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Patologia Hepatica

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Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
Patologia hepática 
 
Anatomia: 
➛ Localizado no quadrante superior direito (hipocôndrio 
direito) do abdome no 
espaço peritoneal, 
logo abaixo do 
diafragma e sob o 
gradil costal 
➛ Pesa em torno 
de 1,4kg e é 
recoberto por uma 
cápsula fibrosa 
➛ Separado 
anatomicamente 
em dois segmentos e lobos, o lobo direito é dividido em dois 
lobos denominadas lobo caudado posterior e lobo quadrado 
inferior 
➛ Vascularização: 
 ✓ Fluxo venoso da veia 
porta - um fluxo 
importante para o 
desempenho dos papéis 
do fígado nas funções 
corporais 
 ✓ Fluxo arterial da 
artéria hepática - 
importante para a 
oxigenação do fígado e 
suprimento do sistema biliar por meio da artéria cística 
Histologia: 
➛ Presença de: 
 ✓ Cordões de hepatócitos 
 ✓ Células epiteliais ductais biliares 
 ✓ Células de Kupffer 
 ✓ Células de Ito 
 ✓ Matriz conjuntiva 
 ✓ Ramo da veia porta 
 ✓ Ramo da artéria hepática 
 ✓ Ducto biliar 
Padrões de resposta às lesões 
hepáticas: 
➛ Degenerações: 
 ✓ Hidrópica - falência de bomba Na/K (isquemia, álcool) 
 ✓ Gordurosa - esteatose (acúmulo de triacilglicerídeo) 
 ✓ Hialina (Mallory-Denk) e outros acúmulos (glicogênio) 
➛ Pigmentos - acúmulo de bilirrubina 
➛ Inflamação 
 ✓ Infiltrado inflamatório de características variáveis e em 
localizações distintas 
➛ Morte celular: 
 ✓ Necrose - focal, zonal, em 
ponte, submaciça e maciça 
 ✓ Apoptose 
➛ Fibrose e Regeneração: 
 ✓ Septos passivos - formados 
em processos agudos, 
Patologia hepatica
Introdução: 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
colabamento das fibras reticulinicas 
 ✓ Septos ativos - formado em processos crônicos, 
deposição de colágeno 
 ✓ Nódulos de parênquima regenerativo 
Funções: 
➛ Metabolização: 
 ✓ Proteínas - albumina 
 ✓ Bilirrubina 
 ✓ Energético - produz e armazena glicogênio, degrada 
ácidos graxos 
➛ Produção: 
 ✓ Albumina 
 ✓ Fatores de coagulação (doenças causam hemorragias) 
➛ Infecciosa: 
 ✓ Hepatites virais (vírus hepatotrópicos) 
 ✓ Outros agentes (vírus sistêmicos, bactérias, fungos, 
parasitas) 
➛ Não infecciosa: 
 ✓ Esteato-hepatites alcoólica e não alcoólica 
 ✓ Toxico-medicamentosas 
 ✓ Autoimunes 
➛ Criptogênica 
Padrões na biopsia hepática: 
➛ Raramente usada 
➛ Testes sorológicos - mais baratos, inócuos e específicos 
-> método de escolha para o diagnóstico 
➛ Biopsia: procedimento invasivo, requer especialista para 
sua realização e análise 
➛ Complicações: sangramento intraperitoneal, hemobilia, 
septicemia, peritonite biliar 
Hepatite aguda: 
➛ Raramente biopsiada 
➛ Colapso da fibra reticulínica (pseudolóbulos) 
 
➛ Degeneração, regeneração, 
infiltrado inflamatório 
inespecífico 
➛ Os hepatócitos lesionados 
são eosinofílicos e 
arredondados, com núcleos 
encolhidos, fragmentados 
(apoptose) ou inchados 
(degeneração balonizante) 
➛ Há hiperplasia de células de 
Kupffer e agregados de macrófagos marcam o local de 
perda de hepatócitos 
➛ Os tratos portais exibem inflamação com células 
mononucleares, com disseminação para dentro do 
parênquima adjacente associada à apoptose periportal 
(hepatite de interface). 
