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DIREITO 
PROCESSUAL PENAL
Teoria Geral das Provas
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer 
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o 
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230525496133
THIAGO PACHECO
Delegado de Polícia (PC/MG), aprovado em vários outros concursos públicos. Especialista 
em Direito Penal, Processo Penal e Direito Público. Mestre em Administração Pública. 
Professor universitário, docente em diversos cursos pelo Brasil. Fundador do Plano 
de Aprovação (programa de coaching e mentoria on-line para concursos com mais 
de 2 mil alunos aprovados).
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para MARIA CAROLINA INCERTI MUNIZ - 02014553076, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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DireiTo Processual Penal
Teoria Geral das Provas
Thiago Pacheco
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Teoria Geral das Provas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2. Sistemas de Apreciação das Provas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3. Classificação dos Meios de Prova . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
4. Fatos que Dispensam a Comprovação da Prova . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
5. Provas Não Repetíveis, Cautelares e Antecipadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6. Ônus da Prova . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
7. Princípios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
8. Prova Emprestada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
9. Prova Ilícita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
10. Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada (Fruits of The Poisonous Tree) . . . . . 16
11. Teoria da Serendipidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
Gabarito comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
 
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DireiTo Processual Penal
Teoria Geral das Provas
Thiago Pacheco
aPresenTaÇÃoaPresenTaÇÃo
Opa!!! Como vão as coisas?
Tudo certinho?
Espero que esteja tudo bem!
Preparado para mais um conteúdo?
Aqui fala (ou escreve né! Rs) seu professor Thiago Pacheco, Delegado de Polícia em 
Minas Gerais, formado em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais, pós-graduado 
e especialista em Direito Penal, Direito Processual Penal e Direito Público e mestre em 
Administração Pública.
Sou professor universitário e coordenador de algumas pós-graduações em Minas Gerais 
e leciono em cursos preparatórios pelo Brasil afora, inclusive aqui no GRAN.
Eu sempre gosto de registrar minha alegria em estar aqui escrevendo mais uma aula 
digital para você atingir o sucesso na carreira pública que tanto almeja.
Estaria aqui até de graça, acredite! 
Mas sou muito bem pago para te entregar conteúdo de qualidade. Ensinar é o meu 
propósito e o que eu mais gosto de fazer nesse mundo.
E registrando, ainda, que nos últimos 15 anos, eu atuo na preparação para concursos 
como professor, escritor, mentor e palestrante, e tenho certeza de que minha experiência 
vai te ajudar nesta caminhada.
Pode me cobrar isso viu!
Aliás, qualquer dúvida na matéria, ou mesmo de caráter pessoal, pode me chamar 
no Instagram @delegadothiagopacheco ou me visitar no meu blog pessoal (https://
planodeaprovacao.com.br) que eu terei o maior prazer em te ajudar.
Eu e toda a equipe do GRAN estamos aqui para te entregar mais um conteúdo na sua mão.
Como eu sempre falo, tudo mastigado, bem direto ao ponto e, principalmente, no 
formato mais favorável à sua aprendizagem permanente.
Por isso deixo várias questões de concurso comentadas disponibilizadas ao final da aula. 
São questões retiradas de provas realizadas pelas bancas tradicionais, de modo geral. E, 
se for preciso, eu ainda finalizo com algumas questões redigidas por mim mesmo, com a 
finalidade de preencher todo o conteúdo da matéria.
Assim, sua revisão por questões fica completíssima.
Mas antes mesmo das questões, logo após finalizar o conteúdo teórico, eu deixo um 
resumo bem compacto, mas completo, de toda a aula para, também, facilitar sua revisão.
As referências bibliográficas estarão presentes ao final dessa aula digital. Diante disso, 
você terá um suporte caso queira se aprofundar nos estudos ou adiantar as próximas fases 
do seu concurso. 
 
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https://planodeaprovacao.com.br/curso/
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Teoria Geral das Provas
Thiago Pacheco
Mas eu insisto, este material é completo e, ao mesmo tempo, direto ao ponto. Quanto 
menos doutrina você pegar para ler, mais tempo ganha estudando de forma direcionada. 
Então, doutrina é para ser usada pontualmente, de forma excepcional, somente naquelas 
dúvidas que você realmente não deu conta detirar aqui comigo.
Para evitar de você ter que ficar abrindo vade-mécum ou procurando legislação no site 
do planalto ou similares, eu sempre faço a transcrição da lei seca quando necessário, porém, 
destacando apenas aquilo que for importante no tema da aula. 
Mas você sabe que não basta o conhecimento da legislação. Conhecimento doutrinário 
e jurisprudencial são essenciais!
Mas fica tranquilo, tudo o que você vai precisar está aqui: teoria, jurisprudência, questões, 
resumo etc.
Espero que você goste do que vamos estudar neste material. 
E, para finalizar, estou esperando suas dúvidas no Fórum do aluno! Qualquer dúvida 
que você tiver, por favor, não deixe de acionar nosso Fórum.
Estude da forma correta. APRENDIZAGEM ACELERADA é o segredo da aprovação rápida.
Me siga também nas redes sociais e no portal para estreitarmos a relação.
Vamos começar então?
Thiago Pacheco
@delegadothiagopacheco/
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Teoria Geral das Provas
Thiago Pacheco
TEORIA GERAL DAS PROVASTEORIA GERAL DAS PROVAS
1 . inTroDuÇÃo1 . inTroDuÇÃo
A partir de agora, vamos estudar a Teoria Geral das Provas, um tema de profunda 
importância em seus estudos e de necessário conhecimento para as atribuições dos cargos 
almejados. 
Não será um atrevimento, por isso, se as compararmos às chaves com as quais se consegue abrir 
as portas do desconhecido, do qual, como qualquer outro homem, se encontra rodeado, para 
saber o que não sabe: que é o que tem ocorrido e é o que ocorrerá? Trata-se de abrir, fixemo-
nos bem: também aqui, a propósito da função das provas se repete aquilo que temos visto a 
propósito da função do processo; uma é a finalidade e outra é o resultado; só nas obras de Deus 
o segundo se adapta perfeitamente à primeira; tratando-se da obra dos homens tudo o mais 
que se pode esperar é uma aproximação da finalidade. Alguma vez a porta se abre de par em par; 
alguma vez se abre somente um pouco; não é raro que fique fechada. Aqui pode servir também 
à famosa imagem da gruta: o juiz está encadeado numa caverna, de costas para a abertura 
por onde entra a luz e não vê mais que as sombras, sobre a parede de frente, dos objetos que 
passam por detrás dele; as provas são aquelas sombras, em face das quais, às vezes, consegue-
se e outras vezes, não se consegue conhecer a verdade. Ele não tem outro modo de conhecê-la 
fora destas sombras; daqui o cuidado que devemos pôr para nos dar conta do que as mesmas 
são (CARNELUTTI Francesco, 2005).
Conceito: a prova pode ser compreendida por tudo aquilo que contribui para a formação 
do convencimento do órgão julgador, sendo desenvolvida principalmente pelas partes. 
Neste sentido, é todo elemento pelo qual se procura mostrar a existência e a veracidade 
de um fato.
Objetivo: formar o convencimento do juiz referente a um fato alegado. Portanto, sua 
finalidade, no processo, é influenciar no convencimento do julgador.
Destinatários: o destinatário direto será o juiz, aquele que precisa formar o 
convencimento se os fatos ocorreram, e como ocorreram. Já os destinatários indiretos 
(mediatos) serão as partes, uma vez que produzida a prova, a parte contrária terá direito 
de pronunciar-se sobre esta.
