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elementos da psicomotricidade modulo4

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Prévia do material em texto

Conteudista
Prof.ª Ma. Evelyn Camponucci Cassillo Rosa
Revisão Textual
Aline de Fátima Camargo da Silva
Elementos da Psicomotricidade
2
Sumário
Objetivos da Unidade ........................................................................................................... 3
Contextualização .................................................................................................................. 4
Introdução .............................................................................................................................. 4
Psiquismo e Motricidade ..................................................................................................... 6
Áreas da Psicomotricidade ................................................................................................. 8
Esquema Corporal (Formação do EU) ........................................................................................8
Lateralidade ........................................................................................................................................ 12
Lateralidade Cruzada ....................................................................................................................... 15
Estruturação ou Orientação Espacial ........................................................................................ 15
Estruturação ou Orientação Temporal .................................................................................... 19
Tônus ou tonicidade ......................................................................................................................... 21
Equilíbrio ............................................................................................................................................... 21
Coordenação Motora Global / Ampla (praxia global) 
e Coordenação Motora Fina (praxia fina) ...............................................................................23
Em Síntese ............................................................................................................................ 25
Atividades de Fixação ........................................................................................................ 26
Material Complementar..................................................................................................... 27
Referências ...........................................................................................................................28
Gabarito ................................................................................................................................ 29
3
Atenção, estudante! Aqui, reforçamos o acesso ao conteúdo on-line para 
que você assista à videoaula. Será muito importante para o entendimento 
do conteúdo.
Este arquivo PDF contém o mesmo conteúdo visto on-line. Sua disponibili-
zação é para consulta off-line e possibilidade de impressão. No entanto, re-
comendamos que acesse o conteúdo on-line para melhor aproveitamento.
• Apresentar as áreas da psicomotricidade, fundamentais ao desenvolvimento 
infantil;
• Compreender os mecanismos da psicomotricidade no corpo;
• Melhorar a compreensão quanto à importância do movimento, das brincadei-
ras e das experiências que contribuem para a tomada de consciência do es-
quema corporal.
Objetivos da Unidade
4
VOCÊ SABE RESPONDER?
Você conhece todos os elementos da psicomotricidade e o quanto e como estão 
diretamente ligados à aprendizagem?
Contextualização
Para iniciarmos nossa contextualização, sugiro que leia o artigo da revista Eventos 
Pedagógicos, denominado A psicomotricidade na educação infantil (2021), o qual 
traz uma reflexão sobre a relevância do conhecimento desta ciência na formação do 
docente, em prol do desenvolvimento integrado entre o corpo, a mente e o social 
do seu aluno(a).
É importante que você faça a leitura deste pequeno artigo, a fim de refletir a respeito 
da sua formação profissional e do seu papel como educador, no intuito de despertar 
sua consciência quanto à atuação dessa prática.
Introdução
Até o presente momento, observamos que a psicomotricidade estuda o homem por 
meio do seu corpo em movimento e a relação deste com os mundos interno e exter-
no. Não apenas o movimento (motricidade), mas também o intelecto (cognitivo) e o 
afeto (emoção) fazem parte do desenvolvimento humano e precisam de estímulos 
para que se desenvolvam integralmente.
Nós, educadores, precisamos compreender a educação psicomotora como 
meio fundamental para ajudarmos a criança na superação de suas dificulda-
des, e, consequentemente, para seu pleno desenvolvimento.
Leitura
A psicomotricidade na educação infantil.
https://youtu.be/NTzmucgmxnM
5
Nesta unidade, portanto, conceituaremos os elementos da psicomotricidade, tais 
como a coordenação motora fina e ampla, a tonicidade, o equilíbrio, a orientação 
espacial e temporal, entre outros, a fim de adquirir um conhecimento mais aprofun-
dado e de saber atuar na prática com nossos alunos(as), estimulando, orientando e 
propiciando experiências nas quais trabalhem e integrem a motricidade, o cognitivo 
e o afetivo, ampliando o conhecimento do próprio corpo, e, logo, permitindo um 
melhor desenvolvimento da criança.
Apesar de os estudos sobre a psicomotricidade serem, de certa forma, recentes, 
atualmente, profissionais de diversas áreas, principalmente, educacional, têm bus-
cado melhores formas de alcançar êxito quanto à aprendizagem dos seus alunos(as), 
utilizando-se dessa ciência.
Importante
É importante sabermos que a aprendizagem é diferente de en-
sino, já que este está voltado apenas à transmissão de conteú-
dos e conhecimentos por meio de livros e/ou aulas expositivas, 
atendendo somente ao conhecimento intelectual/cognitivo. 
Assim, neste momento, é crucial que você faça uma reflexão 
sobre os modelos tradicionais de ensino, ou seja, as quatro pa-
redes da sala de aula fechada, alunos(as) enfileirados(as), pro-
fessores(as) autoritários(as) à frente como detentores únicos 
do saber, estudantes que não têm liberdade para opinar ou se 
expressar, bem como não se movimentam e não se relacionam 
entre si, modelos antigos os quais, embora, infelizmente ainda 
existam em alguns locais, já não atendem mais ao mundo con-
temporâneo em que vivemos, pois são modelos ultrapassados.
Atualmente, a literatura enfatiza a relevância das relações, das expressões, dos ges-
tos, do movimento do corpo e sua relação com os objetos e o ambiente que os cer-
ca, isto é, um constante envolvimento entre afetividade e movimento, o qual resulta, 
consequentemente, na cognição. 
