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▪AULA DA DISCIPLINA DE PALEONTOLOGIA PARA OS ALUNOS DO CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA INTRODUÇÃO A PALEONTOLOGIA PROF. LINEO APARECIDO GASPAR JUNIOR ▪ Introdução. ▪Definições. ▪ Importância da Paleontologia. ▪Histórico. ▪Paleontologia no Brasil. ▪Áreas da Paleontologia. ▪ Legislação sobre Fósseis. ▪ Técnicas de Estudo Paleontológico. ▪Para Assistir!! ▪Referências Bibliográficas. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ▪ A Paleontologia é então o estudo dos fósseis e suas aplicações. ▪ A Paleontologia é uma Geociências ou seja uma ciências que estuda o nosso planeta, a Terra. ▪ Não se trata apenas de uma ciência meramente descritiva, ela se preocupa, também, com o conhecimento total dos organismos que antecederam os atuais, com seu modo de vida, condição ambiental sob as quais se desenvolveram causas da sua morte ou extinção e prováveis relações filogenéticas. A Paleontologia é uma Geociência ▪ A história dos fósseis é também a história da migração dos continentes, das mudanças climáticas, das extinções em massa e das modificações ocorridas na fauna e flora ao longo do Tempo Geológico. ▪ Apenas para esclarecer: Tempo Geológico é o período que vai desde a origem da Terra até o período anterior ao atual. Período atual é o Holoceno que tem 10.000 anos. INTRODUÇÃO A Magnitude do Tempo Geológico ▪ Fósseis = latin = “fossilis” = ser desenterrado" ou "extraído da Terra“ ▪ Fósseis são restos ou vestígios (traços) de animais, vegetais e de outros microorganismos (algas, fungos e bactérias) que viveram em tempos pré- históricos e estão naturalmente preservados nas rochas sedimentares. DEFINIÇÕES Fóssil DEFINIÇÕES ➢ Os organismos morrem e ocorre a decomposição das suas partes moles (tecidos, etc). ➢ As partes duras (conchas, esqueletos, espículas, etc) podem ou não ser transportados, juntamente com sedimentos inorgânicos (grãos minerais) pela ação dos agentes transportadores, sendo o principal deles a água. ➢ O agente transportador leva os restos orgânicos para as grandes depressões nas crosta terrestre chamadas de bacias sedimentares. ➢ Nestas bacias os sedimentos são depositados em camadas e ocorre o processo chamado diagênese que transforma os sedimentos inorgânicos em rochas sedimentares e os restos orgânicos em fósseis. ORGANISMO VIVO MORTE TRANSPORTADO (sedimentos) NÃO TRANSPORTADO (sedimentos) DIAGÊNESE ROCHAS SEDIMENTARES ROCHAS VULCÂNICAS BACIAS SEDIMENTARES FÓSSIL Processo de Formação de um Fóssil BACIAS SEDIMENTARES BRASILEIRAS Bacias Sedimentares Brasileiras ➢Fósseis Corpóreos: restos (ossos, conchas) de organismos que viveram no passado. ➢Fósseis-traço ou vestígios: resquício de organismos primitivos, sem serem partes dos seus esqueletos, como por exemplo pegadas, ovos, tubos, moldes de conchas, etc.. DEFINIÇÕES Concha de Amonite: fóssil corpóreo Pegada de dinossauro: vestígio ➢Subfósseis: organismo ou vestígio com menos de 11.000 anos (Holoceno). ➢Microfósseis: fósseis de diminutas dimensões, necessário o uso de microscópio. ➢Macrofósseis: fósseis de tamanho grande, observável ao olho nú. DEFINIÇÕES Múmia natural encontrada no Deserto do Atacama Macrofóssil de peixe Microfóssil de foraminífero Macrofósseis X Microfósseis ➢Pseudofóssil: falsos fósseis; percolação de substância. ➢Fósseis vivos: organismos que existem ainda hoje e que pouco mudaram ao longo da sua história geológica. ▪ Exemplo: a planta Gingko biloba e animais como Limulus sp. e Latimeria chalmnae. DEFINIÇÕES Pseudofóssil: fraturas na rocha preenchidas com o mineral pirolusita. Fóssil vivo: Gingko bilobaGingko biloba atual Limulus sp atual Limulus sp fóssil