Elemento de prova: todos os fatos ou circunstâncias em que reside a convicção do juiz. 
Por exemplo, depoimento de testemunha; resultado de perícia; conteúdo de documento.
Meio de prova: instrumentos ou atividades pelos quais os elementos de prova são 
introduzidos no processo. Por exemplo, testemunha, documento, perícia.
Fonte de prova: pessoas ou coisas das quais possa se conseguir a prova. Por exemplo, 
a denúncia (peça de acusação).
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Teoria Geral das Provas
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Meio de investigação da prova: procedimento que tem o objetivo de conseguir provas 
materiais, e pode se dar de diversas formais, tais como busca e apreensão; interceptação 
telefônica etc.
Objeto de prova: fatos principais ou secundários que reclamem uma apreciação judicial 
e exijam uma comprovação (dê-me os fatos que te dou o direito).
2 . sisTeMas De aPreciaÇÃo Das ProVas2 . sisTeMas De aPreciaÇÃo Das ProVas
a) Sistema da verdade real (prova tarifada):
As provas têm valor preestabelecido. Essa não é a regra no sistema processual penal 
brasileiro, mas aparece como exceção, no art. 158 do CPP (ECD quando o crime deixa vestígios):
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, 
direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
Parágrafo único. Dar-se-á prioridade à realização do exame de corpo de delito quando se tratar 
de crime que envolva: (Incluído dada pela Lei n. 13.721, de 2018)
I – violência doméstica e familiar contra mulher; (Incluído dada pela Lei n. 13.721, de 2018)
II – violência contra criança, adolescente, idoso ou pessoa com deficiência. (Incluído dada pela 
Lei n. 13.721, de 2018)
b) Sistema da íntima convicção ou certeza moral:
Neste sistema, o juiz é livre para apreciar a prova e não precisa fundamentar sua 
decisão. Vigora em nosso ordenamento, como exceção, no julgamento pelo Tribunal do Júri, 
em que os votos dos jurados são soberanos e o julgamento é feito com base na convicção 
de cada jurado.
De acordo com a CF/88:
Art. 5º. (...)
XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
c) Livre convencimento motivado ou persuasão racional:
Esse é o sistema adotado como regra pelo nosso direito processual penal, conforme 
determinado pelo art. 155, caput, do CPP, e o art. 93, IX, da CF/88.
CPP, Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em 
contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos 
informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e 
antecipadas.
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DireiTo Processual Penal
Teoria Geral das Provas
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Parágrafo único. Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições 
estabelecidas na lei civil.
CF/88, Art. 93. (...)
IX – todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e FUNDAMENTADAS 
TODAS AS DECISÕES, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados 
atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação 
do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação;
3 . classiFicaÇÃo Dos Meios De ProVa3 . classiFicaÇÃo Dos Meios De ProVa
Os meios de prova podem ser classificados quanto ao objeto, à forma e quanto ao sujeito:
a) Quanto ao OBJETO:
• Provas Diretas: são aquelas que por si sós demonstram o fato objeto da investigação,ou seja, referem-se diretamente ao fato a ser provado.
EXEMPLO
Testemunha que presenciou o acusado desferir os disparos de arma de fogo.
• Provas Indiretas: são aquelas que não demonstram diretamente, mas permitem 
deduzir tais circunstâncias a partir de um raciocínio lógico dedutível e irrefutável.
EXEMPLO
O álibi, que demonstra que o sujeito estava em outro lugar no momento do crime.
b) Quanto à FORMA:
• Pericial/Material: Qualquer materialidade que corporifica a demonstração do fato. 
São produzidas por exame.
EXEMPLO
Exame de corpo de delito, instrumentos do crime etc.
• Oral/Testemunhal: Aquela que é feita por afirmação pessoal.
EXEMPLO
Interrogatório do réu, depoimento da testemunha, declarações da vítima.
• Documental: Feita por prova escrita ou gravada.
EXEMPLO
Contrato assinado pelas partes.
c) Quanto ao SUJEITO:
• Real/Material: É aquela extraída dos vestígios deixados pelo crime. Consiste em algo 
externo e distinto da pessoa.
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EXEMPLO
Perícia de pegadas na cena do crime, perícia de eficiência na arma de fogo, exame de corpo 
de delito, perícia no local do fato.
• Pessoal: sua origem está na pessoa. Emana da manifestação consciente do ser humano.
EXEMPLO
Depoimentos, declarações e informações.
As provas também podem ser classificadas como:
• Nominadas: que estão expressamente previstas no Código de Processo Penal, como 
por exemplo, a Prova Testemunhal, Prova Pericial, Interrogatório do acusado etc.
• Inominadas: que não estão previstas no CPP, mas são aceitas, como as fotografias, 
vídeos etc.
 
d) Quanto aos EFEITOS:
• Plena: conduz a um juízo de certeza. São colhidas na fase judicial, passando pelo crivo 
do contraditório e da ampla defesa.
• Não plena (indiciária): mera probabilidade; é insuficiente para condenação, mas 
suficiente para decretação de medidas cautelares. São colhidas na fase pré-processual, 
durante o inquérito policial.
4 . FaTos Que DisPensaM a coMProVaÇÃo Da ProVa4 . FaTos Que DisPensaM a coMProVaÇÃo Da ProVa
Existem fatos que simplesmente não precisam ser provados no direito processual 
penal. São eles:
a) Fatos Notórios:
São fatos que a sociedade presume serem do conhecimento de todos, ou pelo menos 
deveria ser de conhecimento de uma pessoa mediana, como por exemplo, não há necessidade 
de se provar que o Brasil foi um império.
O fato de o juiz ter conhecimento prévio sobre determinada matéria, como por exemplo, 
substâncias químicas nocivas à saúde humana, não presume que esse será um fato notório 
dispensado de comprovação da prova.
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b) Fatos Axiomáticos (Intuitivos):
São os fatos evidentes. Por exemplo, em um desastre de avião, encontra-se o corpo 
de uma das vítimas completamente carbonizado. Desnecessário provar que estava morta.
c) Fatos Legalmente Presumidos:
São aqueles providos do próprio ordenamento jurídico, com previsão legal já constituída, 
podendo ser divididos em:
• Presunção juris tantum: essa será uma presunção relativa, dispensada de prova a 
priori, no entanto admitirá prova em sentido contrário.
• Presunção juris et de jure: já aqui, teremos uma presunção absoluta, não admitindo 
prova em contrário, como por exemplo, menores de 18 anos são inimputáveis.
d) Fatos Inúteis e Irrelevantes:
Aqueles fatos que não possuem qualquer relação com o processo criminal ou com a 
devida formação de convencimento estão dispensados de prova.
Os fatos incontroversos (aceitos ou admitidos pela parte) também precisam ser provados, 
pois o processo penal busca a verdade real.
Não é preciso provar o Direito, pois seu conhecimento é presumido por todos, principalmente 
o juiz, aplicador da Lei. Mas existem algumas exceções. Neste sentido, será necessário provar:
a) leis estaduais e municipais;
b) leis estrangeiras;
c) normas administrativas;
d) costumes.
5 . ProVas nÃo rePeTÍVeis, cauTelares e anTeciPaDas5 . ProVas nÃo rePeTÍVeis, cauTelares e anTeciPaDas
a) Provas Não Repetíveis:
São aquelas produzidas na fase pré-processual e que não serão passíveis de repetição uma 
vez que, muito provavelmente ocorrerá o desaparecimento da prova com o passar do tempo.
EXEMPLO
Exame de corpo de delito.
