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tutoria 2 4- terceiro semestre- sistema somatossensorial

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Tutoria 2.4
Qual a fisiologia sistema somatosensorial? (os tipos de percepções táteis: temperatura, dor,
pressão, tato fino e tato grosso)
SENSIBILIDADE .
→ É a detecção consciente ou subconsciente de mudanças no ambiente externo e interno.
→ A natureza da sensibilidade e o tipo de reação gerada variam de acordo com a destinação
final dos impulsos nervosos que carregam a informação sensitiva para o SNC.
Os impulsos sensitivos que chegam à medula espinal podem agir como substrato para os
reflexos espinais, como o reflexo de estiramento
Os impulsos sensitivos que chegam à parte mais inferior do tronco encefálico disparam
reflexos mais complexos, como as modificações nas frequências cardíaca ou respiratória;
percepção é a interpretação consciente das sensações e é uma função principalmente do
córtex cerebral.
O processo da sensibilidade .
Seletividade: característica dos receptores sensitivos em que ele responde/ faz transdução
fracamente ou nem responde a outro estímulo
eventos:
RECEPTORES SENSITIVOS .
Estrutura microscópica .
Em nível microscópico, os receptores sensitivos podem ser dos seguintes tipos:
(1) terminações nervosas livres dos neurônios sensitivos de primeira ordem:
dor, temperatura, cócegas, prurido e de algumas sensações de tato
→ dendritos sem revestimento, sem estrutura especializada quando observado na microscopia
óptica.
(2) terminações nervosas encapsuladas dos neurônios sensitivos de primeira ordem:
o pressão, vibração e algumas sensações de tato
→ dendritos se encontram em uma cápsula de tecido conjuntivo que se apresenta como uma
estrutura microscópica distinta,por exemplo, os corpúsculos lamelares
→ a cápsula aumenta a sensibilidade ou a especificidade do receptor
(3) células separadas que formam sinapses com os neurônios sensitivos de primeira
ordem.
→ formam sinapses com os neurônios sensitivos
→ células ciliadas para a audição e o equilíbrio na orelha interna, as células receptoras
gustatórias nos calículos gustatórios e os fotorreceptores na retina para a visão;
Localização dos receptores e origem dos estímulos de ativação .
exteroceptores: audição, visão, olfato, gustação, tato, pressão, vibração, temperatura e dor
estão na superfície externa do corpo, ou próxima a ela.
→ o sensíveis a estímulos que se originam fora do corpo e fornecem informações a respeito
do ambiente externo
Interoceptores: localizados nos vasos sanguíneos, nos órgãos viscerais, nos músculos e no
sistema nervoso →monitoram as condições do ambiente interno
→ estímulos não percebidos conscientemente
Proprioceptores: músculos, nos tendões, nas articulações e na orelha interna
→ informações sobre a posição do corpo, da força e da tensão musculares e da posição e do
movimento de suas articulações
tipo de estímulo detectado .
Adaptação: o potencial gerador ou o potencial receptor diminuem de amplitude durante um
estímulo mantido constantemente.
Os nociceptores podem ser dos seguintes tipos:
● Nociceptores polimodais → correspondem à maioria dos nociceptores, que
respondem a estímulos mecânicos, térmicos e químicos.
● Nociceptores mecânicos (mecanonociceptores) → mostram respostas seletivas a
pressão intensa.
● Nociceptores térmicos (termonociceptores) → respondem seletivamente ao calor
queimante ou ao frio extremo.
● Nociceptores químicos → respondem de forma seletiva a histamina e a outros
agentes químicos
→ Os sinais dos nociceptores chegam ao SNC por meio de duas fibras e com velocidades
diferentes: fibras A (Adelta) e fibras C. A sensação mais comum transmitida por essas vias é
percebida como dor, mas quando a histamina ou algum outro estímulo ativa um
subgrupo de fibras C, percebe-se a sensação chamada de prurido (coceira).
OS SENTIDOS SOMÁTICOS .
Somato- corpo sensorial- sentir
Tato, propriocepção, dor e temperatura
O sistema somatossensorial difere de outros sistemas sensoriais de duas maneiras
interessantes:
● os seus receptores estão distribuídos por todo o corpo, em vez de estarem
concentrados em locais restritos, especializados. receptores sensitivos localizados na
pele ou na tela subcutânea; nas túnicas mucosas da boca, da vagina e do ânus; nos
músculos, tendões e articulações; e na orelha interna. No sistema nervoso não tem,
com exceção das meninges.
→ Os receptores sensitivos para a sensibilidade somática são distribuídos desigualmente
● responder a muitos diferentes tipos de estímulos, podemos considerar esse sistema
como um grupo de, pelo menos, quatro sentidos, em vez de apenas um: o tátil, da
temperatura, da dor e da posição do corpo.
Há quatro sentidos somatossensoriais: tato, propriocepção, temperatura e nocicepção (dor
e prurido).
Sensibilidade tátil: tato, pressão, vibração, prurido e cócegas → surgem da ativação dos
mesmos tipos de receptores
Tato .
resultante geralmente do estímulo dos receptores táteis localizados na pele ou na tela
subcutânea
→ A sensação tátil começa na pele. Os dois principais tipos de pele são chamados de pilosa
e glabra (sem pelos, como por exemplo a palma da mão).
→ A maioria dos receptores sensoriais do sistema somatossensorial são mecanorreceptores,
os quais são sensíveis à deformação física, como flexão ou estiramento. No centro de
todos os mecanorreceptores estão as ramificações de axônios desmielinizados que são
sensíveis à estiramento, deformação, pressão ou vibração.
Existem dois tipos de receptores de tato de adaptação rápida:
● Corpúsculos táteis ou corpúsculos de Meissner: Tato e pressão finos e vibração
lenta. Localizados nas papilas dérmicas da pele sem pelo. Início do tato. Abundantes
nas extremidades dos dedos, nas mãos, nas pálpebras, na extremidade da língua, nos
lábios, nos mamilos, nas plantas dos pés, no clitóris e na glande do pênis. campo
receptivo pequeno.
