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CONTROLE DE QUALIDADE E
PÓS-COLHEITA DE
PRODUTOS AGROPECUÁRIOS
AULA 5
Prof. Ricardo Scheffer de Andrade Silva
CONVERSA INICIAL
Nesta etapa, o assunto é transporte, pré-processamento, beneficiamento, classificação,
padronização, secagem, embalagem e armazenamento de produtos de origem vegetal, que são
consideradas etapas fundamentais na cadeia de produção de alimentos. Esses processos
desempenham um papel crucial na preservação da qualidade dos produtos vegetais, garantindo sua
integridade, segurança e valor comercial.
O transporte adequado dos produtos vegetais é essencial para evitar danos físicos, como
amassamentos, rupturas e contusões, que podem comprometer a qualidade e a aparência dos
alimentos. É importante utilizar veículos apropriados, que proporcionem condições de temperatura e
umidade controladas, a fim de preservar as características sensoriais e nutricionais dos produtos
durante o transporte.
O pré-processamento e o beneficiamento dos produtos vegetais envolvem etapas como a
limpeza, seleção, descascamento, corte e remoção de partes indesejáveis. Essas etapas visam
melhorar a qualidade, a apresentação e a higiene dos produtos, além de facilitar o consumo e o
processamento posterior. A adoção de boas práticas de higiene e manipulação durante o pré-
processamento é essencial para evitar a contaminação microbiológica e garantir a segurança
alimentar.
A classificação e a padronização dos produtos vegetais são realizadas com base em critérios
como tamanho, cor, maturidade e qualidade. Essas etapas são importantes para atender às
demandas dos consumidores e dos mercados, garantindo a uniformidade dos produtos e facilitando
a comercialização. A utilização de sistemas de classificação e padronização estabelecidos contribui
para a transparência e confiabilidade nas transações comerciais.
A secagem dos produtos vegetais é uma técnica utilizada para reduzir o teor de umidade e
prolongar a vida útil dos alimentos. A secagem adequada é crucial para evitar o crescimento de
microrganismos e a deterioração dos produtos. Diversos métodos de secagem, como secagem ao
sol, secagem em estufas ou uso de equipamentos específicos podem ser aplicados, dependendo das
características dos produtos e das condições ambientais.
A embalagem e o armazenamento dos produtos vegetais desempenham um papel essencial na
preservação da qualidade e na proteção contra danos físicos e deterioração. A escolha de materiais
de embalagem adequados, como filmes plásticos, bandejas ou caixas, deve considerar fatores como
a permeabilidade ao ar, a resistência mecânica e a proteção contra a luz. Além disso, o
armazenamento adequado, com controle de temperatura, umidade e ventilação, é fundamental para
garantir a manutenção da qualidade e a vida útil dos produtos vegetais.
Em suma, o transporte, pré-processamento, beneficiamento, classificação, padronização,
secagem, embalagem e armazenamento de produtos de origem vegetal são etapas indispensáveis
na cadeia de produção de alimentos. Esses processos requerem o uso de boas práticas, tecnologias
adequadas e o cumprimento de regulamentações sanitárias, a fim de garantir a qualidade, a
segurança e a disponibilidade de alimentos saudáveis para os consumidores.
TEMA 1 – EMBALAGEM
A embalagem desempenha um papel crucial na proteção, preservação e apresentação dos
produtos hortícolas ao longo de sua cadeia de suprimento, desde o momento da colheita até o
consumo final. A escolha adequada da embalagem para produtos hortícolas é essencial para garantir
a qualidade, a segurança e a comercialização eficiente desses produtos.
A embalagem para produtos hortícolas deve ser projetada levando em consideração as
características específicas desses produtos, como sua fragilidade, perecibilidade e sensibilidade a
condições ambientais. Ela deve oferecer proteção física contra danos mecânicos, minimizar a perda
de umidade, evitar a contaminação microbiana e garantir a adequada ventilação e circulação de ar
para evitar o acúmulo de calor e a deterioração precoce.
Além da função de proteção, a embalagem desempenha um papel importante na apresentação e
na comunicação da qualidade dos produtos hortícolas. Uma embalagem atraente e informativa pode
atrair a atenção dos consumidores e fornecer informações relevantes, como origem, certificações,
data de colheita, prazo de validade e instruções de armazenamento.
A escolha da embalagem adequada também depende do mercado-alvo e das necessidades dos
clientes. Para produtos destinados ao mercado interno, a embalagem pode ser adaptada para
atender às preferências e aos requisitos dos consumidores locais. No caso de exportação, a
embalagem deve atender aos padrões e regulamentações do país de destino, considerando aspectos
como materiais permitidos, rotulagem adequada e requisitos fitossanitários.
A sustentabilidade tem se tornado uma preocupação crescente na indústria de embalagens para
produtos hortícolas. Buscam-se soluções que reduzam o impacto ambiental, como o uso de
materiais biodegradáveis, recicláveis ou compostáveis, bem como a otimização do tamanho e peso
da embalagem para reduzir o desperdício e a pegada de carbono.
No geral, a embalagem desempenha um papel fundamental na garantia da qualidade, segurança
e comercialização eficiente dos produtos hortícolas. A escolha adequada da embalagem,
considerando as características específicas do produto, as necessidades do mercado e a
sustentabilidade, é essencial para o sucesso da cadeia de suprimento e para atender às demandas
dos consumidores cada vez mais conscientes.
1.1 FUNÇÕES E REQUISITOS DAS EMBALAGENS
As embalagens para produtos hortícolas desempenham várias funções cientificamente
comprovadas que contribuem para a preservação da qualidade e segurança desses produtos.
Algumas das principais funções científicas das embalagens para produtos hortícolas são as
seguintes:
1.1.1 Proteção física
A embalagem oferece proteção física aos produtos hortícolas, evitando danos mecânicos
durante o manuseio, transporte e armazenamento. Ela atua como uma barreira contra impactos,
compressão e fricção, minimizando a ocorrência de amassados, cortes ou contusões que possam
afetar a integridade e aparência dos produtos.
1.1.2 Barreira contra a umidade
A embalagem atua como uma barreira contra a perda excessiva de umidade dos produtos
hortícolas. Isso é especialmente importante para produtos como folhas verdes e vegetais de folhas,
que são altamente perecíveis e podem murchar rapidamente se expostos a condições de baixa
umidade. A embalagem ajuda a reter a umidade interna dos produtos, mantendo sua frescura e
crocância.
1.1.3 Barreira contra a contaminação microbiana
A embalagem forma uma barreira física e de proteção contra a contaminação microbiana,
reduzindo a exposição dos produtos hortícolas a microrganismos indesejados, como bactérias,
leveduras e fungos. Ela impede a entrada de micro-organismos patogênicos e a contaminação
cruzada, contribuindo para a segurança alimentar e a preservação da qualidade dos produtos.
1.1.4 Regulação do fluxo de gases
A embalagem permite regular o fluxo de gases, como oxigênio e dióxido de carbono, que são
importantes para o processo respiratório dos produtos hortícolas. Ela ajuda a manter níveis
adequados de oxigênio para a respiração das plantas e remove o excesso de dióxido de carbono,
evitando o acúmulo de gases que possam acelerar o amadurecimento ou a deterioração dos
produtos.
1.1.5 Preservação da qualidade sensorial
A embalagem desempenha um papel fundamental na preservação da qualidade sensorial dos
produtos hortícolas, incluindo atributos como cor, aroma, textura e sabor. Ela protege os produtos da
exposição à luz, que pode causar descoloração e ajuda a evitar a perda de compostos voláteis
responsáveis pelos aromas característicos dos produtos frescos.
1.1.6 Informação e comunicação
A embalagem fornece informações importantes aos consumidores, como origem, data de
colheita, instruçõesde armazenamento e prazo de validade. Essas informações auxiliam os
consumidores na escolha e utilização adequada dos produtos hortícolas, contribuindo para a
segurança e satisfação do consumidor.
1.1.7 Facilidade de transporte e logística
As embalagens também são projetadas para facilitar o transporte, armazenamento e
distribuição eficiente dos produtos hortícolas. Elas podem ser empilháveis, modulares e de fácil
manuseio, otimizando o espaço e reduzindo custos logísticos.
É importante ressaltar que as funções das embalagens para produtos hortícolas podem variar
dependendo do tipo de produto, da cadeia de suprimento e dos requisitos específicos de cada
mercado. Além disso, as embalagens devem ser projetadas levando em consideração as
propriedades físicas, químicas e fisiológicas dos produtos hortícolas, bem como as condições de
armazenamento e transporte a que serão submetidos.
A escolha adequada do tipo de embalagem e dos materiais utilizados é fundamental para
garantir a eficácia das funções mencionadas. Diversos estudos científicos têm sido conduzidos para
avaliar o desempenho de diferentes tipos de embalagens em relação à preservação da qualidade e
segurança dos produtos hortícolas. Esses estudos envolvem análises físicas, químicas,
microbiológicas e sensoriais para avaliar o impacto da embalagem nos atributos de qualidade dos
produtos ao longo do tempo.
