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Expansão no negócio esportivo dentro e fora dos EUA Prof.ª Alicia Klein Descrição O desenvolvimento do esporte norte-americano e a gestão de negócios nesse setor. Propósito O desenvolvimento dos esportes norte-americanos é um caso de sucesso que traz importantes lições para a gestão de esportes. Objetivos Módulo 1 Expansão dentro dos EUA Descrever o desenvolvimento dos esportes dentro dos EUA e sua gestão. Módulo 2 Expansão fora dos EUA Analisar a expansão dos esportes norte-americanos no exterior. Introdução A preocupação de um gestor esportivo com a geração de receita de uma organização é constante. Além disso, quando se alcança a responsabilidade de contribuir com os rumos da empresa desse setor, é preciso começar a pensar nos benefícios da expansão para novos mercados. Atingir outras regiões dentro do próprio setor é algo que todos os bons gestores têm como objetivo, mas esse é um compromisso que não deve ser assumido sem uma compreensão cuidadosa de tudo o que pode, de fato, dar errado. Uma das melhores razões para expandir os negócios é chegar a um novo grupo de clientes. Embora você já tenha uma base de clientes bem explorada, sempre há a oportunidade de adicionar novos quando você expande, especialmente se essa expansão envolver a introdução de novidades que serão oferecidas. No mundo esportivo, essa expansão não é diferente. Todo time deseja aumentar sua base de torcedores e, consequentemente, sua receita. Ponto esse que tem sido muito trabalhado nas principais ligas dos EUA. 1 - Expansão dentro dos EUA Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever o desenvolvimento dos esportes dentro dos EUA e sua gestão. O esporte norte-americano A National Basketball Association (NBA) está em um esforço constante de expansão dentro e fora dos EUA. No país, além de focar o merchandising e a constante divulgação da organização para maximizar o lucro com a venda de camisas, a liga está pensando em ampliar seu leque de ganhar dinheiro. Recentemente, segundo a imprensa norte- americana, cogitou-se a possibilidade de mais duas franquias serem abertas dentro dos próximos anos. Uma em Las Vegas, cidade totalmente turística e que agora tem os Raiders, da National Football League, e outra em Seattle, que já conta com os Seahawks no futebol americano. National Football League Conhecida como NFL, é a liga esportiva profissional de futebol americano dos EUA, atualmente com 32 times. O comissário da NBA, Adam Silver, chegou a revelar que a liga não estava procurando se expandir nacionalmente. Mas essa expansão em Seattle e Las Vegas provavelmente exigiria uma reorganização das conferências do torneio, com duas equipes se juntando à Conferência Oeste. Toda essa movimentação aumentaria o número de jogos, de patrocinadores investindo nas franquias e de transmissões, que desembolsam milhões a cada ano para que cada jogo seja exibido ao vivo em todo o mundo. A última expansão da NBA aconteceu em 2004, quando admitiram o time Charlotte Bobcats, agora o Hornets. Antes disso, o Toronto Raptors e o Vancouver Grizzlies (agora Memphis Grizzlies) entraram na competição em 1995. Essa ação da liga visa não apenas a aumentar a competitividade, mas também a fazer com que a organização atinja lugares que ainda possuem uma base de fãs grande. O objetivo da NBA é fazer com que os times locais se tornem conhecidos e adorados, permitindo que a marca ganhe uma proporção ainda maior nacionalmente em lugares como Las Vegas, que até então nunca teve a presença da marca. Os times locais movimentam a economia da cidade-sede e, muitas vezes, também seus arredores. Esse tipo de pensamento dentro da organização, visando à expansão do negócio nos EUA, já aconteceu na NFL. Em 1976, o próprio Seattle Seahawks chegou no torneio junto com o Tampa Bay Buccaneers. Em 1995, chegaram o Carolina Panthers e o Jacksonville Jaguars. Já em 1997, o Cleveland Browns se mudou para Baltimore, tornando-se o Baltimore Ravens, mas como uma nova franquia, já que os direitos da franquia se mantiveram em Ohio, quando o time voltou à ativa em 1999. Tudo isso contribuiu para que mais jogos acontecessem durante a temporada regular, com mais direitos de transmissões e maior fluxo de caixa. Fato que foi ainda potencializado em 2020, quando a liga decidiu passar de 16 para 17 jogos na temporada regular. Esse processo também aconteceu na Major League Baseball, quando o vitorioso Boston Red Sox foi o último time a integrar o campeonato, em 1959. A adesão de novas franquias às competições norte-americanas se tornou uma prática comum com o passar dos anos. E essa expansão atinge outras cidades e regiões dos EUA que ficam na expectativa do fluxo de capital potencial que acontece quando essas grandes organizações decidem investir no local. Major League Baseball Conhecida como MLB, a liga de beisebol é a mais antiga das principais ligas esportivas profissionais dos EUA e atualmente conta com 30 equipes. Nos EUA, as quatro principais ligas esportivas (MLB, NBA, NFL