● Plexos das raízes pilosas: Tato grosseiro. Terminações nervosas livres encontradas
ao redor de folículos pilosos localizados nos locais da pele que contêm pelos;
detectam movimentos que perturbam o pelo. campo receptivo grande
Existem dois tipos de receptores de tato de adaptação lenta:
● Mecanoceptores cutâneos tipo I ou discos de Merkel: Tato fino e pressão.
terminações nervosas livres achatadas e discóides que fazem contato com as células
epiteliais táteis (células de Merkel) do estrato basal. Abundantes nas extremidades
dos dedos, nas mãos, nos lábios e na genitália externa. campo receptivo pequeno.
● Mecanoceptores cutâneos do tipo II ou corpúsculo de Ruffini: Tato grosseiro e
estiramento da pele. receptores encapsulados e alongados que ficam na profundeza
da derme, nos ligamentos e nos tendões. Mãos, são abundantes nas plantas dos pés e
são mais sensíveis ao estiramento que ocorre conforme os dedos ou os membros se
movimentam. campo receptivo grande
Como funciona?
Os folículos pilosos também são receptores sensoriais. Existem vários tipos de folículos
pilosos, incluindo alguns com músculos piloeretores (essenciais para intermediar a sensação
peculiar chamada de arrepio).
→ podem ser mecanorreceptores de adaptação lenta ou rápida
A inervação difere para cada tipo de folículo piloso: para todos os tipos, o dobramento do
pelo causa uma deformação no folículo e em tecidos circunvizinhos. Isso, por sua vez, leva a
estiramento, inclinação ou achatamento das terminações nervosas dessa região, aumentando
ou diminuindo, dessa forma, a frequência de disparos de potenciais de ação.
Agnosia: Incapacidade de reconhecer objetos, apesar de a capacidade sensorial mais simples
parecer normal;
Estereognosia: incapacidade de reconhecer objetos comuns pelo tato, apesar de a sensação
tátil ser normal sob outros aspectos, e podem não ter problema em reconhecer o objeto pela
visão ou pelo som. Os déficits são frequentemente limitados ao lado contralateral à lesão
Pressão .
uma sensação prolongada sobre uma área maior do que a sentida pelo tato, ocorre com a
deformação dos tecidos mais profundos
Os receptores que contribuem para a sensação de pressão incluem os corpúsculos táteis, os
mecanoceptores cutâneos tipo I e os corpúsculos lamelares.
● Corpúsculoslamelares ou Paccini: pressão e vibração. cápsula de tecido
conjuntivo com múltiplas camadas que abriga um dendrito. Adaptação rápida. na
derme e na tela subcutânea; nos tecidos submucosos das túnicas mucosas e serosas; e
nas glândulas mamárias, na genitália externa e em algumas vísceras, como o pâncreas
e a bexiga urinária.
Vibração .
sinais sensitivos que se repetem rapidamente nos receptores táteis
→ receptores de sensações de vibração são corpúsculos táteis e corpúsculos lamelares.
Prurido .
estímulo que determinadas substâncias químicas, como a bradicinina ou antígenos na saliva
dos mosquitos que são injetados quando eles picam, provocam nas terminações nervosas
livres, normalmente por causa de uma resposta inflamatória local (a bradicinina, uma cinina,
é um potente vasodilatador).
→A dor e o prurido são distintas, porém possuem similaridades:
● Ambas as sensações são mediadas por axônios sensoriais de pequeno calibre (apesar
de os axônios que transmitem a sinalização da dor parecerem diferentes daqueles que
transmitem a coceira);
● Ambos podem ser ativados por vários tipos de estímulos, como químicos e tátil
(alguns dos fármacos e compostos que regulam a dor também podem desencadear a
coceira, e algumas moléculas sinalizadoras transduzem ambas as sensações).
Transdução do prurido:
→ nem todo prurido é mediado por histamina.
Cócegas .
→ terminações nervosas simples
→ A solução para esse quebra cabeça parece residir na capacidade de conduzir impulsos para
dentro e para fora do cerebelo quando você move seus dedos e se toca, o que não ocorre
quando outra pessoa está fazendo cócegas em você
Sensibilidade térmica .
Termorreceptores → terminações nervosas livres
Duas sensações térmicas são detectadas por diferentes receptores:
● receptores de frio: estrato basal da epiderme e estão ligados a fibras A,
mielinizadas, de diâmetro médio, embora alguns deles façam contato com fibras C,
não mielinizadas e de diâmetro pequeno
● receptores de calor: são em menor quantidade que os de frio. na derme e estão
ligados a fibras C não mielinizadas e de diâmetro pequeno; eles são ativados em
temperaturas entre 32°C e 48°C
→ Temperaturas abaixo de 10°C e acima de 48°C ativam principalmente os receptores de
dor e não os termoceptores, que produzem sensações dolorosas
Sensibilidade dolorosa .
a dor exerce função protetora, pois sinaliza condições nocivas e que possam danificar os
tecidos
Nociceptores → terminações nervosas livres, ramificadas, não mielinizadas, encontradas em
todo corpo, menos no encéfalo. Ativados por estímulos térmicos, mecânicos ou químicos
intensos.
Prostaglandinas, cininas e íons de potássio (K+) ativam nociceptores
→ Condições que desencadeiam a dor incluem distensão excessiva de uma estrutura,
contrações musculares prolongadas, espasmos musculares ou isquemia
Tipos de dor:
● Rápida, dor aguda ou dor em ferroada: ocorre muito rapidamente após a
aplicação de um estímulo, porque os impulsos nervosos são propagados por fibras A
mielinizadas e de diâmetro médio. Pode ser localizada com bastante precisão na
área estimulada.
● Lenta, crônica, em queimação ou latejante: mais de um segundo após a aplicação
de um estímulo. Ela aumenta gradualmente de intensidade ao longo de um período.
Os impulsos de dor lenta são conduzidos por fibras C não mielinizadas e de
diâmetro curto.