1.2 INFLUÊNCIA DAS EMBALAGENS PARA PRODUTOS HORTÍCOLAS
As embalagens desempenham um papel fundamental na influência da qualidade e da vida útil
dos produtos hortícolas. A escolha adequada das embalagens, juntamente com os materiais
utilizados, pode afetar diversos aspectos dos produtos, tanto do ponto de vista físico, químico quanto
microbiológico. A seguir, serão explicados cientificamente alguns dos principais aspectos da
influência das embalagens para produtos hortícolas:
1.2.1 Conservação da qualidade
As embalagens adequadas protegem os produtos hortícolas contra danos físicos, como
impactos, pressão e atrito, reduzindo perdas causadas por amassamentos, contusões e ferimentos.
Além disso, a embalagem pode atuar como uma barreira contra a entrada de oxigênio, dióxido de
carbono, umidade excessiva e luz, que são fatores que podem causar a deterioração dos produtos.
Isso resulta em uma melhor conservação da qualidade, incluindo atributos como cor, textura, sabor e
valor nutricional dos produtos.
1.2.2 Retardamento do amadurecimento e senescência
Certos materiais de embalagem podem controlar a taxa de respiração e a produção de etileno
nos produtos hortícolas, retardando o processo de amadurecimento e senescência. Isso é
especialmente importante para produtos altamente perecíveis, como frutas e vegetais, pois ajuda a
prolongar sua vida útil e a mantê-los frescos por mais tempo.
1.2.3 Regulação do ambiente interno
Embalagens que permitem o controle do ambiente interno dos produtos hortícolas podem ser
utilizadas para ajustar fatores como umidade, concentração de gases (oxigênio, dióxido de carbono e
etileno) e temperatura. Isso pode ser realizado por meio de embalagens modificadas
atmosfericamente (MAP), que podem estender a vida útil dos produtos, mantendo condições ideais
para a conservação da qualidade.
1.2.4 Segurança alimentar
Embalagens adequadas desempenham um papel importante na prevenção da contaminação
microbiana e na proteção contra agentes externos, como poeira, insetos e microrganismos
indesejados. A embalagem impede a entrada de patógenos, reduz a contaminação cruzada e
mantém a integridade e a segurança dos produtos hortícolas ao longo da cadeia de suprimento.
1.2.5 Informações ao consumidor
As embalagens podem fornecer informações importantes aos consumidores, como origem dos
produtos, data de colheita, instruções de armazenamento e prazo de validade. Essas informações
auxiliam os consumidores na escolha e no uso adequado dos produtos hortícolas, garantindo a
segurança e a qualidade dos alimentos.
1.2.6 Redução de perdas
Embalagens apropriadas ajudam a reduzir as perdas pós-colheita de produtos hortícolas, tanto
durante o transporte quanto no ponto de venda. Ao proteger os produtos de danos e deterioração, as
embalagens permitem que os produtos cheguem ao consumidor final em melhores condições,
minimizando as perdas econômicas e o desperdício de alimentos.
Esses aspectos cientificamente fundamentados demonstram a influência positiva das
embalagens na qualidade, vida útil e segurança dos produtos hortícolas. No entanto, é importante
ressaltar que a escolha das embalagens e dos materiais deve ser feita de forma criteriosa, levando
em consideração as características específicas dos produtos e das condições de armazenamento e
transporte a que serão submetidos.
Estudos científicos têm sido conduzidos para avaliar o desempenho de diferentes tipos de
embalagens e materiais na preservação da qualidade dos produtos hortícolas. Essas pesquisas
utilizam metodologias específicas, como análises físicas, químicas, microbiológicas e sensoriais,
para avaliar o impacto das embalagens nos atributos de qualidade dos produtos.
Além disso, a ciência da embalagem está em constante evolução, buscando desenvolver
soluções mais eficientes e sustentáveis. Novas tecnologias e materiais estão sendo explorados,
como embalagens ativas e inteligentes, que possuem propriedades antimicrobianas, antioxidantes
ou indicadoras de qualidade.
1.3 MATERIAIS DAS EMBALAGENS
1.3.1 Madeira
As embalagens de madeira têm sido amplamente utilizadas para o armazenamento e transporte
de produtos hortícolas, como frutas e vegetais. A influência dessas embalagens pode ser explicada
cientificamente em diversos aspectos:
1.3.1.1 Proteção física
As embalagens de madeira fornecem proteção física aos produtos hortícolas, evitando danos
causados por impactos, atritos e compressões durante o manuseio, transporte e armazenamento. A
madeira é um material resistente e durável, capaz de suportar cargas e proteger os produtos contra
danos externos.
1.3.1.2 Aparência e marketing
Embalagens de madeira podem fornecer uma aparência atraente e rústica aos produtos
hortícolas, agregando valor estético e apelo ao consumidor. A utilização de embalagens de madeira
pode transmitir uma imagem de produtos naturais e de qualidade, o que pode influenciar a percepção
e a decisão de compra dos consumidores.
1.3.1.3 Desvantagens
Embora as embalagens de madeira sejam amplamente utilizadas na indústria de produtos
hortícolas, também existem algumas considerações negativas associadas a seu uso. Alguns dos
principais pontos negativos das embalagens de madeira incluem:
Higiene e segurança alimentar: a porosidade da madeira pode abrigar microrganismos, como
bactérias, fungos e parasitas, que podem contaminar os produtos hortícolas e representar um
risco para a saúde dos consumidores. Essa contaminação pode ocorrer tanto na superfície
externa quanto na interna das embalagens de madeira;
Contaminação química: algumas espécies de madeira podem conter resinas, tintas, produtos
químicos ou tratamentos preservativos que podem migrar para os produtos hortícolas,
afetando sua segurança e qualidade. Essa contaminação química pode ocorrer especialmente
quando as embalagens são expostas a condições adversas, como altas temperaturas ou
umidade.
Restrições legais e regulatórias: em alguns países, existem restrições legais e regulatórias
quanto ao uso de embalagens de madeira devido a preocupações com a disseminação de
pragas e doenças vegetais. Para exportação de produtos hortícolas, é necessário cumprir os
requisitos fitossanitários específicos estabelecidos pelas autoridades competentes.
Peso e volume excessivo: comparadas a outros materiais de embalagem, as embalagens de
madeira tendem a ser mais pesadas e ocupam mais espaço. Isso pode aumentar os custos de
transporte e logística, além de exigir mais recursos, como combustível, para movimentação e
armazenamento.
Restrições de manipulação: embalagens de madeirapodem apresentar desafios de manuseio
devido ao seu peso e tamanho. Isso pode exigir equipamentos especiais e maior esforço
humano para movimentar as embalagens, o que pode aumentar os riscos de acidentes e
lesões.
Dificuldades de higienização e limpeza: a porosidade da madeira dificulta a limpeza e
desinfecção adequadas das embalagens, o que pode favorecer a proliferação de
microrganismos e o acúmulo de sujeira. Isso pode representar um risco para a segurança
alimentar e a qualidade dos produtos hortícolas embalados.
É importante ressaltar que essas considerações negativas não invalidam o uso de embalagens
de madeira, mas destacam a necessidade de atenção aos aspectos de qualidade, higiene,
regulamentações e sustentabilidade ao optar por esse tipo de embalagem. Além disso, o
desenvolvimento de novas tecnologias e materiais de embalagem pode ajudar a mitigar esses
problemas e oferecer soluções mais adequadas para o armazenamento e transporte de produtos
hortícolas.
1.3.2 Celulose
As embalagens de celulose, como papel e papelão, são amplamente utilizadas na indústria de
produtos hortícolas devido às suas características e influências positivas. A influência dessas
embalagens pode ser explicada cientificamente em diversos aspectos:
1.3.2.1 Proteção física
As embalagens de celulose oferecem uma proteção física eficaz aos produtos hortícolas,
protegendo-os contra danos causados por impactos, atritos e compressões durante o transporte e
armazenamento. O papel e o papelão são materiais resistentes o suficiente para suportar cargas e
evitar danos externos aos produtos.
1.3.2.2 Respiração e trocas gasosas
A celulose é um material poroso que permite a troca de gases entre o interior e o exterior das
embalagens. Isso é importante para a respiração dos produtos hortícolas, permitindo a ventilação
adequada e a manutenção das condições ideais de oxigênio, dióxido de carbono e umidade ao redor
dos produtos embalados.
1.3.2.3 Barreira à luz
Embalagens de celulose podem atuar como uma barreira efetiva à luz, protegendo os produtos
hortícolas da exposição direta à luz solar. Isso é especialmente importante para frutas e vegetais
sensíveis à luz, que podem sofrer alterações de cor e deterioração quando expostos à luz intensa.
1.3.2.4 Biodegradabilidade e sustentabilidade
Embalagens de celulose são consideradas ambientalmente amigáveis, pois são feitas de
materiais renováveis e são biodegradáveis. Isso significa que, ao descartar as embalagens de
celulose corretamente, elas se decompõem naturalmente no meio ambiente, reduzindo o impacto
negativo no ecossistema.
