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Descrição Os conceitos de desenvolvimento e de ambiente, a relação entre o desenvolvimento infantil e os ambientes educacionais e as possibilidades de organização de ambientes instigadores e relacionais. Propósito Compreender a constituição de ambientes nos quais as crianças vivenciem a expansão criativa, a invenção e a solução de problemas, a interação com outros sujeitos e a diversificação de possibilidades motoras, sensoriais, expressivas e emocionais, tendo como foco seu desenvolvimento integral. Objetivos Módulo 1 Ambiente na educação infantil Identificar a importância do ambiente das instituições de educação infantil para o desenvolvimento das crianças. Módulo 2 Ambientes que promovem o desenvolvimento infantil Definir ambientes nos quais as crianças desenvolvam a expansão criativa, a invenção e a solução de problemas. Módulo 3 Organização de ambientes educacionais Identificar a organização de ambientes que possibilitem a interação entre crianças e adultos. Introdução No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) consolida a ideia de que o período da educação infantil compreende crianças de 0 a 6 anos. Esse é cientificamente considerado o momento crucial para os desenvolvimentos motor, sensorial e linguístico, bem como para a aquisição de capacidades socioemocionais que permitirão o aprimoramento de habilidades futuras cada vez mais complexas. É importante perceber que, em termos de educação, o Brasil dialoga com duas realidades: demandas políticas, a lei trata de orçamento, responsabilidade social, problemas históricos, que fomentam as tomadas de decisão; e desenvolvimentos educacionais mundiais, são estudos e pesquisas que dialogam e propõem formas de organizar a educação. O tema da educação infantil é um bom exemplo: em que idade saímos da educação infantil e iniciamos o primeiro segmento da escola básica? Não poderíamos pensar em maturidades diferentes, para tradições e culturas diferentes? Não é possível criar uma classificação única e inquestionável, mas as decisões políticas se fundamentam nas teorias da educação. Sendo assim, vamos ver como a concepção de desenvolvimento infantil nos ajuda a perceber que direcionamentos as políticas públicas podem tomar. 1 Ambiente na educação infantil Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a importância do ambiente das instituições de educação infantil para o desenvolvimento das crianças. Fases do desenvolvimento humano Contexto É importante sinalizar que a educação trabalha o desenvolvimento humano com base em teorias diferentes sobre as fases etárias (Freud, Piaget, Vygotsky, entre outros), mas tende-se a adotar a regra do Conselho Internacional de Psicologia sobre as fases do desenvolvimento: Como vimos, a infância é um período muito importante para a formação de uma pessoa. Sa iba mais Para aprender como tornar mais fáci l entender a lguns comportamentos infantis , reforçar a s a t itudes pos it iva s e dar l imites quando necessá r io, busque aprofundar seu conhec imento nas fa ses do desenvolvimento da cr iança , es t udando prát ica s indicadas para cada idade e necess idade. Nesse contexto, as relações que a criança estabelece com o meio são cruciais para o seu desenvolvimento! Você sabe o que é o desenvolvimento infantil? Como é um ambiente adequado para esse processo? Acalme-se! Não temos respostas agora! Vamos provocar a sua visão ao longo deste material para que essas respostas possam ser construídas. O que queremos neste momento é a sua prévia visão, o senso comum, para que, ao fim, você possa comparar e entender como é importante compreender todo esse processo. Definição de desenvolvimento O desenvolvimento humano ocorre por meio de aprendizagem, isto é, da aquisição e da apropriação de conhecimentos de diferentes domínios, como mostrado a seguir. Motor Aquisição de movimentos amplos e finos. Sensorial Constituição de capacidades sensoriais (visão, audição, olfato, paladar e tato). Socioemocional Atitudes e habilidades necessárias ao meio sociocultural. Linguístico Capacidade de compreender e de se comunicar em linguagem verbal e não verbal (gestos, vocalizações, palavras). Os marcos etários do desenvolvimento infantil são aspectos amplamente debatidos. Em nossa sociedade, dispomos de profissionais qualificados, como pedagogos, médicos, psicólogos e terapeutas, que pretendem orientar sobre o desenvolvimento das crianças. Além disso, muito se fala sobre o tema em mídias e veículos de comunicação (livros, revistas, sites e páginas em redes sociais). Recomendação Busque mais informações sobre a s seis teor ia s p r incipa is da ps icologia de desenvolv imento humano. Em sua busca , pesquise por : gesta lt ; ps icaná l i se; behavior ismos ; cognit i va ; Vygotsky; e Piaget . A concepção cronológica do desenvolvimento humano, que tem na psicologia uma importante base conceitual, marcou profundamente a compreensão do que é ser criança nas sociedades modernas, atuando como elemento definidor de padrões de normalidade, além de legitimar todo tipo de tratamento dirigido às crianças. A psicologia do desenvolvimento habituou-nos a pensar a criança na perspectiva de um organismo em formação, que se desenvolve por etapas, segundo uma dada cronologia, e que, além disso, fragmenta a criança em áreas ou setores de desenvolvimento (cognitivo, afetivo, social, motor e linguístico) de acordo com a ênfase dada a essas áreas por cada teoria específica (JOBIM; SILVA, 2007, p. 45) O caminho que as crianças percorrem em seu desenvolvimento é influenciado por múltiplos fatores como, por exemplo, fatores individuais, ambientais, culturais, econômicos, entre outros. O fator individual, pode ser divido em: Subjetivo Valores sociais, sentimentos, relação com os pais. Ex.: Medo da religião dos outros. Genético Caracterização física e aptidões. Ex.: Alunos que cantam, alunos que têm dificuldade de se expressar. Comportamental Heranças de práticas cotidianas. Ex.: Uma criança que fala alto ou que tem sotaque e cultura diferentes. Até agora você pôde situar a sua visão. Já sabe que trataremos sobre a criança e o seu desenvolvimento. Entendemos a importância do tema, mas falta discutir: como? Uma criança precisa ser entendida como um ser complexo, com voz e capacidades múltiplas para desenvolver. O Estado e a psicologia da educação têm estudado como possibilitar esse desenvolvimento. Essa questão, o como, levou estudiosos diversos a construir leituras e formas de oportunizar às crianças possibilidades para seu desenvolvimento, e uma das fronteiras mais importantes foi entender que o espaço para seu desenvolvimento é singular. Educação infantil e o ambiente Conceito de ambiente Existem muitas teorias possíveis sobre a relação entre a primeira infância e a aprendizagem. Adotaremos aqui a perspectiva de que a aprendizagem e o desenvolvimento são influenciados pelo meio onde a criança vive e com o qual interage, a partir da relação estabelecida entre o processo individual (cognitivo e fisiológico) e a sua inserção no contexto sociocultural. O ambiente é o espaço no qual a criança consegue estabelecer relações com o mundo, com objetos, seres e pessoas. Todos os ambientes construídos para crianças devem atender a cinco funções relativas ao desenvolvimento infantil (CARVALHO; RUBIANO, 1995). Veja quais são elas: IDENTIDADE PESSOAL No contexto de convivência coletiva, os professores devem atentar para o fato de que cada criança é única e precisa deixar sua marca, sua identidade em sala. Para isso, ela pode contribuir personalizando e decorando seus objetos pessoais. DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIASAs instalações físicas devem ser planejadas de modo a possibilitar o domínio e o controle de competências físicas, cognitivas, linguísticas e sociais. O espaço precisa ser favorável para a criança realizar suas ações, sentindo-se competente, sem a intervenção constante de um adulto, a fim de construir confiança em si mesma. OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO Deve ser um espaço que possibilita a realização de movimentos corporais pela criança, com objetivo de autoconhecimento e controle motor, além de promover, favorecer e estimular o uso dos cinco sentidos. Toda criança merece receber no ambiente escolar as condições para sua autonomia e pleno desenvolvimento, incluindo as com necessidades específicas. SENSAÇÃO DE SEGURANÇA E CONFORTO As crianças precisam se sentir acolhidas por ambientes devidamente organizados de forma criativa, com atenção às questões de segurança nos momentos de brincadeiras, refeições, higiene e descanso. OPORTUNIDADE DE INTERAÇÃO SOCIAL E ISOLAMENTO Os ambientes planejados para crianças pequenas devem proporcionar o contato social, como espaços de conversa e brincadeiras em pequenos e grandes grupos, e atender à necessidade de privacidade e isolamento, quando necessário. Focaremos agora a educação infantil no contexto brasileiro. Educação infantil no brasil A discussão acerca do desenvolvimento deve, então, levar em conta o ambiente das instituições de educação infantil, considerando: • O direito das crianças pequenas à educação. • A exigência legal de matrícula escolar das crianças a partir de 4 anos. O Brasil demorou a implementar processos mais técnicos relativos à educação infantil. Em razão da nossa história, marcada pelo entendimento de que a educação infantil é uma responsabilidade histórica da família, os redutos de educação infantil têm uma relação assistencial, buscando solucionar algum quadro social crítico — abandono, mães que precisam trabalhar ou outros problemas que afetam diretamente as crianças. Sa iba mais A Lei nº 12.796, de 4 de abr i l de 2013, a lterou as Diretr izes e Bases da Educação Naciona l (Lei nº 9 .394/1996), t ornando a educação bás ica obr igatór ia e gratuita dos 4 aos 17 anos de i dade (art . 4º). Somente quando a Constituição de 1988 consolida a educação infantil como elemento fundamental e a define como responsabilidade governamental, municípios iniciam processos de debates sobre regras e dinâmicas de mobiliário. Mesmo com a LDB 1996, que determina a obrigatoriedade e as funções da educação infantil, a questão dos ambientes ficava fortemente delegada aos governos regionais, com o Ministério da Educação (MEC) legislando apenas sobre aspectos de conteúdo. Crianças em uma creche pública no bairro Dendezeiros de Salvador (BA). Apenas em 2006, com a publicação dos Parâmetros Nacionais de Qualidade para Educação Infantil, o país passou a determinar padrões para o desenvolvimento dos espaços da educação infantil. Estudos desenvolvidos pelo Comitê Científico do Núcleo Ciência Pela Infância, em 2014, sugerem que