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Aula 03 - Degradacao Ambiental

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Prévia do material em texto

Degradação ambiental
Apresentação
A frequência e os tipos de degradação ambiental que o planeta vem sofrendo têm aumentado e 
diversificado muito no decorrer da história da humanidade, pois desde o surgimento do homem na 
Terra, este vem modificando a natureza conforme as suas necessidades biológicas, culturais, 
econômicas e sociais. A degradação ambiental, causada pela liberação de dejetos e gases 
industriais, o aumento nos níveis de nitrogênio no ambiente e o vazamentos de óleo, em conjunto 
com o crescimento da população humana e de suas atividades associadas à agricultura, à 
industrialização e ao comércio, têm contribuído para a depredação da biodiversidade, ameaçando a 
qualidade de vida e a sustentabilidade dos ecossistemas.
Portanto, nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver o conceito de degradação ambiental, suas 
causas e que efeitos ela pode ter sobre a natureza e o homem. 
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir degradação ambiental.•
Identificar possíveis causas da degradação ambiental.•
Caracterizar recuperação ambiental e relacioná-la ao processo de licenciamento.•
Desafio
Com relação à preservação e à conservação dos solos, o objetivo principal é o de combater a 
erosão e evitar o seu empobrecimento, por meio da utilização de técnicas racionais para uso do 
solo, mantendo e melhorando a sua fertilidade. Veja mais sobre este Desafio.
Infográfico
Com relação à metodologia para a recuperação de áreas degradadas, observe o Infográfico a seguir. 
Parte-se da definição de dano e de suas implicâncias sobre o ambiente e desenvolve-se um plano 
de metas que será executado, monitorado e readequado, caso seja necessário.
Confira.
Conteúdo do livro
O homem tem transformado a natureza de forma drástica, destruindo espécies animais e vegetais, 
desviando cursos de rios, cortando montanhas, drenando pântanos e liberando diversos tipos de 
elementos no ar, na água e nos solos, esquecendo que a sua saúde e o seu bem-estar estão 
diretamente relacionados com a qualidade do meio ambiente.
No capítulo Degradação ambiental, do livro Avaliação de impactos ambientais, você vai ver o que é 
degradação ambiental e suas principais consequências ao meio ambiente e à biodiversidade.
Boa leitura.
AVALIAÇÃO DE 
IMPACTOS 
AMBIENTAIS 
Karine Scherer
Degradação ambiental
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 Definir degradação ambiental.
 Identificar possíveis causas da degradação ambiental.
 Caracterizar recuperação ambiental e relacioná-la ao processo de
licenciamento.
Introdução
A frequência e os tipos de degradação ambiental que o planeta vem 
sofrendo têm aumentado e diversificado muito no decorrer da história, 
pois desde o surgimento do homem na Terra, este vem modificando a 
natureza conforme as suas necessidades biológicas, culturais, econômicas 
e sociais. A degradação ambiental, causada pela liberação de dejetos e 
gases industriais, pelo aumento nos níveis de nitrogênio no ambiente e 
pelos vazamentos de óleo, em conjunto com o crescimento da população 
humana e de suas atividades associadas à agricultura, industrialização e 
comércio, tem contribuído para a depredação da biodiversidade, amea-
çando a qualidade de vida e a sustentabilidade dos ecossistemas. 
Portanto, neste capítulo, você vai ver o conceito de degradação am-
biental, suas causas e que efeitos ela pode ter sobre a natureza e o homem.
Conceitos 
A Lei nº 6.938/1981, que institui a Política Nacional do Meio Ambiente, em seu 
art. 3º, inciso II, diz que degradação ambiental é a degradação da qualidade 
ambiental, por meio de alterações adversas das características do meio am-
biente. Porém, a Lei não deixa claro se o causador da degradação é o homem, 
se é uma consequência de atividades antrópicas ou, então, se é um fenômeno 
natural, como um raio que atinge uma determinada área verde, destruindo 
esta por meio de um incêndio. 
Cap_3_Avaliacao_de_Impactos_Ambientais.indd 49 28/02/2018 13:33:45
Já para Guerra (2001), a degradação ambiental é causada pelo homem, que, 
na maioria das vezes, não respeita os limites impostos pela natureza, sendo 
que a degradação ambiental é mais ampla que a degradação dos solos, pois 
envolve não só a erosão dos solos, mas também a extinção de espécies vegetais 
e animais, a poluição de nascentes, rios, lagos e baías, o assoreamento e outros 
impactos prejudiciais ao meio ambiente e ao próprio homem.
É importante ressaltar que, muitas vezes, as expressões degradação ambien-
tal e impacto ambiental são utilizadas como sinônimos, apesar de a legislação 
apresentar conceitos específicos para cada uma delas, lembrando que, de acordo 
com a Resolução CONAMA nº 1/1986, impacto ambiental é toda a atividade 
que por alguma razão causa alteração das propriedades físicas, químicas e 
biológicas do meio ambiente, podendo afetar direta ou indiretamente:
  a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
  as atividades sociais e econômicas;
  a biota;
  as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
  a qualidade dos recursos ambientais.
