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Aula 2 - Orientação Profissional - Histórico e Uso de Conceitos

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Orientação Profissional 
(histórico e uso de conceitos)
Prof. Esp. Gabriel Ferreira da Silva 
Graduado em Psicologia (UFCG) 
Mestrando em Psicologia Práticas e Inovação em Saúde Mental (UPE)
Esp. em Saúde Mental (IESM)
Esp. em Gestão em Saúde Pública (UNINASSAU)
Existem hoje, no Brasil, 2.638 profissões registradas na Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). 
Dificuldade para os adolescentes decidirem quais profissões seguirem e quais caminhos tomarem em relação à carreira profissional. 
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Orientação profissional de orientação vocacional?
A orientação vocacional 
Ajuda a pessoa a conhecer o seu perfil , suas áreas de interesse, sua vocação
Vai além de teste psicológicos
A vocação indica uma tendência ou habilidade que leva alguém a exercer uma determinada carreira. 
O psicólogo auxilia com ferramentas específicas, a descoberta dessa vocação.
A orientação profissional 
Está mais relacionada ao mundo profissional
Envolve o detalhando informações sobre o mundo do trabalho
alinhamento dos talentos e características com a realidade cultural e profissional.
 Os dois nomes se referem ao mesmo processo - se complementam
“A Orientação Profissional (OP) é compreendida como uma intervenção processual que objetiva instrumentar a pessoa a realizar escolhas conscientes e autônomas na definição de sua identidade profissional” (Melo-Silva & Jacquemin, 2001).
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“Orientação Profissional o processo de facilitação da decisão, por meio do reconhecimento, pelo orientando, das relações entre os elementos sociais, familiares e psicológicos que a influenciam (Noronha, Freitas e Ottati, 2003; Sparta, et al. 2006)
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Escolhas	
Fazem parte das nossas vidas
Não encerra em um único momento 
O tempo todo reafirmamos nossa escolha anterior/transformamos/abandonamos
Atirar para qualquer direção (?) 
O processo de escolha implica: 
autoconhecimento 
informação sobre as profissões 
integração desses aspectos em uma síntese
Construção de uma identificação profissional e um projeto de vida
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A OP tem suas origens situadas na Europa do início do século XX, mais precisamente com a criação do Centro de Orientação Profissional de Munique, no ano de 1902 (Carvalho, 1995). 
Neste momento inicial, o objetivo da Orientação Profissional era o de detectar, na indústria florescente, trabalhadores inaptos para a realização de determinadas tarefas e, assim, evitar acidentes de trabalho;
No entanto, o marco oficial de início da Orientação Profissional situa-se entre os anos de 1907 e 1909, com a criação do primeiro Centro de Orientação Profissional norte-americano, o Vocational Bureau of Boston, e a publicação do livro Choosing a Vocation, ambos sob responsabilidade de Frank Parsons;
Em seu livro, Parsons definia três passos a serem seguidos durante o processo de Orientação Profissional: a análise das características do indivíduo, a análise das características das ocupações e o cruzamento destas informações;
Em 1951 foi publicado o livro Occupational Choice (primeira teoria do desenvolvimento da orientação profissional
Foco do artigo: Orientação Profissional em grupo 
Ciência não é produzida de forma alheia ao contexto social, político e econômico 
Século XX repercussão relevante no âmbito da OP, devido as mudanças ocorridas neste período 
OP no Brasil:
Aplicação da Psicologia às relações de trabalho na década de 20 principal- mente em razão da regulamentação dos cursos destinados à profissionalização para o comércio, indústria e agricultura
Aplicação sistemática da psicologia à organização em 1924 – seleção de alunos para o curso de Mecânica Prática 
1930 – aumento da aplicação da psicologia no trabalho, expandindo para um grande número de empresas;
Contexto político: governo ditatorial de Getúlio Vargas (1930-1945); mudança do modelo de economia agrário-exportador para economia urbano-industrial
(1946-1950) General Dutra, marcado por uma ideologia liberal e mudança da Constituição (ênfase para na cultura, educação)
Se até então a preocupação da Educação era o preparo das elites, na década de 40 passava a ser o atendimento aos contingentes que se formavam nos centros urbanos
A defesa da educação como direito de todos teve sua contrapartida na hipótese de que as pessoas não eram igualmente dotadas pela natureza para usufruírem a oportunidade que o Estado lhes dava e, para justificar essa conclusão, os testes psicológicos, e seu caráter científico, foram amplamente usados. Neste clima social, foi criado o Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP) da Fundação Getúlio Vargas em 1947;
Objetivo do ISOP: contribuir para o ajustamento entre o trabalhador e o trabalho, mediante estudo científico das aptidões e vocações do primeiro e dos requisitos psicofisiológicos do segundo, voltado para a classe média alta nos dez primeiros anos, implementado técnicas de seleção e orientação profissional 
A instalação do ISOP no Rio teve especial importância para a criação do Serviço de Orientação e Seleção Profissional (SOSP) em Belo Horizonte. O SOSP foi criado pela Lei nº 482, de 11 de novembro de 1949, com o objetivo de orientar vocações no meio escolar e estabelecer critérios para a seleção de pessoal destinado à administração pública e organizações particulares
ISOP e SOSP enquadravam-se na perspectiva da administração científica do trabalho. O psicotécnico era o profissional que adquiria o domínio do conhecimento sobre a natureza humana e buscava adaptá-la ao novo contexto da sociedade urbano- industrial;
A finalidade da Orientação Profissional incorporava-se ao ideal de organização e racionalização do trabalho da época, com vistas a uma maior produtividade – orientada segundo o pensamento do homem certo no lugar certo
Os testes vocacionais tinham a finalidade de orientar profissionalmente os jovens para uma escolha coerente com suas aptidões, mas principalmente com vistas à maior eficiência do processo produtivo.
