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APOSTILA DIFERENTES ABORDAGEM SOBRE A PSICOPEDAGOGIA INSTITUCIONAL E CLINICA

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DIFERENTES ABORDAGEM SOBRE A PSICOPEDAGOGIA 
INSTITUCIONAL E CLÍNICA 
 
 
 
 
2 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de 
empresários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação 
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade 
oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos 
que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, 
de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Sumário 
 
NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 2 
Fundamentos da psicopedagogia – clínica e institucional ................................... 5 
Como e onde surgiu ................................................................................................................ 5 
[ SÉCULO XIX ] ...................................................................................................................... 6 
[ SÉCULO XX ] ....................................................................................................................... 6 
[ SURGIMENTO DO TERMO ] ............................................................................................... 6 
[ OBJETIVOS E FUNDAMENTOS PRIMÁRIOS ] ..................................................................... 7 
Desenvolvimento da psicopedagogia na Argentina .............................................. 8 
[ PRIMEIRO CURSO UNIVERSITÁRIO ] em Psicopedagogia ..................................................... 8 
[ EXPANSÃO NOS CAMPOS DE ATUAÇÃO ] ............................................................................. 9 
Fundamentação psicológica ................................................................................................. 11 
Interdisciplinaridade na psicopedagogia .............................................................................. 11 
Multidisciplinaridade psicopedagógica ................................................................................ 12 
Proposta psicopedagógica .................................................................................................... 12 
OBJETO DE ESTUDO ........................................................................................................... 12 
Atividades psicopedagógicas ................................................................................................ 13 
Campos norteadores da ação psicopedagógica .................................................. 13 
Exemplos de modelos de abordagem................................................................................... 14 
Fundamentos filosóficos da psicopedagogia ........................................................................ 16 
[Filosofando a psicopedagogia como fator de inclusão social] ............................................ 17 
Essa proposta consagrou-se como princípio da filosofia de inclusão. ................................. 20 
 
 
 
 
4 
Relação com o cliente/aluno ................................................................................................ 21 
Fundamentos da psicopedagogia institucional ................................................... 23 
Intervenção preventiva ......................................................................................................... 24 
A atuação psicopedagógica institucional .............................................................................. 25 
FILOSOFIA DA INCLUSÃO no âmbito da psicopedagogia. ..................................................... 29 
Formação em psicopedagogia ............................................................................... 30 
Código de ética ..................................................................................................................... 31 
Referências: ............................................................................................................. 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
Fundamentos da psicopedagogia – clínica e institucional 
 
o que é psicopedagogia? 
 
“A psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde e Educação que lida 
com o processo de aprendizagem humana; seus padrões normais e patológicos, 
considerando a influência do meio _ família, escola e sociedade _ no seu 
desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia”. 
(Código de Ética da Associação Brasileira de Psicopedagogia) 
Se consultarmos um dicionário clássico de termos técnicos encontraremos: 
 “Psicopedagogia: Termo cujo aparecimento no início do século XX não pôde 
causar admiração, de tal modo parecia evidente, na época, a privilegiada relação da 
pedagogia com a psicologia, que era considerada renovadora do conhecimento do 
sujeito da educação: a criança. 
No final do século, esse privilégio é contestado. As realidades da educação 
dependem igualmente, e até mais, de uma sociopedagogia, cuja ausência no 
inventário das ciências demonstraria a força de ideologia psicologista. A 
psicopedagogia é uma das possíveis abordagens da situação educacional, a que 
leva em consideração seus componentes psicológicos: característicos dos 
indivíduos e dos grupos, relações professores-alunos, articulação dos conteúdos e 
dos métodos com os processos individualizados de aprendizagem, etc. 
(Homeline, in Doron e Parot, 1998; p. 634)”. 
 
Como e onde surgiu 
Quanto à possibilidade do resgate dos primórdios históricos dos fundamentos 
da Psicopedagogia, é consenso a admissão da França como país pioneiro, porém 
podemos deparar com duas datas distintas quanto aos seus primórdios factuais; 
apesar de ambas apontarem à França como o país genitor, há duas datas 
 
 
 
 
6 
divergentes com base no julgamento dos fatos: uma que nos remete ao século XIX e 
a outra que data do século XX. 
[ SÉCULO XIX ] A idéia da gênese psicopedagógica do século XIX, é 
fundamentada no fato de que no final desse século educadores pioneiros como Itart, 
Pereire, Pestalozzi e Leguin começaram a se dedicar às crianças que apresentavam 
problemas de aprendizagem devido a múltiplos fatores - período próximo a 1898, - 
quando Clarapéde e Neville, introduziu na escola pública as "classes especiais", 
destinadas à educação de crianças com retardo mental. Esta foi a primeira iniciativa 
registrada de médicos e educadores no campo da reeducação. Outro fato importante 
quanto a data do século XIX, é que ainda antes do seu termino, surgiu Seguin e 
Esquirol, dando ênfase à neuropsiquiatria infantil que passou a se ocupar dos 
problemas neurológicos que afetam a aprendizagem. Nessa época a psiquiatra 
italiana Maria Montessori criou um método de aprendizagem destinado inicialmente 
às crianças com algum retardo, tendo como sua principal preocupação a educação 
da vontade e a alfabetização, via estimulação dos órgãos dos sentidos – (método 
sensorial). 
[ SÉCULO XX ] Entre 1904 e 1908 (século XX) iniciam-se as primeiras 
consultas médico-pedagógicas, cujo objetivo era encaminhar crianças para as 
classesespeciais. Mery (1985) apontaesses educadores como pioneiros no 
tratamento dos problemas de aprendizagem, observando, porém, que eles se 
preparavam mais pelas deficiências sensoriais e pela debilidade mental do que 
propriamente pela desadaptação infantil. Segundo Andrade (2004), a gênese da 
psicopedagogia teria acontecido na década de 1920 (século XX), momento em que 
se instituiu o primeiro Centro de Psicopedagogia do mundo. Ligado ao pensamento 
psicanalítico de Lacan, tal centro, de acordo com a autora, fundamentou aquilo que 
posteriormente foi nomeado de Psicopedagogia Clínica. Bossa (1994) e Masini 
(1993), por outro lado, apontam que a Psicopedagogia teria nascido no ano de 1946, 
período em que se deu a criação dos primeiros Centros Psicopegagógicos na 
Europa, em Paris, por Juliet Favez-Boutonier e George Mauco. 
[ SURGIMENTO DO TERMO ] Psicopedagógico Conforme Masini et al. (1993), 
Mauco teria explicado que o termo “psicopedagógico” foi utilizado na nomenclatura 
desses centros em substituição à expressão “médico-pedagógico”, já que os pais 
 
 
 
 
7 
aceitavam mais facilmente encaminhar suas crianças para consultas 
psicopedagógicas, do que médicas. 
[ OBJETIVOS E FUNDAMENTOS PRIMÁRIOS ] A Psicopedagogia iniciada nesses 
centros tinha entre os seus objetivos centrais auxiliar as crianças e os adolescentes 
que apresentavam dificuldades de comportamento (na escola ou na família), 
segundo os padrões da época, no intuito de reeducá-las para o seu ambiente por 
meio de um acompanhamento psicopedagógico (BOSSA, 1994). A prática da 
reeducação consistia em identificar e tratar dificuldades de aprendizagem, a partir de 
ações de medição, de classificação de desvios e de elaboração de planos de 
trabalho. A base do conhecimento utilizado provinha fundamentalmente da 
Psicologia, da Psicanálise e da Pedagogia e o tipo de enfoque predominante era o 
médico-pedagógico. Apesar das equipes desses centros serem formadas por 
profissionais de várias áreas (psicólogos, psicanalistas, pedagogos, reeducadores 
de psicomotricidade, de escrita etc.), era o médico o responsável pela realização do 
diagnóstico do sujeito (MASINI et. al, 1993). Por intermédio da investigação da vida 
familiar, das relações conjugais, das condições de vida, dos métodos educativos, 
dos resultados dos testes de QI da pessoa, ele dava a orientação sobre o tipo de 
tratamento cabível, visando corrigir a falta de adaptação detectada no sujeito. 
 
