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Classificao_das_Sociedades-_Contabilidade_comercial

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Prévia do material em texto

2 
Classificação de Sociedades 
2.1 Introdução 
Sociedade é o contrato em que duas pessoas ou mais se obrigam a conjugar esforços ou recursos para 
a consecução de um fim comum, ou celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se 
obrigam a contribuir, com bens e serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre si, dos 
resultados. A atividade pode restringir-se à realização de um ou mais negócios determinados. 
Podem exercer a atividade de empresários os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil e não 
forem legalmente impedidos. 
2.2 As sociedades de acordo com o Código Civil 
o Código Civil, de 10-1-2002, entrou em vigor a partir de 11-1-2003. Entretanto, para efeito de atua-
lizações estatutárias, foi prorrogado pela terceira vez através da MP n° 234, de 10-1-2005. Assim, para as 
associações, as sociedades e as fundações, os empresáriostiveram até 11-1-2006 para se adaptarem ao Có- 
digo Civil, isso em decorrência da substituição do antigo Código Comercial de 1850 e do Decreto n 3.708, 
de 1919, aplicados às sociedades limitadas. 
2.3 Conceito de empresa 
A antiga Sociedade Comercial hoje é chamada Sociedade Empresária e tem 
seus instrumentos de 
constituição e alterações registrados na Junta Comercial, enquanto 
as antigas Sociedades Civis são atual- 
mente tratadas por Sociedades Simples e registradas 
em Cartório. 
10 Contabilidade Comercial ludícibus e Marion 
Para classificar as sociedades no Código Civil de 2002, vamos entender a diterença de empresário . não empresário. 
e 
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade economica organizada para produção ou circulação de bens e serviços (que substitui a figura do comerciante, aguele que praticava atos da comércio). Para exercício da atividade econômica o empresário deverá efetuar insCriçao na Junta Comercial Assim, indústria, comércio, prestações de serviços em geral caracterizam atividades empresariais. Por outro lado, considera-se não empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza cierntífica literária ou artística, ainda que seja como concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. Um exemplo seria o médico em seu consultôrio, ou um advo- gado, ou dentista etc. Porém, se o médico se une a outros médicos, constituindo um hospital, aí será uma atividade empresarial. 
a 
Só podem exercer atividade de empresário os que se enquadrarem nos moldes do Código Civil de 2002. 
Faculta-se aos cônjuges constituir sociedade, entre si ou com terceiros, desde que não tenham casado em regime da comunhão universal de bens, ou da separação obrigatória de bens. Antes do Código Civil de 2002, a divisão de sociedades era Comercial (atividades mercantis) ou Civil (vinculadas à prestação de serviços). Atualmente, as sociedades dividem-se em Empresária e Simples. Quanto à divisão de Empresária versus Simples, considera-se Empresária a sociedade que tem por objetivo o exercício de atividade própria de empresário; por outro lado, consideram-se Simples as demais. 
De maneira geral, sociedade Simples éé sobretudo, aquela que explora atividade de prestação de serviços decorrentes de atividade intelectual e de cooperativa.
2.4 Objetivo social no nome empresarial
Uma das inovações trazidas pelo Código Civil (CC) tem relação com o nome ou denominação social 
das empresas. 
O CC determina que conste no nome empresarial a desigrmação do objetivo da sociedade. Assim,e 
necessário que o nome empresarial contenha especificamente qual a atividade que a sociedade exerce. Para as empresas que possuem mais de um objeto social, recomenda-se que conste em seu nome em 
presarial a atividade preponderante das atividades por elas exercidas. Por exemplo, uma sociedade empresária limitada, cujo objeto social é a construção de imóveis, devera 
ter nome empresarial semelhante: X Construção de móveis Ltda. Essa exigência legal vem sendo aplicada pelas Juntas Comerciais competentes pelo registro de docu 
mentos societários, ao analisar os contratos sociais apresentados após a entrada em vigor do CC. 
2.5 Classificação das sociedades
A primeira divisão que pode ser feita é em Sociedade não Personificada (embora constituída oral 
documentalmente, não formalizou o arquivamento ou registro) e Sociedade Personificada (legaln 
ou 
nte 
Classificação de Sociedades 11 
LOnstituida e registrada em órgão competente, adquirindo personalidade formal, podendo ser chamada de 
pesoa juridica). 