● Dor somática superficial: surge nos receptores na pele
● Dor somática profunda: surge em músculos esqueléticos, articulações, tendões e
fáscias.
● Dor visceral: estimulação de nociceptores nos órgãos viscerais;
As membranas dos nociceptores contêm canais iônicos que são ativados por esses tipos de
estímulos, da seguinte forma:
● Estimulação mecânica: O simples estiramento ou dobramento da membrana do
nociceptor ativa os canais iônicos mecanossensíveis, que levam à despolarização
da célula e ao disparo de potenciais de ação. Além disso, as células danificadas no
local da lesão podem liberar uma série de substâncias que provocam a abertura de
canais iônicos nas membranas dos nociceptores, como:
○ Proteases → enzimas que digerem proteínas. Podem clivar um peptídeo
extracelular abundante, chamado de cininogênio, para formar o peptídeo
bradicinina. A bradicinina, por sua vez, liga-se a uma molécula receptora
específica, que aumenta a condutância iônica de alguns nociceptores.
○ Trifosfato de adenosina (ATP) → causa a despolarização dos nociceptores
por meio da ligação direta a canais iônicos que dependem de ATP para sua
ativação.
○ Potássio (K⁺) → o aumento de K⁺ extracelular despolariza diretamente as
membranas neuronais
● Temperatura extremas → o calor acima de 43°C causa queimadura nos tecidos, e os
canais iônicos termossensíveis das membranas dos nociceptores abrem-se nessa
temperatura, ativando os receptores de dor
● Privação de oxigênio → quando os níveis de oxigênio dos tecidos forem inferiores à
demanda de oxigênio, as células utilizarão o metabolismo anaeróbio para gerar ATP.
Uma consequência do metabolismo anaeróbio é a liberação de ácido láctico. acúmulo
de ácido láctico leva a um excesso de H⁺ no líquido extracelular, e esses íons ativam
canais iônicos dependentes de H⁺ dos nociceptores. Esse mecanismo está associado a
dor cruciante associada ao exercício muito intenso.
● Exposição a agentes químicos → a pele e os tecidos contem mastócitos, um
componente do sistema imune, que podem ser ativados pela exposição a substâncias
exógenas (ex.: o veneno da abelha), levando-os a liberação de histamina. A histamina,
por sua vez, pode ligar-se aos receptores específicos na membrana do nociceptor,
causando a despolarização da membrana. A histamina também aumenta a
permeabilidade dos capilares sanguíneos, levando ao edema e ao rubor no local da
lesão.
A via da dor:
→ A via do tato é rápida, utilizando-se de fibras mielinizadas Aβ; a via da dor é lenta e
utiliza fibras de pequeno calibre, fibras pouco mielinizadas Aδ e fibras C não
mielinizadas.
→ as ramificações das fibras Aδ e C percorrem pelo trato de
Lissauer e terminam na substância gelatinosa.
Regulação da dor: dois mecanismos →
Por que quando nos marcamos, nós esfregamos a região?
→ Por causa da teoria do portão da dor que acontece na
medula
O receptor da dor é o receptor de fibra C, que é um receptor
não mielinizado e tem diâmetro muito menor. A velocidade de
propagação do estímulo é muito pequena em relação ao do
tato, que tem o receptor de fibra A, com axônio mielinizado,
com passagem rápida. Quando a gente esfrega o machucado, o
estímulo do tato vai chegar primeiro que o estímulo da dor nos
interneurônios na medula, e esse interneurônio tem a função de inibir o estímulo doloroso.
→ O neurônio de projeção também é inibido por um interneurônio, e o interneurônio é
simultaneamente excitado pelo axônio sensorial calibroso e inibido pelo axônio nociceptivo.
Por meio desse circuito, a atividade apenas do axônio nociceptivo resultaria em excitação
máxima do neurônio de projeção, permitindo que os sinais nociceptivos cheguem ao encéfalo
Regulação aferente:
A dor provocada pela atividade dos nociceptores pode ser reduzida pela atividade simultânea
de mecanorreceptores de limiar baixo (fibras Aβ). Esse provavelmente é o motivo pelo qual
há uma sensação de melhora quando se massageia a pele da canela logo após contundi-la
Regulação descendente:
→ Uma região do mesencéfalo chamada de substância cinzenta periaquedutal ou PAG
quando estimulada pode causar analgesia profunda (supressão da dor);
Os neurônios da PAG enviam axônios descendentes para várias regiões situadas na linha
média do bulbo, principalmente para os núcleos da rafe (cujos neurônios liberam o
neurotransmissor serotonina). Esses neurônios bulbares projetam os axônios para os cornos
dorsais da medula espinhal, onde podem deprimir de maneira eficiente a atividade dos
neurônios nociceptivos
Sensibilidade proprioceptiva .
A propriocepção permite que o indivíduo reconheça quais partes do corpo pertencem a si.
A sinestesia é a percepção dos movimentos corporais.
→ Os proprioceptores tambémpermitem a discriminação do peso, a capacidade de avaliar o
peso de um objeto. Esse tipo de informação ajuda a determinar o esforço muscular necessário
para a realização de uma tarefa.
VIA SENSITIVA SOMÁTICA .
→ levam informações dos receptores sensitivos somáticos descritos para a área
somatossensorial primária no córtex cerebral e para o cerebelo.
Os impulsos sensitivos somáticos ascendem para o córtex cerebral através de três vias gerais:
(1) a via funículo posterior–lemnisco medial;
(2) a via anterolateral (espinotalâmica)
(3) a via trigeminotalâmica.
Os impulsos sensitivos somáticos chegam ao cerebelo através dos tratos
espinocerebelares.
→ A ativação dos receptores desencadeia potenciais de ação nos neurônios sensoriais
primários associados. Na medula espinal, muitos dos neurônios sensoriais primários fazem
sinapse com interneurônios, que funcionam como neurônios sensoriais secundários.