as crianças que frequentam instituições de educação infantil de qualidade experimentam efeitos positivos em seu desenvolvimento. A Resolução CNE/CP nº 4, de 17 de dezembro de 2018, muda mais uma vez os caminhos da educação infantil brasileira. A BNCC traz a educação infantil de forma inquestionável para a educação básica e fundamenta que conviver, brincar, participar, explorar, expressar e se conhecer são os direitos de aprendizagem e desenvolvimento na educação infantil. Legislação brasileira e o ambiente educacional Para nos ajudar a entender melhor a importância e a evolução da legislação brasileira na organização do ambiente educacional, assista ao vídeo a seguir com a professora Carla Marçal Y Gutierrez. A importância do ambiente na educação A configuração espacial influencia na efetivação de propostas educacionais, mas não se trata de apenas dispor de ambientes de cuidado e proteção. É importante oferecer às crianças espaços que promovam seu desenvolvimento integral, articulando múltiplas dimensões de sua existência: • emocional, • sensorial, • motora e • socioafetiva. Valorizamos o espaço devido ao seu poder de organizar, de promover relacionamentos agradáveis entre pessoas de diferentes idades, de criar um ambiente atraente, de oferecer mudanças, de promover escolhas e atividade, e a seu potencial para iniciar toda a espécie de aprendizagem social, afetiva, cognitiva. Tudo isso contribuiu para uma sensação de bem-estar e segurança nas crianças. Também pensamos que o espaço deve ser uma espécie de aquário que espelhe as ideias, os valores, as atitudes e a cultura das pessoas que vivem nele. (MALAGUZZI, 1984 apud GANDINI, 2016, p. 148) O ambiente pode ser considerado, assim, como um segundo educador, juntamente com o professor. Para isso, o ambiente precisa ser flexível e deve passar por uma modificação frequente pelas crianças e pelos professores, para permanecer atualizado e sensível às necessidades de eles serem protagonistas de seu conhecimento. Você consegue pensar nesses ambientes? Diferentemente do que você pode ter pensado, esses ambientes não são exclusivamente de espaços de elite, criados de uma maneira singular. Estão previstos em documentos formais do MEC. Você já ouviu falar nos Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil? Esse documento fundamenta vários espaços e seus cuidados, como, por exemplo, o lactário. Exemplo de lactário. Para finalizar, agora que já vimos os conceitos de ambiente e educação infantil, é a sua vez: Pense... ...nos espaços de educação infantil que você conhece. Compare... ...o que você pensou com os parâmetros aqui expostos. Troque... ...sobre o que viu com colegas em suas redes sociais e tente perceber como anda nossa educação infantil na prática. Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. Módulo 1 Desenvolvimento infantil Jean Piaget Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Neste módulo, foi abordada a importância do ambiente no desenvolvimento infantil, que é o processo complexo de crescimento, maturação e aprendizagem de funções e conhecimentos de diferentes domínios: motor, sensorial, socioemocional e linguístico. Analise os exemplos de componentes do ambiente escolar que correspondem aos domínios motor, sensorial, socioemocional e linguístico. I. Domínio sensorial – disponibilização de objetos detentores de atributos diversos (sons, cores, pesos e texturas). II. Domínio socioemocional – disponibilização de mobiliário composto apenas por carteiras individuais, para que as crianças se sentem sempre sozinhas. III. Domínio motor – disponibilização de superfícies acolchoadas e barras de apoio para que bebês possam se movimentar. IV. Domínio linguístico – disponibilização de álbuns, pinturas, livros e fotografias variadas. Está correto o que se exemplifica em Parabéns! A alternativa a está correta. O exemplo que que não corresponde ao domínio de desenvolvimento correto é o II pois a organização do ambiente apenas em espaços individualizados não favorece ao desenvolvimento do domínio socioemocional, que corresponde ao processo de aprendizagem de atitudes e de habilidades no meio sociocultural. Questão 2 Você estudou que o desenvolvimento humano é influenciado por múltiplos fatores, tanto individuais quanto ambientais. Analise as afirmações, considerando V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. (V) O ambiente em que a criança vive afeta o seu desenvolvimento. (V) O ambiente pode oferecer oportunidades de desenvolvimento de forma integrada e contínua às crianças. (F) A faixa etária é o único aspectorelevante para a organização do ambiente. (V) O ambiente pode atuar como uma instância educativa. Parabéns! A alternativa c está correta. Ainda que os marcos etários de desenvolvimento humano sejam relevantes para a organização dos ambientes no qual as crianças estão inseridas, devemos considerar o contexto sociocultural no qual a criança estabelece relações com o mundo que a cerca. 