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Prévia do material em texto

3 
Esquema Básico de Escrituração Contábil - 
Uma Revisão 
3.1 A equação do patrimônio 
A identidade fundamental da Contabilidade é 
a base de todo o processo de escrituração e de acumu- 
lação de registros. 
Pode ser expressa da seguinte
forma: 
ATTVO-PASSIVO = PATRIMONIO LIQUIDO
Esta expressão é adequada numa apresentaçao de 
balanço de forma dedutiva, na qual se faza subtra 
ção de todas as contas de Passivo (no 
sentido aqui, restrito, de Obrigações) das contas de Ativo, restando 
como resíduo, as de Patrimônio Liquido. 
E chamada, tambem, equaç�o da Teoria do Proprietário. Uma 
forma alternativa é a seguinte: 
ATIVO = PASSIVO + PATRIMONIO LIQUIDO 
Obviamente, se a soma das 
contas que constituemOAvO 
tor igual a soma dos valores das contas que 
integramo Passivo, o valor do Patrimonio Liquido 
sera nulo e a identidade será assim apresentada: 
ATIVO = PASSIVO 
A identidade patrimonial (por isso 
e uma identidade) sempre deve ser satisfeita, qualquer que seja a 
operação registrada. Sempre que 
não se especiticar uma forma de apresentação diferente, será subenten- 
dida, neste capitulo, a expressao; 
ATIVO = P'ASSIVO + PATRIMÖNIO LÍQUIDO 
28 Contabilidade Comercial Iudícibus e Marion 
para 
FTonunciamento 
Técnico - CPC 
00 (R1), capítulo 
4 -
Estrutura Conceitual 
odao e Apresentação das 
Demonstrações Contábeis, 
os 
elementos 
diretamente relacionados 
são 
a 
ao da posiç�o patrimonial e financeira 
são os ativos, 
os passivos 
e o patrimonio 
liquido. Escoen 
definidos, respectivamente, como segue: 
dvo é um recurso controlado pela entidade 
como resultado 
de eventaS passados 
e do qual o. 
spera que fluam futuros beneficios 
econômicos para a 
entidade; 
se 
Passivo e uma obrigação presente 
da entidade, derivada 
de eventos passados, cuja liquidacão so 
pera que resulte na saída de recursos 
da entidade capazes 
de gerar 
beneficios econômicos: 
património líquido é o interesse residual nos 
ativos da entidade depois 
de deduzidos todos os 
seus passivos. 
se 
temo Ativo é aqui usado no sentido de soma 
de bens, direitos à dispOsiçao 
de uma entidade. 
ealquer natureza e fim, capazes de gerar benefícios 
imediatos ou tuturos para a entiaade, a forma 
de fluxos de caixa ou de servicos. O termo Passivo é utilizado na concepç�ão 
restrita de soma de obrigações 
a enudade que devem ser pagas a terceiros em momentos determinados de tempo: sao as exigibilidades.
mbora a equação anterior seja sempre clara para expressar 
os acréscimos e decréscimos do Patrimô- 
OLquido, decorrentes das operações registradas pela entidade, 
ou apenas para deixar inalterado o valor 
ao 'atrimonio Liquido nos casos em que as operações apenas provoquem alteraçoes compensadas 
entre 
Ativo e Fassivo ou entre Ativo e Ativo e Passivo e Passivo, ela não satisfaz, quando explica 
a composição de 
todas as contas que aparecem num Balancete de Verificação. Essas, ao contrário das contas do Balanço, des- 
dobram o Patrimônio Líquido, basicamente a parcela derivada de lucros, em contas de Receitas, Despesas, 
Perdas e Ganhos. 
Em seguida, para um entendimento melhor da apuração do resultado como medida de performance, 
está explicado no Pronunciamento Técnico - CPC 00 (R1), capítulo 4, itens 25 e 26- Estrutura Conceitual 
para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis, que o resultado é frequentemente utili- 
zado como medida de performance ou como base para outras medidas, tais como o retorno do investimen- 
to ou o resultado por ação. Os elementos diretamente relacionados com a mensuração do resultado são as 
receitas e as despesas. O reconhecimento e a mensuraçao das receitas e despesas e, consequentemente, do 
resultado dependem em parte dos conceitos de capital e de manutenção de capital adotados pela entidade
na elaboração de suas demonstrações contábeis. 
Os elementos de receitas e despesas são definidos como segue: 
a) receitas são aumentos nos beneficios econõmicos durante o período contábil, sob a forma de en-trada de recursos ou de aumento de ativos ou diminuição de passivos, que resultam em aumen- 
tos do patrimônio líquido, e que nao estejam relacionados com a contribuição dos detentores dos instrumentos patrimoniais; 
b) despesas são decréscimos nos beneficios economicos durante o período contábil, sob a forma de saída de recursos ou de reduçao de ativos ou aSsunção de passivos, que resultam em decréscimo do patrimônio líquido, e que nao estejam relacionados com distribuições aos detentores dos instrumentos patrimoniais. 
A seguir atribui-se o significado dos termos: Keceitas, Despesas, Perdas e Ganhos 
Peceitas: o acréscimo de Ativo (com consequente acréscimo de Patrimônio Líquido) derivado u operações usuais do empreendimento e das operações acessórias que derivam da adeyde nolitica de manutenção de Ativos, tais como: receitas de serviços, de vendas, de comissões, da adequada e 
juros etc. 