A expressão “impacto ambiental” pode ser utilizada tanto para aspectos 
ambientais positivos quanto negativos.
Sabe-se que a degradação dos recursos naturais vem crescendo de forma 
assustadora, repercutindo na deterioração do meio ambiente, causando preju-
ízos de ordem econômica, ambiental e social, tanto no espaço urbano quanto 
no rural. De acordo com o Ibama (BRASIL, 2002), entre os anos de 1960 e 
1980, os padrões de produção e consumo criados pela sociedade acarretaram 
visíveis problemas relacionados com a deterioração das dimensões ambientais, 
culturais, sociais, econômicas e ecológicas, ocasionando perdas na qualidade 
de vida das populações, na saúde e na qualidade do meio ambiente.
Assim, podemos dizer que a degradação ambiental afeta direta ou indireta-
mente a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais 
e econômicas, a fauna e a flora, as condições estéticas e sanitárias do meio, 
além da qualidade dos recursos naturais. Portanto, a degradação ambiental 
de uma área ocorre quando:
  a vegetação nativa e a fauna foram destruídas, removidas ou expulsas;
  ocorrer remoção da camada fértil do solo;
  ocorrer alteração na qualidade e no regime de vazão do sistema hídrico.
Degradação ambiental50
Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 50 26/02/2018 16:48:37
Dessa forma, uma área será considerada degradada quando a sua 
resiliência, ou seja, sua habilidade em se recuperar de um dano e sua esta-
bilidade forem perdidas.
Apesar de ser datado de 1979, o livro Terra, um planeta inabitável? é considerado um 
documento sobre a poluição que envolve a Europa e a Ásia; é um grito de alerta para 
a geração atual, a fim de evitar que o mundo adoeça e a vida nele se torne impossível. 
Nessa obra, você será conduzido pelos diversos caminhos seguidos pela humanidade, 
desde os tempos mais remotos, inferindo que homens e animais poderão desaparecer 
da Terra, caso a degradação do ambiente continue neste ritmo. Cita como exemplos 
os desertos da China setentrional, da Pérsia, da Mesopotâmia e do norte da África, que 
tiveram o esgotamento do solo por meio da exploração crescente de seus recursos, 
tendo suas terras abandonadas após terem sido exploradas ao máximo.
Fonte: Liebmann (1979).
Causas da degradação ambiental
Consideramos que área degradada é aquela que não tem mais sua cobertura 
vegetal original e que perdeu ou reduziu signifi cativamente sua capacidade 
de produção econômica para fi ns agrícolas, pecuários ou fl orestais, sendo 
considerada aquela que sofreu algum grau de perturbação em sua integridade, 
seja ela de natureza física, química ou biológica, ou seja, áreas degradadas 
são aquelas que tiveram a cobertura vegetal e a fauna destruídas, havendo 
perda da camada fértil do solo e alteração na qualidade e na vazão do 
sistema hídrico.Podemos considerar que as fontes de degradação são extremamente 
variáveis, agindo no ambiente rural por meio da agricultura até a própria 
urbanização com todas as atividades decorrentes dela – consumo energé-
tico, construção civil, geração de resíduos sólidos, químicos e de saúde, 
industrialização, contaminações orgânicas e químicas dos recursos hídricos, 
mineração, entre outras.
A agricultura e o seu respectivo avanço das fronteiras agrícolas são 
responsáveis pelo desmatamento de grandes áreas e pela exposição do solo 
a agentes erosivos, como a água e os ventos. Com a perda de solo causada 
pela erosão, haverá reflexos nos custos de produção, que se tornarão cada vez 
51Degradação ambiental
Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 51 26/02/2018 16:48:37
mais elevados, tendo em vista que as camadas superficiais do solo, que são 
as mais férteis, terão sido carregadas para os corpos d’água ou para as zonas 
de menor cota topográfica, provocando o assoreamento destas. Os efeitos 
da agricultura também são sentidos pela biodiversidade, tendo em vista que 
a fauna e a flora são reduzidas e impactadas de forma significativa. Outro 
fator preocupante e que está ligado à agricultura é o fato de ela ser a maior 
consumidora mundial de água doce, utilizada nos sistemas de irrigação. Em 
resumo, pode-se dizer que a agricultura promove a degradação ambiental 
ao remover a cobertura vegetal, afastar a fauna, expor o solo à erosão e à 
compactação e, ainda, reduzir a qualidade dos recursos hídricos por meio 
do assoreamento e da contaminação destes com resíduos de agrotóxicos e 
fertilizantes.