1.3.2.5 Aparência e marketing
Embalagens de celulose podem ser personalizadas e impressas com informações e imagens
atraentes, o que ajuda a promover os produtos hortícolas e atrair os consumidores. Embalagens bem
projetadas e visualmente atraentes podem influenciar a percepção da qualidade e aumentar o apelo
dos produtos no mercado.
É importante ressaltar que as embalagens de celulose também apresentam algumas limitações,
como a resistência à umidade e a necessidade de proteção adicional em ambientes úmidos. Além
disso, é fundamental garantir a qualidade e a segurança das embalagens de celulose, garantindo a
conformidade com regulamentações e boas práticas de fabricação.
1.4 EMBALAGENS ATIVAS OU INTELIGENTES
Embalagens ativas ou inteligentes são embalagens que possuem a capacidade de interagir com
o ambiente ou com o produto embalado de forma a prolongar a vida útil, manter a qualidade e
oferecer benefícios adicionais. Essas embalagens são projetadas com materiais e tecnologias
especiais que proporcionam funcionalidades avançadas além da simples proteção física.
As embalagens ativas podem ter diferentes mecanismos de ação, como liberação controlada de
substâncias ativas, absorção de gases indesejáveis, controle de umidade, monitoramento de
parâmetros de qualidade ou indicadores de segurança. Elas podem ser utilizadas em uma variedade
de produtos, incluindo alimentos perecíveis, produtos farmacêuticos e produtos sensíveis ao
ambiente.
1.4.1 Tecnologias utilizadas em embalagens ativas ou inteligentes
Algumas das tecnologias comumente usadas em embalagens ativas ou inteligentes incluem:
1.4.1.1 Indicadores de tempo e temperatura
São dispositivos que fornecem informações sobre a temperatura e o tempo de exposição do
produto. Eles podem ajudar a monitorar a cadeia de frio e indicar se houve alguma violação das
condições adequadas de armazenamento.
1.4.1.2 Atmosfera modificada
Embalagens ativas podem modificar a atmosfera dentro da embalagem para prolongar a vida útil
dos produtos. Isso pode ser feito por meio da liberação controlada de gases como o dióxido de
carbono ou o nitrogênio, que retardam o amadurecimento e a deterioração dos alimentos.
1.4.1.3 Absorvedores de oxigênio
São substâncias químicas que removem ou reduzem a quantidade de oxigênio dentro da
embalagem, retardando a oxidação e prolongando a vida útil dos alimentos sensíveis ao oxigênio.
1.4.1.4 Indicadores de frescor
Esses indicadores podem ser incorporados nas embalagens para fornecer uma indicação visual
ou química do frescor do produto. Eles podem mudar de cor ou emitir odores quando o alimento se
deteriora, alertando o consumidor sobre a qualidade do produto.
1.4.1.5 Biossensores
Embalagens ativas podem conter biossensores que monitoram a qualidade do produto, como a
detecção de bactérias ou aferição de parâmetros de qualidade, como pH ou níveis de açúcar.
Essas são apenas algumas das tecnologias e funcionalidades que podem ser incorporadas às
embalagens ativas ou inteligentes. Elas são projetadas para otimizar a qualidade, segurança e
durabilidade dos produtos embalados, fornecendo informações úteis aos consumidores e auxiliando
na redução do desperdício de alimentos.
1.4.2 Embalagem com atmosfera modificada (AM)
As embalagens com atmosfera modificada (AM) (Modified Atmosphere Packaging – MAP) são
projetadas para controlar a composição gasosa dentro da embalagem, proporcionando um ambiente
ideal para prolongar a vida útil de produtos perecíveis. Essa técnica é baseada na compreensão de
que muitos processos de deterioração, como o amadurecimento e a degradação microbiológica, são
influenciados pela composição do ar ao redor do produto.
A atmosfera modificada é alcançada por meio do controle e da modificação dos gases
presentes na embalagem, geralmente usando uma combinação de gases como dióxido de carbono
(CO2), oxigênio (O2) e nitrogênio (N2). O objetivo é criar uma composição gasosa específica que
retarda a deterioração do produto, inibindo o crescimento microbiano e retardando processos como
a respiração e a produção de etileno.
A ciência por trás das embalagens com atmosfera modificada está relacionada aos efeitos dos
diferentes gases na fisiologia do produto e nos processos microbianos. Por exemplo, o aumento do
teor de dióxido de carbono (CO2) na embalagem ajuda a retardar o amadurecimento de frutas e
vegetais, inibindo a atividade da enzima respiratória e reduzindo a produção de etileno. O controle do
oxigênio (O2) também é crucial, uma vez que altas concentrações de oxigênio podem acelerar a
deterioração e promover a proliferação de microrganismos, enquanto baixas concentrações podem
afetar negativamente a qualidade sensorial e a aparência do produto.
A seleção da composição gasosa adequada para a atmosfera modificada depende das
características do produto, como sua sensibilidade ao oxigênio e à desidratação, além de fatores
como temperatura de armazenamento e duração do transporte. A ciência por trás dessa técnica
envolve estudos sobre a respiração do produto, taxa de produção de etileno, resistência microbiana e
interações entre gases e produtos.
A embalagem com atmosfera modificada tem sido amplamente utilizada na indústria de
alimentos para prolongar a vida útil de produtos perecíveis, como frutas, vegetais, carnes, peixes e
produtos de panificação. É uma abordagem científicae eficaz para preservar a qualidade dos
alimentos, reduzir o desperdício e atender às demandas do mercado por produtos frescos e de longa
duração.
1.4.3 Fatores de influência das embalagens com atmosfera modificada
1.4.3.1 Composição gasosa
A proporção e a concentração dos gases presentes na atmosfera modificada têm um impacto
direto na taxa de respiração, no amadurecimento e na deterioração do produto.
1.4.3.2 Tipo de produto
Cada produto tem requisitos específicos de atmosfera modificada, considerando sua
sensibilidade ao oxigênio, produção de etileno, taxa de respiração e resistência microbiana.
1.4.2.3 Temperatura
A temperatura de armazenamento influencia a taxa de respiração e os processos químicos que
ocorrem dentro do produto, afetando a seleção da atmosfera modificada.
1.4.3 Vantagens das embalagens com atmosfera modificada
1.4.3.1 Prolongamento da vida útil
A atmosfera modificada retarda o amadurecimento e a deterioração do produto, prolongando
sua vida útil e mantendo sua qualidade por mais tempo.
1.4.3.2 Preservação da qualidade
A redução da atividade microbiana e a inibição de reações enzimáticas mantêm a qualidade
sensorial, o sabor, a textura e a aparência do produto.
1.4.3.3 Redução do desperdício
Ao estender a vida útil do produto, as embalagens com atmosfera modificada ajudam a reduzir o
desperdício de alimentos, aumentando a eficiência da cadeia de suprimentos.
1.4.3.4 Expansão de mercados
Produtos com embalagens com atmosfera modificada podem ser transportados por longas
distâncias, permitindo a exportação para mercados distantes e aumentando as oportunidades
comerciais.
1.4.4 Desvantagens das embalagens com atmosfera modificada
1.4.4.1 Custo
A utilização de atmosfera modificada pode ser mais cara em comparação com embalagens
convencionais, devido aos materiais e tecnologias envolvidos.
1.4.4.2 Complexidade
A aplicação correta da atmosfera modificada requer conhecimento especializado e
equipamentos adequados, o que pode exigir investimentos adicionais e treinamento adequado.
1.4.4.3 Limitações de aplicação
Nem todos os produtos são adequados para embalagens com atmosfera modificada, devido às
suas características físicas, químicas e biológicas. Além disso, alguns produtos podem apresentar
efeitos indesejados, como sabor alterado ou textura comprometida.
É importante considerar esses fatores ao decidir o uso de embalagens com atmosfera
modificada, avaliando os benefícios potenciais em relação aos custos e às limitações específicas do
produto. A seleção adequada da composição gasosa e o controle preciso do ambiente dentro da
embalagem são fundamentais para maximizar os benefícios e garantir a qualidade do produto.
1.5 FILMES E REVESTIMENTOS COMESTÍVEIS
Filmes e revestimentos comestíveis são materiais finos aplicados na superfície de alimentos
para melhorar sua qualidade, segurança e vida útil. Esses materiais são geralmente feitos a partir de
ingredientes naturais, como polissacarídeos (como a quitosana e o amido), proteínas (como a
gelatina e a caseína) e lipídios (como a cera de abelha e os óleos vegetais). Eles podem ser
aplicados por meio de imersão, pulverização ou revestimento direto.
No entanto, é importante mencionar que existem desafios associados ao uso de filmes e
revestimentos comestíveis, como a compatibilidade com diferentes tipos de alimentos, a
estabilidade durante o armazenamento e a necessidade de desenvolvimento de técnicas de
aplicação eficientes.
Em resumo, filmes e revestimentos comestíveis são tecnologias promissoras na indústria de
alimentos, oferecendo uma série de benefícios para melhorar a qualidade, segurança e vida útil dos
alimentos. Seu uso pode contribuir para a redução do desperdício de alimentos e para a adoção de
práticas mais sustentáveis na cadeia alimentar.
