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Comunicação, expressão e diversidade linguística Apresentação Observe esta frase: "Os brasileiros não sabem direito o português." Você já deve ter escutado isso. Esteja atento! Essa frase não é verdadeira! Uma propriedade de todas as línguas do mundo é que elas não são uniformes, mas apresentam variedades, ou seja, não são faladas da mesma maneira por todos os seus usuários. Todas as línguas apresentam variações: o inglês, o francês, o italiano, entre muitas outras. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar as variações linguísticas e suas características. Você verá que as variações linguísticas têm origem na sociedade e, por isso, podem ser estudadas enquanto diferentes modalidades da expressão humana. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer as variações da expressão linguística.• Identificar os aspectos que diferenciam os modos de utilizar a língua.• Comparar os contextos de produção e circulação dos textos.• Desafio Você costuma prestar atenção nas variações linguísticas presentes nos textos do seu dia a dia? Você já percebeu que muitas dessas variações têm a ver com os contextos nos quais os textos circulam? Considere estas duas possibilidades de convite: Qual dos dois exemplos você optaria se quisesse convidar um(a) amigo(a) para ir ao cinema? ·Por quê? ·Por quais motivos você não escolheria a outra opção? Explique. Infográfico Na comunicação do dia a dia, os textos apresentam variações quanto à maneira de utilizar a língua. Alguns textos se voltam para a expressão formal, enquanto outros são notadamente coloquiais ou apresentam marcas da oralidade. Acompanhe a seguir alguns exemplos dessa variedade na expressão linguística. Conteúdo do livro Você já sabe que considerar os textos a partir dos contextos de produção e circulação é fundamental para compreender a variedade linguística. O capítulo Comunicação, expressão e diversidade linguística, do livro Comunicação e expressão, apresenta os elementos essenciais da perspectiva sociodiscursiva de análise textual, bem como aspectos da leitura e da escrita de textos que circulam no meio científico-acadêmico. Boa leitura! EXPRESSÃO E COMUNICAÇÃO Daysi Batista Pail Comunicação, expressão e diversidade linguística Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer as variações da expressão linguística. Identificar os aspectos que diferenciam os modos de utilizar a língua. Comparar os contextos de produção e circulação dos textos. Introdução Neste capítulo, você estudará como as línguas apresentam variações, isto é, diferentes formas de falar, de utilizá-las, e verá que o passar do tempo provoca mudanças nestas, mas não sozinho, uma vez que o contato com outras línguas também influenciará essas variações. Esse princípio está relacionado à existência de diferentes línguas, mas é não restrito a isso. Uma mesma língua terá diferentes grupos, os quais terão variadas características linguísticas que os ligam e os separam, como o dialeto paulista, carioca, mineiro, gaúcho, entre outro. Além disso, haverá grupos dentro de grupos, como os formados de acordo com a idade, o gênero, a profissão. Você também estudará que uma língua, como o português, tem duas modalidades, isto é, duas formas de realização: por meio da oralidade (fala) ou da escrita. Estas funcionam como um conjunto, às vezes até mesmo sendo amalgamadas no uso. Entre variação linguística, modalidade e níveis de fala (variação de registro), é importante a adequação linguística, em que se escolhe qual norma (variedade linguística), qual modalidade (e se é preciso uma apenas) e qual nível de fala melhor atende aos objetivos da comunicação e ao contexto comunicativo. Variação linguística Uma língua viva sempre apresenta variações. Isso signifi ca que, enquanto uma língua tiver falantes nativos, ela será dinâmica e heterogênea (FARACO, 2008). Com o passar do tempo, ela passará por mudanças e, se estas forem grandes demais, pode até se tornar uma outra língua, ou outras, como aconte- ceu, por exemplo, com o Latim e as línguas românicas que dele se originaram. Se você ler um texto de épocas passadas, poderá encontrar diferenças, tais como aquelas encontradas em palavras, expressões, até mesmo na estrutura (para exemplos ver textos de romances do período Realista ou Naturalista, como os de Machado de Assis e Aluísio de Azevedo). Essa diferença pode ser observada também entre falantes de diferentes gerações. A língua também é influenciada