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Funções gerenciais Apresentação As funções gerenciais podem influenciar o alcance das metas de uma organização, por isso, a atuação de um gerente capacitado é determinante nesse processo. As funções dos gestores tornam-se cada vez mais importantes para o alcance dos objetivos organizacionais diante do cenário em que as empresas vivem atualmente: alta competitividade, encerramento das atividades devido a um plano de negócio não estruturado, pessoas sem preparação para liderar, entre outros fatores. No processo de gestão é preciso que as funções de planejamento, organização, direção e controle sejam empregadas com conhecimento da situação atual da empresa, estratégias adequadas e monitoramento constante para que os objetivos perseguidos sejam alcançados. Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá como a administração, a partir dos processos gerenciais, pode auxiliar na execução das atividades de uma instituição, estabelecendo que cada colaborador, independentemente de seu nível hierárquico, desempenhe suas atividades na busca da realização dos objetivos. Você também vai identificar que o processo gerencial influencia o comportamento humano, alinhando processos e metas para o alcance dos objetivos da organização. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar quais são as funções gerenciais e como elas podem ser percebidas nas empresas.• Relacionar as funções gerenciais com a possibilidade de alcance dos objetivos empresariais.• Analisar como as funções gerenciais se relacionam entre si, de forma interativa.• Desafio A empresa familiar Sensato Ltda., líder no mercado de maquinários agrícolas, conta com cerca de dez mil funcionários distribuídos por todo o país. Com clientes fidelizados, a empresa segue parâmetros tradicionais, titulados pelos administradores da empresa (filhos e netos dos fundadores). Nos últimos cinco anos, a equipe de frente (carro-chefe), que atua na venda e prospecção de novos clientes, liderou o ranking de vendas do mercado. Entretanto, a equipe de gestores viu suas vendas caírem significativamente, nos últimos dois anos. Junto com essa queda, receberam muitos relatos na Ouvidoria quanto à falta de trato e de conhecimento do mercado por parte de seus vendedores. Confira a seguir como está a situação da empresa: Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Com base nessas informações, imagine que você é o gestor de recursos humanos da empresa e será responsável por cuidar da situação: como você procederia para lidar com o problema e propor uma solução? Infográfico Com as constantes transformações do mercado, atualmente as organizações precisam ser resilientes e estar preparadas para as mudanças. As empresas que adotam essa experiência acreditam que a troca e as informações geradas pelas pessoas são extremamente valiosas. São experiências próprias da organização, que deve enfatizar a gestão de conhecimento, tornando a relação do capital humano com a empresa uma constante evolução. Dessa maneira, a gestão do conhecimento serve para motivar os funcionários no desempenho de suas funções e para que possam promover mais resultados. Ao compartilhar conhecimento todos têm a oportunidade de participar dos processos organizacionais e identificar a importância de sua participação nas empresas. Neste Infográfico, confira como é o processo de gestão do conhecimento nas empresas, suas fases e seus benefícios. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/e14e9a64-49da-40bc-9f5a-2a989d7223a5/5b2cc9a3-bc57-4f17-80ed-a983a4582705.png Conteúdo do livro Diante de um cenário competitivo para as organizações e os respectivos desafios inerentes, as funções dos gestores tornam-se cada vez mais importantes, uma vez que possibilitam melhorar o planejamento, a execução e o controle das ações de uma organização. Portanto, a gestão corporativa deve ser realizada de modo competente, seguindo as funções administrativas e articulando a atuação dos recursos humanos com as metas e o cumprimento dos objetivos corporativos. No capítulo Funções gerenciais, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, confira mais informações sobre a importância do processo gerencial para o sucesso das empresas. Boa leitura. TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO I Clarisse Dias Identificação interna do documento Funções gerenciais Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar quais são as funções gerenciais e como elas podem ser percebidas nas empresas. � Relacionar as funções gerenciais