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6 - Desenvolvimento Infantil Ambientes e Teorias

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Prévia do material em texto

Descrição 
Os conceitos de desenvolvimento e de ambiente, a relação entre o 
desenvolvimento infantil e os ambientes educacionais e as possibilidades de 
organização de ambientes instigadores e relacionais. 
Propósito 
Compreender a constituição de ambientes nos quais as crianças vivenciem a 
expansão criativa, a invenção e a solução de problemas, a interação com outros 
sujeitos e a diversificação de possibilidades motoras, sensoriais, expressivas e 
emocionais, tendo como foco seu desenvolvimento integral. 
Objetivos 
Módulo 1 
Ambiente na educação infantil 
Identificar a importância do ambiente das instituições de educação infantil para o 
desenvolvimento das crianças. 
Módulo 2 
Ambientes que promovem o desenvolvimento infantil 
Definir ambientes nos quais as crianças desenvolvam a expansão criativa, a invenção e a 
solução de problemas. 
Módulo 3 
Organização de ambientes educacionais 
Identificar a organização de ambientes que possibilitem a interação entre crianças e adultos. 
 
Introdução 
No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) consolida 
a ideia de que o período da educação infantil compreende crianças de 0 a 6 
anos. Esse é cientificamente considerado o momento crucial para os 
desenvolvimentos motor, sensorial e linguístico, bem como para a aquisição 
de capacidades socioemocionais que permitirão o aprimoramento de 
habilidades futuras cada vez mais complexas. 
É importante perceber que, em termos de educação, o Brasil dialoga com duas 
realidades: demandas políticas, a lei trata de orçamento, responsabilidade 
social, problemas históricos, que fomentam as tomadas de decisão; e 
desenvolvimentos educacionais mundiais, são estudos e pesquisas que 
dialogam e propõem formas de organizar a educação. 
O tema da educação infantil é um bom exemplo: em que idade saímos da 
educação infantil e iniciamos o primeiro segmento da escola básica? Não 
poderíamos pensar em maturidades diferentes, para tradições e culturas 
diferentes? 
Não é possível criar uma classificação única e inquestionável, mas as decisões 
políticas se fundamentam nas teorias da educação. Sendo assim, vamos ver 
como a concepção de desenvolvimento infantil nos ajuda a perceber que 
direcionamentos as políticas públicas podem tomar. 
 
1 Ambiente na educação infantil 
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a importância do ambiente das 
instituições de educação infantil para o desenvolvimento das crianças. 
 
Fases do desenvolvimento humano 
Contexto 
 
É importante sinalizar que a educação trabalha o desenvolvimento humano com 
base em teorias diferentes sobre as fases etárias (Freud, Piaget, Vygotsky, entre 
outros), mas tende-se a adotar a regra do Conselho Internacional de Psicologia 
sobre as fases do desenvolvimento: 
 
Como vimos, a infância é um período muito importante para a formação de uma 
pessoa. 
Sa iba mais 
Para aprender como tornar mais fáci l entender a lguns comportamentos 
infantis , reforçar a s a t itudes pos it iva s e dar l imites quando necessá r io, 
busque aprofundar seu conhec imento nas fa ses do desenvolvimento da 
cr iança , es t udando prát ica s indicadas para cada idade e necess idade. 
Nesse contexto, as relações que a criança estabelece com o meio são cruciais 
para o seu desenvolvimento! 
 
Você sabe o que é o desenvolvimento infantil? 
Como é um ambiente adequado para esse processo? 
 
Acalme-se! Não temos respostas agora! Vamos provocar a sua visão ao longo 
deste material para que essas respostas possam ser construídas. 
O que queremos neste momento é a sua prévia visão, o senso comum, para 
que, ao fim, você possa comparar e entender como é importante compreender 
todo esse processo. 
Definição de desenvolvimento 
O desenvolvimento humano ocorre por meio de aprendizagem, isto é, da 
aquisição e da apropriação de conhecimentos de diferentes domínios, como 
mostrado a seguir. 
 
Motor 
Aquisição de movimentos amplos e 
finos. 
 
 
Sensorial 
Constituição de capacidades sensoriais 
(visão, audição, olfato, paladar e tato). 
 
Socioemocional 
Atitudes e habilidades necessárias ao 
meio sociocultural. 
 
 
 
Linguístico 
Capacidade de compreender e de se 
comunicar em linguagem verbal e não 
verbal (gestos, vocalizações, palavras). 
 
 
Os marcos etários do desenvolvimento infantil são aspectos amplamente 
debatidos. Em nossa sociedade, dispomos de profissionais qualificados, como 
pedagogos, médicos, psicólogos e terapeutas, que pretendem orientar sobre o 
desenvolvimento das crianças. Além disso, muito se fala sobre o tema em mídias 
e veículos de comunicação (livros, revistas, sites e páginas em redes sociais). 
Recomendação 
Busque mais informações sobre a s seis teor ia s p r incipa is da ps icologia de 
desenvolv imento humano. Em sua busca , pesquise por : gesta lt ; ps icaná l i se; 
behavior ismos ; cognit i va ; Vygotsky; e Piaget . 
 
A concepção cronológica do desenvolvimento humano, que tem na psicologia 
uma importante base conceitual, marcou profundamente a compreensão do que 
é ser criança nas sociedades modernas, atuando como elemento definidor de 
padrões de normalidade, além de legitimar todo tipo de tratamento dirigido às 
crianças. 
A psicologia do desenvolvimento habituou-nos a pensar a criança na perspectiva 
de um organismo em formação, que se desenvolve por etapas, segundo uma 
dada cronologia, e que, além disso, fragmenta a criança em áreas ou setores de 
desenvolvimento (cognitivo, afetivo, social, motor e linguístico) de acordo com a 
ênfase dada a essas áreas por cada teoria específica 
(JOBIM; SILVA, 2007, p. 45) 
 
O caminho que as crianças percorrem em seu desenvolvimento é influenciado 
por múltiplos fatores como, por exemplo, fatores individuais, ambientais, 
culturais, econômicos, entre outros. 
O fator individual, pode ser divido em: 
 
Subjetivo 
Valores sociais, sentimentos, relação com os pais. 
Ex.: Medo da religião dos outros. 
Genético 
Caracterização física e aptidões. 
Ex.: Alunos que cantam, alunos que têm dificuldade de se expressar. 
Comportamental 
Heranças de práticas cotidianas. 
Ex.: Uma criança que fala alto ou que tem sotaque e cultura diferentes. 
 