e NHL) contam com o apoio de grandes contratos televisivos com emissoras como CBS, Fox, NBC e ESPN para expandir seus negócios. De acordo com o relatório de pesquisa da The Business Research Company sobre o mercado esportivo, é esperado um aumento da indústria nos próximos anos. O setor do esporte é um segmento no qual as pessoas, as atividades e as organizações estão envolvidas na produção, na facilitação, na promoção ou na organização de quaisquer atividades dessa área. Em 2021, de acordo com o GroupM ESP, uma empresa de gestão de investimentos em mídia com sede na Índia, o negócio de esportes indiano investiu 1,22 bilhão de dólares, representando um aumento de 62% em relação ao ano anterior. Além disso, os gastos do críquete com mídia aumentaram 8,1%, no mesmo ano, para 728,6 milhões, acima dos 673,8 milhões de 2019. Portanto, a crescente indústria esportiva acaba impulsionando não apenas uma modalidade, mas todo um mercado de produtos do setor. Covid-19 no cenário esportivo A maior parte da indústria esportiva foi muito atingida recentemente pelos desdobramentos da covid-19. E as competições profissionais dos EUA não saíram ilesas desse cenário. As organizações norte- americanas tiveram uma boa redução de receita durante a pandemia da covid-19 e estão buscando se estabelecer agora, quase um ano após a reabertura de todos os negócios dentro do país. Isso retardou diretamente todo o planejamento das grandes ligas de se desenvolverem ainda mais no país, assim como atrapalhou seus planos de expansão. Para a temporada 2019-20, a NBA perdeu pelo menos dez jogos por equipe. E, para os times que não foram convidados a participar da “bolha” realizada em Orlando, foram quase 20 partidas sem receita para as franquias. Os times da NHL também perderam cerca de dez jogos, cada, na temporada de 2020. Já na MLB, o esporte que conta com o maior público total de todas as ligas dos EUA dentro dos estádios, foram 51 partidas perdidas para cada time, em casa. bolha Zona de isolamento com regras estritas criadas pela NBA para proteger os jogadores dos times de sua liga durante a pandemia da covid-19 ao longo da temporada de 2019-20. As perdas resultantes para todas essas ligas chegaram a bilhões de dólares. E, olhando para a MLB especificamente, um detalhamento do FanGraphs do início de 2020 mostrou o quanto os acordos regionais de transmissão são essenciais às equipes. Apenas o Los Angeles Dodgers deixou de receber 239 milhões de dólares em receitas de seu acordo de transmissão com a Spectrum SportsNet LA. Já para a NBA, os direitos de mídia nacional foram garantidos com Turner e ESPN, mas os acordos regionais deixaram de vigorar durante a pausa, também ocasionando grande perda para as franquias. A expansão das ligas Nas décadas de 1970, 1980 e 1990, a expansão foi grande parte das estratégias de todas as quatro ligas de esportes profissionais dos EUA. As ligas MLB, NBA, NFL e NHLadicionaram um total de 32 equipes de 1975 a 1999 em um esforço para aumentar a quantidade de transmissões, de acordos de direitos, e o engajamento dos fãs, e adicionar maior receita aos proprietários. Atualmente, a expansão vem com um preço muito mais alto e pode ocorrer em um momento no qual os proprietários estão necessitando ainda mais de um fluxo maior de capital. A adição do Seattle Kraken à NHL em 2021-22 resultou em um investimento de 650 milhões de dólares para a franquia — um valor acordado antes de março de 2020. E, quanto mais times a serem transmitidos, maior é a barganha para um aumento nos contratos de direitos televisivos. Na MLB, ao contrário de outras ligas, maior número de proprietários estão dispostos a usar franquias como meio de lucrar, e não apenas competir de fato. A incerteza em torno de pequenos mercados também é maior na MLB, e a ameaça de equipes se movendo sempre parece existir, como ocorreu recentemente com o Oakland Athletics e o Tampa Bay Rays. Como resultado, um maior trabalho de expansão parece estar fora de pauta no curto prazo, até as equipes se restabelecerem financeiramente por completo. Segundo um levantamento do Statista, o mercado esportivo nos EUA, em 2018, teve um valor de cerca de 71,06 bilhões de dólares (GALOV, 2022). A expectativa é de que esse número aumente para 83,1 bilhões até 2023. E não é surpresa que as grandes ligas almejam expandir a quantidade de franquias não apenas para que a competição seja cada vez maior, mas também porque é importante que as grandes organizações tenham cada vez mais fontes de renda. E quanto maior o ponto de contato com o público no país, por meio de mais times em cidades que ainda não as consomem tanto quanto as mesmas acreditam que exista potencial, melhor para o faturamento anual final. A National Football League se estabeleceu tanto como o esporte da América quanto como uma das ligas mais populares do mundo. A realidade é que, um dia, a NFL vai ficar maior também, ultrapassando os 32 times atuais da equipe. Existem conversas, dentro dos EUA, inclusive, que a possibilidade de a competição