Vale ressaltar que, frequentemente, os profissionais buscam meios de atingir a 
aprendizagem significativa, ter um olhar mais cauteloso à individualidade e diferen-
ças dos seus(as) alunos(as), procurando, assim, estratégias a fim de atender com 
qualidade ao desenvolvimento de cada um.
Desse modo, a psicomotricidade tem um papel crucial nesse desenvolvimento, já 
que trata as habilidades emocionais, motoras e cognitivas nas várias etapas da vida 
6
do ser humano, uma vez que as atividades proporcionadas durante a educação in-
fantil irão embasar todas as demais fases da vida da criança. 
Por isso, é extremamente primordial o entendimento de que quanto mais experiên-
cias e estímulos você oferecer à criança, ou seja, quanto mais estrutura ela tiver no 
decorrer dos estágios da sua primeira infância, mais as habilidades cognitivas e de 
aprendizagem serão solidificadas e definidas.
É muito importante compreendermos que por intermédio do corpo e do movi-
mento a criança conhece a si, ao outro, conhece o mundo, apropria-se de sua 
cultura, além de expressar seus sentimentos, pensamentos, anseios e intenções. 
É nessa primeira etapa da vida, que ela se desenvolve e adquire habilidades que 
contribuirão com sua aprendizagem, com o conhecimento de si e o desenvolvi-
mento ao longo dos tempos.
Contudo, sabemos que, na maioria das vezes, dentro dos espaços escolares,ape-
nas no momento das aulas de Educação Física é que o corpo será trabalhado. 
É fundamental destacarmos que o movimento corporal não é uma tarefa apenas do 
profissional de educação física, mas de todo profissional que esteja envolvido com 
a aprendizagem das crianças, daí a importância de nós, educadores, aprofundarmos 
nossos conhecimentos sobre o tema proposto.
O desenvolvimento do ser humano 
acontece na relação interna com o am-
biente (externo) no qual se está inseri-
do: seus espaços, objetos e na relação 
com as pessoas com quem interage. 
O movimento é o elo de comunicação 
entre o corpo e todas essas relações, 
porém, quando falamos em movimen-
to, não podemos nos restringir apenas 
ao deslocamento do corpo no espaço, 
antes, devemos entendê-lo como a 
linguagem do corpo humano que, em 
algumas etapas da vida, por exemplo, 
enquanto bebês, torna-se o meio de 
comunicação principal de expressão, 
a linguagem propriamente dita.
7
Psiquismo e Motricidade
Sabemos que a psicomotricidade é a ciência que estuda o homem por meio do seu 
corpo em movimento e das relações entre os mundos interno e externo. A própria 
nomenclatura dessa ciência nos explica os aspectos do desenvolvimento humano 
em que se debruçam seus estudos, sendo a psicomotricidade: 
De acordo com o psicólogo soviético Alexis N. Leontiev (1978), o psiquismo huma-
no se estrutura a partir da atividade social e histórica dos indivíduos, ou seja, pela 
apropriação da cultura humana material e simbólica, produzida e acumulada objeti-
vamente ao longo da história da humanidade (Rossler, 2004).
A consciência é, portanto, um atributo do psiquismo humano, a qual se forma à medida 
em que criamos imagens em nossa mente sobre a realidade concreta, isto é, da nossa 
realidade, do ambiente no qual vivemos, das relações que temos, da nossa cultura. 
A essas imagens damos nomes (signos) e, dessa forma, constituímos nossa linguagem.
Já a motricidade tem como base de estudo o movimento, cujo engloba as funções 
nervosas e musculares, além dos impulsos elétricos, os quais, em conjunto, permi-
tem tanto os movimentos voluntários quanto os involuntários do corpo humano.
psi (psíquico – afetivo) + co (cognitivo – intelectual) + motric (motricidade 
– físico) + idade (as diversas etapas da vida do ser humano).
Vídeo
Para compreender melhor a formação do psi-
quismo humano, sugiro que assista ao vídeo 
O Psiquismo Humano e o Desenvolvimento 
Funcional Complexo, do professor Dr. Ricardo 
Eleuterio. Nele, é apresentado o psiquismo 
como sendo as representações mentais da rea-
lidade na qual vivemos, sendo que essas repre-
sentações são responsáveis por organizar nos-
sos modos de agir, sentir e pensar (formando 
a personalidade e o comportamento humano). 
https://youtu.be/NTzmucgmxnM
8
Assim, a psicomotricidade busca compreender as interações que ocorrem 
entre o psiquismo e a motricidade. “A psicomotricidade está relacionada 
com o processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições 
cognitivas, afetivas e orgânicas” (Duarte, 2015, p. 22)
É essencial você compreender que, por meio dos sentidos e sensações, a criança 
recebe os estímulos proporcionados pela experiência motora, possibilitando que ela 
construa suas noções de tamanho, formas, proporções e, ainda, suas impressões 
visuais, auditivas e táteis. À medida em que a criança movimenta seu corpo e tem 
ações sobre o ambiente e objetos, ela experimenta, testa, amplia suas sensações, 
percepções e, consequentemente, desenvolve suas funções cognitivas.
[...] o comportamento físico da criança expressa, uma a uma, suas di-
ficuldades intelectuais e emocionais [...] ao vermos o corpo em movi-
mento, percebemos a ação dos braços, pernas e músculos gerada pela 
ação da mente.