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b) Provas Cautelares:
As provas cautelares são aquelas produzidas quando existe perigo na demora (periculum 
in mora) por risco do desaparecimento da prova, ou algum impedimento que dificulte sua 
obtenção, sendo assim necessária sua produção na fase investigativa.
EXEMPLO
Busca e apreensão e interceptação telefônica.
O contraditório nas provas não repetíveis e cautelares não ocorrerá no momento da sua 
produção na fase investigativa, mas sim de maneira diferida/retardada/postergada em 
consonância com o princípio da efetividade, ocorrendo posteriormente na fase processual.
c) Provas Antecipadas:
Como o nome indica, são aquelas produzidas antes do momento fixado em lei, observando 
a necessidade, adequação e proporcionalidade da antecipação, em razão de urgência e 
relevância.
O entendimento atual é que existe o contraditório nesta modalidade, de maneira real 
e temporânea, ou seja, no momento da sua produção.
EXEMPLO
Oitiva de testemunha hospitalizada em fase terminal.
6 . Ônus Da ProVa6 . Ônus Da ProVa
Trata-se do encargo que as partes têm de provar os fatos que alegam. Nos termos do 
art. 156 do CPP, o ônus da prova incumbe a quem fizer a alegação.
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de 
ofício:(Redação dada pela Lei n. 11.690, de 2008)
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas 
urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; 
(Incluído pela Lei n. 11.690, de 2008)
II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências 
para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
Neste sentido, o ônus da prova será de quem fizer a alegação, em conformidade com 
a presunção de inocência, que reverte a distribuição do ônus no Processo Penal, devendo 
assim demonstrar a autoria e materialidade da infração penal. Em caso de dúvida quanto 
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DireiTo Processual Penal
Teoria Geral das Provas
Thiago Pacheco
à existência do crime ou de sua autoria, deverá o réu ser absolvido em conformidade com 
o princípio do in dubio pro reo, representado pela absolvição por insuficiência de provas, 
previsto no artigo 386, inciso VII, do CPP:
Art. 386. O juiz absolverá o réu, mencionando a causana parte dispositiva, desde que reconheça:
(...)
VII – não existir prova suficiente para a condenação.
Obviamente, a defesa também poderá fazer alegações durante a fase processual, 
como nos casos de atenuantes, privilegiadoras, causas de diminuição de pena, extinção da 
punibilidade e pedido de absolvição, sendo nestes casos, incumbido ao réu o ônus da prova.
7 . PrincÍPios7 . PrincÍPios
Neste capítulo, analisaremos os principais princípios do direito processual penal que 
influenciam na obtenção da prova.
• Princípio da Verdade Real
Do princípio da verdade real resulta a ideia de que sempre existirá o interesse público 
no processo penal, e de que o juiz deverá investigar a verdade dos fatos utilizando-se de 
seus poderes instrutórios para formar a sua convicção, com fulcro no artigo 155 do CPP:
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório 
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos 
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
• Princípio da Liberdade Probatória
Quanto ao momento da prova, em regra, conforme previsão do artigo 231 do CPP, é a 
possibilidade de produção de provas em qualquer fase do processo:
Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos em qualquer 
fase do processo.
Quanto ao tema da prova, apesar de ser admitido no processo penal a produção de 
qualquer prova lícita, essa deverá guardar relação com os fatos, ou com o convencimento 
do juízo, em consonância com a objetividade da produção das provas conforme o artigo 
400, §1º do CPP:
Art. 400. (...)
§ 1º As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as consideradas 
irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.
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Quanto aos meios de prova, os métodos utilizados por ambas as partes para produzir 
as provas terão ampla liberdade, a fim de que se comprove suas alegações, não estando 
limitados a modelos pré-fixados, conforme entendimento de Renato Brasileiro:
Não vigora no CPP o denominado princípio da taxatividade das provas, segundo o qual somente 
se admite a utilização das provas previstas de maneira específica na lei. Exemplo dessa liberdade 
probatória diz respeito à possibilidade de se utilizar o reconhecimento fotográfico de pessoa, 
ainda que a lei tenha previsto apenas o reconhecimento presencial (art. 226 a 228 do CPP) (Lima, 
2017).
• Princípio da Autorresponsabilidade das Partes
Compete a cada parte do processo a responsabilidade das suas ações, sendo de provar 
suas alegações, ou de arcar por eventual erro na sua inação probatória.
• Princípio da Comunhão das Provas
A prova produzida pertence ao processo e não somente a parte que a produziu, ou seja, 
independentemente se trazida pela acusação, defesa, ou determinada ex officio pelo juiz, 
serve ele a todos no processo.
• Princípio do nemu tenetur se detegere (vedação da auto incriminação)
O acusado não é obrigado a produzir prova contra si mesmo. A finalidade desta regra é 
impedir que o Estado, de alguma forma, imponha ao réu (ou ao indiciado) alguma obrigação 
que possa colocar em risco o seu direito de não produzir provas prejudiciais a si próprio. 
Lembrando que o ônus da prova incumbe à acusação, não ao réu.
EXEMPLO
Direito ao silêncio; direito a não ser compelido (comportamento ativo) a colaborar com provas 
que são contrárias a seus interesses.
A doutrina entende que é possível submeter o acusado a situações nas quais não se exija 
uma participação ativa na produção probatória (ex.: obrigatoriedade de comparecer ao 
local indicado a fim de que se proceda ao reconhecimento pela vítima).
• Princípio do direito ao silêncio
Art. 198. O silêncio do acusado não importará confissão, mas poderá constituir elemento para 
a formação do convencimento do juiz.
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O silêncio do acusado não pode ser considerado como confissão e nem pode ser 
interpretado em prejuízo da defesa, sob pena de esvaziar-se a lógica de tal garantia. O acusado 
tem o direito de ser informado de que não é obrigado a produzir prova contra si mesmo.
EXEMPLO
Gravações clandestinas feitas pelo delegado sem prévia advertência do acusado são provas 
ilícitas.
A parte final do artigo (mas poderá constituir elemento para a formação do convencimento 
do juiz) não foi recepcionada pela CF/88 (violação ao direito à não auto incriminação).
8 . ProVa eMPresTaDa8 . ProVa eMPresTaDa
É possível no processo penal brasileiro a prova emprestada, que será o aproveitamento 
de uma prova produzida em outro processo, ou seja, a prova gera efeito em processo distinto 
a que foi originalmente constituída, em analogia ao art. 372 do CPC:
Art. 372. O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida em outro processo, atribuindo-
lhe o valor que considerar adequado, observado o contraditório.
O transporte da prova emprestada ocorre de forma documentada (normalmente por 
extração de cópias autenticadas) e o valor probatório é o mesmo da prova original.
Tal prova só é possível contra aquele que participou do primeiro processo, observando-se o 
contraditório e a ampla defesa em ambos os processos. Neste sentido é a jurisprudência do STJ:
JURISPRUDÊNCIA
Permitem tanto a doutrina quanto a jurisprudência utilização de prova emprestada 
no processo criminal, desde que tenha sido produzida legalmente, ambas as partes 
dela tenham ciência e seja-lhes garantido direto ao contraditório. (STJ - HC 126302)
Não obstante o valor precário da prova emprestada, ela é admissível no processo penal, 
desde que não constitua o único elemento de convicção a respaldar o convencimento 
do julgador. (STJ – HC 94624)
Contudo, o próprio STJ já exarou decisão em sentido contrário, no sentido de que será 
possível a utilização de prova emprestada em processo em que não figuram as mesmas 
partes do processo de origem:
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JURISPRUDÊNCIA
[...] a prova emprestada não pode se restringir a processos em que figurem partes 
idênticas, sob pena de se reduzir excessivamente sua aplicabilidade, sem justificativa 
razoável para tanto. Independentemente de haver identidade de partes, o contraditório 
é o requisito primordial para o aproveitamento da prova emprestada, de maneira que, 
assegurado às partes o contraditório sobre a prova, isto é, o direito de se insurgir 
contra a prova e de refutá-la, afigura-se válido o empréstimo” (EREsp n. 617.428/SP, 
rel. Min. Nancy Andrighi, j. 04.06.14).