Até agora você pôde situar a sua visão. Já sabe que trataremos sobre a criança 
e o seu desenvolvimento. 
Entendemos a importância do tema, mas falta discutir: como? 
 
Uma criança precisa ser entendida 
como um ser complexo, com voz e 
capacidades múltiplas para 
desenvolver. 
O Estado e a psicologia da educação 
têm estudado como possibilitar esse 
desenvolvimento. 
 
Essa questão, o como, levou estudiosos diversos a construir leituras e formas de 
oportunizar às crianças possibilidades para seu desenvolvimento, e uma das 
fronteiras mais importantes foi entender que o espaço para seu desenvolvimento 
é singular. 
Educação infantil e o ambiente 
Conceito de ambiente 
Existem muitas teorias possíveis sobre a relação entre a primeira infância e a 
aprendizagem. Adotaremos aqui a perspectiva de que a aprendizagem e o 
desenvolvimento são influenciados pelo meio onde a criança vive e com o qual 
interage, a partir da relação estabelecida entre o processo individual (cognitivo e 
fisiológico) e a sua inserção no contexto sociocultural. 
O ambiente é o espaço no qual a criança consegue estabelecer relações com o 
mundo, com objetos, seres e pessoas. 
Todos os ambientes construídos para crianças devem atender a cinco funções 
relativas ao desenvolvimento infantil (CARVALHO; RUBIANO, 1995). Veja quais 
são elas: 
IDENTIDADE PESSOAL 
No contexto de convivência coletiva, os professores devem atentar para o fato 
de que cada criança é única e precisa deixar sua marca, sua identidade em sala. 
Para isso, ela pode contribuir personalizando e decorando seus objetos 
pessoais. 
DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIASAs instalações físicas devem ser planejadas de modo a possibilitar o domínio e 
o controle de competências físicas, cognitivas, linguísticas e sociais. O espaço 
precisa ser favorável para a criança realizar suas ações, sentindo-se 
competente, sem a intervenção constante de um adulto, a fim de construir 
confiança em si mesma. 
OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO 
Deve ser um espaço que possibilita a realização de movimentos corporais pela 
criança, com objetivo de autoconhecimento e controle motor, além de promover, 
favorecer e estimular o uso dos cinco sentidos. Toda criança merece receber no 
ambiente escolar as condições para sua autonomia e pleno desenvolvimento, 
incluindo as com necessidades específicas. 
SENSAÇÃO DE SEGURANÇA E CONFORTO 
As crianças precisam se sentir acolhidas por ambientes devidamente 
organizados de forma criativa, com atenção às questões de segurança nos 
momentos de brincadeiras, refeições, higiene e descanso. 
OPORTUNIDADE DE INTERAÇÃO SOCIAL E ISOLAMENTO 
Os ambientes planejados para crianças pequenas devem proporcionar o contato 
social, como espaços de conversa e brincadeiras em pequenos e grandes 
grupos, e atender à necessidade de privacidade e isolamento, quando 
necessário. 
Focaremos agora a educação infantil no contexto brasileiro. 
Educação infantil no brasil 
A discussão acerca do desenvolvimento deve, então, levar em conta o ambiente 
das instituições de educação infantil, considerando: 
• O direito das crianças pequenas à educação. 
• A exigência legal de matrícula escolar das crianças a partir de 4 anos. 
O Brasil demorou a implementar processos mais técnicos relativos à educação 
infantil. Em razão da nossa história, marcada pelo entendimento de que a 
educação infantil é uma responsabilidade histórica da família, os redutos de 
educação infantil têm uma relação assistencial, buscando solucionar algum 
quadro social crítico — abandono, mães que precisam trabalhar ou outros 
problemas que afetam diretamente as crianças. 
Sa iba mais 
A Lei nº 12.796, de 4 de abr i l de 2013, a lterou as Diretr izes e Bases da 
Educação Naciona l (Lei nº 9 .394/1996), t ornando a educação bás ica 
obr igatór ia e gratuita dos 4 aos 17 anos de i dade (art . 4º). 
 
Somente quando a Constituição de 1988 consolida a educação infantil como 
elemento fundamental e a define como responsabilidade governamental, 
municípios iniciam processos de debates sobre regras e dinâmicas de mobiliário. 
Mesmo com a LDB 1996, que determina a obrigatoriedade e as funções da 
educação infantil, a questão dos ambientes ficava fortemente delegada aos 
governos regionais, com o Ministério da Educação (MEC) legislando apenas 
sobre aspectos de conteúdo. 
 
Crianças em uma creche pública no bairro Dendezeiros de Salvador (BA). 
Apenas em 2006, com a publicação dos Parâmetros Nacionais de Qualidade 
para Educação Infantil, o país passou a determinar padrões para o 
desenvolvimento dos espaços da educação infantil. Estudos desenvolvidos pelo 
Comitê Científico do Núcleo Ciência Pela Infância, em 2014, sugerem que as 
crianças que frequentam instituições de educação infantil de qualidade 
experimentam efeitos positivos em seu desenvolvimento. 
A Resolução CNE/CP nº 4, de 17 de dezembro de 2018, muda mais uma vez 
os caminhos da educação infantil brasileira. A BNCC traz a educação infantil de 
forma inquestionável para a educação básica e fundamenta que conviver, 
brincar, participar, explorar, expressar e se conhecer são os direitos de 
aprendizagem e desenvolvimento na educação infantil. 
 