Via funículo posterior-lemnisco medial para o córtex .
tato fino, pressão, vibração e a propriocepção
consciente dos membros, tronco, pescoço e
parte posterior da cabeça ascendem para o
córtex cerebral através da via funículo
posterior–lemnisco medial
→ O nome dessa via surge a partir dos nomes
dos dois conjuntos de substância branca que
carregam os impulsos: o funículo posterior da medula espinal e o lemnisco medial do
tronco encefálico.
Núcleo cuneiforme: e tato, pressão, vibração e propriocepção consciente dos membros
superiores, da parte superior do tronco, do pescoço e da parte posterior da cabeça
Núcleo grácil: e tato, pressão e vibração provenientes dos membros inferiores e da parte
inferior do tronco
Lemnisco medial: a projeção em formato de fita que se estende do bulbo até o núcleo
posterior ventral do tálamo
→ Até os núcleos da coluna dorsal- situados no limite entre a medula espinal e o bulbo-, a
informação ainda está sendo transmitida ipsilateralmente (a
informação do tato do lado direito do corpo está representada na atividade dos
neurônios nos núcleos da coluna dorsal direita).
→ os axônios dos neurônios dos núcleos da coluna dorsal fazem uma curva em direção ao
bulbo ventral e medial e, então, decussam. A partir desse ponto, o sistema somatossensorial
de um lado do encéfalo está relacionado com as sensações originadas do lado oposto do
corpo.
→ no tálamo ventroposterolateral
→ determinados estimulos já podem ser sentidos a nivel de talamo.
Via anterolateral ou espinotalâmica para o córtex .
dor, temperatura, prurido e cócegas provenientes dos
membros, do tronco, do pescoço e da parte posterior da
cabeça ascendem para o córtex cerebral através da via
anterolateral (espinotalâmica)
→ Enquanto as informação sobre o tato ascende ipsilateralmente, as informações
nociceptivas (e térmicas) ascendem contralateralmente
Via trigemiotalâmica para o córtex .
Os impulsos nervosos para a maior parte das sensações somáticas (táteis, térmicas e
dolorosas) provenientes da face, da cavidade oral, da
cavidade nasal e dos dentes ascendem para o córtex
cerebral através da via trigeminotalâmica
→ A sensação somática da face é suprida,
principalmente, pelos grandes ramos do nervo
trigêmeo (nervo craniano V), o qual entra no encéfalo
pela ponte
O nervo trigêmeo divide-se, de cada lado, em três
nervos periféricos que inervam a face, a região bucal, os
dois terços distais da língua e a dura-máter que recobre
o encéfalo.
Via sensitiva somática para o cerebelo .
Dois tratos na medula espinal – o trato espinocerebelar posterior e o trato espinocerebelar
anterior – são as duas principais rotas que os impulsos proprioceptivos tomam para chegar
ao cerebelo. Embora eles não sejam percebidos conscientemente, os impulsos sensitivos que
chegam ao cerebelo por essas duas vias são críticos para a postura, o equilíbrio e a
coordenação dos movimentos precisos
MAPEAMENTO DA ÁREA SOMATOSSENSORIAL .
Áreas específicas do córtex cerebral recebem influxos sensitivos somáticos de partes
específicas do corpo
localização precisa das sensações somáticas ocorre quando os impulsos nervosos surgem na
área somatossensorial primária (áreas 1, 2 e 3), que ocupa o giro pós central dos lobos
parietais do córtex cerebral
→ O hemisfério cerebral esquerdo possui uma área somatossensorial primária semelhante
que recebe informações sensitivas provenientes do lado direito do corpo
Homúnculo sensitivo ou Somatotopia cortical .
→ é o mapeamento das sensações da superfície corporal em uma área do encéfalo
Repare que algumas partes do corpo – principalmente os lábios, a face, a língua e a mão –
fornecem informações para regiões maiores na área somatossensorial. Outras partes do corpo,
como o tronco e os membros inferiores, são projetadas para regiões corticais muito menores
→ O tamanho da região cortical que representa uma parte do corpo pode se expandir ou
encolher, dependendo da quantidade de impulsos sensitivos que são recebidos daquela parte
do corpo.
A estimulação elétrica da superfície do córtex 1º pode causar sensações somáticas localizadas
em uma parte específica ao longo do corpo;
Tecidos neurais não possuem receptores para as sensações somáticas
Como pode ser feito?
→ estimulação de forma sistemática;
→ registrar atividade de um único neurônios e determinar o local de seu campo receptivo
somatossensorial no corpo, pois os campos dos neurônios do córtex 1º produzem um mapa
ordenado no corpo do córtex;
→ os mapas gerados por qualquer uma das duas maneiras são similares;
→ o mapa é fragmentado;
→ os mapas não estão na mesma escala do corpo humano;
a boca, a língua e os dedos são grandes enquanto que os braços e as pernas são
pequenos
→ cada área possui o seu próprio mapa somatotópico;
Densidade de aferências sensoriais: é o que dá o tamanho relativo da área do córtex que
processa cada parte do corpo;
Quais as fases do sono?
SONO .
O sono é um estado de consciência alterada ou de inconsciência parcial a partir do qual uma
pessoa pode ser despertada
Sono não REM .
→ sem movimento oculares
→Os neurônios na parte pré -óptica do hipotálamo, no prosencéfalo basal e no bulbo
governam o sono NREM;
→ A frequência cardíaca e a pressão sanguínea diminuem durante o sono NREM
→ maior parte do sono
→ sono profundo e restaurador
→ primeira hora de sono após ter ficado acordada por horas;
→ diminuição do tônus vascular periférico e muitas outras funções vegetativas do corpo;
→ diminuição de 10 a 30% da PA, da FR e no metabolismo basal;
→ pode ocorrer sonhos e pesadelos, mas não são lembrados;
consiste em quatro estágios que se mesclam gradualmente:
O estágio 1 é um estágio de transição entre a vigília e o sono e normalmente dura
entre um e sete minutos. O indivíduo está relaxado, com os olhos fechados e apresenta
pensamentos confusos. As pessoas que são despertadas durante esse estágio frequentemente
dizem que elas não estavam dormindo.