Esquema Básico de Escrituração Contábil 
- Uma Revisão 29 
Despesas: o decréscimo de Ativo (ou aumento de Passivo), com consequente decréscimo de Patri 
mônio, derivado de ações, decisões e trocas efetuadas pela administração no esforgo de auternr 
receitas e de manter a empresa operando. Evemplo: salários, consumo de materiais, impostose 
taxas etc. 
Ganhos: têm efeito parecido com Receitas, na equação patrimonial; entretanto, ou são de natureza 
esporádica (ganho na baixa ou venda de bens do Imobilizado, por exemplo) ou totalmente 
in- 
dependentes da ação administrativa.
Perdas: têm efeitos semelhantes às despesas, na equação patrimonial, e são causados pelo 
mesmo 
tipo de evento que provoca os ganhos. 
Observação: alguns autores englobanm perdas e ganhos nas despesas e receitas não operacionais, respecti- 
Tamente. Entretanto, unm ganho ou uma perda pode ser o resultado entre a comparação de 
vários eventos 
como no caso da venda de ativos imobilizados, na qual o ganho, se eaistir, resulta da diferença 
entre 
o valor de venda conseguido menos o valor não depreciado do bem). A receita, 
a rigor, envolve apenas 
um acréscimo de Ativo, isolado, com consequente acréscimo 
de Patrimonio Líquido. A mesna diferença 
xistiria entre perda (em alguns casos) e despesas não operacionais. 
Por exemplo, segundo a maioria dos autores, 
a despesa financeira tem natureza n�o operacional (a Lei 
das S.A. considera-a operacional), mas, nem por isso, 
é uma perda. O prejuízo n�o ressarcido derivante de 
um incèndio em uma empresa é uma perda, 
não uma despesa não operacional. 
.2 A equação 
do patrimôonio ampliada 
A representação esboçada na 
verdade pode ser expressa da seguinte 
fornma: 
ATIVO +DESPESAS 
+ PERDAS = PASSIVO + 
RECEITAS + GANHOS + 
PATRIMÓNIO LIQUIDO (CONTAS 
DE CAPITAL) 
Pode-se facilmente provar que 
a equação ampliada pode ser 
reduzida para a equação básica. De fato. 
passando Despesas e Perdas (cujas 
contas tem saldo devedor) para 
o lado direito da equaç�o e trocando 
de sinal, tem-se: 
ATVO = PASSIVO 
+ PATRIMONIO LIQUIDO (Contas de Capital e 
lucros acumulados 
de exercicios anteriores)+ 
RECEITAS + GANHOS 
DESPESAS - PERDAS. 
Uma conta intermediária, 
denominada Resultado do Exercicio, seria igual a: 
Receitas +Ganhos Des- 
pesas Perdas. 
Assim a equação ficaria, agora: 
ATIVO = PASSIVO+PATRIMONIO LIQUIDO 
(anterior) +RESULTADO 
DO EXERCÍCIO 
Incorporando o Resultado 
do Exercicio ao ramonio Liquido (anterior), 
obtém-se o novo Patrimónia 
po 
Lquido (atual). Assim, pode-se 
voltar à expresão:
ATIVO = PASSIVO 
+ PATRIMONIO LÍQUIDO (atual) 
que viriama 
o Contabilidade 
Comercialludícibusc Mao 
É evidente q Se poderia 
contemplar, 
na 
equação 
ampliada, 
distribuições 
de resultados. 
diminuir o Patrimônio Líquido 
anterior ouo 
atual. 
3.3 Resumo de estática patrimonial 
A itulo de ilustração, suponha-se 
uma balança (no 
fundo o Balanço 
FatrTimonial) de dois pratoc.. 
loca-se no da esquerda o Ativoe no da direita 
o Passivo. 
Se ambos 
tiverem valores (pesos) iguais,haver 
um equilibrio. Entretanto, normalmente 
Ativo e Passivo 
apresentam 
valores diferentes. Assim, a balan 
pendera para um dos lados, conforme o peso 
(valor) que se 
colocar para a obtençao 
do equilibrio (no lado 
menos pesado). 
CO- 
ASSim, se o Ativo for igual ao Passivo, a balança 
ficará em equilibrio e nao 
havera necessidade de co 
locar o peso diferencial, Patrimônio Líquido (PL), 
em nenhum dos dois pratos. 
Os casos em que o Patrimônio Líquido deve ser 
colocado num dos dois pratOS sao faceis de imaginar. 
Pode haver outros casos, todavia, não muito usuais, a saber 
a entidade não tem Passivo, mas somente Ativo; logo, há necessidade de colocar um peso PL 
valor) igual ao do Ativo no lado direito da balança; 
a entidade não tem Ativo, mas somente Passivo; logo, há necessidade de colocar um peso PL 
(valor) igual ao do Passivo no lado esquerdo da balança. 
Apresentam-se, a seguir, alguns exemplos de operações, após as quais será levantado um balanço sim- 
plificado, a fim de demonstrar a identidade patrimonial básica, a saber: Ativo = Passivo + PL. 
lada esquerdol 
(lado direito)l 
Patr. Liquido 
A 
Bens e Direitos P 0 
lado esquerdol lado direito) 
P 
Obrigaçães Patrimonio Líquido 0 
(lado esquerdol 
A lado direitol 
P P Patrimonio Liquido » 0 
llado esquerdo 
A PL 
lado direito 
P Patrimonio Liquido <0 
cerá considerado certo numero de operações de uma empresa, com respectivo 
cada uma das operaçoes; observa-se a continua igualdade entre os dois lados do 
o aps 
Balanço. 