[ Ampliam-se os objetivos ] diagnóstico 
 
Em 1948, para além da consideração dos casos de problema de 
comportamento, o estudioso Maurice Debesse inseriu, ainda, como preocupação 
psicopedagógica, a ocorrência de crianças e adolescentes que, embora fossem 
considerados inteligentes, apresentavam problemas de aprendizagem. Nesses 
casos, o tipo de atuação privilegiada também era de cunho médico-pedagógico e o 
objetivo da ação era diferenciar esses sujeitos daqueles que possuíam deficiências 
físicas, mentais e ou sensoriais, (diagnóstico limitado) bem como lhes possibilitar 
ações reeducadoras que contribuíssem para o desaparecimento de seus sintomas. 
Segundo Drouet (1995), esse tipo de atuação recebeu o nome de “Psicopedagogia 
Curativa” ou “Pedagogia Curativa” e designava, além de uma ação de reeducação 
especializada, exercícios de readaptação. Embora, desde a década de 60,vários 
pesquisadores não concordassem com essa conceituação diagnóstica, tal enfoque 
 
 
 
 
8 
perdurou na história da Psicopedagogia por muito tempo, vindo a influenciar os 
cursos de formação que se seguiram na área, bem como o desenvolvimento do 
campo psicopedagógico na Argentina. 
 
 
Desenvolvimento da psicopedagogia na Argentina 
 
Na Argentina, as primeiras influências psicopedagógicas surgem no final dos 
anos 50, segundo Fernández (1990, p. 130), “[...] em função dos altos índices de 
insucessos escolares provocados especialmente pela inadequação didático-
metodológica, pela expansão demográfica do pós-guerra, pela evasão e repetência 
escolar”. Diante desses fatos passa-se a investir em estudos com objetivos de 
desenvolver a memória, a percepção, a atenção, a motricidade e o pensamento. 
Estes fatores, dentre outros, impulsionaram a necessidade da formação de 
profissionais qualificados nesse país. 
A Psicopedagogia Argentina é bem marcada por autores franceses como 
Jacques Lacan, Maud Mannoni, Fraçoise Dolto, Júlian de Ajuriaguerra, Janine Mery, 
Michel Lobrot, Pierre Vayer, Maurice Debesse, René Diatkine, George Mauco, 
Pichón-Riviére etc. 
[ PRIMEIRO CURSO UNIVERSITÁRIO ] em Psicopedagogia 
 
 Embora a França tenha sido o berço da psicopedagogia, foi na Argentina 
em Buenos Aires que foi instituído a primeira faculdade de psicopedagogia, no ano 
de 1956. Ocorre também nesse país, a criação dos primeiros Centros de Saúde 
Mental por volta dos anos 70. Eles se localizavam em Buenos Aires e possuíam 
equipes de psicopedagogos que atuavam no diagnóstico e no tratamento dos casos, 
com ênfase em trabalhos de reeducação de psicomotricidade e escrita, 
desenvolvendo assim a atuação clínica. Alguns anos depois, percebe-se a 
importância de também permitir que o aluno se expressasse e falasse de suas 
angustias, desejos, medos, dores e necessidades sem que apresentasse receio de 
ser julgado ou criticado. 
 
 
 
 
9 
O que causa uma mudança na atuação do psicopedagogo, que passa a ouvir 
não só o aluno, mas compreender o seu convívio social e familiar. A observação e 
validade desses fatos trouxeram esclarecimentos à compreensão da plurica 
usalidade que envolve esse fenômeno chamado - educação. 
Já na segunda metade do século XX surgem os primeiros centros de reeducação 
para delinqüentes infantis e juvenis. Nos Estados Unidos cresce o número de 
escolas particulares e de ensino individualizado para crianças de aprendizagem 
lenta. 
[ Surge a escuta psicopedagógica ] 
 
Maria Regina Peres (2008) citando Fernández (1990) expõe que através dos 
fatores citados nas paginas anteriores é que surge a chamada “escuta 
psicopedagógica”, que tem sua origem no “olhar” e na “escuta clínica” da 
Psicanálise. O que contribuiu para a reorganização da psicopedagogia na Argentina 
ampliando seus trabalhos tradicionais restritos na área da saúde para os também 
desafiantes trabalhos na área da educação. Nesta nova modalidade de ação o 
psicopedagogo passa a atuar sob a ótica de identificar possíveis dificuldades de 
aprendizagem e diagnosticar os possíveis problemas dela decorrentes. Para tal, o 
psicopedagogo argentino pode recorrer a um variado número de testes, como, 
dentre outros citamos: teste de inteligência, os projetivos, os psicomotores, que na 
Argentina são liberados tanto ao uso dopsicólogo como do psicopedagogo. 
 
[ EXPANSÃO NOS CAMPOS DE ATUAÇÃO ] 
 
Segundo Muller et, al. (2000) a psicopedagogia argentina segue a tendência 
européia que, dentre outras questões, valoriza o dialogo interdisciplinar entre as 
várias áreas do conhecimento, sendo influenciada diretamente pelos conhecimentos 
da psicologia social. Com isso, se considera a importância das relações 
interpessoais, sócio/culturais, políticas, econômicas e outras no processo 
educacional. Também se passa a enfatizar a idéia de que o processo educacional 
não pode se restringir apenas à aprendizagem de conhecimentos escolares, mas 
sim na busca de construção de sentidos para a vida. Diante desta perspectiva, 
 
 
 
 
10 
novos campos de atuação ganham espaço na atividade do psicopedagogo, dentre 
elas atividades psicopedagógicas: com grupos de terceira idade; com vitimas da 
violência; com grupos considerados socialmente excluídos; com jovens adictos 
(dependente químico); atendimento clínico particular e em hospitais; em 
organizações com problemas de recursos humanos em questões de adaptabilidade 
social, convivência, bloqueios de desempenho, liderança, seleção de pessoas etc. 
A psicopedagogia no BrasilO contexto que originou o surgimento da psicopedagogia no Brasil foi 
semelhante aos de outros países, ou seja, as situações de insucessos escolares. 
No Brasil perdurou durante algum tempo a crença de que os problemas de 
aprendizagem tinham como causa fatores orgânicos. Podemos verificar essa 
concepção organicista de "problema de aprendizagem" em vários trabalhos que 
tratam da questão como "distúrbio", onde em geral a sua causa é atribuída a 
umadisfunção do sistema nervoso central. Em 1970, por exemplo, foi amplamente 
divulgado o trabalho dos brasileiros Antonio Lefèvre (médico) e sua esposa Beatriz 
Lefèvre (pedagoga). Eles trabalharam com crianças agitadas, que apesar do bom 
potencial de inteligência, rendiam de modo inadequado nas atividades escolares. 
Essas crianças que hoje são denominadas com Déficits de Atenção (com e sem 
hiperatividade) eram consideradas portadoras de Disfunção Cerebral Mínima 
(D.C.M.). 
Devido à proximidade geográfica e ao acesso fácil à literatura (inclusive pela 
facilidade dos brasileiros compreenderem o espanhol), as idéias dos argentinos 
muito influenciaram e têm influenciado nossas práticas. O movimento da 
Psicopedagogia no Brasil remete-nos portanto à Argentina e por conseqüência às 
influências da França. 
A psicopedagogia, tal qual proposta por este movimento é ainda ensinada no 
Brasil por muitos argentinos, além disso, autores argentinos escreveram os primeiros 
artigos, resultando dos primeiros esforços no sentido de sistematizar um corpo 
teórico próprio da psicopedagogia. Vale citar: Sara Paín, Jorge Visca, Alicia 
Fernández etc. 
 
 
 
 
11 
O famoso psicopedagogo argentino Jorge Visca, recentemente falecido 
(2000/2001), ao criar a Epistemologia Convergente (Visca 1987) na clínica 
psicopedagógica, assunto que estudaremos detalhadamente em Psicopedagogia 
institucional I, fez convergir a Psicanálise de Freud, a Epistemologia Genética de 
Piaget e a Psicologia Social de Enrique Pichon Riviere, o que causou um grande 
salto nas práticas psicopedagógicas inclusive em nosso país (Brasil) e que perduram 
até os dias atuais. 
Fundamentação psicológica 
 
Quando se fala sobre as fundamentações psicológicas da psicopedagogia se 
pensa basicamente no desenvolvimento e aprendizagem do ser humano. Os autores 
mais influentes que contribuíram para a esta fundamentação foram: Jean Piaget 
(epistemologia genética), David Ausubel (Teoria da aprendizagem singnifitcativa), 
Jerome Bruner (Teoria dos formatos), Lev Vygotsky (Teoria sócio-histórica-
cognitiva), Sigmund Freud (Teoria do inconsciente), Call Rogers (Teoria humanista), 
Paulo Freire (Pedagogia do amor) etc., e na educação especial ou inclusiva, temos 
Mary Warnock (trabalho voltado para a atenção a adversidade). Entretanto, livros 
didáticos de excelentes níveis, como os de Bock, Furtado e Teixeira (1999) e Pinel 
(2001) trazem todos esses teóricos citados. Sobre Piaget vale a pena ler seus livros 
editados em 1970 e 1975. Sobre Vygotsky (1991, 1984; Calviño e Torre, 1996); 
sobre Ausubel (Moreira e Masini, 1982); sobre Bruner (1973, 1971); sobre Rogers e 
Freire (Misukami, 1986). Sobre Freud e outros teóricos (Hall e Lindsey, 1998). De 
Ferreiro (1985). 
 
