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1. Descrever o desenvolvimento da voz na infância e na adolescência; DESENVOLVIMENT O DA LARINGE Embriologicamente, sabemos que a laringe surge na terceira semana de vida intra-uterina, a partir de um prolongamento da faringe, como uma dobra do endoderma, e já no terceiro mês intra-uterino apresenta as mesmas características encontradas ao nascimento. É importante ressaltar que, após o nascimento, além do crescimento do trato vocal, ocorrerá uma série de modificações nas configurações geométricas desse tubo, de modo que a estrutura vocal do bebê não corresponde a uma miniatura da estrutura do adulto, diferindo tanto na forma quanto nas relações com as outras partes do corpo Desenvolvimento ontogênico da voz: O desenvolvimento da voz acompanha e representa o desenvolvimento do indivíduo, tanto do ponto de vista físico como psicológico e social. Schrager(1996) apresentou 6 fases de evolução da voz de acordo com as características vocais; ● Neonatal: do nascimento aos 40 dias de idade. Há presença de Pitch( frequências) elevadas, ataque vocal Brusco e de forte Loudness(intensidade) •Primeira infância: Do primeiro mês até os seis anos. Modulação mais evidente, redução de ataques vocais bruscos, coincidindo com ação hormonal. •Segunda infância: dos seis anos ao início da puberdade, as variações chegam a uma oitava e meia de extensão. •Puberdade: Características vocais de diferenciação sexual torna-se evidente, principalmente nos meninos. ocorre a muda vocal fisiológica ao redor dos 13-14 anos, com redução da frequência fundamental e predomínio do registro de peito; a voz do menino nessa fase pode ser rouca, diplofônica, áspera e soprosa; na menina, a frequência fundamental não se modifica de modo acentua do, porém, paulatinamente, ocorre um decréscimo em seu valor, acompanhado por modificações nas caracteristicas espectrais do som •Estabilização: Voz estável do jovem ao adulto, com a apresentação de características própria de cada sexo. •Senescência: Período de menopausa e do envelhecimento, ocorre a perda de potência e diminuição da extensão vocal Voz do Bebê O choro, de acordo com Kant, representa a revolta da criança ao nascimento. No entanto, fisiologicamente o fato destina-se a desobstrução das vias aéreas a fim de pôr em ação um novo padrão respiratório. Com isso, é imprescindível que a laringe comprove imediatamente sua eficiência na função respiratória e protetora para não pôr em risco a vida do bebê. A voz do bebê é geralmente caracterizada por uma qualidade vocal descrita como delgada, resultado do trato vocal encurtado e da reduzida possibilidade de ressonância. Wasz-Hökert et al, estudaram os diferenciais da voz por bebês em diversas situações caracterizando quatro sinais locais características: Sinal do Nascimento: som surdo, em torno de 440 HZ, tenso e estridente contendo sons plosivos devido a expulsão do líquido amniótico Sinal de dor: Sinal vocal de mais longa duração, agudo, em torno de 530 Hz, estridente, com queda de frequancia na sustentação ; há ação esfincteriana de toda laringe com forte fechamento das pregas vocais. Sinal de fome: aparece com pequenas unidades vocais com frequência fundamental variável, passando de grave a agudo rapidamente, e também apresenta sons plosivos. ● Sinal de prazer: característica principal -Hiper nasalidade-muito ar passando pelo nariz, seguida pela grande variedade de tons com total sonoridade glótica sendo o resultado apenas da vibração das pregas vocais. O sinal de prazer nunca é surdo, tenso ou estridente: há um relaxamento de todo o trato, inclusive do véu palatino, que se encontra fortemente tenso nos outros sinais vocais Voz na adolescência Até a puberdade a laringe é bastante semelhante no menino e na menina, e é difícil fazer a discriminação quanto ao sexo do falante com base apenas em uma emissão sustentada. Evidentemente, a fala encadeada permite tal diferenciação, devido às diferenças já é presentes no trato vocal, sem contarmos os aspectos morfossintáticos semânticos relacionados ao sexo. A muda vocal nos homens ocorre ao redor dos 13 aos15 anos, enquanto nas mulheres é ao redor dos 12 aos14 anos; nos climas quentes esse evento pode ser antecipado em até dois anos, pela vida sedentária e pelos hábitos alimentares; e nos climas frios, próximos aos polos, pode-se atrasar em mais de um ano. Na adolescência ocorre um crescimento evidente da laringe acompanhando o crescimento corporal, mais acentuado nos rapazes, As pregas vocais dos meninos podem alongar-se em até 1 cm, enquanto nas meninas esse crescimento dificilmente passa de 4 mm. Funcionalmente, é necessária uma adaptação às novas condições anatômicas, o que se traduz num abaixamento médio da frequência fundamental em uma oitava para os meninos e de 2 a 4 semitons para as meninas; essa