2 - Ambientes que promovem o desenvolvimento infantil Ao final deste módulo, você será capaz de definir ambientes nos quais as crianças desenvolvam a expansão criativa, a invenção e a solução de problemas. Laboratório: A casa dos passarinhos Antes de começar o assunto, vamos ver um vídeo sobre essa dinâmica. A casa dos passarinhos Para nos ajudar a entender melhor a importância dos ambientes, assista ao vídeo a seguir e observe uma possível dinâmica entre professores, alunos e ambiente. Como dar asas à imaginação das crianças e tornar real essa proposta? O fato de estar atento ao movimento das crianças, observar o ambiente da escola e escutar suas ideias já mostra uma importante competência profissional. Como adulto e educador, você deve mediar os processos de construção individual e coletiva da casa dos passarinhos. Para isso, vale: 1. Conversar com as crianças e estabelecer etapas para a empreitada. 2. Levantar possibilidades de casas de passarinhos que elas já tenham visto e investigar juntos outras possibilidades de casa existentes na natureza, na literatura e no contexto social. 3. Compartilhar com os pais a ideia da turma e contar com a participação das famílias, pois pode ser interessante convidar um familiar que crie passarinhos (Pratica reprovável nos dias de hoje por impedir a liberdade natural da aves em geral) ou que seja marceneiro para participar do projeto. 4. Pensar em materiais que podem ser usados nessa construção, garantindo o manuseio seguro pelas crianças. Ao se colocar no lugar desse professor ou professora, esperamos que você tenha se sentido desafiado a pensar na criança como um sujeito explorador, um pequeno cientista que observa o mundo em busca de soluções para os problemas que percebe. Vamos discutir sobre possibilidades de organização de um ambiente instigador do desenvolvimento infantil? Possibilidades de organização de um ambiente instigador Um ambiente instigador na educação infantil deve convidar à ação, à imaginação e à narratividade, por meio da exploração de diferentes materiais, texturas, cores e aromas (HORN, 2004). Sa iba mais Na legis la ção educaciona l bras i leira , os ambientes são va lor izados por seu potencia l p rovocador e desa f iador no desenvo lvimento infanti l . A Base Nac iona l Com um Curr icula r , por exemplo, a f i rma que as p rát ica s pedagógicas desenvolvi das na educação infanti l devem ocorrer em “ambi entes que a s convidem [as cr ianças] a vivenc ia r desa f ios e sentirem- se provocadas a resolvê-los , nas qua is possam construir s ignif icados sobr e s i , os outros e o mundo socia l e natura l” (BRASIL, 2017, p . 33). Segundo a LDB 1996, professores e comunidades devem ser ativos no âmbito escolar propondo direcionamentos e demandas para o funcionamento da própria escola. Sendo assim, docentes têm responsabilidades sobre a estruturação da escola. Tratamos de "estrutura" e "preparação" para atender uma estratégia pedagógica prevista no planejamento docente. Educar precisa de planejamento e direcionamento para habilidades e competências as quais se quer adquirir. Cabe ao professor e à professora de educação infantil estruturar e preparar os ambientes para o desenvolvimento da independência e da autonomia das crianças em consonância com suas necessidades específicas. No entanto, esses profissionais devem lidar com alguns desafios relacionados à organização de ambientes instigadores como o mobiliário disponível, a conservação dos objetos, a organização coletiva e o uso consciente dos materiais, evitando desperdício. (GUIMARÃES, 2009, p. 98) Em relação ao mobiliário adequado às crianças, deve-se considerar seus atributos físicos e suas qualidades imaginativas. Sala vazia em uma disposição do espaço tradicional. Sala sendo utilizada e adaptada à necessidade dos alunos. Maria Montessori, educadora italiana que contribuiu para as definições de mobiliário das instituições escolares da primeira infância, afirmou: A necessidade do mobiliário ser adequado ao tamanho das crianças, leves para que elas pudessem arrastá-los e mudá-los de lugar, assim como de cores atraentes: as mesas, as cadeiras, as pequenas poltronas, leves e transportáveis, permitiram à criança escolher uma posição que lhe agrada; ela poderá, por conseguinte, instalar-se comodamente, sentar-se em seu lugar, isto lhe constituirá, simultaneamente, um sinal de liberdade e meio de educação (MONTESSORI, 1965, p. 44) O desenvolvimento infantil ocorre no espaço vivido e é marcado pelas relações ali estabelecidas. Assim, um ambiente instigador deve ser um espaço adequado e motivador da exploração e da criatividade pelas crianças. Vamos entender um pouco mais do espaço a partir de um exemplo? Ambiente genérico para o ensino infantil. Vamos ver detalhadamente cada um dos itens do espaço: O ambiente da sala, com suas mesas e cadeiras, pode ser cotidianamente recomposto, abrindo espaço para a plasticidade e para a expansão criativa. Mesas podem servir de suporte para a leitura, para a expressão artística e para a brincadeira, transformando-se em uma cabana ou em uma casa. Cadeiras servem de mobília de diferentes tipos de cenário construídos pelas e com as crianças: sofás de casa, bancos de praça, assentos de consultórios médicos e, até mesmo, poltronas de trens, ônibus ou aviões. O espaço pode instigar o desenvolvimento do domínio linguístico por meio da iluminação e do uso de recursos luminosos, como lanternas e luminárias, em que a luz artificial possibilite a dramatização em jogos de sombras. As possibilidades de criação e exploração do ambiente também devem dar conta do desenvolvimento do domínio motor. Para isso, a sala, o pátio, o parque e os materiais disponíveis devem possibilitar que as crianças realizem atividades de andar, subir, descer, pular e de controlar o corpo. O domínio sensorial é representado por um ambiente que estimula os sentidos ao brincar ao ar livre, tendo contato com elementos naturais (terra, água, vento, plantas, animais) e pela experimentação de diferentes texturas, cores, formas e sons. Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. Módulo 2 - Lev Vygotsky Ambiente de Aprendizagem e sua estrutura. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Neste módulo, definimos a constituição de um ambiente instigador do desenvolvimento infantil. Analise as afirmações abaixo quanto a exemplos esse ambiente. I. Um ambiente em que as crianças usam os materiais indiscriminadamente. II. Um ambiente em que o mobiliário pode ser recomposto quando necessário não favorece o aspecto instigador. III. Um ambiente que possibilita às crianças experimentarem diferentes texturas, cores, formas e sons. IV. Um ambiente em que as crianças se movimentem com autonomia. Está correto o que se afirma em Parabéns! A alternativa d está correta. As alternativas I e II que não correspondem a um exemplo de ambiente instigador, já que o uso consciente de materiais, evitando desperdício, é um relevante desafio para os profissionais de Educação Infantil. Deve-se atentar, assim, para o uso racional dos recursos como um aspecto educativo e necessário nas sociedadescontemporâneas. Oferecer um ambiente no qual o mobiliário pode ser recomposto é instigador tendo em vista que possibilita a plasticidade e para a expansão criativa. Questão 2 Considerando os elementos de um ambiente instigador ao desenvolvimento dos domínios motor e sensorial, analise as relações contidas nos itens a seguir: I. Motor – escada de madeira móvel; sensorial – aquário. II. Motor – escrita; sensorial – contação de história. III. Motor – colchão; sensorial – vasos de flores. IV. Motor – bambolês; sensorial – chocalhos. Está correto o que se afirma em Parabéns! A alternativa d está correta. Um ambiente instigador deve proporcionar a livre experimentação, a criação e a imaginação das crianças. Por isso, embora a escrita tenha uma base motora — desenhos livres e primeiras letras —, a contação de história não é sensorial para uma criança que ainda não abstrai, fazendo com que o item II esteja incorreto. Os demais elementos listados atendem à proposta de um ambiente instigador, uma vez que possibilitam o desenvolvimento corporal das crianças, estimulam os sentidos e favorecem o contato com elementos naturais. 3 - Organização de ambientes educacionais Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a organização de ambientes que possibilitem a interação entre crianças e adultos. 4 A organização de ambientes para educação infantil Vimos no módulo anterior as possibilidades de organização de um ambiente instigador e a importância de estimular as crianças a atuarem como agentes exploradores para o desenvolvimento. Avançando nesse objetivo, vamos categorizar a organização de ambientes que possibilitem a interação entre crianças e adultos, e construir, para e com as crianças, espaços propensos à interação entre seus participantes. Existe um jeito certo e único para preparar o ambiente? Estamos propondo algo inatingível, intangível, possível somente a partir de grandes investimentos? A construção do espaço é dinâmica e viva. O que propomos aqui são linhas que permitem estabelecer vivências, possibilidades, mas que principalmente indicam que o foco do desenvolvimento é no aluno e como podemos proporcionar dinâmicas ao seu desenvolvimento. Ambiente de educação infantil. O ambiente da educação infantil deve — entre outras possibilidades — potencializar o relacionamento, a troca de saberes e a interação entre as crianças e os adultos que dele participam. Na condição de sujeito, a criança é autora, tem vivências, tem experiências, e o ambiente da educação infantil deve lhe proporcionar segurança e disponibilidade para trocas. Com isso, nas linhas mais contemporâneas de educação infantil, • o ambiente é agente ao proporcionar possibilidades de experiência e, • por isso, o professor precisa interagir, construir, remontar. A relação das crianças com os ambientes Mas se o ambiente não tem o que é necessário? Os especialistas afirmam que o século XX foi o século das crianças, quando elas passaram a ter significação social e a infância passou a ser objeto específico de estudos. Podemos complementar que o século XXI é o período da integração dessas crianças ao mundo do capital de forma plena. Elas passaram a ter espaços próprios, nos centros de compra, nos restaurantes, nas academias. Aqueles ensinamentos e estudos sobre o ambiente infantil e sua adequação passaram a constar e ser vistos para muito além da escola. Aparecem de forma sistemática onde as crianças podem consumir — quem nunca viu o espaço infantil e bem organizado de uma livraria, demonstrando que teve um direcionamento pedagógico. Comentado [A1]: Ambiente da educação infantil Como tratamos anteriormente sobre desenvolvimento da criança, é importante lembrar que muitos autores falam sobre o assunto. Para refletir vale a citação: “É a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes” (VYGOTSKY, 2007, p. 97). Claro que temos as visões estereotipadas sobre o uso de ambientes de características infantis, atribuindo uma noção de que um espaço infantil é aquele