No que se refere à prova emprestado do processo penal para o processo administrativo, 
devemos ter atenção com o teor da Súmula 591 do STJ, havendo necessidade de autorização 
judicial e o respeito ao contraditório e ampla defesa no procedimento original da prova.
JURISPRUDÊNCIA
Súmula 591 STJ- É permitida a prova emprestada no processo administrativo 
disciplinar, desde que devidamente autorizada pelo juízo competente e respeitados 
o contraditório e a ampla defesa.
9 . ProVa ilÍciTa9 . ProVa ilÍciTa
Esse é um tema de profunda importância no estudo da Teoria Geral dos Penas uma vez 
que recorrente a cobrança deste conteúdo nos mais diversos certames.
A vedação de provas ilícitas está amparada no Estado Democrático de Direito, não é 
admissível que o Estado tenha uma postura delituosa para tão somente produzir provas 
contra determinada pessoa. Agindo assim, o Estado, estaria se nivelando ao próprio criminoso.
A vedação às provas ilícitas constrange os agentes estatais à adoção de práticas 
probatórias legais, já que sabem, antecipadamente, que as provas produzidas serão nulas 
futuramente.
Temos que ter em mente a diferença entre provas ilegítimas e provas ilícitas.
a) Prova ilegítima: obtida com violação de regras de ordem processual.
EXEMPLO
Utilização de prova nova no plenário do júri, sem ter sido juntada aos autos com antecedência 
mínima de três dias, violando a regra contida no art. 479 do CPP.
b) Prova ilícita: é obtida com violação a regras de direito material ou normas constitucionais. 
Notadamente, as garantias da pessoa, elencadas na CF/88, se violadas, gerarão prova ilícita, 
conforme preceitua o art. 5º, LVI, da própria CF.
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EXEMPLO
Provas obtidas com violação do domicílio, mediante tortura, por meio de interceptação ilegal 
de comunicação.
Atenção ao art. 5º, LVI da CF/88, que se dirige às provas ilícitas e ilegítimas:
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
A inutilização destas provas ocorre nas conformidades do artigo art. 157, §3º, do CPP:
Art. 157. (...)
§ 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada 
por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.
Desta forma, após determinada pelo juízo o desentranhamento da prova ilícita, será 
necessária a preclusão da decisão e só então o juiz determinará a inutilização da prova ilícita.
Como todo e qualquer direito fundamental, o direito à prova não tem natureza absoluta. 
Está sujeito a limitações porque coexiste com outros direitos igualmente protegidos pelo 
ordenamento jurídico. Portanto, existem provas ilícitas que são aceitas pela jurisprudência, 
em circunstâncias especiais:
• Prova favorável ao acusado;
• Gravação telefônica feita por um dos interlocutores, sem o conhecimento do outro;
• Provas cuja produção foi admitida pelo acusado. Por exemplo, consentir no cumprimento 
do MBA durante o período noturno. Contudo, estas é válida apenas para direitos 
disponíveis.
• Gravação feita por terceiro, de conversa mantida em local público.
 
10 . Teoria Dos FruTos Da ÁrVore enVenenaDa 10 . Teoria Dos FruTos Da ÁrVore enVenenaDa 
(FRUITS OF THE POISONOUS TREE)(FRUITS OF THE POISONOUS TREE)
Também denominada teoria da Contaminação das provas derivadas, ela estabelece que 
todas as provas que sejam derivadas das ilícitas não poderão ser admitidas no processo.
Assim prevê o art. 157, §1º, do CPP:
Art. 157. (...)
§ 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado 
o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por 
uma fonte independente das primeiras.
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Assim conceitua Norberto Avena:
Provas ilícitas por derivação são aquelas que, embora lícitas na própria essência, decorrem 
exclusivamente de uma outra prova, considerada ilícita, ou de uma situação de ilegalidade, 
restando, portanto, contaminadas.
Contudo, existem duas exceções à teoria dos frutos da árvore envenenada:
a) Teoria da Descoberta Inevitável:
Nos casos em que a prova derivada seria descoberta de qualquer modo, independente 
da prova ilícita originária, não há que se falar em contaminação, também chama de teoria 
da fonte hipoteticamente independente.
EXEMPLO
Policiais conseguem de maneira ilícita a informação do cometimento de suborno a agentes 
públicos, porém já existia escuta ambiental com autorização judicial, que continha o mesmo 
conteúdo adquirido.
b) Contaminação Expurgada:
Trata-se da situação em que a prova derivada da ilícita poderia ser obtida por outra 
fonte legal, não sendo assim contaminada pela ilicitude, também chamada por teoria da 
fonte absolutamente independente.
EXEMPLO
Policiais invadem ilegalmente um local suspeito de armazenar drogas. Constatada a presença 
dos ilícitos, evadem do local e solicitam autorização judicial para retornarem ao local e realizar 
a colheita das provas de maneira lícita.
11 . Teoria Da serenDiPiDaDe11 . Teoria Da serenDiPiDaDe
Trata-se da “prova encontrada”, aquela que é descoberta de maneira fortuita e poderá ser 
considerada lícita se presentes todos os requisitos legais no decurso da investigação e não se 
verificar nenhuma fraude para sua obtenção, podendo ser dividida doutrinariamente como:
• Serendipidade Subjetiva: Quando as novas informações atribuem a participação 
de um novo sujeito.
• Serendipidade Objetiva: Quando as novas informações, atribuem a existência de 
novas infrações penais.
• Serendipidade Objetiva de Primeiro Grau: Quando as novas informações, possuem 
nexo causal com a infração originária.
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EXEMPLO
Descoberta do crime de ocultação de cadáver na investigação de um homicídio.
• Serendipidade Objetiva de Segundo Grau: Quando as novas informações, independem 
de conexão com a infração originária.
EXEMPLO
Licitude da prova de homicídio encontrada em investigação de tráfico de drogas.
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RESUMORESUMO
Nessa aula, você deve fixar os seguintes pontos:
• A prova pode ser compreendida por tudo aquilo que contribui para a formação do 
convencimento do órgão julgador, sendo desenvolvida principalmente pelas partes.
• A classificação dos meios de provas será quanto ao objeto (Diretas e Indiretas), quanto 
à forma (Material/Testemunhal/Documental), quanto ao sujeito (Real/Pessoal)
• Os fatos que dispensam a comprovação da prova serão os notórios, axiomáticos, 
legalmente presumidos e os inúteis e irrelevantes.
• As provas não repetíveis são aquelas produzidas na fase pré-processual e não serão 
passíveis de repetição uma vez que ocorrerá o desaparecimento da prova.
• As provas cautelares são aquelas que existe perigo na demora (periculum in mora)por risco do desaparecimento da prova, ou algum impedimento que dificulte sua 
obtenção, sendo assim necessária sua produção na fase investigativa.
• As provas antecipadas são aquelas produzidas antes do momento fixado em lei, 
observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da antecipação, em razão 
de urgência e relevância.