OCC de 2002 prevé dois tipos de Sociedades não Personificadas: Sociedade Comum (explora uma 
at1dade económica, mas sem registro, sendo conhecida como sociedade de fato ou sociedade irregular) e 
Sccediude enm Conta de Participação (é um contrato de investimento comum em que duas ou mais pessoas se 
feunem para a exploração de uma atividade econômica. Um tipo de sócio é o Ostensivo, o empreendedor
ue dige o negocio e é responsável perante terceiros; os demais sócios são apenas participantes na con- digão de investidor, chamados, então, de sócios Participantes) 
As Sociedades Personificadas são legalmente constituídas e registradas em órgãos competentes. As 
personiicadas dividem-se em Sociedade Empresária e Sociedade Simples, como veremos a seguir. 
QUADRO-RESUMO DAS SoCIEDADES
Sociedades pelo CC Tipos Detalhes 
Não Porsonificada Sociedade Comum No que for compative! em Os sócios respondem sol1dária e ilimitadamente pe 
(Não inscritos constituida de (Socedade de fato sem 
fona oral e documental, po 
ambas aplicam-se as dispo- las obrigações Também conhecida como Sociedade 
sições da Sociedada Simples Iregular registro) 
rém não registada) 
Sociedade em Conta de Um dos sócios é Ostensivo (empreendedor, dirige o 
negocio e assume todas as responsabilidades) Outros 
socias são Participantes, apenas investidores 
Participaçao 
Personificoda Empresária Sociedade em Nome Coletivo 
lrgalmente constitulda e re| AtVvidade prÓpria de empresano com regstro na Junta Sociedade em Comand1ta Simples 
(strada no urgão competente. Cometcial
passantdo a ser denominada
pessoa juildico) 
Sociedade Limitada 
Sociedade por Ações (Lei das S A ) 
Sociedade em Comandita por Ações (Lei das SA 
Simples Sociedade Simples "Pura" ou Sociedade em Nome 
Atividade de não empresánio com registro no Cartóno Civ Coletivo 
Sociedade em Comandita Simples 
Sociedade Limitada 
Cooperativa 
Cooperativas 
(Legislagão Especial e CC) 
Responsab1lidade dos sócios imitada 
.Responsab1lidade dos sócios ilimitada 
Cuem exerce profissionalmente atividade econámica organizada paraa uem exerce profissão intelectual de natureza cientifica, literárna ou ar- prOdução ou tirculação de bens ou de serviços tística, ainda com auxílio de colaboradores, salvo se o exercicio da profis são constituir elemento de empresa 
2.6 Sociedade empresária 
Como já vimos, éa sociedade registrada para explorar atividades de empresa (produção circulação de bens e serviços) São as empresas industriais, comerciais e prestadoras de serviços e podem ser reguladas nos seguintes t1pOs 
12 
Contabilidade 
Comercial 
Iudícibus e 
Marion 
2.6.1 Sociedade em 
nome 
colefivo 
oletivo, respondendo todos os 
Somente pessoas 
físicas podem 
tomar parte na 
sociedade 
em 
nome 
colet 
sócios, solidária e 
ilimitadamente, pelas obrigações 
sOCiais. 
Sem prejuízo 
da responsabilidade 
perante 
terceiros, podem 
os sóCiOs, 
no ato constitutivo.o 
nime convenção posterior, 
limitar entre si a 
responsabilidade 
de cada 
um. 
A administração da sociedade 
compete 
exclusivamente a 
sócios, sendo 
o Uso da firma, nos limito 
contrato, privativo dos que 
tenham os necessários 
poderes. 
Esse tipo de 
sociedade é pouco 
interessante porque a 
responsabilidade 
dos SÓcios vai além do canil s 
unà 
ites do 
apital, 
é ilimitada. 
2.6.2 Sociedade em comandita simples 
Na sociedade em comandita simples, tomam parte sócios de duas categorias: 
os comanditados, pessoas 
fisicas, responsáveis solidáriae ilimitadamente pelas obrigações sociais; 
e os comanditários, obrigados s0- 
mente pelo valor de sua quota. 
O contrato deve discriminar os comanditados e os comanditários. 
Aplicam-se à sociedade em comandita simples as normas da sociedade enm nome coletivo, no que 
forem compatíveis. 
Aos comanditados cabem os mesmos direitos e obrigações dos sócios da sociedade em nome 
coletivo. 
Sem prejuízo da faculdade de participar das deliberações da sociedade e de lhe fiscalizar as operaçoes, não pode o comanditário praticar qualquer ato de gestão, nem ter o nome na firma social, sob pena de na sujeito às responsabilidades de sócio comanditado. 
Pode o comanditário ser constituído procurador da sociedade, para negócio determinado e com po deres especiais. 