Hepatite crônica: 
➛ Septos fibrosos 
➛ Atividade de interface - apoptose de hepatócitos da placa 
limitante 
➛ Infiltrado crônico inespecífico - Linfócito, plasmócito, 
macrófago 
➛ Na doença leve, infiltrados 
inflamatórios se limitam aos 
tratos portais 
 ✓ A doença progressiva 
caracteriza- se pela 
extensão da inflamação 
crônica dos tratos portais 
com hepatite de interface; a 
ligação das regiões portal-
portal e portal-central constitui a necrose em ponte 
➛ A perda contínua de hepatócitos resulta em formação de 
septo fibroso; a regeneração associada de hepatócitos resulta 
em cirrose 
Hepatit:
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
 
Formas de apresentação: 
➛ Infecção assintomática aguda com recuperação - 
identificação acidental, elevação mínima de transaminases 
➛ Infecção sintomática aguda com recuperação - incubação, 
ictérica sintomática 
➛ Insuficiência hepática aguda - A e E mais frequentemente 
levam a necessidade de transplante 
➛ Hepatite crônica - evidência sintomática, bioquímica ou 
sorológica de hepatite contínua ou recorrente por mais de 
seis meses 
➛ Estado de portador - abriga e pode transmitir o vírus, mas 
não apresenta sintomas; podem desenvolver cirrose 
 
Manifestações: 
➛ Febre 
➛ Fraqueza e mal estar 
geral 
➛ Dores abdominais 
➛ Náusea e vômitos 
➛ Perda do apetite 
➛ Colúria - urina escura 
➛ Acolia - fezes 
esbranquiçadas 
➛ Icterícia 
Hepatite a - vha: 
➛ Vírus do RNA de fita única 
➛ Doença aguda e autolimitada 
➛ Não cronifica e não leva ao estado de portador 
assintomático 
➛ Transmissão fecal-oral (alimentos e águas contaminados) 
➛ 2 a 6 semanas de incubação 
➛ Raramente: hepatite fulminante 
➛ Diagnóstico: anticorpos IgM e RNA viral 
➛ Anticorpos IgG - imunidade (vacina e infecção natural) 
Hepatite B - vhb: 
➛ Doença aguda ou crônica 
➛ Pode haver formas fulminantes, cirrose na forma crônica e 
portadores assintomáticos 
➛ Transmissão: contato próximo (pele e mucosa - sexual), 
compartilhamento de agudas, vertical 
➛ 4 a 26 semanas de incubação 
➛ Lesão por resposta citotóxica (linfócitos TCD8+) 
➛ Vírus DNA - integração ao material genético do 
hospedeiro 
 ✓ Carcinoma hepatocelular mesmo sem cirrose 
➛ Diagnóstico: AgHBs IgM; vacina anti-HbS 
Hepatite c - vhc: 
➛ Principal vírus causador de hepatite crônica 
➛ Prevalência média de 1,5% da população no Brasil - maioria 
assintomáticos (80%) 
➛ Transmissão: parenteral - transfusão de sangue, usureiros 
de drogas, compartilhamento de utensílios de uso pessoal 
➛ 2 a 22 semanas de incubação 
➛ Vírus RNA - muita variabilidade genética, não há vacinas 
➛ Diagnóstico: anti-VCH, RNA viral (fase aguda) 
➛ Crônica: cirrose e carcinoma hepatocelular 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
➛ Caracterizada pelo acúmulo de triglicerídeos em 
hepatócitos 
➛ Pode ser alcoólica ou não alcoólica 
➛ Há graus variados de inflamação, morte celular e 
alterações arquiteturais no órgão, podendo caracterizar 
esteato-hepatite e até cirrose hepática 
Esteato-hepatite alcoólica: 
➛ Uma das principais causas das hepatopatias crônicas é a 
ingestão crônica de álcool 
➛ Esteatose hepática -> esteato-hepatite -> cirrose 
➛ Associação com outras causas de lesão hepática 
➛ Cirrose ocorre em aproximadamente 10 a 15% dos 
alcoolistas crônicos 
➛ Lesões graves a partir de 60 a 80g/dia - lesões e 
gravidade relacionadas a duração do alcoolismo 
➛ Vários mecanismos de lesão celular, principalmente 
associados a formação de acetaldeído 