TEMA 2 – CENTRAIS DE EMBALAGENS
As centrais de embalagens, também conhecidas como centrais de manipulação de produtos
hortícolas, são instalações onde ocorre o processamento e a embalagem de produtos hortícolas,
como frutas, legumes e verduras. Essas centrais desempenham um papel fundamental na cadeia de
abastecimento de alimentos, atuando como pontos intermediários entre os produtores agrícolas e os
distribuidores ou varejistas.
A função principal das centrais de embalagens é receber os produtos hortícolas dos produtores
e realizar atividades de classificação, seleção, limpeza, embalagem e armazenamento, visando
garantir a qualidade e a conservação dos alimentos. Essas atividades são realizadas de acordo com
critérios específicos estabelecidos pelos padrões de qualidade e exigências do mercado.
Cientificamente, as centrais de embalagens são projetadas levando em consideração aspectos
como fluxo de trabalho, eficiência operacional, higiene e segurança alimentar. As instalações devem
ser projetadas para garantir condições adequadas de temperatura, umidade, ventilação e iluminação,
que são essenciais para a preservação da qualidade dos produtos hortícolas.
Além disso, nas centrais de embalagens, são utilizados equipamentos e tecnologias específicas
para realizar as diferentes etapas do processamento e embalagem. Isso pode incluir máquinas de
classificação e seleção por tamanho, cor ou qualidade, lavadoras, secadoras, sistemas de
embalagem automatizados e sistemas de controle de qualidade.
A influência científica nas centrais de embalagens está presente no desenvolvimento e aplicação
de técnicas e conhecimentos relacionados à pós-colheita, armazenamento, embalagem e
conservação de alimentos. A ciência da pós-colheita busca entender os processos fisiológicos,
bioquímicos e microbiológicos que ocorrem nos produtos hortícolas após a colheita, para
desenvolver práticas e tecnologias que minimizem perdas de qualidade e aumentem a vida útil dos
alimentos.
Além disso, a ciência também contribui para a seleção e desenvolvimento de materiais de
embalagem adequados, que ofereçam propriedades de barreira, proteção e conservação ideais para
os produtos hortícolas. São realizados estudos e pesquisas para avaliar o desempenho e a eficácia
de diferentes materiais de embalagem, levando em consideração fatores como permeabilidade a
gases, resistência mecânica, interação com o alimento e impacto ambiental.
Em resumo, as centrais de embalagens são um elo importante na cadeia de suprimentos de
produtos hortícolas, e a influência científica é evidente em todas as etapas, desde o projeto das
instalações até a escolha dos materiais de embalagem e a implementação de práticas de
conservação pós-colheita. A ciência desempenha um papel fundamental na busca por soluções que
garantam a qualidade, a segurança e a eficiência desses processos, contribuindo para o
fornecimento de alimentos frescos e saudáveis aos consumidores.
2.1 RECEPÇÃO, PRÉ-RESFRIAMENTO E SELEÇÃO DO PRODUTO
A recepção, o pré-resfriamento e a seleção do produto são etapas essenciais no processamento
e manejo de produtos hortícolas em centrais de embalagens. Cientificamente, essas etapas visam
garantir a qualidade e a preservação dos alimentos desde o momento da colheita até o início do
processo de embalagem. A seguir, explicaremos cada uma dessas etapas:
2.1.1 Recepção
A recepção envolve o recebimento dos produtos hortícolas dos produtores agrícolas. Nessa
etapa, é realizada a verificação da quantidade e qualidade dos produtos entregues, bem como a
documentação necessária. São registradas informações como origem, variedade, lote e data de
recebimento, que são importantes para rastreabilidade e controle de qualidade.
2.1.2 Pré-resfriamento
O pré-resfriamento é uma etapa crucial para garantir a qualidade e a vida útil dos produtos
hortícolas. Consiste na redução rápida da temperatura dos alimentos logo após a colheita, a fim de
retardar processos fisiológicos indesejáveis, como a respiração e a deterioração. O resfriamento
rápido também ajuda a manter a aparência, textura e valor nutricional dos produtos. Diversas
técnicas de pré-resfriamentosão utilizadas, como câmaras frias, hidroresfriamento (imersão em
água fria) e resfriamento a vácuo.
2.1.3 Seleção
A seleção dos produtos hortícolas é feita com base em critérios de qualidade, como aparência,
tamanho, cor, maturidade e integridade. Nessa etapa, são realizadas inspeções visuais e, em alguns
casos, testes de qualidade sensorial e instrumental. As técnicas de seleção podem incluir a
utilização de equipamentos automatizados, como máquinas de classificação por tamanho ou cor, ou
a seleção manual realizada por operadores treinados. O objetivo é separar os produtos de acordo
com os padrões estabelecidos pelo mercado, garantindo a oferta de alimentos de qualidade aos
consumidores.
Cientificamente, essas etapas são fundamentadas em conhecimentos sobre a fisiologia pós-
colheita dos produtos hortícolas, os efeitos do resfriamento na preservação da qualidade, as
características sensoriais e físico-químicas dos alimentos, entre outros aspectos. Estudos científicos
são realizados para avaliar o desempenho de diferentes técnicas de pré-resfriamento, entender os
processos bioquímicos e físicos que ocorrem nos produtos durante o resfriamento e desenvolver
métodos de seleção eficientes e precisos.
A aplicação dos princípios científicos nessas etapas contribui para a minimização de perdas de
qualidade, a extensão da vida útil dos produtos hortícolas, a redução de desperdícios e a oferta de
alimentos frescos e seguros aos consumidores. Além disso, a utilização de técnicas adequadas de
recepção, pré-resfriamento e seleção é essencial para o bom funcionamento das etapas
subsequentes do processamento e embalagem dos produtos hortícolas.
2.2 LIMPEZA, LAVAGEM E SANIFICAÇÃO
A limpeza, lavagem e sanificação são etapas importantes no processamento de produtos
hortícolas, visando garantir a segurança alimentar, a qualidade e a preservação dos alimentos.
Cientificamente, essas etapas são fundamentadas em conhecimentos sobre microbiologia, higiene
alimentar e processos de contaminação. A seguir, explicarei cada uma dessas etapas:
2.2.1 Limpeza
A limpeza é a primeira etapa, na qual são removidos resíduos visíveis, como sujeira, terra, folhas
e detritos, presentes nos produtos hortícolas. Essa remoção é geralmente feita por meio de uma
seleção manual prévia ou com o auxílio de equipamentos, como escovas ou jatos de água. A limpeza
adequada reduz a carga microbiana inicial dos alimentos e evita a contaminação dos processos
subsequentes.
2.2.2 Lavagem
A lavagem é realizada após a limpeza inicial e tem como objetivo remover resíduos microbianos,
pesticidas e outros contaminantes presentes nos produtos hortícolas. Geralmente, é feita utilizando
água potável em fluxo contínuo, em sistemas de imersão ou pulverização. A água deve ser de boa
qualidade e trocada regularmente para evitar a contaminação cruzada. A temperatura da água e o
uso de detergentes específicos podem ser ajustados de acordo com as necessidades e requisitos de
cada produto.
2.2.3 Sanificação
A sanificação é uma etapa crítica para eliminar microrganismos patogênicos e reduzir a carga
microbiana total nos produtos hortícolas. Diversos agentes sanitizantes podem ser utilizados, como
soluções cloradas, ácido peracético, peróxido de hidrogênio, ácido acético, entre outros. A escolha do
sanitizante depende do tipo de produto, da finalidade de uso e das regulamentações sanitárias
locais. A sanificação pode ser feita por imersão, pulverização ou outros métodos, sendo importante
garantir um tempo de contato adequado entre o sanitizante e a superfície dos alimentos.
Cientificamente, essas etapas são embasadas em pesquisas sobre a eficácia de diferentes
agentes de limpeza e sanitizantes, a resistência microbiana, os métodos de aplicação e as boas
práticas de higiene. Estudos também são realizados para determinar os parâmetros ideais, como
tempo de contato, concentração do sanitizante e temperatura da água, visando maximizar a
eficiência na redução de microrganismos e minimizar os riscos de contaminação cruzada.
A aplicação adequada das etapas de limpeza, lavagem e sanificação contribui para a prevenção
de doenças transmitidas por alimentos, a redução de microrganismos patogênicos, a eliminação de
contaminantes químicos e a manutenção da qualidade e segurança dos produtos hortícolas. Além
disso, a adoção de boas práticas de higiene durante todo o processamento é essencial para atender
às regulamentações sanitárias e garantir a confiabilidade dos alimentos oferecidos aos
consumidores.
2.3 OPERAÇÕES ESPECIAIS E SELEÇÃO FINAL
Após as etapas de limpeza, lavagem e sanificação, as operações especiais e a seleção final são
realizadas para garantir a qualidade e a conformidade dos produtos hortícolas antes de serem
embalados e disponibilizados para o mercado. Essas etapas envolvem atividades específicas e
criteriosas, visando a remoção de defeitos, a padronização dos produtos e a seleção dos melhores
exemplares.