• O ônus da prova será de quem fizer a alegação, em conformidade com a presunção 
de inocência, que reverte a distribuição do ônus no Processo Penal, devendo assim 
demonstrar a autoria e materialidade da infração penal. (art. 156, CPP)
• Em caso de dúvida quanto à existência do crime ou de sua autoria, deverá o réu ser 
absolvido em conformidade com o princípio do in dubio pro reo. (art. 386, inciso VII, 
CPP)
• Do princípio da Verdade Real resulta a ideia de que sempre existirá o interesse público 
no processo penal, e de que o juiz deverá investigar a verdade dos fatos utilizando-se 
de seus poderes instrutórios para formar a sua convicção. (art. 155, CPP)
• Do princípio da Liberdade Probatória quando ao momento da prova a regra será a 
possibilidade de produção de provas em qualquer fase do processo. Quando ao tema 
da prova, essa deverá guardar relação com os fatos ou com o convencimento do juízo. 
Quanto aos meios de prova, esses possuem ampla liberdade não estando limitados 
a modelos pré-fixados. (art. 231, CPP / art. 400, §1º, CPP)
• Do princípio da Autorresponsabilidade das Partes, compete a cada parte do processo 
a responsabilidade das suas ações, sendo de provar suas alegações, ou de arcar por 
eventual erro na sua inação probatória.
• Do princípio da Comunhão das Provas, a prova produzida pertence ao processo e 
não somente a parte que a produziu, ou seja, independentemente se trazida pela 
acusação, defesa, ou determinada ex officio pelo juiz, serve ele a todos no processo.
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• A prova emprestada, é possível no processo penal brasileiro a prova emprestada, que 
será o aproveitamento de uma prova produzida em outro processo, ou seja, a prova 
gera efeito em processo distinto a que foi originalmente constituída. (art. 372, CPC)
• A teoria da serendipidade é aquela que trata da prova encontrada em que a prova é 
descoberta de maneira fortuita e poderá ser considerada lícita se presentes todos 
os requisitos legais no decurso da investigação e não se verificar nenhuma fraude 
para sua obtenção.
• A Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada, ou Teoria da Contaminação das Provas 
Derivadas, estabelece que todas as provas que sejam derivadas das ilícitas não poderão 
ser admitidas no processo. (art. 157, §1, CPP)
• As exceções à Teoria dos Frutos da Árvore Envenenada são a Teoria da Descoberta 
Inevitável/Fonte Hipoteticamente Independente e a da Contaminação Expurgada/
Fonte Absolutamente Independente.
• As provas ilícitas são inadmissíveis no processo e sua inutilização decorre de após 
determinada pelo juízo o desentranhamento da prova ilícita, será necessária a preclusão 
da decisão e só então o juiz determinará a inutilização da prova ilícita. (art. 5º, CF/88 
c/c art. 157, §3º, CPP)
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MAPA MENTALMAPA MENTAL
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EXERCÍCIOSEXERCÍCIOS
001. 001. (INÉDITA/2023) Ainda sobre o tema provas, assinale a alternativa incorreta.
a) São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim 
entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
b) São também admissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado 
o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas 
por uma fonte independente das primeiras.
c) Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e 
de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato 
objeto da prova.
d) Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será 
inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.
e) O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a 
sentença ou acórdão.
002. 002. (FCC/DPE PB/DEFENSOR PÚBLICO/2022) O ônus da prova no processo penal
a) cabe ao Ministério Público até a sentença condenatória proferida, sendo invertido em 
fase recursal.
b) recai sobre o Ministério Público durante toda a persecução penal, tendo a defesa apenas 
interesse em provar suas alegações.
c) passou a ser repartido entre acusação e defesa nos limites de suas alegações, a partir 
da entrada em vigor do Novo Código de Processo Civil em 2015.
d) recai sobre a defesa apenas quando esta alegar excludentes de ilicitude do fato apontado 
como criminoso.
e) cabe ao Ministério Público até o recebimento da denúncia, sendo repartido após este 
momento processual.
003. 003. (INÉDITA/2022) Com relação às provas ilícitas e seu tratamento no ordenamento 
jurídico processual penal, é correto afirmar que:
a) são inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim 
entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais.
b) ainda que não evidenciado o nexo de causalidade, não são admitidas as provas derivadas 
das ilícitas, adotando-se a teoria dos frutos da árvore envenenada.
c) embora seja largamente utilizada e adotada no direito norte-americano, o direito processual 
penal brasileiro não admite a teoria da fonte independente.
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d) preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, ela permanecerá 
no feito, em autos apartados e lacrados.
e) após a chamada micro reforma do processopenal, a doutrina não mais diferencia prova 
ilícita de prova ilegítima, tratando ambas como sinônimos.
004. 004. (INÉDITA/2022) Durante a instrução criminal, foi verificado que uma das provas 
colhidas havia sido obtida de forma ilegal. Essa ilegalidade foi alegada pela defesa, e o 
Parquet Ministerial manifestou-se concordando com a ilegalidade apontada. Em decisão 
fundamentada, a autoridade judiciária competente reconheceu a ilegalidade da prova. Com 
base no exposto, é correto afirmar que a autoridade judiciária:
a) deverá determinar o desentranhamento da prova ilícita, assim como aquelas direta e 
exclusivamente decorrentes dela e, uma vez preclusa a decisão, determinar a destruição 
das provas, prosseguindo nos demais atos processuais.
b) deverá determinar o desentranhamento da prova ilícita, assim como aquelas direta 
e exclusivamente decorrentes dela e, uma vez preclusa a decisão, determinar seu 
desentranhamento dos autos principais a fim de serem autuadas em apartado.
c) não deverá desentranhar a prova inadmissível do processo, mas apenas indicar quais 
são exatamente as páginas que deverão ser desconsideradas para efeito de elaboração 
da posterior sentença. Deverá ainda determinar a redistribuição do processo em razão de 
seu impedimento, eis que a lei determina que o juiz que conhecer do conteúdo da prova 
declarada inadmissível não poderá proferir a sentença.
d) não deverá desentranhar a prova inadmissível do processo, mas apenas indicar quais 
são exatamente as páginas que deverão ser desconsideradas para efeito de elaboração da 
posterior sentença e, uma vez preclusa a decisão, prosseguir nos demais atos processuais.
e) deverá determinar o desentranhamento da prova ilícita, assim como aquelas direta e 
exclusivamente decorrentes dela, e, uma vez preclusa a decisão, determinar a destruição 
das provas e determinar a redistribuição do processo em razão de seu impedimento, eis 
que a lei determina que o juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível 
não poderá proferir a sentença.
005. 005. (INÉDITA/2022) Sobre os comandos referentes à Criminalística, presentes no Código 
de Processo Penal, marque a alternativa correta.
a) Ao juiz prescinde fundamentar a decisão, seja de condenação ou de absolvição, tendo 
em vista o princípio da livre convicção.
b) A atividade probatória não comporta limitação, de tal sorte que é possível a produção 
de quaisquer provas, de forma irrestrita.
c) Com base no princípio da eficiência e da celeridade processual, o juiz pode fundamentar 
sua decisão condenatória estritamente nos elementos colhidos na investigação policial.
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d) O juiz poderá, mesmo antes de iniciada a ação penal, ordenar a produção de provas 
consideradas urgentes e relevantes, sempre observando a necessidade, a adequação e a 
proporcionalidade da medida.
e) Durante o curso da instrução penal, é inaceitável a realização de qualquer diligência.
006. 006. (FGV/OAB XXXIV EXAME DE ORDEM UNIFICADO/2022) Francisco foi preso em flagrante, 
logo após a prática de um crime de furto qualificado, pelo rompimento de obstáculo. 
