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Disciplina: Química Orgânica II Introdução aos ácidos carboxílicos e seus derivados Prof. Dr Edeildo Ferreira da Silva Júnior Discentes: Giovanna Karla Ygor Farias Aureliano Cardoso Elyada Viana Rodrigo Silva Camila Fogaça Vitor Lucena Os derivados de ácidos carboxílicos possuem esse nome pois podem ser convertidos à ácidos através da hidrólise ácida ou básica. Estrutura Ácidos carboxílicos são compostos orgânicos que apresentam o grupo funcional carboxila, isto é, um carbono que realiza uma ligação dupla com oxigênio e uma ligação simples com um grupo OH. O carbono carbonilíco nos derivados de ácidos carboxílicos apresenta hibridização sp2. Os três átomos ligados ao carbono carbonílico estão no mesmo plano, e seus ângulos de ligação são de 120° aproximadamente. NOMENCLATURA Ácido + prefixo (conforme nº de carbonos) + infixo (tipo de ligação) + oico Propriedades físicas e químicas dos ácidos carboxílicos: Os ácidos carboxílicos são moléculas com geometria planar trigonal. Eles têm hidrogênio ácido no grupo hidroxila e se comportam como bases no oxigênio carbonílico. O : oxigênio básico H : Hidrogênio ácido Os pontos de fusão e ebulição são altos, pois formam dímeros, devido às ligações de hidrogênio. Pontes de hidrogênio ( ------------ ) Propriedades físicas e químicas dos ácidos carboxílicos: Os ácidos carboxílicos são altamente associados no estado líquido, uma vez que, nesse caso, as ligações de hidrogênio se formam no composto puro. Devido à formação das ligações de hidrogênio também quando misturados à água, as solubilidades dos ácidos de cadeia curta em água são altas. Ácidos com até quatro átomos de carbono são miscíveis com a água em qualquer proporção, enquanto que, para os ácidos de cadeia maior, a solubilidade decresce devido ao fato da cadeia carbônica se tornar a parte mais significativa da molécula. É interessante observar que os ácidos carboxílicos são também relativamente solúveis em solventes imiscíveis em água, como clorofórmio, porque se dissolvem como dímeros. Além disso, a carboxila é um grupo polar, logo a molécula de um ácido carboxílico se torna polar. até quatro carbonos são incolores e líquidos, miscíveis em água; - cinco a nove carbonos são líquidos viscosos, incolores, pouco solúveis em água; - 10 ou mais carbonos são sólidos brancos, insolúveis em água. Ácidos de cadeia aberta com até seis carbonos possuem odor forte e característico de manteiga rançosa, são relativamente voláteis. Ácido carboxílico é a função orgânica com caráter ácido mais acentuado, os compostos dessa função possuem pH entre 3 e 5. Reatividade Relativa dos Compostos Acílicos Cl- ou cloreto Ácido carboxílico Álcool Amina Grupos retirantes mais forte for a base do grupo retirante reatividade do composto íon carboxilato Métodos de Preparação de Ácidos Carbóxilicos Oxidação de Álcoois Hidrólise Nitrilas • A oxidação de aldeídos a ácidos carboxílicos em soluções aquosas é mais fácil do que a oxidação de álcoois primários a aldeídos. • Portanto, é difícil parar a oxidação de um álcool primário no estágio aldeído a menos que reagentes especializados sejam usados. Oxidação de Álcoois Oxidação de Álcoois • O PCC, quando dissolvido em cloreto de metileno (CH2Cl2), oxidará um álcool primário a aldeído e cessa de reagir nessa fase. Ele também oxida um álcool secundário a uma cetona. O PCC não ataca ligações duplas. Oxidação de Álcoois a Aldeídos Oxidação de Álcoois • Alcoois primários podem ser oxidados a ácidos carboxílicos através de permanganato de potássio (KMnO4.J, ou ácido crômico (H2Cr04.J. Oxidação de Álcoois Primários a Ácidos Carboxílicos Oxidação de Álcoois Álcoois secundários podem ser oxidados a cetonas. A reação costuma parar no estágio cetona porque uma oxidação adicional requer a quebra de uma ligação carbono- carbono: Oxidação de Álcoois secundários a Cetonas Esse procedimento raramente afeta as ligações duplas presentes na molécula. Quando o ácido crômico oxida o álcool a cetona, o cromo é reduzido a partir do estado de oxidação +6 (H2CrO4) para o estado de oxidação +3 (Cr3+). Oxidação de Álcoois O mecanismo das oxidações de álcoois por ácido crômico tem sido investigado minuciosamente. Ele é interessante porque mostra como as variações nos estados de oxidação ocorrem em uma reação entre um composto orgânico e um inorgânico. Mecanismo de Oxidação por Cromato: Formação do Éster Cromato Oxidação de Álcoois O resultado global da segunda etapa é a redução do HCrO4- a HCrO3- , dois elétrons (2 e-) mudam o estado de oxidação do cromo de Cr(VI) para Cr(IV). Ao mesmo tempo, o álcool sofre uma oxidação de 2 e- para cetona. Mecanismo de Oxidação por Cromato: Etapa de Oxidação Oxidação de Álcoois O aldeído inicialmente formado a partir do álcool primário (produzido por um mecanismo similar àquele que acabamos de fornecer) reage com a água para formar o hidrato de aldeído. O hidrato de aldeído pode então reagir com o HCrO4- (e H+) para formar um éster cromato e esse pode então ser oxidado a ácido carboxílicoMecanismo de Oxidação por Cromato Hidrólise de Nitrilas As nitrilas, RCN, também são consideradas derivados de ácidos carboxílicos, porque o carbono insaturado da nitrila está no mesmo estado de oxidação do carbono do grupo carbóxila e porque as nitrilas se convertem facilmente em outros derivados de ácidos carboxílicos. As nitrilas são hidrolisadas lentamente a ácidos carboxílicos quando aquecidas com água e um ácido Ésteres A Síntese de Ésteres: Esterificação1. Hidrólise de Éster Promovida por Base: Saponificação 2. A Síntese de Ésteres: Esterificação A esterificação é a formação de um éster pela reação de um ácido carboxílico, de um cloreto de ácido carboxílico ou de um anidrido de ácido carboxílico com um álcool ou um fenol. Catalisadores: Ácido sulfúrico ou clorídrico conc. A posição de equilíbrio controla a quantidade de éster formada. A reação inversa é chamada de hidrólise de um éster catalisada por ácido. A Síntese de Ésteres: Esterificação Para uma reação aparentemente simples (substituição de um OH por um OR), na verdade existem várias etapas. Etapa 1: a protonação do oxigênio da carbonila torna o carbono um eletrófilo mais forte. Etapa 2: ocorre a adição nucleofílica do álcool e o rompimento da ligação pi. Etapa 3: o próton do álcool é transferido para um dos grupos OH Etapa 4: eliminação da água (melhor grupo de saída que hidroxila) e a formação de um éster protonado. Etapa 5: o éster é então desprotonado. A Síntese de Ésteres: Esterificação Formação do etanoato de etila a partir do ácido acético e do etanol com ácido p-toluenossulfônico como catalisador Hidrólise de Éster Promovida por Base: Saponificação Hidrólise de Éster Promovida por Base: Saponificação A saponificação de ésteres com base é uma reação irreversível devido à baixa reatividade do íon carboxilato. Nesse processo, a base age como um nucleófilo, adicionando-se ao carbono acílico do éster. Isso é seguido pela eliminação do grupo alcoxila, resultando na formação do íon carboxilato e do álcool correspondente. Hidrólise de Éster Promovida por Base: Saponificação Éster Carboxilato de sódio Álcool Reação de um éster com hidróxido