Após as operações especiais, ocorre a seleção final dos produtos que atendem aos requisitos de
qualidade, aparência e conformidade estabelecidos. Nessa etapa, os produtos são avaliados de
forma criteriosa e são selecionados aqueles que estão em conformidade com os padrões
estabelecidos pela empresa ou pelos regulamentos do mercado.
Cientificamente, essas operações especiais e a seleção final são baseadas em conhecimentos
sobre as características dos produtos hortícolas, as expectativas dos consumidores, os padrões de
qualidade, as técnicas de inspeção e os critérios de classificação. Estudos são realizados para
determinar os parâmetros de seleção, os métodos de corte e pré-processamento adequados, bem
como para desenvolver tecnologias e equipamentos que facilitem e otimizem essas operações.
Em resumo, as operações especiais e a seleção final são etapas cruciais no processamento de
produtos hortícolas, contribuindo para a obtenção de produtos de alta qualidade, padronizados e
prontos para serem embalados e disponibilizados no mercado. Essas etapas são fundamentadas em
conhecimentos científicos e técnicos, visando atender às exigências dos consumidores e garantir a
satisfação e segurança alimentar.
2.4. PADRONIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO SOBRE EMBALAGENS
No Brasil, as normas técnicas para embalagens são desenvolvidas e publicadas pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Algumas das normas brasileiras mais relevantes para
embalagens são as seguintes:
ABNT NBR 15823:2010 – Embalagens plásticas flexíveis para alimentos – Requisitos gerais e
específicos;
ABNT NBR 15821:2010 – Embalagens plásticas rígidas para alimentos - Requisitos gerais e
específicos;
ABNT NBR 15594:2010 – Embalagem – Embalagem e acondicionamento de produtos
perigosos – Terminologia;
ABNT NBR 15458:2007 – Embalagem – Paletes de madeira – Padronização;
ABNT NBR 15297:2005 – Embalagens plásticas para água mineral e natural – Requisitos;
ABNT NBR 14726:2001 – Embalagem plástica – Avaliação da migração específica de
componentes de embalagens plásticas para alimentos e bebidas pelo ensaio de extração total;
ABNT NBR 12235:1992 – Embalagem – Sacaria de papel – Terminologia.
Essas são apenas algumas das normas existentes, e é importante consultar as normas
específicas relacionadas ao tipo de embalagem e ao setor de interesse para garantir a conformidade.
Além das normas técnicas, é importante considerar também as regulamentações específicas dos
órgãos governamentais, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), que estabelecem requisitos adicionais
para embalagens de alimentos, produtos perigosos, entre outros.
TEMA 3 – TRANSPORTE
Os sistemas de transporte desempenham um papel fundamental na movimentação eficiente e
segura de mercadorias em diferentes setores, incluindo o transporte de produtos hortícolas. Existem
diversos tipos de sistemas de transporte disponíveis, cada um com características e aplicabilidadesespecíficas.
3.1 VIAS DE TRANSPORTE
Alguns dos sistemas de transporte mais comuns são:
3.1.1 Rodoviário
O transporte rodoviário é amplamente utilizado para o transporte de produtos hortícolas devido à
sua flexibilidade e alcance abrangente. Caminhões e veículos refrigerados são comumente usados
para garantir a manutenção adequada da temperatura e a preservação da qualidade dos produtos
durante o transporte.
3.1.2 Ferroviário
O transporte ferroviário é utilizado para o transporte de grandes volumes de carga, incluindo
produtos hortícolas. Os vagões ferroviários podem ser adaptados com sistemas de refrigeração para
manter a temperatura adequada dos produtos.
3.1.3 Marítimo
O transporte marítimo é frequentemente utilizado para o transporte de produtos hortícolas em
longas distâncias. Contêineres refrigerados ou controlados são usados para garantir a preservação
das condições de temperatura e umidade durante a viagem.
3.1.4 Aéreo
O transporte aéreo é usado quando há necessidade de entrega rápida e eficiente de produtos
hortícolas, especialmente em rotas de longa distância. Contêineres refrigerados são usados para
manter a temperatura adequada durante o transporte aéreo.
A escolha do sistema de transporte adequado depende de vários fatores, como distância,
volume de carga, requisitos de temperatura e tempo de entrega. É importante considerar as
necessidades específicas dos produtos hortícolas, como a necessidade de refrigeração ou controle
de temperatura, para garantir a preservação da qualidade durante o transporte. Além disso, as
regulamentações governamentais e as boas práticas de transporte devem ser seguidas para garantir
a segurança alimentar e a conformidade com os padrões de qualidade.
3.2 QUALIDADE DO PRODUTO EM TRÂNSITO
A qualidade do produto em trânsito é influenciada por diversos fatores, incluindo o manuseio
adequado e a compatibilidade da carga durante o transporte. Esses aspectos são cruciais para
garantir a integridade e a preservação da qualidade dos produtos hortícolas durante o trajeto. Aqui
estão alguns pontos importantes relacionados a esses fatores:
3.2.1 Manuseio adequado
O manuseio correto dos produtos hortícolas durante o carregamento, descarregamento e
movimentação é essencial para evitar danos físicos, como amassados, cortes ou contusões. Os
produtos devem ser manipulados com cuidado, evitando quedas, choques e pressão excessiva.
3.2.2 Embalagem adequada
A escolha da embalagem correta para os produtos hortícolas é crucial. As embalagens devem
ser projetadas para proteger os produtos contra danos físicos, proporcionar adequada ventilação,
permitir o controle da temperatura e evitar a contaminação. Além disso, as embalagens devem ser
empilhadas corretamente para evitar o esmagamento dos produtos na carga.
3.2.3 Compatibilidade da carga
Ao transportar produtos hortícolas, é importante considerar a compatibilidade da carga, ou seja,
garantir que os diferentes produtos transportados juntos sejam compatíveis em termos de
temperatura, umidade e sensibilidade a gases. Alguns produtos podem liberar gases ou compostos
que podem acelerar o amadurecimento ou deterioração de outros produtos próximos. Portanto, é
essencial separar produtos incompatíveis e garantir a ventilação adequada na área de carga.
3.2.4 Controle de temperatura
Muitos produtos hortícolas são sensíveis à temperatura e requerem condições específicas
durante o transporte. É fundamental manter a temperatura adequada durante o trânsito,
especialmente para produtos perecíveis. O uso de veículos refrigerados ou sistemas de refrigeração
adequados é essencial para preservar a qualidade e a vida útil dos produtos.
3.2.5 Monitoramento e registro de condições
É recomendado o monitoramento das condições ambientais, como temperatura e umidade,
durante o transporte. Isso pode ser feito por meio de dispositivos de monitoramento ou registradores
de dados. O registro das condições de transporte pode fornecer informações importantes sobre o
histórico do produto e ajudar a identificar eventuais problemas ou desvios.
Ao considerar esses fatores e implementar boas práticas de manuseio, embalagem e controle de
temperatura, é possível garantir a qualidade dos produtos hortícolas em trânsito, minimizando perdas
e preservando a frescura, sabor e valor nutricional dos produtos até o seu destino final.
3.3 CONDIÇÕES IDEAIS PARA O TRANSPORTE
Para garantir o transporte de produtos hortícolas em condições ideais, é necessário considerar o
uso de transporte refrigerado, a seleção adequada de contêineres, cuidados especiais durante o
manuseio e o monitoramento das condições durante todo o processo.
3.3.1 Transporte refrigerado
O uso de transporte refrigerado é essencial para produtos hortícolas sensíveis à temperatura. Os
veículos refrigerados são projetados para manter uma temperatura controlada ao longo do trajeto,
garantindo que os produtos sejam mantidos em condições adequadas. A temperatura ideal varia de
acordo com o tipo de produto, mas geralmente está entre 0 °C e 10 °C. O controle rigoroso da
temperatura durante todo o transporte ajuda a preservar a qualidade, a vida útil e as características
sensoriais dos produtos.
3.3.2 Tipos de contêineres
Existem diferentes tipos de contêineres utilizados no transporte de produtos hortícolas. Os
contêineres refrigerados, também conhecidos como reefers, são projetados com sistemas de
refrigeração integrados para manter a temperatura controlada. Além disso, os contêineres podem ser
equipados com isolamento térmico e sistemas de ventilação para garantir uma circulação adequada
do ar. A seleção do tipo de contêiner depende das necessidades específicas dos produtos hortícolas,
levando em consideração fatores como volume, peso, tipo de embalagem e temperatura requerida.
3.3.3 Cuidados especiais
Durante o transporte, é importante tomar alguns cuidados especiais para garantir a qualidade
dos produtos hortícolas. Isso inclui:
3.3.3.1 Evitar danos físicos
Os produtos devem ser manuseados com cuidado para evitar danos, como amassados, cortes
ou contusões. A utilização de equipamentos adequados, como plataformas de carga e descarga, e a
adoção de boas práticas de manuseio são essenciais.
