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Relação custo x benefício de uso de 
materiais naturais
Apresentação
Na indústria da construção brasileira, principalmente a habitacional, tem-se recorrido há décadas às 
estruturas de concreto armado e de alvenaria de tijolo cerâmico. Elementos naturais e alternativos, 
como madeira e alvenaria de pedra, têm ainda expressão reduzida, menos então as aplicações da 
terra crua.
O conceito de construção sustentável é um caminho sem volta. Os próprios consumidores estão 
bem mais atentos e informados, ou seja, as empresas que adotam estes conceitos, além de 
economizarem e zelarem pelo meio ambiente, acabam agregando valor aos seus produtos, pois isso 
já se tornou um diferencial em um mercado muito competitivo.
Nesta Unidade de Aprendizagem você vai conhecer os materiais naturais mais econômicos e 
comparar os critérios e as características relevantes entre diferentes materiais. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Comparar os critérios e as características relevantes entre diferentes materiais.•
Identificar o material mais econômico e adequado para uma determinada aplicação.•
Expressar a economia imediata e/ou o tempo de retorno do investimento ao usar-se um 
material natural.
•
Desafio
Você irá construir uma casa, em um município no interior do nordeste brasileiro, onde é quente 
tanto durante o dia quanto à noite.
 
Sua casa será pequena, 65m2 (6,5m x 10m), porém, como todo mundo, quer que fique 
aconchegante e confortável. Você fez o levantamento de preços para a tomada de decisão.
Equipamento / Serviço Unidade Quantidade Preço / un. TOTAL
Alvenaria convencional (pronta) m2 89,10 R$ 91,44 R$ 8.147,30
Alvenaria de cantaria (pronta) m2 89,10 R$ 299,63 R$ 26.697,03
Condicionador de ar 12.000 BTUs un. 1,00 R$ 1.500,00 R$ 1.500,00
Instalação de ar-condicionado un. 1,00 R$ 400,00 R$ 400,00
Energia elétrica* kWh 1,00 R$ 0,50 R$ 0,50
*Sem impostos
 
 
Sabendo que um aparelho de ar-condicionado de 12.000 BTUs e 1400W de potência consome 
42kW de energia a cada hora, com paredes de alvenaria convencional, este permaneceria por 8 
horas diárias funcionando e, com alvenaria de pedra, bastariam 3 horas diárias, por qual "parede" 
você opta?
Infográfico
Uma casa em madeira certificada, dependendo da região de execução da obra, pode até ter um 
custo de construção mais elevado quando comparada à construção convencional em alvenaria. Se 
essa mesma casa for construída em uma região fria, como a madeira é excelente isolante térmico, 
pode-se reduzir o tempo de funcionamento diário de um sistema de calefação, o que representa 
uma redução no consumo de energia durante toda a vida útil da obra - ou até mesmo dispensar a 
compra e a instalação destes tipos de equipamentos - o que reduz imediatamente o custo global da 
obra, o consumo de energia e os gastos com manutenção.
Acompanhe no infográfico a relação custo x benefício de alguns materiais.
Conteúdo do livro
Um material deve ser considerado mais econômico que outro quando, em igualdade de condições 
de resistência, durabilidade, estabilidade e estética, tiver preço inferior de assentamento na obra. 
Ou também, quando em igualdade de preço, apresentar maior resistência, durabilidade, estabilidade 
e beleza.
A questão da preservação ambiental nos leva, às vezes, a materiais e a técnicas construtivas ainda 
pouco difundidas que, em um primeiro momento, podem até parecer mais caros. Porém as 
construções sustentáveis prezam pela salubridade dos ambientes, sendo assim um material natural 
sustentável (certificado) é saudável e protege os seus habitantes das enfermidades que o contexto 
externo pode trazer para dentro das edificações.
Para melhor compreensão do custo x benefício embutido no uso de materiais naturais, acompanhe 
um trecho da obra "Técnicas de Construção", de André Luís Abitante. Inicie a leitura pelo título 
Custo x Benefício no Uso de Materiais Naturais e leia até o final do item Comparativo em uma 
mesma construção.
Boa leitura.