 ✓ Entrada excessiva de ácidos graxos livres nos 
hepatócitos (estado nutricional do paciente) 
 ✓ Redução da síntese proteica (apoproteinas) - lesão 
mitocondrial, menos ATP 
 ✓ Diminuição da oxidação de ácidos graxos - falta de NAD 
 ✓ Aumento da esterificação de ácidos graxos - excesso de 
AcetilCoA 
 ✓ Obstáculo na liberação de lipoproteína do hepatócitos - 
radicais livres, lesão de membranas 
 
Esteato-hepatite não alcoólica: 
➛ Compreende um grupo de condições caracterizadas por 
esteatose hepática na ausência de forte consumo de álcool 
➛ Associado a síndrome metabólica - resistência insulina, 
obesidade, dislipidemia e hipertensão 
➛ É uma consequência do acúmulo de gordura nos 
hepatócitos e do aumento do estresse oxidativo hepático, 
levando a maior peroxidação do lipídio e geração de ERO 
 ✓ O aumento de tecido adiposo visceral também se torna 
disfuncional, com reduzida produção de adiponectina e a 
maior síntese de citocinas pró- inflamatórias, como TNF-α e 
IL- 
➛ Morfologia: os hepatócitos são preenchidos por vacúolos 
de gordura na ausência de infiltração inflamatória (esteatose) 
ou por infiltrados inflamatórios (esteato-hepatite). Graus 
variáveis de fibrose estão presentes 
➛ Processo difuso de fibrose hepática com formaçãode 
nódulos regenerativos (hepatócitos em 
necrose e proliferação) e 
reorganização vascular 
➛ Três processos são essenciais: 
morte de hepatócitos, deposição de 
matriz extracelular e reorganização 
vascular 
➛ Consequências: insuficiência 
hepática crônica, hipertensão portal e 
Dnça hepática gordura: 
Cie hepática: 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
complicações, risco aumentado para desenvolvimento de 
carcinoma hepatocelular 
Manifestações: 
➛ Hipertensão portal: 
 ✓ Varizes (esofágicas, cabeça de medusa) - se rompem e 
podem causar hematêmese maciça 
 ✓ Esplenomegalia - causada por congestão de longa 
duração e provoca trombocitopenia 
 ✓ Ascite - acúmulo excessivo de fluido seroso na cavidade 
peritoneal, consequência da cirrose 
➛ Insuficiência hepática: 
 ✓ Edema - hipoalbuminemia 
 ✓ Redução da metabolização de estrógeno 
 ✓ Icterícia 
 ✓ Encefalopatia hepática - amônia e outras substâncias 
tóxicas 
➛ 2° tumor sólido benigno mais frequente do fígado 
(perdendo apenas para hemangioma) 
➛ Lesões tumorais não neoplasicas 
➛ Mais frequente em mulheres 
➛ Acomete 0,3 a 0,6% na população em geral 
➛ Sem correlação com o uso de contraceptivos orais 
Patogenia: 
➛ Resposta hiperplásica do hepatócito decorrente da 
hiperperfusão (aumento vascular endotelial - VEGF) associada 
a existência de uma artéria anômala localizada no interior do 
nódulo 
➛ A irrigação da lesão se faz por essa artéria calibrosa, sem 
ramos portais associados, o que poderia causar arterialização 
de vasos sanguíneos no seu interior, aumento do fluxo nos 
sinusóides e, consequentemente, proliferação de hepatócitos 
Morfologia macro e microscópica: 
➛ Nódulo solitário <5cm 
➛ Corte, cicatriz estrelada central (localização da artéria 
anômala) 
➛ Irradiação de septos fibrosos (divisão da lesão em lóbulos) 
➛ Pode ser confundido com cirrose quando punção por 
agulha fina 
➛ Nódulos de hepatócitos benignos, típicos, separados por 
septos fibrosos, assemelhando-se a uma área localizada de 
cirrose 
➛ Placas separadas por septos fibrosos com artéria derivada 
da cicatriz central 
➛ Artéria com hiperplasia fibromuscular com estreitamento 
da luz 
➛ Infiltrado inflamatório misto 
Diagnóstico e tratamento: 
➛ Diagnóstico: 