Latimeria chalmnae. atual Latimeria chalmnae. fóssil Fósseis Vivos ▪ Fossilização: é o conjunto de processos que permitem a conservação de restos ou vestígios de animais e plantas. ▪A fossilização de um organismo resulta da ação de um conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que atuam no ambiente deposicional. DEFINIÇÕES O Processo de Fossilização P ro ce ss o n a tu ra l ▪Neontologia (gr. neo = novo + ontos = ser + logos = estudo) significa estudo do ser novo = BIOLOGIA. ▪Paleontologia (gr. Palaios = antigo + ontos = ser + logos = estudo) significa estudo do ser antigo. DEFINIÇÕES Inseto fossilizado ▪Paleontologia é a ciência que estuda os fósseis, ou seja, o vasto documentário de vida pré- histórica. ▪Paleontologia quer dizer "o estudo da vida antiga", do grego "Palaios = antigo; ontos = coisas existentes; logos = estudo", mas essa é uma definição muito vaga. DEFINIÇÕES Fóssil vegetal ▪A Paleontologia ocupa-se da descrição e da classificação dos fósseis, da evolução e da interação dos seres pré- históricos com seus antigos ambientes, da distribuição e da datação das rochas portadoras de fósseis, etc. ▪A Paleontologia é uma ciência multidisciplinar, relacionada à Geologia, à Biologia (principalmente Zoologia e Botânica), à Ecologia e à Oceanografia, dentre outros campos do conhecimento preocupados em estudar as interações entre os organismos e o meio ambiente. DEFINIÇÕES PALEONTOLOGIA GEOLOGIA BIOLOGIA ECOLOGIA OCEANOGRAFIA QUÍMICA GEOGRAFIA ENTRE OUTRAS... Relação entre a Paleontologia e Outras Áreas ▪ O Paleontólogo é o cientista que estuda a vida pré-histórica, a partir das evidências fornecidas pelos fósseis e pelas rochas. ▪ O Registro Fóssil inclui a totalidade dos fósseis já descobertos e descritos, bem como aqueles ainda a serem descobertos. ▪ As descobertas paleontológicas indicam que as evidências mais antigas de vida na Terra têm aproximadamente 3.5 bilhões de anos. DEFINIÇÕES Fóssil mais antigo do mundo de cianobactéria com 3,46 B.a. REGISTRO FÓSSIL ➢Os fósseis são uma importante ferramenta para os geólogos e biólogos: 1) Através do estudo dos fósseis os geólogos são capazes de identificar o paleoambiente gerador das rochas sedimentares bem como sua idade relativa, o movimento dos continentes, a variação do clima da Terra etc. 2) A indústria do petróleo, em todo o mundo, utiliza-se também das informações oferecidas pelos fósseis para encontrar óleo, gás natural, etc. IMPORTÂNCIA DA PALEONTOLOGIA 3) Por outro lado, os biólogos, que procuram entender como surgiu a grande diversidade de organismos, utilizam os fósseis nos seus estudos evolutivos. 4) O entendimento dos processos que controlaram a evolução e dispersão dos organismos por toda Terra são úteis para a compreensão de temas como o surgimento da vida, surgimento de novas espécies, crises biológicas etc. IMPORTÂNCIA DA PALEONTOLOGIA ➢No século VI a.C., Xenófanes de Cólofon já havia reconhecido que algumas conchas fósseis eram restos de organismos marinhos antigos. Concluiu que o local onde eram escavados, outrora fora um fundo de mar. HISTÓRICO ➢ Aristóteles (384-322 a.C.) fez relação de ambientes secos e úmidos, e que os organismos foram formados pelo grande dilúvio. HISTÓRICO ➢ Eusébio de Cesareira (263 a 339 A. C.) ➢ Paulo Orosius (385 a 423 A. C.) • Restos de animais marinhos longe do mar, constituíam uma clara demonstração dos acontecimentos relacionados ao Dilúvio e suas vítimas HISTÓRICO ➢ Abu ibn Sinna – Avicenna (980 a 1037) ➢ De congelatione et conglutinatione lapidum vis plastica ➢ Capaz de dar às pedras formas semelhantes a animais e plantas, não conseguindo porém dar-lhes vida. ➢Shen Kuo (1031 - 1095) usou a