Esquema Básico de Escrituração Contábil 
- Uma Revisão 31 
1OPERAÇÃO - SUBSCRIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL 
Diversas pessoas resolveram fundar uma sociedade anônima, denominada"Cia. Atenas", com o capi- 
tal registrado de $ 10.000 fracionado em 10.000 ações de $ 1 cada uma. A entidade iniciou suas atividades 
em 15-1-20.., e dedica-se ao ramo de papelaria. 
Após a subscrição do capital social, o Balanço tomou a seguinte forma: 
"Cia. Atenas 
BALANÇO EM 15-1-20 
Ativo Passivo e Patrimönio Líquido 
Patrimonio Liquido $ Acionistas 
Capital a Realizar 10.000 Capital 10.000 
10.000 10.00 
Desta operação resulta que a entidade adquiriu 
um Ativo (Acionistas/Capital a Realizar)' consubstan-
Ciado por um direito a receber dos 
acionistas quando da integralização em dinheiro ou bens do capital ora 
subscrito. 
Como isso não produz dívidas (Passivo) 
na entidade perante terceiros, aparece, pela necessidade do 
equilibrio na representação, o "peso"Património Liquido, 
sob a forma de"Capital" (investimento). 
Representando a mesma ocorrência 
na balança de dois pratos, ha: no prato do lado esquerdo, o"di- 
reito" que a empresa adquiriu junto 
aos acionistas, e no 
lado direito, o valor do Capital representativo do 
nvestimento feito pelos proprietários. 
Há equilíbrio, pois o direito 
da entidade é igual ao valor do capital subscrito. 
(lado esquerdol 
Ativo 
(lado direito 
Patr. Liq. 
Capital: 
10 000 Acion. Lap 
a Realzar 
10.000 
"OPERAÇÃO - INTEGRALIZAÇÃ0 
DO CAPIAL, EM DINHEIRO, PELOS ACIONISTAS 
Nesta operação há apenas 
uma permuta entre os 
elementos do Ativo, a saber: Acionistas/Capital a 
Kealizar e Caixa (dinheiro). 
m modelos mais avançados, 
o Capital a 
Kealizar e aeauzido ao Capital Subscrito Näo 
Sentação, no momento. 
Realizar é deduzido ao Capital Subscrito. Näo se considera esta repre 
32 Contabilidade Comercial ludícibuse Marionn 
A entidade recebe um novo Ativo (Caixa) no valor de $ 10.000 e, em contrapartida, perde outro Ativo representado por um direito (Acionistas/Capital a Realizar). 
balanço apresenta o seguinte aspecto em 31-1-20. , data da integralização do capital social. 
"Cia. Atenas 
BALANÇO EM 31-1-20. 
Ativo 
Passivo e Patrimônio Líquido 
S Patrimônio Liquido Caixa 
10.000 Capital 
10.000 10.000 
10.000 
No exemplo da"balança"há: 
lado direito 
Passivo 0 
Patrimônio 
Líquido 
Capital: 
10.000 
ade esquerdo 
Ativo 
Lalxa 
.008 
Mudaram-se apenas os objetos pesados (lado esquerdo), ou seja, Acionistas/Capital a Realizar P 
Caixa 
3 OPERAÇÃO - AQUISIÇÃO DE LOJA 
A empresa resolve adquirir em 10-2-20 mediante pagamento à vista, uma loja Com essa transaç�ão a empresa adquiriu novo Ativo (Inmóveis), mas viu seu dinheiro ( 
instalações, pela importância de $ 3.000. 
para abrigar sua do mesmo valor. 
(Caixa) diminuido Realizada a transação imobiliaria, O Dalanço passou a ler a seguinte disposicão:
"Cia. Atenas" 
BALANÇO EM 10-2-20 
Ativo 
Pansivo e Patrimonio Líquido Patrimonio Liquido Capital 
Caixa 
7.000 Imóveis 
3.000 
10.000 
10.000 
10 000 
Esquema Básico de Escrituração Contábil - Uma Revisão 33 
42 OPERAÇÃO - COMPRA DE MERCADORIAS 
Para iniciar suas atividades mercantis, a empresa necessita adquirir mercadorias que serão estocadas, a fim de aguardar posterior utilização, quando da prestação dos serviços a seus clientes. 
O Diretor da empresa, Sr. Barreto, conheceu o Sr. Leiva, comerciante que, na ocasião, liquidava seus estoques de papelaria. 
Em 13-2-20.., foram arrematados todos os materiais da empresa liquidante pela importancia de S5.000. O Sr. Leiva confessou que poderia vender facilmente o seu saldo de Mercadorias por $ 7.000 em leilão, mas aceitou o preço oferecido pela"Cia. Atenas", por se tratar de venda rápida, assinando as partes o respectivo contrato. 
Exste um principio contábil segundo o qual as aquisições de berns devem ser registradas pelo custo real da compra, não importando se, nesse período, houve considerável diferença entre o custo e o valor desse bem no mercado. 
A mercadoria adquirida figurará no balanço pelo preço de custo (compra) de $ 5.000. 
Nenhum pagamento em dinheiro foi feito ao Sr. Leiva nessa data. A entrega da mercadoria foi poster- gada até que a loja da empresa estivesse concluída e em condições de armazená-la. 
