início da vida adulta 
Fonte: Acervo pessoal da autora. 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/proteger_cuidar_adolescentes_atencao_basica_2ed.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/proteger_cuidar_adolescentes_atencao_basica_2ed.pdf
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O isolamento, segundo Erikson (1976a, p. 137) é “a incapacidade de arriscar a 
própria identidade compartilhando a verdadeira intimidade”. Ora, se o adolescente não 
construiu uma identidade, não tem como compartilhá-la com alguém. 
Erikson lembra que os dois polos são necessários para a superação do conflito 
básico desta fase. Porém, a intimidade em excesso “pode diminuir o senso de identidade 
do ego” (FEIST; FEIST; ROBERTS, 2015 p. 157), podendo resultar em dificuldade para 
enfrentar a próxima etapa. O isolamento excessivo também é prejudicial, pois leva a 
uma falta de intimidade, não podendo levar ao amor.
O amor é a força básica do início da vida adulta. Surge quando o jovem adulto 
encontra um equilíbrio entre a intimidade e o isolamento, podendo manter sua identidade 
própria e, ao mesmo tempo, ser capaz de estabelecer um relacionamento através da 
confiança mútua. Segundo Feist, Feist e Roberts (2015, p. 157), “Amor maduro significa 
comprometimento, paixão sexual, cooperação, competição amizade”.
 Apesar de alguma exclusividade ser necessária para a vida adulta, pois escolhas 
e exclusões são feitas, a patologia central do início da vida adulta é a exclusividade. 
A exclusividade patológica ocorre quando impede a cooperação, a competição e o 
comprometimento, que fazem prosperar o amor e a intimidade. 
 
Conclusão
Neste capítulo, você conheceu mais dois estágios do ciclo vital de acordo com a 
teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson, o quinto e o sexto estágios, 
adolescência e início da vida adulta, respectivamente. Cada um dos estágios, com 
seus conflitos básicos e sua força principal. No próximo capítulo, você conhecerá os 
três estágios do desenvolvimento psicossocial que ainda não foram apresentados, 
que são a idade adulta, a velhice e a velhice avançada. 
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CAPÍTULO 6
DESENVOLVIMENTO 
PSICOSSOCIAL III: 
IDADE ADULTA, VELHICE, 
VELHICE AVANÇADA 
Introdução
O ciclo de vida completo foi estudado por Erik Erikson (1976a, 1976b, 2000), que 
o dividiu em oito estágios. Contudo, a expectativa de vida aumentou muito depois da 
escrita de sua teoria na década de 1940. Após a morte do autor, a sua esposa Joan 
Erikson acrescentou mais um estágio, o da velhice avançada. 
Neste capítulo, você conhecerá três estágios do ciclo vital, de acordo com a teoria do 
desenvolvimento psicossocial. São o sétimo, o oitavo e o nono, respectivamente, idade 
adulta, velhice e velhice avançada. Após a apresentação dos estágios, você encontrará 
um quadro síntese, com os oito primeiros estágios, elaborado pelo próprio Erikson.
ANOTE ISTO 
• Expectativa de vida – Idade estimada que será atingida por uma pessoa ou um 
grupo ou uma população, que tenha nascido em certa época e em certo lugar.
• Longevidade – O tempo que, de fato, vive uma pessoa ou um grupo ou uma 
população. 
Sétimo estágio: Idade adulta 
O sétimo estágio do desenvolvimento psicossocial é o da adultez intermediária, 
que vai dos 31 aos 60 anos. Na época em que Erikson propôs essa faixa etária, a 
expectativa de vida era bastante diferente da atual. Atualmente, considera-se que a 
adultez intermediária, também conhecida como meia idade, inicia aos 40 anos de 
idade e vai até os 60 anos de idade ou 65 anos, no caso dos países desenvolvidos. 
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A idade adulta é marcada, como os demais estágios, por vários desafios, com a 
necessidade de uma nova identidade, tanto individual como social e, segundo Erickson 
(1976a, 1976b, 2000), é marcada pelo conflito entre generatividade X estagnação. O 
modo de adaptação é a procriatividade, sendo o cuidado a sua a força básica, enquanto 
a rejeição é o seu aspecto patológico.
O interesse por essa fase da vida, da mesma forma que a infância e a adolescência, 
também é recente. Em função do aumento da expectativa de vida da população, o 
termo apareceu pela primeira vez em um dicionário no ano de 1895, de acordo com 
Lachmann (2004). A delimitação das faixas etárias tem apresentado variação em 
função de mudanças demográficas que estão ocorrendo no mundo todo em que a 
expectativa de vida vem aumentando, inclusive no Brasil (IBGE). 
 A meia idade ou adultez intermediária “pode ser um tempo de declínio e perda, 
ou de domínio, competência e crescimento”, sendo que variados fatores colaboram 
para isso, tais como “a saúde, gênero, raça/etnia, o nível socioeconômico, a coorte 
e a cultura, bem como a personalidade, a situação conjugal e parental e o emprego” 
(PAPALIA; MARTORELL, 2022, p. 1659).
A meia idade costumava ser analisada apenas nas relações com os filhos e com 
os pais já idosos, porém, atualmente, vem se destacando mais a possibilidade de 
mudanças que esse estágio oferece (LACHMAN, 2004). Segundo Erikson (1976b), o 
sétimo estágio também tem seu desafio, cujo desfecho pode ser positivo ou negativo. 
Você compreenderá, na sequência, o que significa o conflito generatividade X estagnação.
Generatividade é a capacidade de deixar um legado para as futuras gerações, por 
meio de uma contribuição à sociedade. Erikson (2000, p. 67) salienta que a virtude 
presente nessa capacidade é o cuidado: “um compromisso amplo no sentido de cuidar 
das pessoas, dos produtos e das ideias com as quais a pessoa aprendeu a se importar”. 
A estagnação, ao contrário, ocorre quando as pessoas não conseguem encontrar um 
significado, não conseguem deixar um legado, tornando-se mais “centradas em si 
mesmas, indulgentes e estagnadas” (PAPALIA; MARTORELL, 2022, p. 1760). 
Na medida em que na meia idade os filhos já cresceram e a carreira já está 
consolidada, pode surgir a generatividade, que se caracteriza por um interesse não 
só pelos próprios filhos, mas com o futuro da sociedade em geral. Por outro lado, as 
pessoas “que não chegam a formar um senso de generatividade caem num estado 
de absorção em si mesmas, em que as necessidades e comodidades pessoais são 
a preocupação dominante”, chamado de estagnação (ELKIND, 1978, p. 3). 
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A generatividade tem múltiplas formas de manifestação, podendo ser, entre outras 
coisas, “por meio de ensino ou aconselhamento, da produtividade ou criatividade, da 
autogeração ou do autodesenvolvimento” (PAPALIA; MARTORELL, 2022, p. 1763). 
As pessoas que apresentam níveis mais altos de generatividade são as mesmas que 
apresentam mais satisfação com a vida (McADAMS; AUBIN, 1992). 
Na Figura 1, a generatividade se manifesta pela dedicação a uma nova área, a música, 
mas poderia ser por meio da vida política, da religião, as artes, do voluntariado etc.
Figura 1. Vida adulta
Fonte: Acervo pessoal da autora. 
 Para Wethington (2000), não é muito correto falar em crise da meia idade, pois nem 
todas as pessoas passam por ela e conflitos existem em todos os estágios. Como em 
todos os outros estágios, existe um conflito a ser enfrentado, consistindo em “uma 
transição psicológica que envolve mudanças ou transformações significativas na 
percepção do significado, propósito ou direção da própria vida” (PAPALIA;

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