crescer para 40 equipes é grande e já vem sendo discutida nos níveis mais altos entre os executivos. A possibilidade de aumentar a receita, principalmente em um período pós-pandêmico, é muito importante para as franquias que buscam voltar a operar da maneira que atuavam antes. Um gestor esportivo deve pensar em todos os pontos, bons e ruins, para conseguir tocar um projeto que altere toda a entrada de receita, mas também no orçamento de uma competição inteira. Gestão esportiva O profissional de gestão esportiva precisa avaliar riscos, entender as necessidades, pesquisar o mercado e saber exatamente onde está “pisando” para considerar novos ares para a organização. No caso da indústria esportiva, quanto maior um time ou uma liga se tornar, mais o fluxo de capital saltará de patamar. Porém, é necessário saber que também existe maior responsabilidade e uma operação que precisa aguentar tamanha demanda para que não exista a chance de os passos dados serem “em falso” e o projeto, de fato, fracassar. Entender o detalhe de cada negociação realizada é essencial! É claro que, quando se monta uma equipe, é preciso colocar características diferentes em funções diversas, fazendo com que cada um seja apto a resolver os problemas de seu setor de maneira eficaz e que desafogue os superiores. Mas um profissional de gestão esportiva precisa entender de marketing, de finanças e de gestão de pessoas mesmo sem ser um especialista em cada uma dessas áreas. Isso permitirá que melhor avalie as situações e os riscos que podem surgir nesse mercado acirrado. Pensar na expansão do negócio é um fator fundamental na área do esporte. Quando sua marca é bem-sucedida de forma local, o próximo passo natural é levar a organização para uma vitrine mais ampla, com um público maior. E atualmente a possibilidade de mostrar a empresa para cada vez mais pessoas tem se tornado mais fácil. Ou melhor, não exatamente fácil, mas, sim, com mais possibilidades! Com tantas alternativas para trabalhar na expansão, uma delas é totalmente obrigatória: ter um setor de tecnologia assertivo e alinhado com os seus objetivos. Essa é a melhor aposta para garantir que essa ação seja efetuada de maneira precisa. Como configurar seu software de relatórios financeiros, qual método usar e saber se a parte técnica precisa ser atualizada para se comunicar com as autoridades fiscais locais são considerações complexas, mas necessárias para conseguir abordar a movimentação de forma segura. É preciso entender se a escalabilidade da sua organização atua como o desejado. A forma como você aproveita a tecnologia e seus parceiros escolhidos define esse quesito em termos de garantir que seus vários locais operacionais funcionem de maneira semelhante e cada um possa produzir e trabalhar no nível que sua organização esportiva definiu como padrão. Caso contrário, é possível encontrar problemas a longo prazo, impedindo que seu negócio se expanda para determinadas áreas se não for adaptável, exigindo que você transfira totalmente sua empresa para um novo sistema ou então abandone as esperanças de atingir determinados públicos. Junto a essas práticas, está a importância de implementar políticas e processos padronizados para acompanhar as rápidas transformações que ocorrem em uma organização que deseja escalar e expandir. Normalmente, as marcas precisam de assistência nessa área para ajudar a entender como os processos devem ser e se eles podem ser aprimorados para um melhor desempenho. Ter ações padronizadas ajuda nas considerações de expansão, pois não há necessidade de reinventar processos que são padrão, uma vez que já existe uma política ou um protocolo que atua de maneira personalizada para a sua empresa e consegue ser adaptável de acordo com a necessidade de cada unidade. No mercado esportivo dos EUA, as organizações entenderam que o período pós-pandemia tem sido o melhor para buscar a expansão local, mesmo que ainda tentando se reestruturar de perdas ocorridas durante a pausa da covid-19. O período pandêmico acentuou o impacto negativo de confiar demais em um único mercado físico. A expansão pode fornecer à sua empresa uma diversificação, o que, por sua vez, oferece a oportunidade de acessar um mercado-alvo maior e distribuir seu risco em vez de depender apenas de uma área. Com isso, o e-commerce e o on-line se tornaram cada vez mais uma alternativa melhor de geração de receita. Segundo o relatório State of Global Expansion 2020 da Velocity Global, que destaca os principais desafios de RH que as organizações enfrentam ao se expandir, incluindo recrutamento, agora que as empresas estão operando amplamente de forma remota ou híbrida, os problemas que surgem da comunicação de longa distância foram amenizados. De acordo com a Foothold America, as empresas que desejam expandir para o mercado local têm potencial para alcançar novos clientes, diversificar o risco, alavancar recursos e potencialmente aumentar os lucros. Além disso, os diferentes pontos ainda não explorados dos EUA são opções atraentes para as organizações, já