Interdisciplinaridade na psicopedagogia 
 
A atuação psicopedagógica como a sua eficiência e eficácia em determinadas 
situações perpassa pela interdisciplinaridade de vários conhecimentos como: 
neuropsicologia, neuromotricidade, fonoaudiólogo, psicanálise, medicina, etc., e não 
apenas a pedagogia e psicologia como alguns podem pensar. A práxis 
psicopedagógica apresenta propostas educacionais que convidam a criança a 
 
 
 
 
12 
participar ativamente de seu processo de aprendizagem, o que configura a 
necessidade de uma mudança qualitativa no ensinar e no aprender. O aprender 
vivido deforma mais integrada propõe intrínsecas e extrínsecas {questões} à 
aquisição do conhecimento. Segundo Visca (1987), a psicopedagogia nasceu com 
uma ocupação empírica pela necessidade de atender crianças com dificuldades de 
aprendizagem, cujas causas eram estudadas pela medicina e psicologia. Com o 
decorrer do tempo, o que inicialmente foi uma ação subsidiária destas disciplinas, foi 
se perfilando como um conhecimento independente e complementar, possuidor de 
um objeto de estudo (o processo de aprendizagem) e de recursos diagnósticos, 
corretores/tratamento e preventivos próprios. 
 
Multidisciplinaridade psicopedagógica 
 
 Normalmente, o caráter multidisciplinar da Psicopedagogia se revela pelo 
número de graduações diferenciadas que freqüentemente comparecem a tal curso: 
pedagogos, psicólogos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes 
sociais, licenciados, médicos (pediatras, psiquiatras, neurologistas etc.). 
 
Proposta psicopedagógica 
 
 O especialista em Psicopedagogia pode atuar tanto em nível clínico quanto 
institucional, pois ele se propõe compreender e atuar nos vínculos presentes entre o 
ato de ensinar e a ação de aprender, assim como nas possíveis barreiras que 
impedem seu fluir harmonioso. Para Fagali (1987) a proposta de Psicopedagogia é 
trabalhar basicamente com as relações afetivas ocorridas durante a aprendizagem, 
de modo a garantir que o sujeito seja criativo, espontâneo, perseverante e 
transformador ao trabalhar seu próprio pensamento. 
OBJETO DE ESTUDO 
 
 A Psicopedagogia então passa a ser um ramo do conhecimento aplicado que 
 
 
 
 
13 
estuda a conduta humana em situaçõessócio/educativas como também dos 
processos de aprendizagem a partir da contextualização teórica-prática de várias 
ciências. A ela se interrelacionam a psicologia evolutiva, psicologia da 
aprendizagem, psicologia da educação, didática, epistemologia, psicolingüística etc. 
São importantes sua atuação nos campos da: educação especial, 
terapias educativas, avaliação curricular, programas educativos e, política educativa. 
 
 
Atividades psicopedagógicas 
 
 O psicopedagogo, para Allessandrini (1996), pode: 
reprogramar projetos educacionais, facilitadores de uma aprendizagem mais 
dinâmica e significante; supervisionar programas, treinando educadores e atuando 
junto a profissionais de educação; aprimorar a qualidade de aprendizagem do sujeito 
que apresenta dificuldades escolares. 
 
 
Campos norteadores da ação psicopedagógica 
 
 Fernández (1987), no livro “Inteligência Aprisionada”, Pinel (2001/2002) 
sugere que o discente deve ser considerado em quatro aspectos: seu ORGANISMO, 
seu CORPO, seu DESEJO e sua INTELIGÊNCIA. O aluno/a deve ser abordado/a 
no seu ser total, que envolve o ORGANISMO, o CORPO, o DESEJO e 
a INTELIGÊNCIA. O ORGANISMO deve ser entendido no seu funcionamento – 
normal ou não – fisiológico. Doenças perturbam a aprendizagem, a dor – física etc. 
Entretanto, deficiências físicas, em si mesmas não são anormais, mas sim a 
sociedade onde este organismo está inserido, pois é a sociedade que não apresenta 
pré-requisitos para a inclusão do diferenciado. A sociedade foi e é construída para 
uma maioria dominante, e para uma elite dominante. Quanto ao CORPO deve ser 
apreendido o modo como o aluno se percebe. Também: Como o corpo discente se 
percebe e se movimenta no espaço? Qual o seu Esquema Corporal: Imagem e 
Conceito Corporal? Como o corpo é introjetado pelo discente: introjeção das partes 
do corpo e todo o corpo? Quais reações da pessoa frente ao espelho? Etc. 
 
 
 
 
14 
Poderíamos falar em motivação, em demanda, em necessidade, em vontade 
do discente. Recorremos ao termo DESEJO do aluno/a. Qual a sua vontade de 
sentido? Qual a sua motivação mais profunda, o seu querer, a sua auto-estima, as 
suas forças e fragilidades? etc. Finalmente a INTELIGÊNCIA é o aspecto não 
mensurável do desenvolvimento cognitivo. Pode ser até avaliado por intermédio de 
Testes de Inteligência – utilizados em termos clínicos, ou seja: qualitativos. Ainteligência refere-se a capacidade do aluno/pessoa solucionar os desafios que se 
interpõem à sua frente, no seu cotidiano de ser. O modo como ele aborda - criativo 
ou não – os problemas, solucionando-os ou não. 
Dentro desse contexto psiconeurológico, os distúrbios biológicos do 
crescimento e do desenvolvimento que for capaz de interferir prolongadamente no 
METABOLISMO refletem de modo negativo no crescimento e desenvolvimento. 
 
Exemplos de modelos de abordagem 
 
a) [ Abordagem psiconeurológica ] 
Abordagem fundamentada na biologia, psicologia e processos educativos e de 
treinamento. 
 Pinel (2001/2002;p.107-114) estudou as bases neurais da aprendizagem/ 
desenvolvimento, buscando compreender alguns mecanismos psicofisiológicos e 
neuripsicológicos associados aos aspectos cognitivos. Destaca Pinel (2001/2002; 
p.108) que é importante ao estudioso da Psicopedagogia uma atitude 
decompreensão e esforço intelectual na pesquisa do aluno com dificuldades de 
aprendizagem escolar. Os principais fatores podem ser agrupados em: 
1. Disfunções endócrinas: Ex.: nanismo hipofisário e tireoidiano; gigantismo; 
puberdade precoce etc. 
2. Fatores genéticos: Ex.: acondroplasia; síndrome de Down; síndrome de Turner 
etc. 
3. Desnutrição: o mecanismo de desnutrição gera um atraso no desenvolvimento-
aprendizagem, e esse é muito complexo e inclui a formação escassa de 
somatomedina C. 
 
 
 
 
15 
4. Doenças crônicas: essas doenças, quando de longa duração perturbam o 
metabolismo, atrasando o crescimento. Como é o caso da insuficiência digestiva e 
de certas afecções renais, pulmonares e cardíacas. 
5. Dificuldades emocionais no berço familiar: conflitos e violências no lar; o modo de 
ser da criança diante do alcoolismo paterno, por exemplo, e o sentimento da criança 
diante dos jogos psicopatológicos da família; abuso sexual etc.) e infecções 
freqüentes (verminoses e intoxicações etc.) também prejudicam o 
desenvolvimento/aprendizagem. 
 Podemos considerar ainda como sexto (6º fator) as características físicas de 
uma criança que podem estimular seus familiares, coleguinhas, professores e outras 
pessoas significativas em sua vida-vivida, a criar, de modo fantasioso, a respeito 
dela, uma imagem marcada pelos estigmas, estereótipos e preconceitos. Muitas 
vezes, esses algozes são destruidores do ser, e então persistem nas condutas e 
atitudes prejudiciais ao crescimento do individuo. 
 
b) [Abordagem neuropsiquiátrica] 
 Abordagem fundamentada na medicina e medicalização dos problemas de 
aprendizagem. Pode haverexageros nessa área, como a prescrição de tratamento 
medicamentoso a base psicotrópicos como antidepressivos, ansiolíticos etc., para 
crianças com problemas comuns de atenção escolar. Nesse caso é adequado 
consultar um médico com residência em neurologia, e com compreensão do 
movimento inclusivo. 
 
c) [ Abordagem comportamental] 
 Abordagem fundamentada nos trabalhos de laboratório de Psicologia 
experimental de Watson (Behaviorismo Metodológico) e B.F. Skinner (Behaviorismo 
Radical). 
 O enfoque está na observação e descrição clara dos comportamentos 
inadequados, a identificação daquilo que mantém (reforço/recompensa) esse 
comportamento desviado/patológico – segundo o contexto do meio - e a intervenção 
de modificação, por meio de técnicas de controle do comportamento e a instalação 
de um novo e mais adequado comportamento. 
 
