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1 ABORDAGEM DO PACIENTE ETILISTA E TABAGISTA NA APS 
ETILISMO: 
INTRODUÇÃO: 
➔ O álcool é a droga mais produzida, consumida e a 
que causa mais dependência em todo o mundo. 
➔ Está relacionado a danos de saúde diretos aos 
usuários, como traumas, cânceres e cirrose. 
➔ É o fator mais frequentemente associado a 
acidentes de trânsito envolvendo alcoolizados e 
não alcoolizados 
➔ É o fator mais frequentemente associado a 
episódios de violência interpessoal, seja nas 
relações familiares ou comunitárias próximas. 
➔ Pesquisa com jovens dos ensinos médio e 
fundamental demonstrou uso de álcool pelo menos 
uma vez na vida por 65,2% dos entrevistados. 
➔ A média de idade para o primeiro consumo foi de 
12,5 anos. 
➔ Cerca de 20% das pessoas que buscam um 
serviço de saúde primário bebem em um nível 
considerado de alto risco. 
➔ É o principal transtorno mental nos diversos níveis 
assistenciais, devendo estar em igual prioridade ao 
problema da hipertensão na APS. 
➔ Acometem com mais frequência adultos jovens do 
sexo masculino, mas a incidência em mulheres 
tem aumentado. 
ABORDAGEM: 
➔ O consumo do álcool deve ser abordado em todas 
as consultas com todos os pacientes 
➔ Deve-se evitar os preconceitos morais (“ele bebe 
porque quer”). 
➔ Sempre realizar abordagem utilizando o método 
clínico centrado na pessoa (MCCP). 
➔ CAGE e AUDIT são ferramentas que auxiliam para 
determinar o padrão de consumo. 
➔ AUDIT: 
➢ Questionário longo. 
➢ Possui 10 questões. 
➢ Avalia o padrão de consumo nos últimos 12 
meses. 
➢ < 8 –> risco baixo 
➢ 8-15 -> risco moderado 
➢ 16-19 -> risco alto 
➢ >20 -> risco muito alto 
➔ CAGE: 
➢ Questionário curto. 
➢ Pode ser usado em consultas de triagem pela 
enfermagem. 
➢ Positivo se duas ou mais respostas forem 
positivas. 
 
EXAME FÍSICO: 
➔ Completo devido ao fato de que vários sistemas 
podem estar afetados. 
➔ Atenção aos pacientes com teleangectasias, 
tremores e elevação de PA >> uso excessivo 
crônico de álcool. 
➔ Os mais afetados são o gastrointestinal, 
cardiovascular e neurológico. 
SINAIS E SINTOMAS: 
➔ Dor abdominal 
➔ Dispepsia 
➔ Diminuição do apetite 
➔ Alterações hepáticas 
➔ Arritmias 
➔ HAS 
➔ Palpitações 
➔ Tremores 
➔ Apagões 
➔ Polineuropatias 
➔ financeiros 
➔ BrigasAcidentes e ferimentos 
➔ Cicatrizes múltiplas 
➔ Transtorno do sono 
➔ Disfunção sexual 
➔ Ansiedade / Depressão 
➔ Violência familiar 
➔ Problemas 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
➔ Em geral não possuem utilidade no diagnóstico de 
abuso de álcool. 
➔ São de suma importância para a vigilância das 
complicações orgânicas decorrentes do álcool. 
➔ Demonstra para o paciente que ele está sendo 
acompanhado. 
➔ Alterações esperadas: macrocitose, elevação de 
transaminases e gama-glutamiltransferase (GGT) 
 
