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Disciplina | 
O Ensino da Língua Inglesa no Brasil 
www.cenes.com.br | 1 
 
 
 
 
 
DISCIPLINA 
O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA 
NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO 
BRASILEIRA 
 
 
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
Sumário 
www.cenes.com.br | 2 
Sumário 
Sumário ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 2 
1 O Ensino da Língua Inglesa no Brasil ----------------------------------------------------------- 4 
1.1 Breve História do Ensino de Inglês no Brasil -------------------------------------------------------------- 4 
2 Breve Trajetória do Livro Didático (de Inglês) no Brasil---------------------------------- 10 
3 Políticas Educacionais e a Presença do Inglês no Currículo Brasileiro. -------------- 14 
4 Desafios do Ensino de Inglês -------------------------------------------------------------------- 15 
4.1 Carga horária limitada ----------------------------------------------------------------------------------------- 15 
4.2 Formação de Professores ------------------------------------------------------------------------------------- 17 
4.3 Acesso a Recursos ---------------------------------------------------------------------------------------------- 19 
4.4 Abordagem Comunicativa ------------------------------------------------------------------------------------ 21 
5 Objetivo do Ensino de Inglês nas Escolas ---------------------------------------------------- 23 
6 Principais Métodos de Ensino de Inglês ------------------------------------------------------ 24 
6.1 1º O Método da Tradução e Gramática (The Grammar – Translation Method) --------------- 24 
6.2 2º O Método Direto (The Direct Method, divulgado a partir de 1900) -------------------------- 25 
6.3 3º O Método da Leitura (The Reading Method, divulgado a partir de 1920) ------------------- 25 
6.4 4º O Método Audiolingual (The Audiolingual Method, desenvolvido a partir de 1950) ---- 26 
6.5 5º O Método Estrutural-Situacional (The Structural-Situational Method, implementado a 
partir de 1960) --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 27 
6.6 6º O Método Cognitivo (The Cognitive Method, implementado a partir de 1965) ----------- 27 
6.7 7º O Método Funcional (The Functional Method, a partir de 1972) ------------------------------ 28 
7 Estratégias Para Aprimorar a Fluência e a Compreensão Oral Dos Alunos. ------- 29 
8 O Papel do Professor de Língua Inglesa ------------------------------------------------------ 30 
9 Motivação -------------------------------------------------------------------------------------------- 31 
10 Aquisição da Língua Estrangeira ------------------------------------------------------------ 32 
10.1 Aquisição ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 32 
10.2 Interação ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 33 
10.3 Ênfase à Forma -------------------------------------------------------------------------------------------------- 33 
11 Desenvolvimento da Competência Comunicativa em Inglês nas Quatro 
Habilidades Linguísticas (Fala, Audição, Leitura e Escrita). ----------------------------------------- 33 
12 Necessidades Daqueles que Desejam Aprender a Língua Inglesa ----------------- 36 
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
Sumário 
www.cenes.com.br | 3 
13 Intercâmbios e Oportunidades para o Aprimoramento do Conhecimento da 
Língua e da Cultura Inglesa ---------------------------------------------------------------------------------- 37 
14 Valorização da Cultura Brasileira e a Interculturalidade no Ensino de Inglês -- 38 
14.1 Valorização da Cultura Brasileira --------------------------------------------------------------------------- 39 
14.2 Interculturalidade no Ensino de Inglês -------------------------------------------------------------------- 39 
14.3 Benefícios da Interculturalidade e Valorização da Cultura Brasileira ---------------------------- 40 
15 Referências ---------------------------------------------------------------------------------------- 41 
 