de sódio resulta na formação de um carboxilato de sódio e um álcool. O mecanismo é reversível até que o produto álcool seja formado. Hidrólise de Éster Promovida por Base: Saponificação Esse mecanismo foi confirmado experimentalmente por meio de marcação isotópica. Nesse método, substitui-se o oxigênio que atua como heteroátomo no éster pelo isótopo ¹⁸O. Ao término do procedimento, observou-se que o isótopo estava ligado ao carbono acílico (do grupo carbonila) Hidrólise de Éster Promovida por Base: Saponificação Etapa 1: Etapa 2: Hidrólise de Éster Promovida por Base: Saponificação Etapa de Adição Nucleofílica (Etapa 1): Inicialmente, a base forte (como hidróxido de sódio ou potássio) atua como um nucleófilo. O íon hidroxila (OH⁻) ataca o carbonocarbonílico do éster, formando um intermediário tetraédrico. Durante essa etapa, ocorre uma transferência de elétrons, resultando na quebra da ligação entre o carbono carbonílico e o oxigênio do éster. Hidrólise de Éster Promovida por Base: Saponificação Etapa de Eliminação(Etapa 2): Posteriormente, um dos grupos alquila ligados ao carbono do grupo carbonila é eliminado. Isso resulta na formação de um íon carboxilato e na liberação de uma molécula de álcool. O íon carboxilato formado é solúvel em água e é o componente principal do sabão. ÁLCOOIS POR REDUÇÃO DEÁLCOOIS POR REDUÇÃO DE COMPOSTOS CARBOXÍLICOSCOMPOSTOS CARBOXÍLICOS Os álcoois primários e secundários podem ser sintetizados pela redução de uma variedade de compostos que contêm o grupo carbonila. Vários exemplos gerais são mostrados aqui: AÇÃO DO HIDRETO DE ALUMÍNIO E LÍTIOAÇÃO DO HIDRETO DE ALUMÍNIO E LÍTIO EXEMPLOS:EXEMPLOS: ÁCIDO CARBOXÍLICO, ÉSTER, ALDEÍDO E CETONAÁCIDO CARBOXÍLICO, ÉSTER, ALDEÍDO E CETONA Ácidos carboxílicos e ésteres são mais difíceisÁcidos carboxílicos e ésteres são mais difíceis de reduzir do que os aldeídos e cetonas.de reduzir do que os aldeídos e cetonas. Estabilidade dos grupos funcionais: Ácidos carboxílicos (carboxila: -COOH) e ésteres (éster: -COOR); Áldeídos (aldeído: -CHO) e cetonas (cetona: -C=O) Carbono-oxigênio; Hidratação dos ácidos carboxílicos: Forma íons carboxilato e íons hidrogênio; Pontes de hidrogênio; Hidreto de Alumínio e LítioHidreto de Alumínio e Lítio O hidreto de alumínio e lítio (LiAlH4 , abreviado como HAL); Ótimo agente redutor; Indústria de polímeros e na fabricação de produtos farmacêuticos; Hidreto de Alumínio e LítioHidreto de Alumínio e Lítio e Boroidreto de Sódioe Boroidreto de Sódio Reatividade do LiAlH4 e NaBH4 ÁCIDO CARBOXÍLICO E HIDRETO DE ALUMÍNIO E LÍTIOÁCIDO CARBOXÍLICO E HIDRETO DE ALUMÍNIO E LÍTIO ÁCIDO CARBOXÍLICO E HIDRETO DE ALUMÍNIO E LÍTIOÁCIDO CARBOXÍLICO E HIDRETO DE ALUMÍNIO E LÍTIO Reduções com hidreto de alumínio e lítioReduções com hidreto de alumínio e lítio podem ser muito perigosas!podem ser muito perigosas! Reatividade: Reações exotérmicas: Potencial de formação de gases inflamáveis ou tóxicos Controle da reação Manuseio seguro: CURIOSIDADE Derivados dos Ácidos Carboxílicos Cloretos de Acila:1. Síntese Reações Anidridos de ácidos Carboxílicos2. Síntese Reações Derivados dos Ácidos Carboxílicos As reações de ácidos carboxílicos e seus derivados são caracterizadas por uma adição nucleofílica–eliminação em seus átomos de carbono acílico (carbonílico). O resultado é uma substituição no carbono acílico. A chave para esse mecanismo é a formação de um intermediário tetraédrico que retorna a um grupo carbonila após a eliminação de um grupo de saída. Sintese de derivados de Ácidos Em muitos casos um derivado de ácido pode ser sintetizado pela adição