 
 
 
16 
 Programas psicopedagógicos como a ANÁLISE DE TAREFAS (Pinel, 1987) 
utlizam-se das propostas do neobehaviorismo de Madame Jordam. Filosoficamente 
o behaviorismo é condenável, pois defende a tese que o homem é uma tabula rasa, 
sem história e dele fazemos o que quizermos, a nosso bel prazer. Entretanto, 
mesmo psicólogos sócio-históricos como Bock et al.; tem defendido as benesses 
desses treinamentos para a Psicologia do Excepcional. 
 
d) [Abordagem Fenomenológica ] 
 O mais importante nessa abordagem são as atitudes e posturas do cuida(dor). 
 É vital o envolvimento existencial com aquilo que se põe ao meu ser Total 
(Holismo) e o necessário distanciamento reflexivo da coisa mesma, e então 
apreender o sentido ou o significado do que é vivido pelo 
outro/orientando. Heidegger e Sartre são dois filósofos que fundamentam tais 
práticas. Viktor Emil ou Emmanuel Frakl, Medard Boss, Binswanger, Franz Rúdio, J. 
Wood/ Doxsey et al., Angerami-Camom e Pinel são alguns psicólogos, que 
fundamentados nos filósofos, recriaram alternativas de diagnóstico, prevenção e 
tratamento psicopedagógico. 
Obs.: Outro campo norteador da Psicopedagogia é a abordagem da Epistemologia 
Convergente de Jorge Visca e os trabalhos projetivos, que tamanha sua importância 
estaremos estudando com profundidade em outras disciplinas. 
 
Fundamentos Psicanalíticos 
 Quanto as colaborações da Psicanálise de Freud, é importante que se estude 
as seguintes categorias psicanalíticas: inconsciente; transferência; contra-
transferência, bloqueios, sistemas de defesa etc., e que será (psicanálise) nosso 
objeto de estudo para aquisição de conhecimentos e sua importante aplicabilidade 
na psicopedagogia, e que para tal, teremos uma disciplina unicamente com essa 
finalidade (Contribuições da Psicanálise Para a Psicopedagogia). 
 
Fundamentos filosóficos da psicopedagogia 
 Aspectos filosóficos da psicopedagogia podem ser compreendidos pelos mais 
diversos enfoques. Poderíamos estudar Heidegger e Sartre, por exemplo, que 
 
 
 
 
17 
embasam psicólogos em algumas práticas psicopedagógicas fenomenológicas 
existenciais. 
Neste tópico, entretanto estaremos nos referindo à filosofia da inclusão. Para 
alcançar esse objetivo recorreremos a Correia (1999), a André et al (1999) e um 
texto organizado por Carvalho (1997). 
 
[Filosofando a psicopedagogia como fator de inclusão social] 
 As sociedades têm, ao longo dahistória, utilizado de recursos punitivos para 
pessoas que "ousam" ou são diferentes, bem como agridem simbólica ou 
concretamente pessoa com necessidades (de saúde; educação; de afeto; de 
alimentação etc.) especiais e o aluno com necessidades educativas (Adaptação 
Curricular: individual e/ou grupal) especiais. 
Ser portador de deficiência nunca foi fácil. Não se aceita o diferente e suas 
diferenças. Pode-se esconder essa diferença, tanto melhor, pois a sociedade é 
hipócrita e finge que não vê a dor do outro que não pode dizer a que veio! Com base 
nos padrões de normalidade estabelecidos pelo contexto sociocultural, legitima-se a 
ideologia do dominador. Assim, desde a Antiguidade até os nossos dias, as 
sociedades demonstram dificuldade em lidar com o diferente, as diferenças, aquilo 
que é novo. 
 Todos resistem ao que é ameaçador à nossa estrutura de personalidade, ao 
nosso pretenso e harmonioso ser. A humanidade tem toda uma história para 
comprovar como os caminhos das pessoas com deficiência têm sido repletos de 
obstáculos, riscos e limitações. O que observamos é o quanto tem sido difícil a 
sobrevivência do ser, seu desenvolvimento e sua convivência (consigo mesmo e 
para com a sociedade). 
 Pessoas nascem com deficiências em todas as culturas, etnias e níveis 
sócio-econômicos e sociais, e de "perto são pessoas" (gente como a gente: o que é 
humano não nos pode ser estranho) e se olharmos bem, também portamos 
temporária ou definitivamente nossos déficits. Somos diferentes e temos o direito de 
expressá-la. 
 A forma de conceber a deficiência e de lidar com seus portadores tem 
variado ao longo dos séculos. Atualmente, os preconceitos ainda existem em 
diferentes graus. 
 
 
 
 
18 
 Os mitos são perpetuados - em detrimento dos fatos científicos - as 
contradições conceituais prevalecem, assim como as atitudes ambivalentes, as 
resistências, a inquietação e as muitas formas de discriminações. Isso acontece, não 
que seja um sinal dos temposmodernos, nem dos avanços contemporâneos do 
conhecimento, nem da evolução dos costumes ou dos valores essenciais do homem 
ou algo da "monstruosidade que é a pós-modernidade", justo ela que propões a 
convivência na diversidade do ser! Ao contrário, os preconceitos, estigmas e 
estereótipos tem raízes psicológicas, psicanalíticas (inconscientes), históricas e 
culturais. As atuais posturas discriminativas fortaleceram-se no tempo, no equívoco 
compartilhado e transmitido culturalmente. 
 A evolução da concepção de deficiência sofreu alguma evolução, entretanto, 
vivenciamos, ainda, uma fase assistencialista. Nesta etapa a pessoa diferente é 
vista como aquela que precisa de ajuda. Há, nesse sentido, as pessoas que se 
dedicam a esse atendimento, fazendo-o (e aí é o assistencialismo) de forma 
caritativa, negando que o ser diferente deve ser incluído, aceito com suas 
diferenças. 
Ser da Inclusão significa isso: conviver saudavelmente com as diferenças. 
Saudável é entrar em conflito, sem deixar de respeitar e advogar ali mesmo 
há diferenças e necessidades educativas ou outra necessidade que clamam por 
serem satisfeitas. 
Na visão da caridade, os ajudadores não reconhecem o impacto do social e 
político no ser. Tais caridosos devem ser cuidadosamente cuidados, pois podem ser 
perigosos, pois sua atuação tende a "calar" a voz do oprimido, gerando nele culpa e 
subserviência a quem doa alimentos, roupas etc. Obviamente é que em um país em 
crise como o Brasil, é essencial assitir, mas ao fazê-lo é vital que se faça com 
dignidade, reconhecendo no outro seu direito de cidadão de receber o que lhe é 
concreta ou simbolicamente tirado, usurpado! 
 Os técnicos, mesmo os especializados são vistos como beneméritos, e as 
pessoas que se dedicam como voluntárias à causa dos portadores de deficiência, as 
que criam as instituições e lutam pela sua manutenção, costumam ser exaltados 
pelo seu espírito humanitário. (Carvalho, 1997; p.19). 
 Porque exaltar? 
 
 
 
 
19 
 Muitos desses beneméritos abatem, com suas ações, no imposto de renda. 
Muitos ainda ganham tanto, e tanto, que o mínimo que a sociedade espera deles é 
sua contribuição, o seu retorno e não depósitos em bancos suíços! 
 Goffman escreveu um excelente livro chamado "Estigma" e Foucoult escreveu 
"Vigiar e Punir". Esses livros valem a pena serem lidos, estudados. A leitura servirá 
para se compreender os modos como as pessoas diferentes são tratadas, 
abordadas... Nestes livros podemos detectar, sem entrarmos em detalhes, que: 
a) as pessoas diferentes ainda são identificadas e socialmente rotuladas; 
b) tende-se a generalizar as suas limitações e a minimizar as suas limitações e a 
minimizar os seus potenciais; 
c) a diferença está sempre tão presente e enfatizada para o seu portador (porta a 
dor?) e para os que o cercam, que justifica os seus sucessos e fracassos, os seus 
atos e realizações. 
Para se chegar à filosofia inclusiva e a luta atual para a sua efetivação prática, 
a sociedade passou pela exclusão, segregação, institucionalização, integração e 
inclusão. A integração propunha (na prática) a colocação do aluno diferente ou com 
necessidades educativas especiais em sala comum, sem reconhecer-lhe as 
diferenças, sem propor modificações quer na instituição, na organização, quer no 
desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. 
Hoje, no Brasil, a inclusão é garantida pela Constituição Federal. 
Entretanto, desde 1986, no mundo, esse tema é discutido, pelo menos 
quando utilizamos o termo inclusão. 
 Madeleine Will, Secretária de Estado para a Educação Especial dos Estados 
Unidos da América, fez um discurso que apelava para uma mudança radical no que 
dizia respeito ao atendimento das crianças com n.e.e. (Necessidades Educativas 
Especias) e em "risco educacional" (de rua; sob domínio de Ganges, drogadas e 
prostituídas etc). 
 Dizia ela que, dos 39 milhões de alunos matriculados em escolas públicas, 
cerca de 10% eram alunos com n.e.e. e que outros 10 a 20% embora fossem 
considerados com n.e.e., demonstravam problemas de aprendizagem e 
comportamento que interferiam com a sua realização escolar. 
 A solução para Will passava por uma cooperação entre professores - do 
ensino regular e de educação especial - que permitisse a análise das necessidades 
 
 
 
 
20 
educativas dos alunos com problemas de aprendizagem e o desenvolvimento de 
estratégias que respondessem a essas mesmas necessidades. 
 