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O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
O Ensino da Língua Inglesa no Brasil 
www.cenes.com.br | 4 
1 O Ensino da Língua Inglesa no Brasil 
1.1 Breve História do Ensino de Inglês no Brasil 
O relacionamento entre Brasil e Inglaterra é tão antigo que se pode dizer que se 
mistura com a própria história de nosso país. De acordo com Freyre, “a presença da 
cultura britânica no desenvolvimento do Brasil, no espaço, na paisagem, no conjunto 
da civilização do Brasil, é das que não podem ser ignoradas pelo brasileiro interessado 
na compreensão e na interpretação do Brasil” (Freyre, 1922 apud Dias, 1999, p.27). 
Acredita-se que o relacionamento entre Brasil e Inglaterra começou por volta do 
ano de 1530 quando o aventureiro inglês William Hawkins desembarcou na costa 
brasileira e foi muito bem recebido pelos aliados lusitanos e nativos que lá estavam. 
Por mais de um século, após essa primeira visita, outros navegantes bretões seguiram 
os passos de Hawkins, aportando nesta colônia portuguesa em busca de uma de suas 
riquezas, o pau-brasil. 
O relacionamento entre o nosso país e a Inglaterra se estreitou em 1654, quando 
a última impôs um tratado aos portugueses, reservando à marinha britânica o 
monopólio sobre o comércio de mercadorias inglesas com os outros países, 
rompendo assim o domínio colonial português no Brasil. 
Mas foi o bloqueio continental decretado à Inglaterra no início do século XIX que 
levou ao fortalecimento das relações amigáveis entre este país e o Brasil. 
O fechamento dos portos europeus aos navios ingleses pelos franceses forçou 
que Portugal, até então um forte aliado da Inglaterra, se posicionasse contra sua 
parceira para evitar um conflito com as tropas francesas. De modo a evitar a guerra, 
D. João VI, Príncipe Regente de Portugal, decidiu fugir para o Brasil, decisão essa que 
foi amplamente apoiada pela Inglaterra. Com a mudança da corte portuguesa para o 
Brasil, os ingleses tiveram permissão para aqui estabelecer casas comerciais, onde 
tamanho se tornou o poderio econômico da Inglaterra naquela época, que “já se 
escreveu que, naqueles anos, muito mais influentes e poderosos que a esquadra 
britânica eram os escritórios comerciais dos ingleses” (Dias: 1999, p.31). 
A Inglaterra passou então a exercer uma forte influência na vida deste país, então, 
um império, causando mudanças bastante significativas, entre elas o desenvolvimento 
da imprensa local (chamada de Imprensa Régia), o uso do telégrafo, do trem de ferro 
e da iluminação a gás. Segundo Dias, no início do século XIX mais de 30 
estabelecimentos comerciais ingleses foram criados no Brasil e “era dos ingleses o 
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
O Ensino da Língua Inglesa no Brasil 
www.cenes.com.br | 5 
controle do comércio; o predomínio técnico(...) e, fundamentalmente, o capital 
financeiro que assegurava os primórdios do progresso industrial” (1999, p.51). 
Esse amplo domínio inglês acabou por gerar manifestações nacionalistas por 
parte dos brasileiros e, de modo a abafá-las, as companhias inglesas passaram a 
anunciar ofertas de emprego para “engenheiros, funcionários e técnicos brasileiros em 
geral” (Dias, 1999, p.83), bastando que os interessados falassem a língua inglesa para 
que pudessem entender as instruções e receber treinamento. De acordo com Chaves, 
“é muito provável que os primeiros professores de inglês tenham surgido nesse 
momento” (2004, p.5). 
Oensino formal da língua inglesa no Brasil teve início com o decreto de 22 de 
junho de 1809, assinado pelo Príncipe Regente de Portugal, que mandou criar uma 
escola de língua francesa e outra de língua inglesa. Até então, o grego e o latim eram 
as línguas estrangeiras ensinadas na escola. O texto do decreto diz o seguinte: E, 
sendo, outrossim, tão geral e notoriamente conhecida a necessidade de utilizar das 
línguas francesa e inglesa, como aquelas que entre as vivas têm mais distinto lugar, e 
é de muita utilidade ao estado, para aumento e prosperidade da instrução pública, 
que se crie na Corte uma cadeira de língua francesa e outra de inglesa. (Oliveira, 1999 
apud Chaves, 2004, p.5). 
Ainda no ano de 1809, D. João VI nomeia o Padre irlandês Jean Joyce professor 
de inglês. A carta real assinada por ele diz que “era necessário criar nesta capital uma 
cadeira de língua inglesa, porque, pela sua difusão e riqueza, e o número de assuntos 
escritos nesta língua, a mesma convinha ao incremento e a prosperidade da instrução 
pública” (Almeida, 2000 apud Chaves, 2004, p.6). 
Inicialmente, o ensino de inglês no Brasil teve, portanto, utilidade eminentemente 
prática, visando a capacitar os profissionais brasileiros para a demanda do mercado 
de trabalho da época e responder às necessidades de desenvolvimento do país, 
alavancadas pelas relações comerciais com nações estrangeiras, principalmente com 
a Inglaterra. 
Desde aquela época, o Estado Brasileiro vem mantendo a sua determinação de 
incluir o ensino de línguas estrangeiras no currículo da educação pública. Porém, no 
início, não foi fácil para as línguas modernas, ou seja, o francês e o inglês, alcançarem 
o mesmo status que as línguas clássicas tinham. A fundação do Colégio D. Pedro II em 
1837 teve um papel muito importante neste processo, que foi bastante lento. Este 
colégio teve, desde a sua fundação, o ensino da língua inglesa em seu currículo, 
juntamente com o francês, o latim e o grego. No entanto, naquela época, a 
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
O Ensino da Língua Inglesa no Brasil 
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importância atribuída à língua francesa era notavelmente maior do que à dada ao 
inglês, já que o francês era considerado ‘língua universal’ e requisito obrigatório para 
o ingresso nos cursos superiores. 
O ensino de inglês e francês durante o império sofria de um grave problema: a 
falta de uma metodologia adequada. De acordo com Leffa, “a metodologia para o 
ensino das chamadas línguas vivas era a mesma das línguas mortas: tradução de texto 
e análise gramatical” (1999, p.3). 
Reformas no âmbito educacional foram promovidas pelo ministro Benjamim 
Constant após a Proclamação da República em 1889. Essas reformas tinham por 
objetivo modificar todo o sistema educacional do país, em todos os graus de ensino. 
Elas também afetaram o ensino de línguas estrangeiras no Colégio Pedro II, então 
chamado Ginásio Nacional, na medida em que o inglês, o alemão e o italiano foram 
excluídos do currículo obrigatório, assim como o estudo de literaturas estrangeiras. 
Porém, as línguas vivas estrangeiras voltaram a ser obrigatórias em 1892, após o 
afastamento de Benjamin Constant. Em 1898, o modelo proposto por ele para o 
ensino secundário sofre alterações pelo ministro Amaro Cavalcanti, “voltando a dar 
primazia às disciplinas humanísticas, reintroduzindo a história da filosofia, o latim e o 
grego” (Oliveira, 2000 apud Chaves, 2004, p.7). Com essa nova reforma, o ensino das 
línguas vivas estrangeiras como o inglês, o francês e o alemão passa a ser facultativo 
e volta a ter uma abordagem literária. 
O Ginásio Nacional volta a se chamar Colégio Pedro II e ganha um caráter 
profissionalizante em 1911, como consequência da Lei Orgânica do Ensino do ministro 
Rivadávia Correa. O seu ensino passa a ter, então, um caráter mais prático, o que acaba 
afetando o ensino das línguas vivas, cuja abordagem passa a desenvolver não 
somente as habilidades de escrita e leitura, mas também a habilidade de fala. 
O ensino de inglês no Brasil teve um grande impulso na década de 1930, graças 
às tensões políticas mundiais que acabaram por culminar na Segunda Guerra Mundial. 
Neste contexto, a “difusão da língua inglesa no Brasil passou a ser vista como uma 
necessidade estratégica para contrabalançar o prestígio internacional da Alemanha” 
(Schutz, 1999), situação ainda agravada no Brasil pela imigração alemã ocorrida no 
século anterior. A Inglaterra perdia a primeira posição no mercado brasileiro e “o 
capital norte-americano começou a ampliar seu raio de ação e a deslocar a posição 
britânica tanto no comércio exterior como nos investimentos diretos em atividades 
produtivas no Brasil” (Moura apud Dias, 1999, p.87). Essa situação levou ao 
“estabelecimento de uma nova relação com os países sul-americanos, marcada (...) por 
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
O Ensino da Língua Inglesa no Brasil 
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uma atuação política mais direta e impositiva” (Dias, 1999, p.89). O marco desta 
guinada na política externa inglesa foi a visita do Príncipe de Gales, Edward, em 1931. 
Em 1930 foi criado o Ministério de Educação e Saúde Pública e em 1931 houve a 
reforma de Francisco de Campos, que introduziu mudanças não somente no 
conteúdo, mas principalmente quanto à metodologia do ensino de línguas 
estrangeiras. Quanto ao conteúdo, esta reforma aumentou, de modo indireto, a ênfase 
dada às línguas modernas em função da diminuição da carga horária do latim. No que 
diz respeito ao método, as mudanças foram mais profundas, na medida em que essa 
reforma introduzia oficialmente o ensino das línguas estrangeiras através das próprias 
línguas. Esse método, que recebeu o nome de ‘método direto’, já havia sido 
introduzido na França 30 anos antes. O Colégio 
Pedro II foi um dos primeiros a adotarem este novo método no Brasil e ainda em 
1931 (ano da reforma) começou a introduzi-lo em suas salas de aula. 
Ainda como consequência das mudanças no contexto político e econômico 
nacional e internacional, a década de 1930 presenciou também o surgimento dos 
cursos livres de inglês no Brasil. Em 1934, com o apoio da Embaixada Britânica no 
Brasil, nascia oficialmente no Rio de Janeiro a Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa, 
que tinha no seu esboço de projeto a missão de “difusão no país, da língua e das 
manifestações de pensamento, ciências e artes inglesas e, por igual, no Império 
Britânico, do que concerne ao nosso idioma e o que se tem feito nas letras, ciências e 
artes no Brasil...” (Dias, 1999, p.89). 
Um ano depois, foi fundada a Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa de São 
Paulo, em função de um acordo de cooperação entre a Escola Paulista de Letras 
Inglesas e o Consulado Britânico. Ainda em São Paulo, surgiu, em 1938, o primeiro 
instituto binacional com o apoio do consulado norte-americano: o Instituto 
Universitário Brasil-Estados Unidos, que mais tarde ganhou o nome de União Cultural 
Brasil-Estados Unidos. 
Em 1942, houve a reforma Capanema, que teve o mérito de equiparar todas as 
modalidades de ensino médio (secundário, normal, militar etc.), que ficou então 
dividido em dois ciclos. O primeiro ciclo, com a duração de quatro anos, foi 
denominado “ginásio” e o segundo, que tinha duas ramificações (“clássico” e 
“científico”), durava três anos. O “clássico” tinha uma maior ênfase no estudo das 
línguas clássicas e modernas, enquanto o “científico” priorizava o estudo das ciências. 
No período de 1942 a 1961, com a nova estrutura de “ginásio” e “científico”, a 
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O Ensino da Língua Inglesa no Brasil 
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carga horária das humanidades e ensino de línguas estrangeiras no currículo foi sendo 
gradativamente reduzida, em função da maior ênfase dada às ciências, e acabarampor alcançar uma situação de equilíbrio. 
Em 1961, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) muda o currículo de ensino de “ginásio” 
e “científico” para 1o e 2o graus. Essa lei estabelece que o ensino de uma língua 
estrangeira (LE) moderna é o único do núcleo comum a ter obrigatoriedade apenas 
parcial para o 1o grau, mas recomenda a inclusão da língua “onde e quando tenha o 
estabelecimento condições de ministrá-la com eficiência” (Chagas, 1980 apud Chaves, 
2004, p.8). 
Dez anos depois da primeira LDB, foi publicada a LDB de 1971, a Lei 5692. Esta 
lei reduz o ensino de 12 para 11 anos, sendo oito anos de 1º grau e três de 2º grau. A 
redução da escolaridade e o novo foco profissionalizante provocaram uma redução 
drástica na carga horária de LE, “agravada ainda por um parecer posterior do Conselho 
Federal de que a língua estrangeira seria ‘dada por acréscimo’ dentro das condições 
de cada estabelecimento” (Leffa, 1999, p.10). Como consequência desta situação, 
muitas escolas tiraram a LE do 1º grau e reduziram a carga horária do 2º grau para até 
1 hora semanal. 
A LDB de 1996 substitui o 1º e 2º graus por ensino fundamental e médio e deixa 
bem clara a necessidade de uma LE no ensino fundamental, cuja escolha ficaria a cargo 
da comunidade escolar. Quanto ao ensino médio, a lei estabelece a obrigatoriedade 
de uma LE moderna, havendo a possibilidade de uma segunda língua optativa, de 
acordo com as disponibilidades da instituição. 
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de 1999 que 
complementam a nova LDB, no âmbito da LDB, as Línguas Estrangeiras Modernas 
recuperam, de alguma forma, a importância que durante muito tempo lhes foi 
negada”, já que elas “assumem a condição de serem parte indissolúvel do conjunto 
de conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de várias 
culturas e, consequentemente, propiciam sua integração num mundo globalizado. 
Os PCN não propõem uma metodologia específica para o ensino de línguas, mas 
sugerem uma abordagem sócio interacional, com ênfase no desenvolvimento da 
leitura. De acordo com os parâmetros a leitura atende (...) as necessidades da 
educação formal, e, por outro lado, é a habilidade que o aluno pode usar em seu 
próprio contexto social imediato. Além disso, a aprendizagem de leitura em LE pode 
ajudar o desenvolvimento integral do letramento do aluno. 
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
O Ensino da Língua Inglesa no Brasil 
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Essa abordagem do ensino da LE, somados a vários outros fatores, tais como a 
falta de professores qualificados e que realmente dominem a língua, os materiais 
didáticos não apropriados (ou até mesmo inexistentes no caso de algumas escolas 
públicas), metodologia antiga e inadequada, turmas muito grandes que dificultam o 
aprendizado da LE, tanto na escola pública quanto no particular. Infelizmente, apesar 
das leis e reformas, o ensino de inglês nas redes de escolas de ensino 
fundamental/médio até hoje em dia “parece ter ficado encalhado no método de 
tradução e gramática do início do século” (Schutz, 2002). 
A ineficiência do ensino de línguas estrangeiras em grande parte dos colégios, 
associada à grande necessidade de domínio de uma LE no mundo moderno, 
principalmente o inglês, desloca o seu aprendizado para os cursos livres de línguas e 
leva a uma grande “proliferação dos cursos comerciais operando em redes de 
franquia” (Schutz, 1999) no Brasil a partir dos anos 60. De acordo com esse autor, hoje 
existem basicamente três tipos de cursos de língua inglesa no Brasil. São eles: 
• Os Institutos binacionais que têm uma preocupação maior com a 
qualidade do ensino do que com um objetivo mais comercial expansivo. Em sua 
maioria, estes institutos utilizam uma metodologia mais convencional associada 
a um plano didático; 
• Os Cursos franqueados, que investem fortemente em propagandas, 
e dão uma grande ênfase ao plano didático e ao livro-texto, desconsiderando as 
qualidades pessoais e a criatividade do professor, e 
• As Escolas Independentes, que são formadas por pessoas com 
competência própria, que são geralmente oriundas das franquias e que 
dispensam a receita didática de um franqueador. 
Cabe ressaltar que, além dos tipos de escola mencionados acima, existem 
também alguns cursos livres de inglês de grande porte, que possuem características 
muito semelhantes às dos institutos binacionais, mas que são totalmente nacionais. 
 