com a possibilidade de alcance dos objetivos empresariais. � Analisar como as funções gerenciais se relacionam entre si, de forma interativa. Introdução Neste capítulo, você vai perceber que, diante do cenário em que as empresas vivem hoje — com alta competitividade ou fechando suas portas devido a um plano de negócio mal estruturado, com pessoas incapazes de liderar —, as funções dos gestores se tornam cada vez mais importantes para a conclusão dos objetivos organizacionais. Com isso, a administração, em seu conceito de processos gerenciais, visa a auxiliar a execução dessas atividades, estabelecendo que cada colaborador, independentemente de seu nível hierárquico, desempenhe suas atividades para realizar os objetivos. É possível afirmar que o processo gerencial influencia o comportamento humano, alinhando as metas no cumprimento dos objetivos da organização. Funções gerenciais dentro das organizações O conceito de administração é amplo, pois são diversas as características que compõem as nuances das funções administrativas. Utilizando os conceitos de Fayol, as funções gerenciais são definidas como os papéis de um gerente, embora elas ocorram nos diversos níveis e setores da organização. Afinal, se os processos não forem realizados em conjunto, será impossível conclui-los com êxito. Identificação interna do documento As funções gerenciais determinam primeiramente: � planejar, organizar, dirigir e controlar; � gerir com eficiência e eficácia; � estabelecer os processos organizacionais em prol de seus objetivos; � compor outras funções em conjunto com as coordenações de produção, financeiro e segurança. Segundo Amorim e Fischer (2013), no artigo A aprendizagem orga- nizacional e suas bases econômicas, é possível apresentar as seguintes definições: Planejamento: caracteriza-se pela forma com a qual as pessoas e as empresas se relacionam com o futuro. Defendido por alguns autores como uma tomada de decisão precavida, o planejamento é utilizado para planejar o que se espera do futuro. Para as organizações, ele é fundamental, pois estabelece uma relação que pode acontecer, fazendo com que a empresa simule seu futuro. O planejamento consiste em três etapas, que se subdividem em outras: 1. Estabelecer os objetivos: é quando os objetivos devem ser definidos, mostrando os pontos desejados a alcançar. 2. Tomar decisões, que podemos subdividir em quatro processos: a) experiências anteriores: estudar o passado e construir o futuro; b) experimentação: estudar alternativas; c) árvore de decisões: serve para tomar decisões e definir quais vão con- tribuir com mais resultados e menos possibilidades de erros; d) pesquisa operacional: utiliza a matemática, auxiliando a relação das escolhas organizacionais. 3. Elaborar planos: o plano resulta do planejamento e tem correlação entre o processo e a implementação. Ele subdivide-se em: a) programas (programação); b) procedimentos (métodos); c) orçamento (recursos financeiros); d) regras (mudança de comportamentos). Aplica-se ao planejamento: � definição dos objetivos; � flexibilidade do planejamento (correlação). Funções gerenciais2 Identificação interna do documento Para Drucker (1981), é possível montar o plano teórico com a primeira função,completando o planejamento, e então inicia-se a próxima etapa, que é a organização: 1. Organização: são os requisitos externos. Como exemplos, é possível citar quando uma organização compra equipamentos, aumenta sua estrutura ou contrata pessoas, preparando-se e planejando-se. As empresas têm duas funções determinantes: incorporar recursos (trazer recursos externos) e distribui-los, como recursos materiais, financeiros e tecnológicos. Assim, conclui-se que a organização tem a responsabilidade de montar sua estrutura organizacional. 2. Controle: é a função que determina que os demais recursos e valores funcionem dentro de limites estabelecidos. Essa função também é ava- liada, comparada e medida por seu desempenho, pois se trata de ações de correção. É possível definir como funções básicas do controle: a) a legitimidade do negócio (ética); b) o controle centralizado (aprovação de decisões não rotineiras por gesto- res) e o controle descentralizado (aprovação de decisões não rotineiras por níveis hierárquicos médios e baixos). 