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Degradação ambiental Apresentação A frequência e os tipos de degradação ambiental que o planeta vem sofrendo têm aumentado e diversificado muito no decorrer da história da humanidade, pois desde o surgimento do homem na Terra, este vem modificando a natureza conforme as suas necessidades biológicas, culturais, econômicas e sociais. A degradação ambiental, causada pela liberação de dejetos e gases industriais, o aumento nos níveis de nitrogênio no ambiente e o vazamentos de óleo, em conjunto com o crescimento da população humana e de suas atividades associadas à agricultura, à industrialização e ao comércio, têm contribuído para a depredação da biodiversidade, ameaçando a qualidade de vida e a sustentabilidade dos ecossistemas. Portanto, nesta Unidade de Aprendizagem, você vai ver o conceito de degradação ambiental, suas causas e que efeitos ela pode ter sobre a natureza e o homem. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir degradação ambiental.• Identificar possíveis causas da degradação ambiental.• Caracterizar recuperação ambiental e relacioná-la ao processo de licenciamento.• Desafio Com relação à preservação e à conservação dos solos, o objetivo principal é o de combater a erosão e evitar o seu empobrecimento, por meio da utilização de técnicas racionais para uso do solo, mantendo e melhorando a sua fertilidade. Veja mais sobre este Desafio. Infográfico Com relação à metodologia para a recuperação de áreas degradadas, observe o Infográfico a seguir. Parte-se da definição de dano e de suas implicâncias sobre o ambiente e desenvolve-se um plano de metas que será executado, monitorado e readequado, caso seja necessário. Confira. Conteúdo do livro O homem tem transformado a natureza de forma drástica, destruindo espécies animais e vegetais, desviando cursos de rios, cortando montanhas, drenando pântanos e liberando diversos tipos de elementos no ar, na água e nos solos, esquecendo que a sua saúde e o seu bem-estar estão diretamente relacionados com a qualidade do meio ambiente. No capítulo Degradação ambiental, do livro Avaliação de impactos ambientais, você vai ver o que é degradação ambiental e suas principais consequências ao meio ambiente e à biodiversidade. Boa leitura. AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS Karine Scherer Degradação ambiental Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir degradação ambiental. Identificar possíveis causas da degradação ambiental. Caracterizar recuperação ambiental e relacioná-la ao processo de licenciamento. Introdução A frequência e os tipos de degradação ambiental que o planeta vem sofrendo têm aumentado e diversificado muito no decorrer da história, pois desde o surgimento do homem na Terra, este vem modificando a natureza conforme as suas necessidades biológicas, culturais, econômicas e sociais. A degradação ambiental, causada pela liberação de dejetos e gases industriais, pelo aumento nos níveis de nitrogênio no ambiente e pelos vazamentos de óleo, em conjunto com o crescimento da população humana e de suas atividades associadas à agricultura, industrialização e comércio, tem contribuído para a depredação da biodiversidade, amea- çando a qualidade de vida e a sustentabilidade dos ecossistemas. Portanto, neste capítulo, você vai ver o conceito de degradação am- biental, suas causas e que efeitos ela pode ter sobre a natureza e o homem. Conceitos A Lei nº 6.938/1981, que institui a Política Nacional do Meio Ambiente, em seu art. 3º, inciso II, diz que degradação ambiental é a degradação da qualidade ambiental, por meio de alterações adversas das características do meio am- biente. Porém, a Lei não deixa claro se o causador da degradação é o homem, se é uma consequência de atividades antrópicas ou, então, se é um fenômeno natural, como um raio que atinge uma determinada área verde, destruindo esta por meio de um incêndio. Cap_3_Avaliacao_de_Impactos_Ambientais.indd 49 28/02/2018 13:33:45 Já para Guerra (2001), a degradação ambiental é causada pelo homem, que, na maioria das vezes, não respeita os limites impostos pela natureza, sendo que a degradação ambiental é mais ampla que a degradação dos solos, pois envolve não só a erosão dos solos, mas também a extinção de espécies vegetais e animais, a poluição de nascentes, rios, lagos e baías, o assoreamento e outros impactos prejudiciais ao meio ambiente e ao próprio homem. É importante ressaltar que, muitas vezes, as expressões degradação ambien- tal e impacto ambiental são utilizadas como sinônimos, apesar de a legislação apresentar conceitos específicos para cada uma delas, lembrando que, de acordo com a Resolução CONAMA nº 