adaptação funcional leva um período de alguns meses a um ano. A voz torna-se levemente rouca e instável, com várias flutuações, mas tendendo aos sons graves, Com o passar dos dias os sons agudos tornam-se menos presentes e os graves mais estáveis Esse crescimento. associado a ação dos novos níveis hormonais, transforma a laringe infantil em laringe adulta, com um consequente impacto vocal, a chamada mutação fisiológica ou, simplesmente, muda vocal-- um fenômeno fisiológico rotineiro para a maioria das pessoas Particularmente quanto ao aparelho fonador, ocorre um crescimento constante, mas não-homogêneo da laringe, das cavidades de ressonância, da traqueia e dos pulmões A muda representa, portanto, um período de desequilíbrios. onde o pescoço se alonga. laringe desce, tórax Se alarga e a capacidade vital aumenta, de modo não-harmônico. Podem ser observadas pregas vocais edemaciadas, com bordas irregulares e alterações vasomotoras A musculatura intrínseca da laringe não apresenta tonicidade constante e, para alguns jovens, o canto torna-se dificil e deve ser evitado. 1. Compreender a classificação das disfonias e as alterações laríngeas comuns na infância e adolescência. Mestrado da faculdade de Lisboa - disfonia na criança Voz do especialista Conceito de voz normal VOZ ADAPTADA A voz deve ser produzida pelo falante, de modo adaptado, sem esforço adicional e com conforto, identificando corretamente o sexo e a faixa etária a que pertence; por outro lado, a voz deve ser adaptada ao grupo social, profissional e cultural do indivíduo, o que é definido pelos ouvintes, por um consenso não necessariamente consciente. Assim, uma voz deve ser considerada adaptada após se avaliarem a percepção do ouvinte e a do falante Disfonia Disfonia é um termo clínico que se refere ao funcionamento anormal da voz, ou seja, engloba todas as alterações e dificuldades na emissão vocal que impedem a produção natural de voz. Uma definição mais específica de disfonia é a sensação de desconforto ou dor ao falar e/ou uma anormalidade ou danos em um ou mais dos quatro parâmetros da voz: qualidade vocal, timbre, altura tonal e intensidade - Problemas na qualidade vocal: conhecida vulgarmente como rouquidão, é a apresentação de disfonia mais frequente e pode ser dividida em soprosidade (saída de ar turbulento audível durante a emissão vocal através de uma glote insuficientemente fechada), rugosidade (flutuações irregulares da frequência fundamental e/ou da amplitude do som glótico por irregularidade nas vibrações das cordas vocais), astenia (hipofunção, falta de potência na voz e intensidade fraca) e tensão (hiperfunção, a voz soa forçada, associada a frequência anormalmente aguda). - Problemas no timbre/ressonância: diz respeito ao carácter hipo ou híper rinofónico da voz. - Problemas na altura tonal: voz demasiado aguda ou grave. - Problemas na intensidade: falar demasiado alto ou demasiado baixo. 3. EPIDEMIOLOGIA grupo mais afetado é entre os 8-14 anos No grupo das crianças entre os 1 e os 12 anos, os rapazes são os mais afetados, numa proporção de quase 2:1. Esta disparidade é explicada pelo facto de, durante a infância, o comportamento dos rapazes ser geralmente mais impulsivoe agressivo do que o das raparigas, muitas vezes associado ainda a uma hiperatividade excessiva, ansiedade e espírito de liderança. Este perfil hiper funcional reflete-se diretamente nos mecanismos fonatórios, resultando em abuso vocal Na adolescência, a laringe sofre uma série de alterações estruturais provocadas pela testosterona, levando ao aumento das dimensões da laringe e a uma nova configuração glótica caracterizada por cordas vocais mais longas e ângulo anterior da cartilagem tiroideia mais agudo, de forma a acomodar melhor as cordas vocais mais longas. Isto faz com que, neste período, os nódulos vocais (principal causa de disfonia nas crianças) tendam a sofrer involução e os sintomas de disfonia tendem a diminuir. DISFONIAS COMPORTAMENTAL SEM LESÃO - Funcional - Aquelas a qual a laringe não apresenta nenhuma alteração visível -Desordem do comportamento vocal, e podem ter como causa três diferentes aspectos: ●Disfonias funcionais primárias por uso incorreto da voz ●Disfonias funcionais secundárias por inadaptação vocal ●Disfonias funcionais por alterações psicogênicas Disfonias funcionais primárias por uso incorreto da voz As disfonias funcionais primárias são causadas Por uso incorreto da VOZ e podem ser favorecidas por duas situações, principais: falta de conhecimento vocal e modelo vocal deficiente. O papel do comportamento vocal, nesses casos, é o cerne do problema. Falta de Conheciment o Vocal é observado quando o indivíduo não possui noções básicas sobre a voz e as possibilidades do aparelho fonador, o que pode levá-lo inconscientemente a selecionar ajustes motores impróprios a uma produção