3. Direção: a função da direção é ativar as pessoas por meio de pro- cedimentos, como ordem, comunicação, motivação, coordenação e liderança. Dinamizar o processo é ativar as pessoas ao processo de desenvolvimento, satisfazendo o colaborador e a organização em busca da realização de seus objetivos. O Quadro 1 resume as atribuições de cada etapa. Planejar Organizar Dirigir Controlar Objetivos Recursos Liderança Definir Planos Responsabilidades Fluxos Corrigir Atividades Direção Realizar 3Funções gerenciais Identificação interna do documento Entretanto, para o gerenciamento desses processos, é necessário criar um alinhamento organizacional que preveja que as metas pessoais dos colaboradores estão em conformidade com as da organização. Assim, é estabelecida a relação de eficiência e eficácia nos processos. Uma empresa bem organizada é aquela em que cada colaborador desempenha seu papel, em busca de atender aos objetivos propostos. Embora não exista uma receita pronta para um plano, o objetivo é a busca constante pelo alinhamento desses processos. O cuidado que deve ser adotado dentro das organizações serve ao gestor como uma forma de não se transformar em um “resolvedor” de problemas. O gestor deve prever e criar processos para buscar o sucesso da organização. Dentro desse alinhamento organizacional, existem fatores e forças que influenciam esses processos. Para começar, você vai ver duas forças principais citadas na obra de Amorim e Fischer (2013): fatores externos e fatores internos. Fatores externos Os fatores externos são como normas ou regras que a sociedade exige. Esses fatores variam de acordo com cada região. Na maioria das vezes, quando uma empresa se estabelece em uma cidade, ela faz um estudo para verificar em que nível se encontram esses fatores, como clima, número de habitantes, idade, entre outros. Fatores internos Os fatores internos são a cultura da empresa, ou seja, são suas crenças, seus propósitos e sua missão propriamente dita. A cultura de uma empresa define quem ela é, diferenciando-a das demais. Embora apresente as mesmas condi- ções físicas, a cultura é algo que se constrói individualmente dentro de cada organização, com a ajuda das pessoas que a compõem. Algumas práticas tornam-se rituais, mantendo a cultura de uma empresa intacta por anos, a ponto de serem executadas automaticamente. Ainda, a cultura das empresas é influenciada pelo nível hierárquico de gestores mais antigos. Havendo sindicalização, a cultura cria mais força ainda, fazendo com que as tratativas de alteração se confrontem na busca de mudanças. Funções gerenciais4 Identificação interna do documento Para aprofundar seus conhecimentos, leia o artigo “Competências e funções gerenciais” (UCHÔA, 2012). Administração por objetivos Em qualquer área de nossa vida, seja no trabalho, na família ou em um grupo social, estamos vinculados a metas e planos para concretizá-las. No mundo empresarial, existem ferramentas que auxiliam gestores e organizações na luta pela concretização desses objetivos, por meio de ferramentas, indicadores de desempenho, entre outros recursos. Em um primeiro momento, pode parecer redundante falar da importância de objetivos em uma organização. Entretanto, vale ressaltar que, na maioria das organizações, a questão referente aos objetivos não é clara, gerando impactos gigantescos no momento da tomada de decisão. Ao falar do alcance de objetivos nas funções gerenciais, deve-se citar Drucker (1981), que apresenta as primeiras ideias sobre administração por objetivos. Drucker (1981) afirma que o gestor pode ter o controle de suas próprias atividades, realizando um trabalho em conjunto com o seu superior, atrelado ao conhecimento que ele possui no trabalho direto com a equipe. A ideia é fazer com que o gestor se torne mais independente, não sendo necessário requisitar seu superior a cada realização de atividade. Entretanto, o objetivo geral nessa situação não é tirar o poder do superior, mas fazer com que seja um trabalho mais independente, tornando-o superior, um ponto chave dentro da organização, e não o resolvedor de problemas simples do dia a dia. Os gerentes podem ser melhor desenvolvidos ao perceberem que são avaliados de acordo com as atribuições de seu cargo. O crucial é focar nos objetivos como algo primordial para o sucesso da organização. Deve-se ter o cuidado para que os objetivos pessoais do profis- sional não ultrapassem a linha tênue dos objetivos da organização. Hoje, cada vez mais os funcionários questionam a finalidade e o sentido de seu trabalho. Cabe aos administradores e gestores dizer que é possível trabalhar em conjunto na realização do objetivo, garantindo o sucesso da organização e o sucesso profissional do trabalhador. 