1/1986, impacto ambiental é toda a atividade que por alguma razão causa alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, podendo afetar direta ou indiretamente: a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais. A expressão “impacto ambiental” pode ser utilizada tanto para aspectos ambientais positivos quanto negativos. Sabe-se que a degradação dos recursos naturais vem crescendo de forma assustadora, repercutindo na deterioração do meio ambiente, causando preju- ízos de ordem econômica, ambiental e social, tanto no espaço urbano quanto no rural. De acordo com o Ibama (BRASIL, 2002), entre os anos de 1960 e 1980, os padrões de produção e consumo criados pela sociedade acarretaram visíveis problemas relacionados com a deterioração das dimensões ambientais, culturais, sociais, econômicas e ecológicas, ocasionando perdas na qualidade de vida das populações, na saúde e na qualidade do meio ambiente. Assim, podemos dizer que a degradação ambiental afeta direta ou indireta- mente a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a fauna e a flora, as condições estéticas e sanitárias do meio, além da qualidade dos recursos naturais. Portanto, a degradação ambiental de uma área ocorre quando: a vegetação nativa e a fauna foram destruídas, removidas ou expulsas; ocorrer remoção da camada fértil do solo; ocorrer alteração na qualidade e no regime de vazão do sistema hídrico. Degradação ambiental50 Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 50 26/02/2018 16:48:37 Dessa forma, uma área será considerada degradada quando a sua resiliência, ou seja, sua habilidade em se recuperar de um dano e sua esta- bilidade forem perdidas. Apesar de ser datado de 1979, o livro Terra, um planeta inabitável? é considerado um documento sobre a poluição que envolve a Europa e a Ásia; é um grito de alerta para a geração atual, a fim de evitar que o mundo adoeça e a vida nele se torne impossível. Nessa obra, você será conduzido pelos diversos caminhos seguidos pela humanidade, desde os tempos mais remotos, inferindo que homens e animais poderão desaparecer da Terra, caso a degradação do ambiente continue neste ritmo. Cita como exemplos os desertos da China setentrional, da Pérsia, da Mesopotâmia e do norte da África, que tiveram o esgotamento do solo por meio da exploração crescente de seus recursos, tendo suas terras abandonadas após terem sido exploradas ao máximo. Fonte: Liebmann (1979). Causas da degradação ambiental Consideramos que área degradada é aquela que não tem mais sua cobertura vegetal original e que perdeu ou reduziu signifi cativamente sua capacidade de produção econômica para fi ns agrícolas, pecuários ou fl orestais, sendo considerada aquela que sofreu algum grau de perturbação em sua integridade, seja ela de natureza física, química ou biológica, ou seja, áreas degradadas são aquelas que tiveram a cobertura vegetal e a fauna destruídas, havendo perda da camada fértil do solo e alteração na qualidade e na vazão do sistema hídrico.Podemos considerar que as fontes de degradação são extremamente variáveis, agindo no ambiente rural por meio da agricultura até a própria urbanização com todas as atividades decorrentes dela – consumo energé- tico, construção civil, geração de resíduos sólidos, químicos e de saúde, industrialização, contaminações orgânicas e químicas dos recursos hídricos, mineração, entre outras. A agricultura e o seu respectivo avanço das fronteiras agrícolas são responsáveis pelo desmatamento de grandes áreas e pela exposição do solo a agentes erosivos, como a água e os ventos. Com a perda de solo causada pela erosão, haverá reflexos nos custos de produção, que se tornarão cada vez 51Degradação ambiental Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 51 26/02/2018 16:48:37 mais elevados, tendo em vista que as camadas superficiais do solo, que são as mais férteis, terão sido carregadas para os corpos d’água ou para as zonas de menor cota topográfica, provocando o assoreamento destas. Os efeitos da agricultura também são sentidos pela biodiversidade, tendo em vista que a fauna e a flora são reduzidas e impactadas de forma significativa. Outro fator preocupante e que está ligado à agricultura é o fato de ela ser a maior consumidora mundial de água doce, utilizada nos sistemas de irrigação. Em resumo, pode-se dizer que a agricultura promove a degradação ambiental ao remover a cobertura vegetal, afastar a fauna, expor o solo à erosão e à compactação e, ainda, reduzir a qualidade dos recursos hídricos por meio do assoreamento e da contaminação destes com resíduos de agrotóxicos e fertilizantes. Já no ambiente urbano, os danos ambientais são causados pelo desma- tamento para o desenvolvimento