vocal saudável. Desvios: respiratório- inspiração insuficiente ou início da emissão após a inspiração / nível glótico- compressão glótica excessiva ou insuficiente/ nível ressonantal- uso excessivo de uma caixa de ressonância -Modelo Vocal deficiente ocorre quando o paciente modifica os ajustes laríngeos e supralaríngeos naturais da sua emissão, procurando aproximá-la de um modelo que gostaria de ter ou acredita ser melhor- imitação Em crianças ela pode receber um padrão vocal inadequado, que pode ser da mãe, babá, além de desenhos, heróis que podem ser fonte de padrão vocal inadequado ●Disfonias funcionais secundárias por inadaptação vocal -Inadaptação vocal= falta de adaptação das estruturas do aparelho fonador para a fonação -São muito comuns e o seu impacto primário é na redução da resistência vocal, produzindo a fadiga. Podendo envolver também várias regiões ou estruturas. -Assim, podemos ter inadaptações vocais por inadaptação respiratória, fônica, ressonante ou de integração de dois ou mais sistemas. Ex: desequilíbrios entre o tamanho da laringe e as caixas de ressonância. Essas inadaptações são classificadas em dois grupos: ■Inadaptações anatômica- AEM- Alterações estruturais mínimas da laringe, pequenas variações estruturais na laringe- classificadas em 4 grupos Assimetrias laríngeas: São diferenças entre as duas metades da laringe. Podem ser diferenças no comprimento, volume, posição e/ou configuração entre as duas cordas vocais ou desigualdades entre as pregas ariepiglóticas por assimetria no vestíbulo laríngeo (compartimento superior da laringe). Como consequência da assimetria, os ciclos vibratórios das cordas vocais encontram-se alterados, mas podem ser equilibrados do ponto de vista funcional, não havendo repercussão na voz, ou podem provocar desvios na qualidade vocal, principalmente nas frequências mais graves, bem como fadiga vocal e lesões secundárias. A assimetria laríngea associada ao esforço vocal provoca medialização da prega ventricular Alterações estruturais mínimas da cobertura da prega vocal- engloba desde simples variações anatômicas até lesões na cobertura da prega vocal- fazem parte das alterações estruturais mínimas com desvio na cobertura das pregas vocais: - alterações indiferenciadas, não definidas microscopicamente/redução da mucosa -diferenciadas: alterações histológicas típicas Fusão laríngea posterior incompleta, desvios na proporção gótica Sulco vocal: Depressão na prega vocal paralela ao bordo livre, pode ser pequena ou estender-se ao longo de todo o comprimento da corda vocal. Conforme o grau de depressão do sulco na mucosa da corda vocal, existem sulcos ocultos, sulcos estria menor, sulcos estria maior e sulco bolsa. A etiologia dos sulcos não está completamente esclarecida, mas a teoria mais importante é de que resultam de anomalias do quarto e sexto arco branquiais que ocorrem durante o processo de formação da laringe Pode ser assintomático, causar voz um pouco áspera e soprosa ou levar mesmo a fadiga vocal e disfonia graves. Pode produzir lesões secundárias, como pólipos, laringite crónica, leucoplasia, QUISTOS VOCAIS Um quisto é uma cavidade fechada delimitada por uma cápsula revestida por tecido epitelial. Existem dois tipos de quistos vocais verdadeiros: os epidérmicos e os mucosos. O diagnóstico dos quistos vocais é baseado na identificação da lesão amarela-esbranquiçada, na presença de dilatação vascular na sua superfície e na restrição do movimento vibratório no local da lesão durante a videolaringoestroboscopia. Epidemiologia São a segunda causa mais comum de disfonia em idade pediátrica. Estão presentes em quase todas as faixas etárias, mas alguns estudos mostram uma maior prevalência entre os 7 e os 12 anos de idade Etiologia Os quistos vocais são lesões adquiridas ou congénitas. Os quistos epidérmicos são congénitos, provocados pela implantação de tecido embrionário epidérmico, normalmente na margem livre das cordas vocais. Apresentação clínica lMas dependendo do seu tamanho e loca lização, podem provocar sintomas respiratórios (estridor, dispneia e obstrução aguda das vias aéreas, principalmente nos recém-nascidos), disfonia (voz com tom mais grave, dificuldade para regular a intensidade, tensão, aspereza, soprosidade e instabilidade vocal mediante demanda vocal), tosse, globus faríngeo e disfagia Ponte de mucosa: Alça de mucosa ao longo da corda vocal com uma inserção anterior e outra posterior, de extensão e espessura variáveis. Normalmente, localiza-se no terço médio da corda vocal. Acredita-se que seja formada de forma semelhante ao sulco vocal. As crianças não costumam apresentar grandes alterações vocais (porque normalmente a vibração da ponte acompanha a da corda vocal), mas podem apresentar voz com aspereza e soprosidade (devido ao esforço excessivo dos músculos cricotiroideus), tensão