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13 Este livro surgiu a partir de um evento promovido na Uni- versidade de São Paulo (USP) pelo Instituto de Estudos Avan- çados (IEA) e pela Pró-Reitoria de Pesquisa da USP, focado em diálogos interdisciplinares sobre inteligência artificial. Cada um dos capítulos busca trazer reflexões de como as diferentes áreas do conhecimento têm lidado, integrado e aplicado a Inteligência Artificial. Os textos vêm das áreas da Ciências da Computação e Humanidades. Dividimos o livro em três grandes seções, “Ética e Estética”, “Ciências” e “Ciências Sociais Aplicadas”, além de uma seção introdutória. Os temas que compõem cada parte deste livro vão de reflexões mais abstratas a reflexões aplicadas. Apresenta- remos cada uma delas a seguir. A Introdução traz uma reflexão de Fabio G. Cozman e Hugo Neri acerca da pergunta aberta há muitos anos, mas ainda não respondida “O que, afinal, é a Inteligência Artificial?”. Na sequên- cia, em “Trajetória acadêmica da Inteligência Artificial no Brasil”, Anna Helena Reali Costa, Leliane Nunes de Barros, Solange Oli- veira Rezende, Jaime Simão Sichman e Hugo Neri fornecem um resgate histórico da área. Na parte de “Ética e Estética”, temos quatro contribuições. “Inteligência Artificial, ética artificial”, de Teixeira Coelho, traz uma rica reflexão sobre Ética e Inteligência Artificial. Antes de discutir se “Inteligências Artificiais” podem carregar algum tipo de moralidade e, portanto, ter um comportamento ético, o au- tor discute o próprio conceito de moral. A partir de exemplos de aplicação de tecnologias, ele opõe universalidade moral ao rela- tivismo moral a fim de pensar se é possível consenso ético no mundo contemporâneo capaz de orientar uma máquina. Ao final, o autor elenca as vantagens de uma suposta “ética artificial” em que é possível corrigir padrões e erros, já que uma máquina, sem consciência, seria imbuída de hábitos padronizados e não neces- sariamente de uma moral ativada a cada ação ou escolha.
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