pelo espaço. Pense em um lago e em atingir sua superfície atirando várias pedras. Cada uma delas gerará ondulações e, em alguns pontos, irão se encontrar e se afetar umas às outras. Com a língua ocorre um fenômeno análogo, zonas próximas apresentam maior similaridade e são reconhecidas e diferenciadas, porém, conforme se afastam, as diferenças vão se tornando maiores, devido à experiência dos falantes, assim como a influência de outras comunidades linguísticas, de outras línguas. Nesse aspecto, o processo de colonização, imigração e migração, assim como a presença de diferentes tribos autóctones, tem fortes consequências. É possível observar a distância entre as diferentes regiões do país, e, até mesmo, dentro dos estados. Outra grande variável que se pode elencar é quanto ao indivíduo. Nesta, é possível identificar a influência do lugar onde o indivíduo cresceu, seu grau de contato com a cultura letrada, seu círculo social (mais informal, menos informal, entre outros). Esse âmbito é o que permite a identificação de estilo de um indivíduo inserido em uma comunidade linguística, ou seja, o que o distingue linguisticamente (ainda que não exclusivamente). Comunicação, expressão e diversidade linguística2 Comunidade linguística é um agrupamento de falantes que têm características linguísticas em comum (BELINE, 2014). Qualquer língua que ainda seja natural (diferentemente de línguas arti- ficiais, como Klingon e Dothraki) tem variação, isto é, varia no tempo e no espaço (objeto de estudo da sociolinguística variacionista) e também de um indivíduo para outro, modificando-se até quando utilizada por um mesmo indivíduo em diferentes situações (objeto de estudo da sociolinguística inte- racional). Linguisticamente, não há uma variedade linguística melhor, mais bonita ou mais desenvolvida do que outra. Qualquer que seja a variedade, ela será igualmente válida, rica e desenvolvida. A valorização de uma em detrimento de outra é social, isto é, a sociedade (ou parte dela) que classifica uma variedade positiva ou negativamente. Algumas variedades são estigmatizadas, como, por exemplo, as do interior dos estados em relação às das regiões metropolitanas, as de classes sociais menos prestigiadas e menos escolarizadas em relação às mais prestigiadas e mais escolarizadas (BAGNO, 1999; FARACO, 2008; GÖRSKI; COELHO, 2009). É comum, com essa postura, encontrar afirmações como: “eu não sei português”, “fala feio”, “antes de aprender inglês, francês, tinha que aprender português”, “matou a língua portuguesa”; todas com relação a falantes nativos. Ao dizer isso, a pessoa expõe desconhecimento sobre a realidade linguística e também sobre o preconceito linguístico. De acordo com Görski e Coelho (2009, p. 82), “[...] muitas pessoas acham que falar uma variedade diferente da variedade padrão é um problema sério para a sociedade, uma manifestação de inferioridade. Sempre que isso acontece, a língua se torna um veículo de preconceitos e exclusões.” Segundo Faraco (2008), todas as variedades linguísticas têm uma própria norma, isto é, um conjunto de características que lhes são normais, envolvendo aspectos fonéticos (identificados no sotaque), lexicais, semânticos, sintáticos 3Comunicação, expressão e diversidade linguística e, às vezes, até pragmáticos. Contudo, saindo do âmbito linguístico, norma é entendida como umconjunto de regras que normatizam a forma como os falantes deveriam utilizar a língua. Esse tipo é chamado pelo autor de norma padrão, um “ideal” artificial que, apesar de defendido, nenhum falante utiliza de fato (é aquela encontrada nas gramáticas mais tradicionais, normativas e não linguísticas). Para ele, a norma associada aos grupos mais escolarizados é a norma culta. Essa seria comum aos falantes de áreas urbanas em situações mais formais, principalmente na escrita, e seria balizada pela linguagem urbana comum. Modalidades da língua Além da variação que as línguas apresentam, elas também podem ter mais de uma modalidade. A língua portuguesa, por exemplo, apresenta as modalidades oral e escrita, mas nem todas as línguas são assim. Algumas apresentam apenas a modalidade oral, sendo denominadas ágrafas. A modalidade oral, sempre primeira com relação à escrita, sofre e aceita mudanças muito mais rapidamente. Ela é mais dinâmica, seja por ser mais propensa à variação e à mudança, seja por causa do “jogo” comunicativo como palco e fonte. Ela influencia as mudanças na modalidade escrita, que, por sua vez, tem o poder de “frear” a modalidade oral. Com o advento da imprensa, esse poder foi intensificado. Entretanto, a modalidade escrita continua sendo uma representação da oral, dependendo de convenções para sua inteligibilidade (como ortografia e uso do mesmo alfabeto), bem como para questões políticas. A Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) é, como o nome diz, uma língua, e não uma modalidade da língua portuguesa. A LIBRAS apresenta, como qualquer outra língua, os sistemas fonológico (em sentido um pouco diferente), morfológico, sintático e semântico. Além disso, ela é uma língua natural e, consequentemente, também apresenta variação. Comunicação, expressão e diversidade linguística4 Apesar de a modalidade oral ser mais identificada em registros mais informais, ela também ocorre em situações mais formais. Da mesma forma, a modalidade escrita, que é mais identificada em registros formais, ocorre em situações mais informais. Assim, uma conversa de texto por aplicativos e redes sociais irá se aproximar mais da oralidade, ao passo que uma palestra acadêmica, da escrita. Essa identificação advém de a oralidade permitir a realização da comunicação linguística de modo mais natural, menos rígido e menos regrada quando comparada com a escrita, principalmente quando se desconsidera a mudança que a cultura digital trouxe. Antes, por exemplo, não era considerado diálogo uma conversa que não fosse feita pessoalmente ou por telefone, entretanto, com a mudança de paradigma causada pela cultura digital, é contrassenso não considerar como diálogo as conversas por aplicativos, como Whatsapp, Messenger, entre outros. Desconsiderando-se um pouco o paradigma da cultura digital, qualquer produ- ção, seja oral ou escrita, tem uma audiência (um destinatário) real ou imaginário. Algumas manifestações permitem uma interação maior entre os envolvidos, que, então, intercalam-se no papel de locutor e interlocutor. Na modalidade oral, quanto mais informal for a situação, mais interrupções e sobreposições serão possíveis. Além disso, é comum mudanças de estilo estrutural, sentenças incompletas na oralidade, que, na escrita, tornam-se difíceis de compreender. A escrita, enquanto representação da fala, apresenta menor possibilidade de interferência, mas permite que se pense, planeje e revise o texto antes de liberá-lo. Adequação linguística No âmbito acadêmico e profi ssional, você terá de lidar com situações que exigirão uma ou outra modalidade (ou até as duas, em conjunto). Seja qual for a modalidade a ser usada e em qual situação, a adequação linguística será fundamental. O uso da língua por um falante é sempre infl uenciado por uma série de fatores, alguns dos quais foram mencionados anteriormente. Em certas situações, é esperado o uso de um nível de fala mais formal, assim como uma determinada norma, como a culta, ao passo que, em outras, ocorre o oposto. Essas escolhas seriam feitas tendo em vista um fi m comunicativo, em outras palavras, como atingir da melhor forma um objetivo (ou uma série deles). Quanto a isso, até mesmo a escolha por não seguir o que se esperaria pode ser um meio de conseguir sucesso. 5Comunicação, expressão e diversidade linguística Tipos de variação Variação diatópica é aquela que ocorre em decorrência da região, por exemplo: jerimum versus abóbora, mexerica versus bergamota, rótico velar (“erre” forte — comum no Rio Grande do Sul) versus rótico uvular (“erre” forte, caipira — comum no interior paulista), etc. Variação diastrática é aquela comum a estratos sociais, por exemplo: classes mais ou menos prestigiadas, advogados, influenciadores digitais (que ainda varia de acordo com o campo de interesse), etc. Variação diafásica é aquela que ocorre em função do contexto comunicativo, por exemplo: mais ou menos informal, mais ou menos afetiva, mais ou menos técnica, etc. Variação de registro é um tipo de variação diafásica e diz respeito ao nível de formalidade ou de informalidade. Para ler mais sobre alguns exemplos de variação linguística, acesse o link a seguir. https://goo.gl/3e1QYK A experiência permite que o falante force os limites entre normas e entre níveis de fala, do mais formal ao mais coloquial. Entretanto, quando ainda não se tem essa experiência, algumas orientações se tornam úteis. Algumas são mais ou menos assumidas como instintivas, outras já seguem certos padrões estabelecidos (por exemplo, por gêneros textuais ou por contexto comunicativo). O meio acadêmico apresenta uma grande variação de