evidência de fósseis marinhos escavados nas montanhas Taihang para inferir a existência de processos geológicos e alterações do nível do mar ao longo do tempo. HISTÓRICO ➢ Leonardo da Vinci (1452-1519), em um trabalho concluiu que os fósseis eram restos completos de organismos marinhos que detinham grande semelhança com espécies atuais e como tal fáceis de serem identificadas. ➢Georgius Agrícola (1494-1555) empregou a palavra “fóssil” para designar tanto organismos petrificados, como minerais.HISTÓRICO ➢ Martinho Lutero (1483 – 1546): Mito do Dilúvio Universal. ▪ Fósseis marinhos encontrados em terra livre. ▪ Interpretação biológica dos fósseis como justificativa teológica da extinção das espécies. HISTÓRICO ➢ No século XVII Nicolau Steno (1638 - 1686), estabeleceu um ordenamento temporal para os estratos geológicos, nos quais os fósseis eram encontrados. ▪ Esta relação estendeu-se para os fósseis levando-os a serem tratados como registros da história da vida na Terra HISTÓRICO ➢ Johann Jakob Scheuchzer (1672-1733). ▪ Fósseis recolhidos no Lago Constança (Suíça). ▪ 1726: Homo Diluvii Testis. ▪ “Filho da danação, por causa de cujos pecados a catástrofe (Dilúvio), atingiria o mundo inteiro” ➢Carlos Lineu (1707-1778) restringiu a palavra fósseis para designar organismos petrificados. ▪ Lançou a obra Systema Naturae, 1758. HISTÓRICO ➢ Georges Louis Leclerc, Conde de Buffon (1707-1788). ▪ Foi precursor de Lamarck e Darwin, com suas concepções filosóficas e o estudo das espécies, que foram ótimos subsídios para o progresso da biologia. ➢Jean Baptiste de Monet (1744 – 1829) = Evolucionismo como a doutrina compatível com a variabilidade do mundo orgânico demonstrada pelos fósseis. HISTÓRICO ➢ Willian Smith (1769-1832) – primeiro pesquisador a servir-se de fósseis como meio auxiliar na ordenação cronológica das camadas de rochas sedimentares. HISTÓRICO ➢ Na virada do século XVIII para o XIX = trabalhos de Georges Cuvier (1769- 1832) = baseados em seus princípios da Anatomia Comparada = surgimento da Paleontologia como disciplina científica + desenvolvimento da Geologia. HISTÓRICO ➢ Charles Lyell (1797-1885): ➢ Princípio do Uniformitarismo. ➢ A natureza manteve sempre as mesmas leis. ➢ Os processos geológicos desenvolvem se de forma natural, devido a processos físicos, químicos e biológicos que atuam de forma lenta, gradual e contínua ao longo do tempo geológico. ➢Alcide D’ Orbigny (1802-1857) – reconheceu fósseis = estratigrafia e usou o conceito de biozona. HISTÓRICO ➢ Adolphe Brongniart (1801-1876) – fundador da Paleobotânica. ➢ Johann Gothellf Fischer von Waldheim (1771-1853): usou o termo Paleontologia em 1834. ➢Charles Darwin (1809 – 1882) – evolucionismo – ínicio das pesquisas paleontológicas com vistas filogenéticas. HISTÓRICO ➢ Albert Oppel (1831-1865) – utilizou o termo zona com maior precisão – ínicio da Bioestratigrafia. ✓1817 – Chorographia braziliza - Primeira referência bibliográfica de fósseis no Brasil. ✓1818 – Foi criado por D. João VI o Museu Real (atual Museu Nacional) no Rio de Janeiro. ✓1823 – Johann Baptist Von Spix – livro: Rise in Brasilien. ✓1841 – George Gardner coletou peixes fósseis no Ceará. ✓1843 Peter Lund encontrou em cavernas na região de Lagoa Santa-MG restos de mamíferos e de homens pré-históricos. ✓1860 – Samuel Allport – coletou restos de peixes, moluscos perto da cidade de Salvador. ✓1869 – W. Carruthers – descreveu restos vegetais nas camadas de carvão do Rio Grande do Sul. PALEONTOLOGIA NO BRASIL Peter Lund: o pai da Paleontologia Brasileira ✓1902 - Em Santa Maria (Rio Grande do Sul) são coletados os restos de um Rincossauro, que foi o primeiro fóssil vertebrado da América do