José, Coelho, 1991, p. 108, apud Duarte, 2015, p. 22
Dessa forma, a educação psicomotora contribui para o desenvolvimento das crian-
ças em sua totalidade, além de também auxiliar aquelas que apresentam atraso mo-
tor (desde os casos mais leves até os mais sérios).
No intuito de nos ajudar a entender todas essas relações, bem como nos orientar à 
prevenção de dificuldades no desenvolvimento das crianças, e, ainda, auxiliar-nos a 
identificar atrasos motores, a psicomotricidade demonstra certos elementos/áreas 
do desenvolvimento psicomotor, os quais estudaremos adiante.
Áreas da Psicomotricidade
Esquema Corporal (Formação do EU)
O Esquema Corporal é uma pré-consciência que adquirimos a respeito do nosso 
próprio corpo, e, ainda, sobre como podemos nos expressar e agir por meio dele.
Conhecer o próprio corpo, identificar manifestações e ou sintomas, como os deri-
vados de estresse, são aspectos básicos que precisam ser desenvolvidos desde a 
primeira infância mediante um trabalho psicomotor, lembrando-se que à medida 
que o corpo cresce, vão acontecendo ajustes e modificações no esquema corporal.
9
Com isso, desenvolver a consciência corporal nos possibilita identificar informa-
ções cruciais dadas pelo nosso próprio corpo. Quando a criança não desenvolve 
essa consciência, possivelmente apresentará distúrbios ligados à aprendizagem e 
ao comportamento.
A educação psicomotora deve ser considerada como uma educação de 
base na escola primária. Ela condiciona todos os aprendizados pré-esco-
lares; leva a criança a tomar consciência de seu corpo, da lateralidade, a 
situar-se no espaço, a dominar seu tempo, a adquirir habilmente a coor-
denação de seus gestos e movimentos. A educação psicomotora deve ser 
praticada desde a mais tenra idade; conduzida com perseverança, permite 
prevenir inadaptações difíceis de corrigir quando já estruturadas [...] 
Le Boulch, 1984, p. 24
Antes mesmo de entrar na escola, a criança já vivenciou diversas atividades corporais 
que contribuem para a construção de sua auto-imagem, a qual, por sua vez, permite 
a ela identificar, localizar e nomear as partes do seu corpo (estrutura corporal); ter 
domínio sobre este, controlando seus movimentos e compreendendo quais partes 
do corpo se usa em cada movimento (ajuste corporal); experimentar situações; agir 
sobre o espaço, objetos etc. 
Toda a harmonia dos movimentos em relação às experiências permite que a criança 
se sinta bem e segura, e, dessa maneira, conforme sua maturidade, suas ações pas-
sam a ser mais intencionais.
Figura 1 – Atividades corporais
Fonte: Getty Images, 2023
10
Saiba Mais
A evolução do esquema corporal ocorre desde as primeiras sen-
sações do bebê; aos 5 meses há o início das percepções das 
mãos e dos pés; aos 9 meses, o desenvolvimento motor lhe 
proporciona impressões novas da percepção e da motricidade: 
andar, sentar etc. Dos 11 aos 13 meses, com a ampliação visu-
al, há um aumento nas possibilidades de movimentação. Aos 
18 meses, a criança possui uma noção de seu próprio corpo, mas 
ainda não o projeta em relação ao corpo dos outros. Entre os 
2 e 3 anos, adquire controle de órgãos de eliminação. Dos 3 anos 
aos 4 anos, descobre a diferença entre os sexos, tanto corporal-
mente como intelectualmente e, aos 5 anos, completa-se um 
primeiro esquema corporal. Portanto, a criança de 6 anos que 
não possuir a noção de esquema corporal será desajeitada ou 
descoordenada, o que a prejudicará afetivamente (Mutschele, 
1985 apud Duarte, 2015, p. 25).
Ao desenvolver a consciência corporal, faz-se necessário experiências interpessoais, 
momentos de reflexão e autoconhecimento, possibilitando, por exemplo, o trabalho 
com pequenos relaxamentos e respiração. Tais atividades são capazes de contribuir 
para a melhora da concentração, atenção, além de aproximar a criança de si, de suas 
sensações e percepções.
Livro
Sugiro a leitura do livro Pedagogia do movimento: universo lú-
dico e psicomotricidade. Nele, os autores descrevem alguns es-
tudos de caso, a que denominam Caso de Ensino. Na página 47, 
o Caso de Ensino I aborda a Consciência Corporal e um trabalho 
todo voltado ao relaxamento e respiração dos(as) alunos(as), ten-
do como foco a concentração e conhecimento do próprio corpo.
MARINHO,H. R. B. et al. Pedagogia do movimento: universo lú-
dico e psicomotricidade. Curitiba: InterSaberes, 2012. E-book.
É primordial relacionarmos os movimentos das crianças aos objetivos educacio-
nais que privilegiam a aprendizagem. A própria Base Nacional Comum Curricular 
(BNCC), a qual tem como eixos estruturantes, as interações e as brincadeiras, or-
ganizou-se na Educação Infantil, em cinco campos de experiências, entre estes, 
o campo “Eu, o outro e o nós”, enfatizando a autonomia da criança, o cuidado 
11
consigo, o conhecimento de si e do outro, a fim de que ela se aproprie de sua cultura 
e aprenda o respeito à diversidade. 
