Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DISMENORREIA · a famosa cólica menstrual em baixo ventre · dor pélvica antes ou durante a menstruação · intensidade diferente e compromete atividades diárias da mulher · na fase lútea (acontece a TPM) há queda na imunidade, onde após a ovulação o corpo meio que sofre desequilíbrio de progesterona (aumenta) e estrogênio (reduz) · escala de dor em cruz ou de forma leve, moderada a grave · etiologia primária/funcional e secundária/orgânica · funcional: inicia cerca de 2 anos após menarca; não relacionada a nenhuma doença prévia, podendo regredir espontaneamente · orgânica: pode iniciar em qualquer período da fase reprodutiva da mulher; causas intra-uterinas, extrauterina ou não ginecológica Endometriose é a inflamação crônica, onde o tecido endometrial cresce em regiões e órgãos no exterior da cavidade uterina, como nos ovários, bexiga e no intestino Adenomiose é a inflamação em que o tecido endometrial invade o miométrio, camada intermediária do revestimento uterino ETIOPATOGENIA · mecanismo da dor está relacionado a liberação de grandes quantidades de prostaglandinas (parece um hormônio; após receber sinal de lesão, as células produzem elas a partir do ácido aracdônico. a enzima ciclooxigenase COX ativa o aracdônico para síntese de prostaglandina; isso resulta em inflamação para reparar o tecido, coagulação e outros processos. no fluxo sanguíneo ela dilata os vasos) eicosanóides pelo endométrio em descamação · eles aumentam a atividade do músculo uterino, contrai mais que o normal e acaba por reduzir o fluxo sanguíneo no órgão, uma vez que, ao contrair, ela pressiona os vasos sanguíneos: hipóxia. a dor é provocada pela falta de oxigenação · o ácido linolênico (ação anti inflamatória) e o linoleico (ação inflamatória) são ácidos graxos responsáveis pelas resposta inflamatória. eles tão envolvidos na síntese de um grupo de metabólitos altamente ativos, os eicosanoides, que são prostaglandina, tromboxanos e leucotrienos, envolvidos no processo inflamatório do organismo. por fim, certas enzimas desse ácidos tem ação vasoconstritora e estímulo da contração da musculatura lisa que se juntam e geram isquemia DIAGNÓSTICO · https://pt.scribd.com/document/63595377/Introducao-a-Medicina-FMSCSP · uma boa anamnese · exame físico · ILICIDPFFFFS (INÍCIO, LOCALIZAÇÃO, INTENSIDADE, CARÁTER COMO CÓLICA PONTADA APERTO FACADA QUEIMAÇÃO, IRRADIAÇÃO, DURAÇÃO, PERIDIOCIDADE, FATORES DE MELHORA, PIORA E DESENCADEANTES, SINTOMAS ASSOCIADOS) · a dor menstrual é tipo cólica e se inicia na pelve, podendo irradiar-se para lombar e face interna da coxa e causar dor em peso no hipogástrio · sintomas associados, como cefaléia náusea vômito vertigem desmaios são desencadeados secundariamente a resposta inflamatória mediada por prostaglandinas e leucotrienos que são sintetizados e metabolizados no útero · fumo é fator predisponente porque a nicotina está relacionada com a vasoconstrição e hipóxia miometrial. dieta rica em gordura, obesidade e álcool são fatores de risco; ansiedade e distúrbio neurológicos são fatores importante, uma vez que o estresse prejudica · achados de doença pélvica, principalmente com dor pélvica crônica é um quadro associado · DISMENORREIA SECUNDÁRIA: · dismenorreia no primeiro ou segundo COX depois da menarca (considerar malformação mulleriana) · primeira ocorrência após os 25 anos · anormalidade pélvica durante exame físico · infertilidade associada · fluxo irregular ou aumentado · dispareunia (dor durante o ato sexual) · pequena ou nenhuma resposta ao tratamento clínico conservador com anti-inflamatório ou anticoncepcional oral · exame de imagem · várias curetagens faz traves no útero · alto estrogênio e pouca progesterona causa pólipo, sangra bastante, útero contrai mais e causa dor OBSERVAÇÃO · quando a menina for virgem, fazer USG pélvico · quando não, transvaginal · DIU de cobre move-se mais no útero e acaba causando dor TRATAMENTO · levar em consideração o caráter sindrômico · objetivo sempre controlar COX que está envolvida na produção de PGs e hipercontratilidade uterina: As prostaglandinas são compostos lipídicos com efeitos no corpo semelhantes aos dos hormônios. Após sinais de lesão ou doença, as células mandam o COX manda o ácido aracdônico a fazer prostaglandina (prostaglandinas também possuem uma função muito especial no sistema circulatório: elas ajudam a dilatar os vasos sanguíneos). Os dois tipos de enzimas COX, COX-1 e COX-2, trabalham para aumentar a síntese de prostaglandinas. Isso resulta em inflamação, coagulação do sangue e outros processos biológicos importantes. Quando seu corpo não produz prostaglandinas naturais suficientes, os medicamentos fabricados com prostaglandinas podem aumentar seus níveis e tratar várias condições, visto que é fundamental em vários processos, entre eles o de cicatrização. · ANALGÉSICO SIMPLES: paracetamol ou dipirona para casos iniciais e quando AINEs são contraindicados. buscopan é ótimo para dores viscerais · AINEs: geralmente, de 3 5 dias de tratamento, iniciando-se um a dois dias antes do início do fluxo menstrual. há colaterais, mas são bem toleráveis, contudo atenção às pacientes com quadro de úlceras gastrointestinais ou doenças renais crônicas e HAS · ANTICONCEPCIONAL ORAL: eles reduzem a espessura endometrial, diminuindo o sangramento e queda de PGs no soro e no fluído menstrual. quando o desejo há de contracepção, é uma boa escolha. colaterais como cefaleia, náuseas, vômitos, dor abdominal, ganho de peso e acne são descritos associados com uso de alguns anticoncepcionais orais. anticoncepcional em si, atualmente, não faz engordar não, antes a concentração de estrogênio era de 30, hoje, de 0,015: níveis altos de estrogênio levam a diminuição de massa muscular a aumento da gordurosa. Inibe eixo hipotálamo hipófise ovário e não sangra. se houver o escape, porque há atrofia do músculo e descama, para 1 mês e depois retorna · SISTEMA INTRAUTERINO DE LEVONORGESTREL: siu-lng, ação hormonal comprovada e age induzindo atrofia endometrial por ação local, intrauterina, do levonorgestrel. eficácia principal na endometriose, diminui dor pélvica e diminui marcadores séricos como o CA-125 (marcador tumoral para cânceres de ovário e endométrio, além de ser indicador de tumor de fígado pulmão mama reto e estômago) · TRATAMENTOS COMBINADOS OU MEDICAÇÃO DE USO MENOS FREQUENTE: em casos de refratariedade aos tratamentos meio que isolados propostos, como analgésicos ou AINES associados aos anticoncepcionais ou siulng. · PROGESTAGÊNIOS isolados orais, injetáveis ou implantes, como o acetato de medroxiprogesterona desogestrel levonorgestrel e etonogestrel. eles induzem a anovulação e amenorreia, melhorando a dismenorreia com a vantagem de ser utilizados em pacientes com restrição de estrogénios exógenos · ANÁLOGOS GnRH: mesmo role acima, mas com colateral de hipoestrogenismo intenso · CIRURGIA: neurectomia pré-sacral tem sido proposta e realizada durante a laparoscopia indicada por dismenorréia severa
Compartilhar