Agentes públicos compareceram ao local dos fatos e constataram, por meio de exame 
pericial, o arrombamento do fecho da janela que protegia a residência de onde os bens 
foram subtraídos. No interior da Delegacia, em conversa informal com a autoridade policial, 
Francisco confessou a prática delitiva, fato que foi registrado em gravação de áudio no 
aparelho celular pessoal do Delegado. Quando ouvido formalmente, preferiu exercer o 
direito ao silêncio que lhe foi assegurado naquele momento. Francisco, reincidente, foi 
denunciado, sendo juntados pelo Ministério Público, já no início da ação penal, o laudo de 
exame de local que constatou o arrombamento e o áudio da confissão informal encaminhado 
pela autoridade policial. No momento das alegações finais, o advogado de Francisco, sob 
o ponto de vista técnico, deverá destacar que
a) a condenação não poderá se basear exclusivamente no laudo de exame de local, considerando 
que não foi produzido sob crivo do contraditório, e o áudio acostado, apesar de não poder 
ser considerado prova ilícita, se valorado na sentença, deverá justificar o reconhecimento 
da atenuante da pena da confissão.
b) tanto o áudio com a confissão informal quanto o laudo de exame de local são provas 
lícitas, podendo, inclusive, o magistrado fundamentar eventual condenação com base 
exclusivamente no exame pericial produzido antes da instrução probatória.
c) a confissão informal foi obtida de maneira ilícita, devendo ser o áudio desentranhado 
do processo, mas poderá o laudo pericial ser considerado em eventual sentença, apesar de 
produzido antes de ser instaurado o contraditório.
d) tanto o áudio com a confissão informal quanto o laudo de exame de local são provas 
ilícitas, devendo ser desentranhados do processo.
007. 007. (CESPE/CEBRASPE/PC SE/AGENTE DE POLÍCIA JUDICIÁRIA/2021) A respeito do inquérito 
policial, julgue os itens seguintes.
As provas não repetíveis colhidas na fase investigativa não dependem, em regra, de 
autorização judicial.
008. 008. (DPE RJ/DPE RJ/RESIDÊNCIA JURÍDICA/2021) Considerado a Teoria Geral da Prova, 
assinale a alternativa correta:
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Teoria Geral das Provas
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a) Segundo o STF, a prova obtida mediante abertura de encomenda endereçada a terceiros 
via Correios é lícita, mesmo que não haja autorização judicial ou hipótese legal que 
expressamente a autorize, haja vista que a Constituição assegura somente a inviolabilidade 
das correspondências, das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas.
b) Somente a parte do processo penal que produziu determinada prova pode utilizá-la para 
embasar sua argumentação.
c) A informação obtida por meio de prova ilícita, nada obstante a inadmissibilidade, pode 
ser usada para que prova diversa seja produzida de maneira legal, tornando esta última 
admissível.
d) O STF considera ilícita a prova obtida mediante gravação ambiental, sempre que o 
interlocutor daquele que grava não foi informado da gravação.
e) As provas ilícitas são, em princípio, inadmissíveis, mas podem ser usadas pelo acusado 
para comprovar sua inocência.
009. 009. (FCC/DPE AM/ANALISTA JURÍDICO DE DEFENSORIA/2019) No processo penal brasileiro, 
o ônus da prova
a) é repartido entre as partes, cabendo àquele que fizer a alegação prová-la.
b) caberá ao réu quando preso em flagrante na posse dos objetos furtados.
c) pesa todo sobre a acusação, tendo o réu apenas interesse em demonstrar suas alegações 
defensivas.
d) em regra caberá à acusação, movendo-se para o réu quando for acusado de praticar 
crime hediondo.
e) é irrelevante, diante do livre convencimento judicial ao proferir suas decisões.
010. 010. (GUALIMP/PREFEITURA DE PORCIÚNCULA/PROCURADOR ADJUNTO/2019) Sobre as 
provas, assinale a alternativa CORRETA com base no Código de Processo Penal:
a) São admissíveis as provas derivadas das ilícitas.
b) O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório 
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos 
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, nãorepetíveis e antecipadas.
c) Não é assegurado o direito do contraditório nem da ampla defesa no processo penal.
d) São admissíveis as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas 
constitucionais ou legais.
011. 011. (MPE GO/MPE GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2019) Conforme prescreve o 
Código de Processo Penal, sobre a prova é incorreto afirmar:
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a) O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório 
judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos 
colhidos na investigação, inclusive as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
b) De acordo com os julgados do Superior Tribunal de Justiça, é legítimo o reconhecimento 
pessoal ainda quando realizado de modo diverso do previsto no art. 226 do Código de 
Processo Penal, servindo o paradigma legal como mera recomendação.
c) Os documentos originais, juntos a processo findo, quando não exista motivo relevante 
que justifique a sua conservação nos autos, poderão, mediante requerimento, e ouvido o 
Ministério Público, ser entregues à parte que os produziu, ficando traslado nos autos.
d) O ofendido será comunicado dos atos processuais relativos ao ingresso e à saída do 
acusado da prisão, à designação de data para audiência e à sentença e respectivos acórdãos 
que a mantenham ou modifiquem. Por opção dele, as comunicações poderão ser feitas por 
meio eletrônico.
012. 012. (UEG/PC GO/DELEGADO DE POLÍCIA/2018) O excerto acima, retirado de um 
julgamento realizado pela Suprema Corte dos Estados Unidos da América, traça as ideias 
fundamentais da teoria
a) da cegueira deliberada (willful blindness ou Nelsonian knowledge).
b) dos frutos da árvore venenosa (fruit of the poisonous tree).
c) do nexo causal atenuado (purged taint doctrine).
d) do domínio do fato (Mittelbare Täterschaft).
e) da negação plausível (plausible deniability).
013. 013. (ACESSE/CÂMARA DE CURITIBANOS/CONSULTOR JURÍDICO/2018) O Código de Processo 
Penal (Decreto-Lei n. 3.689 de 03.10.1941) dispõe no Caput do artigo 155, que o juiz formará 
sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não 
podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos 
na investigação, ressalvadas as:
a) Provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
b) Provas cautelares, repetíveis e antecipadas.
c) Evidências cautelares, repetíveis e não antecipadas.
d) Provas cautelares, não repetíveis e não antecipadas.
014. 014. (INSTITUTO AOCP/ITEP/AGENTE TÉCNICO FORENSE/2018) Segundo a doutrina, prova 
é o conjunto de elementos produzidos pelas partes e/ou pelo Juiz, visando à formação do 
convencimento quanto a atos, fatos e circunstâncias. Nesse contexto, referente à matéria 
de provas prevista no Código de Processo Penal, assinale a alternativa correta.
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a) Antes de proferir a sentença, o Juiz pode, de ofício, determinar a realização de diligências 
complementares para esclarecer ponto relevante.
b) A prova obtida por meios ilícitos não será admitida no processo, porém aquelas que 
derivarem dela podem ser utilizadas.
c) O juiz, ao sentenciar o processo, pode fundamentar sua decisão exclusivamente com 
base nas provas produzidas em fase de inquérito policial.
d) O interrogatório, por se tratar de ato de defesa, não pode ser realizado novamente no 
mesmo processo.
e) O silêncio do acusado em seu interrogatório pode ser interpretado como confissão.
015. 015. (FCC/DPE RS/DEFENSOR PÚBLICO/2018) Sobre a teoria geral da prova, considere as 
assertivas abaixo:
I – No sistema acusatório puro, cabe ao juiz, concentrando as funções de acusar e julgar, 
determinar, ex officio, a produção das provas relevantes para a formação da sua convicção 
sobre a ocorrência do ilícito imputado ou eventuais causas excludentes da ilicitude.