Já o campo de experiências “Corpo, Gestos e Movimentos”, voltado à psicomotri-
cidade, têm o corpo e o movimento da criança como base do desenvolvimento, da 
aprendizagem, das brincadeiras, do conhecimento que ela vai adquirindo mediante 
as várias linguagens, tais como música, dança, teatro, brincadeiras de faz de conta, 
entre outras experiências as quais estimulam e colaboram para o seu crescimento e 
desenvolvimento psicomotor.
Neste momento, é preciso que você compreenda a relevância do trabalho com ati-
vidades voltadas à consciência corporal, pois a partir do reconhecimento do cor-
po, a criança desenvolve outras áreas importantes, como a coordenação, a postura, 
o desenvolvimento da função tônica, além da estrutura espaço temporal e a latera-
lidade, conforme veremos a seguir.
Figura 2 – Consciência corporal
Fonte: Adaptado de Getty Images, 2023
Leitura
Sugiro que conheça a Base Nacional Comum 
Curricular, explorando a etapa da educação 
infantil, disponível no link a seguir. Nesse 
documento, você terá acesso aos Direitos 
de Aprendizagem e Desenvolvimento na 
Educação Infantil, bem como aos campos 
de experiências em que a BNCC estrutura os 
objetivos de aprendizagem em cada fase de 
desenvolvimento da criança.
https://bit.ly/2yserb9
12
Lateralidade 
A lateralidade é a capacidade de utilizar os dois lados do corpo, tanto o lado direito 
quanto o esquerdo, durante a movimentação do corpo. “A lateralidade é a propen-
são que o ser humano possui de utilizar preferencialmente mais um lado do corpo 
do que o outro em três níveis: mão, olho e pé” (Oliveira, 1997, p. 62 apud Duarte, 
2015, p. 25).
Importante
É fundamental entendermos que, normalmente, as pesso-
as desenvolvem mais habilidades em um dos lados do corpo 
devido à sua dominância cerebral, significando que, se uma 
pessoa possui dominância cerebral esquerda, ela desenvolverá 
maior habilidade do lado direito do corpo (destros). O contrá-
rio acontece com as pessoas cuja dominância cerebral está 
no lado direito, as quais desenvolvem maior habilidade do lado 
esquerdo do corpo (canhotos).
A lateralidade permite que os movimentos estejam combinados em uma ação mo-
tora, determinando, assim, um lado predominante.
Figura 3 – Ação motora
Fonte: Getty Images, 2023
13
Devemos observar que, por volta do primeiro ano de vida, a criança usa as duas 
mãos para pegar e manusear objetos, e, conforme vai crescendo, delimita mais sua 
preferência quanto ao uso de um dos lados. Por volta de 2 anos, a maioria delas já 
definiu sua lateralidade, ainda que faça uso da mão ou pé oposto. 
Por isso, é muito comum ouvir algumas pessoas dizerem: “meu filho será canhoto, 
pois ele come com a mão esquerda”, entre outras frases que se referem à criança 
nessa faixa etária. Veja que apenas aos 6 anos a lateralidade está totalmente definida 
e, só então, saberemos quais crianças serão destras ou canhotas. Até essa faixa etá-
ria, portanto, é fundamental que ela seja estimulada, principalmente nas atividades 
escolares, a usar ambos os lados, a fim de desenvolver sua predominância.
Figura 4 – Manuseio de objetos
Fonte: Getty Images, 2023
Importante
Jamais devemos forçar uma criança a mudar o seu lado domi-
nante, isto é, a criança é canhota e o adulto exige que ela utilize a 
mão direita, pois isso pode ocasionar inúmeros transtornos nas 
funções psicomotoras.
14
Aos 6 anos de idade, com a lateralidade bem definida, a criança se conscientiza do 
seu eixo corporal, ou seja, distingue frente e atrás, direita e esquerda em seu próprio 
corpo. Essa conscientização já faz parte da primeira etapa da orientação espacial, 
área da psicomotricidade que vai trabalhar a localização da pessoa em relação ao 
espaço/ambiente e objetos, conforme veremos a seguir.
Figura 5 – Eixo corporal
Fonte: Getty Images, 2023
A lateralidade continua evoluindo e, aos 7 anos de idade, a criança já consegue com-
preender a noção de direita e esquerda a partir do seu próprio corpo em relação ao 
outro, isto é, de maneira espelhada (sua direita é a esquerda de quem está à frente).
Figura 6 – Lateralidade
Fonte: Adaptado de Getty Images, 2023
O cérebro funciona de forma integrada, assim, as dificuldades na lateralidade são 
capazes de afetar outras funções, como:
• habilidade motora;
• a fala e a escrita;
• localização no espaço (noções de dentro e fora, em cima e em baixo);
15
• desempenho inferior na leitura e na escrita em comparação com crianças com 
dominância lateral completa (inclusive espelhamento das letras e números);
• dislexia;
• desempenho inferior em matemática em comparação com crianças com do-
minância lateral completa.
Lateralidade Cruzada
A lateralidade é a predominância de um dos lados (direito ou esquerdo) utilizado 
pelas pessoas a fim de realizarem suas atividades, tais como escrever, comer, ouvir, 
entre outras. 