da área urbana, que resulta em alterações climáticas, afastamento e remoção da fauna. Ocorre a alteração do regime hídrico de bacias hidrográficas urbanas em virtude da impermeabilização do solo, da canalização de córregos e arroios, da ausência de mata ciliar, além das zonas para amortecimento de enchentes. As alterações no regime hídrico levam a uma redução cada vez mais significativa do tempo de detenção das bacias, que, por sua vez, implica em riscos de inundações cada vez mais frequentes. A industrialização do ambiente urbano também é responsável pela contaminação química e orgânica dos recursos hídricos, dos solos e da atmosfera. Não podemos deixar de mencionar os danos ambientais ocasionados pela mineração, que é responsável pela remoção de grandes volumes de cobertura vegetal, solo e rochas. A mineração também contamina recursos hídricos superficiais e subsuperficiais durante a lavra, o beneficiamento e a disposição dos minérios, inclusive depois do encerramento de suas atividades, por meio da geração de drenagens contaminadas, além de provocar grandes alterações na paisagem. De modo geral, a degradação ambiental se dará quando houver alterações de ordem química (acúmulo de metais em solos ou corpos d’água e variação de parâmetros como pH ou oxigênio dissolvido), física (assoreamento de leitos de rios, compactação e selamento de solos) ou biológica (bioacumulação, redução em termos de biodiversidade, extinção de espécies, eliminação e fragmentação de coberturas florestais e redução no banco de plântulas e sementes no solo). Tais alterações repercutem de maneira negativa sobre a regeneração natural, ao impedir ou retardar esta, em função da escassez de recursos. Degradação ambiental52 Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 52 26/02/2018 16:48:37 Degradação dos recursos hídricos A poluição dos recursos hídricos ocorre por meio da introdução de elementos que, através de suas ações físicas, químicas e biológicas degradam a qualidade da água, podendo ser nocivos ou prejudiciais aos organismos, às plantas e às atividades humanas. A cadeia alimentar pode ser facilmente afetada pela contaminação das águas, levando até o homem substâncias tóxicas como efl uentes industriais, pesticidas agrícolas, resíduos de atividades mineradoras, entre outras, atingindo sucessivamente micro-organismos, crustáceos e peixes, até chegar ao homem. Também é preciso levar em consideração que a interação permanente da água com o solo, sobre o qual fl ui e no qual se infi ltra, obriga a uma avaliação conjunta desses dois meios, além de um cuidado redobrado para que os contaminantes de um não se transfi ram e contaminem o outro. A contaminação das águas é uma questão crítica, tendo em vista que lençóis freáticos, lagos, rios, mares e oceanos são os destinatários finais de todo e qualquer poluente solúvel em água, que tenha sido lançado no ar ou no solo. Assim, além dos elementos poluentes já lançados nos corpos d’agua, estes também recebem os poluentes oriundos da atmosfera e dos solos. A racionalização do uso da água nas atividades promovidas pelo homem seria um dos primeiros passos para reduzir os riscos da contaminação hídrica, pois se forem menores os volumes de água utilizados e descartados por atividades como mineração, agricultura, indústria ou serviços, menores serão as necessi- dades de tratamento e de recondicionamento às condições originais de pureza. Juntamente com a racionalização do uso da água estão atrelados outros dois conceitos: o de reutilização da água por mais vezes antes de ser descartada para o meio e o da segregação de seus vários fluxos, impedindo que águas pluviais se misturem aos esgotos sanitários e às águas de processos industriais. Outro ponto importante e que precisa ser destacado está relacionado ao saneamento do meio (limpeza urbana, coleta de lixo, drenagem das águas pluviais, controle de vetores), que tem como objetivo evitar que as chuvas, os ventos e outros meios naturais e artificiais transportem seus agentes até os recursos hídricos. Referente à degradação dos recursos hídricos, podemos citar, também: Maré negra: em todas as fases de exploração, refinamento, transporte e distribuição do petróleo, podem acontecer vazamentos e danos ao ecossis- tema aquático. Quando os tanques dos navios petroleiros são levados ao mar, essa região fica poluída. Quando o petroleiro está vazio, é costume encher seus tanques com água para equilibrá-lo; sendo que essa água suja de petróleo é jogada no mar, poluindo suas águas. O petróleo adere às 53Degradação ambiental Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 53 26/02/2018 16:48:37 brânquias dos peixes, impedindo sua respiração, às penas