Legislação brasileira e o ambiente educacional 
Para nos ajudar a entender melhor a importância e a evolução da legislação 
brasileira na organização do ambiente educacional, assista ao vídeo a seguir 
com a professora Carla Marçal Y Gutierrez. 
A importância do ambiente na educação 
A configuração espacial influencia na efetivação de propostas educacionais, mas 
não se trata de apenas dispor de ambientes de cuidado e proteção. É importante 
oferecer às crianças espaços que promovam seu desenvolvimento integral, 
articulando múltiplas dimensões de sua existência: 
• emocional, 
• sensorial, 
• motora e 
• socioafetiva. 
Valorizamos o espaço devido ao seu poder de organizar, de promover 
relacionamentos agradáveis entre pessoas de diferentes idades, de criar um 
ambiente atraente, de oferecer mudanças, de promover escolhas e atividade, e 
a seu potencial para iniciar toda a espécie de aprendizagem social, afetiva, 
cognitiva. Tudo isso contribuiu para uma sensação de bem-estar e segurança 
nas crianças. Também pensamos que o espaço deve ser uma espécie de 
aquário que espelhe as ideias, os valores, as atitudes e a cultura das pessoas 
que vivem nele. 
(MALAGUZZI, 1984 apud GANDINI, 2016, p. 148) 
O ambiente pode ser considerado, assim, como um segundo educador, 
juntamente com o professor. Para isso, o ambiente precisa ser flexível e deve 
passar por uma modificação frequente pelas crianças e pelos professores, para 
permanecer atualizado e sensível às necessidades de eles serem protagonistas 
de seu conhecimento. 
 
Você consegue pensar nesses ambientes? 
 
Diferentemente do que você pode ter pensado, esses ambientes não são 
exclusivamente de espaços de elite, criados de uma maneira singular. Estão 
previstos em documentos formais do MEC. 
Você já ouviu falar nos Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de 
Educação Infantil? Esse documento fundamenta vários espaços e seus 
cuidados, como, por exemplo, o lactário. 
 
Exemplo de lactário. 
Para finalizar, agora que já vimos os conceitos de ambiente e educação infantil, 
é a sua vez: 
Pense... 
...nos espaços de educação infantil que você conhece. 
Compare... 
...o que você pensou com os parâmetros aqui expostos. 
Troque... 
...sobre o que viu com colegas em suas redes sociais e tente perceber como 
anda nossa educação infantil na prática. 
Vem que eu te explico! 
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você 
acabou de estudar. 
 
Módulo 1 
Desenvolvimento infantil 
Jean Piaget 
 
 
Falta pouco para atingir seus objetivos. 
Vamos praticar alguns conceitos? 
Questão 1 
Neste módulo, foi abordada a importância do ambiente no desenvolvimento 
infantil, que é o processo complexo de crescimento, maturação e aprendizagem 
de funções e conhecimentos de diferentes domínios: motor, sensorial, 
socioemocional e linguístico. 
Analise os exemplos de componentes do ambiente escolar que correspondem 
aos domínios motor, sensorial, socioemocional e linguístico. 
 
I. Domínio sensorial – disponibilização de objetos detentores de atributos 
diversos (sons, cores, pesos e texturas). 
II. Domínio socioemocional – disponibilização de mobiliário composto apenas por 
carteiras individuais, para que as crianças se sentem sempre sozinhas. 
III. Domínio motor – disponibilização de superfícies acolchoadas e barras de 
apoio para que bebês possam se movimentar. 
IV. Domínio linguístico – disponibilização de álbuns, pinturas, livros e fotografias 
variadas. 
 
Está correto o que se exemplifica em 
 
Parabéns! A alternativa a está correta. 
O exemplo que que não corresponde ao domínio de desenvolvimento correto é o II pois a organização 
do ambiente apenas em espaços individualizados não favorece ao desenvolvimento do domínio 
socioemocional, que corresponde ao processo de aprendizagem de atitudes e de habilidades no meio 
sociocultural. 
 
Questão 2 
Você estudou que o desenvolvimento humano é influenciado por múltiplos 
fatores, tanto individuais quanto ambientais. Analise as afirmações, 
considerando V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
 
(V) O ambiente em que a criança vive afeta o seu desenvolvimento. 
(V) O ambiente pode oferecer oportunidades de desenvolvimento de forma 
integrada e contínua às crianças. 
(F) A faixa etária é o único aspectorelevante para a organização do ambiente. 
(V) O ambiente pode atuar como uma instância educativa. 
 
 
Parabéns! A alternativa c está correta. 
Ainda que os marcos etários de desenvolvimento humano sejam relevantes para a organização dos 
ambientes no qual as crianças estão inseridas, devemos considerar o contexto sociocultural no qual a 
criança estabelece relações com o mundo que a cerca. 
 
 
2 - Ambientes que promovem o desenvolvimento infantil 
Ao final deste módulo, você será capaz de definir ambientes nos quais as crianças 
desenvolvam a expansão criativa, a invenção e a solução de problemas. 
 
Laboratório: A casa dos passarinhos 
Antes de começar o assunto, vamos ver um vídeo sobre essa dinâmica. 
A casa dos passarinhos 
Para nos ajudar a entender melhor a importância dos ambientes, assista ao 
vídeo a seguir e observe uma possível dinâmica entre professores, alunos e 
ambiente. 
 
Como dar asas à imaginação das crianças e tornar real essa 
proposta? 
 