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
Breve Trajetória do Livro Didático (de Inglês) no Brasil 
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2 Breve Trajetória do Livro Didático (de Inglês) no Brasil 
Em várias sociedades atuais, os LDs são centrais na produção, circulação e 
apropriação de conhecimentos, sobretudo dos conhecimentos difundidos pelas 
instituições educacionais. Esse é o caso da sociedade brasileira, na qual a importância 
do LD aumenta ainda mais devido à precária situação educacional no país, que faz 
com que o livro-texto “acabe determinando conteúdos e condicionando estratégias 
de ensino, marcando, pois, de forma decisiva, ‘o que’ se ensina e ‘como’ se ensina o 
que se ensina” (Lajolo, 1996). De modo a entender como e por que o LD em geral, e 
o de inglês em particular, adquiriu a importância que tem hoje em dia, faz-se 
necessário fazer uma análise diacrônica do seu uso no Brasil. 
Os primeiros sistemas de ensino instituídos no Brasil foram os dos jesuítas, que 
exerceram o monopólio na educação brasileira do século XVI ao XVIII. Naquela época, 
os livros que entravam no país a pedido destes missionários eram oriundos da Europa 
e escritos em latim, língua que nem todos os religiosos dominavam, o que gerava 
certa insatisfação por parte de alguns deles que passaram, então, a solicitar livros em 
outras línguas. De acordo com Castro (2005), em 1593, o padre João Vicente Yate 
encomendou livros a Lisboa em outros idiomas, principalmente em inglês e espanhol. 
Pode-se dizer que essa foi, provavelmente, a primeira vez que um LD em inglês, porém 
não de inglês, foi trazido ao Brasil. 
A prática de importação de livros didáticos permaneceu até o século XIX, quando 
os livros-texto usados nas escolas brasileiras eram trazidos da Europa, principalmente 
da França e de Portugal. Tal prática se devia basicamente a dois fatores: o Brasil não 
dispunha das condições técnicas para produzir os livros localmente, na medida em 
que a metrópole colonizadora não permitia a existência de tipografias em território 
nacional e, além disso, os livros europeus gozavam de grande respeitabilidade nos 
círculos intelectuais da colônia devido ao fato de esse continente ser a referência social 
e cultural da época. 
A opção pelos LDs franceses, em especial, era consequência do fato de a França 
ser considerada a capital da modernidade de então. Vários dos manuais didáticos 
adotados no curso secundário naquela época eram utilizados em sua publicação 
original, em francês, o que não era considerado um problema, já que somente a elite 
social e economicamente privilegiada tinha acesso à escola (85% da população era 
analfabeta) e esse grupo seleto dominava a língua francesa, que era considerada a 
‘língua universal’ e requisito obrigatório para o ingresso em cursos superiores. 
As dificuldades causadas pelas precárias condições para edição e impressão de 
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
Breve Trajetória do Livro Didático (de Inglês) no Brasil 
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livros no Brasil começaram a ser superadas com a vinda da Família Real no início do 
século XIX e a subsequente instalação da Imprensa Régia no Rio de Janeiro em 1808. 
Entre os vários tipos de publicação lançados por essa gráfica, logo apareceram alguns 
LDs, os primeiros a serem impressos no Brasil. Um exemplo citado por Camargo e 
Moraes (1993, p.31 apud Oliveira, 1999, p.11) éo de uma gramática publicada em 
1820 chamada Compêndio da Gramática Inglesa e Portuguesa para Uso da Mocidade 
Adiantada nas Primeiras Letras, de autoria de Manuel José de Freitas, que veio a ser o 
primeiro LD de inglês brasileiro. 
Apesar da escassez de dados sobre a história do LD de inglês no Brasil, 
aparentemente o Compêndio se constituiu em uma exceção entre os LDs de inglês 
adotados no século XIX no nosso país, que eram, em sua maioria, importados da 
Inglaterra. Uma evidência da importação de livros-texto de inglês nessa época é 
fornecida pelo Decreto n.º 1.041, de 11 de setembro de 1892, que regularizava os 
exames nos institutos oficiais de ensino secundário estaduais como o Colégio Pedro 
II, chamado então de Ginásio Nacional. “Este documento legal determinava os livros 
e dicionários que deveriam ser utilizados nos exames de língua”, entre eles os títulos 
ingleses The Graduated English Reader (1887), de James E. Hewitt, e The British 
Classical Authors, de L. Herrig (Oliveira, 1999, p.18). 
No final do século XIX, o potencial de lucro do material didático é descoberto 
por alguns nomes do setor editorial brasileiro, entre eles Francisco Alves, que acabou 
sendo o pioneiro brasileiro da produção de LDs. A princípio, os livros da Editora 
Francisco Alves eram impressos em Portugal, mas eles passaram a ser produzidos 
localmente quando a Primeira Guerra inviabilizou a impressão na Europa. Apesar de 
ainda serem poucos os títulos didáticos lançados no Brasil no início do século XX, eles 
eram basicamente voltados para o ensino da língua portuguesa, da matemática e da 
história do Brasil. 
A década de trinta presenciou a ampliação do número de LDs produzidos por 
brasileiros e editados no Brasil. Este fato se deveu à ampliação do mercado de LDs 
proporcionada pelo programa de educação básica proposto pelo governo de Getúlio 
Vargas, que gerou a expansão da rede de ensino. Outro fato que contribuiu para o 
aumento dos livros-texto brasileiros foi a criação das Faculdades de Filosofia, que 
propiciaram “as condições favoráveis para o aparecimento de autores e editores de 
livros didáticos em nosso país” (Soares, 1996, p.57). 
Apesar do crescente lançamento de LDs brasileiros para várias matérias na 
primeira metade do século XX, pode-se dizer que o mesmo não ocorreu com o livro-
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
Breve Trajetória do Livro Didático (de Inglês) no Brasil 
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texto de inglês, que manteve a tradição de importação de materiais didáticos 
internacionais. Esse fato pode ser confirmado pelo Decreto n.º 20.833, de 21 de 
dezembro de 1931, que instituiu o método direto que pregava o ensino da língua 
através da própria língua, como o método oficial das línguas estrangeiras em colégios 
como o Pedro II. Esse decreto sugeria os autores e obras cujos trechos (...) deveriam 
ser lidos e interpretados na última série de inglês (art. 32): 
• Dickens – David Copperfield. 
• Emerson – Essays. 
• E. Poe – Tales. 
• George Eliot – Silas Marner. 
• Goldsmith – The Vicar of Wakefield. 
• Jerome K. Jerome – Three men in a boat. 
• Kipling – Plain tales from the hills. 
• Lamb – Tales from Shakespeare. 
• Mark Twain – Life on the Mississipi. 
• Shakespeare – Julius Caesar. 
• Stevenson – The art of writing. 
• Thackeray – The four Georges. 
Como podemos constatar, os livros adotados para o ensino da língua inglesa no 
início do século XIX eram clássicos da literatura. Essa escolha se devia, provavelmente, 
ao método pedagógico (método direto) empregado naquele período. 
No início dos anos sessenta, as editoras passam a investir nos LDs que tinham 
público certo devido à extraordinária expansão do número de escolas e, naturalmente, 
de alunos, como consequência da democratização do ensino. Essa situação social “leva 
à produção de um maior número de obras, em busca da conquista deste novo e 
promissor mercado” (Soares, 1996, p.58), levando a uma maior competição entre as 
editoras. É nesse contexto que o LD de inglês passa a ser escrito por autores nacionais, 
editado e impresso no Brasil de forma mais massificada. 
A partir de então, as escolas passam a ter a opção de adotar LDs de inglês 
brasileiros ou importados. Algumas escolas optam pelo material nacional por uma 
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Breve Trajetória do Livro Didático (de Inglês) no Brasil 
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série de razões: a facilidade de acesso ao material devido ao assédio direto das 
editoras; a grande variedade de títulos para escolha; a adequação desses materiais 
didáticos ao perfil do aluno e ao sistema educacional brasileiro, já que, na sua maioria, 
atendem aos critérios dos PCN (no caso dos materiais para ensino médio, focam 
diretamente a preparação para o vestibular) e, por último, aos preços mais acessíveis 
destes livros-texto. 
Outras escolas continuam adotando LDs internacionais, apesar do seu maior 
custo, por acreditarem que eles oferecem certas vantagens em relação aos materiais 
nacionais. Algumas dessas vantagens são: os autores são nativos da língua inglesa; 
esses materiais exploram aspectos culturais de países de língua inglesa; vários dos 
títulos são voltados para a preparação de exames internacionais (como os da 
universidade de Cambridge); algumas das séries também são desenvolvidas levando 
em conta os PCN e, além disso, os materiais internacionais possuem excelente 
qualidade gráfica. Alguns desses colégios acreditam ainda que a escolha de um 
material didático internacional possa contribuir para dar um cunho de qualidade ao 
ensino da língua inglesa naquelas instituições de forma similar ao ensino fornecido 
pelos cursos livres. 
Em relação aos cursos livres de inglês no Brasil, contemplamos duas realidades 
diferentes em relação aos LDs adotados. 
A primeira seria a dos institutos binacionais e grandes cursos livres que adotam, 
desde a sua fundação nas primeiras décadas do século XX, LDs internacionais. Essas 
escolas de língua inglesa mantêm a tradição de adotar livros texto internacionais por 
acreditarem que os mesmos apresentam melhor qualidade do que os nacionais em 
vários aspectos: seus autores nativos possuem renome internacional por sua 
experiência e expertise técnico, e esse reconhecimento contribui para confirmar a 
imagem de qualidade dos cursos; o uso do material internacional oferece a garantia 
de que a língua apresentada é correta, atual e têm alta frequência de uso; a exploração 
dos aspectos culturais dos países de língua inglesa presente nos materiais 
internacionais é considerada indispensável por esses institutos pelo fato de não se 
pode separar uma língua da cultura em que ela é falada e, além disso, a qualidade 
gráfica dos materiais é indiscutível. 
A realidade das franquias de ensino de inglês é bem diferente das dos outros 
institutos de língua inglesa, na medida em que, desde a sua criação por volta da 
década de 60, optaram pela produção de materiais didáticos próprios desenvolvidos 
localmente. Essa opção, na verdade, foi uma das condições sine qua non para a 
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Políticas Educacionais e a Presença do Inglês no Currículo Brasileiro. 
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existência deste modelo de curso, na medida em que a produção do LD próprio, 
acompanhado pelo obrigatório guia do professor, contribuía para a padronização do 
método de ensino e a garantia do mesmo nível de qualidade em todas as unidades 
franqueadas. 
Como podemos ver, não existe um consenso entre as instituições de ensino 
brasileiras, sejam elas escolas ou cursos de inglês, em relação a qual LD de inglês (o 
importado ou o nacional) seria mais adequado a nossa realidade educacional. Neste 
estudo, focarei numa série de inglês desenvolvida no Brasil por autores e editores 
brasileiros, série essa que será contextualizada e exploradano próximo capítulo. 
Espero, com esta pesquisa, contribuir para um maior acirramento da polêmica que 
envolve a escolha dos LDs de inglês importados ou nacionais no nosso país. 
 