Sul. ✓1907 – criado o Serviço Geológico e Mineralógico do Brasil – (DNPM) = desenvolvimento das ciências geológicas. ✓1913 - John Clarke publica Fósseis Devonianos do Paraná. ✓Década de 1940 e de 50, Brasil - Llewellyn Ivor Price registra os primeiros fósseis de dinossauros encontrados em território brasileiro. ✓1950 criação da Petrobrás e de várias escolas de Geologia nas capitais. PALEONTOLOGIA NO BRASIL Llewellyn Ivor Price registra os primeiros fósseis de dinossauros no Brasil ✓1950 – Karl Beurlen – estudo sobre fósseis de invertebrados brasileiros. ✓1970 – o Estauricossauro é o primeiro dinossauro brasileiro e foi coletado em Santa Maria no Sítio Paleontológico Jazigo Cinco, pelo paleontólogo Llewellyn Ivor Price, ✓2006 – descobrimento do dinossauro ancestral: o Sacissauro. O nome é bem sugestivo, já que o dinossauro foi encontrado com uma perna! ✓2008 - Descoberto o maior dinossauro brasileiro: Uberabatitan ribeiroi no Triângulo Mineiro. PALEONTOLOGIA NO BRASIL Uberabatitan ribeiroi ▪ A Paleontologia no Brasil se desenvolve principalmente no ambiente acadêmico, em centros de pesquisa universitários. ▪ Como o Brasil não possui graduação superior nessa área, o profissional precisa optar por uma pós-graduação (especialização, mestrado, doutorado) para ampliar seus conhecimentos. ▪ Há, no entanto, alguns setores em que este profissional pode trabalhar – e são áreas que, felizmente, têm crescido bastante: 1) Museus (história natural, zoologia); 2) Parques paleontológicos; 3) Empresas da área de geologia; 4) Empresas da área de biologia; 5) Laboratórios de análises de fósseis; 6) Universidades e institutos de pesquisa; 7) Divulgação científica; 8) Consultoria e assessoria a produções audiovisuais. ÁREAS DA PALEONTOLOGIA ➢Entre as áreas da Paleontologia estacam-se: ➢Paleozoologia: é o ramo da biologia que estuda os restos mineralizados de animais que existiram de milhares a milhões de anos atrás. ➢Paleogeografia: estuda as associações dos fósseis com base nos dados paleontológicos, podendo se estabelecer a delimitação entre antigos continentes e mares de diversas épocas geológicas. ÁREAS DA PALEONTOLOGIA Paleogeografia ➢Paleobotânica é o estudo dos fósseis de plantas. ➢Paleopalinologia o estudo dos restos de pólen e esporos fossilizados. ➢Paleoclimatologia: com base no conteúdo fossilífero pode se obter informações sobre o clima do passado. ÁREAS DA PALEONTOLOGIA Paleobotânica Paleopalinologia Paleoclimatologia ➢Paleoecologia: é o ramo da Paleontologia que visa o entendimento das relações entre os organismos antigos e seus ambientes. ➢Micropaleontologia: estudo dos fósseis microscópicos. ÁREAS DA PALEONTOLOGIA Paleoecologia Micropaleontologia ➢Tafonomia: é o ramo da Paleontologia que se devota ao estudo das condições e processos que propiciam a preservação de restos orgânicos pré-históricos ou de vestígios deixados por esses restos. ➢Estratigrafia: é o ramo da geologia que estuda os estratos ou camadas de rochas, buscando determinar os processos e eventos que as formaram. ➢Entre outras... ÁREAS DA PALEONTOLOGIA Tafonomia Estratigrafia Áreas da Paleontologia LEGISLAÇÃO SOBRE FÓSSEIS ➢ Entre as principais leis e decretos sobre a proteção de fósseis e sítios paleontológicos destacam-se: ➢ Os fósseis e depósitos fossilíferos são considerados bens públicos, pertencentes à Nação desde a publicação do Decreto-Lei 4.146, em 1942. Estes permaneceram integrandos o patrimônio da União após a promulgação da Constituição Federal de 1988 (Art. 20, I). A lei define que cabe ao DNPM a gestão destes bens. ➢ Os artigos 20, 23 e 24 da Constituição do Brasil de 1988 são bastante claros ao definir que os fósseis são bens da União e