5Funções gerenciais Identificação interna do documento Toda mudança enfrenta algum tipo de resistência, ainda mais dentro de uma organiza- ção onde transitam várias pessoas, cada uma com sua personalidade, identificando e vivenciando o que poderia ser melhor diante da situação apresentada. É possível definir dois tipos clássicos de pessoas: as que não aderem a mudanças por entenderem que é algo simples que não gera retorno imediato, e as que não as aceitam, pois gostam de trabalhar com o improviso e vão tomando decisões na medida em que as coisas vão acontecendo. O desempenho dos gerentes apresenta características que estão além de suas vontades, como (CHIAVENATO, 2000): � economia do país; � legislação; � matérias-primas, como produtos importados, safras; � financiamento bancário; � poder aquisitivo. Esses fatores também resultam em regras fixas para a organização: quanto mais um gerente estiver preparado, conhecendo as pesquisas de mercado que influenciaram sua organização, melhor será seu desempenho. Não há como ser específico ao falar das funções do gerente. Quanto mais baixo for seu nível de atividade dentro da organização, mais quantificado será o seu trabalho. Um trabalhador operacional terá seus rendimentos medidos pelo nível de produção, já o funcionário com cargo elevado terá seu desempenho medido por diferentes fatores, como a tomada de decisão e a visão sistêmica. A realidade dos acontecimentos dos objetivos se dá quando eles são ide- alizados e quando ocorrem, devendo apresentar uma crucial importância. Quando se estabelecem níveis de desempenho, pode-se correr o risco de que os objetivos sejam inatingíveis ou cômodos. Cabe ao gerente definir um nível intermediário a ser adotado para conquistar determinado objetivo, não desanimando a equipe, mas também não a deixando acomodada. É fundamental que os objetivos estejam em comunhão com a proposta da organização. Quando todo trabalho está alinhado para atingir determinadas condições de qualidade e quantidade, é possível dizer que ele está de acordo com o princípio da administração por objetivos, alinhado ao plano de negócios. Funções gerenciais6Identificação interna do documento O esforço do gestor em dirigir, estipular e estimular ideias inovadoras deve ser medido por sua eficiência e por sua eficácia nas ações. Segundo Drucker (1981), a ideia central é ser a união entre uma administração visionária e a cultura da organização. Uma das principais vantagens de se administrar com foco nos objetivos é ter o controle de sua própria empresa. O controle é focado nos objetivos a atingir e baseado no desempenho do gestor conforme os objetivos da organização. A administração por objetivos e controle deve ser considerada um estudo da administração, pois defende o bom desempenho do administrador na ânsia dos objetivos e das necessidades pessoais. Isso é liberdade aliada à legalidade da administração. Remetendo esse processo aos dias atuais, essa visão de administração por objetivos carrega uma nova esperança aos gestores, resul- tando no processo determinante do que realmente é importante para alcançar os objetivos da organização. Nos últimos anos, as organizações vêm centralizando informações para agir de uma forma clara nessa relação de objetivos versus organização versus tarefas. Para isso, é necessário implementar alguns documentos. Em um pri- meiro momento, é importante que os gestores desenhem a descrição de funções de acordo com os objetivos, as normas e a cultura da organização (Quadro 2). Essa descrição pode ser atualizada e renovada a qualquer momento, desde que haja uma comunicação da organização. Tarefa Objetivos esperados Prazo Controle Quadro 2. Exemplo de quadro para organização das tarefas conforme objetivos, normas e cultura da empresa. Alves, Brennand e Soares (2016), no artigo Conectando inteligências múltiplas através de aplicações interativas na formação de gestores, apontam que é possível definir alguns requisitos básicos que devem constar na elabo- ração dos objetivos organizacionais, ressaltando que, hoje, uma das maiores 7Funções gerenciais Identificação interna do documento preocupações dentro da organização é que esse objetivo não seja vago. Os requisitos básicos podem ser os seguintes: � estipular metas para as áreas que abrange (respeitando as particula- ridades de cada área e os objetivos individuais em conjunto com a organização/ plano anual); � ser pertinente no que se pretende atingir (difícil, não impossível); � ser específico (quanto, quando e como); � mensurar os resultados esperados (uma ideia clara do que se espera). Existem casos em que há uma divergência de propósitos dentro de uma mesma organização, como