3 Políticas Educacionais e a Presença do Inglês no Currículo 
Brasileiro. 
As políticas educacionais e a presença do inglês no currículo brasileiro são 
assuntos de grande importância e constante evolução no sistema educacional do país. 
A inclusão do ensino de inglês no currículo decorre do aumento da globalização, da 
busca por intercâmbios internacionais e da necessidade de preparar os estudantes 
para um mundo cada vez mais conectado. 
A legislação educacional brasileira, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), estabelece as bases 
para a educação e orienta a inclusão do ensino de línguas estrangeiras, incluindo o 
inglês. Além disso, a educação bilíngue também é considerada relevante para valorizar 
a diversidade linguística e cultural do país, dada sua população diversa e multilíngue. 
As políticas educacionais podem determinar a idade em que o ensino de inglês 
deve ser iniciado e estabelecer uma carga horária mínima e frequência das aulas. No 
entanto, a implementação prática pode variar entre as redes de ensino e as 
instituições, resultando em disparidades no ensino da língua. 
Outro aspecto relevante é a formação de professores de inglês, visto que 
educadores bem preparados são fundamentais para um ensino de qualidade. Além 
disso, é importante garantir o acesso a recursos didáticos, como livros, materiais 
audiovisuais e tecnologias educacionais, para o efetivo ensino da língua. 
A presença do inglês no currículo é uma medida positiva, mas enfrenta desafios 
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Desafios do Ensino de Inglês 
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como a formação de professores, infraestrutura das escolas, disponibilidade de 
materiais e a implementação efetiva das políticas em todas as regiões do país. É 
necessário que as políticas educacionais sejam acompanhadas de ações concretas 
para garantir a qualidade do ensino de inglês e o acesso igualitário a essa 
oportunidade de aprendizado para todos os estudantes do país. 
 
4 Desafios do Ensino de Inglês 
4.1 Carga horária limitada 
A carga horária limitada é um dos principais desafios enfrentados no ensino da 
língua inglesa nas escolas brasileiras. Isso significa que os alunos têm um número 
reduzido de horas de aula de inglês por semana ou semestre, o que pode dificultar o 
processo de aprendizagem e a obtenção de um nível adequado de proficiência na 
língua. 
 
A limitação de tempo para o ensino de inglês pode impactar negativamente 
vários aspectos do aprendizado, incluindo: 
 
Aprendizado superficial 
O aprendizado superficial é uma preocupação real no contexto do ensino de 
língua inglesa em muitas instituições de ensino no Brasil. Com carga horária limitada 
para o ensino da língua e outros compromissos curriculares a serem atendidos, os 
conteúdos podem ser abordados de maneira rápida e pouco aprofundada, o que pode 
impactar negativamente o desenvolvimento das habilidades linguísticas dos alunos. 
 
Falta de prática consistente 
 A falta de prática consistente é um desafio significativo no ensino de língua 
inglesa, especialmente em contextos onde a carga horária é limitada. O aprendizado 
de uma língua estrangeira, como o inglês, requer prática regular e contínua para que 
os alunos possam desenvolver fluência e compreensão oral de maneira efetiva. 
 
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Menos exposição ao idioma 
A língua inglesa é, de fato, uma língua estrangeira para a maioria dos estudantes 
brasileiros, o que significa que eles têm pouca ou nenhuma exposição ao idioma fora 
das aulas de inglês. Essa falta de imersão no idioma pode tornar o processo de 
aprendizagem mais desafiador e impactar o desenvolvimento das habilidades 
linguísticas dos alunos. 
A maioria dos estudantes brasileiros não tem a oportunidade de vivenciar o 
inglês em seu cotidiano. Ao contrário de países onde o inglês é uma língua oficial ou 
amplamente utilizada, o idioma inglês é pouco presente na mídia, na comunicação 
diária e nas interações sociais no Brasil. Isso leva a uma escassa exposição ao inglês 
fora do ambiente escolar. 
É importante reconhecer que a falta de exposição ao inglês fora do contexto 
escolar pode ser um desafio real para o aprendizado do idioma. No entanto, com o 
apoio da escola, dos professores e dos recursos disponíveis, os alunos podem superar 
esses obstáculos e desenvolver habilidades linguísticas sólidas. Além disso, criar uma 
cultura de aprendizado contínuo e motivar os alunos a se envolverem com a língua 
inglesa além das aulas é essencial para maximizar seu progresso no idioma e prepará-
los para a comunicação bem-sucedida em um mundo globalizado. 
 
Dificuldade em cobrir todos os aspectos do idioma 
O aprendizado da língua inglesa envolve o desenvolvimento de várias 
habilidades linguísticas essenciais: audição, fala, leitura e escrita. Além disso, é 
necessário adquirir conhecimentos de vocabulário e gramática para construir uma 
base sólida de comunicação. No entanto, com uma carga horária limitada para o 
ensino de inglês, pode ser desafiador abordar todos esses aspectos de forma 
abrangente e aprofundada. 
Apesar das limitações de tempo, é possível abordar os diversos aspectos do 
aprendizado de inglês de forma eficiente e significativa. A colaboração entre 
professores, alunos e famílias também é fundamental para otimizar o processo de 
aprendizagem e maximizar o progresso dos alunos no desenvolvimento das 
habilidades linguísticas em inglês. 
 
Preparação para exames e certificações 
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Alunos que desejam obter certificações de proficiência em inglês, como TOEFL 
ou IELTS, podem enfrentar dificuldades adicionais, uma vez que esses exames exigem 
um nível mais elevado de conhecimento do idioma, o que pode ser difícil de alcançar 
com poucas horas de aula semanais. 
 
Para superar esse desafio da carga horária limitada, é importante que as escolas 
e instituições de ensino busquem alternativas e estratégias eficazes, como: 
Utilização de tecnologia 
Integrar recursos tecnológicos, como aplicativos de aprendizagem de idiomas e 
plataformas online, pode permitir que os alunos pratiquem o inglês fora da sala de 
aula. 
Enfoque na comunicação 
Priorizar a comunicação oral e situações reais de uso do idioma pode maximizar 
o impacto do tempo de aula disponível. 
Programas extracurriculares 
Oferecer atividades extracurriculares em inglês, como clubes de conversação, 
teatro ou debates, pode proporcionar mais oportunidades de prática. 
Integração com outras disciplinas 
Integrar o inglês a outras disciplinas pode aumentar a exposição ao idioma e 
reforçar a relevância do aprendizado. 
Engajamento da comunidade 
Envolvimento dos pais e da comunidade na promoção do aprendizado de inglês 
pode contribuir para uma abordagem mais abrangente. 
 