O fato de estar atento ao movimento das crianças, observar o ambiente da 
escola e escutar suas ideias já mostra uma importante competência profissional. 
Como adulto e educador, você deve mediar os processos de construção 
individual e coletiva da casa dos passarinhos. Para isso, vale: 
1. Conversar com as crianças e estabelecer etapas para a empreitada. 
2. Levantar possibilidades de casas de passarinhos que elas já tenham visto 
e investigar juntos outras possibilidades de casa existentes na natureza, 
na literatura e no contexto social. 
3. Compartilhar com os pais a ideia da turma e contar com a participação 
das famílias, pois pode ser interessante convidar um familiar que crie 
passarinhos (Pratica reprovável nos dias de hoje por impedir a liberdade 
natural da aves em geral) ou que seja marceneiro para participar do 
projeto. 
4. Pensar em materiais que podem ser usados nessa construção, garantindo 
o manuseio seguro pelas crianças. 
Ao se colocar no lugar desse professor ou professora, esperamos que você 
tenha se sentido desafiado a pensar na criança como um sujeito explorador, 
um pequeno cientista que observa o mundo em busca de soluções para os 
problemas que percebe. 
 
Vamos discutir sobre possibilidades de organização de um ambiente instigador 
do desenvolvimento infantil? 
Possibilidades de organização de um ambiente instigador 
Um ambiente instigador na educação infantil deve convidar à ação, à imaginação 
e à narratividade, por meio da exploração de diferentes materiais, texturas, cores 
e aromas (HORN, 2004). 
Sa iba mais 
Na legis la ção educaciona l bras i leira , os ambientes são va lor izados por seu 
potencia l p rovocador e desa f iador no desenvo lvimento infanti l . A Base 
Nac iona l Com um Curr icula r , por exemplo, a f i rma que as p rát ica s 
pedagógicas desenvolvi das na educação infanti l devem ocorrer em 
“ambi entes que a s convidem [as cr ianças] a vivenc ia r desa f ios e sentirem-
se provocadas a resolvê-los , nas qua is possam construir s ignif icados sobr e 
s i , os outros e o mundo socia l e natura l” (BRASIL, 2017, p . 33). 
 
Segundo a LDB 1996, professores e comunidades devem ser ativos no âmbito 
escolar propondo direcionamentos e demandas para o funcionamento da própria 
escola. 
Sendo assim, docentes têm responsabilidades sobre a estruturação da escola. 
Tratamos de "estrutura" e "preparação" para atender uma estratégia pedagógica 
prevista no planejamento docente. Educar precisa de planejamento e 
direcionamento para habilidades e competências as quais se quer adquirir. 
Cabe ao professor e à professora de educação infantil estruturar e preparar os 
ambientes para o desenvolvimento da independência e da autonomia das 
crianças em consonância com suas necessidades específicas. No entanto, 
esses profissionais devem lidar com alguns desafios relacionados à organização 
de ambientes instigadores como o mobiliário disponível, a conservação dos 
objetos, a organização coletiva e o uso consciente dos materiais, evitando 
desperdício. 
(GUIMARÃES, 2009, p. 98) 
Em relação ao mobiliário adequado às crianças, deve-se considerar seus 
atributos físicos e suas qualidades imaginativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sala vazia em uma disposição do espaço tradicional. Sala sendo utilizada e adaptada à necessidade dos alunos. 
Maria Montessori, educadora italiana que contribuiu para as definições de 
mobiliário das instituições escolares da primeira infância, afirmou: 
 
A necessidade do mobiliário ser adequado ao tamanho das crianças, leves para 
que elas pudessem arrastá-los e mudá-los de lugar, assim como de cores 
atraentes: as mesas, as cadeiras, as pequenas poltronas, leves e transportáveis, 
permitiram à criança escolher uma posição que lhe agrada; ela poderá, por 
conseguinte, instalar-se comodamente, sentar-se em seu lugar, isto lhe 
constituirá, simultaneamente, um sinal de liberdade e meio de educação 
(MONTESSORI, 1965, p. 44) 
O desenvolvimento infantil ocorre no espaço vivido e é marcado pelas relações 
ali estabelecidas. Assim, um ambiente instigador deve ser um espaço adequado 
e motivador da exploração e da criatividade pelas crianças. Vamos entender um 
pouco mais do espaço a partir de um exemplo? 
 
Ambiente genérico para o ensino infantil. 
Vamos ver detalhadamente cada um dos itens do espaço: 
 
O ambiente da sala, com suas mesas e 
cadeiras, pode ser cotidianamente 
recomposto, abrindo espaço para a 
plasticidade e para a expansão criativa. 
Mesas podem servir de suporte para a leitura, para a expressão artística e para 
a brincadeira, transformando-se em uma cabana ou em uma casa. 
Cadeiras servem de mobília de diferentes tipos de cenário construídos pelas e 
com as crianças: sofás de casa, bancos de praça, assentos de consultórios 
médicos e, até mesmo, poltronas de trens, ônibus ou aviões. 
 
O espaço pode instigar o desenvolvimento 
do domínio linguístico por meio da 
iluminação e do uso de recursos 
luminosos, como lanternas e luminárias, 
em que a luz artificial possibilite a 
dramatização em jogos de sombras. 
 
As possibilidades de criação e exploração 
do ambiente também devem dar conta do 
desenvolvimento do domínio motor. Para 
isso, a sala, o pátio, o parque e os 
materiais disponíveis devem possibilitar 
que as crianças realizem atividades de andar, subir, descer, pular e de controlar 
o corpo. 
 
O domínio sensorial é representado por um 
ambiente que estimula os sentidos ao brincar 
ao ar livre, tendo contato com elementos 
naturais (terra, água, vento, plantas, animais) 
e pela experimentação de diferentes texturas, cores, formas e sons. 
 
 
Vem que eu te explico! 
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você 
acabou de estudar. 
 
Módulo 2 - 
Lev Vygotsky 
Ambiente de Aprendizagem e sua estrutura. 
 