Também é um tipo de sociedade em desuso. Todavia, é menos ruim que a Sociedade em Nome tivo, já que admite um tipo de sÓcio (comanditário) sem responsabilidade ilimitada. 
ole 
2.6.3 Sociedade limitada 
Mais de 90% das empresas brasileiras são na forma limitada. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, * 
respondem solidarianmente pela integração do capital social. O contrato social poderá prever a regëncia supletiva da sociedade limitada pelas nor 
dade anornima. Considere-se que a sociedade anönima tem lei própria - n° 6.404/76, atuallZ4a 
n 11.638/07. ormas da. SOCie 
pela Lei 
a 
Classificação de Sociedades 13 
capital social divide-se em quotas, iguais ou desiguais, cabendo uma ou diversas a cada sócio. 
A sociedade limitada é administrada por uma ou mais pessoas designadas no contrato social ou em 
ato separado. 
Se o contrato permitir administradores não sócios, a designação deles dependerá de aprovação da 
unanimidade dos sócios, enquanto o capital não estiver integralizado, e de dois terços, no mínimo, após a 
integralização. 
O administrador designado em ato separado investir-se-á no cargo mediante termo de posse no livro 
de atas da administração. 
O exercício do cargo de administrador cessa pela destituição, em qualquer tempo, do titular, ou pelo 
termino do prazo se, fixado no contrato ou em ato separado, não houver recondução. 
Ao término de cada exercício social, proceder-se-á à elaboração do inventário, do Balanço Patrimonial 
e do Balanço de Resultado Econômico (Demonstração do Resultado do Exercício). 
Sem prejuízo dos poderes da assembleia dos sócios, pode o contrato instituir conselho fiscal com- 
posto de três ou mais membros e respectivos suplentes, sócios ou não, residentes no país, eleitos na 
assembleia anual. 
Dependem da deliberação dos sócios, além de outras matérias indicadas na lei ou no contrato: 
a aprovação das contas da administração; 
a designação dos administradores, quando feita em ato separado; 
a destituição dos administradores; 
o modo de sua remuneração, quando n�o estabelecido no contrato; 
a modificação do contrato social; 
a incorporação, a fusão e a dissolução da sociedade, ou a cessação do estado de liquidação; 
a nomeação e a destituição dos liquidantes e o julgamento de suas contas; 
o pedido de concordata. 
As deliberações dos sócios serão tomadas em reunião ou em assembleia, conforme previsto no con- 
trato social, devendo ser convocadas pelos administradores nos casos previstos em lei ou no contrato. 
A deliberação em assembleia será obrigatória se número dos sócios for superior a dez. 
2.6.4 Da sociedade anônima 
Na sociedade anônima ou companhia, o capital divide-se enm ações, obrigando-se cada sócio ou acio- 
nista somente pelo preço de emissão das ações que subscrever ou adquirir. 
A sociedade anônima rege-se por lei especial, aplicando-se-Ihe, nos casos omissos, as disposições 
do 
Código Civil. No item 2.9, estaremos tratando especificamente 
sobre sociedade anônima. 
2.6.5 Da sociedade em comandita por ações 
A sociedade em comandita por ações tem o capital 
dividido em ações, regendo-se pelas normas rela- 
tivas à sociedade anônima, e opera sob firma 
ou denominação. 
14 Contabilidade Comercialludicibus e Marion 
Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como diretot, responde subsidi. e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade. 
Se houver mais de um diretor, serão solidariamente respons onsáveis, depois de esgotados os bens sociais 
na 
Esse tipo de sociedade, também em desuso, é tratado na Lei das Sociedades por Ações, Lei n® 11.638/0n 
2.7 Sociedade simples 
E constituida para a exploração de atividade de prestação de serviços decorrentes de atividade intelec- tual: advogados, médicos, dentistas, contadores, engenheiros.. De maneira geral, atividades de natureza científica, literária, artística e intelectual enquadram-se como simples. 
As sociedades simples são registradas no cartório de registro civil de pessoas jurídicas.As sociedades simples podem ser estabelecidas segundo os mesmos tipos que as sociedades empre- 
sanas: 
sociedade limitada; 
sociedade em nome coletivo; 
sociedade em comandita simples. 
2.8 Sociedade cooperativa 
A sociedade cooperativa reger-se-á pelo CCe por legislação especial. Como a sociedade anônima, a sociedade cooperativa possui legislação especial, que é a Lei n 5.764/71. 