que há a responsabilidade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na defesa de nosso patrimônio natural. LEGISLAÇÃO SOBRE FÓSSEIS ➢ Além de serem bens públicos, a Constituição também considerou (no artigo 216) os “sítios de valor paleontológico” como patrimônio cultural brasileiro, o qual deve ser protegido pelo poder público através de todas as formas legais de acautelamento e de preservação. ➢ Um dos artigos da Lei 8.176 de 08/02/1991 define como crime contra a ordem econômica, na modalidade de usurpação, a exploração de matéria-prima pertencente à União, sem autorização legal ou em desacordo com as obrigações impostas pelo título autorizativo (Artigo 2º). O fóssil, como bem da União, e sem a autorização legal do DNPM para sua exploração, se enquadra nesta modalidade de contravenção. a) Objetivos: extrair informações dos fósseis relativos à: ▪ Identificação e descrição de faunas e floras do passado; ▪Datação e correlaçãode rochas sedimentares; ▪Paleobiogeografia; paleoclimatologia e paleoecologia; ▪História evolutiva dos organismos. TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO b) Fases 1) Campo: localização, descrição estratigráfica e coleta; 2) Laboratório: preparação; 3) Escritório: descrição morfológica, ilustração e interpretação. TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO Fases do Estudo Paleontológico ❑Em Escritório: ➢Localização ▪ Localização de afloramentos fossilíferos. ▪ Rochas sedimentares = são formadas pelo acúmulo de sedimentos em grandes depressões = bacias sedimentares. ▪ Devido pela dinâmica Interna = rochas se expõem na superfície = afloramentos (cortes de estradas, falésias, margem de rios, etc.) –Pesquisa bibliográfica = geologia da área e fósseis encontrados na área. –Fotos aéreas, mapas ▪ Exame, descrição e medição –Perfil ou seção geológica –Seção colunar. TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO AFLORAMENTO FOSSILÍFERO MAPA GEOLÓGICO F O T O A É R E A M A P A T O P O G R Á F IC O SEÇÃO COLUNAR PERFIL GEOLÓGICO ❑Em Campo: ➢Anotações de campo (superfície) ▪Caderneta de campo – Localização geográfica/ análise estratigráfica; – Descrição : atitude, litologias, estruturas sedimentares, contatos = interpretar o paleoambiente e evolução geológica de uma área da bacia sedimentar. – Fotos e esquemas. TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO Caderneta de Campo de Geólogo ➢Recomendações para as Anotações de campo (superfície): a) Deve ter capa dura para proteção e auxiliar nas medidas com a bússola; b) Dimensões aproximadas de 15x20 cm; c) Folhas quadriculadas em tom cinza esmaecido para facilitar desenhos e esquemas; d) Deve ser utilizado uma linguagem direta e clara e) Uso de abreviaturas. TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO Anotações de Campo ➢Anotações de campo (superfície) ▪Medição da espessura – Técnicas expeditas: GPS, clinômetro, bússola, trenas, metro, etc. TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO Medição de Espessura de uma Camada AFLORAMENTOS – NÍVEIS ESTRATIGRÁFICOS TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO ➢ Coleta (em superfície) ◼ Amostragem de procura - Busca de intervalos fossilíferos ◼ Amostragem propositada - Identificação de intervalos fossilíferos conhecidos. ➢ Retirada do material em: 1) Planos verticais: trincheira 2) Planos horizontais: corte da rocha matriz. ◼ Amostragem estatística - Para fins quantitativos. Coleta de amostras em trincheira TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO ➢ Coleta (superfície) ◼ Aspectos tafonômicos; ◼ Coleta. ◼ Peneiramento: fracionamento de sedimentos por tamanho para facilitar a seleção. ◼ Numeração, embalagem e