4.2 Formação de Professores 
A formação adequada de professores de inglês é um dos pilares fundamentais 
para garantir um ensino eficaz e de qualidade da língua inglesa no contexto da 
educação brasileira. No entanto, esse é um desafio enfrentado em muitos países, 
incluindo o Brasil. 
 
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Há algumas razões pelas quais a formação de professores de inglês pode ser um 
desafio: 
Proficiência na língua 
Para ensinar uma língua estrangeira com eficácia, é essencial que o professor 
tenha uma proficiência sólida na língua que está ensinando. Infelizmente, muitoseducadores de inglês não têm o nível de proficiência necessário para proporcionar um 
ensino efetivo. Isso pode levar a aulas com pouca prática real de conversação e 
compreensão oral, limitando a habilidade dos alunos de se comunicarem em inglês. 
Formação pedagógica 
Além da proficiência na língua, os professores de inglês precisam de formação 
pedagógica sólida. Nem todo professor possui uma formação específica para o ensino 
de línguas estrangeiras, o que pode impactar a qualidade das estratégias de ensino e 
o domínio de metodologias eficazes. 
Atualização constante 
O ensino de línguas está em constante evolução, com novas metodologias, 
abordagens e recursos surgindo regularmente. É essencial que os professores se 
mantenham atualizados sobre as tendências e avanços no ensino de inglês para 
proporcionar uma educação de qualidade. 
 
Para melhorar a formação de professores de inglês no Brasil, algumas ações e 
estratégias são cruciais: 
Programas de formação inicial e contínua 
Instituições de ensino e órgãos responsáveis pela educação devem oferecer 
programas de formação inicial sólidos para futuros professores de inglês. Além disso, 
a capacitação contínua deve ser incentivada e disponibilizada para que os professores 
possam aprimorar suas habilidades linguísticas e pedagógicas. 
 
Certificação de proficiência 
Exigir que os professores obtenham certificações de proficiência reconhecidas 
internacionalmente, como o TOEFL ou o IELTS, pode ser uma maneira de garantir que 
eles tenham um nível adequado de domínio da língua inglesa. 
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Intercâmbios e imersões 
Incentivar programas de intercâmbio e imersão em países de língua inglesa pode 
proporcionar aos professores uma experiência valiosa de contato com o idioma em 
um ambiente autêntico. 
 
Recursos e apoio 
Fornece recursos didáticos e tecnológicos aos professores pode ajudá-los a 
melhorar suas práticas de ensino e tornar as aulas mais dinâmicas e envolventes. 
 
Parcerias com instituições de ensino 
Estabelecer parcerias com instituições de ensino superior e organizações 
especializadas em ensino de línguas pode fortalecer a formação de professores de 
inglês e promover a troca de conhecimentos e experiências. 
 
4.3 Acesso a Recursos 
O acesso a recursos adequados é um desafio enfrentado por muitas escolas no 
Brasil quando se trata do ensino de inglês. Nem todas as instituições possuem acesso 
a materiais e recursos de qualidade que são essenciais para um ensino efetivo do 
idioma. Esses recursos incluem livros didáticos atualizados, recursos audiovisuais e 
tecnologias educacionais. 
 
A falta de acesso a recursos pode afetar negativamente o processo de 
aprendizagem dos alunos de diversas formas: 
 
Material desatualizado 
Livros didáticos e materiais desatualizados podem não refletir as mudanças 
linguísticas e culturais recentes, tornando o ensino menos relevante e conectado com 
a realidade do idioma. 
 
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Limitação de práticas de escuta e fala: 
Recursos audiovisuais, como áudios e vídeos autênticos, são fundamentais para 
desenvolver a compreensão auditiva e a prática da fala. A falta desses recursos pode 
restringir a exposição dos alunos à língua falada e à diversidade de sotaques e 
contextos. 
 
Menos interatividade e engajamento 
Tecnologias educacionais, como aplicativos interativos e plataformas de 
aprendizado online, podem tornar as aulas mais interativas e envolventes para os 
alunos, o que nem sempre é possível em escolas com acesso limitado a esses recursos. 
 
Variedade de materiais 
Recursos diversificados podem atender melhor às diferentes necessidades e 
estilos de aprendizado dos alunos, tornando o ensino mais inclusivo e eficaz. 
 
Para enfrentar esse desafio, algumas ações podem ser tomadas: 
Investimento em infraestrutura 
É necessário que o governo e as instituições de ensino invistam na melhoria da 
infraestrutura, fornecendo acesso a materiais didáticos atualizados e recursos 
audiovisuais em sala de aula. 
 
Parcerias com organizações e instituições 
Estabelecer parcerias com editoras, empresas de tecnologia educacional e outras 
organizações pode ajudar a fornecer recursos atualizados e tecnologicamente 
avançados para as escolas. 
 
Formação de professores 
Professores podem ser capacitados para criar seus próprios materiais e adaptar 
recursos disponíveis para melhor atender às necessidades dos alunos, mesmo com 
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Desafios do Ensino de Inglês 
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recursos limitados. 
 
Compartilhamento de recursos 
Escolas podem compartilhar materiais e recursos entre si, criando uma rede de 
colaboração que beneficia a todos. 
 
Incentivo à criatividade 
Encorajar o uso criativo e inovador de recursos disponíveis pode ajudar a 
contornar a falta de materiais específicos e tecnologias avançadas. 
 
4.4 Abordagem Comunicativa 
A abordagem comunicativa é um método de ensino de línguas que coloca o foco 
na comunicação efetiva e na interação entre os alunos, em vez de apenas no ensino 
de regras gramaticais e vocabulário de forma isolada. Essa abordagem é 
especialmente relevante para o ensino de inglês no contexto da educação brasileira, 
uma vez que o objetivo principal é capacitar os alunos a se comunicarem em situações 
reais e significativas em inglês, tanto oralmente quanto por escrito. 
 
Princípios fundamentais da abordagem comunicativa no ensino de inglês 
incluem: 
Aprendizado contextualizado 
Em vez de ensinar a língua apenas por meio de exercícios isolados, a abordagem 
comunicativa enfatiza a aprendizagem contextualizada. Os alunos são expostos a 
diálogos autênticos, textos e situações reais, para que possam entender como a língua 
é usada em diferentes contextos. 
 
Desenvolvimento de habilidades comunicativas 
A abordagem comunicativa visa desenvolver as habilidades essenciais para a 
comunicação em inglês, incluindo a fala, a audição, a leitura e a escrita. O objetivo é 
que os alunos possam se expressar de forma fluente e compreender as interações em 
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inglês. 
 
Uso de atividades interativas 
As aulas baseadas na abordagem comunicativa enfatizam atividades interativas, 
como jogos de papéis, debates, discussões em grupo, simulações e projetos em 
equipe. Essas atividades promovem a participação ativa dos alunos e estimulam a 
prática constante da língua. 
 
Foco na compreensão e expressão oral 
A comunicação verbal é priorizada na abordagem comunicativa, já que a 
capacidade de compreender e se expressar oralmente é essencial para a comunicação 
eficaz em inglês. 
 
Aprendizado significativo 
Os conteúdos abordados são relevantes para os alunos, de modo que eles se 
envolvam emocionalmente com o que estão aprendendo, tornando o processo de 
aprendizado mais significativo e memorável. 
 
Correção e feedback construtivo 
Na abordagem comunicativa, a correção de erros e o feedback construtivo são 
fornecidos de forma orientada e positiva, com o objetivo de aprimorar a comunicação 
dos alunos sem desencorajá-los. 
 
A implementação da abordagem comunicativa pode trazer diversos benefícios 
para o ensino de inglês na educação brasileira: 
Relevância prática 
Os alunos aprendem a usar a língua de forma mais autêntica, o que os prepara 
para situações do mundo real em que precisarão se comunicar em inglês. 
 
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
Objetivo do Ensino de Inglês nas Escolas 
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Motivação e engajamento 
As aulas interativas e centradas na comunicação tornamo processo de 
aprendizagem mais envolvente e motivador para os alunos. 
 
Desenvolvimento de habilidades múltiplas 
A abordagem comunicativa abrange as quatro habilidades linguísticas (fala, 
audição, leitura e escrita), garantindo uma formação mais completa dos alunos. 
 
Confiança na comunicação 
Ao praticar constantemente a língua em situações reais, os alunos ganham 
confiança na sua capacidade de se comunicar em inglês. 
 
Para implementar essa abordagem de forma eficaz, é essencial que os 
professores estejam bem-preparados e que as escolas ofereçam recursos adequados, 
como materiais autênticos, tecnologias educacionais e oportunidades para interação 
em inglês dentro e fora da sala de aula. 
 
5 Objetivo do Ensino de Inglês nas Escolas 
Estudar uma língua estrangeira significa vivenciar uma experiência de 
comunicação que gera um número de mecanismos mentais que contribuirão, com 
certeza, para o desenvolvimento psicológico, social, cultural e afetivo do estudante. 
Espera-se com o ensino de inglês como língua estrangeira que o aluno: 
• Reflita e aja de forma crítica em relação aos usos que se fazem do 
idioma que está aprendendo; 
• Seja capaz de compreender mais profundamente a realidade que o 
cerca, o que poderá levá-lo a participar da vida social e cultural do país; 
• Amplie seu horizonte cultural, colocando-se em contato com 
outros povos, com outras maneiras de viver, com outros espaços geográficos 
diferentes do seu; 
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
Principais Métodos de Ensino de Inglês 
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• Leia e valorize a leitura como fonte de informação e prazer 
utilizando a língua estrangeira como meio de acesso ao mundo do trabalho e 
dos estudos avançados. 
 