Já no ambiente urbano, os danos ambientais são causados pelo desma-
tamento para o desenvolvimento da área urbana, que resulta em alterações 
climáticas, afastamento e remoção da fauna. Ocorre a alteração do regime 
hídrico de bacias hidrográficas urbanas em virtude da impermeabilização 
do solo, da canalização de córregos e arroios, da ausência de mata ciliar, 
além das zonas para amortecimento de enchentes. As alterações no regime 
hídrico levam a uma redução cada vez mais significativa do tempo de 
detenção das bacias, que, por sua vez, implica em riscos de inundações 
cada vez mais frequentes. A industrialização do ambiente urbano também 
é responsável pela contaminação química e orgânica dos recursos hídricos, 
dos solos e da atmosfera.
Não podemos deixar de mencionar os danos ambientais ocasionados pela 
mineração, que é responsável pela remoção de grandes volumes de cobertura 
vegetal, solo e rochas. A mineração também contamina recursos hídricos 
superficiais e subsuperficiais durante a lavra, o beneficiamento e a disposição 
dos minérios, inclusive depois do encerramento de suas atividades, por meio 
da geração de drenagens contaminadas, além de provocar grandes alterações 
na paisagem.
De modo geral, a degradação ambiental se dará quando houver alterações 
de ordem química (acúmulo de metais em solos ou corpos d’água e variação de 
parâmetros como pH ou oxigênio dissolvido), física (assoreamento de leitos de 
rios, compactação e selamento de solos) ou biológica (bioacumulação, redução 
em termos de biodiversidade, extinção de espécies, eliminação e fragmentação 
de coberturas florestais e redução no banco de plântulas e sementes no solo). 
Tais alterações repercutem de maneira negativa sobre a regeneração natural, 
ao impedir ou retardar esta, em função da escassez de recursos.
Degradação ambiental52
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Degradação dos recursos hídricos
A poluição dos recursos hídricos ocorre por meio da introdução de elementos 
que, através de suas ações físicas, químicas e biológicas degradam a qualidade 
da água, podendo ser nocivos ou prejudiciais aos organismos, às plantas e 
às atividades humanas. A cadeia alimentar pode ser facilmente afetada pela 
contaminação das águas, levando até o homem substâncias tóxicas como 
efl uentes industriais, pesticidas agrícolas, resíduos de atividades mineradoras, 
entre outras, atingindo sucessivamente micro-organismos, crustáceos e peixes, 
até chegar ao homem. Também é preciso levar em consideração que a interação 
permanente da água com o solo, sobre o qual fl ui e no qual se infi ltra, obriga 
a uma avaliação conjunta desses dois meios, além de um cuidado redobrado 
para que os contaminantes de um não se transfi ram e contaminem o outro.
A contaminação das águas é uma questão crítica, tendo em vista que lençóis 
freáticos, lagos, rios, mares e oceanos são os destinatários finais de todo e 
qualquer poluente solúvel em água, que tenha sido lançado no ar ou no solo. 
Assim, além dos elementos poluentes já lançados nos corpos d’agua, estes 
também recebem os poluentes oriundos da atmosfera e dos solos.
A racionalização do uso da água nas atividades promovidas pelo homem seria 
um dos primeiros passos para reduzir os riscos da contaminação hídrica, pois 
se forem menores os volumes de água utilizados e descartados por atividades 
como mineração, agricultura, indústria ou serviços, menores serão as necessi-
dades de tratamento e de recondicionamento às condições originais de pureza. 
Juntamente com a racionalização do uso da água estão atrelados outros dois 
conceitos: o de reutilização da água por mais vezes antes de ser descartada para 
o meio e o da segregação de seus vários fluxos, impedindo que águas pluviais 
se misturem aos esgotos sanitários e às águas de processos industriais. Outro 
ponto importante e que precisa ser destacado está relacionado ao saneamento do 
meio (limpeza urbana, coleta de lixo, drenagem das águas pluviais, controle de 
vetores), que tem como objetivo evitar que as chuvas, os ventos e outros meios 
naturais e artificiais transportem seus agentes até os recursos hídricos. Referente 
à degradação dos recursos hídricos, podemos citar, também:
  Maré negra: em todas as fases de exploração, refinamento, transporte e 
distribuição do petróleo, podem acontecer vazamentos e danos ao ecossis-
tema aquático. Quando os tanques dos navios petroleiros são levados ao 
mar, essa região fica poluída. Quando o petroleiro está vazio, é costume 
encher seus tanques com água para equilibrá-lo; sendo que essa água suja 
de petróleo é jogada no mar, poluindo suas águas. O petróleo adere às 
53Degradação ambiental
Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 53 26/02/2018 16:48:37
brânquias dos peixes, impedindo sua respiração, às penas das aves e aos 
pelos dos mamíferos, eliminando o colchão de ar retido entre os pelos e as 
penas. O resultado é a perda da capacidade de isolamento térmico, fazendo 
com que o animal não consiga se proteger do frio e acabe morrendo.