2 ABORDAGEM DO PACIENTE ETILISTA E TABAGISTA NA APS 
➔ Macrocitose se resolve entre 2 e 4 meses após a 
abstinência 
➔ Elevação de GGT é um indicador precoce de 
disfunção hepática 
➔ O padrão mais comum de alteração hepática é de 
TGO/TGP > 2x. 
➔ Macrocitose se resolve entre 2 e 4 meses após a 
abstinência 
➔ Elevação de GGT é um indicador precoce de 
disfunção hepática 
➔ O padrão mais comum de alteração hepática é de 
TGO/TGP > 2x. 
➔ Rastreio de IST devido a associação com 
comportamento sexual de risco. 
O QUE PODE SER FEITO: 
➔ Ações preventivas e de educação: 
➢ São muitas e as mais eficazes esbarram em 
interesses políticos e econômicos. 
➢ Controle na distribuição 
➢ Horário de venda 
➢ Restrições para venda 
➢ Restrições de consumo 
➢ Evitar o consumo precoce 
➔ Abordagem Psicossocial: 
➢ A intervenção breve (IB) é uma estratégia 
terapêutica estruturada, focal e objetiva que deve 
ser utilizada por profissionais da APS. 
➢ É considerada como a primeira escolha para 
abordagem a pessoas que apresentam suspeita 
de problemas com uso do álcool. 
➢ É composta por seis estágios, resumidos no 
mnemônico FRAMES 
➢ Melhor indicada para os consumidores de risco, 
prejudiciais e os dependentes pesados. 
➢ FRAMES: 
• Feedback – Devolutiva: comunicar os 
resultados 
• Responsability – Responsabilidade: co-
responsabilidade 
• Advice – Aconselhamento: orientações e 
recomendações 
• Menu – Opções: fornece alternativas de ações 
• Empathy (empatia): comunicação empática 
• Self-efficacy – Auto Eficácia: reforçar otimismo 
e autoconfiança 
➢ Existem outras formas de possibilidades 
terapêuticas. 
➢ Uma forma importante é a redução de danos. 
• Reduzir danos associados ao consumo. 
• Ser uma alternativa aos programas de 
tolerância zero, definindo metas de consumo 
moderado ou zero. 
• Aumentar a acessibilidade dos usuários aos 
programas de tratamento com baixa 
expectativas. 
➢ Abordagem a rede de ajuda. 
TRATAMENTO FARMACOLÓGICO 
➔ Possui papel coadjuvante na abordagem 
terapêutica do uso abusivo de álcool. 
➔ O seu principal objetivo não é alcançar 
abstinência, mas sim ajudar na sua manutenção e 
evitar recaídas. 
➔ Os principais medicamentos são: Dissulfiram e 
Naltrexona 
➢ Não estão disponíveis no SUS. 
➔ Dissulfiram: 
➢ Primeiro medicamento aprovado pela FDA para 
tratamento do alcoolismo. 
➢ Atua inibindo a enzima aldeído-desidrogenase. 
➢ Vendas no Brasil foi descontinuada em 2019. 
QUANDO REFERENCIAR: 
➔ Quando não há recursos suficientes para oferecer 
o cuidado necessário à pessoa com transtorno de 
uso de álcool, é necessário referenciar para um 
serviço especializado. 
➔ Unidade de destino: CAPS-AD 
TABAGISMO: 
INTRODUÇÃO: 
➔ Principal causa prevenível de morte e de doenças 
no mundo. 
➔ Afeta 1,3 bilhões de pessoas no mundo. 
➔ Mata mais de 8 milhões de pessoas por ano. 
➔ Cerca de 1,3 são fumantes passivos. 
ABORDAGEM: 
➔ Coletar história tabagística 
➔ Estabelecer uma boa relação médico-paciente 
➔ Deve-se avaliar: 
➢ Nível escolar; 
➢ Antecedentes de depressão/ansiedade 
➢ História prévia de abuso de drogas; 
➢ Histórico de saúde; 
➔ Grau de dependência à nicotina: 
➔ Avaliar grau de motivação; 
➔ Pré-contemplação; 
 
3 ABORDAGEM DO PACIENTE ETILISTA E TABAGISTA NA APS 
➢ Contemplação; 
➢ Preparação 
➢ Ação 
➢ Manutenção 
TRATAMENTO: 
➔ Tratamento não-farmacológico: 
➢ Abordagem em grupo; 
➢ Psicólogo (Terapia cognitivo-comportamental) 
➔ Tratamento Farmacológico: 
➢ Indicação: 
• Fumantes moderados (> 20 cigarros/dia); 
• Fumantes que fumam o primeiro cigarro 30 
minutos após acordarem e que fuman no 
mínimo 10 unidades/dia; 
• Fumantes com escore do teste de Fargerström 
igual ou maior do que 5 
• Fumantes que já tentaram parar de fumar 
apenas com TCC. 
• Fumantes que não possuem contraindicações 
clínicas. 
• Decisão a critério do profissional 
➢ Nicotina: 
• Adesivo transdérmico 21, 14 e 7 mg. 
• O uso concomitante com o cigarro pode causar 
efeitos adversos (insônia, cefaléia, prurido, 
edema, náusea, vômito) 
• Dose usual: 21 + 14 + 7 mg 
• Deve ser usada com cautela em paciente com 
coronariopatia ou arritmias graves 
➢ Bupropiona: 
• Medicamento antitabagismo de primeira 
escolha. 
• Antidepressivo atípico inibindo a recaptação da 
dopamina e da norepinefrina no SNC. 
• Dose inicial: 150 mg/dia durante os 3 primeiros 
dias; 300 mg/dia a partir do 4º dia até o final do 
tratamento. 
• Contraindicação: Epilepsia ou história de 
convulsões prévias (inclusive, convulsão febril 
na infância. 
• Efeitos adversos: sensação de boca seca e 
insônia, cefaleia, tontura e aumento da PA. 
COMPLICAÇÕES POSSÍVEIS: 
➔ Recaída 
➔ Lapso 
➔ Síndrome de abstinência 
➔ Ansiedade 
➔ Ganho de peso 
➔

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