Por essa transação, a empresa adquiriu novo Ativo (Mercadoria) e assumiu um Passivo, uma obrigação de pagar (Contas a Pagar). 
Depreende-se, então, que um bem não necessita estar fisicamente em poder de seu proprietário para ser considerado um elemento do Ativo. O que importa éa Propriedade, e n�o a Posse. 
Após essa transaç�o, o balanço da"Cia. Atenas"passou a ter a seguinte forma: 
"Cia. Atenas" 
BALANÇO EM 13-2-20.. 
Ativo Passivo e Patrimônio Liquido 
Passivo $ 
Caixa 7.000 Contas a Pagar 5.000 
Imóveis 3.000 
Mercadorias 5.000 Patrimônio Liquido 
15.000 Capital 10.000 
15.000 
5 OPERAÇÃO - COMPRA DE VEÍCULOo 
A"Cia. Atenas"necessitava de um utilitário para entregas e outros serviços de transporte. 
Adquiriu, então, em 20-2-20.., da"Cia. Planeta de Automóveis", um veículo usado, ano 20x3, à vista, 
por$ 500. 
Efetuada esta nova transação, a empresa adquiriu novo Ativo (Veículos) e seu dinheiro (Caixa) dimi- 
nuiu no mesmo valor. O Balanço da empresa passou a configurar: 
Cntabilidade Coneciat . ludicibus N0 
"Cia. Atenas 
BALANÇO EM 20-2-20 
Passivo e Patrimônio 
Líquido 
AtivO 
Passivo 5.000 
Contas a Pagar 
Caixa 6.500 
3.000 10.000 lmoveis Património Liquido 
Capital 
Mercadorias 5.000 15.000 
Veiculos 500 
15.000 
oOPERAÇÃO - VENDA DE PARTE DA LOJA 
Os diretores, verificando que a loja adquirida excedia às necessidades previstas, resolveram vender a 
parte superior ao Sr. Macedo, em 23-2-20.., por $ 1.500. 
Nenhum dinheiro foi recebido do Sr. Macedo nessa data, porém a empresa adquiriu novo Aivo - di- 
reito de receber $ 1.500, representado por nota promissória emitida pelo comprador. 
Tais direitos são denominados"Titulos a Receber". A venda dos três pavimentos ocasionou uma redu-ção do Ativo "Imóveis". A nova situaç�o do Balanço da"Cia. Atenas"é: 
"Cia. Atenas 
BALANÇO EM 23-2-20 
Ativo 
Passivo e Patrimônio Liquido Passivo Caixa 6.500 Contas a Pagar Imóveis 1.500 5.000 
Mercadorias 5000 Patrimonio Liquido Velculos 
500 
Titulos a Receber Capital 10.000 
1 500 15.000 
15.000 
7 OPERAÇÃO - PAGAMENTO DE OBRIGAÇÃO
Em 5-3-20. , a "Cia. Atenas" pagou ao Sr. Leiva $ 3.250 corromon. com ele, quando da aquisiçao de mercadorias. Esta operac�odi entes à parte da dívida assumiaa 
rcadorias. Esta operação diminuiu o Passivo (Contas al 
bém a disponibilidade de dinheiro em Caixa (Ativo). Eis o novo Balanço da entidade, após 
desta operação: 
Pagar) e tam- 
ós a ocorrênc. 
Esquema Básico de Escrituração Contábil - Uma Revisão 35 
"Cia. Atenas" 
BALANÇO EM 5-3-20. 
Ativo 
Passivo e Patrimonio Líquido 
Passivo S Caixa 
3.250 Contas a Pagar 1.750 Imóveis 
1.500 
Mercadorias 
5.000 Patrimonio Líquido 
Capital 
Veiculos 
500 10.000 Titulos a Receber 
1.500 11.750 
11.7 
8 OPERAÇÃO - RECEBIMENTO DE DIREITO 
Em 10-3-20.., foram recebidos $ 1.000 do Sr. Macedo, como pagamento parcial de sua dívida. Este 
fato contribuiu para aumentar o dinheiro em Caixa (Ativo) e diminuir os títulos a receber (Ativo). Segue o 
Balanço da"Cia. Atenas": 
"Cia. Atenas 
BALANÇO EM 10-3-20. 
Ativo Passivo e Patrimônio Liquido 
Passivo 
Caixa 4.250 Contas a Pagar 1.750 
Imóveis 1.500 
Mercadorias 5.000 Patrimonio Liquido 
Veiculos 500 Capital 10.000 
Títulos a Receber 500 11.750 
11.750 
3.4 Capital e patrimônio 
3.4.1 Capital 
Podem-se considerar quatro conceitos de Capital na contabilidade 
Jo Contabilidade Comercial Iudícibus e Marion 
numa 
1) CAPITAL NOMINAL 
Capita nominal só será alterado quando os 
proprietários realizarem 
investimentos adicionais (aumento 
de capital) ou desinvestimentos (diminuições de capital). 
"conta" denominada Capital. Este é o capital nominal, que 
corresponde ao 
Patrimônio 
tos 
nvestimento inicial feito pelos 
proprietários de uma empresa 
é registrado pela contabilidade 
Líquido inicial. 
nis 
Como o Patrimônio Líquido também é alterado pelos lucros (ou 
prejuizos), pode-se afiançar que mui 
raramente o capital nominal coincidirá com o Patrimônio Líquido. 
Por exemplo: a"sociedade Comercial 
waldir Ltda. "toi constituída por quatro sócios, com capital integralizado 
de $ 1.000.000. 