das aves e aos pelos dos mamíferos, eliminando o colchão de ar retido entre os pelos e as penas. O resultado é a perda da capacidade de isolamento térmico, fazendo com que o animal não consiga se proteger do frio e acabe morrendo. Eutrofização: quando são lançados esgotos domésticos nas águas ou quando detergentes, fertilizantes ou adubos chegam a ela, o excesso de minerais provoca a proliferação de algas microscópicas que vivem próximas à superfície. Com isso, forma-se uma camada de algas, que impede a penetração de luz na água e a realização da fotossíntese nas camadas mais profundas. As algas abaixo da superfície morrem e a sua grande quantidade favorece o aumento das bactérias decompositoras, que passam a consumir muito oxigênio para realizar a decomposição; co- meça a faltar oxigênio na água e os peixes e outros organismos aeróbios morrem. Com a falta de oxigênio, a decomposição da matéria orgânica, antes aeróbica, passa a ser anaeróbica, o que acarreta a produção de gases tóxicos, como o gás sulfídrico. Poluição térmica: ocorre quando a água utilizada na refrigeração de usinas que geram eletricidade é lançada em um ecossistema aquático. O aquecimento da água pode prejudicar os animais estenotérmicos. Além disso, a quantidade de oxigênio dissolvido na água diminui com o aumento da temperatura, podendo acarretar a morte de seres aeróbicos. Veja na Figura 1 a seguir um exemplo de água contaminada com óleo. Figura 1. Água contaminada com óleo. Fonte: Christian Vinces/Shutterstock.com. Degradação ambiental54 Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb54 26/02/2018 16:48:38 Degradação do solo A poluição dos solos é causada pela introdução de elementos químicos, como hidrocarbonetos de petróleo, metais pesados como chumbo, cádmio, mercúrio, cromo e arsênio e pela aplicação indiscriminada de pesticidas ou, então, por alterações causadas pela ação do homem e seu mau uso, como a exploração mineral não racional e a disposição inadequada de resíduos sólidos e líquidos, que, além de contaminar o solo, podem atingir também o lençol freático. O maior risco de contaminação do solo por elementos poluentes está no fato de essas substâncias serem arrastadas pelas águas superficiais e subterrâneas por distâncias que se encontrem fora das áreas sob controle e monitoramento, gerando uma contaminação cuja remediação será custosa e demorada. Por essa razão, o estudo da contaminação dos solos e as soluções adotadas para que isso seja evitado estão quase sempre relacionados com a contaminação das águas. A contaminação dos solos é hoje um tema de grande relevância nas grandes aglomerações urbanas, pela dificuldade de disposição adequada de seus resíduos, gerados em grandes quantidades, pois uma área de disposição e confinamento de resíduos pode gerar ainda outros riscos, como odores, gases tóxicos, chorume, além do inevitável impacto visual negativo. Vale ressaltar que a erosão e as inundações, provocadas pelo desmatamento de áreas, por exemplo, também apresentam impactos consideráveis sobre o solo. O mau uso da terra pode acelerar a erosão e provocar em algumas regiões a formação ou a expansão das condições típicas de deserto (desertificação). Sobre a degradação dos solos, podemos destacar, também os defensivos agrícolas. As culturas agrícolas são muito sensíveis ao ataque de pragas, sendo particularmente perigoso nas monoculturas, nas quais insetos e outros organismos parasitas se propagam com muita facilidade em razão da pro- ximidade entre as plantas e da ausência de predadores naturais. Por isso o homem desenvolveu diversos tipos de defensivos agrícolas, que protegem as sementes, as plantações e os alimentos estocados contra o ataque de pragas. Acontece que a degradação de alguns pesticidas, como os organoclorados, dos quais um exemplo é o DDT, é lenta e eles tendem a se acumular ao longo das cadeias alimentares. Nos animais, o DDT se deposita no tecido adiposo, no cérebro, no fígado, nos rins, nos pulmões e nas glândulas sexuais, podendo causar problemas nesses órgãos. A Figura 2, a seguir, mostra um exemplo da aplicação de pesticidas na agricultura. 