Essa proposta consagrou-se como princípio da filosofia de 
inclusão. 
 
 Nesse sentido é cada vez maior o número de pais e educadores que 
defendem a integração (no sentido mesmo da inclusão) da criança deficiente na 
classe regular, incluindo as deficientes mentais severas ou profundas. Afirma-se que 
as necessidades educativas dos alunos não devem requerer um sistema dual, pois 
ele pode fomentar atitudes injustas e desapropriadas em relação à sua educação. 
Em junho de 1994, realizou em SALAMANCA, na Espanha, a "Conferência 
Mundial sobre necessidades educativas especiais (n.e.e): Acesso e Qualidade". 
Esse evento inspirou-se no "princípio da inclusão" e no reconhecimento da 
necessidade de atuar com o objetivo de conseguir escola para todos, instituições 
que incluam todas as pessoas, aceitem as diferenças, apoiem a aprendizagem e 
respondam as necessidades educativas especiais individuais e em pequenos 
grupos. 
Segundo a maioria dos especialistas, a inclusão significa atender o aluno 
com n.e.e., incluindo aquele com n.e.e. severas, na classe regular com o apoio de 
serviços especiais pertencentes à educação especial (sala de apoio, de recursos 
e/ou consultórios ou sala de psicopedagogia, por exemplo, dentro ou fora da escola). 
Entretanto para efetivar a inclusão é necessária a participação total do Estado, bem 
como da comunidade, da escola, da família e finalmente do aluno. 
Todo o sentir-pensar-agir a inclusão na escola, junto ao aluno com n.e.e., 
tende estimular o seu desenvolvimento nos planos acadêmicos, sócio-emocional e 
pessoal. Nem sempre esta tarefa é fácil, mas existem relatos técnicos-científicos 
onde se desenvolveram os sucessos como os encontrados em André et al. (1999). 
Entretanto quando se lê a DECLARAÇÃO DE SALAMANCA o que se checa é um 
texto legal - situado no plano ideal – cheio de “discursos” que não chegam à prática. 
Tal como toda boa lei, sua cristalização está se processando de modo muito lento. 
 
 Para essa temática vale a pena ler: Mantoan (2003): Inclusão Escolar: O que 
 
 
 
 
21 
é? Por quê? Como fazer? – Editora Moderna. Bader SAWAIA et al: As artimahas da 
exclusão. Ed. Vozes. José Leon Crochík: Preconceito. Robe Editorial. 
 
A atuação da psicopedagogia clínica 
“Entende-se como atendimento psicopedagógico clínico a investigação e a 
intervenção para que se compreenda o significado, a causa e a modalidade de 
aprendizagem do sujeito, os seus significados semióticos, com o intuito de sanar 
suas dificuldades”. O foco da psicopedagogia clinica é o vetor da aprendizagem. 
 A psicopedagogia clínica procura compreender de forma global e integrada 
os processos cognitivos, emocionais, sociais, culturais, orgânicos e pedagógicos que 
interferem na aprendizagem, a fim de possibilitar situações que estimulem e 
resgatem ou ativem o prazer de aprender em sua totalidade, incluindo a promoção 
da integração entre pais, professores, orientadores educacionais e demais 
especialistas que transitam no universo educacional do “ser”. 
 
Relação com o cliente/aluno 
 Quando nos referimos ao(s) cliente(s) das práticas clínica psicopedagógicas 
nos portamos a qualquer pessoa que necessite dos benefícios dessa prática, que 
geralmente apresentam determinadas dificuldades relacionadas à aprendizagem, o 
que nos remete como público alvo àqueles que fazem parte do universoeducacional 
escolar, que em geral, são crianças de qualquer idade encaminhadaspor seus 
responsáveis com queixas de dificuldades na aprendizagem. Assim, na relação com 
o aluno ou com seu cliente, o profissional da psicopedagogia clínica em espaço 
clínico particular ou não, estabelece uma investigação cuidadosa, que permite 
levantar uma série de hipóteses indicadoras das estratégias capazes de criar a 
situação terapêutica que facilite uma vinculação satisfatória mais adequada para a 
aprendizagem. Ao lado deste aspecto mais técnico, esse profissional também 
trabalha a atitude, a disponibilidade e a relação com a aprendizagem, a fim de que o 
aluno/cliente torne-se o agente de seu processo (o aprender), aproprie-se do seu 
saber, alcançando autonomia e independência para construir seu conhecimento e 
exercitar-se na tarefa de uma correta auto-valorização de modo a alcançar o máximo 
possível de seu potencial. 
 
 
 
 
22 
No ensino público, uma das opções para a realização da atuação clínica seria 
o serviço público de atendimento, onde os profissionais da psicopedagogia poderiam 
contribuir com uma visão mais integrada de aprendizagem e, conseqüentemente, 
com a aprendizagem reconduzindo e integrando o aprendizado do processo normal 
de construção de conhecimento, contando com melhores condições para detectar 
com clareza os problemas de aprendizagem dos alunos, atendendo-os em suas 
necessidades e contribuindo para sua permanência no ensino regular. 
Quando se refere ao termo APRENDIZAGEM quanto objeto de estudo e 
atuação do psicopedagogo pode-se incorrer no risco de acentuar as abrangências 
das práticas dessa profissão.Condicionar a atuação do psicopedagogo quanto a 
tudo que abranja o ato de aprender seria como não limitar sua atuação, 
considerando que a aprendizagem esta contida em todos os aspectos do viver. 
Assim, quando se apresenta dificuldades para aprender a nadar, dirigir, tocar um 
determinado instrumento ou mesmo uma profissão a qual profissão estaria vinculada 
a tentativa de resolução desses problemas? Apesar de cada profissão ter sua área 
de abrangência definida, seria incoerente não admitir a interdisciplinaridade da 
dissolução da diversidade de desafios que a vida nos apresenta. 
Considerando os dados dos séculos XIX e XX como primórdios históricos do 
surgimento da psicopedagogia como relacionada às dificuldades de aprendizagem 
no âmbito escolar, e a consideração do estudo etimológico do termo como segue: 
“psico” de psicologia; (gr. Psiquê) = mente + logia (gr. Logos) estudo + pedagogia 
(gr. Paidagogós) = instruir, conduzir, orientar a criança. 
a psicopedagogia poderia ser compreendida como área do conhecimento voltada a 
observar, descrever, analisar, avaliar, desenvolver e empregar técnicas que 
estimulem o ato de ensinar e o desejo pelo aprender, minimizando o surgimento de 
problemas e apontando intervenções para dissolução de dificuldades da 
aprendizagem já instaladas. Nesse caso, busca ensinar e instruir a criança através 
de técnicas comportamentais , verbais e não-verbais que estimulem os aspectos 
físico/motor e psicológico que corrijam as dificuldades ou facilitem sua 
aprendizagem. 
Com base nesses poucos dados, poderia se concluir que a atividade do 
psicopedagogo abrange áreas do conhecimento concernentes às questões “a 
tudo”relacionadas às dificuldades de aprendizagem referentes a questões da 
 
 
 
 
23 
aquisição do conhecimento acadêmico, através do emprego de técnicas também 
psicológicas e que por sua vez teria como publico alvo (não limite) as crianças. 
Levantamos aqui um questionamento: O psicopedagogia cuida das dificuldades de 
aprendizagem da criança, das dificuldades instaladas na criança, da criança com 
determinadas dificuldades ou das possíveis dificuldades que podem surgir na 
infância e se estender por outras fases da vida? A resposta às estas indagações 
pode determinar os limites de sua atuação. No entanto, é compreensivo que 
dificuldades apresentadas na infância possam também ser instaladas ou 
acompanhar o ser em toda sua fase de desenvolvimento, assim, o público se 
tornaria universal. Com tudo, como se trata de dificuldades diversas, a existência da 
interdisciplinaridade será uma verdade. O que significa que: a dissolução ou 
minimização de determinadas dificuldades quanto ao aprender, considerando 
possibilidades de variadas junções que podem dificultar o ato, tanto o 
psicopedagogo pode recorrer ao auxilio de outros profissionais que complementam e 
integram sua atividade, como, outros profissionais de áreas diversas solicitar o 
auxilio psicopedagógico. Dessa forma, por exemplo: a pessoa com dificuldades de 
aprendizagem quanto ao ato de nadar, teria um duplo apoio profissional, se assim 
exigisse o caso – o professor de natação auxiliado, pelas técnicas psicopedagógicas 
orientadas por um psicopedagogo, teria conhecimento quanto às melhores práticas 
relacionais a aprendizagem poderiam ser adaptadas ao ato de “ensinar” a “aprender 
a nadar” contribuindo assimpara a aceleração de tal aprendizagem. 
Conclui-se, pois, que a psicopedagogia apesar de ter como foco de estudo as 
questões relacionadas à aprendizagem, ao mesmo tempo em que se limita às 
dificuldades do aprender no ambiente escolar com base na interdisciplinaridade se 
expande com tudo que envolve a aprendizagem. 
 