São características da sociedade cooperativa: 
variabilidade, ou dispensa do capital social; 
concurso de sócios em número mínimo necessário a compor a administração da sociedade, sem 
limitação de número máimo; 
limitação do valor da soma de quotas do capital social que cada sócio poderá tomar; intransferibilidade das quotas do capital a terceiros estranhos àsociedade, ainda que por herança 
quorum para a assembleia geral funcionar e deliberar, fundado no número de sócios presentes a 
reunião, e não no capital social representado; direito de cada participante a um só voto nas deliberações, tenha ou não capital a sociedade 
qualquer que seja o valor de sua participação; distribuição dos resultados, proporcionalmente ao valor das operações efetuadas pelo sóCiO 
a sociedade, podendo ser atribuído juro fixo ao capital realizado; indivisibilidade do fundo de reserva entre os sócios, ainda que em caso de dissolução da soCiedia dade. 
Classificação de Sociedades 15 
Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser 
limitada ou ilimitada. 
E Limitada a responsabilidade na cooperativa em que o 
sócio responde somente pelo valor de suas 
quotas e pelo prejuízo verificado nas operações sociais, guardada 
a proporção de sua participação nas 
mesmas operações. 
E 1hmitada a respornsabilidade na cooperativa em que o 
sócio responde solidária e ilimitadamente 
pelas obrigações sociais. 
No que a lei for omissa, aplicam-se as disposições referentes à sociedade simples. 
2.9 Sociedade anônima (sociedade por ações) 
Na verdade, esta parte deveria ser chamada sociedade por ações, 
uma vez que se trata de 
sociedades 
de capitais regidas pela Lei n? 11.638/07 (Lei das Sociedades por Ações). 
Subdividem-se em dois tipos 
sOcietarioS: sociedades anônimas e sociedades em comandita por ações. Como 
este último tipo societário 
encontra-se em extinção, será dada ênfase às sociedades anônimas. Todavia, 
as sociedades em comandita 
são tratadas no iterm 2.6.2. 
As sociedades anônimas, também denominadas companhias, têm o capital 
social dividido em ações, e 
a responsabilidade dos acionistas (proprietários das ações) 
é limitada ao preço de emissão das ações 
subs- 
critas ou adquiridas. 
2.9.1 Principais características 
São as seguintes as principais 
características da sociedade anônima: 
é sempre uma 
sociedade empresária (antiga sociedade comercial); 
a sociedade é designada por denominaçoes, 
acompanhada da expressão companhia ou sociedade 
anonima, expressas por 
extenso ou abreviadamente, 
mas vedada a utilização da primeira ao final. 
Poderá figurar na designaçãoo 
nome do fundador, acionista ou pessoa que por qualquer modo 
tenha concorrido para o 
ëxito da empresa; 
a companhia pode ter por objetivo participar de outras 
sociedades,ainda que tal participação não 
seja prevista no estatuto. A participaçaoe 
facultada como meio de realizar o objeto social, ou para 
beneficiar-se de incentivos 
fiscais. 
2.9.2 Constituição da S.A. 
A constituicão da companhia 
depende do cumprimento 
dos seguintes requisitos preliminares (após o 
estabelecimento do estatuto
- regras que regem 
a S.A.): 
subscrição, pelo menos por 
duas pessoas, ae todas as açoes 
em que se divide o capital social fi- 
xado no estatuto; 
16 Contabilidade 
Comercial 
ludícibus e 
Marion 
realização, como entrada, 
de 10%, no 
mínimo, do preço 
de emissao 
das ações subscrit. 
nheiro; 
ritas, em di. 
depósitos, no Banco do BrasilS.A., 
ou em outro 
estabelecimento 
bancário autorizado nal 
são de Valores Mobiliários, da parte 
do capital realizado 
em dinheiro 
pela Comis 
Em nosso Direito, há duas formas de constituição 
de sociedade 
anônima: 
Mobili- 
co em geral, outra parcela 
das ações): é submetida à apreciaçao 
da Comissão de Valores M a) por subscrição pública (grupo 
fundador subscreve parcela do capital, 
colocando à venda an. 
ro de 
arios (CVM) com o objetivo de proteger a economia popular. 
A CVM nao concede o registro 
lento emissão para constituição de companhia por 
inviabilidade ou temeridade do empreendimand 
ou, ainda, por inidoneidade dos fundadores. A subscrição somente pode ser efetuada m 
a 
intermediação de instituição financeira através de uma underuwriter; 
b) por subscrição particular (o grupo fundador fica com a totalidade do capital): é a forma que pre. 
domina quando a subscriç�ão particular do capital pode fazer-se por deliberação dos subseritos 
em assembleia geral (reunião dos subscritores) ou por eseritura pública (assinatura de todos5 05 
subscritores), considerando-se fundadores todos os subscritores. 
2.9.3 Tipos de S.A. 
A-COMPANHIA ABERTA 
A captação de recursos é realizada junto ao público. Os valores mobiliários (ações ou debêntures) sa0 admitidos à negociação em bolsas ou no mercado de balcão. 