6 Principais Métodos de Ensino de Inglês 
Nesta unidade, abordaremos alguns aspectos em relação aos principais métodos 
de ensino de Inglês utilizados em épocas diferentes do século XX. 
Não se deve pensar que a apresentação quase cronológica dos métodos indica 
o abandono de um método pelo outro. 
Na verdade, o que aconteceu é que alguns métodos antigos ainda são utilizados 
ou foram atualizados ou deram origem a outros mais modernos. 
 
6.1 1º O Método da Tradução e Gramática (The Grammar – Translation 
Method) 
Ênfase: Ensino da gramática através da tradução e versão. 
Características principais: 
• Aulas em português; 
• Foco na gramática, forma e flexão das palavras; 
• Tradução de textos clássicos; 
• Os textos são usados como pretexto para ensinar vocabulário e 
gramática; 
• Não é dada atenção à pronúncia;6- o professor não precisa saber 
falar inglês. 
Resultado negativo: Inabilidade de usar o inglês para comunicação oral e 
escrita. 
 
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Principais Métodos de Ensino de Inglês 
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6.2 2º O Método Direto (The Direct Method, divulgado a partir de 1900) 
Ênfase: Expressão oral. 
Características principais: 
• Aulas baseadas em diálogos e anedotas breves; 
• Ações e ilustrações para evitar falar português; 
• Não se usa a tradução; 
• O professor não precisa saber falar Português; 
• Ensino indutivo da gramática; 
• Textos não analisados gramaticalmente;7- professor fluente ou 
nativo. 
Vantagem: Os alunos são levados a pensar em inglês. 
 
6.3 3º O Método da Leitura (The Reading Method, divulgado a partir de 
1920) 
Ênfase: Treinamento das habilidades de compreensão de leitura. 
Características principais: 
• Prioridades: habilidade de leitura e conhecimento atual e histórico 
dos países de língua inglesa; 
• Gramática relevante e útil ao entendimento do texto escrito; 
• Prioridade para leitura; 
• Pouca atenção é dada à pronúncia; 
• Vocabulário controlado no início para ser ampliado 
posteriormente; 
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Principais Métodos de Ensino de Inglês 
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• A tradução volta a ser utilizada; 
• O professor não precisa ser fluente. 
 
6.4 4º O Método Audiolingual (The Audiolingual Method, desenvolvido a 
partir de 1950) 
Ênfase: Apresentação de um modelo oral para o aluno; intensa prática oral; 
primazia da linguagem falada. 
Características principais 
• Ouvir, falar, ler e escrever é a ordem do desenvolvimento das 
habilidades linguísticas; 
• Análise contrastiva entre o Português e o Inglês; 
• O texto é o diálogo; 
• Aprendizagem baseada através da formação de hábitos do tipo 
estímulo, resposta e reforço: S → R → R; 
• Sequência de estruturas gramaticais aprendidas de uma única vez; 
• Quase não há explicação gramatical: ensino indutivo; 
• Vocabulário controlado e limitado no início; 
• Fitas gravadas, laboratório e material visual; 
• Método dos drills; 
• Manipulação da linguagem sem preocupação de conteúdo; 
• O aspecto cultural do inglês é enfatizado; 
• Respostas imediatamente reforçadas; 
• Professor = papagaio; 
• Professor proficiente nas estruturas e vocabulário;15- permite-se o 
uso controlado do Português. 
 
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
Principais Métodos de Ensino de Inglês 
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Observação: 
Dois outros métodos, embora baseados nos mesmos princípios de 
audiolinguismo, apresentam características um pouco diferentes: 
O método audiovisual e o método audiovisual-lingual. 
No primeiro, desenvolvido na França, a leitura e a escrita são retardadas e o 
significado é transmitido visualmente através de slides ou filmes. Os diálogos são mais 
naturais. 
Já no audiovisual-lingual, o material visual se apresenta no próprio livro-texto e 
a leitura e a escrita não são retardadas. 
 
6.5 5º O Método Estrutural-Situacional (The Structural-Situational 
Method, implementado a partir de 1960) 
Ênfase: Estruturas organizadas em diálogos ou narrativas situacionias, como At 
the Airport e The Railway Station. 
Características principais: 
• Gradação e sequência das estruturas gramaticais; 
• Estruturas sintáticas apresentadas em tabelas com substituições a 
serem feitas; 
• Gramática apresentada aos poucos; 
• Preocupação em evitar prática mecânica sem sentido. 
6.6 6º O Método Cognitivo (The Cognitive Method, implementado a partir 
de 1965) 
Ênfase: Comunicação ou competência comunicativa – capacidade em se usar a 
língua. 
Características principais: 
• A língua é considerada como decorrente da aquisição de regras e 
não da formação de hábitos; 
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
Principais Métodos de Ensino de Inglês 
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• Não se dá importância à pronúncia; 
• O aluno é responsável pela própria aprendizagem; 
• Interesse no estudo do vocabulário; 
• Gramática dedutiva e indutiva; 
• Importância à compreensão oral; 
• Leitura e produção escrita enfatizadas; 
• Uso do erro como algo construtivo para a aprendizagem; 
• Evita-se a repetição; 
• Contextualização de itens a serem ensinados através de recursos 
audiovisuais; 
• Interação professor-aluno valorizada; 
• Meta ideal: proficiência bilíngue e bicultural; 
• Papel do professor: ajudar o aluno a chegar à proficiência igual à 
de um nativo; 
• Espera-se que o professor tenha proficiência geral, mais habilidade 
de analisar o inglês. 
 
6.7 7º O Método Funcional (The Functional Method, a partir de 1972) 
Ênfase: Importância às necessidades de comunicação (funções), exemplo: 
sugerir, concordar, persuadir. 
Características principais: 
• Funções apresentadas em situações: ênfase à maneira de se usar 
uma forma para se atingir certa necessidade de comunicação; 
• Uso natural da língua; 
• Participação ativa dos alunos através da dramatização e trabalhos 
em grupo. 
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
Estratégias Para Aprimorar a Fluência e a Compreensão Oral Dos Alunos. 
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7 Estratégias Para Aprimorar a Fluênciae a Compreensão Oral 
Dos Alunos. 
Aprimorar a fluência e a compreensão oral dos alunos é um dos principais 
objetivos no ensino de línguas, especialmente no caso do inglês, onde a habilidade 
de se comunicar verbalmente é essencial. Para alcançar esse objetivo, os professores 
podem empregar diversas estratégias. 
A exposição regular à língua falada é fundamental para a imersão no idioma. Os 
alunos devem ser expostos ao inglês autêntico em diferentes contextos, como filmes, 
séries, músicas, podcasts, entrevistas e programas de TV. Além disso, é importante 
utilizar áudios autênticos, como diálogos reais e gravações de falantes nativos, para 
que os alunos possam praticar a compreensão de diferentes sotaques, ritmos e 
entonações. 
Atividades de conversação em duplas ou grupos, role-playing e simulações são 
excelentes para praticar a linguagem em contextos reais e promover a interação entre 
os alunos. Jogos e atividades lúdicas que envolvam a prática da fala e da escuta 
também podem tornar o aprendizado mais divertido e envolvente. 
Além disso, é recomendado incentivar os alunos a lerem em voz alta, focando na 
pronúncia correta e na entonação adequada. A gravação de áudio também pode ser 
uma ferramenta útil para que os alunos ouçam suas próprias vozes e analisem seu 
desempenho. 
Vocabulário contextualizado é importante para ensinar palavras e expressões que 
são usadas em situações reais de comunicação. Utilizar músicas com letras em inglês 
pode ser uma maneira interessante de trabalhar vocabulário, pronúncia e 
compreensão oral de forma mais dinâmica. 
Por fim, é fundamental oferecer feedback construtivo para ajudar os alunos a 
corrigirem seus erros de pronúncia e entonação, criando um ambiente encorajador e 
seguro em sala de aula para que eles se sintam à vontade para praticar suas 
habilidades orais sem medo de cometer erros. 
Com o uso consistente dessas estratégias variadas e interativas, os alunos têm a 
oportunidade de aprimorar suas habilidades de fala e compreensão oral no contexto 
do ensino da língua inglesa. 
O Ensino da Língua Inglesa no Contexto da Educação Brasileira | 
O Papel do Professor de Língua Inglesa 
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8 O Papel do Professor de Língua Inglesa 
Durante a aula, o professor precisa administrar as atividades e lidar com alunos 
na sala de aula de maneiras diferentes. Isto quer dizer que o professor precisa se 
comportar de maneiras variadas nos vários estágios de uma aula. A esses tipos 
diferentes de comportamento chamamos, em inglês, de “teacher roles”. 
Todo professor muda suas ações durante uma aula. Essas ações serão 
apropriadas ao tipo de aula, atividade, objetivos da aula e ao nível e faixa etária dos 
alunos. Às vezes podemos, por exemplo, agir como planejador, informante, 
gerenciador, pai ou amigo, ou monitor. Por exemplo, quando os alunos estão 
exercendo um papel em um diálogo, temos que ter certeza de que eles estejam 
fazendo o que desejamos. Isto é chamado de monitoramento. Quando introduzimos 
uma nova estrutura sintática à turma, nossa função é informar e explicar aos nossos 
alunos. 
Abaixo, apresentamos alguns papéis que os professores frequentemente 
desempenham. 
Objetivos: Descrever as principais funções do professor de inglês na escola. 
 