Direcionando os indivíduos para diferentes pro- fissões pelas suas capacidades, sem considerar as diferentes condições de classe ou a história de vida do sujeito, a Orientação Profissional transformava as determinações sociais em características inerentes ao indivíduo.
Ao exame dessa abordagem das origens da Orientação Profissional no Brasil é possível notar que ela se constitui no início do século XX como uma modalidade estritamente psicométrica;
Os empresários foram seus principais defensores e os engenheiros os pioneiros neste campo de atuação;
Década de 60 – substituição dos testes psicológicos para o auxilio do autoconhecimento (influência de Rogers nos EUA) e a focalização dos aspectos inconscientes (influência de Freud na Europa)
Anos 50 e 60 – revista brasileira Arquivos Brasileiros de Psicotécnica (principal instrumento de divulgação dos trabalhos de OP)
Ruth Scheefer Simões, professora do ISOP – desenvolvia estudos qualitativos, estudando a validade do aconselhamento profissional e a problemática profissional na escolha profissional.
Lourenço Filho: o gosto ou preferência pessoal por uma espécie de trabalho e pelas relações pessoais que o tipo de trabalho engendra 
1964-1968 cenário político marcado pelo novo regime, o governo militar: repressão e contenção dos movimentos estudantis
Década de 60 – expansão do ensino superior, porém de caráter privatista, mas a abertura de vagas não modificou o elitismo, pois a classe trabalhadora ficou de fora;
1968 – reforma universitária
Década de 70 – transição do uso de testes, cujos eram constituídos a maioria dos artigos publicados para o uso de publicações de Informação Ocupacional: descrição de diferentes ocupações e profissões (o que é, quem faz, onde faz, o que estuda, o que é exigido)
1973 Ruth Scheefer Simões – apresenta o conceito tradicional de orientação profissional e conceitua a definição de maturidade vocacional (grau de capacidade de enfrentar e executar as tarefas evolutivas vocacionais
1978 Primeiroartigo sobre OP em grupo (fenomenologia e estratégia clínica)
Insatisfeitos com a teoria traço fator, alunos e professores da USP contribuíram para uma nova estratégia: trabalho em grupo com início meio e fim, abordando aspectos de personalidade, bem como do trabalho e as condições de mercado.
Traço-fator: Modelo de adequação entre pessoas e ocupações. Isolando-se e quantificando os traços de personalidade com as aptidões específicas, é possível adequar indivíduos e ocupações - a pessoa certa no lugar certo, sem levar em conta o indivíduo. 
Carvalho, professora da USP defende sua tese de doutorado, onde aponta a OP em dinâmicas de grupo que ela desenvolveu, constando cinco sessões de três horas de duração cada. Objetivo: ensinar a escolher e possibilitar a decisão vocacional por meio dos fatores básicos: autoconhecimento, informação ocupacional e mercado de trabalho, superando a abordagem estritamente estatística 
Anos 80, transição do regime militar para o democrático, favorecendo e tentando redefinir as práticas de OP. Havia um movimento de repensar o lugar da psicologia, saindo dos consultórios e o contato com os alunos com as escolas públicas (educação popular)
Adaptação dos testes vocacionais para o contexto brasileiro 
ISOP – Instituto Superior de estudos e pesquisas psicossociais 
Seminário de Informação Ocupacional (década de 80) – banco de dados sobre as profissões
A Orientação Profissional em grupo em 1983 Soares apresentou, em sua dissertação de mestrado em Educação na Universidade Federal de Santa Catarina, um processo de Orientação Profissional estruturado (passível de alterações de acordo com o desenrolar dos encontros) para realizar-se em sete encontros de aproximadamente duas horas, com grupo de oito pessoas, um coordenador e um observador participante.