 
 
 
 
 
Falta pouco para atingir seus 
objetivos. 
Vamos praticar alguns conceitos? 
 
 
Questão 1 
Neste módulo, definimos a constituição de um ambiente instigador do 
desenvolvimento infantil. Analise as afirmações abaixo quanto a exemplos esse 
ambiente. 
 
I. Um ambiente em que as crianças usam os materiais indiscriminadamente. 
II. Um ambiente em que o mobiliário pode ser recomposto quando necessário 
não favorece o aspecto instigador. 
III. Um ambiente que possibilita às crianças experimentarem diferentes texturas, 
cores, formas e sons. 
IV. Um ambiente em que as crianças se movimentem com autonomia. 
 
Está correto o que se afirma em 
 
Parabéns! A alternativa d está correta. 
As alternativas I e II que não correspondem a um exemplo de ambiente instigador, já que o uso 
consciente de materiais, evitando desperdício, é um relevante desafio para os profissionais de Educação 
Infantil. Deve-se atentar, assim, para o uso racional dos recursos como um aspecto educativo e 
necessário nas sociedadescontemporâneas. Oferecer um ambiente no qual o mobiliário pode ser 
recomposto é instigador tendo em vista que possibilita a plasticidade e para a expansão criativa. 
 
Questão 2 
Considerando os elementos de um ambiente instigador ao desenvolvimento dos 
domínios motor e sensorial, analise as relações contidas nos itens a seguir: 
 
I. Motor – escada de madeira móvel; sensorial – aquário. 
II. Motor – escrita; sensorial – contação de história. 
III. Motor – colchão; sensorial – vasos de flores. 
IV. Motor – bambolês; sensorial – chocalhos. 
 
Está correto o que se afirma em 
 
 
 
Parabéns! A alternativa d está correta. 
 
Um ambiente instigador deve proporcionar a livre experimentação, a criação e a imaginação das 
crianças. Por isso, embora a escrita tenha uma base motora — desenhos livres e primeiras letras —, a 
contação de história não é sensorial para uma criança que ainda não abstrai, fazendo com que o item II 
esteja incorreto. Os demais elementos listados atendem à proposta de um ambiente instigador, uma vez 
que possibilitam o desenvolvimento corporal das crianças, estimulam os sentidos e favorecem o contato 
com elementos naturais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 - Organização de ambientes educacionais 
Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a organização de ambientes que 
possibilitem a interação entre crianças e adultos. 
4 
A organização de ambientes para educação infantil 
Vimos no módulo anterior as possibilidades de organização de um ambiente 
instigador e a importância de estimular as crianças a atuarem como agentes 
exploradores para o desenvolvimento. 
Avançando nesse objetivo, vamos categorizar a organização de ambientes que 
possibilitem a interação entre crianças e adultos, e construir, para e com as 
crianças, espaços propensos à interação entre seus participantes. 
 
Existe um jeito certo e único para preparar o ambiente? 
 
Estamos propondo algo inatingível, intangível, possível somente a partir 
de grandes investimentos? 
 
A construção do espaço é dinâmica e viva. O que propomos aqui são linhas que 
permitem estabelecer vivências, possibilidades, mas que principalmente indicam 
que o foco do desenvolvimento é no aluno e como podemos proporcionar 
dinâmicas ao seu desenvolvimento. 
 
Ambiente de educação infantil. 
O ambiente da educação infantil deve — 
entre outras possibilidades — 
potencializar o relacionamento, a troca 
de saberes e a interação entre as 
crianças e os adultos que dele 
participam. 
Na condição de sujeito, a criança é autora, tem vivências, tem experiências, e o 
ambiente da educação infantil deve lhe proporcionar segurança e disponibilidade 
para trocas. 
Com isso, nas linhas mais contemporâneas de educação infantil, 
• o ambiente é agente ao proporcionar possibilidades de experiência e, 
• por isso, o professor precisa interagir, construir, remontar. 
A relação das crianças com os ambientes 
Mas se o ambiente não tem o que é necessário? 
Os especialistas afirmam que o século XX foi o século das crianças, quando elas 
passaram a ter significação social e a infância passou a ser objeto específico de 
estudos. Podemos complementar que o século XXI é o período da integração 
dessas crianças ao mundo do capital de forma plena. Elas passaram a ter 
espaços próprios, nos centros de compra, nos restaurantes, nas academias. 
Aqueles ensinamentos e estudos sobre o ambiente infantil e sua adequação 
passaram a constar e ser vistos para muito além da escola. Aparecem de forma 
sistemática onde as crianças podem consumir — quem nunca viu o espaço 
infantil e bem organizado de uma livraria, demonstrando que teve um 
direcionamento pedagógico. 
Comentado [A1]: Ambiente da educação infantil 
Como tratamos anteriormente sobre desenvolvimento da 
criança, é importante lembrar que muitos autores falam sobre 
o assunto. Para refletir vale a citação: 
“É a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se 
costuma determinar através da solução independente de 
problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, 
determinado através da solução de problemas sob orientação 
de um adulto ou em colaboração com companheiros mais 
capazes” (VYGOTSKY, 2007, p. 97). 
 
 
Claro que temos as visões estereotipadas sobre o uso de ambientes de 
características infantis, atribuindo uma noção de que um espaço infantil é aquele 
cheio de distrações para crianças, para que os pais tenham onde deixá-las 
enquanto consomem, mas cada vez mais podemos observar a evolução desses 
espaços para contribuir com o desenvolvimento infantil. 
Sa iba mais 
Para nos a judar a ref let ir sobre o equi l í br io necessá r io para at uar como 
profes sor na educa ção infanti l , busque conhecer o tra ba lho do profes sor e 
f i lósof o Mar io Sergio Corte l la sobre a relação entre a fet ivi dade, vínculo e 
aprendizagem. 
 