e astenia vocal (principal sintoma quando há edema da ponte) e desenvolvimento secundário de lesões na corda vocal oposta (pólipo, nódulo, leucoplasia, edema de Reinke, quisto, etc). ■Inadaptação Funcional- -Incoordenação: pneumofônica- movimentos respiratórios não ocorre de acordo com a demanda fonatória // Incordenação Fonodelutória- harmonia nos movimentos de deglutição -Miodinâmicas: que sejam respiratórias, ressonantais ou laríngea. Fendas laríngeas: São fendas na laringe cujo envolvimento varia desde apenas a região interaritenoideia até uma extensão que chega à carina128. A classificação de Benjamin distingue cinco tipos de fendas laríngeas consoante a sua extensão. Ocorrem em aproximadamente 1 em cada 10.000-20.000 nascimentos e são mais comuns em rapazes do que em meninas com um rácio de 5:3. Pensa-se que as fendas laríngeas posteriores resultem de uma falha na fusão dos dois centros laterais de crescimento da cartilagem cricóide posterior da sexta para à sétima semanas de vida intrauterina. Como sintomas, podem apresentar aumento de secreções, disfagia, problemas de crescimento, estridor,aspiração, dificuldade respiratória, infeções pulmonares recorrentes e/ou rouquidão. DISFONIA PSICOGÉNICA A disfonia psicogénica é uma disfonia funcional rara que resulta de reações de conversão, trauma, distúrbios de personalidade, ansiedade e depressão. É um diagnóstico de exclusão. Inclui o estridor psicogénico (também chamado de movimento paradoxal das cordas vocais, estridor de Munchausen, asma factíciae pseudoasma) e a puberfonia (ou falsetto mutacional). O estridor psicogénico caracteriza-se por apresentar episódios agudos recorrentes de dispneia e estridor. A puberfonia é a falha em mudar da voz mais aguda da infância para a voz mais grave da idade adulta, apesar do crescimento normal da laringe A puberfonia ocorre na puberdade e o estridor psicogénico pode surgir em qualquer idade, mas é mais comum na adolescência. Na faixa etária pediátrica, surge normalmente em crianças ou adolescentes com problemas emocionais graves após acontecimentos traumáticos (como abuso sexual ou morte de um familiar), servindo como um mecanismo de defesa ou comportamento adaptativo. A puberfonia também pode ser causada pela má adaptação às mudanças psicológicas da puberdade. Como sintomas vocais, a criança pode apresentar voz soprosa e diminuição da projeção vocal, falar através de sussurros ou mesmo afonia. Também pode ocorrer voz aguda com quebras vocais. O choro, o riso e a tosse não são disfónicos. As crianças ou adolescentes com estridor psicogénico podem apresentar dificuldade respiratória significativa e estridor inspiratório, mas, durante o sono, não apresentam estridor. Disfonias por Alterações da Muda Vocal A muda vocal é um fenômeno fisiológico rotineiro para a maioria das pessoas, ocorrendo ao redor de 13-15 anos nos homens, e aos 12-14 anos nas mulheres. Problemas na muda vocal são muito raros no sexo feminino, mas existem em grau discreto, o que pode se expressar, na idade adulta, numa voz infantilizada com laringe fixa, em posição elevada no pescoço. Já nos rapazes, as disfonias da muda, também chamadas de puberfonias, são mais frequentes e são raras as causas orgânicas, enquadrando-se os casos comumente na esfera emocional. A psicodinâmica vocal dos problemas da muda é sempre negativa e pode transferir ao ouvinte sentimentos de imaturidade, passividade, submissão, indefinição sexual, instabilidade, emotividade excessiva e fraqueza. Na adolescência ocorre um crescimento evidente da laringe acompanhando o crescimento corporal, mais acentuado nos rapazes, As pregas vocais dos meninos podem alongar-se em até 1 cm, enquanto nas meninas esse crescimento dificilmente passa de 4 mm. nos climas quentes esse evento pode ser antecipado em até dois anos, pela vida sedentária e pelos hábitos alimentares; e nos climas frios, próximos aos polos, pode-se atrasar em mais de um ano A etiologia mais comum na literatura é o medo de assumir as responsabilidades da vida adulta, podendo aparecer mais freqüentemente em filhos únicos, com um sistema educacional de superproteção e características edipianas. Foi dividida em: Mutação prolongada A disfonia por mutação prolongada é aquela em que o período da muda vocal persiste por mais tempo que o esperado, além de seis meses, podendo atingir até três anos. Caracteriza-se vocalmente por qualidade rouca e irregular, alternância de frequência fundamental e de registros vocais, quebras de frequência e sonoridade, além de sinais e sintomas de fadiga vocal. Mutação incompleta A manifestação vocal pode parecer mais acentuada em determinadas situações, como ao telefone, havendo comumente dificuldades na identificação sexual do falante. As características vocais da mutação incompleta são: voz aguda gerando dúvidas na identidade sexual, esforço