II – É próprio dos sistemas inquisitoriais de processo penal a concessão, ao juiz, da iniciativa 
probatória para formação de sua livre convicção e para a busca da verdade real.
III – A confissão do acusado supre a falta do exame de corpo de delito, ainda que da infração 
penal tenham resultado vestígios.
IV – No crime de receptação, efetivada a prisão do agente com a posse do objeto de origem 
criminosa, opera-se a chamada inversão do ônus da prova no processo penal.
Está correto o que consta APENAS de:
a) II e IV.
b) II e III.
c) I e II.
d) II.
e) IV.
016. 016. (INSTITUTO AOCP/PM SC/OFICIAL DA POLÍCIA MILITAR/2018) Acerca das provas 
entendidas como “ilícitas”, assinale a alternativa correta.
a) São admissíveis as provas derivadas das ilícitas, especialmente quando as derivadas 
puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras.
b) São inadmissíveis as provas ilícitas assim entendidas, porém devem elas ser mantidas 
nos autos do processo, para que possam sofrer apontamentos pelas partes envolvidas.
c) Considera-se fonte independente de prova aquela que, por si só, seguindo os trâmites 
contratuais, próprios da investigação particular, seria capaz de conduzir ao fato objeto da 
prova.
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d) A prova ilícita significa a prova obtida, produzida, introduzida ou valorada de modo 
contrário à determinada ou específica previsão legal.
e) O encontro fortuito de prova para cuja busca não se exija a adoção de qualquer providência 
que não a simples atuação da autoridade policial é igualmente irregular à prova tida como 
ilícita.
017. 017. (TJ AC/TJ AC/JUIZ LEIGO/2014) Diversos elementos informativos (provas) foram 
coletados durante a tramitação do inquérito policial, possibilitando o oferecimento da 
denúncia. Durante o curso da ação penal, não foi possível a realização das provas sob o 
crivo do contraditório. É CORRETO afirmar:
a) o juiz não poderá fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos 
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas;
b) o juiz poderá fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos 
colhidos no inquérito policial;
c) se não houver a confirmação das provas durante a instrução penal, o juiz poderá rejeitar 
a denúncia dos termos do artigo 395 do Código de Processo Penal.
d) se as provas não forem produzidas, o juiz deve determinar que se faça o aditamento da 
denúncia. Se o Promotor de Justiça não promover o aditamento, o juiz deverá observar a 
regra do artigo 28 do Código de Processo Penal e encaminhar os autos ao Procurador Geral 
de Justiça.
018. 018. (CESPE/CEBRASPE/CD/ANALISTA LEGISLATIVO/2014) Julgue os seguintes itens, relativos 
ao mandado de segurança em matéria penal, à investigação criminal, ao Ministério Público, 
ao processo referente a ilícitos de improbidade administrativa, ao processo dos crimes de 
lavagem ou ocultação de bens, direitose valores, à sentença e à proteção de acusados ou 
condenados colaboradores.
É inadmissível, no âmbito das ações por improbidade administrativa, a juntada de prova 
emprestada da seara criminal, conforme entendimento pacífico do STJ.
019. 019. (VUNESP/TJ SP/JUIZ SUBSTITUTO/2014) Dispõe o art. 5º, inc. LVI, da Constituição 
Federal que “são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos”. Trata-se 
do “Princípio da vedação das provas ilícitas”, também invocado no art. 157 do Código de 
Processo Penal. Sobre este tema, assinale a opção que contenha assertiva falsa:
a) A reforma processual penal promovida pela Lei n. 11.690/2008 distanciou-se da doutrina 
e jurisprudência pátrias que distinguiam as provas ilícitas das ilegítimas, concebendo como 
provas ilícitas tanto aquelas que violem disposições materiais como processuais.
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b) São admissíveis as provas derivadas das ilícitas quando puderem ser obtidas por meio 
que por si só – seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução 
criminal – seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
c) É praticamente unânime na doutrina e na jurisprudência pátrias o entendimento que 
não admite a utilização no processo penal da prova favorável ao acusado se colhida com 
infringência a direitos fundamentais seus ou de terceiros.
d) São admissíveis as provas derivadas das ilícitas quando não evidenciado o nexo de 
causalidade entre umas e outras.
020. 020. (FUNCAB/PC RO/TÉCNICO EM NECRÓPSIA/2014) Segundo os ditames do Código de 
Processo Penal, pode-se afirmar quanto à prova:
a) A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício.
b) O juízo singular formará sua decisão pela íntima convicção na apreciação da prova 
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente 
nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, 
repetíveis e antecipadas.
c) Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será 
inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.
d) São admissíveis as provas derivadas das ilícitas, quando evidenciado o nexo de causalidade 
entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte dependente 
das primeiras.
e) É facultado ao juiz determinar, no curso de inquérito policial, a realização de diligências 
para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
021. 021. (VUNESP/PC SP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA/2014) A estrita disciplina do art. 157 do CPP, 
no que concerne às provas ilícitas, determina que elas são
a) aceitas de acordo com critérios de razoabilidade e proporcionalidade.
b) inadmissíveis para condenação, mas podem motivar eventual absolvição.
c) consideradas inadmissíveis se ofenderem disposições constitucionais, e admissíveis se 
ofenderem meras disposições legais.
d) inadmissíveis, mas devem permanecer no processo para fins de análise e eventual 
validação pelo segundo grau de jurisdição.
e) inadmissíveis e devem ser desentranhadas do processo.
022. 022. (FCC/TRF 4/ANALISTA JUDICIÁRIO/2014) No tocante à prova, de acordo com o Código 
de Processo Penal,
a) durante o curso do processo judicial, quanto à perícia, é permitido às partes requerer a 
oitiva dos peritos para esclarecerem a prova, mas não para responderem a quesitos.
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b) quando a infração deixar vestígios, será necessário o exame de corpo de delito, mas a 
confissão do acusado pode supri-lo.
c) o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório 
judicial, não podendo fundamentar sua decisão, exclusivamente, nos elementos informativos 
colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
d) durante o curso do processo, é vedada às partes a indicação de assistentes técnicos.
e) o exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados sempre por dois peritos 
oficiais, portadores de diploma de curso superior.
023. 023. (VUNESP/TJ RJ/JUIZ SUBSTITUTO/2013) Assinale a alternativa correta a respeito das 
provas processuais penais.
a) A regulamentação dos meios de prova feita pelo Código de Processo Penal é taxativa, 
não sendo admitidas provas atípicas ou inominadas.
b) O Código de Processo Penal não admite, nem mesmo excepcionalmente, a “prova tarifada” 
como sistema de apreciação da prova.
c) A teoria dos “frutos da árvore envenenada” está positivada em nossa legislação 
infraconstitucional.
d) Fatos axiomáticos são os que dependem de prova.
024. 024. (MPDFT/MPDFT/PROMOTOR DE JUSTIÇA ADJUNTO/2013) Assinale a alternativa 
INCORRETA:
a) O ônus da prova, na ação penal condenatória, recai sobre a acusação.
b) O Código de Processo Penal faz distinção entre provas e elementos informativos.
c) A prova oral pode, em dadas situações, prevalecer sobre a prova pericial, na avaliação 
judicial dos fatos que são o objeto da imputação.
d) O Código de Processo Penal considera a “fonte independente” como exceção à proibição 
de utilização das provas ilícitas por derivação.
e) Nos termos do Código de Processo Penal, o juiz não pode determinar, de ofício, a produção 
antecipada de provas urgentes e relevantes, no curso do inquérito policial.