Quando está brincando, a criança tem atitudes diferentes de seu comportamento 
diário, habitual de sua idade, ao brincar é como se ela fosse mais complexa do 
que é na realidade. 
Um ambiente organizado para fortalecer o contato entre pares e aberto para a 
brincadeira potencializa o pleno desenvolvimento infantil. 
 
Uma criança que tem seu ambiente 
naturalizado pode pensar que o normal do 
mundo seja a violência, as dificuldades 
expressas em seu lar, a força física como a 
única possibilidade de se expressar. 
Uma criança que é levada a um ambiente 
seguro, em que essas trocas são ampliadas por 
comparação e por instrução pode pensar, 
estudar, tentar entender seu comportamento e isso auxiliar no seu 
desenvolvimento. 
 
Para compreender os ambientes, vamos retomar um documento já apresentado 
neste módulo: Parâmetros Básicos de Infraestrutura para Instituições de 
Educação Infantil. 
No documento, encontramos um guia que apresenta algumas características 
importantes sobre a organização de ambientes, indicando as necessidades 
específicas para algumas faixas etárias: 
1. Crianças de 0 a 1 ano 
Os ambientes são: sala para repouso, sala para atividades, fraldário, lactário e 
solário. 
2. Crianças de 1 a 6 anos 
Os ambientes são: sala para atividades. 
3. Uso geral 
Os ambientes são: sala multiuso, área administrativa, banheiros, pátio coberto, 
áreas necessárias ao serviço etc. 
 
As interações e as brincadeiras são os eixos norteadores das propostas 
curriculares de educação infantil, conforme regulamenta o art. 9º das Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL, 2009) e a Base 
Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017). 
 
Em uma brinquedoteca, normalmente, 
são organizadas estações, e em cada 
uma dessas estações o ideal é que o 
aluno reconheça os espaços que são 
cotidianos, mas que dão a ampla 
possibilidade de interagir. 
 
Quer dizer, quando colocamos uma cozinha em miniatura e a criança se sente 
capaz de preparar, servir, trocar, ela traz o lúdico para si, sente-se integrada e 
reproduzindo o que seus pais fazem para cuidar dela. 
A ideia é que todos possam participar e estimular as crianças com dinâmicas e 
brincadeiras! 
 
Sa iba mais 
O documento Br inquedos e br incadeira s de crech es : manual de or i entação 
pedagógica , p roduzi do pelo Minis tér io de Educação, rea f irma que o mundo 
soc ia l “é r ico de exper i ência s que a s cr ianças aproveitam para amplia r seu 
repertór io de br incadeira s , por meio de interações com outras pes soas e 
para expres sa r novas formas lúd icas” 
(BR ASIL, 2012, p . 46). 
 
Cabe aos profissionais da educação infantil planejar ambientes para as crianças 
e com as crianças, atentando para o meio cultural em que elas estão inseridas, 
com a promoção de interações em grupos para que possam brincar, criar, 
imaginar, construir e trocar saberes. São alguns exemplos: 
 
Constituir espaços que promovam trocas e 
encontros das crianças em gruposmenores. 
 
 
 
 
Disponibilizar objetos que favoreçam a formação 
de subgrupos e possibilitem a criação de cenas e 
dramatizações. 
 
 
 
Oferecer diferentes materiais que possam ser 
transportados e favoreçam a construção de 
lugares, como panos, almofadas, 
 
 
Vamos ver a seguir um vídeo que explorará mais sobre a construção de espaços 
que proporcionam a troca de experiências e a brincadeira das crianças. 
 
Planejamento de ambientes que promovem troca de experiências e 
brincadeira 
Para nos ajudar a entender melhor o conceito de planejar os ambientes de modo 
a oferecer cantos específicos para proporcionar a troca de experiências e a 
brincadeira, assista ao vídeo a seguir. 
 
Nesse contexto moderno, a brinquedoteca assume a função de espaço de 
desenvolvimento infantil e de formação que estimula o lúdico e a formação de 
profissionais que valorizam a brincadeira. 
Laboratório: um refeitório-restaurante 
Imagine que você é um professor ou uma professora que atua em uma instituição 
de educação infantil de horário integral e se depara com a recusa dos seus 
alunos com a alimentação da escola. 
Quando você questiona o motivo, seus alunos dizem que: 
Não gosto de arroz em cima do feijão, porque prefiro 
colocar separadinho. 
Tem muita comida e eu só queria provar. 
No restaurante as pessoas se servem, né? 
 
Além da resistência para comer, você reparou que seus alunos desperdiçam os 
alimentos e não entendem a importância de sentar para comer. Eles ficam 
dispersos e se movimentando pelo espaço. 
Como resolver esse problema? 
Em uma reunião com a equipe, vocês decidem realizar uma experiência: 
 
Permitir que as crianças se sirvam, transformando o refeitório em um 
restaurante! 
A expectativa é de que, com essa prática, as crianças se alimentem melhor e 
interajam mais. É uma proposta que mexe com o trabalho de várias pessoas, 
mas investe em uma equipe colaborativa, que coloca as necessidades das 
crianças em primeiro lugar. 
 
Entre outras coisas, a transformação do refeitório em restaurante requer: 
 
Conversar com as crianças e escutá-las 
sobre suas experiências de alimentação 
e compreensões sobre o que é um 
restaurante. 
 
Levantar possibilidades de organização 
do espaço do refeitório e confecção de 
elementos para o espaço com as 
crianças, como toalhas, quadros e 
objetos decorativos. 
 
 
Adquirir utensílios adequados ao 
público infantil e que permitam que se 
sirvam com autonomia. 
 
 
 
 
 
 
 
Compartilhar a proposta com as famílias e 
convidá-las para inauguração do refeitório-
restaurante. 
 