fonatório, fadiga vocal e limitação na eficiência vocal. Esta situação pode levar ao aparecimento de uma fenda triangular posterior, por fadiga dos músculos adutores, ou ainda fenda triangular médio-posterior, com restrição da vibração da mucosa à área Mutação excessiva Neste quadro, a voz atinge uma frequência mais grave que a esperada, geralmente devido a fatores psicogênicos, como uma tentativa de parecer adulto, maduro, autoritário ou importante. Um outro mecanismo observado nesses casos é a mutação excessiva por instalação forçada, devido à vergonha da flutuação vocal inerente ao período da muda. As características da mutação excessiva são: voz de frequência muito grave, podendo inclusive apresentar-se no registro basal, modulação restrita, laringe baixa e tensão na cintura escapular. A mutação excessiva pode aparecer nas mulheres, porém de causa orgânica, por problemas endócrinos Mutação precoce geralmente orgânica, associada ao amadurecimento sexual precoce, de natureza hormonal; em raros casos pode ser psicogênica, pela vontade de se tornar adulto. A principal característica vocal é uma frequência grave demais para a idade e para a estrutura fisica do falante, gerando uma falta de integração corpo-voz Mutação retardada o início da muda ocorre além dos 15 anos. Pode ser orgânica por questões hormonais te neste caso não se observam os outros caracteres sexuais desenvolvidos, ou psicogênica, na tentativa de resistir ao crescimento por ganhos psicológicos ou mesmo reais , como o que acontece com os meninos cantores. A característica da mutação retardada é uma voz não compatível com a idade, podendo ou não ser adequada à Estrutura corporal do falante Falsete mutacional O falsete mutacional é também frequentemente designado por puberfonia, embora este nome indique as disfonias gerais da muda vocal como um todo. O quadro de falsete mutacional é exclusivamente funcional, ou seja, houve a muda orgânica, mas não a comportamental. A laringe, embora normal e de tamanho adulto, mantém-se rígida em uma posição elevada no pescoço e discretamente posteriorizada à fonação. Esta alteração relaciona-se a uma série de questões psicossociais, como dificuldades de identidade sexual ou medo de assumir as responsabilidades e deveres da vida Adulta. O falsete mutacional pode aparecer também em deficientes auditivos pela falta de monitorização auditiva e tensão à comunicação. As características do falsete mutacional são: voz aguda em até duas oitavas acima da frequência esperada, DISFONIAS COMPORTAMENTAL COM LESÃO -Organofuncional -Alterações vocais que acompanham lesões benignas, decorrentes de um comportamento vocal alterado e inadequado. - São disfonias funcionais diagnosticadas tardiamente, ou pelo atraso do paciente em buscar ajuda. -Formações benignas que eram chamadas de tumores da laringe. Mestrado da faculdade de Lisboa - disfonia na criança 6.1 NÓDULO S VOCAIS Os nódulos das cordas vocais são tumores benignos, que correspondem a lesões nodulares pálidas, geralmente bilaterais e relativamente simétricas, e localizadas no terço médio das cordas vocais, frequentemente mais próximos à junção do terço médio com o terço anterior. Epidemiologia Os nódulos vocais são a principal causa de disfonia nas crianças, sendo diagnosticados em 40-60% das videolaringoscopias realizadas em crianças com disfonia. O pico de incidência encontra-se entre os 5 e os 10 anos, regredindo após a adolescência. Os nódulos vocais têm grande incidência nas crianças, porque estão relacionados com o abuso vocal, que é comum na população pediátrica. O abuso vocal pode estar associado a fatores psicossociais, como impulsividade e hiperatividade) e a choro excessivo. O abuso vocal ocorre por aumento da intensidade vocal, que gera um padrão fonatório em esforço caracterizado por hipercinésia e tensão dos músculos laríngeos. Este padrão fonatório, associado por vezes ao encerramento glótico posterior insuficiente que ocorre em crianças, causa fonotrauma, o que favorece o desenvolvimento de nódulos vocais que, por sua vez, levam a um encerramento das cordas vocais em ampulheta, culminando em maior pressão subglótica e maior compensação muscular Por razões já referidas previamente, a incidência de nódulos vocais é superior no sexo masculino até aos 12 anos e, a partir daí, são mais prevalentes no sexo feminino Depende do tamanho dos nódulos. Por exemplo, lesões pequenas podem causar rugosidade ligeira na voz, enquanto lesões de grandes dimensões podem causar soprosidade por fechamento incompleto das cordas vocais (uma vez que os nódulos se tocam e impedem a aproximação de todo o comprimento dos bordos livres das cordas vocais Normalmente,são os pais que reparam nas alterações vocais, que incluem rouquidão permanente, períodos de afonia e ainda esforço para falar, fadiga vocal e tensão cervical. PÓLIPOS VOCAIS -São lesões de massa unilaterais, de configuração exofitica(externo) a partir da borda livre, podendo ser sésseis ou pediculados, de tamanhos e coloração variados. -Pequeno traumatismo +refluxo gastresofágico -apresentam uma rouquidão característica, com soprosidade variável / cirúrgico 1. Pólipo gelatinoso: constituído por tecido conjuntivo frouxo, com poucos vasos sanguíneos e invadido por uma substância de aspecto gelatinoso; é o menos frequente. 