Em contabilidade, tal situação inicial é representada da seguinte forma: 
1.000.000 Caixa (dinheiro) 1.000.000 (A Capital
2) CAPITAL PRÓPRIOo 
O capital próprio que corresponde ao conceito de Patrimônio Líquido abrange o capital inicial e suas variações. Por exemplo, após determinado período a "Sociedade Comercial Waldir Ltda."obteve um lucro 
de $ 100.000, proveniente de suas operações mercantis. O capital próprio da empresa aumentou para $ 1.100.000 (Capital + Lucro); todavia, o capital nominal será mantido pela Contabilidade da seguinte forma: 
Caixa 600.000 Capital 1.000.000 Titulos a Reoeber 500.000 Lucro 
100.000 1.100.000 
1.100.000 
3) CAPITAL DE TERCEIROS 
Ecte capital corresponde aos investimentos feitos na empresa, com recursos provenientes de tercelt Waldir Ltda." tenha comprado, a prazo, móveis 
Suponhamos que a"Sociedade Comercial 
por $ 200.000. A situação é a seguinte: pr 
para escritório, 
Moveis e Utensilios 200 
Fornecedores Caina 600 (A Capital 200 
P 
P 
Tirulos a Receter 500 
Lucro 1.000 1300 
100 
1.300 O capital de terceiros, neste aso, é representado pelo saldo da da conta Credores.
37 
qea Pásieo de eritoragan Contábil Cma 
Revisào 
4) CAPITAL. TOTAL A DISPOSIÇÃO DA EMPRESA 
Em acepção mais ampla, pode-se conceituar o capital como senda o conjunto dos valores disponiveis 
pela empresa em determinado momento. Por exemplo, considera- se como capital a disposição da empresa 
o somatório dos elementos colocados à direita da situação anteriormente exposta, ou seja: 
CAPITAL + LUCROS + FORNECEDORES = 1.300 (P + PL) 
3.4.2 Patrimônio 
De maneira geral, entende-se por Património o conjunto de bens, direitos e obrigações de uma enti-
dade. E por essa razão que o Balanço costuma ser denominado Balanço Patrimonial 
Em sentido restrito, a expressão Patrinmónio é usada para representar o capital das entidades de fins não 
lucrativos. 
QUADRO-RESUMO 
Passivo e Patrimonio Liquido 
(Fontes de Reservas) 
Ativo (Aplicações dos Recursos) 
(1) Passivo = Capital de Terceiros 
(2) Patrimonio Liquido - Capital Próprio 
(2.1) Capital = Capital Nominal 
Bens 
Direitos 
(22) Lucros e Reservas = Variações
Capital Total à Disposição
13) Recursos Totais = (1)+ (2) 
3.5 O método das partidas dobradas (escrituração) 
3.5.1 Contas 
No topico anterior, era preprado um balango apos a iealiAg ao de cada operaçao da empresa. Tal pro- 
cedimento visava demonstrar a contüua igualdade da iquayaw do Ihtrimónio LA -P- PL) e eplicar os 
Heitos de alpuns eventos $obre os clement0s do l'atimonio 
Na prática, porem, há ulitin uldade de PTeparai um balanç0 apos cada opetaçáo. Por um lado, em qual- 
quer empresa tais operagoes se sucedem a tada instante, 
e e muito onero50, atualnente, unm processo de 
Tegistro que pemita a apresenlaçao instantanea de 
seus Tesultados. Tor outro lado, as pessoas interessä-
das nos balanços, tais como os administradores, acionislas, entidades governamentais etc., contentam-se
6 Contabilidade Comercial Iudicibus e Marion 
os das 
OS Dalanços periódicos, que são confeccionados com dados fornecidos pelos regisros 
operações. 
ELn geral, as operações ocasionam aumentos e diminuições no Ativo, 
no Fassivo e no Patrimônio 1 
quido, como jáfoi visto. Esses aumentos e diminuições são registrados em contas. Apresenta-se a seguir 
um modelo de conta. 
Li 
air 
..LOdigo. ... . itulo da conta 
Saldo Operações Débito Crédito Data 
3.5.2 Razão 
Antigamente, as contas eram registradas nas páginas de um livro chamado Razão. Hoje, são regis- tradas em folhas ou fichas soltas que, no entanto, em seu conjunto, mantidas em uma caixa ou arquivo, continuam com a mesma denominação, Raz�o. Para cada conta deve existir pelo menos uma ficha do Ra- zão. Portanto, o livTO Razão é o lugar onde são escrituradas as operações referentes a cada conta contábil. A contabilização é realizada com base na fhcha de lançamento contábil, por meio de sistema de computador Utilizam-se contas separadas para representar cada tipo de elemento do Ativo, do Passivo e do Patri mônio Liquido. Cada uma dessas contas e diferenciada das demais pela sua denominação. Por exemplo, o dinheiro em mãos será representado pela conta Caixa. 
Pade-se., também, e é o que ocorre na pratica, representar diversos elementos de características sene Ihantes em uma mesma conta, a qual recederao nome que melhor represente os elementos agrupados. Exemplificando, pode-se dizer que: 
1) O conjunto formado por cadeiras, mesas, Computadores, máquinas de somar etc. pode ser regi trado em uma única conta, que tem por nome Móveis e Utensílios. 
g) O conjunto de pequenas aespesas, Sem necessidade de discriminação, recebe o nome de pesas Diversas ou Despesas Gerais etc. 