Contudo, é importante tomar conhecimento de que existem outros casos nos quais 
o indivíduo faz uso da mão direita para escrever, do pé direito para chutar, mas, se 
vai olhar por um telescópio, por exemplo, utiliza-se do olho esquerdo, ou seja, para 
algumas tarefas usa um lado do corpo e, para as demais, o outro lado. Diante disso, 
temos a lateralidade cruzada, a qual, segundo Silva (2015, p.10) “[...] há discordância 
estabelecida entre o lado preferencial utilizado pelo membro superior e inferior, ou 
entre olhos e membros.”
Vídeo
Pessoas com lateralidade cruzada apresentam 
dificuldades de aprendizagem, bem como bai-
xa estima, fadiga, falta de atenção etc.
Estruturação ou Orientação Espacial
Conforme a criança vai crescendo, sendo estimulada e se desenvolvendo, ela passa a 
fazer uma construção mental de tudo o que a cerca, por meio dos seus movimentos. 
Em outros termos, ela começa a se situar no espaço em que vive, isto é, relaciona 
seu corpo ao espaço, aos objetos e às pessoas, bem como os posiciona quanto à 
distância, o lado de dentro-fora, frente e atrás, longe ou perto e assim por diante 
“Através do espaço e das relações espaciais que nos situamos no meio em que vive-
mos, em que estabelecemos relações entre as coisas, em que fazemos observações, 
https://bit.ly/3rxPoiS
16
comparando-as, combinando-as, vendo as semelhanças e diferenças entre elas” 
(Oliveira, 1997, p.74 apud Duarte, 2015, p. 27).
Assim, devemos compreender que primeiro a criança percebe o seu corpo (esque-
ma corporal), depois percebe seu corpo em relação ao espaço e, em seguida, a po-
sição dos objetos em relação a si própria, e, por fim, relaciona os objetos entre si.
A percepção sensorial (visão, tato, audição etc.) leva a criança a notar as caracterís-
ticas dos objetos, possibilitando uma organização destes no espaço, visto que ela 
conseguirá classificá-los por tamanho, peso, cor, entre outras propriedades as quais 
permitem agrupamentos.
É crucial que nós, como educadores, tenhamos um planejamento focado em ati-
vidades nas quais trabalhem os elementos da psicomotricidade, tendo em vista a 
predominância da área a ser trabalhada dentro de cada tarefa.
A seguir, colocamos alguns exemplos de atividades para trabalharmos, predominan-
temente, a estrutura/orientação espacial:
Figura 7 – Brincar de amarelinha (frente, atrás, um lado, o outro, dentro, fora, linha)
Fonte: Getty Images
#ParaTodosVerem: foto de crianças brincando de amarelinha, que está desenhada no chão. Na imagem há três 
crianças,duas meninas na faixa de 5 anos e uma bebê na faixa de 2 anos. As duas meninas maiores estão na 
amarelinha, uma com os pés dentro de dois quadrantes e a outra aguardando sua vez. A bebê está de costas, 
segurando uma bola. Fim da descrição.
17
Figura 8 – Brincar de gangorra (em cima, em baixo)
Fonte: Getty Images, 2023
#ParaTodosVerem: foto de duas meninas, aproximadamente de 5 anos, brincando em uma gangorra de uma 
praça. Uma delas está suspensa e veste uma camiseta amarela; a que está no chão, veste uma camiseta azul. 
Fim da descrição.
Figura 9 – Brincar de faz de conta (dentro / fora)
Fonte: Getty Images, 2023
#ParaTodosVerem: foto de dois meninos brincando de marinheiros, trata-se de uma brincadeira de faz de con-
ta. Um menino está dentro de uma caixa de papelão, que simula um navio. Ele segura um rolo de papel, o qual 
simula uma luneta. O outro, também segura um rolo de papel e está dentro de uma cesta, também simulando 
um navio e uma luneta, respectivamente. Fim da descrição.
18
O que aprender em estruturação espacial?
• Situações (dentro, fora, no alto, abaixo, longe, perto);
• Tamanho (grosso, fino, grande, médio, pequeno, estreito, largo);
• Posição (em pé, deitado, sentado, ajoelhado, agachado, inclinado);
• Movimento (suspender, abaixar, empurrar, puxar, dobrar, estender, gi-
rar, rolar, cair, levantar-se, subir, descer);
• Formas (círculo, quadrado, triângulo, retângulo);
• Qualidade (cheio, vazio, pouco, muito, inteiro, metade);
• Superfícies e Volumes.
Frise-se, ainda, a importância dessas atividades para a preparação da criança às de-
mais fases de desenvolvimento, pois:
[...] as alterações na formalização da escrita também estão vinculadas a 
problemas de origem orgânica, como os motores, que impedem a facilida-
de de certos movimentos. Durante a execução da leitura e escrita nota-se 
a postura corporal, o sentar, as tensões, o relaxamento, modo de preensão 
do lápis, concentração etc. 
Weiss, 2000 apud Duarte, 2015, p. 27
Desse modo, a criança que desenvolve a orientação espacial, aprende noções fun-
damentais ao seu desenvolvimento, como noções de distância, direção, entre ou-
tras. Além disso, ela desenvolve a memória espacial, a qual possibilita, por exemplo, 
reproduzir por intermédio de um desenho a imagem de um espaço antes observado.