que os EUA são o país que mais consome esportes no mundo. A realidade empresarial, principalmente na indústria esportiva, tem suas próprias regras, e uma delas é que, se uma empresa não cresce e se desenvolve, ela morre. Assim, depois de consolidar um negócio, o gestor esportivo precisa pensar no próximo passo lógico da expansão. Tendo esse objetivo em mente, é preciso alinhar um conjunto de fatores para que o “tiro não saia pela culatra”. Primeiro de tudo, um gestor esportivo precisa constantemente realizar pesquisas de mercado, mesmo que a base de fãs de uma organização esportiva seja muito bem definida. Isso ocorre porque é necessário ter análises detalhadas para entender quais são as tendências de consumo daquele público — como é o ciclo de compra realizadopelos torcedores, como funciona o fluxo desse consumo com a sua base de fãs, dentro de suas plataformas, quais pontos de contato são os que mais surtem efeito, qual é a classe econômica deles —, e muitos outros pontos que devem ser analisados constantemente e que, em caso de expansão, devem ser replicados de maneira precisa para que as ações sejam mais assertivas. Nos últimos dez anos, cada vez mais organizações realizaram esse tipo de pesquisa e, como resultado, a receita do setor de pesquisa de mercado dobrou. Em 2019, totalizou 73,4 bilhões de dólares, de acordo com o Statista. As empresas entenderam que, para competir nos mercados altamente competitivos de hoje, inclusive no setor esportivo, é essencial manter os pés no chão, entendendo o comportamento do consumidor e as tendências emergentes. Essa pode ser uma tarefa difícil porque as condições do mercado mudam rapidamente, bem como os hábitos dos torcedores, com essas tendências começando e terminando em um piscar de olhos. Realizar uma boa pesquisa de mercado é a única maneira de se manter competitivo. Elas coletam informações sobre o público-alvo e, durante o processo, você descobrirá quem é a sua base de torcedores e o que eles realmente desejam, respondendo a perguntas como: os dados demográficos do público-alvo, os interesses e os hábitos de consumo, o que pensam sobre a organização, quais problemas esse grupo pode resolver e como se conectar com eles da melhor maneira. Compreender o público-alvo permite identificar oportunidades, persuadir as partes interessadas e atrair uma base de clientes fiéis. Todas essas coisas contribuem para um plano de negócios saudável e uma estratégia de marketing mais assertiva. Atenção! Embora a pesquisa de mercado envolva a análise de dados analíticos, é mais do que simplesmente rastrear dados para aumentar os hábitos de consumo dos seguidores. A pesquisa de mercado vai um passo além ao tentar descobrir o porquê por trás dos números. E, como a indústria e os clientes estão sempre mudando, é importante manter-se informado. Para uma organização esportiva isso não pode ser diferente. As ligas e as franquias nos EUA, por exemplo, precisam entender qual é a atividade econômica do público que a acompanha, qual é o valor que acreditam ser justo para produtos oficiais da competição, o quanto estão dispostos a pagar por ingressos, além de entender questões demográficas que podem contribuir diretamente na receita dos estádios. Exemplo Na NFL, o ticket médio de entrada de uma partida da temporada regular é de 100 dólares. O que sobe para, no mínimo, 4 mil dólares em um jogo do Super Bowl. E tudo isso deve abordar os limites das classes sociais envolvidas. O mercado esportivo nos EUA Confira agora algumas características do mercado americano. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Que alternativa você considera ser uma ação utilizada pelas ligas para ampliar o número de transmissões e de fãs? Parabéns! A alternativa E está correta. As ligas norte-americanas aumentaram o número de equipes para 32 a fim de alcançar um maior número de cidades e de regiões A Aumentar o número de inserções de comerciais na TV. B Criar diversos produtos com a marca da liga. C Reduzir o preço dos ingressos. D Evitar a sobreposição dos horários dos jogos. E Aumentar o número de equipes dentro da liga. dentro dos EUA, além de multiplicar a quantidade de jogos transmitidos. Questão 2 Qual das opções apresentadas a seguir define um dos principais objetivos da pesquisa de mercado no setor de esportes? Parabéns! A alternativa D está correta. As pesquisas de mercado ajudam os gestores no mapeamento do comportamento de seus torcedores, na identificação das tendências de consumo e na caracterização do ciclo de compra realizado pelos torcedores. A Delimitar o mercado consumidor. B Precificar os ingressos dos jogos. C Avaliar a impressão estética que a equipe causa nos torcedores. D Entender o comportamento e as tendências do consumidor. E Registrar as opiniões dos torcedores sobre a maneira de a equipe competir. 