Conteúdo:
MATERIAIS DE 
CONSTRUÇÃO - 
CUSTO X BENEFÍCIO 
MATERIAIS 
NATURAIS
André Luis Abitante
Alexandre Baroni
Coordenador
© SAGAH EDUCAÇÃO S.A., 2016
Colaboraram nesta edição:
Coordenador técnico: Alexandre Baroni
Capa e projeto gráfico: Equipe SAGAH
Imagem da capa: Shutterstock
Editoração: Kaka Silocchi
Reservados todos os direitos de publicação à
SAGAH EDUCAÇÃO S.A., uma empresa do GRUPO A EDUCAÇÃO S.A
Av. Jerônimo de Ornelas, 670 - Santana
90040-340 - Porto Alegre, RS
Fone: (51) 3027-7000 Fax: (51) 3027-7070
É proibida a duplicação deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer 
formas ou por quaisquer meios (eletrônicos, mecânicos, gravação, fotocópia, 
distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da empresa.
IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
ANDRÉ LUIS ABITANTE
Alexandre Baroni
Coordenador
2016
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO - 
CUSTO X BENEFÍCIO 
MATERIAIS NATURAIS
INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 8
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM ................................................................................ 8
CUSTO X BENEFÍCIO NO USO DE MATERIAIS NATURAIS .................................. 9
MELHOR CUSTO X BENEFÍCIO ...................................................................................10
COMPARATIVO NUMA MESMA CONSTRUÇÃO .....................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..............................................................................16
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
8
INTRODUÇÃO
Olá!
Na indústria da construção brasileira, principalmente a habitacional, tem-
se recorrido a décadas às estruturas de concreto armado e de alvenaria de 
tijolo cerâmico. Elementos naturais e alternativos, como madeira e alvenaria 
de pedra, têm ainda expressão reduzida, menos então as aplicações da terra 
crua.
Quando comparadas três soluções estruturais – estrutura porticada de 
concreto armado, solução estrutural à base de materiais naturais (paredes 
com bloco de terra comprimida e estrutura de madeira) e, solução que 
contempla a reutilização de madeira proveniente de demolições habitacionais 
– em termos de custo, gastos energéticos e teor de emissão de CO2 associados 
à construção, verifica-se claramente que as duas últimas soluções são mais 
sustentáveis e vantajosas no que diz respeito aos três aspectos.
O conceito de construção sustentável é um caminho sem volta, os próprios 
consumidores estão bem mais atentos e informados, ou seja, as empresas 
que adotam estes conceitos, além de economizarem e zelarem pelo meio 
ambiente, acabam agregando valor aos seus produtos, pois isto já se tornou 
um diferencial em um mercado muito competitivo 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
Ao final desta unidade você deve apresentar os seguintes aprendizados:
• Comparar os critérios e características relevantes entre diferentes materiais;
• Identificar o material mais econômico e adequado para uma determinada 
aplicação;
• Expressar a economia imediata e / ou o tempo de retorno do investimento 
ao usar-se um material natural.
9
CUSTO X BENEFÍCIO NO USO DE MATERIAIS 
NATURAIS 
Logo após um empreendimento ser idealizado e ter confeccionado seu 
projeto básico (estudos, anteprojetos e orçamento estimativo), este passa por 
uma etapa de viabilidade financeira. Esta etapa é primordial, pois é quando 
você definirá se o empreendimento terá prosseguimento, será revisto e / ou 
adaptado.
 
Para investidores e empreendedores privados, a viabilidade de um projeto 
significa sua capacidade de gerar retorno financeiro sobre o capital investido, 
isto é, de gerar lucro, ou seja, o investimento no projeto se justifica se for 
rentável (Da Rosa, 2005).
 
As construções sustentáveis, devido à demanda menor, muitas vezes podem 
utilizar materiais e técnicas construtivas que atualmente ainda apresentam 
preços superiores aos métodos convencionais, mas ao longo do tempo essescustos geralmente são recuperados, seja com o aumento da vida útil da 
edificação, seja com a redução dos custos de operação e manutenção.
Figura 01 – Custo x Benefício dos materiais deve englobar toda vida útil da obra.
10
Um empreendimento para ser viável financeiramente deve gerar retorno 
financeiro a curto ou em longo prazo, conforme as expectativas previamente 
definidas. Você deve ter ciência de que o custo global de construção depende 
da vida útil projetada e representa a soma dos custos de aquisição mais o 
custo de operação e uso, considerando o desmonte (demolição) do bem após 
a vida útil (Borges, 2008).