3.3.3.2 Ventilação adequada
É importante garantir uma ventilação adequada no interior dos contêineres para evitar o acúmulo
de gases indesejados e manter um ambiente adequado para os produtos. A circulação do ar pode ser
melhorada por meio de sistemas de ventilação ou pela disposição correta das caixas e pallets.
3.3.3.3 Proteção contra contaminação
As embalagens devem ser resistentes e seguras para evitar a contaminação dos produtos
durante o transporte. Isso pode ser alcançado utilizando materiais de embalagem adequados e
tomando medidas para evitar a entrada de contaminantes externos.
O transporte adequado de produtos hortícolas requer uma abordagem cuidadosa e atenção aos
detalhes. Ao utilizar transporte refrigerado, selecionar os contêineres adequados, adotar cuidados
especiais durante o manuseio e monitorar as condições ambientais, é possível preservar a qualidade
dos produtos hortícolas durante o transporte, reduzir perdas e garantir a satisfação do cliente. Além
disso, é importante seguir as normas e regulamentos específicos do setor de transporte e logística
para garantir a conformidade e a segurança.
TEMA 4 – ARMAZENAMENTO
O armazenamento adequado de produtos hortícolas é fundamental para preservar sua
qualidade, prolongar sua vida útil e reduzir perdas. O armazenamento adequado envolve o controle
de fatores como temperatura, umidade, luz, ventilação e condições de higiene.
O armazenamento adequado de produtos hortícolas requer o controle preciso de fatores como
temperatura, umidade, luz, ventilação e higiene, levando em consideração as características
específicas de cada produto. O cumprimento desses requisitos contribui para a preservação da
qualidade, frescor e valor nutricional dos produtos hortícolas duranteseu armazenamento
4.1 TEMPERATURA
A temperatura é um dos fatores mais críticos no armazenamento de produtos hortícolas, pois
afeta sua taxa de respiração, maturação e deterioração. Cada tipo de produto tem requisitos
específicos de temperatura de armazenamento. Geralmente, a maioria dos produtos hortícolas é
armazenada em temperaturas baixas, próximas de 0 °C, para retardar a atividade metabólica e
prolongar a vida útil. No entanto, existem variações entre diferentes frutas, legumes e verduras.
O uso de refrigeração no armazenamento de produtos hortícolas tem um impacto significativo
no aspecto econômico. Aqui estão alguns aspectos relevantes:
4.1.1 Prolongamento da vida útil
A refrigeração adequada pode estender a vida útil dos produtos hortícolas, reduzindo as perdas
por deterioração. Isso significa que os produtores e vendedores podem armazenar os produtos por
mais tempo, permitindo melhor planejamento logístico e maior flexibilidade na distribuição e venda.
4.1.2 Preservação da qualidade
A refrigeração controlada ajuda a manter a qualidade dos produtos hortícolas, como textura,
sabor, cor e valor nutricional. Isso é importante para atender às exigências dos consumidores, que
procuram produtos frescos e de alta qualidade. Produtos hortícolas de melhor qualidade geralmente
têm maior demanda e podem ser vendidos a preços mais altos.
4.1.3 Acesso a mercados distantes
A refrigeração permite o transporte de produtos hortícolas para mercados distantes, tanto
nacional quanto internacionalmente. Isso possibilita a expansão dos negócios e a diversificação dos
clientes, aumentando as oportunidades de vendas e lucros.
4.1.4 Suporte ao agronegócio
O uso de refrigeração no armazenamento de produtos hortícolas faz parte de uma cadeia de
suprimentos eficiente e confiável para o setor agrícola. Isso pode atrair investimentos, incentivar a
produção em larga escala e promover o desenvolvimento econômico nas áreas rurais.
4.1.5 Redução de desperdícios
A refrigeração adequada pode ajudar a minimizar as perdas pós-colheita, reduzindo o
desperdício de alimentos. Isso tem um impacto positivo tanto em termos econômicos quanto
ambientais, pois evita a perda de recursos e reduz a pressão sobre os sistemas de produção de
alimentos.
No entanto, é importante considerar os custos associados ao uso de refrigeração, como a
instalação e manutenção de equipamentos, consumo de energia elétrica e monitoramento da
temperatura. O equilíbrio entre os custos e os benefícios econômicos deve ser cuidadosamente
avaliado para garantir a viabilidade financeira das operações de refrigeração.
Em suma, o uso de refrigeração no armazenamento de produtos hortícolas tem um impacto
positivo no aspecto econômico, proporcionando prolongamento da vida útil, preservação da
qualidade, acesso a mercados distantes, suporte ao agronegócio e redução de desperdícios. No
entanto, é importante realizar uma análise financeira adequada para garantir a sustentabilidade e
rentabilidade das operações de refrigeração.
4.2 UMIDADE
A umidade também desempenha um papel importante no armazenamento. Alguns produtos
hortícolas, como folhas verdes, requerem alta umidade para evitar a desidratação, enquanto outros,
como cebolas, requerem baixa umidade para evitar a deterioração.
4.3 CIRCULAÇÃO E RENOVAÇÃO DO AR
A ventilação adequada é essencial para o controle da umidade e da concentração de gases
como o etileno, que é liberado por alguns produtos hortícolas maduros e pode acelerar a maturação e
a deterioração de outros produtos. A circulação de ar adequada também ajuda a evitar a formação
de umidade excessiva e a propagação de fungos e bactérias.
4.4 LUZ
A luz pode acelerar a deterioração de produtos hortícolas, especialmente em relação à perda de
nutrientes e alterações de cor. Portanto, muitos produtos são armazenados em ambientes escuros
ou em embalagens opacas para evitar a exposição à luz.
4.5 CONTROLE E MODIFICAÇÃO DA ATMOSFERA
O controle e modificação da atmosfera no armazenamento de produtos hortícolas é uma prática
importante para preservar a qualidade e prolongar a vida útil dos produtos. Consiste em manipular os
níveis de oxigênio, dióxido de carbono e etileno no ambiente de armazenamento para criar condições
ideais para cada tipo de produto. Aqui estão algumas informações científicas e metodologias
relacionadas a esse processo:
4.5.1 Importância da atmosfera controlada
A atmosfera controlada pode retardar processos de maturação e senescência, inibir o
crescimento de microrganismos indesejáveis e preservar a textura, sabor e valor nutricional dos
produtos hortícolas. Isso é alcançado pela redução do metabolismo respiratório e da produção de
etileno, que são fatores que contribuem para o amadurecimento e deterioração dos produtos.
4.5.2 Seleção da composição da atmosfera
A composição ideal da atmosfera depende do tipo de produto hortícola e das condições de
armazenamento desejadas. Geralmente, a concentração de oxigênio é reduzida para níveis entre 1%
e 5%, enquanto o dióxido de carbono é aumentado para níveis entre 2% e 20%. Além disso, o controle
do etileno, um hormônio vegetal que acelera a maturação, também é importante.
A influência do controle e modificação da atmosfera no armazenamento de produtos hortícolas
pode resultar em várias vantagens, como o prolongamento da vida útil dos produtos, a redução de
perdas pós-colheita, a manutenção da qualidade sensorial e nutricional, a preservação das
características de sabor e a melhoria da eficiência logística. No entanto, é importante considerar as
desvantagens, como os custos associados à infraestrutura e tecnologia necessárias para
implementar e monitorar adequadamente essas práticas.
4.5.3 Utilização comercial da atmosfera controlada
A utilização comercial da atmosfera controlada é uma prática comum na indústria de alimentos,
especialmente no armazenamento e transporte de produtos perecíveis, como frutas, legumes e
flores. A atmosfera controlada consiste em modificar a composição gasosa do ambiente de
armazenamento para retardar processos de amadurecimento, reduzir o desenvolvimento de
microorganismos e preservar a qualidade dos produtos.
A utilização da atmosfera controlada oferece diversas vantagens comerciais, tais como:
4.5.3.1 Prolongamento da vida útil
Ao controlar os níveis de oxigênio, gás carbônico e etileno, é possível retardar o amadurecimento
e a deterioração dos produtos, prolongando sua vida útil e permitindo um tempo maior para
distribuição e venda.
4.5.3.2 Redução de perdas
Com a atmosfera controlada, é possível minimizar perdas decorrentes de amadurecimento
acelerado, deterioração e desenvolvimento de patógenos, resultando em menos produtos
descartados e maior aproveitamento da colheita.
4.5.3.3 Melhoria da qualidade
A atmosfera controlada ajuda a preservar as características sensoriais, como sabor, textura, cor
e aroma, dos produtos hortícolas, garantindo uma melhor qualidade para os consumidores.
4.5.3.4 Expansão do alcance geográfico
A utilização da atmosfera controlada permite que os produtos perecíveis sejam transportados
por distâncias maiores, possibilitando a exportação e a comercialização em regiões distantes.
4.5.3.5 Otimização da cadeia de suprimentos
A atmosfera controlada facilita o planejamento e a gestão da cadeia de suprimentos, pois os
produtos têm uma vida útil mais longa e podem ser distribuídos de forma mais eficiente.