As negociações dos valores mobiliários podem ser realizadas em pregão (proclamação pública com corre tores etc.) ou em mercado de balcão (mercado primårio, a primeira venda de um valor mobiliário sem pregao Além dos incentivos fiscais concedidos aos acionistas e à própria empresa, a sociedade anônima de ca pital aberto (Cia. Aberta) possui grande vantagem quanto à captação de recursos junto ao público, recurs 
esses que muitas vezes são"mais baratos" em relação ao mercado financeiro (crédito), e não há a obrigay 
líquida e certa do reembolso. 
B-COMPANHIA FECHADA 
Éa companhia que não recorre a poupança püblicae obtém recursos entre os próprios acionista 
a formacão de seu capital próprio. Sua ação não é cotada em bolsa. É a sociedade tradicional, re 
pequenos grupos. para 
ta a 
C-SOCIEDADE DE CAPITAL AUTORIZADO 
Contém, no estatuto, disposiçao que autoriza o aumento de capital até certo teto (cap 
ade de anuência da assembleia geral nem de reforma estatutária, Portanto, a socieu até 
lo realiza, gradativamente, com a emissão de ações, o aumento do capital su (AS 
sem necessidade 
capital autorizado apital autorizad afinoir o montante da autorização. Dal, havera a fixação de um novo capital, com autorização da * 
com 
sembleia Geral) e reforma do estatuto. 
Classificaçân de Saciedades 17 
lc estende a todas as companhias a faculdade de prever estatutanamente a autorização para au 
nento de capital social, independentemente de reforma estatutária 
D SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA 
E legalmente definida como entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por 
ei para exploTação de atividade econômica, sob a forma de sociedade anónima, cujas ações com direito a 
voto pertençam em sua maioria à União ou à entidade da Administração Indireta. 
Caracteristicas da sociedade de Economia Mista: 
reveste-se da forma de sociedade anônima, 
há participação do Estado e de particulares no capital social 
há participação ativa do Poder Público na gestão da sociedade 
tem finalidade de interesse público; 
é criada por lei. 
2.9.4 Algumas obrigatoriedades das S.A. 
A ASSEMBLEIA GERAL 
La reuniào dos acionistas de uma companhia que, quando convocada, term poderes para decidir sobre 
tdos rs negocios relativos ao objeto da empresa e outros assuntos. Anualmente, nos quatro primeros me- 
es sguintes ao termino do exercicio social, há reunião dos acionistas, que se denomina Assembleta Ceral 
Odnira GO) Quando houver necessidade de outra assembleia geral, será denomnada Assembleia 
erol Exttaotdinária (AGE) 
B - ATA E CONVOCAÇÃO 
Ata é o rsumo dos assuritos drcutidose dehberads nas dssembleias que sera lavralo em Iivro propno 
publicado em jornal Aono d0 parls 
SttntteiAs C feila ediante anunciu publicado emm IOmals 
C- PUBLICAÇÃO DAS DEMONSTRAÇOFS 
FINANCIRAS 
Tanto as S.A d tapit.al hado ns de itat abert leven publiar as Demonstrcoes 
Financeiras no Diario Oficial e :! 1nitTtifnal il 
f tuli, d i itisituigdes tinanceras e as compa 
nhias abertas de*Vem publicar u denottis c 
nesttshhtnete 
A obrigatonedade ia pul beay, t J e1zl f.i, t he fiti.tne 
as um.i antagem para as suciedades 
nonimas, uma vez que evideca . t.af tenel. t 
ithe dn. 1als Teliblidade para 
essas enmpresas junto a soredud 
2.9.5 Ações 
São títulos de propriedade, r}ientati*s t.s sdtds 
Parte> cT jue dnmde o capital social de uma 
SOciedade por ações. Uma agão representa 
a nhenot Taki em que it iilo set apital 
18 Contabilidade Comercial Iudícibus e Marion 
proprietário de uma ação torna-se acionista da companhia, isto é, um de seus donos, 
Ao possuidor da ação é conferida parcela de participação no controle e nos lucros da companhia 
As ações, conforme a natureza dos direitos ou vantagens que confiram a seus titulares, dividem ordinárias e preferenciais. 
em 
A-ORDINÁRIASs 
enhum privilégi 
São ações comuns, desprovidas de quaisquer restrições, porém n�ão dotadas de nen salvo o direito ao voto. 
B-PREFERENCIAIS 
São aquelas que conferem preferências previamente declaradas nos estatutos, tais como: prioridade na distribuição de dividendos; elou 
prioridade no reembolso do capital, com ou sem prêmio. 