55Degradação ambiental Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 55 26/02/2018 16:48:38 Figura 2. Aplicação de pesticidas na agricultura. Fonte: Federico Rostagno/Shutterstock.com. Degradação atmosférica A poluição do ar é provocada pelo acúmulo de elementos como monóxido de carbono, hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio, enxofre, ozônio, compostos de chumbo, fuligem e fumaça branca, que, em determinadas concentrações, pode apresentar efeitos nocivos ao homem e ao meio ambiente. Essas subs- tâncias, conhecidas como poluentes atmosféricos, podem aparecer sob a forma de gases ou partículas provenientes de fontes naturais, como vulcões e neblinas ou, ainda, de fontes artifi ciais, produzidas pelas atividades humanas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (2016), a poluição atmosférica é responsável por mais de 7 milhões de mortes por ano no mundo, em razão da grande incidência de materiais particulados, constituídos por poeiras e fuligem, que estão entre os principais causadores de doenças ocupacionais, como a silicose e a asbestose. Além dos efeitos nocivos causados pela emissão de gases e particulados, os odores, as radiações ionizantes, as emissões radioativas e a poluição sonora também podem ser considerados como poluentes atmosféricos. O crescimento nas taxas de incidência de algumas doenças ocupacionais de origem respiratória e as condições extremas de contaminação do ar, que se tornavam cada vez mais comuns em algumas regiões dos países industrializados, foram os principais fatores que atuaram em favor de um controle mais rigoroso do Degradação ambiental56 Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 56 26/02/2018 16:48:38 lançamento de poluentes no ar. Pode-se dizer que hoje não existem mais razões técnicas para que as indústrias continuem a lançar poluentes no ar, graças aos avanços alcançados nos projetos de instalações de filtragem e de tratamento de gases e vapores expelidos pelos processos industriais. Redes de monitoramento, modelos de dispersão e sistemas de medição contínua são alguns dos recursos técnicos disponíveis para assegurar um bom controle da qualidade do ar, porém, em razão dos custos elevados de muitas dessas instalações, esse processo ainda pode ser postergado. Dentro da poluição atmosférica, podemos citar: Inversão térmica: em situação normal, a temperatura do ar diminui com a altitude, uma vez que as camadas inferiores de ar são aquecidas pelo reflexo dos raios solares no solo. Com o aquecimento, o ar próximo ao solo fica menos denso que o ar mais frio das camadas superiores, fazendo surgir correntes de convecção, facilitando a dispersão dos poluentes: uma de ar quente, que sobe; outra de ar frio, que desce e substitui o ar que subiu. No inverno, durante a madrugada, o ar próximo ao solo pode se tornar mais frio que o das camadas superiores. Como os raios solares do dia são fracos nessa estação, eles não aquecem suficientemente o ar próximo ao solo para que se formem as correntes de convecção. A Figura 3 retrata a poluição atmosférica causada pelas atividades industriais. Figura 3. Poluição atmosférica causada pelas atividades industriais. Fonte: Hung Chung Chih/Shutterstock.com. 57Degradação ambiental Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 57 26/02/2018 16:48:39 Perda da biodiversidade A conservação da biodiversidade e dos recursos naturais são dois fatores que devem ser observados no desenvolvimento de empreendimentos impactantes. Tendo em vista que biodiversidade é a variabilidade entre os organismos vivos de todas as origens, em todos os seus níveis e abrangências, que vão desde os micro-organismos até as grandes espécies aquáticas e terrestres, sejam elas endêmicas ou ameaçadas, domesticadas ou selvagens, a sua preservação se torna extremamente importante, tendo em vista que o equilíbrio facilita a polinização das colheitas, o controle biológico de pragas e doenças, a ali- mentação, os medicamentos e, principalmente, a manutenção do equilíbrio em todos os ambientes terrestres. A interferência do homem de forma descontrolada sobre o meio ambiente tem alterado a diversidade biológica de maneira drástica. Perda e fragmentação dos habitats, introdução de espécies e doenças exóticas, exploração excessiva de espécies de plantas e animais, monocultura, pecuária, poluição e altera- ções climáticas são apenas alguns dos fatores que estão contribuindo para o desequilíbrio da biodiversidade. Estima-se que 27 mil espécies desapareçam a cada ano. Se mantivermos a devastação e os níveis de poluição nesse ritmo, o planeta não conseguirá fornecer os recursos necessários para a manutenção da população humana. Degradação ambiental58 Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 58 26/02/2018 16:48:39 Recuperação ambiental A Constituição Federal brasileira determina, em seu art. 255, que “[...] todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo, essencial e saudável a qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações [...]”, em consonância com a Lei Federal nº 6.938/1981, que institui a Política Nacional do Meio Ambiente e que tem por objetivos a preservação, a melhoria e a recuperação da qualidade ambiental propícias à vida, considerando o meio ambiente como patrimônio