transporte Numeração e embalagem de amostras ➢Material para coleta: ▪ Lupa de bolso; ▪Picareta; ▪Martelo de geólogo; ▪Pá, ▪Peneiras. ▪Explosivos (em casos especiais); ▪Papel (jornal), fita crepe, sacos plásticos para o acondicionamento das amostras. TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO Material de coleta ▪ No caso de amostras friáveis (Ex: ossos) = cuidados especiais na coleta: a) Tratá-los com substâncias endurecedoras ou adesivas introduzidas pelos poros; b) Remoção da matriz; c) Proteger as partes expostas com bandagens de tiras de aniagem ou gaze embebidas em gesso calcinado; d) Entre o osso e a bandagem coloca-se papel para evitar aderência. TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO Fóssil em rocha friável COLETA - CAMPO TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO ➢ Coleta (subsuperfície) ◼ Poços: Tipos de amostras: 1) Testemunho = sem risco de contaminações. 2) Calha = mistura de microfósseis = contaminações. ❖ Cavernas = calcárias – podem ocorrer: a) em sedimentos friáveis impregnados por calcita; b) submersos em cavidades inundadas. Testemunho Calha Coleta em Subsuperfície ❑Em Laboratório: ➢Preparação para estudo ▪ Tipos de fossilização; ❖Preparação mecânica (rochas clásticas); ▪ Separação do fóssil da matriz = mecânica ou química ou combinação dos dois métodos: – Fósseis solúveis em ácido – Fósseis insolúveis em ácido ❖Preparação química (rochas carbonáticas) – Fósseis insolúveis em ácido. TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO ➢Para a separação mecânica do fóssil da matriz são utilizados os seguintes instrumentos: ▪ Bancada de preparação acoplada com lupa e iluminação natural complementada por lâmpadas frias. ▪ Travesseiro de areia. ▪Martelo de geólogo; ▪ Talhadeira; ▪ Aparelhos elétricos providos de brocas rotativas ou de pontas de aço percussoras. ▪ Aparelhos que produzem jatos de areia; ▪ Aparelhos ultrassônicos (matriz envolvente = porosa). ▪ Entre outros... TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO Métodos de Separação Mecânica de Fósseis ➢Para a separação química dos fósseis da matriz, são utilizados: ▪Ácido acético diluído = isolar ossos em rochas carbonáticas; ▪Soda cáustica ou carbonato de potássio para fósseis em rochas argilosas; ▪Maceração (ácido fluorídrico + solução de Schultz) para sedimentos finos com fragmentos vegetais carbonizados; ▪Microfósseis separados por peneiramento ou flutuação após pulverização; ▪Entre outros.... TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO Métodos de Separação Mecânica e Química de Fósseis ➢Reparação de Peças: fragmentação do fóssil durante os trabalhos de escavação ou preparação em laboratório = requer o reparo através de: a) Colagem das peças fragmentadas: unir fragmentos por meio de adesivos de secagem rápida do tipo bonder, etc. b) Impermeabilização: confere ao fóssil uma maior resistência quando a sua natureza é friável = adesivos em concentrações menores e em estado mais líquido TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO Colagem de amostra ❖Preparação para estudo: ➢Análises Utilizadas - ▪ Raios X = morfologia interna do fóssil ▪ Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV) = morfologia de pequenas organismos e de submicroestruturas. ▪ Ultrassom: desegregação de sedimentos aderidos ao fóssil. ▪ Radiografia: observação de detalhes internos. ▪ Tomografia Computadorizada: observação tridimensional dos espécimens. ▪ Análise óptica em lupas, microscópios biológicos ou petrográficos = exame da morfologia e analisar a microestrutura. ▪ Entre outras.... TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO ❖Preparação para estudo: ▪Moldagem: para