Quanto à forma de circulação, as ações podem ser: nominativas, endossáveis, ao portador. 
C-NOMINATIVAS
A propriedade das ações nominativas presume-se pela inscrição do nome do acionista no livro de Re- gistro das Ações Nominativas; a transferência dessas ações opera-se lavrando-se o livro de Transferência de Ações Nominativas com a assinatura do cedente e do cessionário. 
D-ENDOSSÁVEIS 
A propriedade das ações endossáveis presume-se pela posse do título com base em série regular de 
endossos, mas o exercício do direito perante a companhia requer a averbação do nome do acionista no0 
livro de Registro de Ações Endossáveis e no certificado. Portanto, a transferência mediante endoSsO nao 
tem eficácia perante a companhia, enquanto n�o for averbada no livro de registro e no próprio certiicad 
o endossatário, porém, que demonstrar ser possuidor do título com base em série regular de endossos Ite 
o direito de obter a averbação da transterëncia ou a emiss�o de novo certificado em seu nome. 
Algumas combinações dos tipos de ações: 
+Nominativas = ON ORDINÁRIAS 
+Endossáveis = OE 
+ Nominativas = PN PREFERENCIAIS 
+Endossáveis = PE 
As acões podem ser ainda com valor nominal e sem valor nominal. 
Classificação de Sociedades 19 
2.10 União de empresas 
Serão abordados alguns tipos de concentração de empresas, conforme definição da Lei n* 11.638/07. 
2.10.1 Fusão 
Ea operação pela qual se unem duas ou mais sociedades para formar sociedade nova, que lhes suce-
derá em todos os direitos e obrigações. Portanto, é o ato pelo qual duas ou mais empresas se extinguem 
para originar uma nova sociedade com personalidade jurídica distinta; a nova sociedade adquire os ativos 
e passivos das demais. 
2.10.2 Incorporaç�ão (encampação ou absorção) 
Ea operação pela qual uma ou mais sociedadessão absorvidas por outra, que lhes sucede em todos 
os direitos e obrigações. A empresa incorporada, portanto, deixa de existir, mas a empresa incorporadora 
continua com sua personalidade jurídica. 
2.10.3 Grupo de sociedades 
As sociedades controladas podem constituir um grupo de sociedades, mediante convenção pela qual 
se obriguem a combinar recursos elou estorços para a realização dos respectivos objetivos ou a participar 
de atividades ou empreendimentos comuns. 
A sociedade controladora, ou de comando do grupo, deve ser brasileira e evercer, direta ou indire- 
tamente, e de modo permanente, o controle das soCiedades filiadas, como titular de direitos de sócio ou 
acionista, ou mediante acordo com outros sócios ou acionistas. 
O grupo de sociedades terá designação da qual constar�o as palavras grupo de sociedades ou grupo e 
considerar-se- constituído a partir da data do arquivamento, n0 registro do comércio da sede da sociedade 
de comando, de documentos como: convençao de constituiç�o do grupo, atas das assembleias gerais etc. 
O grupo de sociedades publicará demonstrações financeiras (jurntamente conm as da sociedade -co- 
mando) consolidadas, compreendendo todas as sociedades de grupo, não se excluindo a obrigatoriedade da 
publicação das demonstrações linanceiras de cada uma das companhias que compõem o grupo. 
Geralmente, o controle de um grupo de sOciedades (sociedade-comando) é exercido por uma socie- 
dade holding, que poderá ser pura (possui exclusivamente controle acionário) ou mista (além do controle 
acionário, possui outras atividades). 
A comnanhia holding tem como objetivo possuir ações de várias sociedades para controlá-las. Não há, 
portanto, integração de sociedades, isto e, cada empresa mantém sua personalidade jurídica própria.
20 Contabilidade Comercial Iudícibus e Marion 
ntrole 
Além da vantagem de as entidades ficarem separadas juridicamente, n�o atetando a"sociedad. 
quanto aos riscos individuais, a holding contén outros pontos positivos, como: detenção do cont 
pequena participação no capital da controlada, desde que as ações estejam diluídas com o público O 
nanceita 
Não se deve confundir sociedade holding com sociedade de participaçao ou sociedade finan (7westment trust), em que, embora esta última apresente grande parte de seus ativos investida de outras sociedades, diferem entre si, uma vez que a primeira visa ao controle societârio e a segunda 
centralizado, com a administração descentralizada etc. 
ida no cap 
tem 
como objetivo essencial o investimento. 
2.10.4 Consórcio 
Surge aqui o caso de sociedades que desejam unir-se, em proveito de um empreendimento, sem per 
der sua personalidade jurídica, sem abdicar de sua autonomia administrativa e, muitas vezes, sem a parti 
cipação societária. 