Fundamentos da psicopedagogia institucional 
“A verdadeira prevenção tanto quanto a sua eficiência e eficácia, dependem 
diretamente da sua regularidade, do seu acompanhamento e da constância de suas 
ações. Intervenções preventivas esporádicas, pontuais ou emergenciais não 
constituem a verdadeira prevenção”. 
 
 
 
 
24 
 
Intervenção preventiva 
As primeiras propostas formais de intervenção em sentido preventivo quanto 
aos aspectos relacionados à saúde, segundo consta nos estudos de Albee e Gullotta 
(1997), ocorreu no século XX ao final dos anos setenta nos Estados Unidos tendo 
como referencial as adversidades sociais causadas pela segunda guerra mundial e a 
guerra do Vietnã. Assim os E.U.A foi o primeiro país a oficializar uma comissão de 
prevenção à saúde, e teve como foco de observação preventivo os aspectos mental, 
emocional e educacional; e, abrangia a participação de diversos profissionais 
constituindo uma interdisciplinaridade entre: médicos, paramédicos, psicólogos, 
educadores, que atuavam junto às vitimas da guerra, que geralmente eram 
acometidas de depressão, raiva, discriminação, desemprego e pobreza, isso, sem 
mencionar as inúmeras crianças órfãs com dificuldades de ajustes social que, entre 
outros, comprometia o aprendizado. 
Ressaltando a importância de programas preventivos, nosreportamos às 
contribuições dos estudos de Albee e Joffe (1977) que distinguem três diferentes 
níveis de prevenção: primaria, secundaria e terciária. Explicando: 
A prevenção primaria esta voltada para ações a evitar as situações problemas. E 
ocorrem especialmente por meio de programas educacionais. 
A prevenção secundaria se estabelece depois de diagnosticar um determinado 
problema, propor uma intervenção que focaliza um determinado grupo. E objetiva 
proteger grupo de risco. 
A prevenção terciária tem como objetivo atuar em situações quando um 
determinado problema já esta instalado. Dessa forma, visa minimizar os efeitos 
indesejáveis e reduzir sua incidência e buscar meios para evitar sua proliferação. 
Apesar da importância das diversas ações preventivas, de acordo com Albee e 
Gullotta (1997), a verdadeira prevenção tanto quanto a sua eficiência e eficácia, 
dependem diretamente da sua regularidade, do seu acompanhamento e da 
constância de suas ações. Intervenções preventivas esporádicas, pontuais ou 
emergenciais não constituem a verdadeira prevenção. 
Observando como ponto referencial as ações preventivas primárias como 
meio de evitação do surgimento e instalação de situações indesejáveis, 
mencionamos o enfoque das ações psicopedagógicas preventivas. Assim, 
 
 
 
 
25 
destacamoso nome de alguns daqueles que relacionaram o trabalho preventivo à 
Psicopedagogia Institucional, são eles: Fagali e Vale (1994), Bossa (2000), Visca 
(2002). 
Quanto às questões relacionadas a educação e embasados nos níveis de 
prevenção mencionados a cima, é completamente aceitável mencionar que o de 
maior destaque esta voltado para as ações primarias, onde exatamente, as ações 
psicopedagógicas institucionais iram atuar, junto aos processos educativos, no 
sentido de evitar ou minimizar os problemas de aprendizagem. 
Considerando a importância da psicopedagogia institucional (preventiva) esta atuará 
junto à equipe escolar, constituída de: pedagogos, orientadores e professores; que 
atuarão na comunidade escolar: diretor, coordenador, orientador, professores, 
equipe de apoio, alunos e pais e familiares próximos. 
Visca (2002) propõe apenas dois níveis de prevenção psicopedagógicas: 
prevenção primaria e prevenção secundaria. 
Na prevenção primaria, Visca, enfatiza a importância do desenvolvimento de 
um conjunto de medidas que, respeitando o desenvolvimento cognitivo do aluno, 
tenha por objetivo manter as condições idéias de aprendizagem; 
Na prevenção secundaria se valoriza o desenvolvimento de ações para que os 
déficits já existentes não se agravem. Nesse sentido, a prevenção secundária 
apresenta um caráter reparador dos déficits já existentes, e ao mesmo tempo, um 
sentido preventivo, na medida em que pode prevenir o surgimento de outros 
problemas ou, mesmo, de conseqüências de problemas já existentes. 
 
A atuação psicopedagógica institucional 
 
 A psicopedagogia assume um compromisso com a melhoria da qualidade do 
ensino expandindo sua atuação para o espaço escolar, atendendo, sobretudo, aos 
problemas cruciais da educação. 
 Na escola, o profissional da psicopedagogia utiliza instrumental 
especializado, sistema específico de avaliação e estratégias capazes de atender aos 
alunos em sua individualidade e de auxiliá-los em sua produção escolar e para 
alémdela, colocando-os em contato com suas reações diante da tarefa e dos 
 
 
 
 
26 
vínculos com o objeto do conhecimento. A meta é sempre resgatar de modo 
prazeroso o ato de aprender. 
 A psicopedagogia institucional pode ser compreendida de dois modos: 
 
1. Trabalhando a escolaridade "in loco" escolar, tal como sugere Fagali e vale 
(1999); 
2. Trabalhando a instituição enquanto aparelho e estrutura resistente à mudança, 
pois tende a legitimar a ideologia dominante: Por que o aluno não aprende? Por que 
ele nega o ato de estudar? Por que um aluno com potencial mental bem estruturado 
apresenta dificuldade com a aprendizagem acadêmica? 
Esse primeiro modo engloba a tarefa clínica. Clinicar significa cuidar do outro 
que, explícita ou implicitamente, sofre. O clínico, na instituição, contribui com o 
diagnóstico e intervenção frente às dificuldades do aluno em relação à 
aprendizagem. Aqui cabe uma observação, pois compreendemos o diagnóstico, se 
bem efetuado, como um processo de intervenção que gera mudanças no próprio ser 
do aluno/cliente! 
No modo institucional-escolar o profissional da psicopedagogia procura refletir 
sobre a aprendizagem do aluno, na relação com a informação e os conceitos em 
diferentes áreas do conhecimento, buscando os diagnósticos e ampliação da prática 
em sala de aula, junto a professores e pedagogos. Assim, na psicopedagogia 
institucional os trabalhos em salas de aula, salas de apoio e/ou salas de recursos 
contaminam os outros profissionais da instituição. Como esses profissionais são 
agentes que fornecem sentido à instituição, a proposta psicopedagógica acaba por 
ser institucional. Esse trabalho é um novo espaço, onde se aprofundam as questões 
sobre as dificuldades de aprender e com isso, vai construindo para a instalação da 
intervenção preventiva: os profissionais da psicopedagogia passam a sentir-pensar-
agir novas ações frente aos aprendizados dos conceitos, na escola. Nesse contexto, 
o profissional da psicopedagogia facilita a ampliação e a abertura para novas 
construções onde estejam presentes a integração cognitivo-afetivo-social e a 
transdisciplinaridade. O educador passa, nesse processo dialético, a rever o seu 
próprio processo de aprender. O profissional de psicopedagogia contribui intelectual, 
mas principalmente com vivências e práticas por meio de oficinas, por exemplo. 
 No segundo modo, encontramos respaldo em Guirado (1987) que trabalha 
 
 
 