2. Pólipo fibrótico: formado por tecido conjuntivo vascularizado; é considerado por alguns autores uma forma progressiva do pólipo gelatinoso; é o mais encontrado. 3. Pólipo angiomatoso ou hemorrágico: como o próprio nome indica, este pólipo é de natureza hemorrágica, constituído por uma grande proliferação de vasos sanguíneos ou vasos teleangiectásicos Acredita-se que o polipo se desenvolva a partir de um trauma importante envolvendo um vaso da lâmina própria que, penetrando nas camadas mais superficiais da mesma, desloca o epitélio para a linha média e forma a lesão exofitica, associada à formação de edema. Um evento único, de intenso fonotrauma, tal como um grito ou um urro, pode ser o fator causal de um pólipo; porém outros processos irritativos, como a aspiração de substâncias químicas agressivas (pipetagem em indústrias químicas) ou ainda atividades respiratórias intensas, como o esforço utilizado para tocar instrumentos de sopro, podem estar envolvidos na gênese desta lesão. GRANUL OMA: é uma lesão de aspecto proliferativo, caracterizado por um crescimento benigno de tecido de granulação hipertrófico. Esta lesão tem coloração esbranquiçada, amarelada ou avermelhada, possuindo forma variável, arredondada, bilobada ou multilobada e com rebordo irregular. O granuloma situa-se na região posterior da laringe, sobre a ponta do processo vocal da cartilagem aritenoidea ou ainda mais posteriormente, sobre a própria articulação cricoaritenóidea. Fatores Causais e Incidência A etiologia do granuloma é multifatorial, podendo ser funcional, orgânica ou mista. O granuloma de origem funcional é o resultado de desvios específicos no comportamento vocal, que envolvem pressão e atrito na região posterior da laringe, durante a fonação o granuloma inicia-se através de uma lesão na mucosa e perpetua-se através do trauma repetido da coaptação glótica na região posterior da laringe. Indivíduos autoritários e agressivos têm maior tendência a desenvolver granuloma. Quanto aos fatores de natureza orgânica, podemos distinguir as seguintes situações: granuloma por trauma quími- CO, quer seja por refluxo gastresofágico ou inalação de substâncias irritantes; por trauma direto pós-intubação; granuloma por cicatrização de áreas cirúrgicas da laringe, Características Vocais a emissão é necessariamente grave, tensa, com ataque vocal brusco e de intensidade tendendo a forte. Uma variação muitas vezes observada é uma qualidade vocal crepitante, comprimida e de intensidade reduzida. O ataque vocal é brusco, a ressonância é laringofaríngea e a articulação dos sons da fala pode ser travada. Pode-se observar síndrome de tensão musculoesquelética, com pescoço alargado e compressão mediana do vestíbulo laríngeo. Disfonias congênitas As disfonias orgânicas congênitas representam uma série de alterações que podem envolver desde malformações específicas das cartilagens laríngeas até síndromes que incluem comprometimento em diversos órgãos da comunicação. As disfonias congênitas que apresentam alterações laríngeas se manifestam por três sintomas cardinais: obstrução respiratória, distúrbio na deglutição e choro anormal; evidentemente, os quadros sindrômicos apresentam características particulares. O primeiro sintoma cardinal, a obstrução respiratória, é uma dificuldade de manter a coluna aérea livre, de grau variável, podendo incluir: estridor inspiratório, expiratório ou em ambas as fases, com apnéia nos casos de obstrução severa o segundo sintoma cardinal das anomalias congênitas da laringe abrange os distúrbios da deglutição, que podem se manifestar por diversos tipos de disfagia, com dificuldades na alimentação (o que provoca atraso no crescimento), salivação abundante, respiração borbulhante e presença de aspiração pulmonar terceiro sintoma cardinal é um distúrbio na produção vocal, manifestado por alteração no choro do bebê, que pode fornecer pistas sobre a anomalia em questão . A presença de choro estridente, rouco, fraco ou ausente é indicativa de lesão glótica, sendo que um choro hiperagudo é indicativo de membrana laríngea ou paralisia bilateral das pregas vocais; Anomalia de suporte cartilagíneo laríngeo LARINGOMALÁCIA -É a causa mais comum de estridor na infância, ou seja um ruído agudo que acaba aparecendo quando a criança inspira. -Esse ruído resulta de um movimento inadequado da estruturas da laringe quando a