melhor caracterização morfológica interna dos fósseis = latex, gesso, gelatina líquida, etc ▪Medição: feita com paquímetro ou na lupa e microscópio; ▪ Fotografia e desenho: para melhor representação de um fóssil = mostrar particularidades do organismo. TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO Moldagem de amostra PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS ❑Em Escritório: ▪ Identificação e descrição dos tipos; ▪ Interpretação (bioestratigráfica, paleontológica, paleobiogeográfica ou evolutiva). TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO Conchas fósseis TRABALHOS DE ESCRITÓRIO ❑Publicação: ➢Tipos: – Relatórios; – Dissertações e teses; – Artigos científicos. TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO ➢Um relatório ou trabalho paleontológico consta de: 1)Resumo; 2)Abstract; 3)Introdução; 4)Corpo do relatório: aspectos físicos da área, trabalhos anteriores, Geologia Regional, Geologia Local, etc.. 5)Discussão; 6)Conclusões: síntese da discussão; 7)Referências Bibliográficas; 8)Documentação e Anexos: mapas geológicos, seções estratigráficas, descrições taxonômicas, etc. TÉCNICAS DE ESTUDO PALEONTOLÓGICO PARA ASSISTIR!! ❑https://www.youtube.com/watch?v=i6icGX RvfG4 ❑https://www.youtube.com/watch?time_con tinue=13&v=C_v6O29Yve0&feature=emb _logo ❑https://www.youtube.com/watch?v=rgKCY 0V55eY ▪ ARAGÃO, M. J. História da Terra. Rio de Janeiro: Interciência, 2008. 207p. ▪ BENTON, M.J. Paleontologia dos Vertebrados. São Paulo: Editora Atheneu. 2008. 464p. ▪ BRITO, I. M. – Bacias Sedimentares e Formações Pós-Paleozóicas do Brasil. Rio de Janeiro: Interciência, 1979, 179p. ▪ CARVALHO, I. S. Paleontologia. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2 ed. 2004. 1152p. ▪ CARVALHO, I. S. Paleogeografia: Cenários da Terra. 1ª ed. Rio deJaneiro: Editora Interciência 2022. 468p. ▪ FERNANDES, A. C. S. Guia dos Icnofósseis de Invertebrados do Brasil. Rio de Janeiro: Interciência, 2002. 258p. ▪ Fósseis: Guia Prático/ tradução Maria Lúcia Cavinato. São Paulo: Nobel, 1998. 64p. ▪ HOLZ, M. ; SIMÕES, Marcello G. . Elementos fundamentais de Tafonomia. 1. ed. Porto Alegre: Editora da Universidade, 2002. v. 1. 231 p. ▪ IANNUZZI, R. V. Paleobotânica. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2005. 167p. ▪ LIMA. M. R. de. Fósseis do Brasil. São Paulo: Edusp, 1989, 118p. ▪ MCALESTER, A. L. História Geológica da Vida. São Paulo: Edgard Blücher, 7 reimpressão, 2002. 173p. ▪ MENDES, J. C. Paleontologia Básica. São Paulo: T. A. Queiroz : Editora da Universidade de São Paulo, 1988. 347p. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ▪ MENDES, J. C. Paleontologia Geral. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo. 1977. 342p. ✓MOLINA, E. Micropaleontología. 2ª ed. Zaragoza: Prensas Universitarias de Zaragoza, 2004. 704p. ▪ MOREIRA, L. E. Curso Programado de Paleontologia Geral e dos Invertebrados. Goiânia: Ed. da UCG, 2004. 320p. ▪ PEARSON, R. Climate and Evoluation. New York: Academic Press Inc. 1978. 274p. ▪ RIBEIRO-HESSEL, M. H. Curso Prático de Paleontologia Geral. Editora EdFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 1982. 249p. ▪ SALGADO-LABOURIAU, M. L. História Ecológica da Terra. 2. ed. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 1994. v. 1. 307 p. ▪ SALGADO-LABOURIAU, M. L. Critérios e Técnicas para o Quaternário. 1. ed. São Paulo: Editora Edgard Blücher, 2007. 387 p ✓URIARTE, A. L. S. C. Historia del Clima de La Tierra. Acessado em: http://web.me.com/uriarte/Historia_del_Clima_de_la_Tierra/Historia_del_clim a_de_la_Tierra.html REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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