nucleofílica- eliminação de um outro. A ordem de reatividade relativa dos derivados do ácido indica o caminho em que essa reação ocorrera os compostos de acila menos reativos podem ser sintetizados a partir dos mais reativos, mas o inverso é geralmente difícil e, quando é possível, requer reagentes especiais. A síntese de derivados de ácido por meio de substituição de acila exige que o reagente tenha um grupo de saída no carbono acílico melhor do que o produto. Derivados dos Ácidos Carboxílicos Por se tratar do derivado de ácido mais reativo é preciso o uso de reagentes especiais para prepara-lo. Os reagentes que produzem cloretos de acila com bom rendimento serão outros cloretos de ácidos, cloretos derivados de outros ácidos inorgânicos, PCl5(cloreto de ácido do ácido fosfórico), PCl3(cloreto de ácido do ácido fosforoso) e SOCl2 ( cloreto de ácido do ácido sulfuroso). Derivados dos Ácidos Carboxílicos Uma vez que os cloretos de acila são os mais reativos dos derivados de acila, eles são facilmente convertidos em derivados menos reativos. Frequentemente, a melhor rota sintética para um anidrido, um éster ou uma amida é a síntese do cloreto de acila a partir do ácido carboxílico, e, então, a conversão desse cloreto de acila no derivado de acila desejado. Os cloretos de acila também reagem com água e (até mais rapidamente) com solução aquosa de uma base, regenerando o ácido carboxílico ou o seu sal. Derivados dos Ácidos Carboxílicos Os ácidos carboxílicos reagem com cloretos de acila na presença de piridina produzindo anidridos de ácidos carboxílicos. A piridina desprotona o ácido carboxílico, realçando sua nucleofilicidade. Os sais de sódio dos ácidos carboxílicos também reagem com cloretos de acila formando anidridos: Os anidridos cíclicos podem algumas vezes ser preparados simplesmente aquecendo se o ácido dicarboxílico apropriado. Entretanto, este método só funciona quando a formação do anidrido leva a um anel de cinco ou seis membros: Derivados dos Ácidos Carboxílicos Apesar de não serem tão reativos quanto o cloreto de acila os anidridos de ácido ainda vão poder realizar a síntese de outros derivados de ácidos carboxílicos com reatividade abaixo da dele. As reações dos anidridos são análogas as reações com o cloreto de acila a única diferença vai ser no grupo de saída, enquanto o cloreto de acila esse vai ser o íon cloreto e o subproduto o HCL. com um anidrido o grupo de saída vai ser o íon carboxalato e não a necessidade de usar piridina uma vez que o HCl não será formado. Ácidos carboxílicos foram utilizados para obter uma variedade de amidas Reação de amidação via ácidos carboxílicos e aminas Uso de ácido carboxílico em uma reação multicomponente Ácido carboxílico como catalisador Ácido carboxílico em líquido iônico na reação multicomponente Derivados de piperidina Principais rotas para a síntese do ciclo da piperidina https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9917539/ 1. https://www.intechopen.com/chapters/599662. "Química Orgânica" - Paula Bruice, Volume 2. 3. "Reações de Substituição Nucleofílica Acílica" - Patyqmc, UFSC. Disponível em: "https://patyqmc.paginas.ufsc.br/files/2019/07/Reações-de-Substituição-Nucleofílica-Acílica-1.pdf" 4. SOLOMONS, T. W. Graham; SNYDER, Scott A.; FRYHLE, Craig B.. Química orgânica: volume 1 e2.5. "Reações de Ácidos Carboxílicos e Derivados" - Nunes, UFC. Disponível em: "https://pt.slideshare.net/nunes_ufc/reaes-de-cidos-carboxlicos-e-derivados" 6. https://pt.slideshare.net/nunes_ufc/reaes-de-cidos-carboxlicos-e-derivados
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