  Eutrofização: quando são lançados esgotos domésticos nas águas ou 
quando detergentes, fertilizantes ou adubos chegam a ela, o excesso 
de minerais provoca a proliferação de algas microscópicas que vivem 
próximas à superfície. Com isso, forma-se uma camada de algas, que 
impede a penetração de luz na água e a realização da fotossíntese nas 
camadas mais profundas. As algas abaixo da superfície morrem e a sua 
grande quantidade favorece o aumento das bactérias decompositoras, 
que passam a consumir muito oxigênio para realizar a decomposição; co-
meça a faltar oxigênio na água e os peixes e outros organismos aeróbios 
morrem. Com a falta de oxigênio, a decomposição da matéria orgânica, 
antes aeróbica, passa a ser anaeróbica, o que acarreta a produção de 
gases tóxicos, como o gás sulfídrico.
  Poluição térmica: ocorre quando a água utilizada na refrigeração de 
usinas que geram eletricidade é lançada em um ecossistema aquático. 
O aquecimento da água pode prejudicar os animais estenotérmicos. 
Além disso, a quantidade de oxigênio dissolvido na água diminui com o 
aumento da temperatura, podendo acarretar a morte de seres aeróbicos.
Veja na Figura 1 a seguir um exemplo de água contaminada com óleo.
Figura 1. Água contaminada com óleo.
Fonte: Christian Vinces/Shutterstock.com.
Degradação ambiental54
Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb54 26/02/2018 16:48:38
Degradação do solo
A poluição dos solos é causada pela introdução de elementos químicos, 
como hidrocarbonetos de petróleo, metais pesados como chumbo, cádmio, 
mercúrio, cromo e arsênio e pela aplicação indiscriminada de pesticidas ou, 
então, por alterações causadas pela ação do homem e seu mau uso, como 
a exploração mineral não racional e a disposição inadequada de resíduos 
sólidos e líquidos, que, além de contaminar o solo, podem atingir também 
o lençol freático.
O maior risco de contaminação do solo por elementos poluentes está 
no fato de essas substâncias serem arrastadas pelas águas superficiais e 
subterrâneas por distâncias que se encontrem fora das áreas sob controle e 
monitoramento, gerando uma contaminação cuja remediação será custosa e 
demorada. Por essa razão, o estudo da contaminação dos solos e as soluções 
adotadas para que isso seja evitado estão quase sempre relacionados com a 
contaminação das águas.
A contaminação dos solos é hoje um tema de grande relevância nas 
grandes aglomerações urbanas, pela dificuldade de disposição adequada de 
seus resíduos, gerados em grandes quantidades, pois uma área de disposição 
e confinamento de resíduos pode gerar ainda outros riscos, como odores, 
gases tóxicos, chorume, além do inevitável impacto visual negativo. Vale 
ressaltar que a erosão e as inundações, provocadas pelo desmatamento de 
áreas, por exemplo, também apresentam impactos consideráveis sobre o solo. 
O mau uso da terra pode acelerar a erosão e provocar em algumas regiões a 
formação ou a expansão das condições típicas de deserto (desertificação). 
Sobre a degradação dos solos, podemos destacar, também os defensivos 
agrícolas. As culturas agrícolas são muito sensíveis ao ataque de pragas, 
sendo particularmente perigoso nas monoculturas, nas quais insetos e outros 
organismos parasitas se propagam com muita facilidade em razão da pro-
ximidade entre as plantas e da ausência de predadores naturais. Por isso o 
homem desenvolveu diversos tipos de defensivos agrícolas, que protegem as 
sementes, as plantações e os alimentos estocados contra o ataque de pragas. 
Acontece que a degradação de alguns pesticidas, como os organoclorados, dos 
quais um exemplo é o DDT, é lenta e eles tendem a se acumular ao longo das 
cadeias alimentares. Nos animais, o DDT se deposita no tecido adiposo, no 
cérebro, no fígado, nos rins, nos pulmões e nas glândulas sexuais, podendo 
causar problemas nesses órgãos.
A Figura 2, a seguir, mostra um exemplo da aplicação de pesticidas na 
agricultura.
55Degradação ambiental
Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 55 26/02/2018 16:48:38
Figura 2. Aplicação de pesticidas na agricultura.
Fonte: Federico Rostagno/Shutterstock.com.
Degradação atmosférica
A poluição do ar é provocada pelo acúmulo de elementos como monóxido de 
carbono, hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio, enxofre, ozônio, compostos 
de chumbo, fuligem e fumaça branca, que, em determinadas concentrações, 
pode apresentar efeitos nocivos ao homem e ao meio ambiente. Essas subs-
tâncias, conhecidas como poluentes atmosféricos, podem aparecer sob a 
forma de gases ou partículas provenientes de fontes naturais, como vulcões e 
neblinas ou, ainda, de fontes artifi ciais, produzidas pelas atividades humanas.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (2016), a poluição atmosférica é 
responsável por mais de 7 milhões de mortes por ano no mundo, em razão da 
grande incidência de materiais particulados, constituídos por poeiras e fuligem, 
que estão entre os principais causadores de doenças ocupacionais, como a 
silicose e a asbestose. Além dos efeitos nocivos causados pela emissão de gases 
e particulados, os odores, as radiações ionizantes, as emissões radioativas e a 
poluição sonora também podem ser considerados como poluentes atmosféricos.