20) Diversos valores a recetber, sem necessidade de representação isolada. nodem ser registrados na d conta Valores a Receber ou Contas a Receber ete 
A) Diversos valores a pagar, seul iessiddde de representação isolada. podem ser registrado conta Valores a Pagar ou Contas a Pagar etc. na 
A prática aconselha a numeração ou codificação das contas, de forma racional e bem planiicau 
squema Básico de Escrituração Contábil- Uma Revisão 39 
Exemplo de codificaçãão: 
Conta Número ou Código 
Ativo 101 
Caixa (dinheiro 102 
Contas a Receber 103 
Materiais 105 
Terrenos 
Passivo 
Contas a Pagar 201 
Patrimônio Líquido 
Capital 501 
Para simplificar as ilustrações, explicações e resoluções de problemas, será utilizada uma representação 
gráfica de conta bastante simples, denominada Conta em T, ou Razonete em T, ou simplesmente Razonete. A 
forma grática, cujo funcionamento será explicado mais adiante, é a seguinte: 
3.5.3 Débito e crédito 
O lado esquerdo de uma conta é chamado lado do débito; o lado direito é chamado lado do crédito. 
Um lancamento no lado esquerdo de uma conta é denominado lançamento a débito ou, somente, débito; 
um lançamento no lado direito de uma conta é chamado lançamentoa crédito ou, simplesmente, crédito 
Utilizam-se também os verbos creditar e debitar. Quando se faz o lançamento à esquerda da conta, diz-se 
que se está debitandoessa conta. 
Titulo da Conta 
(lado do (lado do 
débito credita) 
Os leigos em Contabilidade, geralmente, são levados a pensar que débito signitica algo desfavorável, 
e crédito algo favorável. Na realidade, isso não ocorie, pois tais denominações são, hoje, simplesmente 
convenções contábeis, com tunçao especiica 
em cada cOnta, como será visto adiante. 
m determinado 
ldo deve. 
40 Contabilidade Comercialludícibus 
e 
Marion 
A diferença entre o total de 
débitos e o 
total de c 
créditos 
alor 
feitos 
dos 
em 
créditos, 
uma 
conta, 
a conta 
em. 
tera um saldod 
é denominada Saldo. Se o v e o valor 
dos débitos 
for superior 
ao 
valor dos 
creditoS, 
a conta terá um 
aoetiod 
or de acontecer o contrário, a 
conta ter um 
saldo creaol. 
omo ja foi visto, as operações 
ocasionam aumentos 
e diminuições 
doAtivo, dO rassivoe do Patrim 
nio Líquido. 
3.5.4 Lançamentos a débito 
ea crédito 
imo- 
As contas possuem dois lados (esquerdo 
e direito): dessa forma, 
os aumentos podem ser registradas 
n ladoe as diminuições no outro. A natureza da 
conta é que determinara 
o lado a ser utilizado para oc 
aumentos e o lado para as diminuições, como será visto a segur. 
3.5.5 Contas de ativo 
Os elementos que compõem o Ativo figuram no lado esquerdo do balanço. As contas de Ativo (Bense 
Direitos), por sua vez, devem sempre apresentar saldos devedores, isto é, no lado esquerdo. 
Convém notar que uma empresa possui ou não possui bens e direitos; não existem bens negativose tampouco direitos; portanto, as contas de Ativo possuem saldo devedor ou nulo. Para que uma conta ae 
Ativo (Bens ou Direitos) tenha saldo devedor, é necessário que os aumentos e as diminuições nela ocorr? dos sejam assim registrados: 
Qualquer Conta de Ativo 
Débito Crédito 
$ Aumentos $ Diminuições 
3.5.6 Contas de passivo e de patrimônio líauic O1quido 
A - DE PASSIVO 
Desde que as contas 
o inverso do que acontece co 
devem ser registrados da seguinte maneira: 
do Passivo sempre apareçam no lado direito do balanco, deve acontecet es) 
Ativo, isto é, os aumentos e as diminuições 
n elas 
do Passivo (obrigad 
Qualquer Conta de Passivo Débito 
$ Dininuições 
Crédito 
AumentosS 
Esquema Básico de Escrituração Contábil 
- Uma Revis�o 41 
B- DE PATRIMÔNIO LÍQUIDo 
Desde que o Patrimônio Líquido Positivo ocupe o lado direito do balanço, o funcionamento das suas 
contas será igual ao funcionamento das do Passivo, ou seja: 
Qualquer Conta de Patrimônio Liquido 
Débito Crédito 
$ Diminuições $ Aumentos 
Quando o Patrimônio Líquido for negativo, estará no lado esquerdo do balanço, junto com o Ativo, 
com o saldo devedor. Aumentá-lo para melhorá-lo significa diminuir esse saldo devedor, o que só pode ser 
feito mediante um lançamentoa crédito. 
Logo, segue-se que qualquer aumento em Patrimônio Líquido, seja este positivo ou negativo em de- 
terminado momento, será regido por crédito, e qualquer diminuição, por débito. Logo: 
Qualquer Conta de Patrimônio Liquido 
Débito Crédito 
$ Diminuições $ Aumentos 
Observações: 
1) Uma empresa possui ou não Passivo (obrigações); logo, não existem dtvidas negativas. 
29) O Patrimônio Liquido (Ativo-Passivo), entretanto, pode ser positivo, nulo ou negativo.