 
Isto demonstra que o retorno financeiro está na durabilidade e no conforto que 
o projeto proporcionará aos usuários, bem como na economia de recursos, ou 
seja, a eficiência energética, o uso racional da água entre outros itens citados.
É importante saber que um material deve ser considerado mais econômico 
que outro quando, em igualdade de condições de resistência, durabilidade, 
estabilidade e estética, tiver preço inferior de assentamento na obra. Ou 
também, quando em igualdade de preço, apresentar maior resistência, 
durabilidade, estabilidade e beleza.
Sperb (2000) afirma que os impactos relacionados ao custo de um material 
de construção devem ser analisados em cinco etapas, considerando sempre 
o seu ciclo de vida:
• Extração das matérias primas;
• Manufatura dos materiais de construção; 
• Transporte dos materiais; 
• Utilização destes materiais em edificações (instalação e manutenção);
• Sua deposição final (reuso e / ou reciclagem). 
Mais que levar em conta a questão de preservação ambiental, as construções 
sustentáveis prezam pela salubridade dos ambientes, sendo assim um 
material natural sustentável (certificado) é saudável e protege os seus 
habitantes das enfermidades que o contexto externo pode trazer para dentro 
das edificações.
MELHOR CUSTO x BENEFÍCIO
Materiais e elementos de construção à base de terra se apresentam os mais 
sustentáveis, primeiramente porque a terra é natural, reciclável e abundante 
em qualquer local e, em segundo, porque as técnicas utilizadas na fabricação 
11
desses materiais e elementos construtivos são normalmente muito simples, 
requerem pequena quantidade de energia e emitem uma quantidade 
inexpressiva de gases nocivos para a atmosfera.
Neste sentido, vários estudos vêm desenvolvendo a aplicação de blocos de 
terra comprimida para a construção de, pelo menos, habitações unifamiliares 
correntes.
COMPARATIVO NUMA MESMA CONSTRUÇÃO
Murta (2010) analisou a construção de uma edificação unifamiliar clássica de 
Portugal, adequado para habitação de 03 a 04 pessoas, localizado na cidade 
de Figueira da Foz. A casa apresentava dois pavimentos, sendo o piso térreo 
dedicado essencialmente a funções do tipo social (sala, cozinha, varanda, 
serviço, etc.) e a utilização do piso superior essencialmente ao uso privado 
(sala íntima, dormitórios, etc.). As áreas brutas de construção dos pisos térreo 
e superior são de 285,00 m2 e 106,50 m2 respectivamente.
Para esta tipologia corrente de habitação unifamiliar foram estudadas 
paralelamente três soluções estruturais – uma “solução tradicional” e duas 
soluções mais sustentáveis. A solução tradicional é do tipo pilar / viga de 
concreto armado com lajes pré-fabricadas de vigotas e tavelas cerâmicas, e 
alvenarias de tijolo cerâmico nas paredes divisórias e exteriores. A primeira 
solução mais sustentável (solução sustentável I) é definida por paredes 
resistentes de blocos de terra comprimida (BTC) e pavimentos, cobertura 
e escadas, em madeira. A segunda solução mais sustentável (solução 
sustentável II) é bastante semelhante à primeira, diferindo apenas no fato de 
se reutilizar madeira proveniente da demolição de edifícios.
12
Figura 02 – Exemplo de bloco de terra comprimida com palha
Na solução convencional (concreto armado e alvenaria de tijolos cerâmicos) 
seguiram-se as teorias clássicas de dimensionamento estrutural e técnicas 
convencionais de construção. A fundação adotada foi de sapatas individuais 
em concreto armado. 
Para a solução estrutural “sustentável I”, procedeu-se inicialmente o pré-
dimensionamento dos elementos estruturais, onde foram consideradas as 
normas europeias, ou seja, como o tipo de bloco deste estudo para as paredes 
resistentes era o BTC, admitiu-se uma resistência a compressão de 4,0 MPa. 
Para o pavimento do piso superior e para a cobertura e escadas, foram 
consideradas vigas e assoalho em madeira de pinho bravo (Pinus pinaster), 
peças dimensionados pelas teorias clássicas de resistência dos materiais. A 
fundação adotada para as paredes resistentes de BTC é do tipo sapata corrida 
(baldrame) em pedra de calcário duro – optou-se por esse material por ser 
natural e local.