O crescimento nas taxas de incidência de algumas doenças ocupacionais 
de origem respiratória e as condições extremas de contaminação do ar, que se 
tornavam cada vez mais comuns em algumas regiões dos países industrializados, 
foram os principais fatores que atuaram em favor de um controle mais rigoroso do 
Degradação ambiental56
Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 56 26/02/2018 16:48:38
lançamento de poluentes no ar. Pode-se dizer que hoje não existem mais razões 
técnicas para que as indústrias continuem a lançar poluentes no ar, graças aos 
avanços alcançados nos projetos de instalações de filtragem e de tratamento de 
gases e vapores expelidos pelos processos industriais. Redes de monitoramento, 
modelos de dispersão e sistemas de medição contínua são alguns dos recursos 
técnicos disponíveis para assegurar um bom controle da qualidade do ar, porém, 
em razão dos custos elevados de muitas dessas instalações, esse processo ainda 
pode ser postergado. Dentro da poluição atmosférica, podemos citar:
  Inversão térmica: em situação normal, a temperatura do ar diminui com 
a altitude, uma vez que as camadas inferiores de ar são aquecidas pelo 
reflexo dos raios solares no solo. Com o aquecimento, o ar próximo ao 
solo fica menos denso que o ar mais frio das camadas superiores, fazendo 
surgir correntes de convecção, facilitando a dispersão dos poluentes: 
uma de ar quente, que sobe; outra de ar frio, que desce e substitui o ar 
que subiu. No inverno, durante a madrugada, o ar próximo ao solo pode 
se tornar mais frio que o das camadas superiores. Como os raios solares 
do dia são fracos nessa estação, eles não aquecem suficientemente o ar 
próximo ao solo para que se formem as correntes de convecção.
A Figura 3 retrata a poluição atmosférica causada pelas atividades industriais.
Figura 3. Poluição atmosférica causada pelas atividades industriais.
Fonte: Hung Chung Chih/Shutterstock.com.
57Degradação ambiental
Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 57 26/02/2018 16:48:39
Perda da biodiversidade
A conservação da biodiversidade e dos recursos naturais são dois fatores que 
devem ser observados no desenvolvimento de empreendimentos impactantes. 
Tendo em vista que biodiversidade é a variabilidade entre os organismos vivos 
de todas as origens, em todos os seus níveis e abrangências, que vão desde 
os micro-organismos até as grandes espécies aquáticas e terrestres, sejam 
elas endêmicas ou ameaçadas, domesticadas ou selvagens, a sua preservação 
se torna extremamente importante, tendo em vista que o equilíbrio facilita 
a polinização das colheitas, o controle biológico de pragas e doenças, a ali-
mentação, os medicamentos e, principalmente, a manutenção do equilíbrio 
em todos os ambientes terrestres.
A interferência do homem de forma descontrolada sobre o meio ambiente 
tem alterado a diversidade biológica de maneira drástica. Perda e fragmentação 
dos habitats, introdução de espécies e doenças exóticas, exploração excessiva 
de espécies de plantas e animais, monocultura, pecuária, poluição e altera-
ções climáticas são apenas alguns dos fatores que estão contribuindo para o 
desequilíbrio da biodiversidade. Estima-se que 27 mil espécies desapareçam 
a cada ano. Se mantivermos a devastação e os níveis de poluição nesse ritmo, 
o planeta não conseguirá fornecer os recursos necessários para a manutenção
da população humana.
Degradação ambiental58
Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 58 26/02/2018 16:48:39
Recuperação ambiental
A Constituição Federal brasileira determina, em seu art. 255, que “[...] todos 
têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum 
do povo, essencial e saudável a qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público 
e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras 
gerações [...]”, em consonância com a Lei Federal nº 6.938/1981, que institui a 
Política Nacional do Meio Ambiente e que tem por objetivos a preservação, a 
melhoria e a recuperação da qualidade ambiental propícias à vida, considerando 
o meio ambiente como patrimônio público.
Essa lei é bastante clara no que diz respeito à proteçãodo ambiente 
natural, definindo que áreas degradadas deverão ser recuperadas, obje-
tivando seu entorno a uma forma de utilização de acordo com o plano 
preestabelecido para uso do solo, visando à obtenção da qualidade do meio 
ambiente. Podemos observar que a legislação ambiental brasileira não se 
esgota na Lei Federal nº 6.938/1981, tendo em vista que outras leis, decretos 
e resoluções expandem o leque de exigências, como é o caso da Lei Fede-
ral nº 9.605/1998, a qual deixa claro que cabe ao responsável pelo dano a 
recuperação da área degradada.
A Lei Federal nº 9.605/1998, que “dispõe sobre as sanções 
penais e administrativas derivadas de condutas e ativida-
des lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências”, 
também é conhecida como a Lei de Crimes Ambientais. 