No entanto, é importante ressaltar que a utilização da atmosfera controlada requer
conhecimento técnico e investimento em equipamentos e infraestrutura adequados. Além disso,
cada produto tem requisitos específicos de atmosfera controlada, incluindo níveis de gases e
temperatura ideais, que devem ser considerados para obter os melhores resultados.
4.5.4 Mecanismos de ação do etileno da AC
O etileno é um hormônio vegetal natural que desempenha um papel importante na maturação e
senescência dos frutos. Na atmosfera controlada (AC), o controle doetileno é essencial para manter
a qualidade e prolongar a vida útil dos produtos hortícolas. Existem dois principais mecanismos de
ação do etileno na AC:
4.5.4.1 Autoprodução de etileno
Alguns produtos hortícolas, como maçãs e bananas, produzem naturalmente etileno durante a
maturação. Essa produção de etileno pode ser controlada na AC, removendo ou reduzindo a
quantidade de etileno liberada pelos produtos. Isso é feito por meio de sistemas de absorção ou
adsorção de etileno, que capturam o gás etileno presente no ambiente.
4.5.4.2 Sensibilidade ao etileno
Além da autoprodução, muitos produtos hortícolas são sensíveis ao etileno exógeno, ou seja, ao
etileno proveniente de fontes externas. O etileno exógeno pode acelerar o processo de
amadurecimento e senescência dos produtos. Na AC, é importante controlar a exposição dos
produtos ao etileno exógeno, evitando a contaminação por frutos ou vegetais que produzem altos
níveis de etileno.
Para controlar o etileno na AC, diferentes estratégias podem ser adotadas a remoção do etileno,
filtração do ar, separação física, monitoramento e controle. O controle eficiente do etileno na AC
contribui para prolongar a vida útil dos produtos, retardar o amadurecimento, reduzir a perda de
qualidade e preservar a aparência e características sensoriais dos frutos e vegetais.
4.5.5 Metabolismo respiratório e etileno
O metabolismo respiratório dos produtos hortícolas desempenha um papel importante na
produção de etileno. Durante a respiração, as plantas consomem oxigênio e produzem dióxido de
carbono como subprodutos. Além disso, alguns produtos hortícolas têm a capacidade de produzir
etileno durante o metabolismo respiratório.
A concentração de oxigênio e dióxido de carbono no ambiente de armazenamento dos produtos
hortícolas desempenha um papel crucial na regulação da produção e ação do etileno. Baixos níveis
de oxigênio e altos níveis de dióxido de carbono podem estimular a produção de etileno, enquanto
altos níveis de oxigênio podem inibir sua produção.
Em condições normais de armazenamento, os níveis de oxigênio são mantidos em torno de 2-5%
e os níveis de dióxido de carbono em torno de 3-10%. Essas condições ajudam a minimizar a
produção excessiva de etileno e a prolongar a vida útil dos produtos hortícolas.
No entanto, em sistemas de atmosfera controlada (AC), os níveis de oxigênio e dióxido de
carbono podem ser ajustados de acordo com as necessidades específicas dos produtos. Por
exemplo, para retardar o amadurecimento de certos frutos, pode-se reduzir ainda mais o nível de
oxigênio e aumentar o nível de dióxido de carbono. Isso ajuda a suprimir a produção de etileno e
prolongar a vida útil dos produtos.
Além disso, é importante monitorar regularmente os níveis de etileno no ambiente de
armazenamento por meio de dispositivos de detecção. Isso permite tomar medidas corretivas caso
haja um aumento significativo na produção de etileno, como a ventilação do ambiente para remover o
gás acumulado.
O controle adequado da concentração de oxigênio, dióxido de carbono e etileno no ambiente de
armazenamento é essencial para regular o metabolismo respiratório dos produtos hortícolas e
manter sua qualidade e vida útil.
4.5.6 Fatores de influência e aplicações
Vários fatores podem influenciar a produção e ação do etileno nos produtos hortícolas. Alguns
dos principais fatores incluem:
Maturidade: a produção de etileno aumenta à medida que os produtos hortícolas amadurecem.
Frutas mais maduras produzem quantidades significativamente maiores de etileno;
Lesões e danos: lesões físicas, como cortes, machucados ou danos mecânicos, assim como
lesões por patógenos, podem estimular a produção de etileno em produtos hortícolas. Isso
pode acelerar o processo de amadurecimento e deterioração;
Temperatura: a temperatura afeta a produção de etileno nos produtos hortícolas. Temperaturas
mais altas podem aumentar a produção de etileno, enquanto temperaturas mais baixas podem
inibir sua produção.
As aplicações do controle do etileno em produtos hortícolas são diversas e incluem:
Retardar o amadurecimento: o controle da concentração de etileno no ambiente de
armazenamento pode retardar o amadurecimento de frutas e vegetais, prolongando sua vida
útil e mantendo sua qualidade;
Prevenção de danos por estresse: o controle do etileno pode ajudar a reduzir o estresse
oxidativo e minimizar os danos causados por condições de armazenamento inadequadas,
como altas temperaturas ou baixa umidade;
Prevenção de maturação desuniforme: o controle do etileno pode ajudar a promover uma
maturação mais uniforme dos produtos hortícolas, evitando o amadurecimento excessivo em
algumas áreas e atrasando o amadurecimento em outras;
Controle de doenças pós-colheita: o etileno pode aumentar a suscetibilidade dos produtos
hortícolas a certas doenças pós-colheita. O controle do etileno pode ajudar a reduzir a
incidência e a propagação dessas doenças;
Preservação de produtos sensíveis ao etileno: alguns produtos hortícolas são particularmente
sensíveis ao etileno, como bananas e kiwis. O controle do etileno é essencial para preservar a
qualidade e prolongar a vida útil desses produtos.
É importante ressaltar que a aplicação do controle do etileno em produtos hortícolas requer
conhecimento técnico especializado e o uso de tecnologias e equipamentos adequados para
monitorar e controlar a concentração do gás. Além disso, cada produto hortícola pode ter requisitos
específicos em relação ao controle do etileno, por isso é importante considerar as características
individuais de cada espécie.
4.5.7 Formas de controle do etileno
Existem várias formas de controlar a concentração de etileno nos ambientes de armazenamento
e transporte de produtos hortícolas. Algumas das técnicas mais comuns incluem:
Filtração: utilização de filtros de carvão ativado ou outros materiais porosos para adsorver o
etileno presente no ambiente. Essa técnica reduz a concentração do gás, evitando que ele afete
negativamente os produtos;
Absorção: utilização de materiais absorventes, como zeólitas ou produtos químicos
específicos, que têm afinidade pelo etileno e o retiram do ambiente. Esses materiais
absorventes são colocados em sachês ou compartimentos especiais nas embalagens;
Oxidação catalítica: uso de catalisadores que promovem a oxidação do etileno em dióxido de
carbono e água. Essa reação química converte o etileno em produtos inofensivos, reduzindo
sua concentração;
Inibidores de etileno: utilização de substâncias químicas que inibem a produção ou ação do
etileno. Esses inibidores podem ser aplicados diretamente nos produtos ou utilizados no
ambiente de armazenamento.
Sendo assim, é importante considerar as desvantagens e limitações do controle do etileno,
como o custo associado à utilização de tecnologias específicas, a necessidade de monitoramento
constante das condições de armazenamento e transporte, e a possibilidade de efeitos indesejados,
como atraso no amadurecimento natural e alteração da qualidade organoléptica dos produtos.
TEMA 5 – PADRONIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
5.1 PADRONIZAÇÃO
A padronização e a classificação de produtos hortícolas são processos importantes para
garantir a uniformidade e a qualidade dos produtos comercializados. Essas práticas envolvem
estabelecer critérios e parâmetros para avaliar e categorizar os produtos de acordo com suas
características físicas, sensoriais e comerciais.
A padronização refere-se à definição de normas e especificações que determinam os requisitos
mínimos e máximos aceitáveis para diferentes atributos dos produtos hortícolas, como tamanho,
formato, cor, textura, ausência de defeitos, entre outros. Essas normas podem variar de acordo com o
tipo de produto e com as exigências do mercado.
A classificação, por sua vez, é o processo de agrupar os produtos em categorias ou classes com
base em suas características. Essa classificação pode ser feita de forma visual, com a inspeção e a
seleção dos produtosde acordo com os critérios estabelecidos, ou de forma automática, por meio de
equipamentos de classificação eletrônica que utilizam tecnologias como visão computacional e
sensores.
A padronização e classificação dos produtos hortícolas trazem várias vantagens, tais como:
Qualidade uniforme: as normas e critérios estabelecidos garantem que os produtos dentro de
uma mesma categoria apresentem características semelhantes, proporcionando uma
experiência consistente aos consumidores;
Facilidade de comercialização: a padronização facilita a compra e venda dos produtos, pois os
compradores sabem exatamente o que esperar em termos de tamanho, qualidade e
características do produto;
Melhoria da eficiência logística: a classificação adequada dos produtos permite otimizar a
distribuição e o armazenamento, uma vez que os produtos podem ser agrupados de acordo
com suas características e requisitos de manuseio;
Melhoria da gestão da cadeia de suprimentos: com produtos padronizados e classificados, os
produtores, atacadistas e varejistas podem ter uma melhor previsibilidade e controle sobre
seus estoques, demanda e oferta;
Satisfação do consumidor: a padronização e classificação garantem que os consumidores
recebam produtos que atendam a seus padrões de qualidade e expectativas, resultando em
maior satisfação e fidelidade à marca.