Eo caso do consórcio em que, através de um contrato temporário ou não e sem personalidade jur- 
dica, duas ou mais sociedades se unem com o objetivo de executar um empreendimento, como: proces 
samento de dados, pesquisas, obras públicas, aquisição de matérias-primas em comum, rede de vendas, 
entrepostos etc. 
A fórmula joint venture, bastante utilizada nos Estados Unidos, está sendo também aplicada, n0 
Brasil, como um tipo de consórcio, que serve, aqui, de canal aos crescentes investimentos americanos 
de outros países. 
Uma das características da joint venture é seu aspecto efêmero, isto é, ela se desfaz no término da o0a 
ou empreendimento. Se tiver tendéncia duradoura (aspecto permanente), certamente se transtormard 
uma sociedade (geralmente S.A.), uma vez que haverá maior segurança para o empree 
em 
associados. 
reendimento e os 
2.10.5 Coligadas e controladas 
ALei das Sociedades por Ações define sociedades coligadas e controladas. São coligadas 
quando participam com 20% ou mais, do capital da outra, sem controlá-la. Considera-se contro 
que lhes assegurem, de modo permanente, preponderância nas deliberações sociaise c 
ciedade na qual a controladora, diretamente ou através de outras controladas. é titular de direitos uP 
das as sociedad 
da a so 
e sócios 
cied 
maioria dos administradores. 
e o poder de eleger 
2.10.6 Subsidiária integral 
das sociedades por ações dispõe que a companhia pode ser 
constituída, mediante 
Embora a constituição o tituição da companhia dependa de subscrição de pelo menos duas pessoaica, te 
como único acionista a sociedade brasileira, 
legislação 
escritura pública, tet 
Classificação de Sociedades 21 
A sOciedade assim constituída é chamada subsidiária integral, embora com personalidade jurídica 
absolutamente distinta da sociedade-acionista. 
A constituição de subsidiária integral pode acontecer também pela incorporação de todas as ações de 
uma companhia por outra, exigindo que haja prévia aprovação da assembleia geral de ambas as SOciedades. 
2.11 Outras formas de tratar sociedades 
2.11.1 Sociedade nacional 
E nacional a sociedade organizada de conformidade com a lei brasileira que tenha no pais a sede de 
sua administração. 
Quando a lei exigir que todos ou alguns sócios sejam brasileiros, as ações da sociedade anönima re- 
vestirão, no silêncio da lei, a forma nominativa. Qualquer que seja o tipo da sociedade, em sua sede ficara 
arquivada cópia autêntica do documento comprobatório da nacionalidade dos sócios. 
Não haverá mudança de nacionalidade de sociedade brasileira sem o consentimento unânime dos 
sócios ou acionistas. 
2.11.2 Sociedade estrangeira 
A sociedade estrangeira, qualquer que seja seu objetivo, não pode, sem autorização do Poder Execu- 
tivo, funcionar no país, ainda que por estabelecimentos subordinados, podendo, todavia, ressalvados os 
casos expressos em lei, ser acionista de sociedade anönima brasileira. 
Ao requerimento de autorização devem juntar-se: 
prova de se achar a sociedade constituída conforme a lei de seu país; 
inteiro teor do contrato ou do estatuto; 
relação dos membros de todos os órgãos da administração da sociedade, com nome, nacionali- 
dade, profissão, domiclio e, salvo quanto a ações ao portador, o valor da participação de cada um 
no capital da sociedade; 
cópia do ato que autorizou o funcionamento no Brasile fixou o capital destinado às operações no 
território nacional; 
prova de nomeação do representante no Brasil, com poderes expressos para aceitar as condições 
exigidas para a autorização; 
último balanço. 
2.12 Empresa rural 
Até 2002, as sociedades eram divididas em sociedade comercial e sociedade civil. A partir do início de 
2003, entra em cena o CC, que revoga a primeira parte do Código Comercial brasileiro de 1850. 
22 Contabilidade Comercial ludicibus e Marlon 
O CC define, como já vimos, empresário 
como aquele que exerce pronssionalmente atividad 
passa 
almente ativida eco 
omica organizada para a produção ou circulação 
de bens ou serviços. 
ASSim, o produtor rural 
Cnamado de empresário rural em função da definição 
acima, desde que se 
inscreva na junta comadse 
se mscrevendo na junta comercial, ele será um produtor 
rural autönomo. 