Por outro lado, quando as bases da psicomotricidade não são bem desenvolvidas 
e/ou trabalhadas, a criança pode demonstrar transtornos psicomotores, prejudican-
do, inclusive, sua aprendizagem escolar. Por exemplo, a criança que não desenvolveu 
a consciência corporal plenamente, pode não ter domínio do seu corpo, comprome-
tendo, assim, os demais elementos da psicomotricidade. 
Se a estrutura espacial está lesada, a criança pode exibir dificuldades ligadas à re-
presentação abstrata de direita e esquerda, ou, ainda, pode não conseguir escrever 
na pauta (na linha horizontal do caderno), realizando movimentos ascendentes ou 
19
descendentes, podendo, igualmente, apresentar dificuldades quanto à posição das 
letras, espelhando estas no momento da escrita, não discriminando as suas direções 
e/ou números, como “b” e “p”, “6” e “9”, “b” e “d”, “p” e “q”, “15” e “51”.
Ainda, é essencial distinguir a fase da alfabetização e não as confundir com os trans-
tornos psicomotores, já que é muito comum as crianças espelharem as letras, es-
creverem da direita para a esquerda ou usarem o caderno de ponta-cabeça no início 
da alfabetização, o que não significa um transtorno. 
Por isso, aos poucos, com o trabalho de associação ao alfabeto, mostrando à criança 
qual é a posição correta da letra ou a forma de utilização do caderno, ela passará a 
compreender e, consequentemente, ajustar sua escrita e as posições. Daí, a impor-
tância de o educador ter um olhar cauteloso ao desenvolvimento de cada uma delas, 
orientando-as sempre que for necessário.
Estruturação ou Orientação Temporal 
A estruturação ou orientação temporal trata da maneira como a criança se situa no 
tempo. Ela exibe a sequência de acontecimentos, bem como a duração, o intervalo 
e o ritmo no tempo, tais como: antes, durante, após, ontem, hoje, amanhã, os dias 
dentro do mês, as semanas, e assim por diante. 
Ressalte-se que é bastante comum as crianças, durante sua fala, dizerem, por exem-
plo, “vou para a escola ontem” ou “amanhã foi o aniversário da Maria?”, “depois de 
ontem”, “antes de hoje” entre outros. Isso ocorre pelo fato das noções de tempo 
serem difíceis para elas associarem, principalmente, por serem noções abstratas.
No entanto, precisamos também observar que a percepção temporal comprometi-
da afetará o desenvolvimento da criança (aqui, enfatizamos, principalmente, o de-
senvolvimento escolar). “[...] a leitura exige a percepção temporal e a sincronização 
entre a leitura e os movimentos oculares (olhos) e linguagem interior (mental) em 
coordenação com a respiração para a leitura em voz alta” (Duarte, 2015, p. 28).
A estrutura espacial não desenvolvida pode afetar o ato de ler, levando a 
criança a dificuldades, como pular linhas, palavras e/ou problemas para mo-
ver os olhos da esquerda para a direita durante a leitura.
20
Para realizar a leitura, a criança preci-
sa ter domínio do ritmo, a sequência 
do som no tempo, e, ainda, possuir 
memória visual e auditiva. É muito co-
mum que as crianças, principalmente 
na fase da alfabetização, escrevam 
tudo junto, sem perceber os espaços 
entre as palavras, por exemplo, “es-
petei minhamãocomogarfo”. Assim, 
o trabalho com cantigas, parlendas, 
contação de histórias, identificação 
de palavras nas músicas cantadas, en-
tre outros, ajudam a criança a perce-
ber o som e sua sequência, ajustando 
sua escrita da maneira correta.
É importante entendermos que a orientação temporal caminha junto à orientação 
espacial, pois:
[...] o corpo coordena-se, movimenta-se dentro de um espaço determi-
nado e em função do tempo, em relação a um sistema de referência. 
Sendo assim, não se concebe a ideia de espaço sem referência à noção 
de tempo e por esta razão muitas vezes nos deparamos com referências 
à orientação espaço-temporal. 
Duarte, 2015, p. 27
Assim, na área da psicomotricidade, a orientação espaço-temporal deve ser reforça-
da com atividades diversas, como amarelinha africana; observar animais, tais como 
lesma e formiga e dizer qual é mais rápido e qual é mais lento; dança dos bambolês 
(na qual as crianças ficam com um bambolê em mãos e jogam uma para a outra); 
aulas que envolvam dança e instrumentos musicais, entre outros.
Os principais conceitos a aprender na orientação temporal são:
• simultaneidade;
• ordem e sequência;
• duração dos intervalos;
• renovação cíclica de certos períodos — é a percepção de que o tempo é deter-
minado em dia (manhã, tarde e noite), semanas e estações.
21
Tônus ou tonicidade
O tônus é um termo que se refere, na fisiologia, à contração muscular. Ele está 
presente em todas as funções motoras: equilíbrio, coordenação motora, postura e 
movimento, os quais abordaremos a seguir. Podemos dizer que ele possui grande 
relevância para o desenvolvimento das pessoas, visto que influencia a execução dos 
movimentos do corpo.
Uma das questões básicas é entendermos o tônus muscular como um fe-
nômeno nervoso que acontece mesmo sem a execução de movimentos 
(em repouso), isto é, nossos músculos estão sempre em prontidão para 
executar algum tipo de movimento. “[...] O tônus é o responsável pela exe-
cução dos movimentos, sendo o seu domínio observado desde o nascimen-
to” (Marinho et al., 2012, p. 59). O tônus também é responsável pela manu-
tenção de posturas.