025. 025. (CESPE/CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2013) Com base no disposto 
no CPP e na jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, julgue os seguintes itens.
A prova declarada inadmissível pela autoridade judicial por ter sido obtida por meios ilícitos 
deve ser juntada em autos apartados dos principais, não podendo servir de fundamento 
à condenação do réu.
026. 026. (TJ PR/TJ PR/JUIZ SUBSTITUTO/2012) A prova, no Processo Penal, incumbirá a quem 
alega (CPP, art. 156). Contudo, é correto afirmar:
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a) As provas derivadas daquelas consideradas ilícitas são sempre válidas e devem ser 
recepcionadas sem ressalvas, sendo inadmissíveis só aquelas efetivamente ilícitas.
b) Quando a infração deixa vestígios, a confissão do acusado supre o exame de corpo de 
delito.
c) O juiz, de ofício, não pode ordenar a realização de provas antes do início da ação penal, 
porque passa a presidi-la apenas depois do recebimento da denúncia.
d) O juiz pode determinar, no curso da instrução, a realização de diligências para dirimir 
dúvida sobre ponto relevante da causa.
027. 027. (MPE SP/MPE SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2012) São inadmissíveis, no 
processo, as provas obtidas por meios ilícitos. Elas são
a) nulas e contaminam as demais provas delas decorrentes, de acordo com a teoria dos 
frutos da árvore envenenada, acarretando a nulidade do processo, em respeito ao princípio 
constitucional do devido processo legal.
b) anuláveis e podem ser desentranhadas dos autos, a critério do juiz, porémnão contaminam 
as demais provas delas decorrentes, em virtude da incomunicabilidade da ilicitude.
c) nulas e contaminam todas as demais provas do processo, de acordo com a teoria dos 
frutos da árvore envenenada, não tendo, porém, o condão de anular o processo.
d) anuláveis e podem ser desentranhadas dos autos e contaminar as demais provas delas 
decorrentes, a critério do juiz, permanecendo válidas as provas lícitas e autônomas.
e) nulas e contaminam as demais provas delas decorrentes, de acordo com a teoria dos frutos 
da árvore envenenada, não tendo, porém, o condão de anular o processo, permanecendo 
válidas as demais provas lícitas e autônomas.
028. 028. (FCC/DESENVOLVE/ADVOGADO/2011) A regra que, no processo penal, atribui à acusação, 
que apresenta a imputação em juízo através de denúncia ou de queixa-crime, o ônus da 
prova é decorrência do princípio
a) do contraditório.
b) do devido processo legal.
c) do Promotor natural.
d) da ampla defesa.
e) da presunção de inocência.
029. 029. (CESPE/CEBRASPE/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Julgue os itens que se seguem, 
referentes ao direito processual penal.
Na CF, constam, expressamente, dispositivos sobre a inadmissibilidade de provas ilícitas 
por derivação.
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030. 030. (INÉDITA/2021) Em relação à legalidade da investigação criminal, analise a situação 
hipotética a seguir.
Situação hipotética: durante suposta prática do crime de extorsão e concussão (art. 158, 
caput, e 316, caput, ambos do CP) policiais que efetuaram o flagrante gravaram uma 
conversa informal entre eles e o suposto autor, ocasião em que este confessou a prática 
dos crimes, sendo que tal conversa se realizou antes da realização do interrogatório perante 
autoridade policial, momento no qual o paciente exerceu seu direito de permanecer em 
silêncio. A gravação foi anexada ao inquérito policial, tendo a defesa pleiteado sua exclusão 
perante a justiça.
Assertiva: neste caso é correto afirmar que a prova feriu as regras constitucionais, por ter 
sido produzida de forma ilegal segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça.
031. 031. (INÉDITA/2021) Quanto ao tema prova no Direito Processual Penal, marque a correta:
a) Somente quanto ao estado das pessoas serão observadas as restrições estabelecidas 
na lei civil.
b) São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim 
entendidas as obtidas em violação às regras de direito processual.
c) São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, em qualquer hipótese.
d) As partes devem acompanhar o incidente de inutilização por decisão judicial da prova 
declarada inadmissível.
e) Ainda que o juiz conheça o conteúdo da prova declarada inadmissível, poderá proferir a 
sentença ou acórdão.
032. 032. (INÉDITA/2021) Sobre a teoria geral da prova em processo penal, marque a opção correta:
a) O código de processo penal adota o sistema da persuasão racional.
b) O código de processo penal adota o sistema da íntima convicção.
c) O juiz poderá basear-se nos elementos informativos para proferir condenação.
d) Não é admitido no ordenamento jurídico brasileiro a produção de prova antecipada.
e) O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não fica impedido de 
proferir a sentença ou acórdão.
033. 033. (INÉDITA/2021) Sobre o tema prova no Direito Processual Penal, marque a correta.
a) O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por dois peritos oficiais.
b) Terá prioridade para a realização de exame de corpo de delito idoso vítima de crime que 
envolva violência.
c) A confissão do acusado supre a necessidade do exame de corpo de delito quando a 
infração deixar vestígios.
d) Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 pessoas idôneas, dispensadas de 
prestar o compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo.
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034. 034. (INÉDITA/2021) No tocante à prova no processo penal, é INCORRETO afirmar que
a) O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível poderá proferir a 
sentença ou acórdão.
b) Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será 
inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.
c) A prova obtida de forma ilícita, somente poderá ser utilizado para absolvição do réu.
d) São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado 
o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas 
por uma fonte independente das primeiras.
e) durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à perícia, requerer 
a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para responderem a quesitos, desde 
que o mandado de intimação e os quesitos ou questões a serem esclarecidos sejam 
encaminhados com antecedência mínima de dez dias, podendo apresentar as respostas 
em laudo complementar.
035. 035. (INÉDITA/2021) Segundo o Código de Processo Penal, serão inadmissíveis, por serem 
ilícitas, as provas que
a) violam a moral e os bons costumes.
b) violam normas infraconstitucionais.
c) violam normas constitucionais ou legais.
d) violam os princípios gerais de direito.
e) são descobertas de forma fortuita, conhecida como serendipidade.
036. 036. (INÉDITA/2021) Em relação às provas no processo penal, de acordo com o Código de 
Processo Penal:
a) são inadmissíveis, sendo facultado seu desentranhamento dos autos do processo, as 
provas ilícitas, obtidas em violação a normas legais.
b) o juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório 
judicial, sendo-lhe proibido utilizar os elementos informativos colhidos na investigação 
para fundamentar a sua decisão, mesmo tratando-se de provas cautelares.
c) independentemente de restrições estabelecidas na lei civil, é possível provar o estado 
das pessoas por qualquer meio de prova admissível no processo penal.
d) a prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz determinar 
de ofício, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências 
para dirimir dúvida sobre ponto relevante.
e) será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto quando a infração deixar 
vestígio, salvo se já houver confissão do acusado.
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037. 037. (CESPE/CEBRASPE/MPE SC/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2021) A partir das 
disposições do ordenamento processual penal em vigor, julgue os próximos itens.
Nos termos do Código de Processo Penal, o ônus da prova caberá integralmente à acusação, 
incluindo-se fatos alegados pela defesa, ainda que esta não tenha trazido aos autos qualquer 
elemento de informação que embase essa alegação.
038. 038. (INÉDITA/2021) Sobre as provas no processo penal, é correto dizer que o Superior 
Tribunal de Justiça

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