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Prof. Thiago Cardoso 
 
 
 
AULA 02 – MISTURAS 
 
Outra característica muito comum das misturas homogêneas, em especial, as líquidas e gasosas, é 
que elas geralmente são transparentes. Existem muitas exceções a essa regra, principalmente entre as 
misturas homogêneas sólidas, como as ligas metálicas. Porém, é bastante comum que as misturas 
homogêneas sejam transparentes. 
Por muito tempo, se dizia que as misturas homogêneas eram aquelas que apresentavam uma 
única fase. Uma fase é cada porção que apresenta aspecto visual uniforme. 
Por exemplo, ao se misturar água, sal, areia e óleo, forma-se uma mistura com três fases distintas. 
Na fase inferior, tem-se a areia depositada no fundo do recipiente; na fase intermediária, tem-se uma 
mistura homogênea formada por água e o sol; no topo, tem-se uma terceira fase formada por óleo. 
 
Figura 2: Béquer com Água, Sal, Areia e Óleo 
A mistura da Figura 2 é uma mistura heterogênea, pois é formada por várias fases que podem ser 
distinguidas a olho nu. 
Porém, é bastante comum que uma mistura heterogênea não apresente fases que possam ser 
distinguidas meramente a olho nu. Um exemplo muito conhecido é o sangue. 
Um forte indicativo de que o sangue não é uma mistura heterogênea é o fato de que ele não é 
transparente, mas sim opaco e, por vezes, até turvo. 
A Figura 3 compara um tubo de ensaio de sangue a alguns tubos de ensaio com diversas soluções 
salinas coloridas. Observe que as soluções salinas são coloridas, porém todas são transparentes. Enquanto 
isso, o sangue, mistura heterogênea, não é transparente. 
 
 
 
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Prof. Thiago Cardoso 
 
 
 
AULA 02 – MISTURAS 
 
 
Figura 3: Comparação entre o Sangue e Diversas Soluções 
1.1.1. Solubilidade 
As soluções são o principal caso de mistura homogênea. Quando falamos que “a água dissolve 
cloreto de sódio”, estamos falando que a água e o cloreto de sódio formam uma solução. 
Em uma solução, tem-se duas categorias de substâncias: 
• Solvente: é a substância que aparece em maior concentração na solução; 
• Soluto: é a substância que aparece em menor concentração na solução. 
Em uma solução, o soluto está uniformemente disperso pelo solvente. 
 
Figura 4: Representação das Moléculas em uma Solução (adaptada) 
A água é historicamente considerada o solvente universal, pois é muito abundante na Terra e é 
capaz de dissolver um grande número de substâncias. 
 
 
 
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Prof. Thiago Cardoso 
 
 
 
AULA 02 – MISTURAS 
 
Porém, quando estudarmos Química Orgânica, veremos que não é bem assim e que a água não é 
tão bom solvente para substâncias orgânicas. Mesmo assim, o apelido de “solvente universal” ainda é 
utilizado por alguns autores. 
Utilizamos vários tipos de água no nosso dia a dia, porém, ela raramente se encontra pura – a água 
pura é chamada destilada. 
A água destilada – muitas vezes, chamada de água deionizada ou de osmose reversa – é utilizada 
em laboratórios clínicos, tanto para a preparação de soluções como para a limpeza dos equipamentos em 
geral. Também é utilizada em aquários para equilibrar a salinidade. 
A água mineral não é pura, mas sim uma solução que contém sais minerais. Os sais minerais são 
essenciais à nossa alimentação. 
A água potável, que utilizamos na torneira, recebe, ainda, de substâncias para a sua limpeza, como 
hipoclorito, popularmente conhecido como cloro. 
 
O coeficiente de solubilidade (ou simplesmente, solubilidade) é a quantidade máxima de soluto 
que se pode dissolver em uma determinada quantidade de solvente, formando uma solução estável. 
Por exemplo, a solubilidade do cloreto de sódio em água é de 35,6 g/100 mL. Isso significa que, 
em 100 mL de água, é possível dissolver 35,6 g de cloreto de sódio. Também significa que, em 1 L de água, 
é possível dissolver 356 g de cloreto de sódio. 
A solução que contém exatamente essa proporção de soluto é denominada saturada. 
Se, por acaso, tentarmos dissolver 400 g de cloreto de sódio em 1 L de água, o que acontecerá? 
Consegue imaginar essa situação? 
O que vai acontecer é que não será possível dissolver tudo. 
O máximo que se consegue dissolver de cloreto de sódio em 1 L de água é a quantia de 356 g. O 
restante permanecerá na forma sólida e se depositará no fundo do recipiente, como corpo de fundo.

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