a de pessoal e legal. Cabe aos gestores alinhar esses processos junto a todas as áreas, precavendo situações antes do acontecimento. Fixação de objetivos Para Silva et al. (2016), a política de objetivos é classificada em três níveis básicos, descritos a seguir. Política geral: é determinada com o intuito de estabelecer um processo de alinhamento de todos os objetivos da organização. Cada área tem objetivos particulares, mas vale ressaltar a importância de eles estarem alinhados em prol de sua realização e concretização, visando a atender às expectativas da organização. Política em nível de divisão: nesse nível, os objetivos são verificados após a aprovação dos gestores e dos diretores definidos para cada equipe, determi- nando o que se refere a cada divisão de área, alocando-os no calendário anual da organização e avaliando o desempenho de cada divisão. Política em nível de departamento: nesse momento, cada gerente trabalha junto a sua equipe. O gerente pode utilizar recursos de planejamento interno para sua área (relacionados aos objetivos da organização). Os objetivos individuais, quantitativos e qualitativos, devem conter uma linguagem simples, porém específica, para que todas as áreas da organização possam entendê-los. Cada modelo de objetivos, plano anual e demais definições de processos gerenciais de uma organização pode ser utilizado por gerentes, gestores e demais colaboradores. Assim que os objetivos forem alterados, todos os en- Funções gerenciais8 Identificação interna do documento volvidos devem ser sinalizados. Entretanto, mesmo respeitando a possibilidade de alteração, deve-se considerar o envolvimento de todas as partes. Gerenciamento versus concretização de objetivos Conforme Amorim e Fischer (2013), em todas as atividades humanas, é im- prescindível citar o capital humano. É ele que move todas as ações sociais e organizacionais. Os ativos envolventes, como tecnologia da informação e conhecimento, são determinantes do ambiente externo. Tratam-se de ferra- mentas que necessitam do bem mais precioso de uma organização: o capital humano. Uma organização que tem um alinhamento entre profissionais e tecnologia terá sucesso em seu desenvolvimento. Hoje, ainda vemos empresas que optam por seguir uma linha de mão única: conhecimento ou tecnologia. É comum identificar casos de empresas que mantêm o conhecimento apenas em uma pessoa, e quando esta não faz mais parte da equipe, a empresa se vê no prejuízo, tanto para ela quanto para seus clientes. O foco, então, deve ser um trabalho em conjunto de pessoas que buscam atingir um determinado fim. Na construção, na qualificação e no desenvolvimento das competências do profissional dentro das organizações, são usadas tecnologias educacionais para auxiliar na interpretação do processo educativo corporativo. Tais tecnologias podem ser: � Instrução: estruturação dos processos de aprendizagem de forma simples. Nessa etapa estão os objetivos e processos que definirão o andamento do curso/atividade, podendo até serem autoinstrucionais. � Treinamento: são eventos que atendem às necessidades organizacionais em um momento determinado, talvez específico. É um programa que também pode englobar, na prática, a vivência de determinada situação, capacitando o colaborador e tornando-o multiplicador do conhecimento adquirido. Para a realização de um treinamento, é necessária uma programação efetiva, evidenciando os pontos a serem trabalhados. � Desenvolvimento: trata-se do grau de aprendizado do colaborador/aluno que, por meio dos processos de aprendizagem, vai nivelar o grau de conhecimento adquirido pelas atividades realizadas do multiplicador e de seus colegas. 9Funções gerenciais Identificação interna do documento � Educação: programas de ação continuada de longa ou curta duração que visam a atender a um objetivo estabelecido pela organização e disseminar o conhecimento em diversos níveis (profissionalizante, técnico, graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado). O foco dentro das organizações são as mudanças, e as pessoas entrelaçam elos com a organização. Isso ocorre quando o indivíduo se identifica com a cultura da organização, ou seja, que ele “veste a camiseta”. Essas particularidades remetem aos colaboradores a motivação, a dedi- cação, a segurança e a autorrealização, itens que compõem a pirâmide das necessidades, segundo Maslow. Considerando a complexidade desse processo, a visão estratégica que um gestor deve ter compõe o processo de tomadas de decisões em ação conjunta, para que essas particularidades se