No entanto, é importante ressaltar que a padronização e classificação podem variar de acordo
com os diferentes mercados e regiões. É necessário considerar as regulamentações específicas de
cada país e as preferências dos consumidores locais.
Além disso, é fundamental que as práticas de padronização e classificação sejam aplicadas de
forma justa, transparente e consistente, respeitando os direitos dos produtores e garantindo a
equidade no comércio de produtos hortícolas.
5.1.1 Padrões nacionais
Os padrões nacionais são estabelecidos por autoridades reguladoras de cada país, como órgãos
governamentais ou instituições responsáveis pela agricultura e segurança alimentar. Esses padrões
podem ser baseados em normas internacionais, mas também podem incluir requisitos específicos
para atender às demandas e preferências do mercado nacional. Os padrões nacionais podem variar
devido a diferenças nas condições climáticas, variedades de produtos cultivados e requisitos do
mercado interno.
A padronização de produtos hortícolas por meio de padrões internacionais e nacionais traz
benefícios tanto para produtores como para consumidores e para o comércio global.
5.1.2 Padrões internacionais
Os padrões internacionais são normas desenvolvidas e adotadas por organizações
internacionais, como a Codex Alimentarius, a International Organization for Standardization (ISO) e a
United Nations Economic Commission for Europe (UNECE). Esses padrões visam promover a
harmonização do comércio internacional e facilitar a troca de produtos entre diferentes países. Eles
definem critérios de qualidade, embalagem, rotulagem e outros aspectos relevantes para o comércio
global de produtos hortícolas.
5.2 CLASSIFICAÇÃO
A classificação de produtos hortícolas é um processo de categorização e agrupamento de
produtos com base em características específicas, como tamanho, forma, cor, qualidade, variedade,
entre outros critérios relevantes. A classificação é realizada para facilitar a comercialização, a
logística, o armazenamento e a identificação dos produtos.
Existem diferentes sistemas de classificação utilizados na indústria hortícola, e a escolha do
sistema depende do tipo de produto, do mercado-alvo e dos requisitos específicos. Alguns dos
sistemas de classificação mais comuns incluem:
5.2.1 Classificação por tamanho
Nesse sistema, os produtos são categorizados com base no seu tamanho, geralmente medido
em termos de diâmetro, comprimento ou peso. Essa classificação ajuda a garantir que os produtos
dentro de uma mesma categoria tenham dimensões semelhantes, facilitando a embalagem, a
comercialização e o manuseio.
5.2.2 Classificação por qualidade
Nesse sistema, os produtos são classificados com base em sua qualidade, levando em
consideração fatores como aparência, integridade, maturidade, firmeza, sabor, ausência de defeitos e
doenças. Essa classificação é importante para garantir a oferta de produtos de alta qualidade aos
consumidores e atender às exigências do mercado.
5.2.3 Classificação por variedade
Muitos produtos hortícolas possuem diferentes variedades, cada uma com características
distintas. A classificação por variedade permite a identificação e o agrupamento dos produtos de
acordo com a sua variedade, facilitando a comunicação entre produtores, comerciantes e
consumidores.
5.2.4 Classificação por cor
Alguns produtos hortícolas, como frutas e legumes, podem ser classificados com base em sua
cor. Essa classificação é importante para atender às preferências dos consumidores e facilitar a
identificação e o marketing dos produtos.
5.2.5 Classificação por destino
Em certos casos, os produtos hortícolas podem ser classificados com base em seu destino final,
como consumo in natura, processamento industrial, exportação, entre outros. Essa classificação
ajuda a direcionar os produtos para os canais de distribuição adequados e a atender às diferentes
demandas do mercado.
A classificação de produtos hortícolas é realizada por meio de critérios objetivos, estabelecidos
de acordo com normas e padrões específicos. Esses critérios podem ser definidos por organizações
internacionais, nacionais ou pela indústria em geral. A classificação precisa e consistente dos
produtos hortícolas é fundamental para garantir a qualidade, a padronização e a transparência na
comercialização desses produtos.
5.3 VANTAGENS DA PADRONIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
A padronização e a classificação de produtos hortícolas trazem várias vantagens importantes
para produtores, comerciantes e consumidores. Algumas das vantagens incluem:
5.3.1 Facilita o comércio
A padronização e a classificação fornecem uma linguagem comum para descrever as
características dos produtos hortícolas. Isso facilita a comunicação entre produtores, comerciantes e
consumidores, permitindo uma negociação mais eficiente e transparente.
5.3.2 Garante a qualidade
A padronização e a classificação estabelecem critérios objetivos para avaliar a qualidade dos
produtos hortícolas. Isso ajuda a garantir que apenas produtos de alta qualidade atinjam o mercado,
atendendo às expectativas dos consumidores e mantendo a reputação dos produtores.
5.3.3 Promove a segurança alimentar
A classificação adequada dos produtos hortícolas contribui para a segurança alimentar, uma vez
que permite identificar e separar produtos que possam apresentar riscos à saúde, como aqueles com
defeitos, doenças ou contaminação.
5.3.4 Facilita a logística e o armazenamento
A padronização e a classificação dos produtos hortícolas facilitam o planejamento logístico e o
armazenamento adequado. Os produtos podem ser agrupados com base em suas características
semelhantes, o que simplifica a embalagem, o transporte e o manuseio, resultando em maior
eficiência e redução de perdas.
5.3.5 Promove a transparência e a confiança
A padronização e a classificação fornecem informações claras e confiáveis sobre os produtos
hortícolas, como tamanho, qualidade e variedade. Isso aumenta a transparência na cadeia de
suprimentos, permitindo que os consumidores tomem decisões informadas e confiem nos produtos
que estão adquirindo.
5.3.6 Facilita a identificação de mercado e a segmentação
A classificação por características específicas, como tamanho, qualidade ou variedade, ajuda os
produtores a identificar e atender a diferentes segmentos de mercado. Isso permite adaptar a
produção e a comercialização às preferências dos consumidores, aumentando as oportunidades de
venda e o potencial de lucro.
Em geral, a padronização e a classificação dos produtos hortícolas contribuem para uma
indústria mais organizada, eficiente e confiável. Essas práticasbeneficiam todos os envolvidos na
cadeia de suprimentos, desde os produtores até os consumidores finais.
FINALIZANDO
Abordamos aqui a importância do transporte, pré-processamento, beneficiamento, classificação,
padronização, secagem, embalagem e armazenamento de produtos de origem vegetal e como eles
desempenham um papel vital na cadeia de produção de alimentos, assegurando a qualidade,
segurança e disponibilidade dos produtos para os consumidores. Essas etapas envolvem uma série
de práticas e técnicas que visam preservar as características sensoriais, nutricionais e comerciais
dos alimentos, garantindo sua integridade desde a colheita até o consumo.
O transporte eficiente e adequado dos produtos vegetais é essencial para evitar danos físicos e
preservar sua qualidade. A escolha de veículos adequados, o controle de temperatura e umidade
durante o transporte são elementos-chave para garantir que os alimentos cheguem ao destino em
condições ideais. Além disso, o pré-processamento e beneficiamento dos produtos, como limpeza,
seleção e corte, contribuem para a melhoria da qualidade e facilitam o consumo e o processamento
posterior.
A classificação e padronização dos produtos vegetais têm um papel fundamental na facilitação
da comercialização e atendimento às demandas dos consumidores. Esses processos permitem a
uniformidade dos produtos, garantindo que eles atendam aos requisitos de tamanho, cor, maturidade
e qualidade. Além disso, a secagem adequada dos produtos vegetais ajuda a prolongar sua vida útil,
reduzindo o crescimento de microrganismos e preservando sua qualidade nutricional.
A embalagem adequada dos produtos vegetais desempenha um papel crucial na proteção
contra danos físicos, contaminação e deterioração. A escolha dos materiais de embalagem corretos,
considerando suas propriedades de permeabilidade ao ar, resistência e proteção contra a luz, é
essencial para preservar a qualidade dos alimentos durante o armazenamento e transporte. Além
disso, a adoção de práticas de armazenamento adequadas, como controle de temperatura, umidade
e ventilação, ajuda a manter a qualidade e prolongar a vida útil dos produtos.
Em suma, o transporte, pré-processamento, beneficiamento, classificação, padronização,
secagem, embalagem e armazenamento de produtos de origem vegetal são elementos essenciais
para garantir a qualidade e disponibilidade de alimentos saudáveis para os consumidores. O uso de
boas práticas, tecnologias adequadas e o cumprimento de regulamentações sanitárias são
fundamentais nesses processos. A contínua pesquisa e inovação nessa área são essenciais para
melhorar a eficiência, sustentabilidade e segurança dessas etapas, assegurando assim a qualidade e
o valor dos produtos de origem vegetal ao longo da cadeia produtiva.
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