Para a solução estrutural “sustentável II”, todo o processo de dimensionamento 
foi semelhante ao usado e descrito para a solução “sustentável I”, quer em 
13
termos de regulamentação, de ações consideradas e de metodologia de 
cálculo. Os materiais previstos também foram os mesmos, sendo apenas 
exceção o fato de se ter proposto a reutilização de madeira de pinho bravo 
(Pinus pinaster) proveniente da demolição de outros edifícios. É importante 
ressaltar que foi considerada a ocorrência de diminuição da capacidade 
resistente da madeira antiga, em cerca de 15% (Pilt et al., 2009).
Com base nos resultados dos dimensionamentos realizou-se a quantificação 
de todos os materiais, que foram resumidos na tabela da figura 03 abaixo.
Figura 03 – Tabela com a quantidade de material por solução estrutural. Fonte: Murta 
(2010).
Para estimar o consumo de energia e emissão de CO2 destes materiais e 
tarefas associadas, foram analisados todos os ciclos de vida útil (conforme 
você já sabe) através do estudo de Kanghee et al. (2007), que serviu de base 
para a obtenção dos valores unitários adotados para os diferentes materiais 
de construção abordados neste trabalho de investigação (Figura 04 abaixo).
Figura 04 – Parâmetros de consumo dos materiais. Fonte: Murta (2010).
14
Para a madeira antiga (solução sustentável II) considerou-se que o custo desta 
é de apenas 20% do respectivo valor adotado para a madeira nova. Por sua 
vez, o gasto energético e a emissão de CO2 para esse tipo de material foram 
considerados referentes apenas às tarefas de desmonte e de transporte até 
ao local da obra.
Estimou-se com o estudo que a opção de solução estrutural “sustentável I” 
permite alcançar uma redução no custo de material na ordem de 13,60%, no 
gasto energético de 65,10%, e uma redução de emissão de CO2 de 67,90% 
(Figura 05). Já a opção de solução estrutural “sustentável II” revela-se mais 
econômica ainda e, muito mais amiga do ambiente, porque permitirá alcançar 
uma redução do custo de material em cerca de 45,20%, do gasto energético 
de 75,30%, e uma redução de emissão de CO2 de 78,40% (Figura 05). 
Figura 05 – Comparativo entre as soluções estruturais – moeda: Euro. Fonte: Murta (2010).
No entanto vale lembrar que, esse tipo de solução mais sustentável, também 
contribui de forma significativa para a diminuição da necessidade de recursos 
energéticos durante toda a vida útil da habitação.
Com a definição de todos os parâmetros comparativos das diferentes soluções 
estruturais podemos associar a cada um deles um consumo energético 
equivalente – neste caso foi considerado o kWh (quilo watt hora), que todos 
conhecemos. Para tal, no contexto brasileiro, segundo os valores de mercado 
em 2015, sem impostos, 01 kWh de energia equivale aproximadamente a R$ 
0,50 (centavos de real – dados Companhia Estadual de Energia Elétrica do 
RS - CEEE), uma unidade de gasto energético (MJ – mega joule) é equivalente 
a 0,28 kWh. Com todos esses parâmetros pode-se então obter o consumo 
energético equivalente inerente a cada solução estrutural estudada em 
função da unidade de energia, o kWh. 
Na tabela da Figura 6 apresentam-se os valores globais totais dos parâmetros 
ambientaisusados na comparação das três soluções estruturais (tradicional, 
“sustentável I” e “sustentável II”) traduzidos em consumo energético (kWh).
15
Figura 06 – Comparativo entre as soluções estruturais. Fonte: Murta (2010).
Feita a comparação entre os valores obtidos para os três parâmetros em 
cada solução estrutural, podemos concluir que a solução estrutural mais 
sustentável e que contempla paredes resistentes de BTC, fundações de pedra 
natural e local, pavimentos, cobertura e escadas de madeira antiga reutilizada 
é claramente a mais vantajosa em termos econômicos e ambientais, havendo 
uma redução de custos da ordem dos 40% e de gasto energético e de emissão 
de CO2 em torno de 75%.
Comprovam-se, assim, a viabilidade e o benefício da utilização de materiais 
naturais em edificações. Quando são utilizados materiais naturais é possível 
reduzirmos o custo imediato de construção, além dos enormes benefícios 
ambientais – consumos energéticos e emissões de CO2.
Figura 07 – Materiais naturais representam economia global nas obras.