concretizem. A competitividade de hoje exige das organizações uma preparação além do presente. A tecnologia e as ferramentas técnicas trazem inúmeros recursos para satisfazer essa necessidade na organização. A eficiência de um equipamento já não traz tantos resultados a uma organização, exceto em comum parceria de profissionais capacitados. Tam- bém vale ressaltar que o fácil acesso e as opções ilimitadas a alternativas alinham-se a vantagens e desvantagens. As empresas devem investir na sua capacidade de inovação para liderar o mercado onde atuam, visto que a concorrência é cada vez mais acirrada. Porém, isso deve ser responsabilidade de todos dentro da organização. Esse processo pode ocorrer em um trabalho em conjunto com todas as áreas por meio de estratégias, evidenciando as mudanças organizacionais. Em cada organização,as formas de comando variam, tornando-se bem- -sucedidas ou não. Com isso, os estilos pessoais interferem no comando, na cultura e no andamento das atividades da empresa. Tanto as organizações quanto as economias nacionais enfrentam dificul- dades no momento da mensuração dos ativos tangíveis e intangíveis. Com isso, fazem uso de ferramentas ligadas às tecnologias da informação (TICs) (Figura 1). Com esses parâmetros de mensuração, é possível verificar se os indicadores estão ocorrendo com eficiência e eficácia junto aos objetivos da organização. Funções gerenciais10 Identificação interna do documento Figura 1. As TICs colaboram muito no controle dos indicadores da organização. Fonte: Black Jack/Shutterstock.com A inovação impulsiona os processos da organização para com a concor- rência. O conhecimento, ou seja, o capital humano da organização, aliado às novas tecnologias, é uma ferramenta básica para o desenvolvimento da empresa. A inovação dentro das organizações voltada à política deve estar relacionada ao conhecimento das pessoas. O objetivo deve ser o foco geral em todos os lugares para as funções, os processos e o desenvolvimento da organização. O aprendizado e a mudança são faces de uma mesma moeda. A sobrevivência de uma organização está aliada ao controle de reter o conhecimento e desenvolver competências, em uma contínua melhoria nos processos. As perspectivas da aprendizagem organizacional estão atreladas aos estudos e às pesquisas realizadas no assunto, caracterizando a aproximação destes. Os seguintes fatores são apresentados por Silva et al. (2016) como determinantes do aprendizado organizacional: � aquisição de conhecimento; � distribuição de conhecimento; � interpretação da informação; � memória organizacional. 11Funções gerenciais Identificação interna do documento Entretanto, há autores que defendem a aprendizagem organizacional com outros fatores, como: � experiência institucional; � fenômeno de adaptação; � processo de mudança de pressupostos compartilhados; � processo de relações resultantes de ações e conhecimentos desenvolvidos. Com isso, é possível dizer que existe um enorme número de estudos voltados à pesquisa do tema aprendizagem organizacional. Apesar disso, identifica-se uma carência de compreensão desse tema nas organizações. No entanto, em meio a diversos paradigmas sobre o assunto, neste trabalho, a aprendizagem organizacional é tratada com base em três conceitos. A aprendizagem organizacional envolve manipulação e combinação de conhecimentos. Que quando não há engajamento por parte dos membros, ela torna-se trabalhosa. Também vale ressaltar a importância do ambiente externo no processo das mudanças dentro das organizações, tendo em vista que o mercado se baseia nas adaptações que surgem no ambiente externo. A criatividade para a organização dos processos deve ser liderada, em alguns momentos, de forma paralela (em conjunto), e em outros, individualmente (entre as áreas). ALVES, R.; BRENNAND, E.; SOARES, I. Conectando inteligências múltiplas através de aplicações interativas na formação de gestores. Gestão & Aprendizagem, João Pessoa, v. 4, n. 2, p. 11-33, 2015. Disponível em: <http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/ mpgoa/article/view/30076/15912>. Acesso em: 28 nov. 2017. AMORIM, W. A. C.; FISCHER, A. L. A aprendizagem organizacional e suas bases econômicas. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 23, n. 2, p. 329-366, maio/ago. 2013. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi d=S0103-63512013000200004>. Acesso em: 28 nov. 2017. CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 6. ed. Rio de Janeiro: Cam- pus, 2000. DRUCKER, P. F. Fator humano e desempenho. São Paulo: Pioneira, 1981. Funções gerenciais12 Identificação interna do documento SILVA, M. D. L. et al. Gestão da produção: estudo sobre a gestão da manutenção na geração de energia e vapor utilizando caldeiras de uma indústria. In: ENCONTRO PARAENSE DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 7., 2016, Belém. Anais... Belém: [s.n.], 2016. UCHÔA, M. Competências e funções gerenciais. Administradores, 17 maio 2012. Dis- ponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/negocios/competencias- -e-funcoes-gerenciais/63553/>. Acesso em: 28 nov. 2017. Leituras recomendadas ANTHONY, R. N.; GOVINDARAJAN, V. Sistemas de controle gerencial. 12. ed. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2008. BETIM, L. M.; RESENDE, L. M. M. 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Essa abordagem estratégica é fundamentada na colaboração entre os gerentes e as equipes, com o objetivo de alcançar metas predefinidas de forma eficiente e eficaz. No cerne da APO está a ideia de que as organizações funcionam de maneira mais eficaz quando todos os membros da equipe compreendem as metas gerais da empresa e trabalham juntos para alcançá-las. Assim, a equipe tem um direcionamento claro e todos somam seus esforços para uma mesma finalidade. Nesta primeira Dica do Professor, confira mais informações sobre a APO e os aspectos que podem contribuir para a atuação organizacional. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Para que as organizações sejam bem-sucedidas em suas escolhas é importante que a gestão seja conduzida por profissionais preparados e que articulem todas as variáveis que envolvem o processo de administração e cumprimento de metas. Dessa forma, a figura do gerente é essencial para orientar os setores corporativos e os colaboradores nos processos corporativos. Por isso, é determinante aplicar as funções administrativas – que incluem planejar, organizar, dirigir e controlar – para alcançar bons resultados. Nesta segunda Dica do Professor, confira como se caracteriza o papel de um gerente nas organizações atualmente. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/97a1a9e649eb96c0c1081279bb64f46b https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/5594f22b434a3498c5cd5838b7060ca0 Exercícios 1) A gestão nas empresas atualmente se depara com umasérie de fatores desafiadores que tornam sua atuação muito relevante para obter bons negócios. Dessa forma, o papel do gerente dentro das organizações pode ser visto de várias formas por meio de suas funções, papéis e níveis hierárquicos. Qual das alternativas define melhor as funções gerenciais segundo Fayol? A) O gerente deve planejar e exercer suas funções, organizar e controlar recursos, bem como dar o direcionamento em acordo com a estratégia. B) Cabe ao gerente exercer as funções de supervisor e os papéis de planejar e controlar, negociar as situações, valorizando as habilidades cognitivas e de relações, envolvendo comunicação e liderança. C) O gerente deve exercer funções de comando e controle: monitor, portador da voz e administrador de conflitos e negociados. D) O gerente exerce funções de planejamento, comunicação e liderança. E) O gerente exerce funções de organização e liderança. 2) Dentro dos aspectos abordados pela administração por objetivos, os gerentes têm a preocupação de definir requisitos básicos quando elaboram os objetivos organizacionais. A maior das apreensões é que o objetivo seja vago ou impreciso. Conhecendo essa preocupação dos gerentes, de que forma se apresentam os requisitos básicos para a elaboração de objetivos? A) Haver uma divergência de propósitos; serem específicos; serem capazes de mensurar os resultados esperados; e estarem relacionados ao que se pretende atingir. B) Atingir metas da área de recursos humanos; serem capazes de mensurar os resultados esperados; estarem relacionados ao que se pretende atingir e serem específicos. C) Serem específicos; serem capazes de mensurar os resultados esperados; estarem relacionados ao que se pretende atingir; e atingir metas da área legal. D) Serem específicos; serem capazes de mensurar os resultados esperados; e estarem relacionados ao que se pretende atingir. E) Estimar metas para as áreas abrangidas; serem específicos; serem capazes de mensurar os resultados esperados; e estarem relacionados ao que se pretende atingir. 