Em relação à sociedade, o CC considera sociedade empresária, tambem ja visto, pessoas 
Dram contrato e reciprocamente se obrigam a contribuir com bens e serviçoS para o exercício de ai 
económica e a partilha, entre si, dos resultados. Assim, a expressão sociedade empresária substitui a e 
sao anterior de sociedade comercial. Dessa forma, a sociedade rural (quando houver a união de duas Ou mais 
mercial. Nan 
que c 
pessoas) passa a ser vista como uma sociedade empresária. 
De maneira geral, conforme o CC, o empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profisst 
pode exercer essa atividade nas seguintes formas jurídicas: 
såo, 
autônomo, sem registro na Junta Comercial; 
empresário individual, quando inscrito na Junta Comercial (é optativo 
sOciedade empresária, inscrita na Junta Comercial (na forma de sociedade limitada, ou sociedade 
anônima etc.). 
O CC diz que a lei assegurará tratamento favorecido diferenciado e simplificado aoempresário runal 
quanto à inscriçãoe aos efeitos daí decorrentes. Nesse caso, não haveria necessidade de contabilista, escn-
turação..., como descrito na legislação tributária (Imposto de Renda). 
Por fim, o CC diz que não é considerado empresário quem exerce profissão intelectual de natureza científica, literária ou artística. Essas atividades anteriormente eram tratadas como civis. Assim, quando se 
constituía sociedade, era tratada como sociedade civil, hoje denominada"simples". 
Dessa forma, a sociedade empresária em atividade rural n�o poderá ser na categoria de simples. 
2.13 Escrituração conforme o CC 
O empresário e a sociedade empresaria são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, n zado ou não, com base na escrituraçao uniforme de seus livros, em correspondência com a docune 
ecan 
respectiva, e a levantar anualmente o Balanço Patrimonial e o de Resultado Econômico (DRE), 
entaç�o 
dispensado dessas obrigações o pequeno empresário. 
cando 
Além dos demais livros exigidos por lel, e indispensável o Diário, que pode ser substituiao 
no caso de escrituraçao mecanizada ou eletrônica. 
A adocão de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do Balanço 
tichas 
e do Resultado Econômico (DRE). 
Salvo disposição especial de lel, os ivroS Obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de pO 
devem ser autenticados no KeBIstro P'ublico de Empresas Mercantic Aa1stenticação n�o se fara sem que esteja inscrito o empresário, ou a sociedade empresal 
Patrimorle
1 Uso 
rá fazer autenticar livros nã obrigatórios. que pode- 
1 Atualmente processado pelo sPED - Sistema Püblico de Escrituração Digital. 
23 Classificação de Sociedades 
A escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente 
habilitado, salvo se nenhum 
houver na localidade.
A eserituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em 
forma contábil, por ordem cro 
nologica de dia, mes e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, 
borrões, rasuras, emendas ou 
transportes para as margens. 
E permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem 
de livro próprio, regular 
mente autenticado. 
2.14 Sociedade sem fins lucrativos 
Constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para 
fins não econôomicos. Não 
há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. 
O estatuto das associações conterá: 
a denominação, os fins e a sede da associação; 
os requisitos para a admissão, demissão e 
exclusão dos associados; 
os direitos e deveres dos associados; 
as fontes de recursos para sua manutenção; 
o modo de constituição e 
funcionamento dos órgãos deliberativos e administrativos; 
as condições para a alteraç�o das disposições 
estatutárias e para a dissolução. 
Os associados devem ter iguais direitos, 
maso estatuto poderá instituir categorias com vantagens 
especiais. 
A qualidade de associado é 
intransmissivel, se o estatuto n�o dispuser o contrário. 
A exclusão do associado só 
é admissível se houver justa causa, obedecido o disposto no estatuto; sendo 
este omisso, poderá também ocorrer 
se for reconhecida a existencia de motivos graves, em deliberação fun- 
damentada, pela maioria absoluta 
dos presentes a assembleia geral especialmente convocada para esse fim. 
Da decisão do órgão que, de 
conformidade como estatuto, decretara exclus�o caberá sempre recurso 
à assembleia geral. 
Nenhum associado poderá ser impedido 
de exercer direito ou função que lhe tenha sido legitimamen- 
te conferido, a não ser nos 
casos e pela forma previstos na lei ou no estatuto. 
Compete privativamente 
à assembleia geral: 
eleger os administradores; 
destituir os administradores; 
aprovar as contas; 
alterar o estatuto. 
Para as deliberacões a que se 
referem Os incisoslelv, é exigido o voto concorde de dois terços dos 
presentes à assembleia especialmente convocada para 
esse fim, n�o podendo ela deliberar, em primeira 
convocação, sem a maioria 
absoluta dos assoclados, ou com menos de um terço nas convocações seguintes.

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