O estágio 2 ou sono leve é o primeiro estágio do sono verdadeiro. Nele, o indivíduo é
um pouco mais difícil de ser despertado. Podem ser experimentados fragmentos de sonhos e
os olhos podem girar lentamente de um lado para o outro.
O estágio 3 é um período de sono moderadamente profundo. A temperatura corporal e
a pressão arterial diminuem e é difícil despertar o indivíduo. Esse estágio ocorre cerca de 20
min após o início do sono.
O estágio 4 é o nível de sono mais profundo. Embora o metabolismo cerebral diminua
significativamente e a temperatura corporal diminua um pouco nesse estágio, a maior parte
dos reflexos estão intactos e o tônus muscular diminui apenas um pouco. Quando ocorre
sonambulismo, geralmente é nesse estágio.
Sono REM .
→ dura cerca de 90 a 120 minutos;
→ A atividade neuronal é alta durante o sono REM – o fluxo de sangue cerebral e o uso de
oxigênio são maiores durante o sono REM do que durante a atividade física ou mental intensa
em estado de vigília
→ as gravações eletroencefalográficas são semelhantes àquelas de quando o indivíduo está
acordado
→ a maior parte dos neurônios motores somáticos (com exceção dos neurônios motores que
governam a respiração e os movimentosoculares)
→ neurônios na ponte e no mesencéfalo ligam e desligam o sono REM.
→ A frequência cardíaca e a pressão sanguínea diminuem ainda mais do que durante o sono
NREM
→ a medida que a pessoa vai ficando mais descansada, a duração de REM aumenta;
→ sonhos vividos e movimentos corporais ativos
→ mais fácil de despertar com estímulos;
→ tônus muscular reduzido;
→ inibição das áreas de controle da medula
→ o metabolismo pode estar aumentado por até 20%
→ cada episódio recorre a cada 90 min;
→ dura de 5 a 30 min;
→ não é restaurador;
quando a pessoa está extremamente sonolenta, cada episódio é curto ou ausente;
Causas do sono REM:
fármacos que mimetizam a ação da acetilcolina aumenta a ocorrência de sono REM;
Como ocorre o mecanismo regulador do sono vigília?
CICLO CIRCADIANO .
Estabelecido pelo Núcleo supraquiasmático do hipotálamo
→ esse núcleo está localizado na linha média, nas bordas do terceiro ventrículo.
→ o mecanismo que regula o controle e a sincronização sono/vigília é de natureza endógena.
→ o relógio biológico é regulado para funcionar 24h
O ciclo circadiano interfere em processos fisiológicos e
bioquímicos do corpo: temperatura corporal, fluxo
sanguíneo, produção de urina, níveis hormonais,
crescimento de pelos e taxas metabólicas, todos
sofrem flutuações.
Zeitegebers: são as informações oriundas do ambiente -
luz e escuridade, temperatura e umidade. Na presença de
zeitgebers, os animais têm seus ritmos arrastados pelo
ritmo dia-noite e mantêm um ciclo de atividade de
exatamente 24 horas.
→ O importante para os seres humanos é o ciclo
claro-escuro.
→ Quando o NSQ é estimulado eletricamente, ritmos circadianos podem ser alterados de
maneira previsível. A remoção de ambos os núcleos abole a ritmicidade circadiana da
atividade física, do sono e da vigília, do ato de comer e de beber.
→ As pesquisas têm mostrado que quase todas as células do corpo, incluindo as células do
fígado, do rim e dos pulmões, têm um relógio circadiano.
→ O NSQ tem uma forte influência circadiana sobre o sistema nervoso visceral, a
temperatura central do corpo, os hormônios das glândulas suprarrenais, como o cortisol, e os
circuitos neurais que controlam a comportamento alimentar, o movimento e o metabolismo.
Cada um desses processos, por sua vez, regula muitos dos relógios circadianos no corpo.
Ciclos entre estado de sono e de vigília: .
Quando o centro do sono não está ativado, os núcleos mesencefálicos e reticular pontino
superior ativador são liberados de sua inibição, o que permite que os núcleos reticulares
ativadores fiquem ativos;
→ essa atividade excita o córtex cerebral e o SNP e ambos induzem feedback + para o
número reticular ativador para ativá-lo ainda mais;
No sono, os núcleos mesencefálicos e reticular pontino superior ativador são inibidos;
Após muitas horas ativo, os neurônios do sistema ativador ficam fatigados e o ciclo de
feedback positivo entre o núcleo reticular mesencefálico e o córtex desaparece;
→ Os receptores A1 atuam no SARA para manter a vigília.
Indutores do sono: .
Adenosina:
→ induz o sono
→ níveis mais altos durante a vigilia;
Por que o café induz a vigília?
A cafeína (no café) e a teofilina (no chá) – substâncias conhecidas por sua habilidade de
manter a vigília – se ligam e bloqueiam os receptores A1, evitando que a adenosina se ligue
e induz o sono. Também diminui os níveis de adenosina, aumentando a excitabilidade celular,
de modo a diminuir o sono.
Óxido nítrico (NO):
→ dispara a liberação de adenosina.
Melatonina:
→ secretada pela glândula pineal.
Áreas que se estimuladas podem causar o sono: .
1. Núcleos da rafe situados na metade inferior da ponte e do bulbo: causam sono quase
natural; muitas terminações nervosas das fibras do núcleo rafe liberam serotonina; a
serotonina é uma substância transmissora associada ao sono;
2. Núcleo do trato solitário: é a terminação no tronco encefálico para onde se projetam os
sinais provenientes as informações sensoriais viscerais, que chegam pelos nervos vagos e
glossofaríngeo;
3. Regiões do diencéfalo: parte rostral do hipotálamo; área ocasional nos núcleos talâmicos
de projeções difusas
Percepção de ondas: .
O eletrencefalograma (EEG) registra as ondas encefálicas, isto é, a medida da atividade
elétrica a partir da superfície do crânio que nos permite vislumbrar a atividade generalizada
do córtex cerebral.