 ✓ Achado incidental 
 ✓ Ressonância magnética e ultrassonografia contrastada 
➛ Tratamento: 
 ✓ Acompanhamento 
 ✓ Rececção em massas grandes ou sintomas 
➛ Caracteriza-se por nódulos regenerativos de hepatócitos 
que ocupam todo o fígado, pouca ou nenhuma fibrose 
➛ Mais comum em indivíduos entre 50-70 anos 
➛ Normalmente relacionada a distúrbios sistêmicos 
A hipertensão portal resulta de uma 
combinação de fluxo aumentado para a 
circulação portal e/ou aumento da resistência ao 
fluxo sanguíneo portal 
Hiperplasia nodular focal: 
Nódulos hiperplásicos -> não tem relação com 
fígado cirrotico 
Hiperplasia nodular regenerativa: 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
➛ Doença geralmente assintomática 
➛ Diagnóstico é feito pela histopatologia 
Patogenia: 
➛ Surge frequentemente quando se alivia um bloqueio da 
drenagem venosa 
➛ Insuficiência cardíaca congestiva tratada: nas áreas 
perivenulares, onde os sinusoides estavam dilatados, 
aparecem nódulos de hepatócitos em intensa atividade 
regenerativa 
Morfologia macro e microscópica: 
➛ Fígado pode estar aumentado de volume e apresentar 
nódulos de distribuição difusa (0,5-1cm), podem podem atingir 
até 10cm 
➛ Ausência de fibrose em volta dos nódulos de regeneração 
(diferença de cirrose) 
➛ Distribuição difusa dos nódulos 
➛ Hipertrofia das trabéculas de hepatócitos entre os nódulos, 
com compressão dos sinusóides 
➛ Neoplasia benigna de hepatócitos que se forma em fígado 
não cirrótico 
➛ Mulheres na idade fértil 
➛ Estrógenos parecem ser o fator etiológico mais 
importante 
➛ O uso de anticoncepcionais hormonais aumenta 
➛ Probabilidade de complicações, como ruptura e 
sangramento 
➛ Em homens, o tumor associa-se ao uso prolongado de 
esteroides anabolizantes 
Morfologia macroscópica: 
➛ Tumores gordurosos 
➛ A maioria é solitária e bem circunscrita (5 - 15 cm) 
➛ Não capsulado ou desenvolver pseudocápsula mal definida 
➛ Cor mais clara em comparação com o fígado circundante 
➛ Focos de necrose, hemorragia e coloração biliar 
➛ Geralmente não apresentam fibrose significativa (incluindo 
cicatriz central) e nodularidade 
Adenoma hepatocelular inativados 
por hnf1-alfa: 
➛ 35 a 40% dos casos de adenoma 
➛ Mutações inativadoras somáticas de HNF1-Alfa 
 ✓ Inativação do gene regulador da proteína de ligação do 
ácido graxo do fígado (PLAGF) 
➛ Imuno-histoquímica revela negatividade das células 
neoplásicas para L-FABP 
➛ Sem risco de malignização 
➛ Microscopicamente: 
 ✓ Atipia ausente 
 ✓ Esteatose 
 ✓ Imunohistoquimica 
para HFN1-Alfa 
 - Positivo para 
hepatócitos normais 
(marrom) 
 - Negativo para células 
neoplasicas 
Adenoma hepatocelular Com beta-
catenina ativada: 
➛ Mutação ativada de beta-catenina (proteína mutante) 
 ✓ Ativação da via 
WNT/Beta-Catenina são 
vistas em 15% dos 
adenomas 
➛ Associados com o uso 
de contraceptivo oral e 
esteroides anabolizantes 
➛ Risco muito elevado de 
transformação maligna 
Adenomas hepatocelular:
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
➛ Microscopicamente: 
 ✓ Elevado grau de displasia 
 ✓ Imunomarcação nuclear para a proteína mutante em 
alguns hepatócitos tumorais (em comparação com outros 
hepatócitos tumorais que mantém a coloração normal das 
membranas) 
Adenoma hepatocelular 
Inflamatórios: 
➛ Indivíduos obesos 
➛ Superexpressão da proteína C-reativa e o amiloide A 
sérico 
➛ IL-6 alterada em 66% dos casos 
➛ Também encontradas mutações no gene da beta-
catenina 
➛ Risco de transformação maligna. 