cheio de distrações para crianças, para que os pais tenham onde deixá-las enquanto consomem, mas cada vez mais podemos observar a evolução desses espaços para contribuir com o desenvolvimento infantil. Sa iba mais Para nos a judar a ref let ir sobre o equi l í br io necessá r io para at uar como profes sor na educa ção infanti l , busque conhecer o tra ba lho do profes sor e f i lósof o Mar io Sergio Corte l la sobre a relação entre a fet ivi dade, vínculo e aprendizagem. Quando está brincando, a criança tem atitudes diferentes de seu comportamento diário, habitual de sua idade, ao brincar é como se ela fosse mais complexa do que é na realidade. Um ambiente organizado para fortalecer o contato entre pares e aberto para a brincadeira potencializa o pleno desenvolvimento infantil. Uma criança que tem seu ambiente naturalizado pode pensar que o normal do mundo seja a violência, as dificuldades expressas em seu lar, a força física como a única possibilidade de se expressar. Uma criança que é levada a um ambiente seguro, em que essas trocas são ampliadas por comparação e por instrução pode pensar, estudar, tentar entender seu comportamento e isso auxiliar no seu desenvolvimento. Para compreender os ambientes, vamos retomar um documento já apresentado neste módulo: Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de Educação Infantil. No documento, encontramos um guia que apresenta algumas características importantes sobre a organização de ambientes, indicando as necessidades específicas para algumas faixas etárias: 1. Crianças de 0 a 1 ano Os ambientes são: sala para repouso, sala para atividades, fraldário, lactário e solário. 2. Crianças de 1 a 6 anos Os ambientes são: sala para atividades. 3. Uso geral Os ambientes são: sala multiuso, área administrativa, banheiros, pátio coberto, áreas necessárias ao serviço etc. As interações e as brincadeiras são os eixos norteadores das propostas curriculares de educação infantil, conforme regulamenta o art. 9º das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 2009) e a Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017). Em uma brinquedoteca, normalmente, são organizadas estações, e em cada uma dessas estações o ideal é que o aluno reconheça os espaços que são cotidianos, mas que dão a ampla possibilidade de interagir. Quer dizer, quando colocamos uma cozinha em miniatura e a criança se sente capaz de preparar, servir, trocar, ela traz o lúdico para si, sente-se integrada e reproduzindo o que seus pais fazem para cuidar dela. A ideia é que todos possam participar e estimular as crianças com dinâmicas e brincadeiras! Sa iba mais O documento Br inquedos e br incadeira s de crech es : manual de or i entação pedagógica , p roduzi do pelo Minis tér io de Educação, rea f irma que o mundo soc ia l “é r ico de exper i ência s que a s cr ianças aproveitam para amplia r seu repertór io de br incadeira s , por meio de interações com outras pes soas e para expres sa r novas formas lúd icas” (BR ASIL, 2012, p . 46). Cabe aos profissionais da educação infantil planejar ambientes para as crianças e com as crianças, atentando para o meio cultural em que elas estão inseridas, com a promoção de interações em grupos para que possam brincar, criar, imaginar, construir e trocar saberes. São alguns exemplos: Constituir espaços que promovam trocas e encontros das crianças em gruposmenores. Disponibilizar objetos que favoreçam a formação de subgrupos e possibilitem a criação de cenas e dramatizações. Oferecer diferentes materiais que possam ser transportados e favoreçam a construção de lugares, como panos, almofadas, Vamos ver a seguir um vídeo que explorará mais sobre a construção de espaços que proporcionam a troca de experiências e a brincadeira das crianças. Planejamento de ambientes que promovem troca de experiências e brincadeira Para nos ajudar a entender melhor o conceito de planejar os ambientes de modo a oferecer cantos específicos para proporcionar a troca de experiências e a brincadeira, assista ao vídeo a seguir. Nesse contexto moderno, a brinquedoteca assume a função de espaço de desenvolvimento infantil e de formação que estimula o lúdico e a formação de profissionais que valorizam a brincadeira. Laboratório: um refeitório-restaurante Imagine que você é um professor ou uma professora que atua em uma instituição de educação infantil de horário integral e se depara com a recusa dos seus alunos com a alimentação da escola. Quando você questiona o motivo, seus alunos dizem que: Não gosto de arroz em cima do feijão, porque prefiro colocar separadinho. Tem muita comida e eu só queria provar. No restaurante as pessoas se servem, né? Além da resistência para comer, você reparou que seus alunos desperdiçam os alimentos e não entendem a importância de sentar para comer. Eles ficam dispersos e se movimentando pelo espaço. Como resolver esse problema? Em uma reunião com a equipe, vocês decidem realizar uma experiência: Permitir que as crianças se sirvam, transformando o refeitório em um restaurante! A expectativa é de que, com essa prática, as crianças se alimentem melhor e interajam mais. É uma proposta que mexe com o trabalho de várias pessoas, mas investe em uma equipe colaborativa, que coloca as necessidades das crianças em primeiro lugar. Entre outras coisas, a transformação do refeitório em restaurante requer: Conversar com as crianças e escutá-las sobre suas experiências de alimentação e compreensões sobre o que é um restaurante. Levantar possibilidades de organização do espaço do refeitório e confecção de elementos para o espaço com as crianças, como toalhas, quadros e objetos decorativos. Adquirir utensílios adequados ao público infantil e que permitam que se sirvam com autonomia. Compartilhar a proposta com as famílias e convidá-las para inauguração do refeitório- restaurante. Esperamos que essa história tenha feito com que você encare a criança como um sujeito que se desenvolve por meio de relações e interações sociais. Há clara intencionalidade educativa na ideia de transformar o refeitório em um restaurante, já que os momentos de refeição nutrem não só o corpo, como permitem o convívio social e a apropriação de uma cultura alimentar, sendo potenciais transformadores de hábitos de consumo. Ainda refletindo sobre a dinâmica, será que basta criar um ambiente infantil e está tudo feito? Claro que não! Cada grupo de crianças é um grupo, cada criança é uma criança e deve ser entendida e respeitada em sua individualidade. Quando propomos uma atividade, por exemplo, promover autonomia para que crianças possam se servir e se alimentar sozinhas, sabemos que as escolhas precisam ser limitadas, que a preparação dos produtos com a interação das crianças reforça a higiene e que saibam que podem optar por alimentos diferentes. Mais do que isso, incluir é fundamento! Crianças com dificuldades motoras e crianças que, por relações sociais ou religiosas, não consomem um tipo de alimento devem fazer parte da estratégia do professor. Podem ser chances de fomentar aspectos não só motores, como previsto no planejamento, mas competências socioemocionais. No contexto da educação infantil, a brincadeira não deve ser entendida como uma atividade secundária ou como mero passatempo das crianças. Ao contrário, deve ser valorizada e estimulada, já que tem uma importante função no desenvolvimento humano. Para que a brincadeira tenha lugar garantido no cotidiano das instituições educativas, é fundamental a atuação dos educadores. O modo como organizamos os mobiliários e os materiais no ambiente, possibilitando o livre brincar das crianças, revela nossa concepção pedagógica, uma vez que favorece ou prejudica a interação. Sendo assim, um ambiente relacional comunica e educa positivamente as crianças que nele interagem. Ambientes interativos Para conhecer mais exemplos de ambientes interativos, assista ao vídeo a seguir. Vem que eu te explico! Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar. Módulo 3 - Brincar Ambiente de Aprendizagem: Cozinha Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Aproveitando a ideia do refeitório-restaurante, no contexto da necessária interação entre crianças e adultos, analise as afirmativas abaixo: I – Em nome de uma alimentação saudável, o espaço para gostos pessoais das crianças (por determinados tipos de comida) deve ser limitado. II – Compreender as experiências alimentares que a criança traz de casa é importante para a definição desse tipo de refeitório. III – Quanto mais cedo a criança se acostumar com utensílios de cozinha de tamanho adulto, mais rápida será sua interação com o próprio mundo adulto. Está correto o que se afirma em Parabéns! A alternativa c está correta. Um elemento essencial nessa experiência é a possibilidade de as próprias crianças se servirem, levando em conta seus gostos pessoais; afinal, é um refeitório-restaurante! Mas para isso, alguns pontos são fundamentais. Em primeiro lugar, saber ouvir as crianças e conhecer suas experiências alimentares (em casa, em restaurantes etc.). A seguir, proporcionar melhor adequação à realidade sensório-motora infantil: das mesas aos talheres, as ferramentas e os objetos devem ser adaptados. E finalmente, não esquecer a importante participação da família nesse processo. Questão 2 Para a organização de um ambiente propício à interação, vimos que a brincadeira assume um lugar central. Analise as afirmações que abordam situações na perspectiva de brincadeira em um ambiente relacional. I. Disponibilizar objetos que possibilitem a dramatização pelas crianças. II. Organizar cantos fixos para a brincadeira em um único espaço da sala. III. Oferecer jogos, como dominós e quebra-cabeças, que permitam a brincadeira coletiva. IV. Possibilitar momentos de brincadeira de livre escolha pelas crianças na rotina da turma. Estão corretas as situações descritas nas afirmações Parabéns! A alternativa b está correta. Os espaços propícios para as interações e brincadeiras devem ser flexíveis e não fixos, compostos por diferentes materiais que possam ser transportados e que favoreçam a construção de cenas, brincadeiras e histórias. Considerações finais Na educação infantil, os ambientes instigadores e relacionais devem ser preparados para a criança e com a criança, respeitando o direito que ela possui de construir sua autonomia e ser ativa em seu processo de desenvolvimento. Cabe aos profissionais da primeira infância reconhecer a importância dos ambientes, além de planejar, mediar e intervir positivamente no desenvolvimento das crianças com quem atua. headset Podcast Neste podcast, os professores Rodrigo Rainha e Taziana Pessoa de Souza conversam sobre a importância dos ambientes e sobre as teorias para o