Os ritmos do EEG variam consideravelmente e correlacionam-se frequentemente com
determinados estados do comportamento (como os níveis de atenção, sono ou vigília) e com
patologias (como crises epilépticas ou coma).
O que acontece para que a consciência permaneça ativa e constante? (SARA - Sistema
Ativador Reticular Ascendente)
MECANISMOS PARA MANUTENÇÃO DA CONSCIÊNCIA .
SARA .
Sistema Ativador Reticular Ascendente
→ A parte ascendente da formação
reticular é chamada de sistema reticular
ativador ascendente (SRAA), formado por
axônios sensitivos que se projetam em
direção ao córtex cerebral, diretamente ou
via tálamo
→ linha média do tronco encefálico
→ Quando essa área está ativa, muitos impulsos nervosos são transmitidos para áreas amplas
do córtex cerebral, tanto diretamente quanto através do tálamo.
→ é constituído de fibras noradrenérgicas do locus coeruleus, serotoninérgicas dos
núcleos da rafe e colinérgicas da formação reticular da ponte.
Na transição entre mesencéfalo e o diencéfalo, o SARA se divide em um ramo dorsal e um
ventral.
● O ramo dorsal termina no tálamo (núcleo intralaminares), que projeta impulsos para
todo córtex.
● O ramo ventral dirige-se para o hipotálamo lateral e recebe fibras histaminérgicas do
núcleo tuberomamilar do hipotálamo posterior, sem passar pelo tálamo, este ramo
segue diretamente para córtex, e exerce sua função ativadora.
Funções do SARA:
→ Talvez a função mais importante do SRAA seja a manutenção da consciência, estado de
vigília no qual o indivíduo está totalmente alerta, consciente e orientado
● manter a atenção (concentração em um objeto ou pensamento) e a vigilância
● evita sobrecargas sensitivas (excesso de estimulação visual e/ou auditiva) por meio da
filtração de informações insignificantes, de modo que elas não se tornem conscientes.
→ A inativação do SRAA causa o sono, estado parcial de consciência a partir do qual o
indivíduo pode ser despertado.
→ lesões do SRAA podem levar ao coma, estado de inconsciência do qual a pessoa não pode
ser despertada
Fármacos como a melatonina auxiliam o SRAA a induzir o sono, e os anestésicos gerais
rebaixam a consciência por meio do SRAA
Ativação do SARA .
Hipotálamo lateral: hipocretina (orexina)
Despertar ou Vigília .
→ o SAR deve ser estimulado.
→ Níveis mais altos de adenosina, devido a intensa produção
Muitos estímulos sensitivos podem ativar o SAR: estímulos dolorosos detectados pelos
nociceptores, tato e pressão sobre a pele, movimento dos membros, luz intensa ou o
barulho de um despertador
A vigília corresponde a uma condição de alerta, quando se está acordado e consciente
Da vigília ao sono: .
SISTEMAS MODULADORES: .
Neurônios serotoninérgicos: .
→ Localizados principalmente nos Núcleos da Rafe;
→ Serotonina em grande quantidade durante a vigília; o Responsável por deixar o tálamo
mais responsivo (enviando mais percepções ao córtex através da diminuição dos potenciais
de repouso dos neurônios);
→ Essenciais para sono/vigília, emoções e comportamento.
Neurônios dopaminérgicos: .
→ Localizados na substância negra e na área tegumentar ventral
→ Estimuladores do tálamo;
→Motricidade somática, humor, controle endócrino
Neurônios histaminérgicos: .
→ Localizados no núcleo tuberomamilar do hipotálamo posterior;
→ A histamina estimula o tálamo.
Neurônios noradrérgicos: .
→ Localizados no Locus Coeruleus;
→ Responsável pela atenção no estado de vigília; o Liberada ao longo do dia em momentos
de prazer e recompensa;
→ Responsável pela sedimentação da memória;
→ Se projeta ao hipotálamo e fazem parte do controle das funções cardiovasculares e
endócrinas
Neurônios colinérgicos: .
→ Localizados na junçãoponte-mesencéfalo (núcleo pedúnculo-pontino) e no prosencéfalo
basal (núcleo de Meynert);
→ Manutenção do tônus muscular durante a vigília Importante para sono R.E.M.
HORMÔNIOS: .
Núcleos do tronco
encefálico responsável
neurotransmissor
envolvido
estado de atividade no
tronco encefálico
VIGÍLIA:
Núcleos colinérgicos da
junção ponte-mesencéfalo
acetilcolina ativo
Locus coeruleus noradrenalina ativo
Núcleos da Rafe Serotonina ativo
SONO NÃO-REM
Núcleos colinérgicos da
junção ponte-mesencéfalo
Acetilcolina diminuída
Locus ceruleus Noradrenalina diminuída
Núcleos da Rafe Serotonina diminuída
EM SONO REM
Núcleos colinérgicos da
junção ponte-mesencéfalo
Noradrenalina Ativo
Núcleos da Rafe Serotonina Inativo
Qual a diferença de inconsciência e consciência?
Consciência em tortora: estado de vigília no qual o indivíduo está totalmente alerta,
consciente e orientado
→ capacidade do indivíduo de reconhecer a si mesmo e aos estímulos ambientais.
Funcionam adequadamente a capacidade de atenção ou de concentração, as faculdades de
fixar novos fatos e de rememorar o vivido e o aprendido, de compreender ou dar-se conta das
coisas, de refletir sobre as questões objetivas e subjetivas e os complexos dispositivos de
orientação autopsíquica e temporoespacial.
● Conceito neurofisiológico: excitabilidade do SNC aos estímulos externos e internos
sob o ponto de vista quantitativo e a capacidade harmoniosa de integração desses
estímulos, sob o ponto de vista qualitativo.
Inconsciência→ estado em que o indivíduo não demonstra conhecimento de si próprio e do
ambiente, não respondendo a estímulos internos ou externos.