2 - Expansão fora dos EUA Ao �nal deste módulo, você será capaz de analisar a expansão dos esportes norte-americanos no exterior. Planejamento Devido ao fato de a economia brasileira ser bem diferente da norte- americana, as organizações esportivas nacionais precisam estar atentas à linha tênue entre o lucro com algumas ações e o cancelamento pela exploração nos preços. Algo que já aconteceu diversas vezes no futebol brasileiro, em situações que equipes acabam cobrando preços considerados abusivos pelos torcedores e a ação acaba repercutindo de maneira negativa nas redes sociais, seja pela venda de ingressos para um público mais elitista, camisas com um valor mais elevado ou, até mesmo, experiências que poderiam ser mais democratizadas para gerar uma conexão maior com o público e acabam sendo menos acessíveis. Isso é diferente de pensar em atividades para diferentes classes. Priorizar apenas o lucro pode ser uma ação mal planejada pela organização, com repercussão ruim e, até mesmo, represálias, o que pode ser evitado com base em pesquisas bem efetuadas. A pesquisa inicial de mercado é importante. Inclusive, deveria ser realizada antes de uma organização investir em novos negócios ou empreendimentos, por exemplo, bancos digitais, que têm sido cada vez mais comuns entre as equipes do futebol. Isso ajudará a empresa a descobrir produtos concorrentes, estruturas de preços e os esforços de marketing que serão necessários para superar os adversários de mercado da melhor maneira possível. Antes de entrar em novos mercados, é crucial entender seus clientes em potencial. Mudanças econômicas, tendências emergentes e valores culturais diferem de lugar para lugar. Se um gestor esportivo decide implementar as pesquisas, a melhor maneira de começar é com entrevistas on-line e em profundidade, que representam a metodologia qualitativa mais usada e tradicional do setor. De acordo com o Statista, 41% dos entrevistados afirmaram que usavam regularmente esse método como uma das três principais opções. E essas pesquisas para tatear melhor o mercado também podem ser realizadas por meio de leads, o que consiste em uma lista de e-mails mais recentes, captados nas redes sociais. Isso sem falar em grupos focais on-line, grupos focais presenciais e diversas outras maneiras de mensurar o mercado em que as organizações estão atualmente. Uma empresa que deseja expandir precisa entender qual é a real demanda no novo local, algo que será abordado por meio de pesquisas. Algumas companhias falham porque simplesmente não há necessidade suficiente para o que elas oferecem. Às vezes, a falta de demanda pode ser explicada pela má localização, portanto, pense cuidadosamente em como você pode adaptar sua organização para uma nova região. Outro desafio que as empresas esportivas podem enfrentar é o de penetrar na cultura local. Não conseguir efetuar essa adaptação efetivamente — e com paciência — pode custar dinheiro e tempo. É preciso ter bons profissionais, de confiança, para realizar implementações e entender qual é a melhor estratégia local. Vale falar que muitas empresas matrizes não entendem que o tipo de cultura que existe no local de origem não é o mesmo do lugar que deseja implementar um novo ponto de contato. A NBA, por exemplo, entendeu isso de uma forma muito rápida no Brasil, adaptando a linguagem, as ações e o estilo para a cultura local, quando decidiu vir para a América do Sul. É igualmente importante explorar a cultura local para evitar mal-entendidos com parceiros e potenciais consumidores, aumentando a fidelidade. O fluxo de capital é um fator essencial — e quase primário — para que a implementação da expansão de um negócio dê certo, dada a razão de que a falta de dinheiro é um dos principais problemas das grandes organizações que querem atuar longe de seus domínios,mas não conseguem manter um custo operacional para atuar nos mesmos padrões. A fim de determinar a quantidade de dinheiro necessária para manter uma operação de longe, é preciso, primeiro, definir as despesas únicas, contínuas, fixas e variáveis. Sendo elas os equipamentos, móveis, autorizações, licenças e custos administrativos de maneira que só se gasta uma vez; impostos, aluguel, seguros e salários, de forma mensal; e, se for o caso, envios e estoque, de maneira contínua. Atenção! Para pensar em expansão, é preciso que o setor do marketing da organização esteja trabalhando a todo o vapor e tenha todos os pontos já alinhados com os valores e os objetivos da empresa. É essencial preparar um bom material para a mídia, criar colunas detalhando a necessidade do mercado que você está abordando e como isso será realizado, além de um trabalho constante e impecável de mídias sociais. Todas as atividades de relações públicas precisam começar, pelo menos, de cinco a seis meses antes do lançamento. As ligas norte-americanas No caso das grandes competições norte-americanas, como a NBA e a NFL, a expansão tem sido um objetivo a ser conquistado muito além das fronteiras dos EUA. Essas organizações identificaram o potencial de mercado que os demais países do mundo oferecem, com fãs assíduos das ligas que acompanham jogos, investem em merchandising e podem, até mesmo, lotar estádios em jogos internacionais. Pensando