público. Essa lei é bastante clara no que diz respeito à proteçãodo ambiente natural, definindo que áreas degradadas deverão ser recuperadas, obje- tivando seu entorno a uma forma de utilização de acordo com o plano preestabelecido para uso do solo, visando à obtenção da qualidade do meio ambiente. Podemos observar que a legislação ambiental brasileira não se esgota na Lei Federal nº 6.938/1981, tendo em vista que outras leis, decretos e resoluções expandem o leque de exigências, como é o caso da Lei Fede- ral nº 9.605/1998, a qual deixa claro que cabe ao responsável pelo dano a recuperação da área degradada. A Lei Federal nº 9.605/1998, que “dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e ativida- des lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências”, também é conhecida como a Lei de Crimes Ambientais. Acesse no link ou código a seguir e leia na íntegra. https://goo.gl/Xj6PDi Apesar de todo trabalho sobre uma área degradada objetivar a recupe- ração de suas integridades físicas, químicas e biológicas, tanto do ponto de 59Degradação ambiental Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 59 26/02/2018 16:48:39 vista ambientalista quanto produtivista, existem três resultados, dentro do trabalho de recuperação de uma área degradada, que devem ser levados em consideração: Restauração: conduz um ecossistema ou uma população degradada à sua condição original, uma vez que eliminados os agentes da degradação, sendo aplicada em ecossistemas raros e ameaçados. Reabilitação: retorna a área ou a população degradada a um estado biológico estável, o qual não necessariamente deverá coincidir com a condição original desta. Recuperação: implica no restabelecimento de um dado ecossistema, ou população, a uma condição não degradada. Está baseada no manejo da sucessão vegetal e biológica, em conformidade com os padrões naturais locais, mediante um plano preestabelecido para a sua regeneração, com o objetivo de, a médio e a longo prazo, criar uma condição estável e sustentável, de acordo com valores ambientais, econômicos, estéticos e sociais dos sistemas naturais ao seu entorno. Cabe ressaltar que os trabalhos de recuperação ambiental são capazes de controlar a poluição atmosférica, visual, sonora e hídrica, conservar energia, contribuir no saneamento ambiental, ampliar a biodiversidade e estabilizar o solo. Metodologia para Recuperação de Áreas Degradadas Os projetos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRADs) têm como objetivo principal criar um roteiro sistemático, contendo as informações e as especifi - cações técnicas organizadas em etapas lógicas, para orientar a tecnologia de recuperação ambiental de áreas degradadas ou perturbadas para alcançar os resultados esperados, ou seja, é o processo de auxílio à reestruturação de um ecossistema que foi degradado, danifi cado ou destruído. A metodologia para recuperação de áreas degradadas parte da defi- nição do dano e de suas consequências sobre o ambiente, desenvolvendo um plano de metas que será executado, monitorado e readequado, se ne- cessário. É importante compreender que será necessário relacionar os compartimentos solo, água e vegetação de tal forma que desencadeie um Degradação ambiental60 Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 60 26/02/2018 16:48:40 processo de sucessão ecológica, que terá como resultado a recuperação do ecossistema afetado. A elaboração do diagnóstico ambiental compreende o entendimento e a delimitação da área a ser recuperada, levando em consideração a inserção local (entorno próximo) e regional. Para que esse diagnóstico seja feito, será necessária uma equipe multidisciplinar, que levantará dados, como: mapeamento das áreas de risco e identificação do agente degradante; mapeamento geológico e topográfico; mapeamento do uso e da ocupação do solo; levantamentos qualitativos e quantitativos da qualidade do ar, dos solos, da fauna e da flora; levantamento macro e microclimático; levantamento dos aspectos hidrológicos – regime de chuvas, áreas de inundação e caminhos preferenciais da água, considerando-se como unidade básica a microbacia hidrográfica; disponibilidade de plântulas e sementes na vegetação natural do entorno. Esse tipo de diagnóstico ambiental também poderá ser solicitado por corpo técnico de órgãos públicos de controle ambiental para empreendimentos em etapa de licenciamento ambiental. Nesse caso, será exigido dos empreendi- mentos, com relevância ambiental significativa, a elaboração de estudo de impacto ambiental (EIA) e seu respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (RIMA). É por meio do EIA/RIMA que será feito o diagnóstico ambiental que dará suporte aos técnicos