3.5.7 Resumo do necanismo de débitoe crédito 
Resumindo o mecanismo apresentado, pode-se dizer que: 
Etetue-se un lançamenta a 
Guntas 
Débito Credito 
para para 
Ativo Aumentar Dimunuic 
Diminuir Aumenta Passivo 
Patrimônio Líquido Diminur Aumenta 
42 Contabilidade Comercial. ludícibus e Marion 
3.5.8 Método das partidas dobradas 
Degundo a essência do método, hoje universalmente 
aceito, o registro de qualquer operação implica 
que a um debito ou a mais de um débito numa ou mais contas deve corresponder 
um crédito equivalente 
em uma ou mais contas, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual 
a soma dos valores 
creditados. Não há débito(s) sem crédito(s) correspondente(s). 
3.5.9 Exemplos de registro de operações no Razão 
rara ilustrar a função do débito e do crédito nas contas, serão consideradas algumas operações de 
uma empresa. Será analisada cada ocoência para verificar quais os lançamentos de débito e de crédito 
são necessários para o registro desses aumentos e dessas diminuições. Para simplificar a demonstração dos 
razonetes, serão colocadas unicamente as quantias a débito ou a crédito. Para auiliar a identificação dos 
lançamentos, o débito e o crédito de cada operação obedecerão à mesma numeração, entre parênteses. As 
contas de Ativo aparecem à esquerda da folha; as do Passivo e de Patrimônio Líquido, à direita. 
1. Diversas pessoas resolveram em 20-7-x8 fundar uma sociedade anônima, com o Capital total- 
mente integralizado no ato de $ 170.000 dividido em 1.700 ações de $ 100 cada uma. Com a 
entrada do dinheiro para a sociedade, o Ativo Caixa foi aumentado (debita-se Caixa) eo Patri- 
mônio Líquido também foi aumentado (Credita-se Capital).
Observação: O termo Aumento talvez não esteja corretamente aplicado, porque só se aumenta 
algo que j� existe; a utilização, porém, desse termo é aconselhada para facilitar a explicação. De 
qualquer maneira, entretanto, pode-se dizer que o saldo de uma conta aumenta de zero para 
algum valor maior que zero. 
Caixa Capital 
(1) 170.000 170.000 (1) 
Se as operações apresentadas tivessem sido representadas em contas reais e não nos razonetes simplificados, ocorreria o seguinte: 
CAIXA CODIGO: 101 
Data Operações Débito Crédito D/C Saldo 
20-7-20x8 Capital 170.000 D .000 
CAPITAL CODIGO: 501 
Data Operações Débito Crédito 
20-7-20x8 de 
D/C Saldo 
Caixa 170.000 170.000 C 170.000 
Esquema Básico de Escrituraçào Contábil - Uma Revisão 43 
Compra de terrenos- a empresa, ao planejar a construção de um edificio para suas instalações, 
adquire dois lotes de terrenos contíguos, em 22 de julho, por $ 31.000 cada um, pagando à vista. 
Resulta daí que: 
Ativo Terrenos foi aumentado - debita-se Terrenos; 
Ativo Caixa foi diminuído -credita-se Caixa. 
Terrenos Caixa 
(2) 62.000 170.000 62.000 (2) 
3. Venda de Terrenos o gerente resolveu vender um dos lotes ao Sr. A. Silva, em 27 de julho, por 
31.000, isto é, pelo mesmo valor que havia custado à empresa. Nenhum dinheiro foi recebido 
do Sr. Silva nessa data; a empresa, porém, adquiriu o direito de cobrar $ 31.000 do Sr. Silva. Con- 
sequentemente: 
Ativo Terrenos ficou diminuído - credita-se Terrenos; 
Ativo ficou aumentado pelo aparecimento de um direito; debita-se Titulos a Receber. 
Terrenos Titulos a Receber 
62.000 31.000 (3) (3) 31.000 
4. Compra de Materiais - em 28 de julho, foram adquiridos, do Sr. Figueiredo, a prazo, materiais 
pelo preço de $ 78.000. Como resultado há: 
um novo Ativo, Materiais, foi adquirido - debita-se Materiais; 
foi constituída uma obrigação -credita-se Contas a Pagar. 
Materiais Contas a Pagar 
(4) 78 000 78 000 (4) 
5. Compra de Móveis e Utensilios - no mesmo dia, foram adquiridos a prazo do St. Figueiredo 
duas mesas, quatro cadeiras, um mierocomputado, uma impressora e uma máquina de calcular, 
pelo preço de $ 50.000. Jodos esses elenmentos podenm ser representados por uma única conta de 
Ativo, Móvcis e Utensilios. Logo: 
um novo Ativo, Móveis e Utensilios, foi adquirido- debita-se Móveis e Utensilios; 
Passivo Contas a Pagar foi aumentado - Credita-se Contas a Pagar. 
Móveis e Utensilios Contas a Pagar 
(5) 50 000 78 000 
50.000 15) 
44 Contabilidade Comercial ludícibus e Marion 
se 
6. Em 30 de julho, foi recebida do St. A. Silva parte de sua divida, $ 2.000. 
Uma nova situação se 
apresenta: 
Ativo Caixa foi aumentado - debita-se Caixa; 
Ativo Títulos a Receber foi diminuído - credita-se Titulos a Receber. 
Titulos a Receber Caixa 
31.000 170.000 
22.000 (6) 62.000 
(6) 22.000 
foi paga, em 31 de julho, ao Sr. Figueiredo, parte da dívida para com ele, $ 70.000. Uma nova alteração ocorre: 
Passivo, Contas a Pagar, foi diminuído - debita-se Contas a Pagar Ativo, Caixa, foidiminuído - credita-se Caixa. 