em atingir de uma forma mais eficaz o público de fora dos EUA, a NFL lançou a International Series em 28 de outubro de 2007, quando o New York Giants enfrentou o Miami Dolphins no Estádio de Wembley, em Londres. De 2007 a 2012, essa arena em Londres sediou um jogo da competição em temporada regular, a cada ano. Já em 2012, o Jacksonville Jaguars concordou em jogar uma partida “em casa”, no Estádio de Wembley, a cada ano, de 2013 a 2016. E a franquia, mais tarde, estendeu o acordo de partidas internacionais até 2020, por ter identificado o potencial de mercado fora do próprio país, para o clube. E, por também ter visto um impacto positivo na ação, realizaram dois jogos internacionais no Estádio de Wembley em 2013, e três em 2014 e 2015. Em 2016, a NFL promoveu uma partida no Estádio Azteca, na Cidade do México, além de mais três partidas em Londres, na Inglaterra. Daí para frente, a organização entendeu que, por mais que o custo operacional fosse alto para manter jogos fora do país, o retorno era muito maior: estádios lotados, merchandising batendo altos índices de venda e, a fim de aumentar a margem, a liga começou a terceirizar a operação para os locais das partidas, precisando ter menos trabalho de locomoção, por exemplo. Poucos anos depois, em 2019, o então novo estádio do Tottenham Hotspur, de Londres, passou a ser utilizado. O acordo firmado entre a liga e a equipe de futebol é de que, nas próximas dez temporadas, as partidas serão realizadas nesse local. Tendo sido paralisadas apenas em 2020, por causa da pandemia de covid-19, as partidas internacionais já atingiram mais de 30 edições, entre as cidades de Londres e Cidade do México. Em 2022, a marca decidiu atuar na Alemanha pela primeira vez, utilizando o estádio do Bayern de Munique em duas partidas por temporada, até 2026. O Estádio do Frankfurt também sediará dois jogos nesse período. A medida se dá porque a NFL entendeu que o mercado pode ser tão aquecido fora dos Estados Unidos quanto dentro dele, sendo, em alguns casos, até mais fervoroso pelo fato de que esses torcedores ansiavam por anos para assistir a um jogo dentro de sua terra natal, também apaixonada por futebol americano. Identificando essa tendência de mercado muito antes do que a NFL, a NBA já promoveu inúmeras partidas fora dos Estados Unidos — atuando até mesmo no Brasil. Isso porque o primeiro jogo oficial da liga no exterior foi um confronto de exibição entre o Washington Bullets e o Maccabi Tel Aviv, em 7 de setembro de 1978. Os então campeões perderam por 98-97, em Israel. A equipe ainda disputou mais três jogos de exibição no ano seguinte, em Pequim e Xangai, na China, e em Quezon City, nas Filipinas. Em 1984, outros jogos de exibição aconteceram promovidos pela NBA, como o New Jersey Nets, o Phoenix Suns e o Seattle SuperSonics. Todos contra clubes europeus locais em Israel, Itália, Alemanha Ocidental e Suíça. Ainda em 1988, o Atlanta Hawks chegou a disputar uma partida contra a seleção da União Soviética. Em 1987, a NBA decidiu seguir seu plano de expansão com o Campeonato McDonald's, no qual a primeira edição aconteceu em Milwaukee, nos EUA, e as demais foram promovidas na Europa. Porém, o torneio preparatório foi descontinuado em 1999. Mas a liga não desistiu de implementar ainda mais a sua marca fora do país de origem, realizando a primeira partida de temporada regular na cidade de Tóquio, no Japão, em 1990, com o Phoenix Suns e o Utah Jazz. Em 1991, o Miami Heat e o Washington Bullets se enfrentaram em Nassau, nas Bahamas, durante a pré-temporada. A Cidade do México também foi palco de partidas, em 1992. E, entendendo a força de mercado global, o torneio promoveu jogos na República Dominicana, em Porto Rico, em Londres, na Itália, na França, na Alemanha, na Rússia, na Espanha, no China e na Turquia. Vale falar que a liga começou a olhar de forma mais próxima para o Brasil quando realizou o jogo entre o Cleveland Cavaliers e o Miami Heat, durante a pré-temporada, na então HSBC Arena, no Rio de Janeiro. Comentário A preocupação em atingir os públicos de fora dos EUA vem pela importância que os demais países têm no impacto final da receita dessas competições. Assim como o público interno, as demais áreas internacionais também produzem milhões de dólares para grandes ligas, como: NFL, NBA e MLB. A expansão das ligas norte- americanas no Brasil As principais ligas esportivas dos EUA e algumas equipes do país acreditam que o Brasil está preparado para atender à demanda de consumo que elas precisam. Segundo uma pesquisa realizada pela Morning Consult dentro dos EUA, várias organizações desse setor, como a NBA e a NFL, têm dedicado recursos aos países em que os fãs de esportes são conhecidos por sua paixão e por estarem abertos a abraçar os torneios norte-americanos. Segundo o levantamento realizado pela Morning Consult, 45 milhões de brasileiros disseram ser fãs “ávidos” ou “casuais” da NBA, criando concorrência até mesmo com os torcedores do país que focam mais em outras ligas de futebol, principal esporte