➛ Microscopicamente: 
 ✓ Grande número de leucócitos, predominando linfócitos, 
além de acentuada dilatação dos sinusóides e artérias de 
parede espessa 
 ✓ Imunomarcação para proteína C-Reativa nos hepatócitos 
neoplásicos 
 
Diagnóstico e tratamento: 
➛ Diagnóstico: incidental ou por ressonância magnética - 
indicação de biopsia de punção com agulha fina 
➛ Tratamento: 
 ✓ Homem: rececção, independente do tamanho da lesão 
 ✓ Mulher: 
 - Rececção > 5cm de tamanho e com mutações 
ativadores de beta catenina (risco de malignização) 
 - Não cirúrgico: suspensão de anticoncepcionais orais (se 
aplicável) e acompanhamento por imagem 
Complicações: 
➛ Dor abdominal (rápido crescimento) 
➛ Necrose hemorrágica (isquemia por rápido crescimento) 
➛ Risco de hemorragia - Choque hipovolêmico 
➛ Neoplasia vascular benigna do fígado 
➛ Assintomático 
 ✓ Quando sintomas, sensação massa e desconforto 
abdominal 
➛ Achados incidentais (exames de imagem) 
➛ Mais prevalente em mulheres 
Patogenia: 
➛ Mal formação vascular com causa desconhecida 
➛ O fator de crescimento endotelial vascular (VEGF) pode 
contribuir 
➛ Reposição hormonal, contraceptivos orais e gravidez 
podem contribuir para o crescimento de hemangiomas 
hepaticos 
 ✓ As lesões são negativas para receptores de estrogênio e 
progesterona 
Morfologia macro e microscópica: 
➛ Acomete principalmente o lobo direito do fígado, 
particularmente no segmento IV 
➛ Nódulos distintos, macios, vermelho-azulado (<2cm) 
➛ Localizados diretamente abaixo da cápsula 
➛ Proliferação circunscrita de vasos de tamanho variável, 
dilatados e de paredes finas, revestidos por uma única 
camada de células endoteliais planas 
➛ Canais vasculares em um leito de tecido conjuntivo fibroso 
Hemangiomas: 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
Diagnóstico e tratamento: 
➛ Diagnóstico: exame de imagem 
➛ Tratamento: 
 ✓ Acompanhamento (pequeno e assintomático) 
 ✓ Rececção se grande e sintomático ou impossibilidade de 
exclusão de malignidade 
 ✓ Lesões >5cm são mais propensas a serem sintomáticas 
e suscetíveis a complicações como hemorragia, ruptura e 
síndrome de Kasabach-Merritt✓ Podem ser confundidos com tumor metastático no ato 
operatório (rececção) 
Complicações: 
➛ Sem risco de hemorragia (lago venoso/sem pressão 
suficiente) 
➛ Sem risco de malignização (nenhum caso relatado) 
➛ Risco em lesão muito grande (compressão) 
➛ Neoplasias primárias de fígado 
➛ 3° lugar como causa de morte por neoplasias no ,indo 
➛ Quando diagnóstico tardio, tem uma sobrevida de <6 
meses 
Etiopatogenese: 
Hepatites virais crônicas: 
➛ HBV: 
 ✓ Países endêmicos são mais frequentes para infecção 
HBV 
 ✓ Transmissão vertical 
➛ HCV: 
 ✓ Países ocidentais e orientais 
 ✓ Mais comuns em homens, 60 anos, com cirrose 
Lesões tóxicas: 
➛ Aflatoxina: 
 ✓ Produzida por espécie de Aspergillus 
 ✓ É uma micotoxina que contamina culturas de alimentos 
básicos 
 ✓ Metabólitos da aflatoxina na urina ou complexo com 
albumina no soro 
➛ Etanol: consumo crônico de etanol 
Outros fatores: 
➛ Doença de Wilson - acúmulo excessivo de cobre nos 
órgãos 
➛ Síndrome metabólica: 
 ✓ Relação com cirrose ou pela formação de radicais livres 
e ativação de citocinas no processo de esteato-hepatite não 
alcoólica 
➛ Hemocromarose - alteração no metabolismo do ferro 
 ✓ Aumento da absorção intestinal e acumulação 
progressiva deste em diferentes órgãos 
➛ Deficiência de Alfa-1-AT (enfisema pulmonar) 
Patogenia: 
➛ Ativação de beta-catenina (40% dos portadores de CHC) 
 ✓ Pouca relação com HBV 
 ✓ Indução proliferativa 
➛ Não ativação do p53 (60% dos portadores de CHC) 
 ✓ Forte associação com aflatoxina. 