16
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BAUER, L. A. Falcão. Materiais de Construção. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
BORGES, A. C. Prática das Pequenas Construções. Vol. I. 9ª Ed. São Paulo: 
Edgard Blucher, 2009. 
BORGES, Carlos Alberto de Moraes. O conceito de desempenho das 
edificações e a sua importância para o setor da construção civil. Escola 
Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, 2008. 
DA ROSA, M. P. Viabilidade econômico-financeira e benefícios ambientais 
da implantação de uma usina de reciclagem de resíduos da construção civil 
produzidos em Florianópolis-SC. Universidade Federal de Santa Catarina. 
Florianópolis, 2005. 
FREIRE, Wesley; BERALDO, Antonio L. Tecnologias e Materiais alternativos 
de construção. Campinas: Ed. UNICAMP, 2003.
KANGHEE, L.; YOUNGOH, C. et al. The Estimation of the Functional Unit on 
Energy Consumption and CO2 Emission Concerned with Construction of 
Building. In: INTERNATIONAL CONFERENCE ON SUSTAINABLE BUILDING 
ASIA, 2007, Seoul.
KEELER, Marian; BILL, Burke. Fundamentos de Projeto de Edificações 
Sustentáveis. 1ª Edição. Bookman, 2012.
MURTA, Antonio; et al. Benefícios econômicos e ambientais inerentes 
ao uso de materiais estruturais naturais em habitações unifamiliares. 
Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, 2010.
PETRUCCI, E. G. R. Concreto de cimento portland. 9 ed. Rio de Janeiro: Globo, 
1982.
PETRUCCI, E. G. R. Materiais de Construção. Porto Alegre: Globo, 1973.
 
17
PETRUCCI, E. G. R. Pedras Naturais. In: Materiais de Construção. Porto 
Alegre: Globo, e1975. p. 262-304.
PILT, K. et al. Diagnosis of Timber Structures and Archaeological Wood of 
Cultural Heritage. WoodCultHer, 2009.
SILVA, Moema Ribas. Materiais de Construção. São Paulo: PINI, 1991. 
VERCOSA, Enio Jose. Materiais de Construção. Porto Alegre: Sagra, 1984. 
YAZIGI, W. A técnica de edificar. 10 Ed. São Paulo: Pini, 2009.
YUDELSON, Jerry. Projeto Integrado e Construções Sustentáveis. 1ª Edição. 
Bookman, 2013. 
18
Conteúdo:
 
Dica do professor
Inicialmente, dependendo das escolhas e dos materiais naturais a serem empregados, 
principalmente aqueles de fontes não renováveis, pode-se ter até um custo inicial de obra mais 
elevado. Porém, madeira certificada, quando comparada ao concreto armado (tradicional), ou tijolos 
ecológicos (terra compactada), quando comparados aos blocos convencionais (cerâmica ou 
concreto), são várias vezes mais baratos e tornam a construção sustentável, em todas as etapas, 
desde o projeto até a demolição da obra.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/93cfea2df8d4f6592b190fe90500c5b5
Exercícios
1) Tendo em vista que os meios de transporte e os materiais de construção têm impactos 
múltiplos em construções ambientalmente sustentáveis, como na conservação de recursos 
naturais, na eficiência de energia e na qualidade do ar do ambiente interno, assinale a opção 
correta. 
A) Os projetos não devem considerar a desconstrução, o que aumenta o impacto ambiental na 
hora da demolição.
B) Os materiais, os produtos e os sistemas antropogênicos possuem altas energias incorporadas.
C) Para um melhor condicionamento dos produtos, os fabricantes devem aumentar a quantidade 
de embalagem ao transportar materiais para o canteiro de obras.
D) A manutenção reduzida ou infrequente não tem relação com a durabilidade de um produto 
nem com custos mais baixos ao longo de sua vida útil.
E) O transporte marítimo afeta mais o meio ambiente que o uso de caminhões e ferrovias; por 
isso, estes dois últimos, são considerados transportes sustentáveis.
2) Leia a sentença e assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. 
"__________ é o material mais utilizado e econômico para uso no conjunto de 
elementos/estrutura dispostos no topo da construção, com as funções de assegurar 
estanqueidade às águas pluviais e a salubridade, proteger os demais sistemas e 
componentes da obra da deterioração por agentes naturais e contribuir positivamente para 
o conforto termoacústico da edificação." 