e que move mais dinheiro no país, como a Premier League, da Inglaterra, e a Bundesliga, da Alemanha. Cerca de dois em cada cinco adultos brasileiros (41%), segundo o levantamento, afirmaram ser fãs da NFL. A expansão da NBA no Brasil vem acontecendo de maneira cada vez mais gradual. A marca começou a implementar diversas lojas oficiais da competição no país, de forma um pouco mais concentrada nos principais polos econômicos, como São Paulo e Rio de Janeiro. De acordo com o head da competição, Rodrigo Vicentini, “a marca está super em alta”. E eles compreenderam que esse é o segundo mercado prioritário da companhia fora dos EUA, além da China, que lidera o ranking. Além das lojas, a organização tem buscado entender ainda mais a cultura do brasileiro e expandir para outras áreas de atuação. Durante as finais de 2022, entre o Golden State Warriors e o Boston Celtics, vencida pela equipe da Califórnia, a marca promoveu em São Paulo a NBA House, uma ação milionária para impactar ainda mais o público dentro do país. Nessa ativação, realizou a captação de diversos patrocinadores, como Budweiser, Sadia, Gatorade e Ruffles, para que os custos operacionais fossem reduzidos. E exibiu ao vivo os jogos das finais, no estilo watch party, para todos que estiveram presentes durante as datas das partidas à noite. Porém, a ação consistia em uma experiência imersiva com diversos pontos decorativos e de entretenimento, como objetos autografados, cenários“instagramáveis”, exposição de artefatos históricos da liga, por exemplo, uma réplica oficial do troféu Larry O'Brien, shows de rap nacional, entre outros quesitos que fizeram desse ambiente o melhor lugar para um fã brasileiro de NBA estar durante esse período. O mais efetivo, nesse caso, não foi apenas a forma que a NBA buscou atingir o próprio público com a ativação. Mas, sim, a maneira que a liga buscou expandir a base de fãs ainda mais, com base na ação. Para isso, convidaram não somente diversos influenciadores e personagens importantes do nicho do basquete, mas também artistas e influencers de outras áreas, como: maquiagem, futebol, moda, beleza, viagem, e diversos outros nichos. Tudo isso para conseguir “furar a bolha” e atingir mais pessoas durante o principal evento da organização. Com isso, a estratégia foi fazer com que outros públicos, que, ainda não tinham uma proximidade com a marca ou a acompanhassem pouco, passassem a se interessar um pouco mais, por entenderem que rostos “conhecidos” estavam próximos àquele evento. O evento também era aberto ao público durante o dia, para que os fãs da NBA pudessem se entreter dentro das semanas em que as finais eram disputadas. Nem mesmo o preço elevado dos ingressos fez com que o público deixasse de esgotar as entradas. E, entendendo que a demanda de um evento como esse foi sanada, a liga divulgou o “NBA Park” em agosto de 2022. Um parque temático da marca que vai contar com uma quadra oficial e diversos pontos de entretenimento, como máquinas de arremessar bolas, espaços expositivos, entre outras ações interativas que estarão situadas em Gramado, no sul do Brasil. E tudo isso pensando em aumentar a fidelidade e a base de torcedores no país que é o segundo maior mercado fora do país-sede. A NFL, por sua vez, ainda busca estabelecer suas raízes de uma forma mais assertiva no Brasil. A liga tem 35 milhões de torcedores declarados no país, segundo a pesquisa do Kantar IBOPE Media de 2022. E, por meio de pesquisas, a organização entendeu que os fãs do torneio no país são “mais ricos”, “mais jovens” e heavy users de redes sociais, em índices maiores do que os demais fãs de esportes nacionais. Vale pontuar que a expansão de uma empresa esportiva não precisa ser apenas da própria marca em outros lugares. Em grandes organizações do Brasil, tem sido comum a ação de acoplar uma equipe “B” fora do país, de modo que o time tenha um braço de desenvolvimento fora de sua localidade. Essa, no caso, mira o crescimento competitivo da organização. Uma das maiores vantagens do crescimento dos negócios é o fato de que a expansão normalmente lhe dá a oportunidade de oferecer uma gama diversificada de ações que maximizam a entrada de receitas. E, ao fazer isso, é possível diversificar o fluxo de capital, tirando da organização esportiva a responsabilidade exclusivamente da venda de um produto ou de um serviço principal. O branding serve para garantir que seu público-alvo associe qualidades, ideias e características específicas à sua organização. Para isso, é preciso um marketing que esteja alinhado com os objetivos da expansão. E, ao expandir alguma ação da empresa, são aumentadas, também, as possibilidades de atingir um público mais amplo, implementando estratégias de marketing que ajudam a aumentar o reconhecimento de marca entre clientes potenciais e existentes. Essa diversificação de receitas foi um ponto muito impulsionado após a pandemia da covid-19, em uma situação que as equipes acabaram se “vacinando” contra possíveis crises, garantindo que a empresa sobreviva se a