 
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Motivação 
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Há certos papéis que sempre desempenhamos em certos estágios da aula. Por 
exemplo, somos planejadores antes da aula e podemos ser monitores durante um 
trabalho de grupo e atividades em duplas. Às vezes desempenhamos mais de um 
papel ao mesmo tempo. Por exemplo, podemos monitorar o que os alunos estejam 
fazendo e explicar para ajudá-los a fazer melhor. Há vários nomes para os diferentes 
papéis do professor. Os citados acima são os mais comuns. 
 
9 Motivação 
Motivação significa ter pensamento e sentimentos que nos fazem querer fazer 
algo, continuar a querer transformar nossos desejos em ação. 
A motivação exerce influência: 
• Na tomada de decisão para fazer algo; 
• No que se quer fazer e para quê; 
• Na preparação do tempo para trabalhar e alcançar objetivos. 
 
A motivação tem grande importância no aprendizado da língua. Ajuda a fazer do 
aprendizado um sucesso. 
Muitos fatores nos levam à motivação de aprender Inglês. Estes fatores incluem: 
• A utilidade de conhecer bem o idioma: tirar boas notas, preparar-
se bem para o mercado de trabalho, viajar etc.; 
• Interesse na cultura da língua-alvo (Inglês) – a cultura da língua que 
estamos aprendendo; 
• Sentimento bom sobre o aprendizado da língua estrangeira: 
sucesso, autoconfiança (sentimento de que podemos tornar as coisas um 
sucesso); autonomia/independência (sentimento responsável pelo controle do 
nosso próprio aprendizado); 
• Encorajamento e apoio de outros, isto é, do professor, dos pais, 
colegas de classe, da escola, sociedade; 
• Interesse no processo de aprendizagem: o interesse e a relevância 
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Aquisição da Língua Estrangeira 
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do conteúdo para o aluno, atividade da sala de aula, a personalidade do 
professor, métodos de ensino. 
 
Os alunos podem ter forte motivação em uma dessas áreas e pouco em outra, 
ou a motivação pode ser equilibrada. Alunos diferentes também estarão motivados 
de maneiras diferentes de um para o outro e a motivação pode mudar. Os alunos 
podem, por exemplo, estar desinteressados no aprendizado de uma língua e 
encontrar um professor que gostem tanto que começam a adorar aprender aquele 
idioma. A motivação pode mudar com a idade, também, com alguns fatores tornando-
se mais ou menos importante de acordo com o avanço da idade. Podemos concluir 
que a motivação precisa ser criada e continuada. 
 
10 Aquisição da Língua Estrangeira 
Através dos séculos tem-se estudado como se aprende uma língua estrangeira. 
Hoje muitos especialistas acreditam que uma maneira de se aprender uma língua 
estrangeira é através da exposição a ela, isto é, ouvindo e/ou lendo tudo ao nosso 
redor e sem estudá-la. Dizem que então “captamos” automaticamente, ou seja, 
aprendemos sem perceber. Este é o principal caminho para uma criança aprender sua 
língua materna. 
Os especialistas dizem ainda que para aprender uma língua estrangeira, 
especialmente adultos, a exposição à língua não é o bastante. Também precisamos 
dar atenção à pronúncia, à escrita, à gramática, ao significado e ao uso das palavras. 
Precisamos praticar para interagir e comunicar. 
Pesquisas identificaram três principais maneiras de se aprender uma língua 
estrangeira. 
 
10.1 Aquisição 
Isto significa o mesmo que “captar”. Dizem que para aprender realmente uma 
língua estrangeira precisamos nos expor a muitos exemplos e que aprendemos no 
nosso ambiente. Precisamos ouvir e ler muito sobre assuntos variados, interessantes 
e até difícil além do nosso nível, mas não extremamente difícil. 
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Desenvolvimento da Competência Comunicativa em Inglês nas Quatro 
Habilidades Linguísticas (Fala, Audição, Leitura e Escrita). 
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A aquisição ocorre depois de algum tempo, isto é, não imediatamente e ouvimos 
e lemos durante um bom tempo antes de começarmos a usar a língua estrangeira 
(período silencioso). 
 
10.2 Interação 
Para se aprender uma língua estrangeira, é necessário interagir usando-a 
efetivamente. Precisamos utilizá-la para nos expressar e tornar a comunicação com 
outras pessoas mais clara possível e entendê-las. A pessoa com quem estamos falando 
nos mostrará direta ou indiretamente se nos entendeu ou não. Se isto não acontecer, 
devemos tentar de novo até conseguirmos nos comunicar com sucesso. 
 
10.3 Ênfase à Forma 
Uma língua estrangeira também precisa de atenção à sua forma. Isto que dizer 
que precisamos prestar atenção àlíngua, isto é, identificando, trabalhando e 
praticando o que necessitamos para nos comunicar. 
Hoje em dia, os especialistas geralmente concordam que não aprendemos 
melhor através da gramática e da tradução. Também não aprendemos por prática 
constante até formamos hábitos ou só nos comunicando. 
Aprendemos por “captar” a língua, interagindo e comunicando e nos ligando na 
forma. 
As pesquisas continuam e ainda não estamos totalmente certos de como 
aprendemos uma língua estrangeira. 
 
11 Desenvolvimento da Competência Comunicativa em Inglês 
nas Quatro Habilidades Linguísticas (Fala, Audição, Leitura e 
Escrita). 
O desenvolvimento da competência comunicativa em inglês nas quatro 
habilidades linguísticas (fala, audição, leitura e escrita) é um dos principais objetivos 
no ensino de línguas, pois capacita os alunos a se comunicarem efetivamente em 
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Desenvolvimento da Competência Comunicativa em Inglês nas Quatro 
Habilidades Linguísticas (Fala, Audição, Leitura e Escrita). 
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contextos reais e variados. Cada uma dessas habilidades desempenha um papel crucial 
no processo de aprendizagem e é fundamental para uma formação completa e bem-
sucedida dos alunos. 
Fala (Speaking) 
A habilidade de se expressar oralmente em inglês é essencial para a comunicação 
verbal. Desenvolver a fala requer prática constante e a exposição regular ao idioma 
em situações autênticas. Os alunos devem aprender a pronunciar corretamente os 
sons e as palavras em inglês, bem como a entonação adequada para transmitir 
significados diferentes. Atividades de conversação em sala de aula, como discussões 
em grupo, debates, role-playing e dramatizações, são valiosas para promover a 
fluência e a confiança dos alunos em se comunicarem em inglês. Além disso, é 
importante encorajar os alunos a usar a língua fora da sala de aula, em situações 
cotidianas ou em interações sociais, para que possam praticar a fala em contextos 
reais. 
 
Audição (Listening) 
A habilidade de compreender o inglês falado é essencial para a interação e 
compreensão em diversas situações da vida real. Os alunos devem praticar a escuta 
ativa, prestando atenção a detalhes, palavras-chave e ideias principais. A exposição 
frequente a áudios autênticos, como diálogos, entrevistas, notícias e podcasts, é uma 
maneira eficaz de melhorar a compreensão auditiva. Além disso, atividades de escuta 
guiada, em que os alunos ouvem e respondem a perguntas sobre o conteúdo, são 
úteis para aprimorar essa habilidade. A compreensão auditiva é a base para a 
comunicação efetiva, pois permite aos alunos entenderem e responderem 
adequadamente em diferentes situações de comunicação. 
 
Leitura (Reading) 
A habilidade de ler em inglês é fundamental para a compreensão de textos 
escritos, ampliação de vocabulário e aquisição de conhecimentos sobre a cultura e 
sociedade anglófona. Os alunos devem ser expostos a uma variedade de materiais de 
leitura, incluindo livros, artigos, notícias, revistas e outras fontes autênticas. A leitura 
graduada, que apresenta textos adaptados ao nível de proficiência dos alunos, é uma 
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Habilidades Linguísticas (Fala, Audição, Leitura e Escrita). 
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maneira eficaz de desenvolver a leitura. Ao ler, os alunos também podem aprender 
novas palavras e estruturas linguísticas, o que contribui para o desenvolvimento geral 
de sua competência comunicativa. 
 
Escrita (Writing) 
A habilidade de escrever em inglês permite que os alunos expressem suas ideias 
e opiniões de forma clara, coesa e organizada. A prática da escrita envolve a produção 
de textos variados, como redações, resumos, cartas, e-mails e ensaios. Os alunos 
devem ser incentivados a escrever regularmente, recebendo feedback construtivo dos 
professores e colegas para aprimorar suas habilidades de escrita. É importante ensinar 
técnicas de organização textual, estruturação de parágrafos, uso adequado de 
conectores e coesão gramatical para que os alunos desenvolvam textos coesos e 
compreensíveis. 
 
Integração das habilidades 
O desenvolvimento da competência comunicativa não deve focar exclusivamente 
em cada habilidade separadamente, mas sim integrá-las de forma complementar. Isso 
significa que as aulas de inglês devem abordar atividades que envolvam todas as 
habilidades em conjunto, criando um ambiente de aprendizagem mais autêntico e 
significativo. Por exemplo, um projeto que envolve leitura de um texto, discussão em 
grupo, produção escrita e apresentação oral permite que os alunos utilizem todas as 
habilidades de forma interconectada, refletindo a natureza real da comunicação em 
inglês. 
 