Acesse no link ou código a seguir e leia na íntegra.
https://goo.gl/Xj6PDi 
Apesar de todo trabalho sobre uma área degradada objetivar a recupe-
ração de suas integridades físicas, químicas e biológicas, tanto do ponto de 
59Degradação ambiental
Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 59 26/02/2018 16:48:39
vista ambientalista quanto produtivista, existem três resultados, dentro do 
trabalho de recuperação de uma área degradada, que devem ser levados em 
consideração:
  Restauração: conduz um ecossistema ou uma população degradada à 
sua condição original, uma vez que eliminados os agentes da degradação, 
sendo aplicada em ecossistemas raros e ameaçados.
  Reabilitação: retorna a área ou a população degradada a um estado 
biológico estável, o qual não necessariamente deverá coincidir com a 
condição original desta.
  Recuperação: implica no restabelecimento de um dado ecossistema, ou 
população, a uma condição não degradada. Está baseada no manejo da 
sucessão vegetal e biológica, em conformidade com os padrões naturais 
locais, mediante um plano preestabelecido para a sua regeneração, com 
o objetivo de, a médio e a longo prazo, criar uma condição estável e 
sustentável, de acordo com valores ambientais, econômicos, estéticos 
e sociais dos sistemas naturais ao seu entorno.
Cabe ressaltar que os trabalhos de recuperação ambiental são capazes 
de controlar a poluição atmosférica, visual, sonora e hídrica, conservar 
energia, contribuir no saneamento ambiental, ampliar a biodiversidade e 
estabilizar o solo.
Metodologia para Recuperação de Áreas Degradadas
Os projetos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRADs) têm como objetivo 
principal criar um roteiro sistemático, contendo as informações e as especifi -
cações técnicas organizadas em etapas lógicas, para orientar a tecnologia de 
recuperação ambiental de áreas degradadas ou perturbadas para alcançar os 
resultados esperados, ou seja, é o processo de auxílio à reestruturação de um 
ecossistema que foi degradado, danifi cado ou destruído. 
A metodologia para recuperação de áreas degradadas parte da defi-
nição do dano e de suas consequências sobre o ambiente, desenvolvendo 
um plano de metas que será executado, monitorado e readequado, se ne-
cessário. É importante compreender que será necessário relacionar os 
compartimentos solo, água e vegetação de tal forma que desencadeie um 
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processo de sucessão ecológica, que terá como resultado a recuperação 
do ecossistema afetado.
A elaboração do diagnóstico ambiental compreende o entendimento e a 
delimitação da área a ser recuperada, levando em consideração a inserção 
local (entorno próximo) e regional. Para que esse diagnóstico seja feito, será 
necessária uma equipe multidisciplinar, que levantará dados, como:
  mapeamento das áreas de risco e identificação do agente degradante;
  mapeamento geológico e topográfico;
  mapeamento do uso e da ocupação do solo;
  levantamentos qualitativos e quantitativos da qualidade do ar, dos solos, 
da fauna e da flora;
  levantamento macro e microclimático;
  levantamento dos aspectos hidrológicos – regime de chuvas, áreas de 
inundação e caminhos preferenciais da água, considerando-se como 
unidade básica a microbacia hidrográfica;
  disponibilidade de plântulas e sementes na vegetação natural do entorno.
Esse tipo de diagnóstico ambiental também poderá ser solicitado por corpo 
técnico de órgãos públicos de controle ambiental para empreendimentos em 
etapa de licenciamento ambiental. Nesse caso, será exigido dos empreendi-
mentos, com relevância ambiental significativa, a elaboração de estudo de 
impacto ambiental (EIA) e seu respectivo relatório de impacto sobre o meio 
ambiente (RIMA). É por meio do EIA/RIMA que será feito o diagnóstico 
ambiental que dará suporte aos técnicos com relação a licenciamento am-
biental, proposta de manejo de áreas afetadas e implementação de medidas 
mitigatórias e compensatórias.
Ao término do diagnóstico ambiental, será possível elaborar um plano 
de recuperação no qual se define o objetivo a ser alcançado ao término dos 
trabalhos e qual metodologia utilizar. Os sistemas para recuperação de áreas 
degradadas deverão ser específicos para cada situação, contemplando, entre 
outros fatores, localização, clima, topografia, estabilidade do terreno, solo, 
vegetação e natureza dos agentes causadores da degradação. Deve-se ter em 
mente que o objetivo geral desse tipo de trabalho será o de sempre devolver 
ao ecossistema em recuperação a sua estabilidade, resiliência, dinâmica su-
cessional, longevidade e qualidade paisagística, a tal ponto que não necessite 
mais de intervenção antrópica.