3) O papel da administração nas organizações abrange diferentes dimensões das empresas, as quais precisam ser articuladas entre si para que os gerentes possam exercer suas funções na condução das ações em direção aos resultados desejados. No que se refere às funções administrativas, considere as afirmações a seguir: I. A primeira função da administração é agir como uma base para as demais funções. Trata-se de um modelo para determinar o futuro das ações. II. A departamentalização pode ser definida por um agrupamento de atividades que visa estruturar as lógicas da organização. III. A função administrativa de controle é composta por tarefas, órgãos, pessoas e relações. IV. Para que os objetivos estejam de acordo com o que é esperado da organização, determina-se que eles estejam ligados pela função controle, a qual assegura que estejam o mais próximo possível. Qual alternativa indica a afirmação correta? A) II. B) I e IV. C) II e IV. D) III e IV. E) I, II e IV. 4) As responsabilidades existentes em uma empresa definem a estrutura organizacional. Nos padrões de estrutura se estabelecem as atividades realizadas e as estratégias executadas. Com o objetivo de subsidiar e inovar as decisões a serem tomadas, podemos identificar, com base no texto, uma ligação entre: A) Inovação, mercado e mudanças organizacionais. B) Estratégia, estrutura e sucesso. C) Responsabilidade, execução e variações. D) Pessoas, atividades e risco. E) Objetivos, estrutura e responsabilização. 5) Consideramos que a administração é uma ciência relativamente nova, pois foi reconhecida em 1965. Ela exerce papel fundamental dentro das organizações, porém, na busca constante por eficiência e eficácia, ainda há inúmeras dúvidas quanto ao seu papel. Qual das alternativas abaixo indica corretamente o papel do administrador? A) Ser orientador, auxiliando nas decisões e ações da empresa, sem se envolver na rotina da administração. B) Acompanhar as atividades realizadas para verificar se foram executadas conforme o planejado. C) Acompanhar todos os processos da organização, verificando-os para definir os mais produtivos. D) Acompanhar os processos administrativos, revisando todos os processos internos. E) Trabalhar para atingir, com excelência, os objetivos da organização, fazendo uso dos recursos disponíveis e considerando o envolvimento dos ambientes interno e externo. Na prática Na atualidade, as organizações precisam atender a uma série de desafios e imprevistos em seu ramo de atuação. Por isso, identificar essas demandas e agir proativamente é uma postura que pode agregar valor à atuação corporativa. Uma das iniciativas para preparar as empresas é capacitar e treinar os funcionários a fim de que desenvolvam sua atividade de forma assertiva. A educação continuada nas organizações estimula o aprendizado e a preparação dos colaboradores para as novas exigências e incertezas que podem surgir. Os cursos e materiais são utilizados para atender aos objetivos empresariais e também para melhorar o conhecimento dos empregados. Neste Na Prática, confira como uma empresa de fast food empregou uma universidade corporativa para melhorar as competências de seus colaboradores. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/fefa1ebc-7318-4369-ab4d-04c0d6d34821/ada60124-5f43-4f68-a96b-8f865c0f86cd.png Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Funções clássicas da administração e os 5 aspectos básicos da função gerencial na empresa atual Este vídeo trata da relevância da gestão na atuação das empresas, destacando as funções clássicas da administração. Além disso, aborda como se caracterizam as funções de planejar, organizar, liderar e controlar e algumas ações necessárias relacionadas a essa função. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Uma proposta de avaliação de desempenho por funções em ambiente simulado A publicação aborda como a avaliação de desempenho de empregados no ambiente organizacional pode ser feita a partir do uso de tecnologia para proporcionar o aprendizado acerca de funções gerenciais e dos aspectos mais relevantes sobre o tema. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Tipos de gerentes O tópico “Tipos de Gerentes” (p. 13-18) do Capítulo 1 (O Desafio de um Gerente) do livro Administração contemporânea, de Gareth Jones e Jennifer George, discute os patamares gerenciais nas organizações e os segmentos em que os gerentes atuam. Também elucida são as transformações recentes que as hierarquias gerenciais têm passado nas empresas e os desafios para os gestores. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! https://www.youtube.com/embed/b5zB8lny_5g?si=AEyHBRLLlBeolPx2 https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=8078806
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