 
27 
com a psicologia institucional de José Bleger, Georges Lapassade, René Lourou e 
Guilhon de Albuquerque. A análise institucional, modo de atuar do psicopedagogo 
institucional, pode ser compreendida de três modos: 
1. disciplina que se detém em estudar e penetrar nas entranhas institucionais 
(relações de poder; ideologia etc.); 
2. política de intervenção psicosociopedagógica em instituições, organizações, 
grupos etc; 
3. movimento destinado a planejar, executar/desenvolver e avaliar programas de 
intervenção objetivando transformar a realidade, pois dificilmente sob determinados 
pontos de vistas teóricos, é impossível, nessa estrutura atual, mudar a realidade de 
modo total. Severa (1993) sugere que o psicopedagogo institucional deve: 
a. distanciar-se afetivamente segundo o"ambiente" em que pretende ingressar; 
b. manter um "relacionamento harmonioso" com toda a equipe e superiores diretos e 
indiretos, não confundindo: situações de conflitos que necessitam ser enfrentados; 
relacionamentos afetivos e laços de amizade; 
c. dominar a ansiedade, isto é, não pode e nem deve ter pressa; 
d. efetuar sóbria, segura, estruturada e bem planejada observação; 
e. aproximar-se do poder instituindo (chefes; supervisores; coordenadores; diretores; 
presidente etc.), evitando, contudo a carga de estereótipos que temos contra esses 
atores mandantes em seus "locus descontroles" e que condicionam os 
relacionamentos pessoais e interpessoais - buscando sempre preservar pela 
qualidade do trabalho do que segurar o emprego de um determinado ator. 
 Cabe, ainda, ao profissional da psicopedagogia assessorar a escola, prestar 
consultorias etc. trabalhando o papel que lhe compete, seja propondo para com a 
reestruturação de uma atuação da própria instituição junto a alunos e professores. 
Pode também colaborar para com o redimensionamento do processo de aquisição e 
incorporação do conhecimento dentro do espaço escolar, seja, por exemplo, 
reconhecendo seus limites e então, encaminhando alunos para outros profissionais. 
Como assessor, o profissional que se dedica a psicopedagogia promove: O 
levantamento, a compreensão e a análise das práticas escolares e suas relações 
com a aprendizagem; O apoio psicopedagógico aos trabalhos realizados no espaço 
da escola; A resignificação da unidade ensino/aprendizagem, a partir das relações 
que o sujeito estabelece entre o objeto deconhecimento e suas possibilidades de 
 
 
 
 
28 
conhecer, observar e refletir, a partir das informações que já possui; A prevenção de 
fracassos na aprendizagem e a melhoria da qualidade do desempenho 
escolar. 
 Esse trabalho pode ser desenvolvido em diferentes níveis, propiciando aos 
educadores conhecimentos para: A reconstrução de seus próprios modelos de 
aprendizagem, de modo que, ao se perceberem também como 'aprendizes', revejam 
seus modelos didáticos; A identificação das diferentes etapas do desenvolvimento 
evolutivo dos alunos e a compreensão de sua relação com a aprendizagem; O 
diagnóstico do que é possível ser melhorado no próprio ambiente escolar e do que 
presa ser encaminhado para profissionais fora da escola; A percepção de como se 
processou a evolução dos conhecimentos na história da humanidade, para 
compreender melhor o processo de construção de conhecimentos dos alunos; As 
intervenções para a melhoria da qualidadedo ambiente escolar; 
 
A compreensão da competência técnica e do compromisso político presentes em 
todas as dimensões do sujeito. Logo, fica implícito uma completa reestruturação ou 
resignificação do conhecimento dentro do processo ensino e aprendizagem. 
 
Ambiente escolar e auto-estima 
 
Ainda vale destacar a importância da consideração do psicopedagogo com 
respeito ao ambiente escolar e auto-estima da criança. O ambiente escolar poderá 
ser percebido como agradável, suportável ou intolerável. Isso será resultado do 
modo como a criança é - ou se sente - como se aceita. Tais subjetividades e 
comportamentos explícitos foram e são construídos por meio dessas 
intersubjetividades patologizadas, desrespeitadoras do 
desenvolvimento/aprendizagem do ser. 
 Pode ser que toda essa vivência dolorida faça a criança/adolescente ou 
quaisquer pessoas sentir-se - ou de fato viver e sentir - segregada ou ridicularizada 
do e no meio em que busca conviver. Evidentemente, essas situações, de alguma 
forma interferem na aprendizagem e afetam todo o conjunto da vida humana. 
 Pinel (2002) estudou os efeito de uma guerra (Nazismo X crianças 
judaicas) na produção artística da criança – detida em campo de concentração - 
 
 
 
 
29 
revela(dor)a de tristeza, sentimentos de ser pior e culpada pelo que aí se colocou. 
Apesar dessa depressão advinda das injustiças, também foi detectado (Pinel, 2002) 
a presença do "otimismo trágico" (Frankl, 1981), isto é, uma característica subjetiva 
e explícita de enfrentamentos, apesar das adversidades, das vicissitudes. Sob as 
mais altas tensões que o ser enfrenta e resiste às pressões e sofrimentos. 
 A auto-estima (Pinel, 2001/2002) é uma variável psicológica muito importante 
para o rendimento (sucesso-fracasso) da criança na escola. Não gostar de si implica 
em um alto grau de contaminação psíquica, que fere inclusive o organismo, o corpo, 
o desejo e a inteligência. 
Moura (1993) pontua que "muitas crianças crescem precocemente, 
apresentando peso e altura que sugerem uma idade maior que a real. Quem convive 
com essas crianças, inclusive os professores, tende a esperar demais delas e a 
julgá-las unicamente por seu físico, esquecendo que uma criança cuja maturação 
física é precoce enfrenta exigências para as quais não está psicologicamentepronta, 
e isso é uma causa geradora de ansiedade" (p. 55). 
Assim, a vida escolar da criança, sob cruéis pressões, por parte de outras 
crianças e por parte dos adultos (professores, diretores, merendeiras, outros adultos 
presentes na escola etc.) podem produzir no ser desprezado, ansiedade e 
sentimento de inadequação, aponto desses sentimentos de menos-valia 
acompanhá-la e, mais tarde, perturbar sua vida. 
 É que a imagem negativa de si mesma pode ficar profundamente arraigada 
e, quando adolescente, adulta e idosa, embora tenha crescido e mudado, ela ainda 
se sentirá inadequada, desagradável e indesejável. Essas questões psico-afetivas 
são vitais quando pensamos, sentimos e principalmente agimos para efetivação da 
 
FILOSOFIA DA INCLUSÃO no âmbito da psicopedagogia. 
Muitas vezes o preconceito está localizado no inconsciente (Pinel, 
2001/2002). Assim, por meio de uma Psicopedagogia institucional é possivel realizar 
trabalhos grupais, desenvolvendo o espírito crítico. Para isso, pode-se, por exemplo, 
ensinar ao grupo VER – AVALIAR e AGIR. 
VER a realidade e detalhes de injustiças elaboradas nas intersubjetividades. 
Depois é necessário levar o grupo a AVALIAR a situação concreta de pessoas que 
 
 
 
 
30 
se desprezam e desprezam os outros, constando os efeitos dessas relações 
desrespeitosas. 
E, finalmente, estimular o grupo a AGIR, por meio de planos de intervenção, 
objetivando mudar atitudes e, de imediato, os comportamentos indesejáveis à 
socialização do ser. 
Ver/ Julgar/ Agir é um método bem descrito por Boran, e fundamentado no 
marxismo. Assim, a intervenção psicopedagógica institucional(preventiva) toma 
como referencial a ação curricular e os aspectos afetivo-cognitivos dos aprendizes. 
No que se refere á questão curricular , torna evidente a necessidade do 
desenvolvimento de práticas que sensibilizem os docentes sobre a importância da 
reflexão crítica e possível revisão da: concepção de educação; 
organização e seleção dos conteúdos de ensino; metodologia e avaliação e, 
consideração de vínculos afetivo-emocionais como elementos facilitadores de ensino 
aprendizagem. 
Crema (1998) sugere que o psicopedagogo da instituição antes de iniciar um 
trabalho de intervenção com o corpo discente, deve considerar o desenvolvimento 
prévio com o corpo docente. Assim, o profissional da psicopedagogia pode estar 
mais atento e apto para melhor auxiliar no desenvolvimento cognitivo, afetivo, 
emocional, psicomotor e ao mesmo tempo, fortalecer as relações de grupo, não 
deixando de considerar a influencia da escola, da família e da sociedade, para o 
sucesso do processo de ensino e aprendizagem. 
 
Formação em psicopedagogia 
Hoje a Formação de Especialistas em Psicopedagogia se dá via cursos, 
livros, curso de pós-graduação " Lato Sensu", especialização aberta/livre; apenas 
com o curso de graduação comum em áreas correlatas como a Psicologia; 
Pedagogia; Fonoaudiologia; Terapia Ocupacional; Medicina: Psiquiatria, Neurologia, 
Geriatria, Medicina Pedagógica etc.; Serviço Social; Sociologia com tendência à 
Sociologia Clínica; Licenciaturas Gerais, especialmente em Ciências Humanas; 
Enfermagem etc. Geralmente recomenda-se alguma especialização ou cursos 
diversos em Psicopedagogia Clínico-Instucional. 
 