 ✓ Perda de controle apoptótico e antiproliferativo 
➛ Essas alterações não são encontradas em lesões pré-
malignas 
➛ HVB: DNA vírus e integração de sequências do genoma 
viral ao de hepatócitos infectados, podendo ativar a 
telomerase ou outros genes 
➛ HVC: mecanismos indiretos associados a inflamação 
crônica e distúrbios do metabolismo lipídico 
Lesões pré-neoplásicas: 
➛ Monitoramento de pacientes com cirrose para busca de 
tumores pequenos em estágio inicial 
➛ Macronódulos ou nódulos displásicos 
➛ Displasias 
Macronódulos ou 
nódulos displásicos: 
➛ Mais comuns em HBV, HCV ou 
álcool 
➛ Detectados nos exames de 
imagem 
➛ 0,8 a 1cm 
➛ Distingue dos nódulos cirroticos 
adjacentes pela cor, pela textura e, 
especialmente, pelo tamanho 
(maiores) 
➛ Bem diferenciado (semelhante 
aos hepatócitos normais) ou 
moderadamente diferenciado (foge 
um pouco do padrão dos 
hepatócitos) 
Carcinoma hepatocelular:
Tanto aflatoxina quanto etanol e cigarro, interagem 
com HBV e HCV aumentando o risco para CHC 
(sinergismo)
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
Nódulos displasicos de baixo grau: 
➛ Sem atipia citológica porém são clonais (neoplasicas) 
➛ Tríade portal presente 
Nódulos displasicos de alto grau: 
➛ Atipias 
➛ Alterações insuficientes para diagnóstico citológico de CHC 
➛ Tríade portal em menor quantidade 
➛ Aumento das artérias que irrigam a lesão 
Displasias: 
➛ Podem ser encontradas em qualquer estágio da doença 
hepática crônica, antes ou após o desenvolvimento da cirrose, 
e servem como marcadores em amostras de biópsia, para 
indicar quais pacientes precisam de observação em relação a 
cânceres mais agressivos. 
➛ Alterações das grandes células - Aumento do risco de 
CHC 
➛ Alterações das pequenas células - Diretamente pré 
maligna para CHC 
Alterações das pequenas e 
grandes células: 
➛ Grandes células: 
 ✓ Hepatócitos dispersos e maiores 
 ✓ Núcleos grandes e múltiplos 
 ✓ Pleomorfismo moderado 
 ✓ Relação núcleo-citoplasma normal 
➛ Pequenas células: 
 ✓ Alta relação núcleo-citoplasma 
 ✓ Hipercromasia nuclear 
 ✓ Pleomorfismo 
Morfologia macro e microscópica: 
➛ Massas circunscrita (amarela ou esverdiada) únicas ou 
múltiplas 
➛ Focos de necrose e hemorragia são comuns 
➛ Normalmente em fígado cirrótico 
➛ Hepatócitos diferenciados em disposição trabecular 
(recapitulando placas de células do fígado). 
➛ Estruturas pseudoglandulares que são canalículos biliares 
ectasiados, malformados 
➛ Pode apresentar esteatótico 
Carcinoma hepatocelular 
fibrolamelar: 
➛ Variante do CHC (< 5% do CHC). 