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De acordo com a Resolução CONAMA nº 1/1986, são atividades que necessitam da 
elaboração de estudo de impacto ambiental – EIA e respectivo relatório de impacto 
ambiental – RIMA as seguintes atividades modificadoras do meio ambiente: 
I – estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; 
II – ferrovias; 
III – portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; 
IV – aeroportos;
V – oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos 
sanitários; 
VI – linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 KV; 
VII – obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem 
para fins hidrelétricos, acima de 10 MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de 
canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d’água, abertura 
de barras e embocaduras, transposição de bacias e diques; 
VIII – extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); 
IX – extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração; 
X – aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou 
perigosos; 
XI – usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, 
acima de 10 MW; 
XII – complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos, siderúrgicos, 
cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hidróbios); 
XIII – distritos industriais e zonas estritamente industriais – ZEI; 
XIV – exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 ha ou 
menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância 
do ponto de vista ambiental; 
XV – projetos urbanísticos, acima de 100 ha ou em áreas consideradas de relevante 
interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes;
XVI – qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos similares, 
em quantidade superior a 10 toneladas por dia;
XVII – projetos agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 ha ou 
menores, neste caso, quando se tratar de áreas significativas em termos percentuais 
ou de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção 
ambiental; e
XVIII – empreendimentos potencialmente lesivos ao patrimônio espeleológico 
nacional. 
Fonte: Brasil (1986).
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BARBOSA, R.P. Avaliação de risco e impacto ambiental. São Paulo: Saraiva, 2014.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Presidência da 
República, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm>. Acesso em: 15 jan. 2018.
BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio 
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. 
Brasília: Presidência da República, 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 15 jan. 2018.
BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre a Política Nacional do 
Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras 
providências. Brasília: Presidência da República, 1998. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm>. Acesso em: 15 jan. 2018.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Conselho Nacional do Meio Ambiente. 
Resolução CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986. Disponível em: <http://
www.mma.gov.br/port/conama/res/res86/res0186.html>. Acesso em: 20 de nov.
embro de 2017. 
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos 
Recursos Naturais Renováveis. GEO Brasil 2002: perspectivas do meio ambiente no 
Brasil. Brasília: IBAMA, 2002. Disponível em: <http://www.ibama.gov.br/sophia/cnia/
site_cnia/geo_brasil_2002.pdf>. Acesso em: 19 nov. 2017.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Site. Brasília: MMA, 2018. Disponível em: <http://
www.mma.gov.br/biodiversidade-global/impactos>. Acesso em: 19 de novembro 
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GUERRA, A. J. T. Processos erosivos nas encostas. In: GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. Ge-
omorfologia: uma atualização de bases e conceitos. 4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand 
Brasil, 2001.
LIEBMANN, H. Terra, um planeta inabitável? Da antiguidade até os nossos dias, toda 
a trajetória poluidora da humanidade. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército, 1979.
Leituras recomendadas
LOTT, C. P. M.; BESSA, G. D.; VILELA, O. Reabilitação de áreas e fechamento de minas. 
Brasil Mineral, n. 228, jun. 2004. 
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. OMS divulga estimativas nacionais sobre ex-
posição à poluição do ar e impacto na saúde. 27 set. 2016. Disponível em: <http://
www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5249:oms-
-divulga-estimativas-nacionais-sobre-exposicao-a-poluicao-do-ar-e-impacto-na-
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PHILLIPPI JR., A.; ROMÉRO, M. A.; BRUNA, G. C. Curso de gestão ambiental. 2. ed. São 
Paulo: Manole, 2014.
PINTO, T. J. A. et al. Ciências farmacêuticas: sistema de gestão ambiental. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2009.
POLETO, C. Introdução ao gerenciamento ambiental. Rio de Janeiro: Interciência, 2010.
SÁNCHEZ, L. H. Avaliação de impacto ambiental: conceitos e métodos. São Paulo: Oficina 
de Textos, 2008.
64Degradação ambiental
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Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra. 
 
Dica do professor
Esta Dica do Professor trata sobre o licenciamento ambiental. Você vai ver o conceito de 
licenciamento ambiental e de licença ambiental e, ainda, que o processo de licenciamento se divide 
em três fases: licença prévia (LP), licença de instalação (LI) e licença de operação (LO). O 
licenciamento ambiental é uma exigência feita a todos os empreendimentos ou atividades que 
empregam recursos naturais ou que possam causar algum tipo de poluição ou degradação ao meio 
ambiente.
Assista.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/88b0d37606597539db52c9fb366e9e3a
Exercícios
1) As queimadas são utilizadas com frequência pelos agricultores como recurso para preparar o 
solo para o plantio. É correto afirmar que o uso sistemático dessa conduta não é indicado, 
por qual motivo? 
A) Retira a água do solo.
B) Destrói micro-organismos do solo.
C) Impermeabiliza o solo.
D) Provoca menor desgaste do solo.
E) Dificulta a aeração do solo.
2) Considerando a importância da água para a manutenção da vida e a riqueza dos recursos 
hídricos brasileiros, uma grave crise de água em nosso país poderia ser motivada por: 
A) reduzida área de solos agricultáveis.
B) ausência de reservas de águas subterrâneas.
C) escassez de rios e de grandes bacias hidrográficas.
D) degradação dos mananciais e desperdício no consumo.
E) transposição do rio São Francisco.