 
 
 
31 
Há no Rio de Janeiro escolas superiores – cursos tecnológicos – em 
Psicopedagogia como o da Universidade Estácio de Sá. No curso de Pedagogia da 
Universidade Federal do Espírito Santo já consta - há mais de 6 anos - a disciplina 
"Introdução à Psicopedagogia", tendo já sido oferecida a disciplina "Pedagogia 
Terapêutica". Há instituições e profissionais que oferecem cursos de Psicopedagogia 
nas modalidades livres/abertas, cumprindo regulamentos e registros específicos. 
 A formação do psicopedagogo ou do especialista em Psicopedagogia 
continua se dando dentro de um contexto mais amplo, que tradicionalmente 
denomina-se de (super)visão clínica – apoio psicológico à pessoa do profissional da 
Psicopedagogia - e técnica – apoio profissional ao psicopedagogo: como fazer o 
psicodiagnóstico para aquele determinado “caso” etc. Outro unitermo para 
(super)visão – uma outra sentida e alternativa visão acerca das experiências do 
outro no seu labor – são: Educação Continuada; Treinamento em Serviço; 
Supervisão Profissional; Orientação Profissional etc. 
 Um supervisor geralmente apresenta formação semelhante ao do candidato 
a supervisionando. Deve ter como diferencial: uma experiência significativa e mais 
longa; formação refinada – com titulações como Especializações, Mestrado e 
Doutorado, registros profissionais etc.; artigos publicados; prática com determinada 
concepção teórica. 
Código de ética 
ABPp (Associação Brasileira de Psicopedagogia CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS 
 
Artigo 1º A psicopedagogia é um campo de atuação em Saúde e Educação que lida 
com o processo de aprendizagem humana; seus padrões normais e patológicos, 
considerando a influência do meio _ família, escola e sociedade _ no seu 
desenvolvimento, utilizando procedimentos próprios da psicopedagogia. 
 
Parágrafo único A intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do 
conhecimento relacionado com o processo de aprendizagem. 
 
 
 
 
 
32 
Artigo 2º A Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. Utiliza recursos das várias 
áreas do conhecimento humano para a compreensão do ato de aprender, no sentido 
ontogenético e filogenético, valendo-se de métodos e técnicas próprias. 
 
Artigo 3º O trabalho psicopedagógico é de natureza clínica e institucional, de caráter 
preventivo e/ou remediativo.Artigo 4 Estarão em condições de exercício da Psicopedagogia os profissionais 
graduados em 3º grau, portadores de certificados de curso de Pós-Graduação de 
Psicopedagogia, ministrado em estabelecimento de ensino oficial e/ou reconhecido, 
ou mediante direitos adquiridos, sendo indispensável submeter-se à supervisão e 
aconselhável trabalho de formação pessoal. 
 
Artigo 5 O trabalho psicopedagógico tem como objetivo: (i) promover a 
aprendizagem, garantindo o bem-estar das pessoas em atendimento profissional, 
devendo valer-se dos recursos disponíveis, incluindo a relação interprofissional; (ii) 
realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia. 
CAPÍTULO II DAS RENPONSABILIDADES DOS PSICOPEDAGOGOS 
 
Artigo 6º São deveres fundamentais dos psicopedagogos: 
A) Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e técnicos que tratem 
o fenômeno da aprendizagem humana; 
B) Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outras áreas, mantendo uma 
atitude crítica, de abertura e respeitoem relação às diferentes visões do mundo; 
C) Assumir somente as responsabilidades para as quais esteja preparado dentro 
dos limites da competência psicopedagógica; 
D) Colaborar com o progresso da Psicopedagogia; 
E) Difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas agremiações de classe 
sempre que possível; 
F) Responsabilizar-se pelas avaliações feitas fornecendo ao cliente uma definição 
clara do seu diagnóstico; 
G) Preservar 
H) Responsabilizar-se por crítica feita a colegas na ausência destes; 
 
 
 
 
33 
I) Manter atitude de colaboração e solidariedade com colegas sem ser conivente ou 
acumpliciar-se, de qualquer forma, com o ato ilícito ou calúnia. O respeito e a 
dignidade na relação profissional são deveres fundamentais do psicopedagogo para 
a harmonia da classe e manutenção do conceito público. 
 
CAPÍTULO III DAS RELAÇÕES COM OUTRAS PROFISSÕES 
 
Artigo 7º O psicopedagogo procurará manter e desenvolver boas relações com os 
componentes das diferentes categorias profissionais, observando, para este fim, o 
seguinte: 
A) Trabalhar nos estritos limites das atividades que lhes são reservadas; 
B) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de especialização; 
encaminhando-os a profissionais habilitados e qualificados para o atendimento; 
 
CAPÍTULO IV DO SIGILO 
 
 
Artigo 8º 
 
O psicopedagogo está obrigado a guardar segredo sobre fatos de que tenha 
conhecimento em decorrência do exercício de sua atividade. 
Parágrafo Único Não se entende como quebra de sigilo, informar sobre cliente a 
especialistas comprometidos com o atendimento. 
 
Artigo 9º 
 
O psicopedagogo não revelará, como testemunha, fatos de que tenhaconhecimento 
no exercício de seu trabalho, a menos que seja intimado a depor perante autoridade 
competente. 
 
Artigo 10º 
Os resultados de avaliações só serão fornecidos a terceiros interessados, mediante 
concordância do próprio avaliado ou do seu representante legal. 
 
 
 
 
34 
 
Artigo 11º 
Os prontuários psicopedagógicos são documentos sigilosos e a eles não será 
franqueado o acesso a pessoas estranhas ao caso. 
 
CAPÍTULO V DAS PUBLICAÇÕES CIENTÍFICAS 
 
Artigo 12º 
Na publicação de trabalhos científicos, deverão ser observadas as seguintes 
normas: 
 
a) A discordância ou críticas deverão ser dirigidas à matéria e não ao autor; 
b) Em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada igual ênfase aos 
autores, sendo de boa norma dar prioridade na enumeração dos colaboradores 
àquele que mais contribuir para a realização do trabalho; 
c) Em nenhum caso, o psicopedagogo se prevalecerá da posição hierarquia para 
fazer publicar em seu nome exclusivo, trabalhos executados sob sua orientação; 
 
d) Em todo trabalho científico deve ser indicada a fonte bibliográfica utilizada, bem 
como esclarecidas as idéias descobertas e ilustrações extraídas de cada autor. 
 
CAPÍTULO VI DA PUBLICIDADE PROFISSIONAL 
 
Artigo 13º 
O psicopedagogo ao promover publicamente a divulgação de seus serviços, deverá 
fazê-lo com exatidão e honestidade. 
 
Artigo 14º 
O psicopedagogo poderá atuar como consultor científico em organizações que 
visem o lucro com venda de produtos, desde que busque sempre a qualidade dos 
mesmos. 
 
 
 
 
 
35 
 
CAPÍTULO VII DOS HONORÁRIOS 
 
Artigo 15º 
Os honorários deverão ser fixados com cuidado, a fim de que representem justa 
retribuição aoserviços prestados e devem ser contratados previamente. 
 
 
CAPÍTULO VIII DAS RELAÇÕES COM SAÚDE E EDUCAÇÃO 
 
Artigo 16º 
O psicopedagogo deve participar e refletir com as autoridades competentes sobre a 
organização, implantação e execução de projetos de Educação e Saúde Pública 
relativo às questões psicopedagógicas. 
 
CAPÍTULO IX DA OBSERVÂNCIA E CUMPRIMENTO DO CÓDIGO DE ÉTICA 
 
Artigo 17º 
 
Cabe ao psicopedagogo, por direito, e não por obrigação, seguir este código. 
 
Artigo 18º 
Cabe ao Conselho Nacional da ABPp orientar e zelar pela fiel observância dos 
princípios éticos da classe. 
 
Artigo 19º 
O presente código só poderá ser alterado por proposta do Conselho da ABPp e 
aprovado em Assembléia Geral. 
 
CAPÍTULO X DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Artigo 20º 
 
 
 
 
36 
O presente código de ética entrou em vigor após sua aprovação em Assembléia 
Geral, realizada no V Encontro e II Congresso de Psicopedagogia da ABPp em 
12/07/1992, e sofreu a 1ª alteração proposta pelo Congresso Nacional e Nato no 
biênio 95/96, sendo aprovado em 19/07/1996, na Assembléia Geral do III Congresso 
Brasileiro de Psicopedagogia da ABPp, da qual resultou a presente solução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
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