LOTE → lúcido orientado no tempo e no espaço;
Vigília -→ percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo;
Obnubilação → consciência pouco comprometida, estado de alerta é comprometido
moderadamente. Semiotécnica para respostas do paciente: sacuda gentilmente o paciente
como se estivesse acordando.
Sonolência → paciente responde mais ou menos de forma apropriada, e volta a dormir;
Confusão mental → perda de atenção, alucinações, ilusões, percepção temporal anormal;
Torpor/estupor → consciência comprometida, paciente desperta por estímulos mais fortes,
presença de movimentos espontâneos, mas não abre os olhos. Semiotécnica para respostas do
paciente: estímulo álgico (que gere uma dor), um beliscão.
Coma → consciência totalmente comprometida, não responde a estímulos e não há
movimentos espontâneos.
Demência → quadro de perda permanente e progressiva das funções cognitivas, sem
alteração do estado de alerta ou nível de consciência.
Morte encefálica → dano encefálico irreversível. Não há recuperação estrutural e funcional
do encéfalo
Qual a diferença de urgência e emergência?
EMERGÊNCIA: .
→ é toda situação que apresenta risco iminente de morte. Deve ser diagnosticada e tratada
nos primeiros momentos após a sua constatação. Necessita de cirurgia e atendimento médico
imediato. Caso não ocorra assistência imediata o óbito é mais acentuado. Exemplos:
hemorragias, parada cardiorrespiratória
Vermelho: encaminhar diretamente para a sala de ressuscitação e avisar a equipe médica,
acionamento de sinal sonoro. não perder tempo com classificação. atendimento em 15
minutos. em morte iminente. (exemplo: parada cardiorrespiratória, infarto, politrauma,
choque hipovolêmico, traumatismo crânio-encefálico)
URGÊNCIA: .
situação, clínica ou cirúrgica, que deve ser resolvida rapidamente (a curto prazo), mas que
não apresenta risco iminente de morte. Caso ocorra demora aumenta-se o risco de
periculosidade ou óbito, ou seja, não pode ser adiada. Exemplos: fraturas, torções e dengue.
Laranja: encaminhar para consulta médica imediata; urgência, avaliação em, no máximo, 30
minutos. elevado risco de morte. (exemplo: trauma moderado ou leve, tce sem perda da
consciência, queimaduras menores, dispnéia leve a moderada, dor abdominal, convulsão,
cefaléias, idoso e grávidas sintomáticos, etc.)
Quais são os critérios de avaliação?
1 - Apresentação usual da doença;
2 - Sinais de alerta (choque, palidez cutânea, febre alta, desmaio ou perda da
consciência,
desorientação, tipo de dor, etc.);
3 - Situação – queixa principal;
4 - Pontos importantes na avaliação inicial: sinais vitais – Sat. de O2 – escala de dor
- escala de Glasgow – doenças preexistentes – idade – dificuldade de comunicação
(droga, álcool, retardo mental, etc.);
PROTOCOLO DE MANCHESTER: .
→ Utiliza cinco cores para identificar o grau de cada paciente
Quais os métodos de avaliação da consciência?
AVALIAÇÃO DO ESTADO DE CONSCIÊNCIA .
Escala de Coma de Glasgow (ECG) .
→ é o principal métodos de avaliação da consciência
→ deve ser feita durante as primeiras 24 horas posteriores ao trauma.
4 parâmetros: abertura ocular, resposta verbal, resposta motora e reação pupilar.
→ quanto menor a pontuação, menor a resposta do paciente;
→ quanto maior o score, mais consciente ele estará;
→ Cada componente dos três parâmetros recebe um escore.
→ O melhor escore 15 e o menor 3 (entretanto, ao subtrair a reação pupilar, pode-se atingir
1).
→ Pacientes com escore 15 apresentam nível de consciência normal.
→ Pacientes com escores menores que 8 são considerados em coma, representando estado
de extrema urgência. É importante identificar em tempo hábil os pacientes com causa
reversível e potencial para um resultado favorável.
→ O escore 3 é compatível com morte cerebral, no entanto, para a conformação de morte
cerebral, há a necessidade de avaliar outros parâmetros.
Resposta motora: A resposta motora aos estímulos pode ser através de movimento para o
qual foi solicitado, movimentos patológicos ou nenhuma resposta. Poderá ocorrer força
normal, paresia discreta, paresia acentuada, flexão (decorticação), extensão (descerebração)
ou ausência de resposta (plegia).
● Paresia: é quando o paciente não consegue manter os membros estendidos durante 2
minutos com simetria.
● Plegia: é quando o paciente não consegue erguer os braços para a realização do teste.
Se o paciente está ar reflexivo, sem resposta a qualquer estímulo, há indicação de
injúria ao tronco cerebral
Avaliação das pupilas: observação do tamanho, simetria e reatividade pupilar à luz.
→ O diâmetro pupilar deve ser medido e comparado com uma série de círculos de 1 a 8 mm
contidos na folha de avaliação.
→ A estimulação simpática contrai o músculo dilatador da pupila e ela se dilata (midríase -
7 a 8 mm).
→ A estimulação parassimpática contrai as fibras constritivas da pupila e ela se contrai
(miose - 1 a 2 mm).
• Na reação pupilar, a pupila se contrái (miose) quando há estímulo luminoso. Casos que ela
permanece dilatada (midríase): uso de cocaína, morte cerebral.
• O diâmetro pupilar normal varia de 2 a 5 mm, sendo que o adulto normal ela se encontra de
3 a 4 mm.
• A reatividade pupilar fotomotora deve ser verificada através de um farol de luz artificial e
ser registrada através de um sinal positivo ou negativo relativo à contração pupilar quando
exposto à luz forte.
• As vias pupilares são resistentes ao distúrbio metabólico, a presença ou ausência de reação à
luz constitui num sinal importante para distinguir o coma estrutural do coma metabólico.
• As áreas do tronco cerebral que controlam o nível de consciência são adjacentes das
que controlam as pupilas. Assim as alterações nas pupilas são guias para identificar a
presença e localização de doenças do tronco cerebral.