Contextualização e motivação 
Para promover o desenvolvimento da competência comunicativa, é importante 
contextualizar o ensino, utilizando temas e conteúdos relevantes e interessantes para 
os alunos. Ao conectar a língua inglesa a seus interesses e experiências, os alunos se 
sentem mais motivados a aprender e se engajam de forma mais ativa nas atividades 
propostas. 
 
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Necessidades Daqueles que Desejam Aprender a Língua Inglesa 
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Feedback e avaliação 
Oferecer feedback contínuo e orientado é fundamental para o aprimoramento 
das habilidades linguísticas dos alunos. Os professores devem fornecer feedback 
construtivo sobre a pronúncia, vocabulário, gramática e organização dos textos 
escritos, bem como sobre a compreensão auditiva e a clareza da fala. Além disso, a 
avaliação das habilidades linguísticas deve ser abordada de forma equilibrada, 
valorizando o progresso e o esforço dos alunos em cada uma das habilidades. 
 
12 Necessidades Daqueles que Desejam Aprender a Língua 
Inglesa 
De que precisam os estudantes? 
Quando um aluno aprende uma língua estrangeira, 
ele tem vários tipos de necessidades que influenciam o seu aprendizado. 
Necessidades pessoais, de aprender e necessidades profissionais futuras, como 
podemos ver no quadro abaixo: 
 
De acordo com o quadro apresentado, podemos concluir que alunos diferentes 
possuem necessidades diferentes. Isto significa que o professor precisa ensiná-los de 
maneiras diversas e eles precisam aprender coisas diferentes na sala de aula. 
 
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Intercâmbios e Oportunidades para o Aprimoramento do Conhecimento da 
Língua e da Cultura Inglesa 
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13 Intercâmbios e Oportunidades para o Aprimoramento do 
Conhecimento da Língua e da Cultura Inglesa 
Os intercâmbios e oportunidades para o aprimoramento do conhecimento da 
língua e da cultura inglesa são ferramentas valiosas para enriquecer a aprendizagem 
e proporcionar uma experiência imersiva aos estudantes. Essas vivências oferecem 
uma abordagem prática e autêntica no aprendizado do inglês, permitindo que os 
alunos desenvolvam suas habilidades de forma mais profunda e significativa. Aqui 
estão algumas vantagens e benefícios dessas oportunidades: 
Imersão Linguística 
Durante um intercâmbio ou imersão em um ambiente de língua inglesa, os 
alunos se veem cercados pela língua o tempo todo, o que os leva a aprimorar suas 
habilidades de compreensão auditiva, fala, leitura e escrita. A imersão em um 
ambiente autêntico força os estudantes a se comunicarem em inglês em diversas 
situações do cotidiano, tornando o aprendizado mais natural e eficiente. 
 
Aprendizado Cultural 
Além do conhecimento da língua, os intercâmbios também oferecem a 
oportunidade de vivenciar a cultura inglesa ou de outros países de língua inglesa. Os 
alunos têm a chance de conhecer costumes, tradições, hábitos alimentares e estilos 
de vida diferentes, o que amplia sua compreensãocultural e promove a tolerância e a 
aceitação das diferenças. 
 
Prática Intensiva 
Durante um intercâmbio, os alunos têm acesso a aulas e práticas intensivas de 
inglês, focadas em suas necessidades específicas. Isso permite que trabalhem de 
maneira mais direcionada nas áreas em que têm mais dificuldades, com o auxílio de 
professores especializados e recursos de ensino atualizados. 
 
Conexões Internacionais 
Os intercâmbios proporcionam a oportunidade de fazer amizades e conexões 
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Valorização da Cultura Brasileira e a Interculturalidade no Ensino de Inglês 
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com pessoas de diferentes partes do mundo. Essa rede de contatos internacionais é 
valiosa tanto para o aprimoramento do inglês, já que se comunica frequentemente 
com falantes nativos, quanto para o desenvolvimento de habilidades sociais e 
profissionais. 
 
Confiança e Independência 
Participar de um intercâmbio exige que os alunos enfrentem desafios e se 
adaptem a um novo ambiente, o que promove o desenvolvimento da confiança e da 
independência. Ao superarem obstáculos e se comunicarem em inglês em situações 
reais, os alunos ganham segurança e autoestima em relação à língua. 
 
Ampliação de Horizontes 
Viver uma experiência internacional abre a mente dos alunos para novas 
perspectivas e os incentiva a pensar de forma mais global. Isso pode influenciar 
positivamente suas decisões acadêmicas e profissionais no futuro, aumentando suas 
possibilidades de carreira e expandindo seus horizontes pessoais. 
 
Uso Prático da Língua 
 Os intercâmbios permitem que os alunos coloquem em prática o que 
aprenderam em sala de aula e vejam a língua sendo usada em situações reais. Essa 
experiência fortalece a conexão entre o aprendizado teórico e o uso prático do inglês, 
tornando o conhecimento mais significativo e memorável. 
 
14 Valorização da Cultura Brasileira e a Interculturalidade no 
Ensino de Inglês 
A valorização da cultura brasileira e a interculturalidade no ensino de inglês são 
aspectos fundamentais para promover uma abordagem mais completa e 
enriquecedora no aprendizado da língua. Esses conceitos reconhecem a importância 
de integrar a cultura brasileira ao ensino de inglês e de desenvolver a consciência 
intercultural nos estudantes. 
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Valorização da Cultura Brasileira e a Interculturalidade no Ensino de Inglês 
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14.1 Valorização da Cultura Brasileira 
A valorização da cultura brasileira no ensino de inglês busca reconhecer e 
apreciar a diversidade cultural do país. Isso significa incorporar elementos da cultura 
brasileira nas aulas de inglês, como música, literatura, folclore, danças tradicionais, 
gastronomia, festividades e manifestações culturais. Ao integrar a cultura brasileira no 
contexto do ensino de inglês, os alunos têm a oportunidade de se conectar com suas 
raízes, reforçar sua identidade cultural e valorizar as riquezas culturais do país. 
Essa abordagem também ajuda a promover o respeito e a valorização das 
diferentes culturas, incentivando a compreensão de que a diversidade cultural é uma 
parte essencial da sociedade globalizada em que vivemos. Além disso, ao aprender 
sobre a cultura brasileira, os alunos têm a chance de refletir sobre as suas próprias 
identidades e contextos culturais, desenvolvendo uma visão mais aberta e inclusiva 
do mundo. 
 
14.2 Interculturalidade no Ensino de Inglês 
A interculturalidade no ensino de inglês envolve a exploração e a compreensão 
das diferentes culturas e perspectivas presentes na língua inglesa e em outras culturas 
ao redor do mundo. Isso é alcançado ao incluir materiais autênticos de diversas 
origens, como textos, áudios e vídeos, que reflitam diferentes contextos culturais em 
que o inglês é falado. 
Ao estudar a cultura de outros países anglófonos, como os Estados Unidos, Reino 
Unido, Canadá, Austrália e outros, os alunos têm a oportunidade de desenvolver sua 
consciência intercultural e ampliar seus horizontes. Essa abordagem também ajuda a 
desenvolver habilidades de comunicação intercultural, permitindo que os alunos 
sejam mais sensíveis e efetivos ao se comunicarem com pessoas de diferentes origens 
culturais. 
A interculturalidade no ensino de inglês também pode ser abordada por meio de 
projetos colaborativos com estudantes de outros países, o uso de tecnologias para a 
comunicação internacional e atividades que incentivem a troca de experiências e 
perspectivas culturais. 
 
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14.3 Benefícios da Interculturalidade e Valorização da Cultura Brasileira 
• Fomenta o respeito e a valorização da diversidade cultural. 
• Promove o desenvolvimento de uma visão global e inclusiva. 
• Estimula o interesse pela cultura brasileira e pelas culturas de 
outros países. 
• Desenvolve a consciência intercultural dos alunos. 
• Aprimora as habilidades de comunicação e empatia em contextos 
interculturais. 
• Contribui para uma aprendizagem mais significativa e envolvente. 
A valorização da cultura brasileira e a interculturalidade no ensino de inglês são 
fundamentais para formar alunos mais conscientes, abertos e competentes na língua 
inglesa, preparando-os para atuar em um mundo cada vez mais globalizado e 
interconectado. Essa abordagem proporciona uma experiência de aprendizado mais 
enriquecedora e relevante, que vai além do ensino da língua e envolve a formação de 
cidadãos globais comprometidos com a valorização da diversidade cultural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Referências 
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15 Referências 
BREWSTER, Ellis Girard. The Primary English Teacher´s Guide. Great Britain: Penguin 
English, 1992. 
ELLEIS, Rood. Second Language Aquisition. Oxford: Oxford University Press, 1997. 
RIBEIRO, Ana Lúcia Teixeira. Psicolinguística e Pedagogia das Línguas. Rio de Janeiro: 
Zahar Editores, 1991. 
RICHARDS, Jack. RODGERS, Theodor. Approaches and Methods in Language Teaching. 
Zed. Cambridge: 
Cambridge University Press, 2001. 
SPRATT, Mary. English for the teacher. Cambridge: Cambridge University Press, 2002. 
 
 
 
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Referências 
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