demanda por produtos diminuir. As grandes ligas norte-americanas trabalham o branding constantemente porque são capazes de alavancar seus recursos para publicidade e marketing de maneiras muito diversas. O ditado que diz “quanto maior, melhor” é verdadeiro no que se refere a esse setor do marketing, que é fundamental no aspecto da expansão do negócio, que entende que o público é mais propenso a prestar atenção em empresas maiores quando consideram onde vão dedicar o tempo e dinheiro. Isso não significa necessariamente que sua organização esportiva precisa ser a maior do mercado, mas é importante que a imagem seja constantemente trabalhada para que a companhia siga ganhando oportunidades no mercado, fazendo alianças importantes e se aproximando do público para fidelizá- lo. No caso das grandes organizações esportivas dos EUA, o trabalho é constante para expandir não apenas fora do país, mas também dentro dele. A preocupação com o público para que ele esteja sempre engajado e as ações para criar uma conexão emocional têm sido cada vez mais constantes. Percebeu-se que não basta apenas a empresa querer crescer em receitas, é preciso entender cada cultura local e se adaptar a elas, seja na linguagem ou por meio de ações que englobem cada vez mais o público-alvo. Portanto, é fundamental uma constância em pesquisas a fim de que a companhia possa analisar a fundo o mercado que deseja atuar. Isso é o que auxilia a ajustar e adaptar sua oferta de serviços, potencializando o funil de conversão no novo local ou setor. Com esse objetivo em vista, as grandes empresas buscam estar sempre em contato com tecnologias que ajudam na otimização de tempo e na assertividade das decisões, principalmente nos momentos mais iniciais, nos quais é preciso definir o público potencial que a organização deseja atingir. NBA no Brasil Confira agora algumas características do mercado brasileiro. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Alguns processos são importantes antes de investir em um novo setor. Após análise, identifique a medida que deve ser realizada antes de investir em esportes. Parabéns! A alternativa C está correta. É preciso fazer uma pesquisa de mercado antes de entrar em um novo setor. O recomendado é fazer pesquisas on-line com A Pesquisas de mercado e identificar um público-alvo específico. B Analisar o balanço e a rentabilidade das empresas. C Pesquisa de mercado e entrevistas on-line. D Assistir aos jogos e aos eventos. E Entender o esporte e conhecer pessoalmente as personalidades da categoria. profundidade para conhecer melhor os produtos concorrentes, as estruturas de preços e as estratégias de marketing. Questão 2 As ligas norte-americanas têm marcado presença no exterior com diversas ações de marketing. Avalie as alternativas e escolha a que melhor exemplifica uma dessas ações. Parabéns! A alternativa E está correta. A NBA realiza jogos internacionais desde 1978 e a NFL mantém jogos anuais na Inglaterra durante a temporada. Considerações �nais A Financiar jogadores famosos para visitar outros países. B Vender camisas e acessórios pela internet. C Promover excursões internacionais para assistir aos jogos das ligas. D Comprar equipes em outros países para disputar competições locais. E Realizar jogos internacionais da liga. Expandir um negócio esportivo para um novo mercado pode ser um desafio complexo, mas a chave é entender todos os detalhes do novo mercado, não tendo medo de arriscar e de corrigir o percurso durante a implementação. Ao longo do nosso estudo, você ficou ciente do atual cenário das ligas norte-americanas, observando o movimento de expansão proposto para o Brasil e para o mundo. Abordamos também as estratégias usadas pelas marcas para superar as dificuldades enfrentadas no período da pandemia. Consolidamos o papel do gestor esportivo que busca entrar em um novo mercado com a sua organização e para isso deve ter não apenas a coragem de buscar o novo para que as receitas e as fidelizações aumentem, mas também estar sempre atento às tendências emergentes a fim de que a marca esteja sempre em constante renovação, mirando o futuro. Podcast Ouça agora a revisão dos principais assuntos abordados neste material. Explore + Confira a indicação que separamos para você! Pesquise o relatório da GlobeNewswire queanalisa o crescimento da indústria esportiva no mundo. Vale a leitura! Referências BURNS, M. Inside the rapid expansion of the NBA and NFL in Brazil. Morning Consult, 2022. BETING, E. Como a NFL vai faturar US$10 bilhões por ano só com TV. ESPN, 2021. GALOV, N. 19 sports industry revenue stats to knock it out of the park. Web Tribunal, 2022. MATOS, B. A. Conheça o universo bilionário dos times da NFL no kickoff da nova temporada. Sport Insider, 2021. STATISTA. Market research industry — statistics & facts. Statista Research Department, 2022. Material para download Clique no botão abaixo para fazer o download do conteúdo completo em formato PDF. Download material O que você achou do conteúdo? Relatar problema javascript:CriaPDF()