Escala de Jouvet (ECJ) .
• A Escala de Jouvet (ECJ) foi criada para avaliação de consciência em pacientes em estado
vegetativo persistente, todavia, algumas pesquisas mostraram a utilização da ECJ em estados
agudos.
• A escala se propõe a ser utilizada de modo descritivo, sem pontuações, muito embora
alguns autores atribuam pontuações somando os números após as letras para cada parâmetro
avaliado.
• Nessa escala são avaliados dois parâmetros: perceptividade e reatividade. Dentro do
parâmetro reatividade é considerada a reatividade inespecífica, específica e autonômica.
• A pontuação geral varia entre 4 (P1R1D1V1) e 14 (P5R3D4V2). A escalatambém pode ser
descrita como:
o P4 - R2 - D4 a D6- V1 = Estado vegetativo persistente;
o P5 - R3 - D6 - V1 = coma 3 pontos não apneico;
o P5 - R3 - D6 - V2 = coma 3 pontos apneico (sugestivo de morte encefálica).
PADRÃO RESPIRATÓRIO .
• Nos pacientes em coma, vários padrões respiratórios podem auxiliar no diagnóstico
topográfico da lesão. Entre eles podemos incluir: respiração do tipo Cheyne-Stokes,
hiperventilação neurogência central, apnêustica, salvas (“cluster”) e atáxica.
Respiração do tipo Cheyne-Stokes: a oscilação lenta entre a hiperventilação e
hipoventilação, intercalados por períodos de apneia. Pode ser encontrada em pacientes com
lesões hemisféricas bilaterais ou insultos diencefálicos, bem como, em lesões bilaterais entre
o prosencéfalo e a região superior da ponte.
Após um período de apneia, ocorre um aumento gradual da amplitude do movimento
respiratório e hiperventilação (crescendo) até atingir um pico, seguido por um período
de diminuição da amplitude respiratória e hipoventilação (decrescendo)
Respiração do neurogência central: é caracterizada por um quadro de hiperventilação
rápida e sustentada, em geral com frequência respiratória entre 40 e 70 por minuto, observada
em pacientes com lesões do tegumento pontino central, ventral ao aqueduto ou ao quarto
ventrículo.
Respiração apnêustica: a consiste em uma respiração profunda com pausa de 2 a 3 segundos
no final da inspiração. Pode ser observado em lesões na região dorso-medial da metade
inferior da ponte. Em geral, associada a infarto pontino causado por trombose da artéria
basilar.
Respiração do tipo em salvas: caracteriza-se por movimentos respiratórios periódicos de
amplitude e frequência irregulares, intercalados por pausas respiratórias. Pode ser observada
em pacientes com lesões na porção inferior da ponte e superior do bulbo
Respiração do ataxia: é caracterizada pelo padrão irregular da frequência, ritmo e amplitude
respiratória. Respirações profundas e superficiais de diferentes amplitudes e ritmos
alternam-se ao longo dos ciclos respiratórios, podendo haver inclusão de pausas respiratórias.
o As lesões geralmente acometem o bulbo. A associação desse padrão respiratório e paralisia
do VI nervo craniano pode indicar compressão do tronco cerebral por lesões expansivas da
fossa posterior
Quais exames de imagem para avaliar as estruturas do sistema somatossensorial?
Radiografia simples:
Avalia: morfologia do crânio, suturas cranianas, fontanelas, presença de fraturas,
calcificações, gás, elementos radiopacos (projéteis de armas de fogo, objetos metálicos e
fragmentos ósseos), dentre outros;
→ Limitada; → Baixo custo; →Investigação inicial;
Angiografia digital:
Avaliação dos vasos cerebrais e cervicais;
Padrão ouro para avaliar patologias vasculares;
Exame invasivo -> introdução de um cateter no vaso a ser estudado;
Contraste -> iodo;
Anestesia local ou geral;
Mielografia:
Exame radiográfico da coluna vertebral, realizado após a injeção de contraste iodado no
espaço subaracnóide;
Avalia a medula;
Caindo em desuso por causa da ressonância;
Tomografia computadorizada:
Raio X;
Qual a diferença da TC em relação a Radiografia simples?
A TC permite diferenciar a densidade entre os tecidos de partes moles, liquor, estruturas
ósseas e hemorragias;
Limitação na distinção da substância branca e cinzenta;
Contraste iodado -> aumenta a sensibilidade da TC;
Vantagens:
Razoável resolução anatômica;
Boa relação custo/benefício;
Tempo curto de exame;
Superioridade em demonstrar calcificações e estruturas ósseas comparado a RM;
Ultrassonografia
Realizado por meio de fontanelas ou de orifício de craniotomia;
Com base nas diferenças de ecogenicidade;
O que é ecogenicidade?
Descreve o quanto um material permite a passagem ou reflete ondas de ultrassom;
Não utiliza radiação ionizante, não requer sedação ou contraste;
Baixo custo;
Ultrassonografia com Doppler transcraniano:
Método com base no sistema de doppler de emissão pulsada de ondas de baixa frequência
que são capazes de atravessar o crânio íntegro.
Não invasivo, indolor;
mensura a velocidade do fluxo das artérias intracranianas;
Ressonância Magnética
núcleos magnéticos de hidrogênio são responsáveis pela imagem ou simplesmente prótons;
O uso de contraste venoso aumenta a sensibilidade do exame;
Contraste utilizado é o gadolínio: mais seguro e menos alérgeno;
Em gestante esse contraste é contraindicado;
Superior a TC:
Capacidade de avaliação de múltiplos planos;
Resolução anatômica;
Apenas na avaliação de calcificações craniana a TC é superior;
Medicina Nuclear:
Método que possibilita medir o nível de glicose no tecido, usando radiação ionizante;
Referências:
■ TORTORA, Gerard J.. Principios de anatomia e fisiologia . 14 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2019, 1201 p.
■ SILVERTHORN, D. U. Fisiologia humana: uma abordagem integrada. 7. Ed. Porto
Alegre: Artmed, 2017

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