contextos comu- nicativos, de conversas informais com amigos a produções formais, como tese de doutorado e respectiva defesa oral. Considerando-se os textos e discursos comuns a esse meio, alguns permitirão uma linguagem coloquial, enquanto outros, não, de uma linguagem urbana comum à norma culta. No Quadro 1, são apresentados alguns gêneros textuais, uma breve definição e a linguagem esperada. Comunicação, expressão e diversidade linguística6 Gênero textual Caracterização Linguagem Memorial Do tipo acadêmico, é uma apresentação textual da trajetória acadêmica de uma pessoa de modo mais detalhado do que o currículo (que apresenta os dados através de tópicos). Norma culta. Resumo Apresenta as principais ideias de um outro texto ou trabalho, de modo conciso, objetivo, coeso e coerente. A linguagem tende a seguir o estilo do original, porém, do acadêmico, espera-se a norma culta. Entrevista É um diálogo a princípio planejado, pois pelo menos uma das partes terá se preparado. Consiste em perguntas feitas a um entrevistado. Ela pode ser feita inteiramente de forma oral, mista (quando as perguntas são passadas por escrito para que o entrevistado possa se preparar, ou quando é transcrita) ou escrita. A linguagem será determinada pelo contexto, mais informal ou mais formal. Em contexto acadêmico, é comum a entrevista de teóricos e pesquisadores, e, nesse caso, a linguagem será mais formal. Manifesto É um texto em que um grupo de pessoas ou entidades expressam sua opinião sobre uma situação-problema. A linguagem pode apresentar uma formalidade maior, por meio do uso da norma culta, ou um pouco menos formal, por meio da linguagem urbana comum. Quadro 1. Gênero textuais e níveis de linguagem (Continua) 7Comunicação, expressão e diversidade linguística Gênero textual Caracterização Linguagem Ensaio Consiste em um texto argumentativo acerca de um assunto. Norma culta. Procuração É um documento legal em que uma pessoa dá à outra o poder para tomar decisões, cuidar de propriedades ou negócios no seu lugar. Linguagem mais formal, preferência da norma culta. Editorial É um texto argumentativo que expressa a posição de um jornal ou revista sobre um assunto. Linguagem mais formal, podendo apresentar elementos coloquiais, bem como se manter na norma culta. EditalÉ um documento público que visa a comunicar, informar, convocar sobre determinado assunto. É comum em concursos, informando regras, requisitos, datas. Norma culta. Certificado É um documento comprobatório acerca da participação de alguém em algum evento ou acerca da verdade sobre algo. Norma culta. Ata É um registro resumido do que foi discutido ou tratado em uma reunião, assembleia, sessão. Linguagem mais formal, preferência da norma culta. Quadro 1. Gênero textuais e níveis de linguagem (Continuação) Comunicação, expressão e diversidade linguística8 BAGNO, M. Preconceito lingüístico: o que é, como se faz. São Paulo: Edições Loyola, 1999. BELINE, R. A variação linguística. In: FIORIN, J. L. (Org.). Introdução à linguística: objetos teóricos. 6. ed. São Paulo: Contexto, 2014. v. 1. FARACO, C. A. Norma culta brasileira: desatando alguns nós. São Paulo: Parábola Edi- torial, 2008. GÖRSKI, E. M.; COELHO, I. L. Variação linguística e ensino de gramática. Working Papers em Linguística, v. 10, n. 1, p. 73-91, fev. 2010. Disponível em: <https://periodicos.ufsc. br/index.php/workingpapers/article/view/1984-8420.2009v10n1p73/12022>. Acesso em: 2 dez. 2018. Leituras recomendadas FIORAVANTI, C. "R" caipira é invenção dos brasileiros, conclui estudo linguístico. Re- vista Pesquisa Fapesp, abr. 2015. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/ciencia/ ultimas-noticias/redacao/2015/04/12/em-200-anos-teremos-dificuldades-para-nos- -comunicar-com-portugueses.htm>. Acesso em: 2 dez. 2018. MESAN, L. Jornal Hoje — Sotaques do Brasil mostra os jeitos diferentes de falar brasileiro. Youtube, jul. 2015. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=HwHfkuRCfl c&feature=youtu.be>. Acesso em: 2 dez. 2018. 9Comunicação, expressão e diversidade linguística Dica do professor Intimidade? Formalidade? Afinal, como isso aparece na nossa linguagem do dia a dia? O vídeo a seguir apresenta uma explicação mais aprofundada sobre os tipos de diferenças linguísticas e os níveis de fala. Veja os exemplos para entender melhor as diferenças! Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/268991ebb2ea6198f45ca366b9cd15e6 Exercícios 1) Sobre as variações linguísticas e os níveis de fala, é correto afirmar que: A) O nível de fala formal é caracterizado pelo emprego da linguagem culta, ou seja, da variante de maior prestígio. B) A idade do falante é um fator de determinação para os níveis de fala. C) Os jargões são marcas linguísticas próprias dos regionalismos. D) Palavras como "guri", "bergamota" e "cusco" são geralmente empregadas por pessoas de baixa escolaridade. E) Os níveis de fala estão relacionados às classes sociais dos falantes. 2) Qual alternativa contém informações inadequadas sobre as diferenças entre a fala e a escrita? A) A fala se dá dentro de uma determinada situação de interlocução; a escrita ocorre fora da situação de interlocução. B) Na fala, os períodos são mais longos e complexos. Na escrita, os períodos são mais curtos e simples. C) Na fala, o planejamento e a execução do texto são simultâneos, ao passo que o texto escrito não contém marcas de planejamento e execução. D) Na modalidade falada, há um envolvimento maior de um interlocutor no texto do outro. Na escrita, isso não ocorre. E) Na fala, alternam-se os papéis do falante e do ouvinte, enquanto na escrita essa alternância não ocorre. No ambiente acadêmico, a produção textual envolve uma grande variedade de gêneros textuais. Alguns desses gêneros são exclusivos desse meio, como o relatório de estágio e a tese de doutoramento, enquanto outros gêneros circulam nas demais áreas, e não apenas na academia, sendo, então, adotados de acordo com a natureza da pesquisa realizada pelo 3) aluno. Analise as alternativas a seguir, que apresentam gêneros textuais, e aponte qual não é adotado em textos científico-acadêmicos. A) Memorial. B) Resumo. C) Entrevista. D) Manifesto. E) Ensaio. 4) Os níveis de fala, que constituem os diferentes registros empregados nas diversas situações comunicativas, são, geralmente, determinados pelos gêneros textuais. Há, por exemplo, gêneros que pedem a forma culta – como os textos jurídicos – e outros gêneros que pedem a forma coloquial, como uma conversa entre amigos. Mas há gêneros textuais que permitem o emprego tanto da forma culta quanto da coloquial. Observe as alternativas a seguir e identifique o gênero textual que é flexível quanto aos níveis de fala nele empregados. A) A procuração é o instrumento por meio do qual uma pessoa física ou jurídica confere poderes a outra, para tratar de negócios ou agir em seu nome, representando-o de pleno direito nos termos do documento. B) O editorial é um texto jornalístico de natureza argumentativa, que exprime o posicionamento do jornal acerca de determinado tema de interesse público. C) O edital é uma comunicação ou ordem, com finalidade de convocar, avisar ou informar. Refere-se a um instrumento de notificação pública que deve ser afixado em local de acesso dos interessados ou publicado em um órgão de imprensa oficial ou particular. D) O certificado é o documento expedido por uma autoridade que diz a verdade sobre um fato que conhece em razão do cargo exercido. E) A ata é o registro resumido, claro e fiel, das ocorrências de uma reunião, assembleia ou sessão. Deve ser escrita em parágrafo único, não podendo haver rasuras. 5) As crianças divertem-se muito empinando pipa, que é um brinquedo de papel ou tecido, com diferentes formatos, que se lança ao vento. Mas esse brinquedo também pode ser chamado de pandorga, papagaio, arraia e muitos outros nomes.Como se chama esse tipo de variação linguística? A) Diastrática B) Diafásica C) Diatópica D) Variação de registro E) Norma culta Na prática Certamente você já se comunicou com alguém pela troca de mensagens em aplicativos de bate- papo. Isso quer dizer que você domina o tipo de linguagem que normalmente se usa nessas mensagens eletrônicas. As produções textuais em forma de diálogo simbolizam bem essa forma de expressão; nela, a comunicação prevê rapidez e ignora correções, já que o interesse é apenas fazer-se entender. Observe: Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: José Luiz Fiorin fala da polêmica sobre o livro didático "Por uma vida melhor". Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Norma culta e variedade linguística. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Norma culta e variedades linguísticas. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.youtube.com/embed/o7OlNhxLrOg https://www.youtube.com/embed/pWvuF0U9zv4 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/174227/mod_resource/content/1/01d17t03.pdf
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