 
Esperamos que essa história tenha feito com que você encare a criança como 
um sujeito que se desenvolve por meio de relações e interações sociais. Há clara 
intencionalidade educativa na ideia de transformar o refeitório em um 
restaurante, já que os momentos de refeição nutrem não só o corpo, como 
permitem o convívio social e a apropriação de uma cultura alimentar, sendo 
potenciais transformadores de hábitos de consumo. 
 
Ainda refletindo sobre a dinâmica, será que basta criar um ambiente 
infantil e está tudo feito? 
Claro que não! 
Cada grupo de crianças é um grupo, cada criança é uma criança e deve ser 
entendida e respeitada em sua individualidade. 
 
Quando propomos uma atividade, por exemplo, promover autonomia para que 
crianças possam se servir e se alimentar sozinhas, sabemos que as escolhas 
precisam ser limitadas, que a preparação dos produtos com a interação das 
crianças reforça a higiene e que saibam que podem optar por alimentos 
diferentes. 
Mais do que isso, incluir é fundamento! 
 
Crianças com dificuldades motoras e crianças que, por relações sociais ou 
religiosas, não consomem um tipo de alimento devem fazer parte da estratégia 
do professor. Podem ser chances de fomentar aspectos não só motores, como 
previsto no planejamento, mas competências socioemocionais. 
No contexto da educação infantil, a brincadeira não deve ser entendida como 
uma atividade secundária ou como mero passatempo das crianças. Ao contrário, 
deve ser valorizada e estimulada, já que tem uma importante função no 
desenvolvimento humano. Para que a brincadeira tenha lugar garantido no 
cotidiano das instituições educativas, é fundamental a atuação dos educadores. 
O modo como organizamos os mobiliários e os materiais no ambiente, 
possibilitando o livre brincar das crianças, revela nossa concepção pedagógica, 
uma vez que favorece ou prejudica a interação. Sendo assim, um ambiente 
relacional comunica e educa positivamente as crianças que nele interagem. 
 
Ambientes interativos 
Para conhecer mais exemplos de ambientes interativos, assista ao vídeo a 
seguir. 
 
Vem que eu te explico! 
Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você 
acabou de estudar. 
 
Módulo 3 - 
Brincar 
Ambiente de Aprendizagem: Cozinha 
 
 
 
 
 
 
Falta pouco para atingir seus objetivos. 
Vamos praticar alguns conceitos? 
Questão 1 
Aproveitando a ideia do refeitório-restaurante, no contexto da necessária 
interação entre crianças e adultos, analise as afirmativas abaixo: 
 
I – Em nome de uma alimentação saudável, o espaço para gostos pessoais das 
crianças (por determinados tipos de comida) deve ser limitado. 
II – Compreender as experiências alimentares que a criança traz de casa é 
importante para a definição desse tipo de refeitório. 
III – Quanto mais cedo a criança se acostumar com utensílios de cozinha de 
tamanho adulto, mais rápida será sua interação com o próprio mundo adulto. 
 
Está correto o que se afirma em 
 
Parabéns! A alternativa c está correta. 
Um elemento essencial nessa experiência é a possibilidade de as próprias crianças se servirem, levando 
em conta seus gostos pessoais; afinal, é um refeitório-restaurante! Mas para isso, alguns pontos são 
fundamentais. Em primeiro lugar, saber ouvir as crianças e conhecer suas experiências alimentares (em 
casa, em restaurantes etc.). A seguir, proporcionar melhor adequação à realidade sensório-motora 
infantil: das mesas aos talheres, as ferramentas e os objetos devem ser adaptados. E finalmente, não 
esquecer a importante participação da família nesse processo. 
 
Questão 2 
Para a organização de um ambiente propício à interação, vimos que a 
brincadeira assume um lugar central. Analise as afirmações que abordam 
situações na perspectiva de brincadeira em um ambiente relacional. 
 
I. Disponibilizar objetos que possibilitem a dramatização pelas crianças. 
II. Organizar cantos fixos para a brincadeira em um único espaço da sala. 
III. Oferecer jogos, como dominós e quebra-cabeças, que permitam a brincadeira 
coletiva. 
IV. Possibilitar momentos de brincadeira de livre escolha pelas crianças na rotina 
da turma. 
 
Estão corretas as situações descritas nas afirmações 
 
 
Parabéns! A alternativa b está correta. 
Os espaços propícios para as interações e brincadeiras devem ser flexíveis e não fixos, compostos por 
diferentes materiais que possam ser transportados e que favoreçam a construção de cenas, brincadeiras 
e histórias. 
 