Conforme pontua Marinho (2012), na psicomotricidade, um termo bastante empre-
gado é o diálogo tônico, cujo trata da comunicação que fazemos com o mundo, 
mesmo sem que ainda tenhamos a palavra falada, isto é, por meio das nossas postu-
ras e gestos. Quando ouvimos expressões “você está muito nervoso, veja como está 
tenso” ou, ainda, quando as pessoas comentam sobre nossa preocupação, notandorigidez do pescoço e ombros, perceba que estamos revelando nossos sentimentos 
pelo nosso próprio corpo.
Equilíbrio
O equilíbrio é a capacidade do indivíduo de se manter sobre uma base de sustenta-
ção do corpo de forma estável, esteja este parado ou em movimento. Ele pode ser 
classificado em equilíbrio estático, quando o corpo se mantém parado; e equilíbrio 
dinâmico, quando o corpo está em movimento pelo espaço no qual está inserido.
22
De acordo com Gallahue (2005), ao 
nascer, o bebê tem pouco controle 
da cabeça e dos músculos do pes-
coço, o qual é adquirido lentamente 
até conseguir manter a cabeça ereta; 
depois disso, passa-se a ter o contro-
le dos músculos, das regiões torácica 
e lombar do tronco, e, então, quando 
alcança o controle total deso tronco, 
consegue se sentar sozinho, ao mes-
mo tempo em que está desenvolven-
do o controle sobre os braços e mãos. 
“A obtenção da figura ereta, em pé, 
representa um marco desenvolvimen-
tista na busca do bebê pela estabilida-
de” (GALLAHUE, 2005, p. 168). Assim, 
ter controle do equilíbrio é uma gran-
de conquista para a criança, que dará 
seus primeiros passinhos, ganhará in-
dependência e poderá a partir de en-
tão, se movimentar e explorar os es-
paços que a circundam.
Importante
Dentre os movimentos rudimentares: estabilidade (equilíbrio), 
locomoção e manipulação, a estabilidade é a mais básica, visto 
que todo elemento voluntário envolve um elemento de estabili-
dade, conforme nos apresenta Gallahue (2005).
23
Coordenação Motora Global / Ampla (praxia 
global) e Coordenação Motora Fina (praxia fina)
A coordenação motora global, também chamada de coordenação motora ampla, 
diz respeito à ação conjunta de diferentes e grandes músculos (principalmente os 
membros inferiores e superiores do tronco) na execução de movimentos voluntá-
rios, amplos e complexos, e depende da habilidade do equilíbrio postural.
É fundamental que as crianças durante a infância, brinquem e se movimentem em 
espaços abertos, como parques, nos quais elas possam correr, saltar, brincar à von-
tade em balanços, gangorras, cordas, entre outras atividades que contribuam para 
seu desenvolvimento físico.
Figura 10 – Coordenação motora global
Fonte: Adaptado de Getty Images, 2023
Por sua vez, a coordenação motora fina é a habilidade manual que o indivíduo possui, 
a fim de possibilitar a realização de movimentos combinados, utilizando pequenos 
grupos musculares. Dentre as atividades as quais envolvem a coordenação motora 
fina estão, por exemplo, escrever, recortar, encaixar, juntar pecinhas em um reci-
piente, brincar de bolinha de gude etc.
Para Alves (2008, p. 58 apud Campos; Souza, 2014, p. 20) “É uma coordenação 
segmentar, normalmente com a utilização da mão exigindo precisão nos movi-
mentos para a realização das tarefas complexas, utilizando também os pequenos 
grupos musculares.”
Assim, é importante saber que, além da coordenação motora fina, é necessário 
ter um controle ocular, denominado coordenação óculo-manual, ou viso-motora, 
ou seja, a visão acompanhando os gestos da mão, como acontece, por exemplo, 
na escrita.
24
Figura 11 – Coordenação motora fina
Fonte: Adaptado de Getty Images, 2023
25
Trabalhar a psicomotricidade e suas áreas, especificamente, é bastante relevante para 
o desenvolvimento das crianças uma vez que é por intermédio do movimento, do 
estímulo às experiências e brincadeiras que elas se desenvolvem em sua totalidade.
Muitas atividades, senão todas, ofertadas às crianças, vão integrar a cognição, a 
motricidade e o afetivo, contudo, nós, educadores, temos de propiciar vivências, 
tendo um planejamento capaz de enfatizar cada elemento da psicomotricidade e 
sua predominância, isto é, em um jogo de xadrez, desenvolve-se a coordenação 
motora fina (motricidade), bem como a afetividade (a experiência com o adversá-
rio); porém a predominância está na área cognitiva. Já, pular corda, desenvolve a 
afetividade, a cognição; no entanto, a predominância está na coordenação motora 
ampla (motricidade).
Assim, o planejamento, o olhar cauteloso às dificuldades dos(as) estudantes e o que 
se quer alcançar são fundamentais.
Em Síntese
26
1 – Quais são as principais áreas da psicomotricidade?
a. Apenas a área cognitiva. 
b. A área motora e a área social. 
c. A área emocional e a área intelectual. 
d. A área motora, a área emocional e a área cognitiva.