com relação a licenciamento am- biental, proposta de manejo de áreas afetadas e implementação de medidas mitigatórias e compensatórias. Ao término do diagnóstico ambiental, será possível elaborar um plano de recuperação no qual se define o objetivo a ser alcançado ao término dos trabalhos e qual metodologia utilizar. Os sistemas para recuperação de áreas degradadas deverão ser específicos para cada situação, contemplando, entre outros fatores, localização, clima, topografia, estabilidade do terreno, solo, vegetação e natureza dos agentes causadores da degradação. Deve-se ter em mente que o objetivo geral desse tipo de trabalho será o de sempre devolver ao ecossistema em recuperação a sua estabilidade, resiliência, dinâmica su- cessional, longevidade e qualidade paisagística, a tal ponto que não necessite mais de intervenção antrópica. 61Degradação ambiental Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 61 26/02/2018 16:48:40 De acordo com a Resolução CONAMA nº 1/1986, são atividades que necessitam da elaboração de estudo de impacto ambiental – EIA e respectivo relatório de impacto ambiental – RIMA as seguintes atividades modificadoras do meio ambiente: I – estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; II – ferrovias; III – portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; IV – aeroportos; V – oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; VI – linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230 KV; VII – obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10 MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d’água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias e diques; VIII – extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); IX – extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração; X – aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; XI – usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10 MW; XII – complexo e unidades industriais e agroindustriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hidróbios); XIII – distritos industriais e zonas estritamente industriais – ZEI; XIV – exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 ha ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental; XV – projetos urbanísticos, acima de 100 ha ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes; XVI – qualquer atividade que utilizar carvão vegetal, derivados ou produtos similares, em quantidade superior a 10 toneladas por dia; XVII – projetos agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 ha ou menores, neste caso, quando se tratar de áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção ambiental; e XVIII – empreendimentos potencialmente lesivos ao patrimônio espeleológico nacional. Fonte: Brasil (1986). Degradação ambiental62 Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb62 26/02/2018 16:48:40 63Degradação ambiental Avaliacao_de_Impactos_Ambientais_Book.indb 63 26/02/2018 16:48:40 BARBOSA, R.P. Avaliação de risco e impacto ambiental. São Paulo: Saraiva, 2014. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília: Presidência da República, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicao.htm>. Acesso em: 15 jan. 2018. BRASIL. Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1981. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/L6938.htm>. Acesso em: 15 jan. 2018. BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. 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Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/88b0d37606597539db52c9fb366e9e3a Exercícios 1) As queimadas são utilizadas com frequência pelos agricultores como recurso para preparar o solo para o plantio. É correto afirmar que o uso sistemático dessa conduta não é indicado, por qual motivo? A) Retira a água do solo. B) Destrói micro-organismos do solo. C) Impermeabiliza o solo. D) Provoca menor desgaste do solo. E) Dificulta a aeração do solo. 2) Considerando a importância da água para a manutenção da vida e a riqueza dos recursos hídricos brasileiros, uma grave crise de água em nosso país poderia ser motivada por: A) reduzida área de solos agricultáveis. B) ausência de reservas de águas subterrâneas. C) escassez de rios e de grandes bacias hidrográficas. D) degradação dos mananciais e desperdício no consumo. E) transposição do rio São Francisco. 3) O ciclo da água pode ser aproveitado para produzir energia. Dessa forma, se faz necessária a construção de uma barragem para represar a água e gerar energia elétrica. Porém, a construção de barragens é responsável por diversos impactos ambientais. Dentre eles, podemos citar: A) o aumento do nível dos oceanos e das chuvas ácidas. B) a chuva ácida e o efeito estufa. C) os alagamentos e a intensificação do efeito estufa. D) os alagamentos e os desequilíbrios da fauna e da flora. E) a alteração do curso natural dos rios e a poluição atmosférica. 