Considerações finais 
Na educação infantil, os ambientes instigadores e relacionais devem ser 
preparados para a criança e com a criança, respeitando o direito que ela possui 
de construir sua autonomia e ser ativa em seu processo de desenvolvimento. 
Cabe aos profissionais da primeira infância reconhecer a importância dos 
ambientes, além de planejar, mediar e intervir positivamente no desenvolvimento 
das crianças com quem atua. 
headset 
Podcast 
Neste podcast, os professores Rodrigo Rainha e Taziana Pessoa de Souza 
conversam sobre a importância dos ambientes e sobre as teorias para o 
desenvolvimento infantil. Aproveite! 
Explore + 
Confira as indicações que separamos especialmente para você! 
• Assista ao filme O começo da vida, produzido em 2016 pela Maria 
Farinha Filmes e dirigidopor Estela Renner. O documentário debate a 
importância dos primeiros anos de vida, à luz dos avanços da 
neurociência. O filme destaca a descoberta de que o desenvolvimento de 
todos os seres humanos se dá na combinação da genética com a 
qualidade das relações interpessoais e com o ambiente em que estamos 
inseridos. 
• Acesse o portal da Enciclopédia do Desenvolvimento Infantil. Esse 
material ajuda a perceber o desenvolvimento infantil, reconhecer essas 
fases, e ajuda a perceber as discussões sobre a importância do 
desenvolvimento infantil. 
• Conheça o Programa Criança e Natureza. Trata-se de um movimento 
que compreende a importância de uma infância em que a criança é 
deixada livre para vivenciar o contato com a natureza. Descubra os vários 
benefícios de brincar ao ar livre para o desenvolvimento e para a saúde 
das crianças. 
• Acesse o portal da Biblioteca Parque. No Portal, você entende e 
visualiza a proposta de unir os conceitos de biblioteca e parque: tem-se 
acesso a teatro, cinema, aulas de dança (em alguns casos) e até Cozinha-
Escola, sempre convergindo para a exploração dos acervos e das práticas 
de leitura. Na visão das bibliotecas contemporâneas, novas formas de 
linguagem mediadas pela tecnologia funcionam como estratégia de 
ampliação do repertório cultural: articulam a ideia de ler o mundo com 
múltiplos recursos, alargando os horizontes do ser e o potencial 
educativo, com experimentação e criação. 
Referências 
ANGOTTI, M. Maria Montessori: uma mulher que ousou viver transgressões. 
In: OLIVEIRA-FORMOSINHO, J.; KISHIMOTO, T. M.; PINAZZA, M. A. (orgs.). 
Pedagogias(s) da infância: dialogando com o passado: construindo o futuro. 
Porto Alegre: Artmed, 2007, p. 95-114. 
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino 
Fundamental. Brasília, DF: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2017. 
BRASIL. Lei nº 12.796, de 4 de abril de 2013. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de 
dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, 
para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras 
providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2013. 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretária de Educação Básica. Brinquedos 
e brincadeiras de creches: manual de orientação pedagógica. Brasília, DF: 
MEC/SEB, 2012. 
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação Básica. 
Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF: MEC, 2009. 
CARVALHO, M. I. C.; RUBIANO, M. R. B.. Organização do espaço em 
instituições pré-escolares. In: OLIVEIRA, Z. de M. R. (Org.). Educação Infantil: 
muitos olhares. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995, p. 107-117. 
COMITÊ CIENTÍFICO DO NÚCLEO CIÊNCIA PELA INFÂNCIA. Estudo nº 1: o 
impacto do desenvolvimento na primeira infância. 2014. 
GANDINI, L. Espaços educacionais e de envolvimento pessoal. In: 
EDWARDS, C.; GANDINI, L.; FORMAN, G. (orgs.) As cem linguagens da 
criança. Tradução: Dayse Batista; revisão técnica: Maria Carmen Silveira 
Barbosa. Porto Alegre: Penso, 2016, p. 137-149. 
GUIMARÃES, D. Educação infantil: espaços e experiências. In: CORSINO, P. 
(org.). Educação infantil: cotidiano e políticas. São Paulo: Autores Associados, 
2009, p. 89-99. 
HORN, M. da G. de S. Sabores, cores, sons, aromas: a organização dos 
espaços na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004. 
JOBIM E SILVA, S. Ressignificando a psicologia do desenvolvimento: uma 
contribuição crítica à pesquisa da infância In: KRAMER, S.; LEITE, M. I. Infância: 
fios e desafios da pesquisa. Campinas, SP: Papirus, 2007, p. 39-55. 
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MONTESSORI, M. Pedagogia científica. São Paulo: Flamboyant, 1965. 
OLIVEIRA, M. K. de. Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento: um processo 
sócio-histórico. 4. ed. São Paulo: Scipione, 2003. 
REGO, T. C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural de educação. 
Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. 
SILVA, I. de O. Dossiê educação infantil no Brasil. Pensar a Educação em 
Revista, v. 2, n. 1, p. 3-33, jan.-mar. 2016. 
SOUZA, S. J.; KRAMER, S. O debate Piaget/Vygotsky e as políticas 
educacionais. Cadernos de Pesquisa, n. 77, p. 69-80, maio 1991. 
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos 
processos psicológicos superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007. 
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	Descrição
	Propósito
	Objetivos
	Ambiente na educação infantil
	Identificar a importância do ambiente das instituições de educação infantil para o desenvolvimento das crianças.
	Ambientes que promovem o desenvolvimento infantil
	Definir ambientes nos quais as crianças desenvolvam a expansão criativa, a invenção e a solução de problemas.
	Organização de ambientes educacionais
	Identificar a organização de ambientes que possibilitem a interação entre crianças e adultos.
	Introdução
	1 Ambiente na educação infantil
	Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a importância do ambiente das instituições de educação infantil para o desenvolvimento das crianças.
	Fases do desenvolvimento humano
	Contexto
	Definição de desenvolvimento
	Motor
	Sensorial
	Socioemocional
	Linguístico
	Educação infantil e o ambiente
	Conceito de ambiente
	Educação infantil no brasil
	Legislação brasileira e o ambiente educacional
	A importância do ambiente na educação
	Vem que eu te explico!
	Vamos praticar alguns conceitos?
	2 - Ambientes que promovem o desenvolvimento infantil
	Ao final deste módulo, você será capaz de definir ambientes nos quais as crianças desenvolvam a expansão criativa, a invenção e a solução de problemas.
	A casa dos passarinhos
	Como dar asas à imaginação das crianças e tornar real essa proposta?
	Possibilidades de organização de um ambiente instigador
	Vem que eu te explico!
	Falta pouco para atingir seus objetivos.
	Vamos praticar alguns conceitos?
	3 - Organização de ambientes educacionais
	Ao final deste módulo, você será capaz de identificar a organização de ambientes que possibilitem a interação entre crianças e adultos.
	A organização de ambientes para educação infantil
	Ambiente de educação infantil.
	A relação das crianças com os ambientes
	Planejamento de ambientes que promovem troca de experiências e brincadeira
	Laboratório: um refeitório-restaurante
	Ambientes interativos
	Vem que eu te explico!
	Falta pouco para atingir seus objetivos.
	Vamos praticar alguns conceitos?
	Considerações finais
	Podcast
	Explore +

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