desenvolvimento infantil. Aproveite! Explore + Confira as indicações que separamos especialmente para você! • Assista ao filme O começo da vida, produzido em 2016 pela Maria Farinha Filmes e dirigidopor Estela Renner. O documentário debate a importância dos primeiros anos de vida, à luz dos avanços da neurociência. O filme destaca a descoberta de que o desenvolvimento de todos os seres humanos se dá na combinação da genética com a qualidade das relações interpessoais e com o ambiente em que estamos inseridos. • Acesse o portal da Enciclopédia do Desenvolvimento Infantil. Esse material ajuda a perceber o desenvolvimento infantil, reconhecer essas fases, e ajuda a perceber as discussões sobre a importância do desenvolvimento infantil. • Conheça o Programa Criança e Natureza. Trata-se de um movimento que compreende a importância de uma infância em que a criança é deixada livre para vivenciar o contato com a natureza. Descubra os vários benefícios de brincar ao ar livre para o desenvolvimento e para a saúde das crianças. • Acesse o portal da Biblioteca Parque. No Portal, você entende e visualiza a proposta de unir os conceitos de biblioteca e parque: tem-se acesso a teatro, cinema, aulas de dança (em alguns casos) e até Cozinha- Escola, sempre convergindo para a exploração dos acervos e das práticas de leitura. Na visão das bibliotecas contemporâneas, novas formas de linguagem mediadas pela tecnologia funcionam como estratégia de ampliação do repertório cultural: articulam a ideia de ler o mundo com múltiplos recursos, alargando os horizontes do ser e o potencial educativo, com experimentação e criação. Referências ANGOTTI, M. Maria Montessori: uma mulher que ousou viver transgressões. In: OLIVEIRA-FORMOSINHO, J.; KISHIMOTO, T. M.; PINAZZA, M. A. (orgs.). Pedagogias(s) da infância: dialogando com o passado: construindo o futuro. Porto Alegre: Artmed, 2007, p. 95-114. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília, DF: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017. BRASIL. Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2013. BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Brinquedos e brincadeiras de creches: manual de orientação pedagógica. Brasília, DF: MEC/SEB, 2012. BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação Básica. Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF: MEC, 2009. CARVALHO, M. I. C.; RUBIANO, M. R. B.. Organização do espaço em instituições pré-escolares. In: OLIVEIRA, Z. de M. R. (Org.). Educação Infantil: muitos olhares. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995, p. 107-117. COMITÊ CIENTÍFICO DO NÚCLEO CIÊNCIA PELA INFÂNCIA. Estudo nº 1: o impacto do desenvolvimento na primeira infância. 2014. GANDINI, L. Espaços educacionais e de envolvimento pessoal. In: EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. (orgs.) As cem linguagens da criança. Tradução: Dayse Batista; revisão técnica: Maria Carmen Silveira Barbosa. Porto Alegre: Penso, 2016, p. 137-149. GUIMARÃES, D. Educação infantil: espaços e experiências. 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SOUZA, S. J.; KRAMER, S. O debate Piaget/Vygotsky e as políticas educacionais. Cadernos de Pesquisa, n. 77, p. 69-80, maio 1991. VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF. Download material javascript:CriaPDF() Descrição Propósito Objetivos Ambiente na educação infantil Identificar a importância do ambiente das instituições de educação infantil para o desenvolvimento das crianças. Ambientes que promovem o desenvolvimento infantil Definir ambientes nos quais as crianças desenvolvam a expansão criativa, a invenção e a solução de problemas. Organização de ambientes educacionais Identificar a organização de ambientes que possibilitem a interação entre crianças e adultos. Introdução 1 Ambiente na educação infantil Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a importância do ambiente das instituições de educação infantil para o desenvolvimento das crianças. Fases do desenvolvimento humano Contexto Definição de desenvolvimento Motor Sensorial Socioemocional Linguístico Educação infantil e o ambiente Conceito de ambiente Educação infantil no brasil Legislação brasileira e o ambiente educacional A importância do ambiente na educação Vem que eu te explico! Vamos praticar alguns conceitos? 2 - Ambientes que promovem o desenvolvimento infantil Ao final deste módulo, você será capaz de definir ambientes nos quais as crianças desenvolvam a expansão criativa, a invenção e a solução de problemas. A casa dos passarinhos Como dar asas à imaginação das crianças e tornar real essa proposta? Possibilidades de organização de um ambiente instigador Vem que eu te explico! Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? 3 - Organização de ambientes educacionais Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a organização de ambientes que possibilitem a interação entre crianças e adultos. A organização de ambientes para educação infantil Ambiente de educação infantil. A relação das crianças com os ambientes Planejamento de ambientes que promovem troca de experiências e brincadeira Laboratório: um refeitório-restaurante Ambientes interativos Vem que eu te explico! Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Considerações finais Podcast Explore +
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