Buscar

3_Egito

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO 
ESCOLA DE MINAS 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
DISCIPLINA: ARQ 101 TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO I 
PROFª: PATRÍCIA JUNQUEIRA 
 
EGITO 
 
ARTE EGÍPCIA 
O estilo egípcio possuía normas bastante rigorosas que todo artista deveria seguir. 
As estátuas sentadas deveriam ter as mãos sobre os joelhos. 
Os homens eram sempre pintados com a pela mais escura do que as mulheres. 
A aparência de cada deus egípcio era rigorosamente estabelecida. 
Os artistas também deveria dominar a arte da escrita. 
Não se demandavam trabalhos originais. Assim, a arte egípcia mudou muito pouco ao 
longo de três mil anos ou mais. Surgiram algumas modas ou novos temas, mas a 
maneira de representar o homem e a natureza permaneceu imutável. 
Somente na 18ª Dinastia, no período conhecido como “Novo Reino”, as sólidas bases 
da arte egípcia foram abaladas. 
O faraó Amenófis IV rompeu com vários costumes da antiga tradição egípcia. Para ele 
só havia um deus supremo, Aton, o qual fez representar através de um disco do sol 
enviando seus raios, cada um finalizado por uma mão. 
Por conta de sua devoção, adotou o nome de Akhnaton e instalou sua corte longe dos 
antigos sacerdotes e dos outros deuses. Fundando a cidade de Akhetaton, na região 
onde hoje se localiza Tell-el-Amarna. 
Nas pinturas desse período, a figura do faraó não era representada de forma solene e 
rígida, como era costume. Akhnaton aparecia junto a sua esposa, Nefertiti, e seus 
filhos sob as bênçãos do sol. 
 
CIVILIZAÇÃO 
A civilização egípcia se desenvolveu nas margens do Rio Nilo, sua principal fonte de 
alimentos e único meio de circulação. 
Unificação do Alto e Baixo Egito em uma única nação por volta de 3000 a.C. 
Faraó: o próprio Deus, responsável pela fecundidade da terra através das inundações 
periódicas do Nilo. Possui o domínio do país inteiro e recebe grandes quantidades de 
excedente das produções, que são utilizadas na construção de obras públicas, 
cidades, templos e, principalmente, em sua tumba. 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO 
ESCOLA DE MINAS 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
DISCIPLINA: ARQ 101 TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO I 
PROFª: PATRÍCIA JUNQUEIRA 
 
Tumba real: símbolo da vida após a morte e garantia de conservação de seu corpo e 
de seu poder. 
CIDADE DOS MORTOS X CIDADE DOS VIVOS 
A partir do III milênio a.C., o Egito se torna mais populoso e mais rico, assim suas 
tumbas ganham mais imponência (pirâmides de Gizé). Em meados deste milênio, a 
economia sofre uma crise e se organiza no milênio seguinte, fazendo com que os 
contrastes entre o mundo dos vivos e dos mortos se amenize e as duas cidades 
tendem a se fundir numa só. 
Arquitetura monumental: tumbas, templos, monumentos de pedra. 
Não se tem registros de suas cidades mais antigas, pois estas foram destruídas pelas 
enchentes sucessivas do Nilo. 
Pirâmide de Djoser (2630-2611 a.C.): projetada pelo arquiteto real Imhotep. As mais 
antiga pirâmide do Egito. 
Pirâmide de Quéops, faraó da IV dinastia, reinou entre 2551 – 2528 a.C. A maior 
pirâmide do Egito, com 150 metros de altura. 
Pirâmide de Quéfren, írmão de Quéops, reinou entre 2520 – 2494 a.C. a segunda 
maior pirâmide do Egito. Atualmente com 146 metros de alta. 
Pirâmide de Miquerinos: filho de Quéfren, reinou entre 2514 – 2486 a.C. A menor 
dentre as três, originalmente possuía 66 metros de altura. 
ABU-SIMBEL 
Complexo arqueológico constituído por dois grandes templos escavados na rocha, 
situados no sul do Egito, próximo ao Sudão. 
Foram construídos por Ramsés II (1279 – 1213 a.C) em homenagem a si mesmo e a 
sua esposa Nefertari. Ficou soterrado pela areia até ser descoberto em 1812. 
Entre 1964 e 1968 foi transportada para um local mais alto por causa da grande 
barragem de Assuã. 
DEIR EL-MEDINA (aproximadamente 1400 a.C. e durou 500 anos) 
Aldeia dos trabalhadores construída por Tutmosis I, formada por uma comunidade 
encarregada de construir os túmulos dos faraós no Vale dos Reis. 
Possuía cerca de 70 casas, era cercada de muros. Nas proximidades da aldeia 
ficavam os túmulos dos próprios trabalhadores e as capelas dos deuses locais 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO 
ESCOLA DE MINAS 
DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
DISCIPLINA: ARQ 101 TEORIA E HISTÓRIA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO I 
PROFª: PATRÍCIA JUNQUEIRA 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 
BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. São Paulo: Perspectiva, 2003. 
GOMBRICH, E. H. A História da Arte. Rio de Janeiro: LTC, 2009. 
MUMFORD, Lewis. A Cidade na História: suas origens, transformações e 
perspectivas. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

Continue navegando