Caixa 
Contas a Pagar 
170.000 
78.000 62.000 
50.000 22.000 
70.000 (7) 
(7)70.000 
Nos últimos exemplos só havia um credor da empresa (0 St. Figueiredo) e também um único devedon 
(o St. A. Silva). No entanto, Contas a lagar e litulos a Keceber e outras contas do mesmo tipo são sempre 
ISadas independentemente do numero ae aeveaores Ou credores. Os saldos dessas contas representam 
oc totais de débitos e créditos da empresa para com terceiros. lais contas, que englobam operacões de tipc 
diferente, mas da mesma natureza, sao denominadas contas coletivas, pera 
3.6 Outras formas de representação das partidas dobradas 
Embora tradicional, a forma de kazão, razonete ou conta em T não á a . representar e descrever adequadamente a movimentação das contas 
T não é a única nem talvez a melhor para Assim, não se pode deixar de lembrar a forma de tabela de dupla entrada ou matricial, muito útil 
agregações contábeis, que vem da Economia (tableau économique de Quesnay) e ainda hoje de muita utilida- 
de na contabilização de operações de pequenas e médias empres em alguns países do Norte da Europa.- 
A forma de tabela de dupla entrada (ou hsimplificadamente, pode S ser países 
representada 
do Nuita 
pelo 
utilida- 
elenco 
das contas dispostas em linhas e colunas, como numa matriz. Assim, se utilizássemos 
apenas as contas 
Capital, Resultado, Caixa, Mercadorias, 1itulos a Keceber, Titulos a Pagar, poderna ser construída 
pelo 
a seguinte 
elenco 
ay) e ainda hoje « til para de muita utilida- 
tabela: 
Uma Revisàrn 45 
sqmea Basco de Esriurd,, Contábil 
Capital Resultado Caix Mercadorias Titulos a Receber Titulos aPagar 
Titulos a Pagar 
Titulos a Receber 
Mercadorias 
Caixa 
Resultado 
Capital 
O registro pode ser feito inserindo-se, na exata confluência entre linhase colunas, dependendo das 
contas movimentadas, a cifra da operação respectiva. Quando se pede apenas uma tabela, devem-se regis 
trar as cifras a lápis, manter um controle dos saldos acumulados à parte; podem-se, tambénm, utilizar varias 
e vanas tolhas ao mesmo tempo, de múltiplas formas: algumas para o registro individual de transaçoes, 
outras para o acumulado do dia, mës, ano etc. 
Cita-se também a forma vetorial, como alternativa para a representação das partidas dobradas 
Os procedimentos elctrônicos de escrituração permitiram evolução dramática da escrituraç�o por par 
tidas dobradas, introduzindo enorme rapidez e diminuiç�o acentuada do número de erros. Entretanto, a 
utilização de computadores na Contabilidade e Auditoria, longe de diminuir a responsabilidade de atuação 
do profissional, confere-lhe mais tempo para dedicar-se, efetivamente, ao aperfeiçoamento dos métodos 
de análise e de avaliação, que são prerrogativas da profissão. 
Notas: 1) A apresentação deste capítulo, num livro de Contabilidade Comercial, é apenas uma re- 
visão do que já foi estudado em Contabilidade Introdutória, bem como um aprofundamento, em al 
guns casos. Para detalhes sobre livros de escrituração, balancetes de verificação, livros legais e fiscais 
veja os capítulos seguintes deste Contabilidade Comercial, bem como o Capítulo 3 do Contabiltdade 
Introdutória, da Equipe de Professores da FEA da USP, ou Contabilidade Básica, de autoria do Frof 
José Carlos Marion, ambos publicados pelo GEN | Atlas. 
2) Para um bom aproveitamento da leitura deste capitulo, sugerimos que façam unm balancete 
de verificação, agrupando todas as contas movimentadas, com seus respectivos razonetes. 
3) O Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) foi instituído em 2007 por meio do Decreto 
n 6.022 eé parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Govemo Federal (TAC). Oreterido 
ato foi resultado de uma série de estudos e tratativas que datam do ano de 2000, desde a publicação 
da Lei ng 9,989/2000 que, além do plano plurianual do Govemo Federal, continha o Programa de 
Modernização das Administrações Tributárias e Aduaneiras. Em 2003, foi aprovada a Emenda Cons- 
tifucional ne 42, necessária para dar pemissão às adnministrações tributárias da Uniio, dos Estados
do Distrito Federale dos Municipios de atuarem de forma integradae com compartilhamento de 
dados cadastrais e informações tiscais, A partir de 204, comeyaam a ser realizados Encontros Na- 
cionais de Adminislradores Tributános (ENAT), que reuniram o secretino da Receita Federal os se 
cretários de Fazenda dos Fstados e do Distrito Federal e secactáiios de tinanças de Municipios, com 
o obictivo de realizar estudo e criar meranisnOs nevessanos à implantação do SPED 
A definição do SED esta no aitigo 2" do Derreto n o.022/07: 
"Al.2OSPEDÉ instrumento que urniiea as ativiudades de recepgio, validaão, amazena- 
mento e autenticaçao de livrOs e documentos que integran à escrituração comercial e tiscal 
dos empresanos e das sociedades empresarias, mediante tluxo único, computadorizado de 
intormaçes".

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