A Orientação Profissional deve se voltar para os interesses das classes trabalhadoras e com menos ênfase para os jovens oriundos da burguesia. A Orientação Profissional que operava ignorando as desigualdades sociais – as diferenças no tocante à escolha ocupacional são individuais - críticas quanto a Orientação Profissional, baseada na concepção de vocação, que esconde a realidade que é socialmente injusta, por colocar no indivíduo toda a culpa pelo seu insucesso profissional. 
Discussão sobre a escolha profissional ser multideterminada
1993 criada a Associação Brasileira de Orientação Profissional – consolidação do espaço onde pudesse construir a identidade do orientador profissional e definição de políticas para esse campo de atividade
Atualmente, a ABOP é o novo centro de organização e promotor da OP no Brasil;
Crítica sobre o enfoque clínico e estatístico discutida na maior parte dos artigos publicados nos anos 90;
Teorias psicológicas sustem as práticas de OP – 13 serviços analisados (08 psicanálise, 02 socio-histórico, 1 psicopedagógico, 1 teoria desenvolvimentista, 1 psicodramático e 1 evolutivo-cognitivista);
Dois testes projetivos: 1. Teste de Fotos e Profissão (BBT) e o Teste Projetivo Omega 
As publicações da década de 90 revelam que não existe um único referencial teórico e metodológico no qual se baseia a Orientação Profissional, mas é possível reconhecer que a Psicologia oferece importantes referenciais e que predominam as perspectivas clínica e psicométrica. 
Mudança de cenário no final do século XX para o advento da microeletrônica, pelo avanço das telecomunicações e pelo incremento da automação (quais os impactos disso na OP??)
Essa mudança considera a relevância dos fatores sociais no processo de escolha, mas é importante que o orientador baseie sua prática em referenciais teórico-metodológicos psicossociais.
Refletindo sobre a OP:
O quadro complexo e diverso da produção científica dificulta a classificação das abordagens utilizadas em Orientação Profissional.
Início visava apenas analisar as aptidões para melhor ajustamento do trabalho
Ao longo da história, viu-se a importância do autoconhecimento 
Período da ditadura marcado pela psicometria 
Depois da década de 80 – Caráter clínico em OP
Embora a Orientação Profissional estivesse presente em Departamentos de Psicologia Social quando foi definido o currículo mínimo do curso de Psicologia em 1962, somente na década de 90 identificamos trabalhos que abordam a Orientação Profissional a partir de referenciais da Psicologia Social. 
Vantagens de OP em Grupo: facilita a percepção das influências familiares, sociais e econômicas;
Ainda é necessário esclarecer sobre o processo de formação grupo, de afiliação e pertencimento, de comunicação, sobre o papel do coordenador, entre outros.
Orientação Profissional:
Passou por quatro estágios teórico-práticos (Oswaldo de Barros Santos):
Informativo:
a respeito das profissões.
Psicométrico: 
Atribui pouca importância à realidade e à diversificação do mercado;
Valoriza as características pessoais;
Analisa as funções exigidas por cada tipo de trabalho;
Avalia a inteligência, aptidões motoras e sensoriais, personalidade – além de definir a profissão mais adequada para cada indivíduo.
Clínico:
Papel ativo do indivíduo;
Enfatiza autocompreensão e autodireção;
Orientador facilita o desenvolvimento do processo.
Político Social:
Inclui o contexto sócio-político do processo de escolha profissional.
Principais instrumentos e técnicas para intervenção:
Testes (verificar se está autorizado pelo CFP:
Avaliação dos Interesses Profissionais (AIP);
Escala de Aconselhamento Profissional (EAP);
Escala de Maturidade para a Escolha Profissional (EMEP);
Berufsbilder Test (BBT) – teste de fotos das profissões;
Teste de frases incompletas;
Jogos;
Narrativas de vida;
Desenhos;
Outros...
Atuação do psicólogo em programas de Orientação Profissional 
Deve dar atenção à conjuntura histórica e social do trabalho, o que significa pensar em intervenções de cunho reflexivo
Pode realizar OP com sujeitos em diferentes fases profissionais, inclusive com aqueles que já escolheram e trabalham há anos em uma carreira.
Utiliza métodos e técnicas de uso privativo do psicólogo em OP(testes psicológicos ) e outra estratégias mais dinâmica, como entrevistas, dinâmicas de grupo,.
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