3) O ciclo da água pode ser aproveitado para produzir energia. Dessa forma, se faz necessária a 
construção de uma barragem para represar a água e gerar energia elétrica. Porém, a 
construção de barragens é responsável por diversos impactos ambientais. Dentre eles, 
podemos citar: 
A) o aumento do nível dos oceanos e das chuvas ácidas.
B) a chuva ácida e o efeito estufa.
C) os alagamentos e a intensificação do efeito estufa.
D) os alagamentos e os desequilíbrios da fauna e da flora.
E) a alteração do curso natural dos rios e a poluição atmosférica.
4) O aumento nos níveis de poluição é responsável por causar diversos problemas ao meio 
ambiente, dos quais podemos citar a chuva ácida, que é um fenômeno causado, 
principalmente, pelas emissões resultantes da queima de combustíveis fósseis. O 
lançamento no ar de dióxido de enxofre por algumas indústrias e o óxido de nitrogênio 
emitido em decorrência de diversos combustíveis fósseis e dos veículos motorizados 
agregam-se ao hidrogênio na atmosfera e transformam-se em ácido sulfúrico e em ácido 
nítrico. Com base nessas informações, é correto afirmar que, no Brasil, o fenômeno das 
chuvas ácidas é: 
A) inexistente, visto que a matriz energética brasileira é oriunda da energia hidráulica, 
considerada limpa por não causar danos ambientais.
B) irrelevante, pois a maior parte da frota automobilística brasileira é movida a álcool, 
combustível livre de gases responsáveis pelas chuvas ácidas.
C) intenso em algumas áreas, principalmente nos polos siderúrgicos, devido à utilização maciça 
de carvão mineral.
D) inexistente, pois o carvão mineral utilizado para a geração de energia elétrica é pouco 
poluente, por apresentar baixo teor de gases que provocam as chuvas ácidas.
E) intenso nos grandes centros urbanos, em razão do aumento expressivo da frota de 
automóveis, com a queima de bicombustíveis.
5) Dois documentos são exigidos pela legislação ambiental brasileira aos empreendedores 
como parte do processo de licenciamento ambiental, em determinadas obras de grande 
impacto ambiental: o estudo de impacto ambiental (EIA) e o relatório de impacto sobre o 
meio ambiente (RIMA). Com relação a esses dois documentos, é correto afirmar que: 
A) são desenvolvidos e redigidos exclusivamente pelos funcionários públicos técnicos do Ibama, 
órgão do governo federal, o que leva, geralmente, a atrasos nos processos de licenciamento.
B) devem indicar as medidas mitigadoras dos impactos do empreendimento, as quais serão 
executadas sempre com recursos do governo federal.
C) são elaborados por equipes formadas exclusivamente por biólogos, que são os únicos 
profissionais legalmente habilitados para a redação desses documentos.
D) são submetidos à aprovação do Ministério Público federal.
E) devem antecipar as consequências e impactos das obras sobre as condições geofísicas, os 
ecossistemas e a população da área a ser afetada.
Na prática
Na elaboração de um Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), é feito o diagnóstico 
ambiental e a avaliação e a delimitação da área a ser recuperada, levando em consideração a 
inserção local (entorno próximo). Para que esse diagnóstico seja feito, é necessárioque a equipe 
multidisciplinar levante os seguintes dados:
• Mapeamento das áreas de risco e identificação do agente degradante. 
• Mapeamento geológico e topográfico. 
• Mapeamento do uso e da ocupação do solo. 
• Levantamentos qualitativos e quantitativos da qualidade do ar, dos solos, da fauna e da flora. 
• Levantamento macro e microclimático. 
• Levantamento dos aspectos hidrológicos – regime de chuvas, áreas de inundação, caminhos 
preferenciais da água, considerando-se como unidade básica a microbacia hidrográfica. 
• Disponibilidade de plântulas e sementes na vegetação natural do entorno.
Veja um caso prático.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
O conceito de biodiversidade e a história da biologia da 
conservação: da preservação da wilderness à conservação da 
biodiversidade
Você verá o conceito de biodiversidade, discutindo a sua preservação e as preocupações que 
devem ser tomadas com a proteção do patrimônio natural.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Plano de recuperação de áreas degradadas (PRAD)
Veja mais sobre as definições gerais sobre o assunto, bem como os procedimentos e os métodos 
necessários para a elaboração de um PRAD.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Diagnóstico da degradação ambiental na área do lixão de 
Pombal - PB
O artigo trata da questão da degradação ambiental na área do lixão de Pombal, em Pernambuco, 
abordando seus impactos sobre a população, a saúde pública e o meio ambiente. Também aborda 
métodos para a identificação de impactos ambientais, como ad-hoc e checklist.
https://www.scielo.br/pdf/his/v32n2/a03v32n2.pdf
https://www.meioambiente.go.gov.br/images/imagens_migradas/upload/arquivos/2017-01/prad_telma_ortegal_semarh.pdf
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/3294/2834

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