➛ Adolescentes e adultos jovens (<35 anos) 
➛ Sem associação com cirrose, VHB, alcoolismo ou 
contraceptivos orais 
➛ Melhor taxa de sobrevida 5 anos, 60% 
Morfologia macro e microscópica: 
➛ 2/3 dos casos acomete lobo hepático esquerdo 
Prognóstico: 
- Tumores >5cm com pior prognóstico 
- Disseminação precoce (venoso portal) 
- Metástase tardia 
- Acometimento linfático - linfomas hilares 
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
➛ Massa volumosa, solitária, bem delimitada e de 
crescimento lento 
➛ Corte observam-se largos septos fibrosos que sulcam o 
tumor 
➛ Pode apresentar nódulos satélites 
➛ Cicatriz central parecida com hiperplasia nodular focal 
➛ Células grandes, poligonais, com núcleos centrais 
geralmente grandes, 
vesiculares e com nucléolo 
evidente 
➛ Células bem diferenciadas 
e ricas em mitocôndrias com 
granulos eosinofilicos 
(oncócitos) 
➛ Ninhos ou cordões 
separados por lamelas 
paralelas de feixes de 
colágeno densos (septos 
fibrosos) 
Aspectos clínicos: 
➛ Sinais clínicos da cirrose 
 ✓ Dor abdominal alta pouco definida, mal-estar, fadiga, 
perda de peso e, às vezes, a percepção de hepatomegalia 
ou uma massa abdominal ou plenitude abdominal. 
➛ Achados inconstantes 
 ✓ Icterícia, febre e sangramento gastrointestinal ou de 
varizes esofágicas 
 ✓ Alfa-fetoproteína 
 - Encontrada > 20 ng/ml em 50% dos casos graves. 
 - Pouco sensível para triagem de lesões pré-malignas 
 - Usada também para indicação de transplante 
➛ Neoplasia maligna originária do epitélio dos ductos biliares 
➛ Ocorre em indivíduos não cirróticos após os 50 anos. 
➛ Sobrevida média de 6 meses (maioria diagnosticado como 
tumor irressecável) 
➛ 2° câncer primário mais comum no fígado 
Etiopatogênese: 
➛ Na maioria dos casos são esporádicos 
➛ Infestação por vermes do fígado (particularmente as 
espécies opisthorchis e clonorchis) 
➛ Doença inflamatória crônica dos grandes ductos biliares 
 ✓ Colangite esclerosante primária 
 ✓ Hepatolitíase 
 ✓ Doença hepática fibropolicística 
➛ Hepatites B e C 
➛ Doenças hepáticas gordurosas não alcoólicas 
Patogenia: 
➛ Inflamação crônica e colestase, que promovem a 
ocorrência de mutações somáticas ou de alterações 
epigenéticas em colangiócitos 
Manifestações clínicas: 
➛ Grandes ductos (central), a principal manifestação é 
icterícia obstrutiva. 
➛ Ductos menores (periféricos) demoram a provocar 
sintomas e têm apresentação semelhante à do CHC -> Pior 
prognóstico 
Morfologia macroscópica intra-
hepático: 
➛ Fígado não cirrótico. 
➛ Tumor arborizado em uma porção do fígado 
➛ Lesão é nodular, esbranquiçada e firme, podendo ser 
volumosa 
Colangiocarcinoma:
Camila Mariana Castro de Oliveira 
Medicina Nove de Julho
Morfologia macroscópica extra-
hepático: 
➛ Lesão papilar ou Infiltrativa 
➛ Nódulo cinza, firme, na parede do ducto 
➛ Menores com sintomas obstrutivos (ductos biliares) 
Morfologia microscópica: 
➛ Adenocarcinoma com padrão 
tubular ou papilar (produção de 
muco) 
➛ Moderadamente diferenciada, 
com estruturas glandulares/
tubulares claramente definidas, 
revestidas por células epiteliais 
malignas 
➛ Acentuada desmoplasia 
(Aumento de tecido conjuntivo ou 
fibroso) 
 
➛ Neoplasias malignas hepáticas secundárias 
➛ Ocorrem normalmente por disseminação hematogênica. 
➛ São mais comuns do que tumores primários(>90%) 
 ✓ Fontes comuns: Cólon, mama, pulmão e pâncreas, 
qualquer câncer em 
qualquer local do corpo pode se disseminar para o fígado. 
➛ Metástases nodulares, que, muitas vezes, causam uma 
hepatomegalia volumosa e substituem grande parte do 
parênquima hepático normal. 
 ✓ Normalmente assintomática. 
Morfologia: 
➛ Nódulos únicos ou múltiplos 
➛ Reproduzem a estrutura dos tumores primários e nelas 
são frequentes degenerações, necrose e hemorragia 
Metáas hepáticas:

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