2 – Por que o movimento, as brincadeiras e as experiências são importantes para a 
criança na construção da tomada de consciência do esquema corporal
a. Porque essas atividades promovem apenas a diversão, sem impacto no desenvol-
vimento da criança. 
b. Porque o esquema corporal é inato e não requer experiências ou atividades espe-
cíficas para ser desenvolvido. 
c. Porque o movimento, as brincadeiras e as experiências ajudam a criança a explo-
rar seu corpo, compreender suas capacidades e limitações, e desenvolver uma 
noção saudável de si mesma. 
d. Porque apenas atividades intelectuais e acadêmicas contribuem para a tomada 
de consciência do esquema corporal. 
e. Porque o esquema corporal é estático e não muda com o tempo
Atividades de Fixação
Atenção, estudante! Veja o gabarito desta atividade de fixação no fim 
deste conteúdo.
27
Material Complementar
Neurosaber
É possível explorar assuntos diversos ligados à psicomotricidade em campos, 
como vídeos, artigos, entre outros, de interesse à pesquisa.
https://bit.ly/3tPgSBf
Site
Ludicidade e psicomotricidade
Leia o capítulo 5 – O desenvolvimento psicomotor (p. 67-78), do livro Ludicidade 
e psicomotricidade, de Aniê Coutinho de Oliveira e Katia Cilene da Silva. Você 
verá como ocorre o desenvolvimento psicomotor, do nascimento aos 12 anos 
de idade, tratando a perspectiva de que o desenvolvimento psicomotor pode 
ser entendido como a interação entre o pensamento (consciente ou não) e o 
movimento dos músculos.
https://bit.ly/2w5c3Gm
Livro
Aspectos básicos da psicomotricidade
Apresentado pela psicopedagoga e psicomotricista Luciane Brites, do Insti-
tuto Neurosaber, o referido vídeo exibe a psicomotricidade e a importância 
de trabalhar, por meio de atividades que exijam movimento, o lúdico a fim de 
que a criança se desenvolva integralmente.
https://youtu.be/6BdRrepK_IA
Vídeo
https://bit.ly/3tPgSBf
https://bit.ly/2w5c3Gm
https://youtu.be/6BdRrepK_IA
28
CAMPOS, A. P. da S. SOUZA, L. R. A psicomotricidade como ferramenta no proces-
so de alfabetização com crianças do 1º ano do Ensino Fundamental. Trabalho de 
Conclusão de Curso. Centro Universitário Católico Salesiano, Lins, SP, 2014. 
DUARTE, A. F. Psicomotricidade e suas implicações na Alfabetização. 2ª ed. São 
Paulo: All Print Editora, 2015.
GALLAHUE, D. L. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, adolescentes 
e adultos. 3ª ed., São Paulo: Phorte, 2005.
LE BOULCH, J. A educação pelo movimento: a psicocinética na idade escolar. Porto 
Alegre: Artes Médicas, 1984.
MARINHO, H. R. B. et al. Pedagogia do movimento: universo lúdico e psicomotri-
cidade [livro eletrônico] Curitiba: InterSaberes, 2012. Disponível em: <h t t p s : / / p l a 
t a f o r m a . b v i r t u a l . c o m . b r / A c c o u n t / L o g i n ? r e d i r e c t U r l = / A c e r v o / P u b l i c a - c a o / 
6 1 9 6 >. Acesso em 07/02/2020.
ROSSLER, J. H. O desenvolvimento do psiquismo na vida cotidiana: aproximações 
entre a psicologia de Alexis N. Leontiev e a teoria da vida cotidiana de Agnes Heller. 
Cad. Cedes, Campinas, vol. 24, n. 62, p. 100-116, abril 2004. Disponível em: < h t t p : / / 
w w w . s c i e l o . b r / p d f / c c e d e s / v 2 4 n 6 2 / 2 0 0 9 4 . p d f >. Acesso em 27/01/2020.
SILVA, E. E. Lateralidade em escolares de 7 a 8 anos: relação com a aprendizagem. 
Campina Grande, PB, Universidade Estadual da Paraíba. Centro de Ciências Biológicas 
e da Saúde. Departamento de Educação Física. Especialização em Educação Física 
Escolar, 2015. Disponível em: < h t t p : / / d s p a c e . b c . u e p b . e d u . b r / j s p u i / h a n d l e / 1 2 3 4 
56 7 8 9 / 8 9 3 7 >. Acesso em: 14 set. 2023.
Referências
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Questão 1
e) A área motora, a área emocional e a área cognitiva.
Justificativa: A psicomotricidade envolve três áreas interligadas: a área motora 
(envolvendo habilidades motoras e coordenação), a área emocional (relacionada às 
emoções e afetividade) e a área cognitiva (ligada ao pensamento, aprendizado e re-
solução de problemas). Portanto, a resposta correta destaca as três principais áreas 
da psicomotricidade.
Questão 2
c) Porque o movimento, as brincadeiras e as experiências ajudam a criança a ex-
plorar seu corpo, compreender suas capacidades e limitações, e desenvolver uma 
noção saudável de si mesma.
Justificativa: O movimento, as brincadeiras e as experiências desempenham um 
papel fundamental no desenvolvimento da criança, incluindo a construção da toma-
da de consciência do esquema corporal. Essas atividades permitem que a criança 
explore seu corpo, compreenda suas habilidades e limitações, desenvolva uma no-
ção de espaço e corpo, e construa uma imagem saudável de si mesma. Portanto, 
a resposta correta destaca a importância dessas atividades para o desenvolvimento 
da consciência corporal na infância.
Gabarito

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