A) A madeira.
B) O aço.
C) A cerâmica.
D) O concreto armado.
E) O concreto protendido.
3) 
O orçamento "socioambiental" de obras e de serviços na construção civil atualmente é 
composto por cálculos do custo direto, das despesas indiretas e do benefício. Com relação 
ao tema, analise as afirmativas a seguir. 
 
I. As despesas diretas são todos os custos diretamente envolvidos na produção da obra, que 
são os insumos constituídos por materiais, mão de obra (salários e encargos) e equipamentos 
auxiliares (aluguel e/ou compra de EPIs, máquinas, etc.), mais toda a infraestrutura de apoio 
necessária para a execução no ambiente da obra. 
II. O BDI – Benefício e Custos Indiretos - é composto pelos custos específicos da 
administração central, pelo rateio de todos os custos da administração central, pela taxa de 
risco do empreendimento, pelo custo financeiro do capital de giro, pelos tributos, pela taxa 
de comercialização e pelo benefício. 
III - O legado socioambiental é a redução de insumos, consumo de água, energia e 
manutenção, desde a construção até a operação do empreendimento, por toda a sua vida 
útil, quando empregados materiais e técnicas diferentes dos convencionais. Assinale: 
A) Se somente a afirmativa I estiver correta.
B) Se somente a afirmativa II estiver correta.
C) Se somete a afirmativa III estiver correta.
D) Se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.
E) Se todas as afirmativas estiverem corretas.
4) A respeito das argamassas, os concretos e do uso de agregados (materiais naturais) nestes, é 
incorreto afirmar: 
A) Diminuem o consumo de cimento e de água.
B) Aumentam a resistência e a trabalhabilidade.
C) Contribuem para diminuição da poluição gerada pela construção civil.
D) Diminuem o custo das misturas.
E) Aumentam a retração.
5) O nome do concreto no qual são usados agregados de maior volume (pedras de mão), com 
intuito de reduzir o uso de cimento, o volume da mistura e consequentemente o custo final 
do serviço é: 
A) Aparente.
B) Ciclópico.
C) Simples.
D) Protendido.
E) De alto desempenho.
Na prática
Observe a relação custo x benefício de alguns materiais.
Uma construção sustentável, devido à demanda atual, relativamente pequena em relação às 
construções convencionais, tendem a usar materiais, técnicas construtivas e soluções adicionais (ex. 
sistema de uso de energia solar) que, a grosso modo, podem até parecer mais caros ou representar 
acréscimo no custo de implantação da obra.
 
No âmbito dos materiais naturais, por exemplo, a execução de paredes em alvenaria de pedra 
podem ficar mais caras que a execução de uma parede em alvenaria de tijolos cerâmicos, pelos 
seguintes motivos:
1) A pedra adequada para o serviço pode estar a quilômetros da obra, diferentemente do tijolo 
cerâmico, queé produzido em praticamente todas as regiões brasileiras;
2) Devido ao seu peso e sua resistência, o trabalho e o manuseio com pedras requerem 
equipamentos específicos para corte ou adequações necessárias das peças;
3) O custo unitário do serviço (m2 de parede pronta) é maior devido ao preço da mão de obra - são 
necessários um número maior de funcionários e estes devem ser especializados - que não é tão 
facilmente encontrado como para trabalhos com alvenaria convencional.
Pelas propriedades e características das pedras naturais, principalmente devido à massa térmica, é 
correto afirmar que ao longo dos anos, o habitante de uma edificação com esta técnica empregada 
nas paredes, terá uma economia substancial na sua conta de luz mensal, já que não serão tão 
necessários condicionadores de ar, principalmente em um país tropical como o Brasil.
O uso de materiais naturais certificados e renováveis é vantajoso, pois apresenta no médio prazo 
um período de retorno do investimento, popularmente falando o emprego do material "se paga", 
passando a gerar economia no restante da vida útil da edificação.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Projeto da UTFPR de casa sustentável
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Benefícios econômicos e ambientais inerentes ao uso de 
materiais estruturais naturais em habitações unifamiliares.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Conheça 10 edifícios sustentáveis do Brasil
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.youtube.com/embed/IKtoQ0HNbqs
http://seer.ufrgs.br/ambienteconstruido/article/view/12111
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/conheca-10-edificios-sustentaveis-do-brasil

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