4) O aumento nos níveis de poluição é responsável por causar diversos problemas ao meio ambiente, dos quais podemos citar a chuva ácida, que é um fenômeno causado, principalmente, pelas emissões resultantes da queima de combustíveis fósseis. O lançamento no ar de dióxido de enxofre por algumas indústrias e o óxido de nitrogênio emitido em decorrência de diversos combustíveis fósseis e dos veículos motorizados agregam-se ao hidrogênio na atmosfera e transformam-se em ácido sulfúrico e em ácido nítrico. Com base nessas informações, é correto afirmar que, no Brasil, o fenômeno das chuvas ácidas é: A) inexistente, visto que a matriz energética brasileira é oriunda da energia hidráulica, considerada limpa por não causar danos ambientais. B) irrelevante, pois a maior parte da frota automobilística brasileira é movida a álcool, combustível livre de gases responsáveis pelas chuvas ácidas. C) intenso em algumas áreas, principalmente nos polos siderúrgicos, devido à utilização maciça de carvão mineral. D) inexistente, pois o carvão mineral utilizado para a geração de energia elétrica é pouco poluente, por apresentar baixo teor de gases que provocam as chuvas ácidas. E) intenso nos grandes centros urbanos, em razão do aumento expressivo da frota de automóveis, com a queima de bicombustíveis. 5) Dois documentos são exigidos pela legislação ambiental brasileira aos empreendedores como parte do processo de licenciamento ambiental, em determinadas obras de grande impacto ambiental: o estudo de impacto ambiental (EIA) e o relatório de impacto sobre o meio ambiente (RIMA). Com relação a esses dois documentos, é correto afirmar que: A) são desenvolvidos e redigidos exclusivamente pelos funcionários públicos técnicos do Ibama, órgão do governo federal, o que leva, geralmente, a atrasos nos processos de licenciamento. B) devem indicar as medidas mitigadoras dos impactos do empreendimento, as quais serão executadas sempre com recursos do governo federal. C) são elaborados por equipes formadas exclusivamente por biólogos, que são os únicos profissionais legalmente habilitados para a redação desses documentos. D) são submetidos à aprovação do Ministério Público federal. E) devem antecipar as consequências e impactos das obras sobre as condições geofísicas, os ecossistemas e a população da área a ser afetada. Na prática Na elaboração de um Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), é feito o diagnóstico ambiental e a avaliação e a delimitação da área a ser recuperada, levando em consideração a inserção local (entorno próximo). Para que esse diagnóstico seja feito, é necessárioque a equipe multidisciplinar levante os seguintes dados: • Mapeamento das áreas de risco e identificação do agente degradante. • Mapeamento geológico e topográfico. • Mapeamento do uso e da ocupação do solo. • Levantamentos qualitativos e quantitativos da qualidade do ar, dos solos, da fauna e da flora. • Levantamento macro e microclimático. • Levantamento dos aspectos hidrológicos – regime de chuvas, áreas de inundação, caminhos preferenciais da água, considerando-se como unidade básica a microbacia hidrográfica. • Disponibilidade de plântulas e sementes na vegetação natural do entorno. Veja um caso prático. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: O conceito de biodiversidade e a história da biologia da conservação: da preservação da wilderness à conservação da biodiversidade Você verá o conceito de biodiversidade, discutindo a sua preservação e as preocupações que devem ser tomadas com a proteção do patrimônio natural. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Plano de recuperação de áreas degradadas (PRAD) Veja mais sobre as definições gerais sobre o assunto, bem como os procedimentos e os métodos necessários para a elaboração de um PRAD. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Diagnóstico da degradação ambiental na área do lixão de Pombal - PB O artigo trata da questão da degradação ambiental na área do lixão de Pombal, em Pernambuco, abordando seus impactos sobre a população, a saúde pública e o meio ambiente. Também aborda métodos para a identificação de impactos ambientais, como ad-hoc e checklist. https://www.scielo.br/pdf/his/v32n2/a03v32n2.pdf https://www.meioambiente.go.gov.br/images/imagens_migradas/upload/arquivos/2017-01/prad_telma_ortegal_semarh.pdf Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.gvaa.com.br/revista/index.php/RVADS/article/view/3294/2834
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