criança respira, ou seja, inventa essa estrutura se abrir na hora que a criança inspira ela se fecha causando esse ruído. -retração do pescoço, tórax, encurtamento da prega ariepiglótica Conhecida como atraso no desenvolvimento da laringe, com falta de rigidez no esqueleto cartilagíneo por depósito insuficiente de cálcio. Anomalia da epiglote epiglote pode estar ausente, hipoplásica, bífida ou tubular. A ausência da epiglote é a mais rara anomalia laringea, com dois casos descritos, um dos quais com estenose subglótica severa (Holinger & Brown, 1967). Anomalias congênitas da epiglote quase nunca ocorrem de forma isolada, apresentando-se em associação com anomalias congênitas de outros órgãos. Podem ser assintomáticas ou incluir sintomas como estridor, aspiração e sono obstrutivo padrão. Anomalias da cartilagem tireoidea Pode haver ausência ou deformidade dos cornos superiores inferiores da cartilagem tireoide e fale a parcial na função de suas aulas, sendo que tais alterações são raras e de pouca significância clínica. Por outro lado, uma falha completa Na fusão da ala das cartilagens tireoide, denominada fissura laringea anterior, de ocorrência muito comum é acompanhada de estridor e desvios locais Importante Com voz fraca e a espera, Podendo ser afônica Anomalias das cartilagens aritenóideas As anomalias das cartilagens aritenóideas são várias, porém quase nunca de significância clínica. Pode haver fusão entre as cartilagens aritenóideas, corniculadas e cuneiformes sendo, geralmente, um achado cirúrgico (Tucker, 1993). Por outro lado, a fixação unilateral ou bilateral da junta cricoaritenóidea pode ocorrer e provocar alteração respiratória severa, comprometer a vida, quando bilateral. Esta condição pode ser congênita ou adquirida por trauma perinatal, resultando em anquilose da articulação. Anomalias da cartilagem cricóidea ou fissuras laríngeas posteriores As anomalias da cartilagem cricóidea são também chamadas fissuras ou fendas laríngeas posteriores, sendo 0 resultado de uma falha na fusão da lamina dorsal da cartilagem cricóidea e na formação do septo traqueoesofágico, podendo estender-se para baixo, por uma distância variável, pela traquéia e até mesmo atingir o tórax, Uma classificação das fissuras foi proposta por Benjamim & Inglis (1989), que descrevem quatro diferentes graus Tipo I: fissura supraglótica interaritenóidea, acima das pregas vocais; o músculo interaritenóideo não se desenvolve completamente, as cartilagens aritenóideas estão separadas, mas a fenda não compromete a borda superior da cartilagem cricóidea. Tipo ll: fissura parcial da lâmina cricóidea, abaixo do nível das pregas vocais, porém não comprometendo toda a extensão da cartilagem (borda inferior da cartilagem cricóidea intacta) Tipo Ill; fissura total da lâmina cricóidea, que pode estender-se inferiormente à entrada torácica. Tipo IV; fissura laringoesofágica, comprometendo parte ou toda a parede traqueoesofágica até a carina ou, muito raramente, até um brônquioprincipal DISFONIAS NEUROLÓGICAS CONGENITAS E PERINATAIS: Comprometimentos Neurais Periféricos 6.5 PARALISIA DE CORDAS VOCAIS Epidemiologia A paralisia das cordas vocais é uma das causas mais frequentes de estridor e disfonia na população pediátrica, sendo mesmo a segunda causa mais comum de estridor neonatal. Consiste em 10-22% de todas as anomalias congénitas da laringe atrás da laringomalácia A prevalência é igual em ambos os sexos. A etiologia mais comum é a iatrogénica, principalmente por cirurgia cardiotorácica com lesão acidental do nervo laríngeo recorrente. A incidência da paralisia de cordas vocais tem aumentado nos Etiologia A principal causa de paralisia de cordas vocais é a iatrogénica, seguida de causas idiopáticas (»21%) e, em terceiro lugar, as causas neurológicas (»7,4%)1 . A causa mais comum de paralisia unilateral é a lesão iatrogénica do nervo laríngeo recorrente durante procedimentos cirúrgicos intratorácicos, principalmente cirurgias cardíacas (»68,8% de todos as paralisias de cordas vocais), mas também tiroidectomia e operação a fístula traqueoesofágica Outras causas de paralisia unilateral incluem compressão do nervo por tumores ou vasos na sua porção cervical ou intratorácica ou estiramento durante o parto. As paralisias de causa idiopática resultam provavelmente de infeção viral e doença auto-imune. Na paralisia bilateral, predominam as causas neurológicas, nomeadamente a compressão do nervo vago por processos em expansão do sistema nervoso central, como na síndrome de Arnold-Chiari, tumor da fossa posterior, hidrocéfalo, entre outros exemplos. Apresentação clínica Os sintomas estão relacionados com as funções das cordas vocais: voz, proteção da via aérea e tosse. No artigo de Garcia-Lopez et al.49 em 2013, o sintoma de apresentação mais frequente foi o estridor (62%), seguido de disfonia (49%) e aspiração ou dificuldade na alimentação (16%), à semelhança de outros estudos115. Já para outros autores, a disfonia é o sintoma mais frequente nas crianças113 . Na paralisia unilateral, o sintoma mais frequente é a disfonia, caracterizada por hipofunção (voz mais baixa e fraca) e rouquidão com uma qualidade soprada e rugosa. Em recém-nascidos com paralisia unilateral, a disfonia é manifestada por um choro anormal e fraco ou mesmo ausente ALTERAÇÃO NEUROLÓGICA GLOBAL: Na paralisia cerebral os déficits motores podem ser agrupados em quatro categorias de acordo com a manifestação mais evidente, a saber: espasticidade, atetose, mista e ataxia. A espasticidade é caracterizada por contração simultânea tanto dos músculos principais quanto dos antagonistas, produzindo grave estiramento e hipertonicidade. A voz é tensa, estrangulada, emitida sob esforço e com prolongamento de vogais associados à espasticidade. A fala é, na maioria dos casos interrompida por pausas respiratórias e fonatórias. A articulação é muito deficiente Já na paralisia cerebral dominada pela atetose observa-se uma série de contrações involuntárias e muitas grimaças faciais, há marcante variação de hipertonicidade e falta de controle respiratório, que gera uma qualidade vocal monótona, bem como possíveis distorções dos sons da fala. A voz é irregular. Finalmente, a ataxia caracteriza-se pela falta de equilíbrio corporal, com graves problemas de coordenação de movimentos; o comportamento motor é hipotônico e a fala das crianças com paralisia cerebral atáxica é similar à fala indistinta, arrítmica e de qualidade vocal pastosa ALTERAÇÕES CONGENITAS EXTRALARINGEAS Fissura Palatina Fissuras são deformidades do desenvolvimento que ocorrem quando um ou mais processos embriogênicos da face não e fundem com os processos adjacentes O desvio vocal básico da criança com fissura palatina é a hipernasalidade e, embora o paciente com inadequação velofaríngea apresente alteração na dimensão biológica de sua qualidade vocal, seja por alterações nas estruturas responsáveis pelo fechamento velar seja por inabilidade no controle desse mecanismo Apesar de a hipernasalidade ser o desvio mais frequente nesses pacientes, pode também ser observada nasalidade mista, decorrente de edema das vias aéreas superiores, que absorve parte do som, ou até mesmo ressonância hiponasal, principalmente no período pós-operatório de cirurgias para a adequação do fechamento velofaringeo Deficiência auditiva Os problemas de voz dos deficientes auditivos estão diretamente relacionados ao grau e tipo de perda, além de outros fatores tangentes como: idade, gênero, tipo e adaptação de prótese auditiva. Wilson (1987) observou que a criança portadora de perda auditiva leve a moderada pode apresentar somente dificuldades no equilíbrio ressonantal, enquanto crianças com perdas mais severas podem ter, entre outras, dificuldades com o controle de freqüência e de intensidade. Giusti estudo concluiu que as crianças portadoras de deficiência auditiva possuem pobre controle laríngeo sobre a produção vocal e grande instabilidade fonatória, o que é traduzido por um tempo máximo de fonação encurtado e de característica entrecortada, pela intensidade vocal aumentada, pela frequência fundamental elevada ALTERAÇÕES SINDROMICAS Sindrome de Down A Síndrome de Down é uma síndrome malformativa, caracterizada por oligofrenia e aparência altamente típica, tendo como características principais; face achatada, macroglossia, estatura baixa, hipotonia muscular e hiperflexibilidade das articulações devido à frouxidão de ligamentos. O choro de uma criança com síndrome de Down é monótono, grave e áspero. A voz de uma criança maior com esta síndrome pode ser tensa, rouca ou gutural. indivíduos portadores desta síndrome, além de apresentarem soprosidade e rouquidão, têm também uma forte prevalência de hipernasalidade Síndrome do Cri-du-Chat A sindrome do choro do gato (Cri-du-chat) é de ocorrência rara e foi relatada por Lejeune, Lafourcade & Berger (1963) a partir da descrição de crianças com choro fraco e parecido com a emissão de um gato. A sindrome do miado de gato, trata-se da monossomia do cromossomo 5, mais freqüente no sexo feminino. Há deficiência do crescimento intra-uterino e incidem várias anomalias. O peso ao nascimento é geralmente inferior a 2.500 gramas e o retardo mental é severo, na maioria dos casos, sem relato de crianças com QJ acima de 35. A frequência do choro é aguda, ao redor de 860 Hz, com duração mais longa que a normal, com melodia monótona ou padrão ascendente e qualidade vocal tensa A laringe é caracteristicamente muito estreita, com a glote tomando a forma de losango na inspiração e de fenda triangular posterior na fonação forçada ou adução, com consequente perda de ar.
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